SlideShare a Scribd company logo
1 of 12
Download to read offline
MA12 - Unidade 2
N´meros Cardinais
u
Paulo Cezar Pinto Carvalho
PROFMAT - SBM

February 25, 2013
Introdu¸˜o
ca

A importˆncia dos n´meros naturais prov´m do fato de que
a
u
e
eles constituem o modelo matem´tico que torna poss´ o
a
ıvel
processo de contagem.
Para contar os elementos de um conjunto ´ necess´rio usar a
e
a
no¸˜o de correspondˆncia biun´
ca
e
ıvoca, ou bije¸˜o, que ´ um
ca
e
caso particular do conceito de fun¸˜o.
ca

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 2/12
Fun¸˜es
co

Dados os conjuntos X , Y , uma fun¸˜o f : X → Y (lˆ-se
ca
e
“uma fun¸˜o de X em Y ”) ´ uma regra (ou conjunto de
ca
e
instru¸˜es) que diz como associar a cada elemento x ∈ X um
co
elemento y = f (x) ∈ Y .
O conjunto X chama-se o dom´
ınio e Y ´ o contra-dom´
e
ınio da
fun¸˜o f .
ca
Para cada x ∈ X , o elemento f (x) ∈ Y chama-se a imagem
de x pela fun¸˜o f , ou o valor assumido pela fun¸˜o f no
ca
ca
ponto x ∈ X . Escreve-se x → f (x) para indicar que f
transforma (ou leva) x em f (x)

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 3/12
Exemplos

Sejam X o conjunto dos triˆngulos do plano Π e R o conjunto
a
dos n´meros reais (que abordaremos logo mais). Se, a cada
u
t ∈ X , fizermos corresponder o n´mero real f (t) = ´rea do
u
a
triˆngulo t, obteremos uma fun¸˜o f : X → R.
a
ca
Sejam S o conjunto dos segmentos de reta do plano Π e ∆ o
conjunto das retas desse mesmo plano. A regra que associa a
cada segmento AB ∈ S sua mediatriz g (AB) define uma
fun¸˜o g : S → ∆.
ca
A correspondˆncia que associa a cada n´mero natural n seu
e
u
sucessor n + 1 define uma fun¸˜o s : N → N, com
ca
s(n) = n + 1.

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 4/12
Fun¸˜es Injetivas
co
Uma fun¸˜o f : X → Y chama-se injetiva quando elementos
ca
diferentes em X s˜o transformados por f em elementos
a
diferentes em Y . Ou seja, f ´ injetiva quando x = x em
e
X ⇒ f (x) = f (x ).
Esta condi¸˜o pode tamb´m ser expressa em sua forma
ca
e
contrapositiva:
f (x) = f (x ) ⇒ x = x .
Nos trˆs exemplos dados anteriormente, apenas o terceiro ´ de
e
e
uma fun¸˜o injetiva. (Dois triˆngulos diferentes podem ter a
ca
a
mesma ´rea e dois segmentos distintos podem ter a mesma
a
mediatriz mas n´meros naturais diferentes tˆm sucessores
u
e
diferentes.)

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 5/12
Fun¸˜es Sobrejetivas
co

Diz-se que uma fun¸˜o f : X → Y ´ sobrejetiva quando, para
ca
e
qualquer elemento y ∈ Y , pode-se encontrar (pelo menos) um
elemento x ∈ X tal que f (x) = y .
Nos trˆs exemplos dados anteriormente, apenas o segundo
e
apresenta uma fun¸˜o sobrejetiva. (Toda reta do plano ´
ca
e
mediatriz de algum segmento mas apenas os n´meros reais
u
positivos podem ser ´reas de triˆngulos e o n´mero 1 n˜o ´
a
a
u
a e
sucessor de n´mero natural algum.)
u

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 6/12
Bije¸˜es
co
Uma fun¸˜o f : X → Y chama-se uma bije¸˜o, ou uma
ca
ca
correspondˆncia biun´
e
ıvoca entre X e Y quando ´ ao mesmo
e
tempo injetiva e sobrejetiva.
Exemplo. Sejam X = {1, 2, 3, 4, 5} e Y = {2, 4, 6, 8, 10}.
Definindo f : X → Y pela regra f (n) = 2n, temos uma
correspondˆncia biun´
e
ıvoca, onde f (1) = 2, f (2) = 4,
f (3) = 6, f (4) = 8 e f (5) = 10.
Exemplo. Seja P o conjunto dos n´meros naturais pares
u
(P = {2, 4, 6, . . . , 2n, . . .}). Obt´m-se uma correspondˆncia
e
e
biun´
ıvoca f : N → P pondo-se f (n) = 2n para todo n ∈ N. O
interessante deste exemplo ´ que P ´ um subconjunto pr´prio
e
e
o
de N.

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 7/12
N´meros Cardinais
u

Diz-se que dois conjuntos X e Y tem o mesmo n´mero
u
cardinal quando se pode definir uma correspondˆncia
e
biun´
ıvoca f : X → Y .
Nos dois exemplos do slide anterior, os conjuntos tˆm o
e
mesmo n´mero cardinal.
u
Exemplo Sejam X = {1} e Y = {1, 2}. Evidentemente
n˜o pode existir uma correspondˆncia biun´
a
e
ıvoca f : X → Y ,
portanto X e Y n˜o tˆm o mesmo n´mero cardinal.
a e
u

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 8/12
Conjuntos Finitos

Seja X um conjunto. Diz-se que X ´ finito, e que X tem n
e
elementos quando se pode estabelecer uma correspondˆncia
e
biun´
ıvoca f : In → X , onde In o conjunto dos n´meros
u
naturais de 1 at´ n.
e
O n´mero natural n chama-se ent˜o o n´mero cardinal do
u
a
u
conjunto X ou, simplesmente, o n´mero de elementos de X .
u
A correspondˆncia f : In → X chama-se uma contagem dos
e
elementos de X .
A fim de evitar exce¸˜es, admite-se ainda incluir o conjunto
co
vazio ∅ entre os conjuntos finitos e diz-se que ∅ tem zero
elementos.

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 9/12
Conjuntos Infinitos

Diz-se que um conjunto X ´ infinito quando ele n˜o ´ finito.
e
a e
Isto quer dizer que X n˜o ´ vazio e que, n˜o importa qual seja
a e
a
n ∈ N , n˜o existe correspondˆncia biun´
a
e
ıvoca f : In → X .
O conjunto N dos n´meros naturais ´ infinito. Com efeito,
u
e
dada qualquer fun¸˜o f : In → N , n˜o importa qual n se
ca
a
fixou, pomos k = f (1) + f (2) + · · · + f (n) e vemos que, para
todo x ∈ In , tem-se f (x) < k, logo n˜o existe x ∈ In tal que
a
f (x) = k. Assim, ´ imposs´ cumprir a condi¸˜o de
e
ıvel
ca
sobrejetividade na defini¸˜o de correspondˆncia biun´
ca
e
ıvoca.

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 10/12
Propriedades dos n´meros cardinais
u
1

2

3

4

O n´mero de elementos de um conjunto finito ´ o mesmo,
u
e
seja qual for a contagem que se adote. Isto significa que se
f : Im → X e g : In → X s˜o correspondˆncias biun´
a
e
ıvocas
ent˜o m = n.
a
Todo subconjunto Y de um conjunto finito X ´ finito e
e
n(Y ) ≤ n(X ). Tem-se n(Y ) = n(X ) somente quando Y = X .
Se X e Y s˜o finitos ent˜o X ∪ Y ´ finito e tem-se
a
a
e
n(X ∪ Y ) = n(X ) + n(Y ) − n(X ∩ Y ) .
Sejam X , Y conjuntos finitos. Se n(X ) > n(Y ), nenhuma
fun¸˜o f : X → Y ´ injetiva e nenhuma fun¸˜o g : Y → X ´
ca
e
ca
e
sobrejetiva.
A primeira parte da propriedade 4 ´ conhecida como o
e
princ´ das casas de pombos: se h´ mais pombos do que
ıpio
a
casas num pombal, qualquer modo de alojar os pombos
dever´ colocar pelo menos dois deles na mesma casa.
a

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 11/12
Uma Aplica¸˜o do Princ´
ca
ıpio da Casa dos Pombos
Provar que, numa reuni˜o com n pessoas (n ≥ 2), h´ sempre
a
a
duas pessoas (pelo menos) que tˆm o mesmo n´mero de
e
u
amigos naquele grupo.
Imaginemos n caixas, numeradas com 0, 1, . . . , n − 1. A cada
uma das n pessoas entregamos um cart˜o que pedimos para
a
depositar na caixa correspondente ao n´mero de amigos que
u
ela tem naquele grupo. As caixas de n´meros 0 e n − 1 n˜o
u
a
podem ambas receber cart˜es pois se houver algu´m que n˜o
o
e
a
tem amigos ali, nenhum dos presentes pode ser amigo de
todos, e vice-versa. Portanto temos, na realidade, n cart˜es
o
para serem depositados em n − 1 caixas. Pelo princ´ das
ıpio
gavetas, pelo menos uma das caixas vai receber dois ou mais
cart˜es. Isto significa que duas ou mais pessoas ali tˆm o
o
e
mesmo n´mero de amigos entre os presentes.
u

PROFMAT - SBM

MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais
u

slide 12/12

More Related Content

What's hot

Algebra - Livro texto III (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto III (UNIP/Matemática) 2018Algebra - Livro texto III (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto III (UNIP/Matemática) 2018Antonio Marcos
 
Algebra - Livro texto IV (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto IV (UNIP/Matemática) 2018Algebra - Livro texto IV (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto IV (UNIP/Matemática) 2018Antonio Marcos
 
Equações de recorrência - II (Otimização)
Equações de recorrência - II (Otimização)Equações de recorrência - II (Otimização)
Equações de recorrência - II (Otimização)Jedson Guedes
 
Matemática Discreta - Parte III definicoes indutivas
Matemática Discreta - Parte III definicoes indutivasMatemática Discreta - Parte III definicoes indutivas
Matemática Discreta - Parte III definicoes indutivasUlrich Schiel
 
Algebra - Livro texto II (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto II (UNIP/Matemática) 2018Algebra - Livro texto II (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto II (UNIP/Matemática) 2018Antonio Marcos
 
Aula 9 inducao matematica ii
Aula 9   inducao matematica iiAula 9   inducao matematica ii
Aula 9 inducao matematica iiwab030
 
Aula 7 profmat - numeros primos e especiais - 06 10-17
Aula 7   profmat - numeros primos e especiais - 06 10-17Aula 7   profmat - numeros primos e especiais - 06 10-17
Aula 7 profmat - numeros primos e especiais - 06 10-17Aline Guedes
 
CentroApoio.com - Matemática - Função Exponencial - Vídeo Aulas
 CentroApoio.com - Matemática - Função Exponencial - Vídeo Aulas CentroApoio.com - Matemática - Função Exponencial - Vídeo Aulas
CentroApoio.com - Matemática - Função Exponencial - Vídeo AulasVídeo Aulas Apoio
 
Atividades - Matemática discreta
Atividades - Matemática discretaAtividades - Matemática discreta
Atividades - Matemática discretaluiz10filho
 
Aula 6 - Profmat - Numeros Primos - 08 09-17
Aula 6 - Profmat - Numeros Primos -  08 09-17Aula 6 - Profmat - Numeros Primos -  08 09-17
Aula 6 - Profmat - Numeros Primos - 08 09-17Aline Guedes
 

What's hot (20)

Lista 1 - FUV - Resolução
Lista 1 - FUV - ResoluçãoLista 1 - FUV - Resolução
Lista 1 - FUV - Resolução
 
Algebra - Livro texto III (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto III (UNIP/Matemática) 2018Algebra - Livro texto III (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto III (UNIP/Matemática) 2018
 
Algebra - Livro texto IV (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto IV (UNIP/Matemática) 2018Algebra - Livro texto IV (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto IV (UNIP/Matemática) 2018
 
Equações de recorrência - II (Otimização)
Equações de recorrência - II (Otimização)Equações de recorrência - II (Otimização)
Equações de recorrência - II (Otimização)
 
Matemática Discreta - Parte III definicoes indutivas
Matemática Discreta - Parte III definicoes indutivasMatemática Discreta - Parte III definicoes indutivas
Matemática Discreta - Parte III definicoes indutivas
 
Demonstrações
DemonstraçõesDemonstrações
Demonstrações
 
Algebra - Livro texto II (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto II (UNIP/Matemática) 2018Algebra - Livro texto II (UNIP/Matemática) 2018
Algebra - Livro texto II (UNIP/Matemática) 2018
 
Aula 9 inducao matematica ii
Aula 9   inducao matematica iiAula 9   inducao matematica ii
Aula 9 inducao matematica ii
 
Precalculo
PrecalculoPrecalculo
Precalculo
 
Aula 7 profmat - numeros primos e especiais - 06 10-17
Aula 7   profmat - numeros primos e especiais - 06 10-17Aula 7   profmat - numeros primos e especiais - 06 10-17
Aula 7 profmat - numeros primos e especiais - 06 10-17
 
Aula1
Aula1Aula1
Aula1
 
Corpo reais
Corpo reaisCorpo reais
Corpo reais
 
Estr mat i
Estr mat iEstr mat i
Estr mat i
 
Pequeno teorema de fermat
Pequeno teorema de fermatPequeno teorema de fermat
Pequeno teorema de fermat
 
Demonstrações
DemonstraçõesDemonstrações
Demonstrações
 
Relacoes matematicas
Relacoes matematicasRelacoes matematicas
Relacoes matematicas
 
CentroApoio.com - Matemática - Função Exponencial - Vídeo Aulas
 CentroApoio.com - Matemática - Função Exponencial - Vídeo Aulas CentroApoio.com - Matemática - Função Exponencial - Vídeo Aulas
CentroApoio.com - Matemática - Função Exponencial - Vídeo Aulas
 
Atividades - Matemática discreta
Atividades - Matemática discretaAtividades - Matemática discreta
Atividades - Matemática discreta
 
1+1=2
1+1=21+1=2
1+1=2
 
Aula 6 - Profmat - Numeros Primos - 08 09-17
Aula 6 - Profmat - Numeros Primos -  08 09-17Aula 6 - Profmat - Numeros Primos -  08 09-17
Aula 6 - Profmat - Numeros Primos - 08 09-17
 

Similar to Resumo2

Similar to Resumo2 (20)

Teste Derivadas
Teste DerivadasTeste Derivadas
Teste Derivadas
 
Schrodinger.pdf
Schrodinger.pdfSchrodinger.pdf
Schrodinger.pdf
 
Resumo1
Resumo1Resumo1
Resumo1
 
Resumo teorico matematica afa
Resumo teorico matematica afaResumo teorico matematica afa
Resumo teorico matematica afa
 
Matemática Discreta - Parte V relações
Matemática Discreta - Parte V relaçõesMatemática Discreta - Parte V relações
Matemática Discreta - Parte V relações
 
funcoes1_slides.pptx matematica,engenharia e afins
funcoes1_slides.pptx matematica,engenharia e afinsfuncoes1_slides.pptx matematica,engenharia e afins
funcoes1_slides.pptx matematica,engenharia e afins
 
01 lógica, conjuntos e intervalos
01 lógica, conjuntos e intervalos01 lógica, conjuntos e intervalos
01 lógica, conjuntos e intervalos
 
Lógica, conjuntos e intervalos
Lógica, conjuntos e intervalosLógica, conjuntos e intervalos
Lógica, conjuntos e intervalos
 
01 lógica, conjuntos e intervalos
01 lógica, conjuntos e intervalos01 lógica, conjuntos e intervalos
01 lógica, conjuntos e intervalos
 
01 lógica, conjuntos e intervalos
01 lógica, conjuntos e intervalos01 lógica, conjuntos e intervalos
01 lógica, conjuntos e intervalos
 
Sequencias e series unicamp
Sequencias e series   unicampSequencias e series   unicamp
Sequencias e series unicamp
 
Nota aula 01
Nota aula 01Nota aula 01
Nota aula 01
 
Tnotas
TnotasTnotas
Tnotas
 
Matemática Discreta - Parte IV teoria dos-conjuntos
Matemática Discreta - Parte IV teoria dos-conjuntosMatemática Discreta - Parte IV teoria dos-conjuntos
Matemática Discreta - Parte IV teoria dos-conjuntos
 
Lista de exercícios 1 - Cálculo
Lista de exercícios 1 - CálculoLista de exercícios 1 - Cálculo
Lista de exercícios 1 - Cálculo
 
Conjuntos matemática
Conjuntos  matemáticaConjuntos  matemática
Conjuntos matemática
 
TEORIA DE CONJUNTOS
TEORIA DE CONJUNTOS TEORIA DE CONJUNTOS
TEORIA DE CONJUNTOS
 
Resumo de matemática estratégia
Resumo de matemática   estratégiaResumo de matemática   estratégia
Resumo de matemática estratégia
 
Basiconumcomplex (1)
Basiconumcomplex (1)Basiconumcomplex (1)
Basiconumcomplex (1)
 
Função Inversa
Função InversaFunção Inversa
Função Inversa
 

Recently uploaded

5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxReinaldoMuller1
 
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxProjeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxIlda Bicacro
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiorosenilrucks
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaAntero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaPaula Duarte
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxedelon1
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffNarlaAquino
 

Recently uploaded (20)

5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxProjeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médio
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escritaAntero de Quental, sua vida e sua escrita
Antero de Quental, sua vida e sua escrita
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 

Resumo2

  • 1. MA12 - Unidade 2 N´meros Cardinais u Paulo Cezar Pinto Carvalho PROFMAT - SBM February 25, 2013
  • 2. Introdu¸˜o ca A importˆncia dos n´meros naturais prov´m do fato de que a u e eles constituem o modelo matem´tico que torna poss´ o a ıvel processo de contagem. Para contar os elementos de um conjunto ´ necess´rio usar a e a no¸˜o de correspondˆncia biun´ ca e ıvoca, ou bije¸˜o, que ´ um ca e caso particular do conceito de fun¸˜o. ca PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 2/12
  • 3. Fun¸˜es co Dados os conjuntos X , Y , uma fun¸˜o f : X → Y (lˆ-se ca e “uma fun¸˜o de X em Y ”) ´ uma regra (ou conjunto de ca e instru¸˜es) que diz como associar a cada elemento x ∈ X um co elemento y = f (x) ∈ Y . O conjunto X chama-se o dom´ ınio e Y ´ o contra-dom´ e ınio da fun¸˜o f . ca Para cada x ∈ X , o elemento f (x) ∈ Y chama-se a imagem de x pela fun¸˜o f , ou o valor assumido pela fun¸˜o f no ca ca ponto x ∈ X . Escreve-se x → f (x) para indicar que f transforma (ou leva) x em f (x) PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 3/12
  • 4. Exemplos Sejam X o conjunto dos triˆngulos do plano Π e R o conjunto a dos n´meros reais (que abordaremos logo mais). Se, a cada u t ∈ X , fizermos corresponder o n´mero real f (t) = ´rea do u a triˆngulo t, obteremos uma fun¸˜o f : X → R. a ca Sejam S o conjunto dos segmentos de reta do plano Π e ∆ o conjunto das retas desse mesmo plano. A regra que associa a cada segmento AB ∈ S sua mediatriz g (AB) define uma fun¸˜o g : S → ∆. ca A correspondˆncia que associa a cada n´mero natural n seu e u sucessor n + 1 define uma fun¸˜o s : N → N, com ca s(n) = n + 1. PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 4/12
  • 5. Fun¸˜es Injetivas co Uma fun¸˜o f : X → Y chama-se injetiva quando elementos ca diferentes em X s˜o transformados por f em elementos a diferentes em Y . Ou seja, f ´ injetiva quando x = x em e X ⇒ f (x) = f (x ). Esta condi¸˜o pode tamb´m ser expressa em sua forma ca e contrapositiva: f (x) = f (x ) ⇒ x = x . Nos trˆs exemplos dados anteriormente, apenas o terceiro ´ de e e uma fun¸˜o injetiva. (Dois triˆngulos diferentes podem ter a ca a mesma ´rea e dois segmentos distintos podem ter a mesma a mediatriz mas n´meros naturais diferentes tˆm sucessores u e diferentes.) PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 5/12
  • 6. Fun¸˜es Sobrejetivas co Diz-se que uma fun¸˜o f : X → Y ´ sobrejetiva quando, para ca e qualquer elemento y ∈ Y , pode-se encontrar (pelo menos) um elemento x ∈ X tal que f (x) = y . Nos trˆs exemplos dados anteriormente, apenas o segundo e apresenta uma fun¸˜o sobrejetiva. (Toda reta do plano ´ ca e mediatriz de algum segmento mas apenas os n´meros reais u positivos podem ser ´reas de triˆngulos e o n´mero 1 n˜o ´ a a u a e sucessor de n´mero natural algum.) u PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 6/12
  • 7. Bije¸˜es co Uma fun¸˜o f : X → Y chama-se uma bije¸˜o, ou uma ca ca correspondˆncia biun´ e ıvoca entre X e Y quando ´ ao mesmo e tempo injetiva e sobrejetiva. Exemplo. Sejam X = {1, 2, 3, 4, 5} e Y = {2, 4, 6, 8, 10}. Definindo f : X → Y pela regra f (n) = 2n, temos uma correspondˆncia biun´ e ıvoca, onde f (1) = 2, f (2) = 4, f (3) = 6, f (4) = 8 e f (5) = 10. Exemplo. Seja P o conjunto dos n´meros naturais pares u (P = {2, 4, 6, . . . , 2n, . . .}). Obt´m-se uma correspondˆncia e e biun´ ıvoca f : N → P pondo-se f (n) = 2n para todo n ∈ N. O interessante deste exemplo ´ que P ´ um subconjunto pr´prio e e o de N. PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 7/12
  • 8. N´meros Cardinais u Diz-se que dois conjuntos X e Y tem o mesmo n´mero u cardinal quando se pode definir uma correspondˆncia e biun´ ıvoca f : X → Y . Nos dois exemplos do slide anterior, os conjuntos tˆm o e mesmo n´mero cardinal. u Exemplo Sejam X = {1} e Y = {1, 2}. Evidentemente n˜o pode existir uma correspondˆncia biun´ a e ıvoca f : X → Y , portanto X e Y n˜o tˆm o mesmo n´mero cardinal. a e u PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 8/12
  • 9. Conjuntos Finitos Seja X um conjunto. Diz-se que X ´ finito, e que X tem n e elementos quando se pode estabelecer uma correspondˆncia e biun´ ıvoca f : In → X , onde In o conjunto dos n´meros u naturais de 1 at´ n. e O n´mero natural n chama-se ent˜o o n´mero cardinal do u a u conjunto X ou, simplesmente, o n´mero de elementos de X . u A correspondˆncia f : In → X chama-se uma contagem dos e elementos de X . A fim de evitar exce¸˜es, admite-se ainda incluir o conjunto co vazio ∅ entre os conjuntos finitos e diz-se que ∅ tem zero elementos. PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 9/12
  • 10. Conjuntos Infinitos Diz-se que um conjunto X ´ infinito quando ele n˜o ´ finito. e a e Isto quer dizer que X n˜o ´ vazio e que, n˜o importa qual seja a e a n ∈ N , n˜o existe correspondˆncia biun´ a e ıvoca f : In → X . O conjunto N dos n´meros naturais ´ infinito. Com efeito, u e dada qualquer fun¸˜o f : In → N , n˜o importa qual n se ca a fixou, pomos k = f (1) + f (2) + · · · + f (n) e vemos que, para todo x ∈ In , tem-se f (x) < k, logo n˜o existe x ∈ In tal que a f (x) = k. Assim, ´ imposs´ cumprir a condi¸˜o de e ıvel ca sobrejetividade na defini¸˜o de correspondˆncia biun´ ca e ıvoca. PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 10/12
  • 11. Propriedades dos n´meros cardinais u 1 2 3 4 O n´mero de elementos de um conjunto finito ´ o mesmo, u e seja qual for a contagem que se adote. Isto significa que se f : Im → X e g : In → X s˜o correspondˆncias biun´ a e ıvocas ent˜o m = n. a Todo subconjunto Y de um conjunto finito X ´ finito e e n(Y ) ≤ n(X ). Tem-se n(Y ) = n(X ) somente quando Y = X . Se X e Y s˜o finitos ent˜o X ∪ Y ´ finito e tem-se a a e n(X ∪ Y ) = n(X ) + n(Y ) − n(X ∩ Y ) . Sejam X , Y conjuntos finitos. Se n(X ) > n(Y ), nenhuma fun¸˜o f : X → Y ´ injetiva e nenhuma fun¸˜o g : Y → X ´ ca e ca e sobrejetiva. A primeira parte da propriedade 4 ´ conhecida como o e princ´ das casas de pombos: se h´ mais pombos do que ıpio a casas num pombal, qualquer modo de alojar os pombos dever´ colocar pelo menos dois deles na mesma casa. a PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 11/12
  • 12. Uma Aplica¸˜o do Princ´ ca ıpio da Casa dos Pombos Provar que, numa reuni˜o com n pessoas (n ≥ 2), h´ sempre a a duas pessoas (pelo menos) que tˆm o mesmo n´mero de e u amigos naquele grupo. Imaginemos n caixas, numeradas com 0, 1, . . . , n − 1. A cada uma das n pessoas entregamos um cart˜o que pedimos para a depositar na caixa correspondente ao n´mero de amigos que u ela tem naquele grupo. As caixas de n´meros 0 e n − 1 n˜o u a podem ambas receber cart˜es pois se houver algu´m que n˜o o e a tem amigos ali, nenhum dos presentes pode ser amigo de todos, e vice-versa. Portanto temos, na realidade, n cart˜es o para serem depositados em n − 1 caixas. Pelo princ´ das ıpio gavetas, pelo menos uma das caixas vai receber dois ou mais cart˜es. Isto significa que duas ou mais pessoas ali tˆm o o e mesmo n´mero de amigos entre os presentes. u PROFMAT - SBM MA12 - Unidade 2 ,N´meros Cardinais u slide 12/12