SlideShare a Scribd company logo
1 of 31
Download to read offline
Nuno Ramos
O artista, o filósofo e o poeta
Rose Silva
Disciplina Arte e Contemporaneidade
Docente: Amanda Saba Ruggiero
Artes Visuais
UNESP / FAAC
Quem é Nuno Ramos?
Nuno Ramos nasceu em 1960, em São Paulo,
onde vive e trabalha.
Filósofo
pintor
Desenhista
Escultor
Escritor
Cineasta
Cenógrafo
compositor.
Imagem 1 : Print de vídeo do documentário “Nuno
Ramos Arte sem Limites – Instituto Arte na Escola”
Ateliê casa 7
Componentes:
Carlito Carvalhosa
Fábio Miguez
Paulo Monteiro
Rodrigo Andrade
Sérgio Fingermann
*Nuno Ramos (formação ligada à
filosofia e à literatura)
Inspiração: Neo expressionismo e
absoluta liberdade ao criar.
Imagem 2 : Print de vídeo do documentário “Nuno Ramos Arte
sem Limites – Instituto Arte na Escola”
Participações em Bienais
- Bienais Internacionais de São Paulo de 1985
- Bienais Internacionais de São Paulo de 1989
- Bienal Internacional de Cuenca, Equador, 1991
- Bienais Internacionais de São Paulo de 1994
- Bienal de Veneza de 1995, onde foi o artista
representante do pavilhão brasileiro;
- 5ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, 2006
- XXIX Bienal Internacional de São Paulo. 2010
Vida artística
*1960
São Paulo, São Paulo
*1983
sesc Vila Nova, São Paulo
Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba
*1984
Prêmio Aquisição, Salão de Arte Contemporânea, São Paulo
Prêmio, Salão Nacional de Arte, Rio de Janeiro
*1985
"Casa 7", Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro
*87 e 92
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São
Paulo
"12 Artistas em São Paulo", subdistrito de Arte, São Paulo
*89 e 94
Bienal Internacional de São Paulo
*1986
Trienal de Nova Delhi, índia e Bienal de Havana, Cuba
Biennial of Art on Paper; Buenos Aires, Argentina
* 1987
"Brasil Já", Museu Morsbroich, Leverkusen; Galeria
Landergirokasse, Stuttgart e Sprengel Museum Hannover;
Alemanha
"Modernidade", Musée d' Art de Ia Ville de Paris, França; e
Museu de Arte Moderna, São Paulo
"Anos 80", Galeria São Paulo*
1990
Centro Cultural São Paulo, São Paulo
*91 e 93
Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo
Pulitzer Art Gallery,Amsternã. Holanda
*1991
Galeria Gesto Gráfico, Belo Horizonte
"Brasil: Ia Nueva Generación", Museo de Bellas Artes,
Caracas, Venezuela / Bienal Internacional de Cuenca,
Equador
*1992
Centro de Estudos Brasileiros, Assunção, Paraguai
"Latin American Artists of the Twentieth Century", Sevilha,
Espanha; Centre George Pompidou, Paris, França; Museu
Ludwig. ColÔnia, Alemanha; e The Museum of Modern Art.
Nova York, EUA
*1995
Brooke Alexander Art Gallery, Nova york, EUA
Bienal de Veneza, ttáia e Bienal de Gravura de Curitiba
*1996 e 98
Galeria Calnargo Vilaça, São Paulo
*1997 e 2000
Museu de Arte Moderna, São Paulo
"Asf Está Ia Cosa", Centro Cultural, México
*1998
Paço Imperial, Rio de Janeiro
* 1999
Centro de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro
"Por que Duchamp?", Paço das Artes e Instituto Cultural Itaú,
São Paulo
* 2000
"Ultrabaroque",
Museum of Contemporary Art, Museum of Comtemporary Art,
San Diego, EUA/Museu de Arte de Porto Rico, Porto
Rico/Chicago Cultural Center, Chicago, EUA/Atarazanas,
Valência, Espanha/Forth Worth Museum of Modern Art, São
Francisco, EUA/Museum of Modern Art, Walker Art Center,
Mineápolis, EUA
2003 –
Coleção Gilberto Chateubriand, MAM, Rio de Janeiro, e
Marcantonio Vilaça - Passaporte contemporâneo, MAC/USP -
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo
2004
Afinidades e diversidades, Projeto Carlton Encontro com Arte,
São Paulo
2005
5ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre,
29º Panorama de arte brasileira, MAM, São Paulo.
2008
De perto e de longe - Paralela 08, Liceu de Artes e Ofícios de
São Paulo; e God Is Design, Galpão Fortes Vilaça.
2010
XXIX Bienal Internacional de São Paulo.
Exposições individualis na Gallery 32, em Londres, Inglaterra;
nGalpão Fortes Vilaça, SP e no MAM – RJ
“Eu acho que as minhas coisas
lidam com uma espécie de
tentativa de achar uma
continuidade entre coisas um
pouco heterogêneas, um pouco
interrompidas, sem passagem. De
algum modo, eu faço, eu cavo
canais, caminhos, entre materiais
diversos, entre memórias
estilísticas muitas vezes muito
diferentes. Essa continuidade,
numa situação heterogênea, é
uma espécie de coração poético
das minhas coisas.”
Trecho de fala – DVD Nuno Ramos- Arte sem
Limites – Instituto Arte na Escola
Vaso Ruim - 1998
Nuno Ramos na 18ª Bienal de Arte de SP -1985
Série sem título. 1985
Sem título. 1989
materiais diversos em tela metálica sobre madeira, 260 X 402 X 40
Acervo atual: Pinacoteca de SP . Data de aquisição 2002
Bienal
de
Arte
de SP
1989
Exposições individuais
Série Vaso ruim, cerâmica com parafina.1999
Exposições individuais
Craca, alumínio fundido, 1995.Bienal de Veneza
sem titulo, areia e silicato, 1995.Bienal de
Veneza
Sem Título - Espelho,
tecidos, plásticos,
metal, tinta, folhas e
outros materiais sobre
madeira. 260 X 580 X
250 cm.
Quadros - 1999
Morte das casas
CCBB de São Paulo 2004
Uma chuva contínua atravessa os três andares do saguão do prédio do
CCBB de São Paulo. Nove pares de caixas de som colocadas no teto e no
chão reproduzem um trecho do poema “Morte das casas de Ouro Preto”,
de Carlos Drummond de Andrade, recitado por atores em um coro
Sobre o tempo, sobre a taipa,
a chuva escorre.
As paredes
que viram morrer os homens,
que viram fugir o ouro,
que viram finar-se o reino,
que viram, reviram, viram,
já não vêem.
Também morrem...
Carlos Drummond de Andrade
Morte das casas de Ouro Preto
Chove dentro do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), mas a água que escorre da
claraboia em uma queda de 20 metros no vão central do local não é fruto de
vazamento, e sim uma das quatro instalações, a mais impactante, como parte
integrante das comemorações de três anos da instituição.
A água, no caso, ganha um caráter purificador: "Esse espaço merece uma lavada, é
preciso vencer seu caráter institucional", afirma Ramos, 44.
Não se trata de uma crítica direta ao CCBB, mas a uma relação perversa que,
segundo constata o artista, se desenhou recentemente: "A arte vem sofrendo um
processo de institucionalização muito forte. Há um lado positivo, com recursos
generosos, que criam um artista vitaminado, mas há também uma falta de conflito
perigosa"
Morte das casas CCBB de São Paulo 2004
CracaCasco -
2008
CracaCasco -
Alumínio fundido,
detritos de ossos e
conchas. 350 X 600
X 250 cm.
CracaCasco -
2008
CracaCasco -
Alumínio fundido,
detritos de ossos e
conchas. 350 X 600
X 250 cm.
Urubu com
peixe - Carvão
sobre papelão.
80 X 100 cm
Urubu com peixe -
2009
Bandeira Branca - 2010
Bandeira Branca -
Três esculturas de
granito e areia
queimada
comprimida, três
postes de areia
queimada
comprimida, três
urubus e três caixas
de som de vidro.
Grade de
isolamento.
Ai, pareciam eternas! (3 lamas) - Areia queimada,
mármore, granito e três tipos de lamas. Dimensões
variadas.
2012
Ai, pareciam eternas!
(3 lamas)
A obra apresenta três grandes esculturas em forma de casas que
parecem naufragar em barro, leite e um líquido preto, pouco viscoso para ser
piche, muito volumoso para ser nanquim.
Afundando em seu último respiro antes de ser totalmente encobertas
por poças que desenham seus próprios perfis-elevações arquitetônicas, as casas
de seus pais, avós e sua primeira residência, casas de extremo valor simbólico
para o artista, são absorvidas pelo chão da galeria: o grande espaço expositivo
estaria ingerindo de modo a se utilizar daquelas casas onde Ramos teve sua
infância e adolescência, utilizando delas como estrutura para se sustentar? Ou
tomando o papel destes lugares de experiências primeiras, enquanto Ramos tem
de se desvencilhar de afetos tão profundos para se colocar em uma economia –
da arte, do adulto, do artista maduro?
2012
Ai, pareciam eternas!
Reprodução em escala real de três casas em que o artista viveu durante a infância e juventude, mergulhadas em três tanques de lama recortados no
chão.
2012
Ai, pareciam eternas!
(3 lamas)
Globos da morte, estantes de
aço, cerveja, porcelana
líquida, nanquim, barro
diluído e mais de 1.500
objetos diversos.
2012
Globo da morte de
tudo .
Nuno Ramos e
Eduardo
Climachauska
“O globo da morte de tudo”
A obra surge a partir do ritual da dádiva, da oferenda, existente em sociedades primitivas.
O grande salão térreo da galeria abrigou dois globos da morte, em aço, comprados de um circo, e colocados de
tal forma que ocorreu uma interseção de cerca de 60cm entre eles, “formando um oito tombado, o símbolo do
infinito”, como explica Nuno Ramos.
Estes globos estão conectados a quatro paredes de prateleiras de aço, com seis metros de altura, onde serão
depositados mais de 1.500 objetos
Esses objetos serão agrupados em quatro categorias:
1) Cerveja, que conterá objetos da vida mais imediata e cotidiana;
2) Nanquim, objetos associados à morte;
3) Porcelana, objetos ligados ao luxo; e
4) Cerâmica, a coisas arcaicas e ancestrais.
Cada um desses grupos será perpassado – “atravessado”, como explica Nuno –, por um líquido próprio de cada
categoria: cerveja (vida imediata), tinta nanquim preta (morte), uma mistura de talco branco e água (luxo), e
barro diluído (vida arcaica).
Estes líquidos e estes objetos estarão empilhados em bandejas de vidros planos, formando um frágil equilíbrio,
em um forte contraste com a presença agressiva dos dois globos.
Os objetos fazem uma espécie de inventário das coisas que nos cercam, e são tão díspares como um taco de
golfe, um baralho, uma cafeteira, livros, fitas cassete, castiçais, celulares, garrafas, muletas, remédios, herbicidas,
óculos, vestido de noiva, vaso sanitário, perfumes, colares, ancinhos, chapéus, flautas e flores artificiais.
Madeira e areia
calcinada.
Medidas aproximadas:
4,80 X 10 "
2012
Solidão, Palavra
Série Anjo e Boneco - Guache, pastel seco e carvão sobre papel. / Dimensões aproximadas: 160 X 220 cm / As imagens são uma cortesia do Museu Oscar Niemeyer / Fotos: Leonardo de Souza
2013 -
Anjo e
Boneco
e
Quadros
Quadros - Sem título 2, 2013. Espelho, tinta à óleo, metais e tecidos sobre madeira. Medidas aproximadas: 250 X 700 X 140 cm
2013 -
Anjo e
Boneco
e
Quadros
Anjo e Boneco e Quadros / Inspiração : Elegias de Duíno
PRIMEIRA ELEGIA
Quem se eu gritasse, me ouviria pois entre as ordens
Dos anjos? E dado mesmo que me tomasse
Um deles de repente em seu coração, eu sucumbiria
Ante sua existência mais forte. Pois o belo não é
Senão o início do terrível, que já a custo suportamos,
E o admiramos tanto porque ele tranquilamente desdenha
Destruir-nos. Cada anjo é terrível.
E assim me contenho pois, e reprimo o apelo
De obscuro soluço. Ah! A quem podemos
Recorrer então? Nem aos anjos nem aos homens,
E os animais sagazes logo percebem
Que não estamos muito seguros ...
Elegia – vem do grego e significa “canto triste”
Elegia é um tipo de literatura alemã da primeira metade do século XX.
As Elegias de Duíno, condensam por assim dizer uma riquíssima experiência
poética e existencial, e estão de tal modo ligadas a episódios e experiências
da própria vida do poeta que, por vezes, só o conhecimento desses fatos
pode lançar luz sobre certas obscuridades
Série Munch - Folhas de ouro, folhas de prata, tinta a óleo e carvão sobre papel. Dimensões sem moldura: 56,5 X 76,5 cm
2014
Hora da
Razão
(Choro
Negro 3)
e Série
Munch
Hora da razão (Choro Negro 3) - Vidro, aço, breu, resistência elétrica e monitor de tela plana.2014
Ao reunir materiais
com características
distintas, caso do
mármore aquecido
que derrete o breu,
em "Choro Negro", ,
o artista se define
como uma espécie de
pacificador dos
conflitos: "Tudo aqui
está em suspensão,
eu busco a
conciliação entre as
partes".
Hora da razão (Choro Negro 3) - Vidro, aço, breu, resistência elétrica e monitor de tela plana.
2014
Referências
Nuno Ramos: arte sem limites / Instituto Arte na Escola ; autoria de Christiane
Coutinho e Erick Orloski ; coordenação de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. –
São Paulo : Instituto Arte na Escola, 2005. (DVDteca Arte na Escola – Material
educativo para professor-propositor ; 14)
Informações e Imagens do site oficial do artista
http://www.nunoramos.com.br/acesso em 08/03/2015
http://www.anitaschwartz.com.br/evento/nuno-ramos-o-globo-da-morte-de-tudo
http://atelie397.com/ai-pareciam-eternas-3-lamas/

More Related Content

What's hot

Exposição junho maria joão franco
Exposição junho maria joão francoExposição junho maria joão franco
Exposição junho maria joão francoMaria Franco
 
Imagens de tarsila do amaral
Imagens de tarsila do amaralImagens de tarsila do amaral
Imagens de tarsila do amaralNancihorta
 
Tarsila do amaral pintora de sua terra e de seu tempo
Tarsila do amaral  pintora de sua terra e de seu tempoTarsila do amaral  pintora de sua terra e de seu tempo
Tarsila do amaral pintora de sua terra e de seu tempomz1957
 
Desenhos de tarsila do amaral para colorir
Desenhos de tarsila do amaral para colorirDesenhos de tarsila do amaral para colorir
Desenhos de tarsila do amaral para colorirSimoneHelenDrumond
 
Pereira da silva, oscar
Pereira da silva, oscarPereira da silva, oscar
Pereira da silva, oscardeniselugli2
 
3) século xx no brasil-o modernismo- tarsila do amaral
3)  século xx no brasil-o modernismo- tarsila do amaral3)  século xx no brasil-o modernismo- tarsila do amaral
3) século xx no brasil-o modernismo- tarsila do amaralArtesElisa
 
Tarsila do Amaral
Tarsila do AmaralTarsila do Amaral
Tarsila do Amarallatife22
 

What's hot (20)

Projeto tarsila
Projeto tarsilaProjeto tarsila
Projeto tarsila
 
Exposição junho maria joão franco
Exposição junho maria joão francoExposição junho maria joão franco
Exposição junho maria joão franco
 
Imagens de tarsila do amaral
Imagens de tarsila do amaralImagens de tarsila do amaral
Imagens de tarsila do amaral
 
A história da gravura
A história da gravuraA história da gravura
A história da gravura
 
Tarsila do amaral pintora de sua terra e de seu tempo
Tarsila do amaral  pintora de sua terra e de seu tempoTarsila do amaral  pintora de sua terra e de seu tempo
Tarsila do amaral pintora de sua terra e de seu tempo
 
Tarsila do amaral
Tarsila do amaral Tarsila do amaral
Tarsila do amaral
 
Tarcila amaral
Tarcila amaralTarcila amaral
Tarcila amaral
 
Desenhos de tarsila do amaral para colorir
Desenhos de tarsila do amaral para colorirDesenhos de tarsila do amaral para colorir
Desenhos de tarsila do amaral para colorir
 
Tarsila do Amaral
Tarsila do AmaralTarsila do Amaral
Tarsila do Amaral
 
Dacosta, milton
Dacosta, miltonDacosta, milton
Dacosta, milton
 
Outrofalante
OutrofalanteOutrofalante
Outrofalante
 
Pereira da silva, oscar
Pereira da silva, oscarPereira da silva, oscar
Pereira da silva, oscar
 
3) século xx no brasil-o modernismo- tarsila do amaral
3)  século xx no brasil-o modernismo- tarsila do amaral3)  século xx no brasil-o modernismo- tarsila do amaral
3) século xx no brasil-o modernismo- tarsila do amaral
 
Tarsila do Amaral
Tarsila do AmaralTarsila do Amaral
Tarsila do Amaral
 
Tarsila do amaral
Tarsila do amaralTarsila do amaral
Tarsila do amaral
 
Tarsila do Amaral
Tarsila do AmaralTarsila do Amaral
Tarsila do Amaral
 
ApresentaçãO Tarsila
ApresentaçãO TarsilaApresentaçãO Tarsila
ApresentaçãO Tarsila
 
Tarsila do amaral
Tarsila do amaralTarsila do amaral
Tarsila do amaral
 
Arm alves 119 2013 t
Arm alves 119 2013  tArm alves 119 2013  t
Arm alves 119 2013 t
 
Tarsila do amaral
Tarsila do amaralTarsila do amaral
Tarsila do amaral
 

Similar to Nuno ramos

Representação do negro nas artes plásticas
Representação do negro nas artes plásticasRepresentação do negro nas artes plásticas
Representação do negro nas artes plásticasCEF16
 
Ex libris nas coleções do Museu Nacional de Belas Artes. Mary Komatsu Shinkado
Ex libris nas coleções do Museu Nacional de Belas Artes. Mary Komatsu ShinkadoEx libris nas coleções do Museu Nacional de Belas Artes. Mary Komatsu Shinkado
Ex libris nas coleções do Museu Nacional de Belas Artes. Mary Komatsu ShinkadoMary Komatsu Shinkado
 
Celacanto provoca maremoto 2jul2019 cachoeira
Celacanto provoca maremoto 2jul2019 cachoeiraCelacanto provoca maremoto 2jul2019 cachoeira
Celacanto provoca maremoto 2jul2019 cachoeiraNumeric Contadores
 
Maria joão franco no meu silencio3
Maria joão franco  no meu silencio3Maria joão franco  no meu silencio3
Maria joão franco no meu silencio3Maria Franco
 
A arte da pré história
A arte da pré históriaA arte da pré história
A arte da pré históriaCEF16
 
Agenda cultural fevereiro
Agenda cultural fevereiroAgenda cultural fevereiro
Agenda cultural fevereirobecresforte
 
Roteiro de Estudos - Introdução à História da Arte, Pré-História e Egito
Roteiro de Estudos - Introdução à História da Arte, Pré-História e EgitoRoteiro de Estudos - Introdução à História da Arte, Pré-História e Egito
Roteiro de Estudos - Introdução à História da Arte, Pré-História e Egitoalinewar
 
ARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares.ppt
ARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares.pptARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares.ppt
ARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares.pptLiaSilva99
 
ARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares.ppt
ARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares.pptARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares.ppt
ARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares.pptPatriciaFeil
 
ARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares (...
ARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares (...ARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares (...
ARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares (...LaudielPadilha
 
semana-da-arte-moderna-e-manifestos-modernistas-para-os-3os-anos.ppt
semana-da-arte-moderna-e-manifestos-modernistas-para-os-3os-anos.pptsemana-da-arte-moderna-e-manifestos-modernistas-para-os-3os-anos.ppt
semana-da-arte-moderna-e-manifestos-modernistas-para-os-3os-anos.pptbillieeilish3214553
 

Similar to Nuno ramos (20)

Representação do negro nas artes plásticas
Representação do negro nas artes plásticasRepresentação do negro nas artes plásticas
Representação do negro nas artes plásticas
 
Ex libris nas coleções do Museu Nacional de Belas Artes. Mary Komatsu Shinkado
Ex libris nas coleções do Museu Nacional de Belas Artes. Mary Komatsu ShinkadoEx libris nas coleções do Museu Nacional de Belas Artes. Mary Komatsu Shinkado
Ex libris nas coleções do Museu Nacional de Belas Artes. Mary Komatsu Shinkado
 
Celacanto provoca maremoto 2jul2019 cachoeira
Celacanto provoca maremoto 2jul2019 cachoeiraCelacanto provoca maremoto 2jul2019 cachoeira
Celacanto provoca maremoto 2jul2019 cachoeira
 
Novo 2010
Novo 2010Novo 2010
Novo 2010
 
Maria joão franco no meu silencio3
Maria joão franco  no meu silencio3Maria joão franco  no meu silencio3
Maria joão franco no meu silencio3
 
7ºano.pdfslideshare
7ºano.pdfslideshare7ºano.pdfslideshare
7ºano.pdfslideshare
 
Arte ensino médio
Arte ensino médioArte ensino médio
Arte ensino médio
 
A arte da pré história
A arte da pré históriaA arte da pré história
A arte da pré história
 
Agenda cultural fevereiro
Agenda cultural fevereiroAgenda cultural fevereiro
Agenda cultural fevereiro
 
Apostila de arte
Apostila de arteApostila de arte
Apostila de arte
 
Apostila vanguardas2
Apostila vanguardas2Apostila vanguardas2
Apostila vanguardas2
 
Apostila vanguardas2
Apostila vanguardas2Apostila vanguardas2
Apostila vanguardas2
 
Carybé
CarybéCarybé
Carybé
 
ARTE BRASILEIRA
ARTE BRASILEIRAARTE BRASILEIRA
ARTE BRASILEIRA
 
Arte contemporanea
Arte contemporaneaArte contemporanea
Arte contemporanea
 
Roteiro de Estudos - Introdução à História da Arte, Pré-História e Egito
Roteiro de Estudos - Introdução à História da Arte, Pré-História e EgitoRoteiro de Estudos - Introdução à História da Arte, Pré-História e Egito
Roteiro de Estudos - Introdução à História da Arte, Pré-História e Egito
 
ARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares.ppt
ARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares.pptARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares.ppt
ARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares.ppt
 
ARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares.ppt
ARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares.pptARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares.ppt
ARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares.ppt
 
ARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares (...
ARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares (...ARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares (...
ARTES VISUAIS - Diálogos entre arte e artistas de diversas épocas e lugares (...
 
semana-da-arte-moderna-e-manifestos-modernistas-para-os-3os-anos.ppt
semana-da-arte-moderna-e-manifestos-modernistas-para-os-3os-anos.pptsemana-da-arte-moderna-e-manifestos-modernistas-para-os-3os-anos.ppt
semana-da-arte-moderna-e-manifestos-modernistas-para-os-3os-anos.ppt
 

More from Luana Gonçalves

More from Luana Gonçalves (15)

Palavra chave liberdade
Palavra chave liberdadePalavra chave liberdade
Palavra chave liberdade
 
Relatorio final-amanda
Relatorio final-amandaRelatorio final-amanda
Relatorio final-amanda
 
Slides amanda
Slides amandaSlides amanda
Slides amanda
 
Slides amanda
Slides amandaSlides amanda
Slides amanda
 
Apresentacaoemail
ApresentacaoemailApresentacaoemail
Apresentacaoemail
 
Apresentaçãodrag
ApresentaçãodragApresentaçãodrag
Apresentaçãodrag
 
Slides amanda
Slides amandaSlides amanda
Slides amanda
 
Slides amanda
Slides amandaSlides amanda
Slides amanda
 
Antropologia arte levistrauss (2)
Antropologia arte levistrauss (2)Antropologia arte levistrauss (2)
Antropologia arte levistrauss (2)
 
Linguagem e Parentesco
Linguagem e ParentescoLinguagem e Parentesco
Linguagem e Parentesco
 
Geertz - A interpretação das Culturas
Geertz - A interpretação das CulturasGeertz - A interpretação das Culturas
Geertz - A interpretação das Culturas
 
Magia e-religião-levi-strauss
Magia e-religião-levi-straussMagia e-religião-levi-strauss
Magia e-religião-levi-strauss
 
Magia e religião levi strauss
Magia e religião levi straussMagia e religião levi strauss
Magia e religião levi strauss
 
parte-2
parte-2parte-2
parte-2
 
Geertz - Por uma descrição densa
Geertz - Por uma descrição densaGeertz - Por uma descrição densa
Geertz - Por uma descrição densa
 

Nuno ramos

  • 1. Nuno Ramos O artista, o filósofo e o poeta Rose Silva Disciplina Arte e Contemporaneidade Docente: Amanda Saba Ruggiero Artes Visuais UNESP / FAAC
  • 2. Quem é Nuno Ramos? Nuno Ramos nasceu em 1960, em São Paulo, onde vive e trabalha. Filósofo pintor Desenhista Escultor Escritor Cineasta Cenógrafo compositor. Imagem 1 : Print de vídeo do documentário “Nuno Ramos Arte sem Limites – Instituto Arte na Escola”
  • 3. Ateliê casa 7 Componentes: Carlito Carvalhosa Fábio Miguez Paulo Monteiro Rodrigo Andrade Sérgio Fingermann *Nuno Ramos (formação ligada à filosofia e à literatura) Inspiração: Neo expressionismo e absoluta liberdade ao criar. Imagem 2 : Print de vídeo do documentário “Nuno Ramos Arte sem Limites – Instituto Arte na Escola”
  • 4. Participações em Bienais - Bienais Internacionais de São Paulo de 1985 - Bienais Internacionais de São Paulo de 1989 - Bienal Internacional de Cuenca, Equador, 1991 - Bienais Internacionais de São Paulo de 1994 - Bienal de Veneza de 1995, onde foi o artista representante do pavilhão brasileiro; - 5ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, 2006 - XXIX Bienal Internacional de São Paulo. 2010
  • 5. Vida artística *1960 São Paulo, São Paulo *1983 sesc Vila Nova, São Paulo Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba *1984 Prêmio Aquisição, Salão de Arte Contemporânea, São Paulo Prêmio, Salão Nacional de Arte, Rio de Janeiro *1985 "Casa 7", Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro *87 e 92 Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo "12 Artistas em São Paulo", subdistrito de Arte, São Paulo *89 e 94 Bienal Internacional de São Paulo *1986 Trienal de Nova Delhi, índia e Bienal de Havana, Cuba Biennial of Art on Paper; Buenos Aires, Argentina * 1987 "Brasil Já", Museu Morsbroich, Leverkusen; Galeria Landergirokasse, Stuttgart e Sprengel Museum Hannover; Alemanha "Modernidade", Musée d' Art de Ia Ville de Paris, França; e Museu de Arte Moderna, São Paulo "Anos 80", Galeria São Paulo* 1990 Centro Cultural São Paulo, São Paulo *91 e 93 Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo Pulitzer Art Gallery,Amsternã. Holanda *1991 Galeria Gesto Gráfico, Belo Horizonte "Brasil: Ia Nueva Generación", Museo de Bellas Artes, Caracas, Venezuela / Bienal Internacional de Cuenca, Equador *1992 Centro de Estudos Brasileiros, Assunção, Paraguai "Latin American Artists of the Twentieth Century", Sevilha, Espanha; Centre George Pompidou, Paris, França; Museu Ludwig. ColÔnia, Alemanha; e The Museum of Modern Art. Nova York, EUA *1995 Brooke Alexander Art Gallery, Nova york, EUA Bienal de Veneza, ttáia e Bienal de Gravura de Curitiba *1996 e 98 Galeria Calnargo Vilaça, São Paulo *1997 e 2000 Museu de Arte Moderna, São Paulo "Asf Está Ia Cosa", Centro Cultural, México *1998 Paço Imperial, Rio de Janeiro * 1999 Centro de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro "Por que Duchamp?", Paço das Artes e Instituto Cultural Itaú, São Paulo * 2000 "Ultrabaroque", Museum of Contemporary Art, Museum of Comtemporary Art, San Diego, EUA/Museu de Arte de Porto Rico, Porto Rico/Chicago Cultural Center, Chicago, EUA/Atarazanas, Valência, Espanha/Forth Worth Museum of Modern Art, São Francisco, EUA/Museum of Modern Art, Walker Art Center, Mineápolis, EUA 2003 – Coleção Gilberto Chateubriand, MAM, Rio de Janeiro, e Marcantonio Vilaça - Passaporte contemporâneo, MAC/USP - Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo 2004 Afinidades e diversidades, Projeto Carlton Encontro com Arte, São Paulo 2005 5ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, 29º Panorama de arte brasileira, MAM, São Paulo. 2008 De perto e de longe - Paralela 08, Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo; e God Is Design, Galpão Fortes Vilaça. 2010 XXIX Bienal Internacional de São Paulo. Exposições individualis na Gallery 32, em Londres, Inglaterra; nGalpão Fortes Vilaça, SP e no MAM – RJ
  • 6. “Eu acho que as minhas coisas lidam com uma espécie de tentativa de achar uma continuidade entre coisas um pouco heterogêneas, um pouco interrompidas, sem passagem. De algum modo, eu faço, eu cavo canais, caminhos, entre materiais diversos, entre memórias estilísticas muitas vezes muito diferentes. Essa continuidade, numa situação heterogênea, é uma espécie de coração poético das minhas coisas.” Trecho de fala – DVD Nuno Ramos- Arte sem Limites – Instituto Arte na Escola Vaso Ruim - 1998
  • 7. Nuno Ramos na 18ª Bienal de Arte de SP -1985 Série sem título. 1985
  • 8. Sem título. 1989 materiais diversos em tela metálica sobre madeira, 260 X 402 X 40 Acervo atual: Pinacoteca de SP . Data de aquisição 2002 Bienal de Arte de SP 1989
  • 9. Exposições individuais Série Vaso ruim, cerâmica com parafina.1999
  • 10. Exposições individuais Craca, alumínio fundido, 1995.Bienal de Veneza sem titulo, areia e silicato, 1995.Bienal de Veneza
  • 11. Sem Título - Espelho, tecidos, plásticos, metal, tinta, folhas e outros materiais sobre madeira. 260 X 580 X 250 cm. Quadros - 1999
  • 12. Morte das casas CCBB de São Paulo 2004 Uma chuva contínua atravessa os três andares do saguão do prédio do CCBB de São Paulo. Nove pares de caixas de som colocadas no teto e no chão reproduzem um trecho do poema “Morte das casas de Ouro Preto”, de Carlos Drummond de Andrade, recitado por atores em um coro
  • 13. Sobre o tempo, sobre a taipa, a chuva escorre. As paredes que viram morrer os homens, que viram fugir o ouro, que viram finar-se o reino, que viram, reviram, viram, já não vêem. Também morrem... Carlos Drummond de Andrade Morte das casas de Ouro Preto
  • 14. Chove dentro do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), mas a água que escorre da claraboia em uma queda de 20 metros no vão central do local não é fruto de vazamento, e sim uma das quatro instalações, a mais impactante, como parte integrante das comemorações de três anos da instituição. A água, no caso, ganha um caráter purificador: "Esse espaço merece uma lavada, é preciso vencer seu caráter institucional", afirma Ramos, 44. Não se trata de uma crítica direta ao CCBB, mas a uma relação perversa que, segundo constata o artista, se desenhou recentemente: "A arte vem sofrendo um processo de institucionalização muito forte. Há um lado positivo, com recursos generosos, que criam um artista vitaminado, mas há também uma falta de conflito perigosa" Morte das casas CCBB de São Paulo 2004
  • 15. CracaCasco - 2008 CracaCasco - Alumínio fundido, detritos de ossos e conchas. 350 X 600 X 250 cm.
  • 16. CracaCasco - 2008 CracaCasco - Alumínio fundido, detritos de ossos e conchas. 350 X 600 X 250 cm.
  • 17. Urubu com peixe - Carvão sobre papelão. 80 X 100 cm Urubu com peixe - 2009
  • 18. Bandeira Branca - 2010 Bandeira Branca - Três esculturas de granito e areia queimada comprimida, três postes de areia queimada comprimida, três urubus e três caixas de som de vidro. Grade de isolamento.
  • 19. Ai, pareciam eternas! (3 lamas) - Areia queimada, mármore, granito e três tipos de lamas. Dimensões variadas. 2012 Ai, pareciam eternas! (3 lamas)
  • 20. A obra apresenta três grandes esculturas em forma de casas que parecem naufragar em barro, leite e um líquido preto, pouco viscoso para ser piche, muito volumoso para ser nanquim. Afundando em seu último respiro antes de ser totalmente encobertas por poças que desenham seus próprios perfis-elevações arquitetônicas, as casas de seus pais, avós e sua primeira residência, casas de extremo valor simbólico para o artista, são absorvidas pelo chão da galeria: o grande espaço expositivo estaria ingerindo de modo a se utilizar daquelas casas onde Ramos teve sua infância e adolescência, utilizando delas como estrutura para se sustentar? Ou tomando o papel destes lugares de experiências primeiras, enquanto Ramos tem de se desvencilhar de afetos tão profundos para se colocar em uma economia – da arte, do adulto, do artista maduro? 2012 Ai, pareciam eternas!
  • 21. Reprodução em escala real de três casas em que o artista viveu durante a infância e juventude, mergulhadas em três tanques de lama recortados no chão. 2012 Ai, pareciam eternas! (3 lamas)
  • 22. Globos da morte, estantes de aço, cerveja, porcelana líquida, nanquim, barro diluído e mais de 1.500 objetos diversos. 2012 Globo da morte de tudo . Nuno Ramos e Eduardo Climachauska
  • 23. “O globo da morte de tudo” A obra surge a partir do ritual da dádiva, da oferenda, existente em sociedades primitivas. O grande salão térreo da galeria abrigou dois globos da morte, em aço, comprados de um circo, e colocados de tal forma que ocorreu uma interseção de cerca de 60cm entre eles, “formando um oito tombado, o símbolo do infinito”, como explica Nuno Ramos. Estes globos estão conectados a quatro paredes de prateleiras de aço, com seis metros de altura, onde serão depositados mais de 1.500 objetos Esses objetos serão agrupados em quatro categorias: 1) Cerveja, que conterá objetos da vida mais imediata e cotidiana; 2) Nanquim, objetos associados à morte; 3) Porcelana, objetos ligados ao luxo; e 4) Cerâmica, a coisas arcaicas e ancestrais. Cada um desses grupos será perpassado – “atravessado”, como explica Nuno –, por um líquido próprio de cada categoria: cerveja (vida imediata), tinta nanquim preta (morte), uma mistura de talco branco e água (luxo), e barro diluído (vida arcaica). Estes líquidos e estes objetos estarão empilhados em bandejas de vidros planos, formando um frágil equilíbrio, em um forte contraste com a presença agressiva dos dois globos. Os objetos fazem uma espécie de inventário das coisas que nos cercam, e são tão díspares como um taco de golfe, um baralho, uma cafeteira, livros, fitas cassete, castiçais, celulares, garrafas, muletas, remédios, herbicidas, óculos, vestido de noiva, vaso sanitário, perfumes, colares, ancinhos, chapéus, flautas e flores artificiais.
  • 24. Madeira e areia calcinada. Medidas aproximadas: 4,80 X 10 " 2012 Solidão, Palavra
  • 25. Série Anjo e Boneco - Guache, pastel seco e carvão sobre papel. / Dimensões aproximadas: 160 X 220 cm / As imagens são uma cortesia do Museu Oscar Niemeyer / Fotos: Leonardo de Souza 2013 - Anjo e Boneco e Quadros
  • 26. Quadros - Sem título 2, 2013. Espelho, tinta à óleo, metais e tecidos sobre madeira. Medidas aproximadas: 250 X 700 X 140 cm 2013 - Anjo e Boneco e Quadros
  • 27. Anjo e Boneco e Quadros / Inspiração : Elegias de Duíno PRIMEIRA ELEGIA Quem se eu gritasse, me ouviria pois entre as ordens Dos anjos? E dado mesmo que me tomasse Um deles de repente em seu coração, eu sucumbiria Ante sua existência mais forte. Pois o belo não é Senão o início do terrível, que já a custo suportamos, E o admiramos tanto porque ele tranquilamente desdenha Destruir-nos. Cada anjo é terrível. E assim me contenho pois, e reprimo o apelo De obscuro soluço. Ah! A quem podemos Recorrer então? Nem aos anjos nem aos homens, E os animais sagazes logo percebem Que não estamos muito seguros ... Elegia – vem do grego e significa “canto triste” Elegia é um tipo de literatura alemã da primeira metade do século XX. As Elegias de Duíno, condensam por assim dizer uma riquíssima experiência poética e existencial, e estão de tal modo ligadas a episódios e experiências da própria vida do poeta que, por vezes, só o conhecimento desses fatos pode lançar luz sobre certas obscuridades
  • 28. Série Munch - Folhas de ouro, folhas de prata, tinta a óleo e carvão sobre papel. Dimensões sem moldura: 56,5 X 76,5 cm 2014 Hora da Razão (Choro Negro 3) e Série Munch
  • 29. Hora da razão (Choro Negro 3) - Vidro, aço, breu, resistência elétrica e monitor de tela plana.2014 Ao reunir materiais com características distintas, caso do mármore aquecido que derrete o breu, em "Choro Negro", , o artista se define como uma espécie de pacificador dos conflitos: "Tudo aqui está em suspensão, eu busco a conciliação entre as partes".
  • 30. Hora da razão (Choro Negro 3) - Vidro, aço, breu, resistência elétrica e monitor de tela plana. 2014
  • 31. Referências Nuno Ramos: arte sem limites / Instituto Arte na Escola ; autoria de Christiane Coutinho e Erick Orloski ; coordenação de Mirian Celeste Martins e Gisa Picosque. – São Paulo : Instituto Arte na Escola, 2005. (DVDteca Arte na Escola – Material educativo para professor-propositor ; 14) Informações e Imagens do site oficial do artista http://www.nunoramos.com.br/acesso em 08/03/2015 http://www.anitaschwartz.com.br/evento/nuno-ramos-o-globo-da-morte-de-tudo http://atelie397.com/ai-pareciam-eternas-3-lamas/