O documento fornece um guia para a auto-avaliação da biblioteca escolar em três etapas: 1) identificar prioridades de melhoria, 2) recolher dados e evidências, 3) desenvolver um plano de ação. A auto-avaliação deve ser um processo cíclico e envolver toda a comunidade escolar.
1. Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar
O Modelo de Auto-Avaliação da
Biblioteca Escolar no Agrupamento de
Escolas João Roiz de Castelo Branco
2. “A biblioteca é essencial ao cumprimento das metas e objectivos de aprendizagem
da escola e promove-os através dum programa planeado de aquisição e organização
de tecnologias de informação e disseminação dos materiais de modo a aumentar e
diversificar os ambientes de aprendizagem dos estudantes. Um programa planeado
de ensino de competências de informação em parceria com os professores da escola e
outros educadores é uma parte essencial do programa das bibliotecas escolares.
”
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In Declaração Política da IASL sobre Bibliotecas Escolares
3. A Biblioteca Escolar, a escola e o
sucesso educativo
• A ligação entre a BE, a escola e o sucesso é hoje um facto assumido por
Organizações e Associações Internacionais.
• A BE é definida como núcleo de trabalho e aprendizagem ao serviço da
escola.
• O papel da BE está, contudo, condicionado por
Sistema
uma série de factores inerentes à sua estrutura Educativo
interna, às condições físicas e em termos de
equipamentos e de recursos de informação que Escola
tem para oferecer.
• A BE é, ela própria, um sistema integrado e
aberto à influência de outros sistemas, a nível BE
micro, meso e macro, com os quais interage.
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4. Factores que condicionam o
sucesso da BE
• Atitude e reconhecimento do órgão de gestão.
• Cultura de Escola.
• Estilos implicados no processo de ensino/aprendizagem.
• O currículo e a forma como este está organizado.
• Os valores, modelos e práticas de transmissão/apropriação do
conhecimento
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5. Ligação BE/Escola
• As TIC e a Internet, bem como a facilidade de acesso a equipamentos e a
documentação on-line reorientam as necessidades dos utilizadores da BE e as
prioridades educativas.
• A invisibilidade do Professor Bibliotecário deve dar lugar a uma acção
integradora de objectivos e práticas que se adaptem à mudança.
• Para a sobrevivência e a qualidade da Biblioteca Escolar, é essencial fazer a
ligação ao currículo e ao sucesso dos alunos.
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6. Ligação BE/Escola
Esta ligação implica que:
• O Programa da BE passe a estar integrado nos planos estratégicos e
operacionais da Escola, e na visão e objectivos educativos da mesma.
• O Professor Bibliotecário assuma o papel de interventor no percurso
formativo e curricular dos alunos e no desenvolvimento curricular em
cooperação com os professores.
• Haja um reforço no conceito de cooperação, baseado na planificação e no
trabalho colaborativo com os professores das diferentes disciplinas.
• O Professor Bibliotecário tenha um papel activo no funcionamento e no
sucesso da escola que serve.
• O Professor Bibliotecário mantenha uma posição de inquirição constante
acerca das práticas de gestão que desenvolve e no impacto que essas
práticas têm na escola e no sucesso educativo dos alunos.
• O Professor Bibliotecário saiba agir e ser líder, demonstrando o valor da BE
através da demonstração de evidências e da comunicação contínua com os
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diferentes actores e interessados na comunidade educativa.
7. Avaliação e qualidade:
Factores críticos de sucesso
• Relação directa com a missão da escola e trabalho contínuo com
professores e alunos.
• Adequação do trabalho da BE aos objectivos educativos e ao sucesso dos alunos.
• Desenvolvimento sistemático de formação e apoio individual ou em grupo
no âmbito das literacias críticas (professores e alunos).
• Disponibilização de uma colecção de Literatura rica e de programas de leitura
que contribuam para o enriquecimento pessoal e para o gosto pela leitura.
• Desenvolvimento de estratégias de cooperação com outras bibliotecas.
• Papel de liderança: a liderança transformacional, orientada pela recolha de
evidências.
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8. O processo de Auto-Avaliação e o
envolvimento da Escola
Linhas orientadoras:
• Enquadramento do processo de Auto-Avaliação no contexto da Escola.
• Estruturas / clusters com as quais é necessário agir:
Director
Outros
BE
Pais
interessados
Alunos Professores
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9. Implementação do Processo de
Auto-Avaliação
1. Identificação do Problema: A organização toma conhecimento da existência de um
problema que tem de ser solucionado.
2. Identificação de prioridades: Pode haver muitos problemas numa BE em diferentes
domínios. Os administradores devem definir prioridades para debelar esses problemas
de acordo com a vontade dos professores e as necessidades dos alunos.
A escolha do domínio a avaliar deve partir do Professor Bibliotecário ou da equipa da
BE, mas deve resultar de uma decisão fundamentada. Esta deve ser discutida com a
Direcção e ser determinada pelas prioridades e restantes processos existentes na
escola. Clicar aqui para consultar os domínios.
3. Definir as questões-chave do problema.
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10. [Implementação do Processo de Auto-Avaliação]
4. Recolha de Dados e Evidências: Pode ser feita através de
questionários, observações e/ou entrevistas.
Há que perceber as relações que se estabelecem, que evidências recolher, que
informação é mais pertinente e válida para o problema que foi identificado.
5. Análise e interpretação de Dados e Evidências: Com base nos dados
recolhidos, deve ser feita uma clarificação, verificação ou redefinição do problema.
Há que extrair sentidos da informação recolhida, interpretando-a e estabelecendo
ligações entre os dados. A interpretação e transformação da informação em
conhecimento permitirá ajuizar e retirar consequências e linhas de orientação do
processo.
6. Divulgação: Os actores envolvidos no processo devem ser informados dos dados de
diagnóstico e envolvidos no desenvolvimento de estratégias para solucionar o problema.
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11. [Implementação do Processo de Auto-Avaliação]
7. Plano de desenvolvimento da BE: Deve ser levado a cabo para percorrer a distância
entre a situação actual e a situação ideal.
- Que passos devem ser dados? Por quem? Quando? Como?
A implementação do plano deve ser monitorizada para solucionar eventuais dificuldades.
8. Constituição da equipa: Deve ser construída uma cultura de confiança, melhorar a
comunicação, constituição de equipas, competências de resolução de problemas e
desenvolver a cooperação entre as diferentes estruturas da organização.
9. Feedback e avaliação: Deve ser fornecido feedback a todos os interessados no final
do ciclo de auto-avaliação.
A comunicação dos resultados da auto-avaliação deve fazer uso dos diferentes canais de
comunicação da BE com o exterior.
O relatório de auto-avaliação deve ser discutido e aprovado em Conselho
Pedagógico, bem como o plano de melhoria que vier a ser delineado.
10. Processo Cíclico: O processo de auto-avaliação deve ser continuado para
institucionalizar o desenvolvimento da escola como um processo continuado de
11 inovação e mudança.
12. Ligação da Auto-Avaliação da BE
com a Auto-Avaliação da Escola
• A auto-avaliação das escolas tem carácter obrigatório, definido pela Lei nº 31/2002 de 20
de Dezembro. Esta lei é clara quanto à necessidade dos procedimentos de avaliação se
submeterem “a padrões de qualidade devidamente certificados” (Artº 7º).
• Com a implementação do CAF (Common Accessment Framework), as escolas identificam
os pontos fortes e aqueles que necessitam de melhoria e justificam ou fundamentam as
fragilidades identificadas pelos serviços de avaliação externa (Inspecção-Geral da Educação).
• O CAF utiliza uma metodologia de auto-avaliação com a participação das partes
interessadas nas escolas: pessoal docente, não docente, discente e pais / encarregados de
educação.
• O CAF permite:
- uma reflexão profunda daquilo que a escola é e pretende ser;
- a definição de objectivos de melhoria, a escolha das estratégias mais adequadas;
12 - a revisão dos processos de trabalho.
13. [Ligação da Auto-Avaliação da BE com a Auto-Avaliação da Escola]
Os objectivos da auto-avaliação da BE devem cruzar-se com os objectivos gerais da auto-
avaliação da escola, a saber:
1. Promover a melhoria da qualidade do sistema educativo, da organização da escola
e dos seus níveis de eficiência e eficácia;
2. Assegurar o sucesso educativo baseado numa política de qualidade, exigência e
responsabilidade;
3. Incentivar acções e processos de melhoria da qualidade dos serviços prestados, do
funcionamento e dos resultados escolares;
4. Garantir a credibilidade do desempenho da escola.
A avaliação da BE deve estabelecer ligações com a avaliação da escola.
Do relatório de auto-avaliação da BE deve transitar uma síntese que venha a integrar o
relatório de Auto-Avaliação da escola.
A auto-avaliação da escola e a posterior Avaliação Externa poderão, deste modo, avaliar o
impacto da BE na escola.
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14. A mais valia primeira do processo de auto-avaliação
é a melhoria organizacional.
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15. [Domínios que são objecto de Avaliação]
A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular
A.1. Articulação curricular da BE com as estruturas pedagógicas e os docentes
A.2. Desenvolvimento da literacia da informação
B. Leitura e Literacias
C. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade
C.1. Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular
C.2. Projectos e parcerias
D. Gestão da Biblioteca Escolar
D.1. Articulação da BE com a Escola/Agrupamento. Acesso e serviços prestados pela BE
D.2. Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços
D.3. Gestão da colecção/da informação
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Clicar aqui para consultar os perfis de desempenho
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16. [Níveis de Desempenho]
Nível Descrição
4 A BE é bastante forte neste domínio. O trabalho desenvolvido é de
grande qualidade e com um impacto bastante positivo.
3 A BE desenvolve um trabalho de qualidade neste domínio mas ainda é
possível melhorar alguns aspectos.
2 A BE começou a desenvolver trabalho neste domínio, sendo necessário
melhorar o desempenho para que o seu impacto seja mais positivo.
1 A BE desenvolve pouco ou nenhum trabalho neste domínio, o seu
impacto é bastante reduzido, sendo necessário intervir com urgência.
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