2. CONCEITO
Termo geral empregado em referência a qualquer incisão
cirúrgica efetuada na parede abdominal – é feita quando
a extensão da lesão ou doença abdominal for
desconhecida ( nesse caso, esse procedimento é
conhecido como laparotomia exploradora); quando
houver indicação para reparação cirúrgica extensiva; ou
quando for necessário tratar distúrbios pélvicos que não
possam ser abordados por laparoscopia (p. ex., remoção
de implantes endometriais muito grandes).
3. ETAPAS DA LAPAROTOMIA
Abertura cirúrgica da cavidade abdominal.
Exploração da cavidade abdominal para avaliar a
extensão da patologia e para identificar outras
possíveis patologias não diagnosticadas
previamente.
Realização da cirurgia propriamente dita.
Revisão da cavidade abdominal para certificar se a
cirurgia foi bem feita, se não esqueceram material
na cavidade (compressas, gazes, agulhas...).
Fechamento da cavidade abdominal.
4.
5. INDICAÇÕES
Diagnóstica: a natureza da doença é
desconhecida, e a laparotomia é necessária para
identificar a causa.
Terapêutica: na laparotomia terapêutica , uma
causa foi identificada, e o procedimento é requerido
para a sua terapia.
6. Dependendo do local da incisão pode-se ter
acesso à um órgão ou espaço abdominal.
Exemplos:
A porção inferior do tubo digestivo (estômago,
duodeno, íleo e cólon).
Fígado, pâncreas, baço.
Bexiga.
Órgãos reprodutores femininos.
Retroperitônio.
7. DOENÇAS DESCOBERTAS POR MEIO DA
LAPAROTOMIA
Inflamação do apêndice (Apendicite Aguda).
Inflamação do pâncreas ( Pancreatite aguda ou
crônica).
Câncer ( de ovário, cólon, pâncreas, fígado.
8. COMPLICAÇÕES
Pacientes com hiperglicemia
Coma hiperosmolar(diabetes tipo 2)
Cetoacidose
Desnutridos
Cicatrização e distúrbios metabólicos
9. LAPAROSCOPIA
No caso da laparoscopia, o cliente recebe
anestesia local ou geral e é colocado em posição
de litotomia. Em seguida, o cirurgião introduz uma
agulha abaixo da cicatriz umbilical e infunde
dióxido de carbono dentro da cavidade pélvica.
Esse gás distende o abdome e permite e melhor
visualização dos órgãos.
10. ANESTESIA
A anestesia para laparotomias exploradoras em
geral e feita com anestesia geral, mas poderá ser
avaliada em conjunto com o anestesista e
cirurgião, no momento da cirurgia, outros tipos de
anestesia, como a raquianestesia associada a
sedação, em caso de pacientes de alto risco
anestésico nos quais a anestesia geral seja
proibitiva, apenas quando o procedimento cirúrgico
possa ser feito sem anestesia geral.
11. PRÉ- OPERATÓRIO
Descrever os procedimentos específicos para o
paciente e esclarecer suas dúvidas.
Jejum de 12 horas
Medicação pré-anestésica
Preparo intestinal
Tricotomia
Esvaziamento vesical
Consulta pré-anestésica
12. TRANSOPERATÓRIO
Analisar o resultado do pré- operatório;
Atentar para o nível de stress do paciente frente ao
ambiente cirúrgico;
Observar os efeitos da indicação pré-anestésica;
Posicioná-lo na mesa cirúrgica;
Aferir os sinais vitais e anotar na folha da sala;
PA baixa pode provocar isquemia, trombose,
embolia e infarto e outros
13. PÓS OPERATÓRIO
Monitore os sinais vitais e a ingestão e as perdas do cliente, de
acordo com a prescrição.
Examine frequentemente os curativos abdominais para detectar
secreção. Comunique o cirurgião se houver secreção excessiva.
Além disso, verifique se há sangramento vaginal, caso seja
aplicável.
Monitore atentamente o cliente para detectar complicações.
Monitore a ocorrência de dor abdominal e, se o cliente tiver sido
submetido a uma laparocopia, de cólicas abdominais ou de dor nos
ombros. Administre os analgésicos de acordo com a prescrição. Se
o cliente que está se recuperando de uma laparoscopia queixar-se
de distensão ou plenitude abdominal, explique que esses sintomas
desaparecerá à medida que o gás introduzido no seu abdome for
reabsorvido pela corrente sanguínea, trocado nos pulmões e
exalado.
14. COMPLICAÇÕES
As complicações potenciais da laparoscopia são
infecção, sangramento, cólicas abdominais, e dor
atribuída ao ombro, decorrente da irritação do nervo
frênico. As possíveis complicações da laparotomia são
infecção e outros problemas associados ao
procedimento específico realizado.
16. Dor aguda relacionada com o desconforto nos ombros,
causado pela irritação do nervo frênico.
Resultados esperados
O cliente:
Expressará que houve alívio da dor após a
administração do analgésico.
Realizará atividades recreativas para atenuar a dor e
técnicas de distração.
Não sentirá dor dentro de 48 horas após o procedimento.
17. Risco para déficit de volume de líquido, relacionado
com o sangramento.
O cliente:
Terá sinais vitais dentro da normalidade, e a ingestão
será igual às perdas.
Não apresentará sinais nem sintomas de choque
hipovolêmico.
Manterá em equilíbrio o balanço de líquidos.
18. Risco de infecção, relacionado a procedimentos
invasivos.
Resultados esperados
O cliente:
19. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Realizar balanço hidroeletrolítico;
Realizar troca de curativos;
Atentar para sinais flogísticos e anotar;
Auxiliar o paciente na higiene corporal;
Administrar medicamentos prescritos pelo médico;
Monitorizar sinais vitais
20. CUIDADOS DOMICILIARES
Ensinar ao cliente como trocar a bandagem aplicada na incisão.
Reforce a importância de ele comunicar quaisquer sinais de infecção
da ferida ou hematoma.
Orientar ao cliente para esperar até o dia seguinte ao da
laparoscopia para trocar a bandagem. Além disso, recomende que
ele faça refeições leves depois da laparoscopia, a fim de reduzir
quaisquer gases abdominais residuais.
Se o cliente tiver submetido a uma laparotomia, orientar para seguir
as restrições prescritas às atividades.
Estimular o cliente a seguir as instruções para a alta relacionadas
especificamente com o procedimento abdominal realizado e a
comparecer às consultas médicas de acompanhamento.