SlideShare a Scribd company logo
1 of 50
Download to read offline
Defesa de dissertação
Financiamento público ao sistema setorial de
inovação farmacêutico brasileiro
Luiza Pinheiro Alves da Silva
Orientadora: Márcia Siqueira Rapini
Mestrado Profissional em Inovação tecnológica e Propriedade Intelectual
UFMG
Maio de 2015 1
Introdução
3
Apresentar o sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro, com ênfase
no subsistema de financiamento público e no esforço inovativo das empresas
farmacêuticas.
Objetivo
Introdução
4
Para tal, além da caracterização dos atores do sistema e do subsistema de
financiamento, foram feitas as seguintes analíses:
- alinhamento entre critérios para seleção dos projetos de inovação
selecionados para fomento público e os critérios para inclusão de
tecnologias no SUS,
- resultados da PINTEC
- atividade de patenteamento das empresas do setor que receberam fomento
público.
Resumo da metodologia
Agenda
5
Introdução
Arcabouço teórico
O sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro
Financiamento público a este sistema
Análise dos resultados do esforço inovativo das empresas
Agenda
6
Introdução
Arcabouço teórico
O sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro
Financiamento público a este sistema
Análise dos resultados do esforço inovativo das empresas
Arcabouço teórico
7
“Um sistema de inovação é composto
por todas as entidades econômicas,
organizações sociais e políticas e
outros fatores que influenciam o
desenvolvimento, difusão e uso da
inovação”
Sistema Nacional de Inovação
Edquist 2005
“O sistema nacional de inovação é
uma construção institucional, produto
de uma ação planejada e consciente
ou de um somatório de decisões não
planejadas e desarticuladas, que
impulsiona o progresso tecnológico em
economias capitalistas complexas.
Através da construção desse sistema
de inovação viabiliza-se a realização
de fluxos de informação necessária ao
processo de inovação tecnológica”
Albuquerque 1998
Arcabouço teórico
8
Sistema Nacional de Inovação
Estado
ICTsEmpresas
Arcabouço teórico
9
Sistema Nacional de Inovação
Estado
ICTsEmpresas
 Em países em desenvolvimento este sistema está em estruturação e
amadurecimento.
 Os SNI apresentam especificidades setoriais.
 A constituição do sistema influencia diretamente a dinâmica do setor.
Arcabouço teórico
10
Subsistema de financiamento
 O financiamento às atividades inovativas é imprescindível para a
compreensão do processo de inovação.
O susbsistema de financiamento é composto pelo conjunto de elementos
e relações que estabelecem as condições e as formas nas quais os agentes
inovadores conduzem o financiamento das atividades inovativas.
Ele é formado por:
as fontes de recursos;
os atores que as ofertam;
as condições de capitalização das empresas;
grau de maturidade do mercado de capitais, mecanismos financeiros
disponíveis;
grau de interação e conhecimento entre os agentes.
Os atores deste sistema são: fundações de apoio a pesquisa, bancos,
agências de fomento, entre outros.
Arcabouço teórico
11
Investimento em inovação
 Possui peculiaridades que o difere de outros tipos e investimento.
INCERTEZA fundamental associada à inovação  mesmo que se
conheça os padrões por traz de uma inovação bem sucedida, é
impossível prever a realidade de mercado no momento de
lançamento e o comportamento dos concorrentes ou se preparar
antecipadamente para o cenário em que a inovação será inserida.
 O conhecimento gerado é tácito.
 Retorno demorado e incerto.
 Assimetria de informações entre o inovador e o investidor.
Dificuldades de se apropriar do esforço inovativo
Se a empresa considera que um projeto apresenta risco e ela é
incapaz de mitigá-lo, ela tem menor propensão a arcar com este
tipo de investimento em comparação com um investimento mais
seguro.
Arcabouço teórico
13
Investimento em inovação
 Subalocação de recursos para inovação
└ Necessidade que o investimento seja subsidiado ou estimulado por
agentes públicos.
 O investimento privado busca retornos de curto prazo e focam atividades
que extraem valor das empresas  recurso público que oferece capital
paciente de longo prazo para as atividades de inovação.
 O risco das atividades inovativas é distribuído para a sociedade por meio
da alocação de recursos públicos mas os ganhos das inovações são
privatizados ao serem incorporados pelos acionistas ou sócios das empresas.
 Recursos públicos limitados  importância do investimento de capital
próprio das empresas.
 Os países em desenvolvimento possuem menos capital acumulado para
investimento produtivos  tem mais dificuldade para promover e fomentar
a inovação.
Agenda
15
Introdução
Arcabouço teórico
O sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro
Financiamento público a este sistema
Análise dos resultados do esforço inovativo das empresas
Sistema setorial de inovação farmacêutico
16
Processo de inovação farmacêutico
Descoberta
do fármaco
Pré -
Clínico
Ensaios
clínicos
Aprovação
do registro
Escalonamento
e Produção
Monitoramento
e pesquisa pós-
comercialização
PRÉ-DESCOBERTA
5.000 -
10.000
COMPOSTOS
250 5
1
DROGA
APRO-
VADA
3 – 6 ANOS 6 – 7 ANOS 0,5 – 2 ANOS INDEFINIDO
NÚMERO DE VOLUNTÁRIOS
FASE 1 FASE 2 FASE 3
Sistema setorial de inovação farmacêutico
17
Contexto político e institucional do CIS
Instituições
de C,T&I
Estado
(regulação e
promoção)
Sociedade
População
Setores
industriais
Setores
prestadores de
serviços
Sistema setorial de inovação farmacêutico
18
Complexo industrial da saúde - CIS
Indústrias de base química e
biotecnológica
 Medicamentos e princípios ativos
 Vacinas
 Hemoderivados
 Soros e toxinas
 Reagentes para diagnóstico
SETORES INDUSTRIAIS
Indústrias de base mecânica,
eletrônica e de materiais
 Equipamentos mecânicos
 Equipamentos eletrônicos
 Órteses e próteses
 Materiais
Hospitais
SETORES PRESTADORES DE SERVIÇOS
Ambulatórios
Serviços de diagnóstico
e terapêuticos
Sistema setorial de inovação farmacêutico
20
Estado
ICTsEmpresas
Investidor
 Principal comprador de
medicamentos através do SUS
Financiador
 Investimento em modernização
e expansão do setor
 Investimentos em inovação
Regulador
 Tem dever de garantir a eficácia e
segurança dos produtos e tecnologias
para a saúde.
 As instituições de regulação
cumprem um papel de filtro das
inovações geradas. Sendo assim elas
ocupam um papel determinante no
SSI de saúde.
Sistema setorial de inovação farmacêutico
21
Estado
Instituições Científicas e Tecnológicas
 São uma das origem do conhecimento necessário para o desenvolvimento de
novas tecnologias.
 ICTs brasileiras majoritariamente públicas  Universidades: agregam
atividades de ensino e extensão e são multidisciplinares.
 Têm orçamento limitado para pesquisa  estas atividades são financiadas por
projetos, que captam recursos individualmente.
 Maioria dos pesquisadores são também professores e a equipe de pesquisa é
composta por alunos.
 Tem também institutos de pesquisa importantes: Fiocruz, Butantan e Vital Brazil.
Vêm se abrindo a atividades de interação com empresas e inovação de
maneira relativamente recente  Lei de Inovação de 2004.
 Forte vocação para biociências e tradição de pesquisa nessa área.
Sistema setorial de inovação farmacêutico
22
ICTs
Empresas
 6º maior país no ranking do mercado farmacêutico mundial.
 Forte presença de empresas internacionais, mas com uma indústria nacional
robusta.
└ Força da indústria brasileira devido aos medicamentos similares e genéricos.
└ Empresas estrangeiras focam a maior parte do investimento e as tecnologias
estratégicas na matriz.
 Grande déficit na balança comercial  parte significativa devido aos
princípios ativos.
 Laboratórios públicos oficiais para suprir a demanda do SUS  volume de
produção limitado mas tem papel estratégico em políticas de acesso a
medicamentos.
Sistema setorial de inovação farmacêutico
25
Empresas
Agenda
26
Introdução
Arcabouço teórico
O sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro
Financiamento público a este sistema
Análise dos resultados do esforço inovativo das empresas
Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico
28
Fundos setoriais
 Há 16 fundos setoriais – 14 fundos específicos e 2 transversais.
CT – Saúde: criado em 2002 para estabelecer linhas de pesquisa específicas para o
desenvolvimento tecnológico a saúde humana.
 Há uma grande diferença entre o valor arrecadado e o pago. Apesar do valor
arrecadado crescer, o valor pago decresce.
41,3
67,1 61,0 70,9 74,2 90,1 102,8
128,5 135,7
168,8
221,7
254,3
0,2
20,0 22,5 24,8 27,1
50,6
72,6
40,4 35,2
14,2 12,3 14,8
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Valor arrecadado Valor pago
0,5%
29,8% 36,8%
56,1%
70,6%
31,4%
25,9%
8,4%
5,6%
5,8%
36,5%
35,0%
% Pago/Arrecadado
GRÁFICO 6 - Evolução dos valores arrecadados e pagos pelo CT-Saúde em R$ milhões
Fonte: MCTI, 2015
Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico
29
Fundos setoriais
TABELA 5 - Dados dos investimentos dos Fundos Setorias na Área da Saúde
Ano de início Total de projetos
Valor contratado
(em milhões de R$)
Valor médio por
projeto (em milhares
de R$)
1999 10 0,26 25,55
2000 12 1,14 95,19
2001 12 4,16 347,00
2002 16 9,19 574,42
2003 48 8,53 177,66
2004 119 72,38 608,21
2005 103 53,29 517,33
2006 108 88,01 814,88
2007 535 91,76 171,51
2008 561 92,96 165,71
2009 532 69,74 131,09
2010 698 110,64 158,51
2011 477 52,96 111,03
2012 247 116,20 470,44
2013 25 35,17 1.406,75
2014 11 15,83 1.438,95
Total 3154 822,22 Média = 234,0
Fonte: Plataforma Aquarius - MCTI, 2015
Ápice do
n° de
projetos
Ápice do
valor do
projeto
85,2%
3,9%
4,2%
1,3%
1,7% 0,6%
1,0% 0,3%
1,7% 0,1%
Total de projetos
Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico
31
Fundos setoriais
GRÁFICO 8 - Distribuição dos projetos da área de Ciências da Saúde por categoria
125,6
1.485,
9
551,2
1.621,
1
877,4
1.107,
4
185,5
199,9
35,4 208,9
Valor médio (em
milhares de R$)
376,2
205,1
81,6
71,3
53,5
23,3 6,3 2,2 2,1 0,6
Valor contratado (em
milhões de R$)
Fonte:PlataformaAquarius-MCTI,2015
Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico
32
Incentivos fiscais
GRÁFICO 10 - Renúncia Fiscal por Investimentos em P, D&I Por Setores Em R$ Milhões.
Fonte: Relatório Anual da Utilização de Incentivos Fiscais – Ano Base 2012
20,7
34,8
44,2
69,6
84,2
76,4
99,2
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Renúncia fiscal das empresas farmacêuticas
11
13
16
37
42
37
31
Número de empresas
 Número de empresas que usam o benefício é crescente. (Aumento ~4x)
 Apenas 17% das empresas do setor que implementaram inovações de acordo com a Pintec o
utilizaram.
 Foi a 2ª indústria com maior renúncia fiscal em 2012.
Empresas mantiveram a renúncia fiscal nos anos de 2008 e 2009.
Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico
33
Subvenção Econômica
 Existem poucos dados recentes disponíveis sobre a alocação de recursos de
Subvenção Econômica.
De 2006 a 2009, 19 empresas do setor de fabricação de produtos
farmoquímicos e farmacêuticos, que correspondem a 3,8% do total de
empresas.
 Projetos da área de saúde correspondem a 14% do número total de projetos.
A área de biotecnologia, que também inclui tecnologias correspondentes a
esta área, é responsável por 12% dos projetos
Plano Inova Empresa
 A partir de 2011 os recursos de Subvenção passaram a ser alocados nas
chamadas conjuntas Inova.
 3 chamadas Inova Saúde em parceria MS, MCTI e CNPq.
 O foco foram as indústrias de equipamentos eletromédicos.
Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico
34
CNPq
Fonte: CNPq, 2014.
 O investimento total realizado por esta agência quintuplicou de 2000 a 2013
 Ciências da Saúde 5ª área que mais recebeu investimento.
 Área de maior crescimento no período analisado.
2000 2013
Grande área de
conhecimento
Investimento $mil % por grande área Investimento $mil
Engenharias R$ 85.231 20,6% R$ 501.373
Ciências Biológicas R$ 74.458 18,0% R$ 371.762
Ciências Exatas e da Terra R$ 72.929 17,6% R$ 336.237
Ciências Agrárias R$ 52.178 12,6% R$ 262.172
Ciências da Saúde R$ 35.706 8,6% R$ 238.800
Ciências Humanas R$ 48.301 11,7% R$ 178.811
Ciências Sociais Aplicadas R$ 25.628 6,2% R$ 165.032
Linguística, Letras e Artes R$ 13.557 3,3% R$ 49.422
Outra R$ 55 0,0% R$ 47.296
Não se aplica R$ 5.103 1,2% R$ 25.259
Não informado R$ 249 0,1% R$ 5.884
Total Geral R$ 413.394 100,0% R$ 2.182.048
TABELA 6 - Investimento do CNPq por Grande Área (em mil R$)
Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico
35
BNDES Profarma
Fonte: Filho et al, 2012.
 Ativo desde 2004.
 Bem-sucedido no apoio à modernização, expansão e adequação às BPF, em especial
nas empresas de capital nacional. Apresentou efeitos parciais na indução de atividades
mais inovadoras na indústria.
 44% refere-se ao desenvolvimento de um novo medicamento genérico, não
comercializado no Brasil.
R$
444.218.09
2
R$
102.868.93
1
R$
347.160.25
3
49,7%
11,5%
38,8%
Primeira fase (abr. 2004 – set. 2007)
Produção Inovação Reestruturação
R$
313.324.74
8
R$
424.641.17
0
R$
15.186.223
41,6%
56,4%
2,0%
Segunda fase (out. 2007 – dez. 2011)
Produção Inovação Exportação
GRÁFICO 12 - BNDES Profarma – operações aprovadas/contratadas por subprogramas
Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico
36
Instrumentos fomento x Estágio de desenvolvimento
Fonte: Elaboração própria.
P&D ComercializaçãoProdução
Recursos
não
reembol-
sáveis
Reembols
áveis
BNDES/FINEP - Inova Saúde
Incentivos
fiscais
Capital de
risco
FINEM – BNDES Inovação
BNDES PSI - Inovação
BNDES Automático
BNDES MPME Inovadora
BNDES Profarma
BNDES Funtec
BNDES - Fundos Criatec
CNPq - Edital RHAE
FINEP - Inovacred
FINEP - Subvenção econômica
FINEP - Financiamento Reembolsável
FINEP - Fundos Inovar
FINEP - Tecnova
Mistos
Incentivos da Lei do Bem
Embrapii
BNDES PSI - Máquinas e Equipamentos Eficientes
FIGURA 8 - Instrumentos de fomento de acordo com o estágio de desenvolvimento que eles apoiam
Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico
37
Alinhamento entre as ações de estímulo a inovação
nos âmbitos de ciência e tecnologia
Fonte: Relatório Anual da Utilização de Incentivos Fiscais – Ano Base 2012
 Buscou-se uma forma de avaliar o alinhamento entre as ações de
investimento em C, T&I e os critérios para incorporação de tecnologias no SUS
 Os projetos apoiados devem dar origem a tecnologias que possam ser
inseridas no SUS, em especial quando se trata de recursos do MS.
 Limitações desta análise:
 Grande espaço de tempo entre a execução do projeto apoiado e a inserção no
mercado de um produto baseado na tecnologia que ele origina.
 Risco elevado associado aos projetos de inovação, pode ser que parte deles tenha
simplesmente falhado.
Sistema de inovação brasileiro em amadurecimento  não se pode esperar um
alinhamento fino entre as instituições, em especial de áreas distintas como C, T&I e
saúde.
 No entanto, os atores justificam suas ações de modo a elevar o patamar
competitivo do país e trazer desenvolvimento para a sociedade, e ampliar o
acesso da população às tecnologias, na área da saúde.
└ Cabe analisar se há uma consonância entre os agentes, mesmo que
preliminar.
Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico
38
Alinhamento entre as ações de estímulo a inovação
nos âmbitos de ciência e tecnologia
Fonte: Elaboração própria.
 Comparou-se os critérios adotados no Subvenção Econômica da FINEP, de
2006 a 2010 e os critérios da CONITEC para incorporação de tecnologias.
 Observou-se que existem tecnologias analisadas pela CONITEC provenientes
de áreas que já foram foco de editais de subvenção econômica da FINEP.
Edital
Áreas temáticas para apoio a projetos na
área de fármacos para saúde humana
Exemplos de tecnologias
análogas avaliadas pela
CONITEC
Subvenção 2006
Fármacos e medicamentos: foco em AIDS e
Hepatite
• Obtenção de novas rotas de síntese que
possibilitem avanços tecnológicos na
produção do fármaco AZT;
• Desenvolvimento de moléculas inéditas
(análogos), farmacologicamente ativas e
comparáveis aos fármacos: Lopinavir,
Nelfinavir, Efavirenz e Tenofovir;
• Desenvolvimento de moléculas inéditas,
farmacologicamente ativas, e que se
destinem ao tratamento de Hepatite C.
 Boceprevir e
Telaprevir (Hepatite C);
 Estavudina, indinavir,
maraviroque (antiretrovirais).
QUADRO 6 - Comparação das áreas temáticas dos editais subvenção econômica e tecnologias
avaliadas pela CONITEC
Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico
39
Alinhamento entre as ações de estímulo a inovação
nos âmbitos de ciência e tecnologia
Há pontos de convergência entre os critérios adotados pela CONITEC e pela
FINEP. Ambos consideram os impactos no mercado da nova tecnologia e
exigem a comparação de seus benefícios com outras semelhantes já
disponíveis  deve ser realizada sob o ponto de vista do SUS, e não apenas do
mercado privado.
 Os especialistas externos envolvidos no processo de seleção dos projetos pela
FINEP devem ser profissionais do SUS, ou possam trazer esta perspectiva para a
análise.
Deve-se levar em conta o déficit da balança comercial de produtos do CIS,
de modo que as novas tecnologias desenvolvidas contribuam para a
diminuição deste.
É recomendável um alinhamento entre a FINEP e as outras agências de
fomento e o SUS, no caso de tecnologias para saúde, pelo menos para que
sigam as mesmas diretrizes e princípios.
Agenda
41
Introdução
Arcabouço teórico
O sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro
Financiamento público a este sistema
Análise dos resultados do esforço inovativo das empresas
Esforço inovativo das empresas
42
 458 respondentes do setor farmacêutico, sendo que 53,8% implementaram inovações.
 Porcentagem de superior a média das indústrias de transformação (35,9%).
50,4%
52,4%
63,7%
53,8%
2,4%
3,0%
3,4%
3,4%
27,9%
26,4%
21,2%
31,5%
19,4%
18,2%
11,7%
11,3%
2003
2005
2008
2011
Empresas que implementaram inovações tecnológicas
Empresas com apenas projetos incompletos e ou abandonados
Empresas com apenas inovações organizacionais ou de marketing
Empresas que não implementaram projetos de inovação
GRÁFICO 13 - Distribuição das empresas que implementaram inovações ou conduziram projetos de
inovação no setor farmacêutico de 2003 a 2011, em porcentagem.
Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE.
Análise dos resultados da Pintec
Esforço inovativo das empresas
43
GRÁFICO 14 - Distribuição do tipo de inovação entre 2001 e 2011, em porcentagem.
Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE.
70,3%
73,7%
74,8%
68,7%
71,4%
72,6%
68,7%
69,4%
41,7%
46,3%
43,5%
38,1%
2003
2005
2008
2011
Produto Processo Produto e Processo
Análise dos resultados da Pintec
Esforço inovativo das empresas - PINTEC
44
 A maioria das empresas realizou inovações inéditas para a empresa, mas já existentes no mercado
nacional.  caráter seguidor.
└ As empresas têm investido em inovações que irão posicioná-las junto aos outros concorrentes nacionais
e poucas investem na abertura de novos mercados.
 As inovações no âmbito mundial, apesar de serem pequenas, têm crescido nos últimos anos.
GRÁFICO 15 - Grau de novidade do produto principal das empresas que implementaram inovações,
2001 - 2011, em porcentagem.
Fonte:Elaboraçãoprópria,baseadanaPINTEC/IBGE.
37,3%
56,1%
49,5%
34,0%
9,9%
15,4%
20,7%
29,6%
1,9%
2,2%
4,5%
5,1%
2003
2005
2008
2011
Produto novo para a empresa, mas já existente no mercado
nacional
Produto novo para o mercado nacional, mas já existente no
mercado mundial
Produto novo para o mercado mundial
27,1%
65,8%
63,3%
58,8%
2,6%
6,2%
5,0%
9,2%
0,0%
0,6%
0,3%
1,4%
2003
2005
2008
2011
Processo novo para a empresa, mas já existente
no mercado nacional
Processo novo para o mercado nacional, mas já
existente no mercado mundial
Processo novo para o mercado mundial
Grau de novidade do principal produto Grau de novidade do principal processo
Análise dos resultados da Pintec
Esforço inovativo das empresas
45
GRÁFICO 16 - Dispêndios totais realizados pelas empresas que implementaram
inovações em P, D&I e dispêndios realizados apenas em atividades internas de P,D&I, de
2001 a 2011, em bilhões de reais.
Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE.
R$ 666,2
R$ 1.038,7
R$ 1.467,3
R$ 1.849,0
R$ 101,7 R$ 180,5
R$ 431,0
R$ 920,7
2003 2005 2008 2011
Dispêndios totais realizados pelas empresas inovadoras nas atividades inovativas
Dispêndios realizados apenas nas atividades internas de P&D
Análise dos resultados da Pintec
 Cerca de 50% desse valor foram investidos em atividades internas de P&D
 As empresas de fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos obtiveram uma receita líquida
de vendas de R$ 38,6 bilhões.
 A receita líquida de vendas aumentou 99,1% no período analisado, enquanto os dispêndios
aumentaram 177,5%.  as empresas têm aumentado seus investimentos em atividades inovativas.
Esforço inovativo das empresas
46
Análise dos resultados da Pintec
 Analisando os valores relativos, os dados mostram que investimentos em dispêndios totais em P, D&I
representaram quase 5,0% da receita líquida de vendas no ano de 2011.
└ Comparativamente, em 2014, as empresas farmacêuticas americanas investiram em P, D&I 17,8% do
total de vendas
Os dispêndios em atividades internas de P, D&I foram o principal tipo de dispêndio em atividades
inovativas realizadas pelas empresas do setor.
GRÁFICO 17 - Valores relativos dos dispêndios em P, D&I, de 2001 a 2011 em porcentagem
3,4% 4,2% 4,9% 4,8%
15,3% 17,4%
29,4%
49,8%
2003 2005 2008 2011
% Dispêndios totais/receita
% Dispêndios em atividades internas/dispêndios totais
Esforço inovativo das empresas
48
Análise dos resultados da Pintec
 A alocação dos dispêndios em P, D&I da indústria farmacêutica vem mudando.
 Os dispêndios em atividades internas aumentou 8x  Na PINTEC de 2008, ela passa a figurar como o
principal gasto com atividades inovadoras, enquanto nos anos anteriores era a aquisição de máquinas e
equipamentos.
 Outra atividade que tem recebido investimentos crescentes é a de treinamento, apesar da baixa
porcentagem.
GRÁFICO 19 - Histórico da distribuição dos dispêndios com P, D&I, de 2001 a 2011 em valores relativos
ao total de dispêndios alocados.
Fonte:Elaboraçãoprópria,baseadanaPINTEC/IBGE.
15,3%
17,4%
29,4%
49,8%
26,2%
26,4%
25,9%
15,6%
12,9%
13,1%
12,8%
11,8%
18,0%
20,0%
12,3%
11,0%
20,7%
16,3%
14,5%
6,1%
2,0%
1,1%
1,1%
3,2%
4,9%
5,7%
4,1%
2,4%
2003
2005
2008
2011
Atividades internas de
Pesquisa e Desenvolvimento
Aquisição de máquinas
e equipamentos
Aquisição externa de
Pesquisa e Desenvolvimento
Introdução das inovações
tecnológicas no mercado
Projeto industrial e outras
preparações técnicas
Treinamento
Outros (Aquisição de software e
de outros conhecimentos externos)
Esforço inovativo das empresas
49
Análise dos resultados da Pintec
 A fonte dos recursos utilizados nos dispêndios é majoritariamente capital próprio das empresas. Mas as
empresas têm utilizado cada vez mais capital de terceiros.
 O aumento na utilização de recursos de terceiros, principalmente recursos públicos, coincide com um
período de crise econômica mundial.
└ As empresas optam por preservar seu capital próprio e captar recursos de terceiros menos onerosos.
└ Além disso, há um alto volume de recursos disponibilizados para o setor pelos agentes públicos de
fomento.
GRÁFICO 20 - Fonte de financiamentos às atividades inovativas, de 2001 a 2011, em porcentagem. A -
Apenas para as atividades internas de P, D&I. B - Para as outras atividades inovativas.
Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE.
97,0%
93,9%
92,2%
77,1%
3,0%
6,1%
7,8%
22,9%
2003
2005
2008
2011
A - Fonte de financiamento
atividades internas de P&D
Recurso próprios Recursos de terceiros
89,0%
91,7%
83,2%
84,2%
11,0%
8,3%
16,8%
15,8%
2003
2005
2008
2011
B - Fonte de financiamento às outras
atividades inovativas
Recurso próprios Recursos de terceiros
Esforço inovativo das empresas
50
Análise dos resultados da Pintec
 A origem de capital de terceiros é principalmente pública, tanto para atividades internas de P&D
quanto para outras atividades inovativas.
 O uso de capital público para as outras atividades aumenta muito da pesquisa de 2003 para 2005. 
coincide com o lançamento do Profarma.
 O número de empresas que recebeu apoio do governo aumentou expressivamente entre os anos de
2005 e 2008.
GRÁFICO 21 - Origem dos recursos de terceiros utilizados nas atividades de P, D&I, de 2001 a 2011, em
porcentagem. A - Apenas para as atividades internas de P, D&I. B - Para as outras atividades inovativas.
Fonte:Elaboraçãoprópria,baseadanaPINTEC/IBGE.
29,1%
15,9%
5,8%
2,7%
70,9%
84,1%
94,2%
75,5% 21,8%
2003
2005
2008
2011
A - Origem dos recursos de terceiros
para as atividades internas de P&D
Privado Público Externo
42,4%
8,6%
9,0%
3,0%
57,6%
91,4%
91,0%
97,0%
2003
2005
2008
2011
B - Origem dos recursos de terceiros
para as outras atividades inovativas
Privado Público
Esforço inovativo das empresas
51
GRÁFICO 22 - Número de empresas que receberam apoio do governo, de 2001 a 2011.
52
66
122 123
2003 2005 2008 2011
Número de empresas que receberam apoio do
governo
84,8%
% Aumento
Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE.
Análise dos resultados da Pintec
Esforço inovativo das empresas
52
Análise dos resultados da Pintec
 O principal tipo de apoio do governo utilizado pela indústria farmacêutica é para a aquisição de
maquinas e equipamentos, em todas as pesquisas analisadas.
A utilização de outras formas de apoio tem aumentado anualmente e de forma significativa no período
analisado, com destaque para os incentivos fiscais, para o qual o número de empresas que utiliza mais
que quadriplicou, e a subvenção econômica.
 É importante ressaltar que, de 2008 a 2011, o financiamento a projetos em parceria com universidades e
a utilização das outras formas de apoio declinou.
GRÁFICO 23 – Valores relativos do tipo de apoio do governo utilizado pelas empresas inovadoras do
setor farmacêutico, em porcentagem, de 2001 a 2011.
.
0,6% 1,6%
13,1%
4,8%1,5% 4,9%
17,8%
4,0%
5,7%
3,8%
10,8%
2,5%
24,8%
15,9%
18,6%
13,0%
7,7%
5,0%
26,7%
8,5%
Incentivo fiscal Subvenção
econômica
Financiamento a
projetos em
parceria com
universidades
Financiamento a
projetos sem
parceria com
universidades
Compra de
máquinas e
equipamentos
Outros
2003 2005 2008 2011
Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE.
Esforço inovativo das empresas
53
Análise dos resultados da Pintec
 Ambos os grupos de empresa consideram um obstáculo relevante os elevados custos para inovação.
 A falta de escassez de fontes apropriadas de financiamento não é um problema apontado pelas
empresas que não implementaram inovações.
TABELA 7 – Porcentagem de empresas que consideraram os obstáculos com importância média ou alta,
de 2003 a 2011
Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE.
Empresas que não implementaram
inovações
Empresas que implementaram inovações
Elevados custos da
inovação
Escassez de fontes
apropriadas de
financiamento
Elevados custos da
inovação
Escassez de fontes
apropriadas de
financiamento
2003 93,4% 30,2% 78,3% 61,5%
2005 77,9% 52,4% 90,6% 58,3%
2008 50,6% 38,5% 70,8% 44,9%
2011 95,0% 17,0% 57,5% 66,3%
Esforço inovativo das empresas
54
Análise dos resultados da Pintec
 Maiores obstáculos enfrentados pelas empresas que não implementaram inovações foram:
 riscos econômicos excessivos (93,5%),
dificuldade para se adequar a padrões, normas e regulamentações (82,9%),
escassez de possibilidades de cooperação com outras empresas ou instituições (82,3%)
 e falta de informação sobre mercados (79,3%).
GRÁFICO 24 - Razões citadas pelas empresas que não desenvolveram nem implementaram inovações
de 2001 a 2011
Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE.
29,6%
10,9%
14,9%
17,3%
47,4%
67,3%
52,9%
36,8%
23,0%
21,8%
32,1%
45,9%
2003
2005
2008
2011
Inovações
prévias
Condições
de mercado
Outros
fatores impeditivos
Esforço inovativo das empresas
55
Atividade de patenteamento
 Os dados foram construídos a partir de duas bases:
 Empresas que receberem fomento público no Brasil do Cedeplar (2004 – 2012)
 Patentes de empresas selecionadas construída a partir do INPI
 Considera 20 empresas 10 nacionais e 10 estrangeiras  raking top 20
mercado nacional mais algumas empresas nacionais.
Limitações:
 Depósito de patente não demonstra em si o caráter inovador da empresa.
 Contexto é complexo e envolves várias variáveis: a atividade de patenteamento
não é diretamente relacionada a fomento.
Esforço inovativo das empresas
56
GRÁFICO 25 - Atividade de patenteamento
das empresas farmacêuticas selecionadas,
agrupadas em empresas nacionais e
estrangeiras, por número de depósitos de
patentes no INPI por ano, de 2000 a 2013.
Fonte: Elaboração própria.
0
100
200
300
400
500
600
700
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
Nacionais Estrangeiras
GRÁFICO 26 - Atividade de patenteamento das
empresas farmacêuticas selecionadas, agrupadas
por empresas que receberam fomento público a
inovação ou não, por número de depósitos de
patentes no INPI por ano, de 2000 a 2013
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
Não recebeu fomento
Recebeu fomento
Atividade de patenteamento
Esforço inovativo das empresas
57
GRÁFICO 27 - Atividade de patenteamento das empresas farmacêuticas selecionadas, agrupadas por
empresas nacionais e estrangeiras que receberam fomento público a inovação ou não, por número de
depósitos de patentes por ano, de 2000 a 2013
Fonte: Elaboração própria.
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Não recebeu fomento - Estrangeiras Recebeu fomento - Nacionais
Recebeu fomento - Estrangeiras
 As empresas estrangeiras patenteiam mais, independente se receberam fomento ou não.
 O padrão de patenteamento das empresas nacionais é o mesmo ao longo dos anos  reflexo de
estratégia focada em inovações incrementais.
Atividade de patenteamento
Considerações finais
59
 Não estão disponíveis informações detalhadas e claras a respeito dos
programas e instrumentos de financiamento e dos investimentos das agências
de fomento à inovação.
└ Sugestão: criar ferramentas para disponibilizar as informações sobre o
financiamento público à inovação, não só mais claras, mas também de fácil acesso,
e nas quais tais informações estejam consolidadas. Não só informações quanto à
alocação dos recursos mas também informações sobre o processo de seleção.
 Existe um grande volume de recursos aportados, a maioria deles são
concentrados nas etapas de P, D&I, havendo uma lacuna para os estágios de
produção e comercialização.
 É necessária uma otimização dos recursos investidos – seja no volume
aportado, seja no mecanismo de seleção e gestão dos projetos .
 É interessante uma aproximação operacional dos agentes além dos objetivos
em comum.
└Profissionais de saúde pública atuando desde a etapa de seleção dos projetos até
seu acompanhamento.
Considerações finais
60
 Os resultados da PINTEC mostram que as empresas brasileiras realizam
prioritariamente inovações incrementais no país. Os laboratórios farmacêuticos
nacionais possuem caráter seguidor, o que significa que as inovações geradas
por elas não são disruptivas no âmbito nacional, tampouco mundial.
 As empresas do setor farmacêutico investem principalmente capital próprio
para inovar, mas elas têm aumentado a porcentagem de utilização de
recursos de terceiros, na maior parte de fontes públicas.
 O padrão de patenteamento da indústria nacional não se altera ao longo
dos anos. Pode-se interpretar, então, que, independentemente de receber
fomento ou não, as empresas farmacêuticas nacionais não fazem inovações
disruptivas.
└ Os instrumentos de financiamento público a P, D&I sejam otimizados, de modo a
fazer com que as empresas nacionais aproximem-se da vanguarda da fronteira
tecnológica do setor  não necessariamente com um aumento dos recursos
disponibilizados, mas otimização dos instrumentos existentes.
Obrigada!
Luiza Pinheiro
luizapasilva@gmail.com
319194-7316
Orientadora: Márcia Siqueira Rapini
Mestrado Profissional em Inovação tecnológica e Propriedade Intelectual
UFMG
Maio de 2015 61

More Related Content

Viewers also liked

Viewers also liked (14)

C lab5 2
C lab5 2C lab5 2
C lab5 2
 
Mobility and Node Density Based Performance Analysis of AODV Protocol for Adh...
Mobility and Node Density Based Performance Analysis of AODV Protocol for Adh...Mobility and Node Density Based Performance Analysis of AODV Protocol for Adh...
Mobility and Node Density Based Performance Analysis of AODV Protocol for Adh...
 
Obres carrer major
Obres carrer majorObres carrer major
Obres carrer major
 
ระบบสารสนเทศ
ระบบสารสนเทศระบบสารสนเทศ
ระบบสารสนเทศ
 
Aa0011
Aa0011Aa0011
Aa0011
 
Shivakumar_Pat on Back
Shivakumar_Pat on BackShivakumar_Pat on Back
Shivakumar_Pat on Back
 
GWLASER5F 052815 094540.PDF
GWLASER5F 052815 094540.PDFGWLASER5F 052815 094540.PDF
GWLASER5F 052815 094540.PDF
 
Apostila informática básica
Apostila informática básicaApostila informática básica
Apostila informática básica
 
Ejercicios anaeróbicos y aeróbicos
Ejercicios anaeróbicos y aeróbicosEjercicios anaeróbicos y aeróbicos
Ejercicios anaeróbicos y aeróbicos
 
C chap2
C chap2C chap2
C chap2
 
Curso Operador de Caixa
Curso Operador de CaixaCurso Operador de Caixa
Curso Operador de Caixa
 
Contraste Hidrosoluble Oral Para El Tratamiento De La
Contraste Hidrosoluble Oral Para El Tratamiento De LaContraste Hidrosoluble Oral Para El Tratamiento De La
Contraste Hidrosoluble Oral Para El Tratamiento De La
 
Los poligonos
Los poligonosLos poligonos
Los poligonos
 
20161108 datadog and_sushi
20161108 datadog and_sushi20161108 datadog and_sushi
20161108 datadog and_sushi
 

Similar to 20150525 apresentação defesa final

O sistema de inovação brasileiro: uma proposta orientada à missão
O sistema de inovação brasileiro: uma proposta orientada à missãoO sistema de inovação brasileiro: uma proposta orientada à missão
O sistema de inovação brasileiro: uma proposta orientada à missãoTaís Oliveira
 
Pesquisa: fomento para inovação nas empresas brasileiras
Pesquisa: fomento para inovação nas empresas brasileirasPesquisa: fomento para inovação nas empresas brasileiras
Pesquisa: fomento para inovação nas empresas brasileirasFundação Dom Cabral - FDC
 
Panorama-Clinicas-e-Hospitais-2023.pdf
Panorama-Clinicas-e-Hospitais-2023.pdfPanorama-Clinicas-e-Hospitais-2023.pdf
Panorama-Clinicas-e-Hospitais-2023.pdfEduardotilaSoares
 
Agrociclo reestruturação das santas casas no brasil
Agrociclo   reestruturação das santas casas no brasilAgrociclo   reestruturação das santas casas no brasil
Agrociclo reestruturação das santas casas no brasilAntonio Carlos Porto Araujo
 
Ip sistema nacional de inovação jan2013
Ip sistema nacional de inovação jan2013Ip sistema nacional de inovação jan2013
Ip sistema nacional de inovação jan2013emersonhenriques
 
Apresentação alfob 2016 2017 - 2
Apresentação alfob 2016 2017 - 2Apresentação alfob 2016 2017 - 2
Apresentação alfob 2016 2017 - 2Alfob
 
Apresentação alfob 2016 2017 - 2
Apresentação alfob 2016 2017 - 2Apresentação alfob 2016 2017 - 2
Apresentação alfob 2016 2017 - 2Alfob
 
Plano quadrienal
Plano quadrienalPlano quadrienal
Plano quadrienalmanococs
 
Bioeconomia e o Setor Sucroenergético
Bioeconomia e o Setor SucroenergéticoBioeconomia e o Setor Sucroenergético
Bioeconomia e o Setor SucroenergéticoWilson A. Araujo
 
Financiamento Público a Inovação - Aula FGV
Financiamento Público a Inovação - Aula FGVFinanciamento Público a Inovação - Aula FGV
Financiamento Público a Inovação - Aula FGVHudson Mendonça
 
Agrociclo reestruturação das santas casas no brasil - antonio carlos porto ...
Agrociclo   reestruturação das santas casas no brasil - antonio carlos porto ...Agrociclo   reestruturação das santas casas no brasil - antonio carlos porto ...
Agrociclo reestruturação das santas casas no brasil - antonio carlos porto ...Antonio Carlos Porto Araujo
 
Inovação: Conceitos, gestão, parcerias e oportunidades para a indústria
Inovação: Conceitos, gestão, parcerias e oportunidades para a indústriaInovação: Conceitos, gestão, parcerias e oportunidades para a indústria
Inovação: Conceitos, gestão, parcerias e oportunidades para a indústriaFabricio Martins
 

Similar to 20150525 apresentação defesa final (20)

Inovacao.docx
Inovacao.docxInovacao.docx
Inovacao.docx
 
Dr. jorge bermudez
Dr. jorge bermudezDr. jorge bermudez
Dr. jorge bermudez
 
O sistema de inovação brasileiro: uma proposta orientada à missão
O sistema de inovação brasileiro: uma proposta orientada à missãoO sistema de inovação brasileiro: uma proposta orientada à missão
O sistema de inovação brasileiro: uma proposta orientada à missão
 
Pesquisa: fomento para inovação nas empresas brasileiras
Pesquisa: fomento para inovação nas empresas brasileirasPesquisa: fomento para inovação nas empresas brasileiras
Pesquisa: fomento para inovação nas empresas brasileiras
 
Embrapii 2015
Embrapii 2015Embrapii 2015
Embrapii 2015
 
Panorama-Clinicas-e-Hospitais-2023.pdf
Panorama-Clinicas-e-Hospitais-2023.pdfPanorama-Clinicas-e-Hospitais-2023.pdf
Panorama-Clinicas-e-Hospitais-2023.pdf
 
Abvcap
AbvcapAbvcap
Abvcap
 
Agrociclo reestruturação das santas casas no brasil
Agrociclo   reestruturação das santas casas no brasilAgrociclo   reestruturação das santas casas no brasil
Agrociclo reestruturação das santas casas no brasil
 
Ip sistema nacional de inovação jan2013
Ip sistema nacional de inovação jan2013Ip sistema nacional de inovação jan2013
Ip sistema nacional de inovação jan2013
 
Downloads guia_inovacao_empresas
 Downloads guia_inovacao_empresas Downloads guia_inovacao_empresas
Downloads guia_inovacao_empresas
 
Aula 16
Aula 16Aula 16
Aula 16
 
Embrapa: Empreededorismo e Inovação
Embrapa: Empreededorismo e InovaçãoEmbrapa: Empreededorismo e Inovação
Embrapa: Empreededorismo e Inovação
 
Apresentação alfob 2016 2017 - 2
Apresentação alfob 2016 2017 - 2Apresentação alfob 2016 2017 - 2
Apresentação alfob 2016 2017 - 2
 
Apresentação alfob 2016 2017 - 2
Apresentação alfob 2016 2017 - 2Apresentação alfob 2016 2017 - 2
Apresentação alfob 2016 2017 - 2
 
Max benjoino ferraz
Max benjoino ferrazMax benjoino ferraz
Max benjoino ferraz
 
Plano quadrienal
Plano quadrienalPlano quadrienal
Plano quadrienal
 
Bioeconomia e o Setor Sucroenergético
Bioeconomia e o Setor SucroenergéticoBioeconomia e o Setor Sucroenergético
Bioeconomia e o Setor Sucroenergético
 
Financiamento Público a Inovação - Aula FGV
Financiamento Público a Inovação - Aula FGVFinanciamento Público a Inovação - Aula FGV
Financiamento Público a Inovação - Aula FGV
 
Agrociclo reestruturação das santas casas no brasil - antonio carlos porto ...
Agrociclo   reestruturação das santas casas no brasil - antonio carlos porto ...Agrociclo   reestruturação das santas casas no brasil - antonio carlos porto ...
Agrociclo reestruturação das santas casas no brasil - antonio carlos porto ...
 
Inovação: Conceitos, gestão, parcerias e oportunidades para a indústria
Inovação: Conceitos, gestão, parcerias e oportunidades para a indústriaInovação: Conceitos, gestão, parcerias e oportunidades para a indústria
Inovação: Conceitos, gestão, parcerias e oportunidades para a indústria
 

20150525 apresentação defesa final

  • 1. Defesa de dissertação Financiamento público ao sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro Luiza Pinheiro Alves da Silva Orientadora: Márcia Siqueira Rapini Mestrado Profissional em Inovação tecnológica e Propriedade Intelectual UFMG Maio de 2015 1
  • 2. Introdução 3 Apresentar o sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro, com ênfase no subsistema de financiamento público e no esforço inovativo das empresas farmacêuticas. Objetivo
  • 3. Introdução 4 Para tal, além da caracterização dos atores do sistema e do subsistema de financiamento, foram feitas as seguintes analíses: - alinhamento entre critérios para seleção dos projetos de inovação selecionados para fomento público e os critérios para inclusão de tecnologias no SUS, - resultados da PINTEC - atividade de patenteamento das empresas do setor que receberam fomento público. Resumo da metodologia
  • 4. Agenda 5 Introdução Arcabouço teórico O sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro Financiamento público a este sistema Análise dos resultados do esforço inovativo das empresas
  • 5. Agenda 6 Introdução Arcabouço teórico O sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro Financiamento público a este sistema Análise dos resultados do esforço inovativo das empresas
  • 6. Arcabouço teórico 7 “Um sistema de inovação é composto por todas as entidades econômicas, organizações sociais e políticas e outros fatores que influenciam o desenvolvimento, difusão e uso da inovação” Sistema Nacional de Inovação Edquist 2005 “O sistema nacional de inovação é uma construção institucional, produto de uma ação planejada e consciente ou de um somatório de decisões não planejadas e desarticuladas, que impulsiona o progresso tecnológico em economias capitalistas complexas. Através da construção desse sistema de inovação viabiliza-se a realização de fluxos de informação necessária ao processo de inovação tecnológica” Albuquerque 1998
  • 7. Arcabouço teórico 8 Sistema Nacional de Inovação Estado ICTsEmpresas
  • 8. Arcabouço teórico 9 Sistema Nacional de Inovação Estado ICTsEmpresas  Em países em desenvolvimento este sistema está em estruturação e amadurecimento.  Os SNI apresentam especificidades setoriais.  A constituição do sistema influencia diretamente a dinâmica do setor.
  • 9. Arcabouço teórico 10 Subsistema de financiamento  O financiamento às atividades inovativas é imprescindível para a compreensão do processo de inovação. O susbsistema de financiamento é composto pelo conjunto de elementos e relações que estabelecem as condições e as formas nas quais os agentes inovadores conduzem o financiamento das atividades inovativas. Ele é formado por: as fontes de recursos; os atores que as ofertam; as condições de capitalização das empresas; grau de maturidade do mercado de capitais, mecanismos financeiros disponíveis; grau de interação e conhecimento entre os agentes. Os atores deste sistema são: fundações de apoio a pesquisa, bancos, agências de fomento, entre outros.
  • 10. Arcabouço teórico 11 Investimento em inovação  Possui peculiaridades que o difere de outros tipos e investimento. INCERTEZA fundamental associada à inovação  mesmo que se conheça os padrões por traz de uma inovação bem sucedida, é impossível prever a realidade de mercado no momento de lançamento e o comportamento dos concorrentes ou se preparar antecipadamente para o cenário em que a inovação será inserida.  O conhecimento gerado é tácito.  Retorno demorado e incerto.  Assimetria de informações entre o inovador e o investidor. Dificuldades de se apropriar do esforço inovativo Se a empresa considera que um projeto apresenta risco e ela é incapaz de mitigá-lo, ela tem menor propensão a arcar com este tipo de investimento em comparação com um investimento mais seguro.
  • 11. Arcabouço teórico 13 Investimento em inovação  Subalocação de recursos para inovação └ Necessidade que o investimento seja subsidiado ou estimulado por agentes públicos.  O investimento privado busca retornos de curto prazo e focam atividades que extraem valor das empresas  recurso público que oferece capital paciente de longo prazo para as atividades de inovação.  O risco das atividades inovativas é distribuído para a sociedade por meio da alocação de recursos públicos mas os ganhos das inovações são privatizados ao serem incorporados pelos acionistas ou sócios das empresas.  Recursos públicos limitados  importância do investimento de capital próprio das empresas.  Os países em desenvolvimento possuem menos capital acumulado para investimento produtivos  tem mais dificuldade para promover e fomentar a inovação.
  • 12. Agenda 15 Introdução Arcabouço teórico O sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro Financiamento público a este sistema Análise dos resultados do esforço inovativo das empresas
  • 13. Sistema setorial de inovação farmacêutico 16 Processo de inovação farmacêutico Descoberta do fármaco Pré - Clínico Ensaios clínicos Aprovação do registro Escalonamento e Produção Monitoramento e pesquisa pós- comercialização PRÉ-DESCOBERTA 5.000 - 10.000 COMPOSTOS 250 5 1 DROGA APRO- VADA 3 – 6 ANOS 6 – 7 ANOS 0,5 – 2 ANOS INDEFINIDO NÚMERO DE VOLUNTÁRIOS FASE 1 FASE 2 FASE 3
  • 14. Sistema setorial de inovação farmacêutico 17 Contexto político e institucional do CIS Instituições de C,T&I Estado (regulação e promoção) Sociedade População Setores industriais Setores prestadores de serviços
  • 15. Sistema setorial de inovação farmacêutico 18 Complexo industrial da saúde - CIS Indústrias de base química e biotecnológica  Medicamentos e princípios ativos  Vacinas  Hemoderivados  Soros e toxinas  Reagentes para diagnóstico SETORES INDUSTRIAIS Indústrias de base mecânica, eletrônica e de materiais  Equipamentos mecânicos  Equipamentos eletrônicos  Órteses e próteses  Materiais Hospitais SETORES PRESTADORES DE SERVIÇOS Ambulatórios Serviços de diagnóstico e terapêuticos
  • 16. Sistema setorial de inovação farmacêutico 20 Estado ICTsEmpresas
  • 17. Investidor  Principal comprador de medicamentos através do SUS Financiador  Investimento em modernização e expansão do setor  Investimentos em inovação Regulador  Tem dever de garantir a eficácia e segurança dos produtos e tecnologias para a saúde.  As instituições de regulação cumprem um papel de filtro das inovações geradas. Sendo assim elas ocupam um papel determinante no SSI de saúde. Sistema setorial de inovação farmacêutico 21 Estado
  • 18. Instituições Científicas e Tecnológicas  São uma das origem do conhecimento necessário para o desenvolvimento de novas tecnologias.  ICTs brasileiras majoritariamente públicas  Universidades: agregam atividades de ensino e extensão e são multidisciplinares.  Têm orçamento limitado para pesquisa  estas atividades são financiadas por projetos, que captam recursos individualmente.  Maioria dos pesquisadores são também professores e a equipe de pesquisa é composta por alunos.  Tem também institutos de pesquisa importantes: Fiocruz, Butantan e Vital Brazil. Vêm se abrindo a atividades de interação com empresas e inovação de maneira relativamente recente  Lei de Inovação de 2004.  Forte vocação para biociências e tradição de pesquisa nessa área. Sistema setorial de inovação farmacêutico 22 ICTs
  • 19. Empresas  6º maior país no ranking do mercado farmacêutico mundial.  Forte presença de empresas internacionais, mas com uma indústria nacional robusta. └ Força da indústria brasileira devido aos medicamentos similares e genéricos. └ Empresas estrangeiras focam a maior parte do investimento e as tecnologias estratégicas na matriz.  Grande déficit na balança comercial  parte significativa devido aos princípios ativos.  Laboratórios públicos oficiais para suprir a demanda do SUS  volume de produção limitado mas tem papel estratégico em políticas de acesso a medicamentos. Sistema setorial de inovação farmacêutico 25 Empresas
  • 20. Agenda 26 Introdução Arcabouço teórico O sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro Financiamento público a este sistema Análise dos resultados do esforço inovativo das empresas
  • 21. Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico 28 Fundos setoriais  Há 16 fundos setoriais – 14 fundos específicos e 2 transversais. CT – Saúde: criado em 2002 para estabelecer linhas de pesquisa específicas para o desenvolvimento tecnológico a saúde humana.  Há uma grande diferença entre o valor arrecadado e o pago. Apesar do valor arrecadado crescer, o valor pago decresce. 41,3 67,1 61,0 70,9 74,2 90,1 102,8 128,5 135,7 168,8 221,7 254,3 0,2 20,0 22,5 24,8 27,1 50,6 72,6 40,4 35,2 14,2 12,3 14,8 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Valor arrecadado Valor pago 0,5% 29,8% 36,8% 56,1% 70,6% 31,4% 25,9% 8,4% 5,6% 5,8% 36,5% 35,0% % Pago/Arrecadado GRÁFICO 6 - Evolução dos valores arrecadados e pagos pelo CT-Saúde em R$ milhões Fonte: MCTI, 2015
  • 22. Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico 29 Fundos setoriais TABELA 5 - Dados dos investimentos dos Fundos Setorias na Área da Saúde Ano de início Total de projetos Valor contratado (em milhões de R$) Valor médio por projeto (em milhares de R$) 1999 10 0,26 25,55 2000 12 1,14 95,19 2001 12 4,16 347,00 2002 16 9,19 574,42 2003 48 8,53 177,66 2004 119 72,38 608,21 2005 103 53,29 517,33 2006 108 88,01 814,88 2007 535 91,76 171,51 2008 561 92,96 165,71 2009 532 69,74 131,09 2010 698 110,64 158,51 2011 477 52,96 111,03 2012 247 116,20 470,44 2013 25 35,17 1.406,75 2014 11 15,83 1.438,95 Total 3154 822,22 Média = 234,0 Fonte: Plataforma Aquarius - MCTI, 2015 Ápice do n° de projetos Ápice do valor do projeto
  • 23. 85,2% 3,9% 4,2% 1,3% 1,7% 0,6% 1,0% 0,3% 1,7% 0,1% Total de projetos Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico 31 Fundos setoriais GRÁFICO 8 - Distribuição dos projetos da área de Ciências da Saúde por categoria 125,6 1.485, 9 551,2 1.621, 1 877,4 1.107, 4 185,5 199,9 35,4 208,9 Valor médio (em milhares de R$) 376,2 205,1 81,6 71,3 53,5 23,3 6,3 2,2 2,1 0,6 Valor contratado (em milhões de R$) Fonte:PlataformaAquarius-MCTI,2015
  • 24. Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico 32 Incentivos fiscais GRÁFICO 10 - Renúncia Fiscal por Investimentos em P, D&I Por Setores Em R$ Milhões. Fonte: Relatório Anual da Utilização de Incentivos Fiscais – Ano Base 2012 20,7 34,8 44,2 69,6 84,2 76,4 99,2 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Renúncia fiscal das empresas farmacêuticas 11 13 16 37 42 37 31 Número de empresas  Número de empresas que usam o benefício é crescente. (Aumento ~4x)  Apenas 17% das empresas do setor que implementaram inovações de acordo com a Pintec o utilizaram.  Foi a 2ª indústria com maior renúncia fiscal em 2012. Empresas mantiveram a renúncia fiscal nos anos de 2008 e 2009.
  • 25. Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico 33 Subvenção Econômica  Existem poucos dados recentes disponíveis sobre a alocação de recursos de Subvenção Econômica. De 2006 a 2009, 19 empresas do setor de fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, que correspondem a 3,8% do total de empresas.  Projetos da área de saúde correspondem a 14% do número total de projetos. A área de biotecnologia, que também inclui tecnologias correspondentes a esta área, é responsável por 12% dos projetos Plano Inova Empresa  A partir de 2011 os recursos de Subvenção passaram a ser alocados nas chamadas conjuntas Inova.  3 chamadas Inova Saúde em parceria MS, MCTI e CNPq.  O foco foram as indústrias de equipamentos eletromédicos.
  • 26. Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico 34 CNPq Fonte: CNPq, 2014.  O investimento total realizado por esta agência quintuplicou de 2000 a 2013  Ciências da Saúde 5ª área que mais recebeu investimento.  Área de maior crescimento no período analisado. 2000 2013 Grande área de conhecimento Investimento $mil % por grande área Investimento $mil Engenharias R$ 85.231 20,6% R$ 501.373 Ciências Biológicas R$ 74.458 18,0% R$ 371.762 Ciências Exatas e da Terra R$ 72.929 17,6% R$ 336.237 Ciências Agrárias R$ 52.178 12,6% R$ 262.172 Ciências da Saúde R$ 35.706 8,6% R$ 238.800 Ciências Humanas R$ 48.301 11,7% R$ 178.811 Ciências Sociais Aplicadas R$ 25.628 6,2% R$ 165.032 Linguística, Letras e Artes R$ 13.557 3,3% R$ 49.422 Outra R$ 55 0,0% R$ 47.296 Não se aplica R$ 5.103 1,2% R$ 25.259 Não informado R$ 249 0,1% R$ 5.884 Total Geral R$ 413.394 100,0% R$ 2.182.048 TABELA 6 - Investimento do CNPq por Grande Área (em mil R$)
  • 27. Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico 35 BNDES Profarma Fonte: Filho et al, 2012.  Ativo desde 2004.  Bem-sucedido no apoio à modernização, expansão e adequação às BPF, em especial nas empresas de capital nacional. Apresentou efeitos parciais na indução de atividades mais inovadoras na indústria.  44% refere-se ao desenvolvimento de um novo medicamento genérico, não comercializado no Brasil. R$ 444.218.09 2 R$ 102.868.93 1 R$ 347.160.25 3 49,7% 11,5% 38,8% Primeira fase (abr. 2004 – set. 2007) Produção Inovação Reestruturação R$ 313.324.74 8 R$ 424.641.17 0 R$ 15.186.223 41,6% 56,4% 2,0% Segunda fase (out. 2007 – dez. 2011) Produção Inovação Exportação GRÁFICO 12 - BNDES Profarma – operações aprovadas/contratadas por subprogramas
  • 28. Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico 36 Instrumentos fomento x Estágio de desenvolvimento Fonte: Elaboração própria. P&D ComercializaçãoProdução Recursos não reembol- sáveis Reembols áveis BNDES/FINEP - Inova Saúde Incentivos fiscais Capital de risco FINEM – BNDES Inovação BNDES PSI - Inovação BNDES Automático BNDES MPME Inovadora BNDES Profarma BNDES Funtec BNDES - Fundos Criatec CNPq - Edital RHAE FINEP - Inovacred FINEP - Subvenção econômica FINEP - Financiamento Reembolsável FINEP - Fundos Inovar FINEP - Tecnova Mistos Incentivos da Lei do Bem Embrapii BNDES PSI - Máquinas e Equipamentos Eficientes FIGURA 8 - Instrumentos de fomento de acordo com o estágio de desenvolvimento que eles apoiam
  • 29. Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico 37 Alinhamento entre as ações de estímulo a inovação nos âmbitos de ciência e tecnologia Fonte: Relatório Anual da Utilização de Incentivos Fiscais – Ano Base 2012  Buscou-se uma forma de avaliar o alinhamento entre as ações de investimento em C, T&I e os critérios para incorporação de tecnologias no SUS  Os projetos apoiados devem dar origem a tecnologias que possam ser inseridas no SUS, em especial quando se trata de recursos do MS.  Limitações desta análise:  Grande espaço de tempo entre a execução do projeto apoiado e a inserção no mercado de um produto baseado na tecnologia que ele origina.  Risco elevado associado aos projetos de inovação, pode ser que parte deles tenha simplesmente falhado. Sistema de inovação brasileiro em amadurecimento  não se pode esperar um alinhamento fino entre as instituições, em especial de áreas distintas como C, T&I e saúde.  No entanto, os atores justificam suas ações de modo a elevar o patamar competitivo do país e trazer desenvolvimento para a sociedade, e ampliar o acesso da população às tecnologias, na área da saúde. └ Cabe analisar se há uma consonância entre os agentes, mesmo que preliminar.
  • 30. Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico 38 Alinhamento entre as ações de estímulo a inovação nos âmbitos de ciência e tecnologia Fonte: Elaboração própria.  Comparou-se os critérios adotados no Subvenção Econômica da FINEP, de 2006 a 2010 e os critérios da CONITEC para incorporação de tecnologias.  Observou-se que existem tecnologias analisadas pela CONITEC provenientes de áreas que já foram foco de editais de subvenção econômica da FINEP. Edital Áreas temáticas para apoio a projetos na área de fármacos para saúde humana Exemplos de tecnologias análogas avaliadas pela CONITEC Subvenção 2006 Fármacos e medicamentos: foco em AIDS e Hepatite • Obtenção de novas rotas de síntese que possibilitem avanços tecnológicos na produção do fármaco AZT; • Desenvolvimento de moléculas inéditas (análogos), farmacologicamente ativas e comparáveis aos fármacos: Lopinavir, Nelfinavir, Efavirenz e Tenofovir; • Desenvolvimento de moléculas inéditas, farmacologicamente ativas, e que se destinem ao tratamento de Hepatite C.  Boceprevir e Telaprevir (Hepatite C);  Estavudina, indinavir, maraviroque (antiretrovirais). QUADRO 6 - Comparação das áreas temáticas dos editais subvenção econômica e tecnologias avaliadas pela CONITEC
  • 31. Financiamento público ao sistema de inovação farmacêutico 39 Alinhamento entre as ações de estímulo a inovação nos âmbitos de ciência e tecnologia Há pontos de convergência entre os critérios adotados pela CONITEC e pela FINEP. Ambos consideram os impactos no mercado da nova tecnologia e exigem a comparação de seus benefícios com outras semelhantes já disponíveis  deve ser realizada sob o ponto de vista do SUS, e não apenas do mercado privado.  Os especialistas externos envolvidos no processo de seleção dos projetos pela FINEP devem ser profissionais do SUS, ou possam trazer esta perspectiva para a análise. Deve-se levar em conta o déficit da balança comercial de produtos do CIS, de modo que as novas tecnologias desenvolvidas contribuam para a diminuição deste. É recomendável um alinhamento entre a FINEP e as outras agências de fomento e o SUS, no caso de tecnologias para saúde, pelo menos para que sigam as mesmas diretrizes e princípios.
  • 32. Agenda 41 Introdução Arcabouço teórico O sistema setorial de inovação farmacêutico brasileiro Financiamento público a este sistema Análise dos resultados do esforço inovativo das empresas
  • 33. Esforço inovativo das empresas 42  458 respondentes do setor farmacêutico, sendo que 53,8% implementaram inovações.  Porcentagem de superior a média das indústrias de transformação (35,9%). 50,4% 52,4% 63,7% 53,8% 2,4% 3,0% 3,4% 3,4% 27,9% 26,4% 21,2% 31,5% 19,4% 18,2% 11,7% 11,3% 2003 2005 2008 2011 Empresas que implementaram inovações tecnológicas Empresas com apenas projetos incompletos e ou abandonados Empresas com apenas inovações organizacionais ou de marketing Empresas que não implementaram projetos de inovação GRÁFICO 13 - Distribuição das empresas que implementaram inovações ou conduziram projetos de inovação no setor farmacêutico de 2003 a 2011, em porcentagem. Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE. Análise dos resultados da Pintec
  • 34. Esforço inovativo das empresas 43 GRÁFICO 14 - Distribuição do tipo de inovação entre 2001 e 2011, em porcentagem. Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE. 70,3% 73,7% 74,8% 68,7% 71,4% 72,6% 68,7% 69,4% 41,7% 46,3% 43,5% 38,1% 2003 2005 2008 2011 Produto Processo Produto e Processo Análise dos resultados da Pintec
  • 35. Esforço inovativo das empresas - PINTEC 44  A maioria das empresas realizou inovações inéditas para a empresa, mas já existentes no mercado nacional.  caráter seguidor. └ As empresas têm investido em inovações que irão posicioná-las junto aos outros concorrentes nacionais e poucas investem na abertura de novos mercados.  As inovações no âmbito mundial, apesar de serem pequenas, têm crescido nos últimos anos. GRÁFICO 15 - Grau de novidade do produto principal das empresas que implementaram inovações, 2001 - 2011, em porcentagem. Fonte:Elaboraçãoprópria,baseadanaPINTEC/IBGE. 37,3% 56,1% 49,5% 34,0% 9,9% 15,4% 20,7% 29,6% 1,9% 2,2% 4,5% 5,1% 2003 2005 2008 2011 Produto novo para a empresa, mas já existente no mercado nacional Produto novo para o mercado nacional, mas já existente no mercado mundial Produto novo para o mercado mundial 27,1% 65,8% 63,3% 58,8% 2,6% 6,2% 5,0% 9,2% 0,0% 0,6% 0,3% 1,4% 2003 2005 2008 2011 Processo novo para a empresa, mas já existente no mercado nacional Processo novo para o mercado nacional, mas já existente no mercado mundial Processo novo para o mercado mundial Grau de novidade do principal produto Grau de novidade do principal processo Análise dos resultados da Pintec
  • 36. Esforço inovativo das empresas 45 GRÁFICO 16 - Dispêndios totais realizados pelas empresas que implementaram inovações em P, D&I e dispêndios realizados apenas em atividades internas de P,D&I, de 2001 a 2011, em bilhões de reais. Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE. R$ 666,2 R$ 1.038,7 R$ 1.467,3 R$ 1.849,0 R$ 101,7 R$ 180,5 R$ 431,0 R$ 920,7 2003 2005 2008 2011 Dispêndios totais realizados pelas empresas inovadoras nas atividades inovativas Dispêndios realizados apenas nas atividades internas de P&D Análise dos resultados da Pintec  Cerca de 50% desse valor foram investidos em atividades internas de P&D  As empresas de fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos obtiveram uma receita líquida de vendas de R$ 38,6 bilhões.  A receita líquida de vendas aumentou 99,1% no período analisado, enquanto os dispêndios aumentaram 177,5%.  as empresas têm aumentado seus investimentos em atividades inovativas.
  • 37. Esforço inovativo das empresas 46 Análise dos resultados da Pintec  Analisando os valores relativos, os dados mostram que investimentos em dispêndios totais em P, D&I representaram quase 5,0% da receita líquida de vendas no ano de 2011. └ Comparativamente, em 2014, as empresas farmacêuticas americanas investiram em P, D&I 17,8% do total de vendas Os dispêndios em atividades internas de P, D&I foram o principal tipo de dispêndio em atividades inovativas realizadas pelas empresas do setor. GRÁFICO 17 - Valores relativos dos dispêndios em P, D&I, de 2001 a 2011 em porcentagem 3,4% 4,2% 4,9% 4,8% 15,3% 17,4% 29,4% 49,8% 2003 2005 2008 2011 % Dispêndios totais/receita % Dispêndios em atividades internas/dispêndios totais
  • 38. Esforço inovativo das empresas 48 Análise dos resultados da Pintec  A alocação dos dispêndios em P, D&I da indústria farmacêutica vem mudando.  Os dispêndios em atividades internas aumentou 8x  Na PINTEC de 2008, ela passa a figurar como o principal gasto com atividades inovadoras, enquanto nos anos anteriores era a aquisição de máquinas e equipamentos.  Outra atividade que tem recebido investimentos crescentes é a de treinamento, apesar da baixa porcentagem. GRÁFICO 19 - Histórico da distribuição dos dispêndios com P, D&I, de 2001 a 2011 em valores relativos ao total de dispêndios alocados. Fonte:Elaboraçãoprópria,baseadanaPINTEC/IBGE. 15,3% 17,4% 29,4% 49,8% 26,2% 26,4% 25,9% 15,6% 12,9% 13,1% 12,8% 11,8% 18,0% 20,0% 12,3% 11,0% 20,7% 16,3% 14,5% 6,1% 2,0% 1,1% 1,1% 3,2% 4,9% 5,7% 4,1% 2,4% 2003 2005 2008 2011 Atividades internas de Pesquisa e Desenvolvimento Aquisição de máquinas e equipamentos Aquisição externa de Pesquisa e Desenvolvimento Introdução das inovações tecnológicas no mercado Projeto industrial e outras preparações técnicas Treinamento Outros (Aquisição de software e de outros conhecimentos externos)
  • 39. Esforço inovativo das empresas 49 Análise dos resultados da Pintec  A fonte dos recursos utilizados nos dispêndios é majoritariamente capital próprio das empresas. Mas as empresas têm utilizado cada vez mais capital de terceiros.  O aumento na utilização de recursos de terceiros, principalmente recursos públicos, coincide com um período de crise econômica mundial. └ As empresas optam por preservar seu capital próprio e captar recursos de terceiros menos onerosos. └ Além disso, há um alto volume de recursos disponibilizados para o setor pelos agentes públicos de fomento. GRÁFICO 20 - Fonte de financiamentos às atividades inovativas, de 2001 a 2011, em porcentagem. A - Apenas para as atividades internas de P, D&I. B - Para as outras atividades inovativas. Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE. 97,0% 93,9% 92,2% 77,1% 3,0% 6,1% 7,8% 22,9% 2003 2005 2008 2011 A - Fonte de financiamento atividades internas de P&D Recurso próprios Recursos de terceiros 89,0% 91,7% 83,2% 84,2% 11,0% 8,3% 16,8% 15,8% 2003 2005 2008 2011 B - Fonte de financiamento às outras atividades inovativas Recurso próprios Recursos de terceiros
  • 40. Esforço inovativo das empresas 50 Análise dos resultados da Pintec  A origem de capital de terceiros é principalmente pública, tanto para atividades internas de P&D quanto para outras atividades inovativas.  O uso de capital público para as outras atividades aumenta muito da pesquisa de 2003 para 2005.  coincide com o lançamento do Profarma.  O número de empresas que recebeu apoio do governo aumentou expressivamente entre os anos de 2005 e 2008. GRÁFICO 21 - Origem dos recursos de terceiros utilizados nas atividades de P, D&I, de 2001 a 2011, em porcentagem. A - Apenas para as atividades internas de P, D&I. B - Para as outras atividades inovativas. Fonte:Elaboraçãoprópria,baseadanaPINTEC/IBGE. 29,1% 15,9% 5,8% 2,7% 70,9% 84,1% 94,2% 75,5% 21,8% 2003 2005 2008 2011 A - Origem dos recursos de terceiros para as atividades internas de P&D Privado Público Externo 42,4% 8,6% 9,0% 3,0% 57,6% 91,4% 91,0% 97,0% 2003 2005 2008 2011 B - Origem dos recursos de terceiros para as outras atividades inovativas Privado Público
  • 41. Esforço inovativo das empresas 51 GRÁFICO 22 - Número de empresas que receberam apoio do governo, de 2001 a 2011. 52 66 122 123 2003 2005 2008 2011 Número de empresas que receberam apoio do governo 84,8% % Aumento Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE. Análise dos resultados da Pintec
  • 42. Esforço inovativo das empresas 52 Análise dos resultados da Pintec  O principal tipo de apoio do governo utilizado pela indústria farmacêutica é para a aquisição de maquinas e equipamentos, em todas as pesquisas analisadas. A utilização de outras formas de apoio tem aumentado anualmente e de forma significativa no período analisado, com destaque para os incentivos fiscais, para o qual o número de empresas que utiliza mais que quadriplicou, e a subvenção econômica.  É importante ressaltar que, de 2008 a 2011, o financiamento a projetos em parceria com universidades e a utilização das outras formas de apoio declinou. GRÁFICO 23 – Valores relativos do tipo de apoio do governo utilizado pelas empresas inovadoras do setor farmacêutico, em porcentagem, de 2001 a 2011. . 0,6% 1,6% 13,1% 4,8%1,5% 4,9% 17,8% 4,0% 5,7% 3,8% 10,8% 2,5% 24,8% 15,9% 18,6% 13,0% 7,7% 5,0% 26,7% 8,5% Incentivo fiscal Subvenção econômica Financiamento a projetos em parceria com universidades Financiamento a projetos sem parceria com universidades Compra de máquinas e equipamentos Outros 2003 2005 2008 2011 Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE.
  • 43. Esforço inovativo das empresas 53 Análise dos resultados da Pintec  Ambos os grupos de empresa consideram um obstáculo relevante os elevados custos para inovação.  A falta de escassez de fontes apropriadas de financiamento não é um problema apontado pelas empresas que não implementaram inovações. TABELA 7 – Porcentagem de empresas que consideraram os obstáculos com importância média ou alta, de 2003 a 2011 Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE. Empresas que não implementaram inovações Empresas que implementaram inovações Elevados custos da inovação Escassez de fontes apropriadas de financiamento Elevados custos da inovação Escassez de fontes apropriadas de financiamento 2003 93,4% 30,2% 78,3% 61,5% 2005 77,9% 52,4% 90,6% 58,3% 2008 50,6% 38,5% 70,8% 44,9% 2011 95,0% 17,0% 57,5% 66,3%
  • 44. Esforço inovativo das empresas 54 Análise dos resultados da Pintec  Maiores obstáculos enfrentados pelas empresas que não implementaram inovações foram:  riscos econômicos excessivos (93,5%), dificuldade para se adequar a padrões, normas e regulamentações (82,9%), escassez de possibilidades de cooperação com outras empresas ou instituições (82,3%)  e falta de informação sobre mercados (79,3%). GRÁFICO 24 - Razões citadas pelas empresas que não desenvolveram nem implementaram inovações de 2001 a 2011 Fonte: Elaboração própria, baseada na PINTEC/IBGE. 29,6% 10,9% 14,9% 17,3% 47,4% 67,3% 52,9% 36,8% 23,0% 21,8% 32,1% 45,9% 2003 2005 2008 2011 Inovações prévias Condições de mercado Outros fatores impeditivos
  • 45. Esforço inovativo das empresas 55 Atividade de patenteamento  Os dados foram construídos a partir de duas bases:  Empresas que receberem fomento público no Brasil do Cedeplar (2004 – 2012)  Patentes de empresas selecionadas construída a partir do INPI  Considera 20 empresas 10 nacionais e 10 estrangeiras  raking top 20 mercado nacional mais algumas empresas nacionais. Limitações:  Depósito de patente não demonstra em si o caráter inovador da empresa.  Contexto é complexo e envolves várias variáveis: a atividade de patenteamento não é diretamente relacionada a fomento.
  • 46. Esforço inovativo das empresas 56 GRÁFICO 25 - Atividade de patenteamento das empresas farmacêuticas selecionadas, agrupadas em empresas nacionais e estrangeiras, por número de depósitos de patentes no INPI por ano, de 2000 a 2013. Fonte: Elaboração própria. 0 100 200 300 400 500 600 700 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Nacionais Estrangeiras GRÁFICO 26 - Atividade de patenteamento das empresas farmacêuticas selecionadas, agrupadas por empresas que receberam fomento público a inovação ou não, por número de depósitos de patentes no INPI por ano, de 2000 a 2013 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Não recebeu fomento Recebeu fomento Atividade de patenteamento
  • 47. Esforço inovativo das empresas 57 GRÁFICO 27 - Atividade de patenteamento das empresas farmacêuticas selecionadas, agrupadas por empresas nacionais e estrangeiras que receberam fomento público a inovação ou não, por número de depósitos de patentes por ano, de 2000 a 2013 Fonte: Elaboração própria. 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Não recebeu fomento - Estrangeiras Recebeu fomento - Nacionais Recebeu fomento - Estrangeiras  As empresas estrangeiras patenteiam mais, independente se receberam fomento ou não.  O padrão de patenteamento das empresas nacionais é o mesmo ao longo dos anos  reflexo de estratégia focada em inovações incrementais. Atividade de patenteamento
  • 48. Considerações finais 59  Não estão disponíveis informações detalhadas e claras a respeito dos programas e instrumentos de financiamento e dos investimentos das agências de fomento à inovação. └ Sugestão: criar ferramentas para disponibilizar as informações sobre o financiamento público à inovação, não só mais claras, mas também de fácil acesso, e nas quais tais informações estejam consolidadas. Não só informações quanto à alocação dos recursos mas também informações sobre o processo de seleção.  Existe um grande volume de recursos aportados, a maioria deles são concentrados nas etapas de P, D&I, havendo uma lacuna para os estágios de produção e comercialização.  É necessária uma otimização dos recursos investidos – seja no volume aportado, seja no mecanismo de seleção e gestão dos projetos .  É interessante uma aproximação operacional dos agentes além dos objetivos em comum. └Profissionais de saúde pública atuando desde a etapa de seleção dos projetos até seu acompanhamento.
  • 49. Considerações finais 60  Os resultados da PINTEC mostram que as empresas brasileiras realizam prioritariamente inovações incrementais no país. Os laboratórios farmacêuticos nacionais possuem caráter seguidor, o que significa que as inovações geradas por elas não são disruptivas no âmbito nacional, tampouco mundial.  As empresas do setor farmacêutico investem principalmente capital próprio para inovar, mas elas têm aumentado a porcentagem de utilização de recursos de terceiros, na maior parte de fontes públicas.  O padrão de patenteamento da indústria nacional não se altera ao longo dos anos. Pode-se interpretar, então, que, independentemente de receber fomento ou não, as empresas farmacêuticas nacionais não fazem inovações disruptivas. └ Os instrumentos de financiamento público a P, D&I sejam otimizados, de modo a fazer com que as empresas nacionais aproximem-se da vanguarda da fronteira tecnológica do setor  não necessariamente com um aumento dos recursos disponibilizados, mas otimização dos instrumentos existentes.
  • 50. Obrigada! Luiza Pinheiro luizapasilva@gmail.com 319194-7316 Orientadora: Márcia Siqueira Rapini Mestrado Profissional em Inovação tecnológica e Propriedade Intelectual UFMG Maio de 2015 61