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Realização:

FOPAMA - Forragicultura e Pastagens Maranhão
Site: www.fopama.ufma.br/site
e-mail: fopama@ufma.br
V DIA DE CAMPO FOPAMA

V DIA DE CAMPO DO GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA FORRAGICULTURA E PASTAGENS NO
MARANHÃO

ANAIS DO EVENTO
Realização
FOPAMA- Forragicultura e Pastagens no Maranhão
Centro de Ciências Agrárias e Ambientais – CCAA/UFMA
Curso de Zootecnia
Chapadinha – MA – Brasil
2011
V DIA DE CAMPO FOPAMA
V DIA DE CAMPO DO GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA FORRAGICULTURA E PASTAGENS NO MARANHÃO

ANAIS DO EVENTO
Editores
Rosane Cláudia Rodrigues
Ana Paula Ribeiro de Jesus
Henrique Nunes Parente
Ivo Guilherme Ribeiro Araújo
Michelle de Oliveira Maia Parente
Mabson de Jesus Gomes dos Santos
Jaílson da Silva Costa

Chapadinha – MA – Brasil
© 2011 by Rosane Cláudia Rodrigues, Ana Paula Ribeiro de Jesus, Henrique Nunes Parente, Ivo Guilherme Ribeiro Araújo, Michelle de Oliveira Maia Parente,
Mabson de Jesus Gomes dos Santos, Jaílson da Silva Costa
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida sem a autorização escrita e prévia dos detentores do Copyright.
Impresso no Brasil
Ficha catalográfica preparada pela Seção de Catalogação e Classificação da Biblioteca Central da Universidade Federal do Maranhão
Encontro do Dia de Campo do FOPAMA (5.: 2011: Chapadinha, MA)
Forragicultura: Tecnologia de produção anais do 5º dia de Campo do Grupo de Estudo e Pesquisa Forragicultura e Pastagens no
Maranhão /editores, Rosane Cláudia Rodrigues... [et al]. Chapadinha: Editora: SEBRAE, 2011.
49p.
ISSN 2178-9673
1. Ruminantes - Alimentação. 2. Pastagens. 3. Forragicultura. 4. Caprinos e Ovinos. I. Rodrigues, Cláudia Rodrigues. II. Jesus, Ana Paula Ribeiro
de. III. Parente, Henrique Nunes, IV. Araújo, Ivo Guilherme Ribeiro, V. Parente, Michelle de Oliveira Maia, VI. Santos, Mabson de Jesus Gomes. V.
Jaílson da Silva Costa VI Título.
CDU 636.2.085.

Capa:
Digitação e Montagem: Rosane Cláudia Rodrigues
Diagramação: Rosane Cláudia Rodrigues
Contato: Rosane Cláudia Rodrigues
Tel. (98) 3471 1201
E-mail: rosanerodrig@gmail.com, www.fopama.ufma.br/site
APRESENTAÇÃO
O Grupo de pesquisa, Forragicultura e Pastagens no Maranhão (FOPAMA), que foi criado no final de 2008 tem como metas fortalecer e
difundir a Forragicultura no Estado do Maranhão. Desde a sua criação, o Grupo já realizou 4 “Dias de Campo” e diversos minicursos
relacionados à produção de ruminantes à pasto. O Grupo conta com um Setor de Forragicultura do qual já resultaram em 29 resumos expandidos
publicados nos principais eventos do País como SBZ, Zootec, SIMBRAS e SINCORTE, beneficiando em média 174 alunos com publicações.
Foram orientados em média 6 alunos com bolsa de iniciação e 5 alunos com bolsa de extensão pelos professores do Grupo, além de 7 trabalhos
de conclusão de curso. Nossa meta é contribuir cada vez mais com a formação dos nossos alunos e contribuir com o desenvolvimento da Região
do Baixo Parnaíba Maranhense.

.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÂO ............................................................................................................................................................................................................................................... 5

MANEJO DE PASTAGENS ................................................................................................................................................................................................................................ 7
Susan Emanuelly Pinheiro Amorim, Itamara Gomes de França
MANEJO DE CAPINEIRAS ............................................................................................................................................................................................................................. 15
Ricardo Alves de Araujo, Rose Cristina Bizerra Torres, Katyane de
Araujo Rodrigues
MANEJO DE PASTAGENS NO CONTROLE DE VERMINOSES ................................................................................................................................................................ 20
Antonio Lima da Silva Junior
BANCO DE PROTEÍNA ................................................................................................................................................................................................................................... 23
Héllyda Gomes Pereira, Maria da Conceição Linhares da Conceição
PRODUÇÃO DE SILAGEM ............................................................................................................................................................................................................................. 26
Janayra Cardoso Silva, Raíza Flamilsa Mourão Reinaldo
PRODUÇÃO DE FENO ..................................................................................................................................................................................................................................... 31
Dayane Louyse Araújo Pontes, Kayro Késed Albuquerque Puça
USO DA URÉIA NA ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES .......................................................................................................................................................................... 39
Jefferson Ribeiro Bandeira, Vanessa Matias Chagas

ANEXOS .................................................................................................................................................................................................................................... 45
pastagens, elevando sua produtividade, valor nutritivo e assegurando

MANEJO DE PASTAGENS

sua persistência.

Susan Emanuelly Pinheiro Amorim1, Itamara Gomes de França1
1

Graduanda do curso de Zootecnia UFMA/CCAA. Email: emanuelly_p.amorim@yahoo.com.br,

htatamara@hotmail.com

ANÁLISE DO SOLO
A avaliação da fertilidade do solo é realizada através de
análises químicas de amostras de terra, com a finalidade de se

INTRODUÇÃO

determinar os níveis e ou as concentrações dos diferentes nutrientes.

Um dos fatores que limitam a produtividade animal a pasto é

As amostras de terra devem representar o melhor possível a

o manejo realizado de maneira incorreta em grande parte das

área em estudo. Recomenda-se a retirada de 15 sub-amostras, de 0-

propriedades rurais. O que acaba resultando na degradação das

20 ou 20-40 cm de profundidade. Evitando áreas atípicas, com

pastagens e, consequentemente, na diminuição da margem de lucro

formigueiros, cupinzeiros, árvores etc.

do produtor.
A queda de produtividade das pastagens está relacionada,
além do manejo inadequado, principalmente, com a redução da
fertilidade do solo ao longo dos anos.
De modo geral, os solos apresentam sérias limitações de
fertilidade e altos teores de alumínio e de manganês, prejudiciais ao
bom desenvolvimento das plantas forrageiras.
A correção da fertilidade do solo, juntamente com o

Pontos de coleta de
sub-amostras no terreno.

Retirada de sub-amostras
de 0-20 cm de profundidade.

atendimento das necessidades de nitrogênio, fósforo, potássio e
enxofre são práticas indispensáveis na formação e manutenção das

7
As sub-amostras devem ser homogeneizadas em um balde e,
só então, retira-se a amostra de 200 a 300g que deverá ser enviada ao
laboratório devidamente identificada.

ADUBAÇÃO NITROGENADA
O nitrogênio é um dos nutrientes que mais contribui para a
produtividade dos pastos, portanto está intimamente relacionado
com o crescimento vegetal e o perfilhamento.

CALAGEM
A prática de calagem fornece Ca e Mg como nutrientes, eleva
o pH do solo e, como conseqüência, aumenta a disponibilidade de P
e de Mo e reduz o Al, o Mn e o Fe.

Capim-Xaraés sem adubação
nitrogenada

Capim-Xaraés com adubação
nitrogenada

A recomendação de doses de nitrogênio para áreas com
capins tem variado de 50 a 300 kg/ha/ano de N. Sua aplicação é
É importante lembrar que o uso indiscriminado de calcário,
em doses e do tipo errado, pode resultar em problemas muito sérios e

indicada no período das águas e com parcelamento das doses, em
função das perdas por lixiviação.

afetar negativamente a pastagem.
ADUBAÇÃO FOSFATADA
GESSAGEM
O gesso agrícola é um sulfato de cálcio e, portanto, não
corrige a acidez do solo, apenas fornece Ca e S ao solo.

O fósforo é indispensável às gramíneas e leguminosas, aplica-se
aLanço (manual ou através de distribuidora de calcário) no plantio
para favorecer o desenvolvimento das raízes.

8
Em pastagens já formadas, faz-se rebaixamento das
forrageiras através de pastejo intenso, posteriormente, distribui o
adubo fosfatado a lanço.

QUALIDADE DA SEMENTE
É muito frequente o uso de sementes de má qualidade,
principalmente no que se refere à pureza e germinação. Gerando o
risco de não se semear a quantidade ideal de sementes viáveis por

ADUBAÇÃO POTÁSSICA
Juntamente com o nitrogênio e o fósforo, o potássio é um

unidade de área. Para superar este problema, o produtor deve
procurar firmas idôneas que comercializam sementes fiscalizadas.

nutriente altamente exigido pelas plantas.
Quando o nível de potássio no solo for baixo, faz-se
adubação na época de plantio das forrageiras. Havendo nível médio
de potássio no solo, a melhor época de adubação seria no estágio de
desenvolvimento e produção de plantas forrageiras (período
chuvoso) de preferência junto com o nitrogênio.

UTILIZAÇÃO RACIONAL
A utilização de pastagens como recurso forrageiro para

ESCOLHA DA ESPÉCIE
Para que uma pastagem possa ser persistente e produtiva, é
necessário que a espécie utilizada seja bem adaptada às condições de
clima e solo do local.

alimentação de ruminantes vem crescendo em importância na
pecuária nacional por proporcionar um alimento de boa qualidade a
baixos custos. Para tornar a atividade realmente competitiva é
necessário utilizar a pastagem de forma adequada, explorando seu
ponto positivo de maior destaque, a perenidade.

9
MANEJO DE FORMAÇÃO

RESÍDUO

O manejo de formação de uma pastagem resume-se na

Refere-se à massa de forragem presente no campo, durante o

utilização menos intensiva da mesma na sua fase inicial,

pastejo, se em método contínuo, ou após o pastejo, se em método

possibilitando desta forma, uma boa formação.

rotacionado.
Uma alternativa de manejo viável para melhorar o vigor da

DESFOLHA
A desfolhação é a variável de maior influencia na resposta da
planta ao pastejo. O padrão de desfolhação é definido pela

rebrotação do pasto, em condições desfavoráveis, seria a variação da
severidade de desfolhação durante as estações do ano.

intensidade (quantidade de material removido) e frequência (número
de vezes que a planta é desfolhada) em um dado período de tempo
de desfolhação. Devemos ter em mente que a visualização do animal
sempre em primeiro plano não garantirá o sucesso da produção. Um
dos principais objetivos deverá ser proporcionar às plantas
forrageiras um ambiente adequado para seu desenvolvimento,
através da percepção de seus limites ecofisiológicos, só assim
teremos a sustentabilidade do sistema.

Onde no período de menor produção (período da seca), o
mais indicado seria deixar maiores alturas de resíduo no pasto.
PERÍODO DE DESCANSO
Resultados

recentes

de

pesquisas

afirmam

que,

o

estabelecimento de períodos fixos de descanso para pastos, não
respeita o ritmo de crescimento da planta em seus ciclos,

10
principalmente quando consideramos as variações nas condições

DEGRADAÇÃO DE PASTAGENS
Processo evolutivo de perda de vigor, de produtividade, de

ambientais.
Entre as novas estratégias de otimização de produção o
manejo pela interceptação luminosa vem ganhando destaque, uma
vez que a planta forrageira é colhida no ponto de sua maior
produtividade e teor nutricional. Este ponto é quando a planta atinge

capacidade de recuperação natural das pastagens para sustentar os
níveis de produção e qualidade exigida pelos animais.
PRINCIPAIS CAUSAS


Forrageiras não adaptadas

95% de interceptação (5 % de luz passa pelo dossel), tendo forte



Ausência de cobertura vegetal do solo

relação com a altura de entrada de pastejo, variando conforme a



Falta de deposição de nutrientes

espécie cultivada.



Divisões mal planejadas



Pressão de pastejo inadequada

Quando falamos de produção de forragem, quantidade não é



Falta de controle das plantas invasoras

sinônimo de qualidade. Deixar o pasto sem utilização para aumento



Pragas

de altura da planta forrageira refletirá, principalmente, em aumento



Uso abusivo de fogo

de colmo e material fibroso. Reduzindo assim, o acesso dos



Estiagens prolongadas

IDADE DO PASTO X PERDAS DE FORRAGEM

microrganismos do rúmen aos nutrientes do conteúdo celular.

11
CONSEQUÊNCIAS DA DEGRADAÇÃO DE PASTAGENS


Modificação da composição da pastagem



Queda na capacidade de suporte



Queda da produção de carne e leite



Queda da renda da propriedade



Compactação



Erosão



Inviabilização

ALTERNATIVAS PARA ESTACIONALIDADE:
- Silagem;
- Feno;
- Banco de Proteína;
- Amonização de volumosos.
DIFERIMENTO DA PASTAGEM
Veda determinada área de pastagem no terço final do verão
para ser usada durante época seca.

ESTACIONALIDADE DE PRODUÇÃO FORRAGEIRA
A estacionalidade de produção forrageira é um fenômeno
marcante no cenário da pecuária de corte nacional. Fato este, devido

PASTO

à variações nas condições edafoclimáticas ao longo do ano,

DIFERIDO

causando oscilações na oferta quantitativa e qualitativa de forragem.

12
CREEP GRAZING
O creep-grazing é definido como uma forma de suplementar
a alimentação dos bezerros, ainda em aleitamento, por meio de
dispositivos que permitem o acesso exclusivo das crias a áreas
contendo forragens de melhor qualidade, em relação àquelas onde

SISTEMAS DE PASTEJO
SISTEMA DE PASTEJO CONTÍNUO
Os animais são mantidos por um longo período de tempo
pastejando na mesma área. A carga de animais por área poderá ser
fixa ou variável.

suas mães são mantidas.

SISTEMA DE PASTEJO ROTACIONADO:
VANTAGENS


Promover melhor desempenho dos animais



Jovens, idade de abate precoce,



Carcaças com pesos adequados,



Mudança dos animais de um piquete para outro de forma

Boa conformação e cobertura de gordura e carne de

sucessiva, voltando ao primeiro após completar o ciclo do pastejo.

qualidade

13
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para otimizar a produção animal a pasto é necessário a
realização de um manejo adequado da pastagem, visando um bom
desempenho animal, mas, respeitando os limites ecofisiológicos da
planta forrageira. O uso de corretivos e fertilizantes em pastagens
eleva a capacidade de suporte e desacelera seu processo de
degradação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GOMIDE, J.A.; GOMIDE, C.A.M. Utilização e manejo de
TAXA DE LOTAÇÃO
Taxa de lotação é o número de cabeças por área ou UA/ha
em um determinado período.
Existem três condições:

pastagens. In: MATTOS, W.R.S. et al. (Eds.) A PRODUÇÃO
ANIMAL NA VISÃO DOS BRASILEIROS. FEALQ, Piracicaba,
p.808-825, 2001.
NABINGER,

C.

Eficiência

do

uso

de

pastagens:

- Superpastejo: excesso de animais em relação à disponibilidade de

disponibilidade e perdas de forragem. In: SIMPÓSIO SOBRE

forragem;

MANEJO DA PASTAGEM, 14., Piracicaba, 1997. Anais...

- Subpastejo: poucos animais em relação à disponibilidade de

Piracicaba: FEALQ, 1997, p. 213-251.

forragem;
- Pastejo ótimo: quando há equilíbrio entre produção de
forragem e quantidade de animais na área.

14
MANEJO DE CAPINEIRAS
1

1

Ricardo Alves de Araujo , Rose Cristina Bizerra Torres , Katyane de Araujo

CAPINEIRA?

Rodrigues

Área cultivada com uma gramínea de alta produção,

1

Graduandos do curso de Zootecnia UFMA/CCAA

utilizada sob cortes, podendo a gramínea ser fornecida verde
picada no cocho imediatamente, ou então ser fenada ou

INTRODUÇÃO
O manejo correto de uma capineira é importante, pois
possibilitará

maior

produção

de

forragem

por

área

ensilada para utilização posterior, em épocas críticas.

e,

consequentemente, maior produção, além de favorecer sua utilização
por longo tempo. É preciso, no entanto, relacionar a área disponível
de capineira na propriedade com o número de animais a serem
tratados, tendo-se o cuidado de manejar corretamente durante todo o
Foto: Embrapa Amazônia

ano.

Foto: Embrapa Amazônia

FORMAÇÃO DA CAPINEIRA
Principais características que uma gramínea deve ter para ser
utilizada como capineira:

Foto:Pimenta,Alves.2011

Foto:Pimenta,Alves.2011

Bom valor nutritivo;



Alta produção;



Boa resposta a adubação e irrigação; Boa
15
Capineira de cana-de-açúcar

Capineira de cana-de-açúcar

aceitabilidade; Facilidade de propagação;


Tolerância ao corte intenso;



Resistência a pragas e doenças;



Alto vigor de rebrotação
Preparação do solo


Adubação da área
Foto: Site Alagoas em tempo real

Foto: Embrapa Amazônia

PLANTIO DA GRAMÍNEA
Escolha do local:
Proximidade do curral ou estábulo;
Foto: Cândido, Duarte. 2010

Foto: Cândido, Duarte. 2010

Gramíneas comumente utilizadas como capineira:
Capim-elefante (Pennisetum purpureum);
Capim-guatemala (Tripsacum facciculatum)
Capim-imperial ou venezuela (Axonopus scoparius)
Cana-de-açúcar (Saccharum officinarum)
Nordeste: também capim-canarana, (Echinochloa)

Topografia que facilite a colheita;
Terreno de boa fertilidade, com boa drenagem e não sujeito a
geadas;
Nordeste: proximidade com fonte d’água para irrigação
Implantação da capineira
As mudas devem ser retiradas de plantas com 3 a 12 meses de
idade.
Deve-se aparar as plantas se retirar as folhas para que ocorra uma
melhor brotação.
A quantidade de mudas necessárias para o plantio varia de acordo
16
com o espaçamento. As mudas devem ser colocadas horizontalmente

Intervalo entre cortes;

em sulcos com 10 a 15 cm de profundidade.

Altura de corte;

Em média, um hectare fornece mudas para o plantio de 10 há de
capineira.

Fórmulas e doses de adubação;
Conveniência de irrigação na seca;

Conservação sob a forma de silagem ou de feno.
INTERVALO ENTRE CORTES
A frequência entre cortes afeta a produção de forragem, valor
nutritivo, potencial de rebrota e persistência (vida útil da capineira).
Os cortes devem ser realizados a intervalos de 45 a 60 dias, ou
quando as plantas atingirem de 1,5 a 1,8m de altura. O primeiro corte após
o plantio deve ser realizado quando as plantas estiverem bem
Foto: Cândido, Duarte. 2010

Foto: Cândido, Duarte. 2010

entouceiradas, o que ocorre cerca de 90 dias após o plantio.

MANEJO DAS CAPINEIRAS
A capineira deve ser manejada visando:

Foto: Cândido, Duarte. 2010

A obtenção de altos rendimentos de forragem com satisfatório
valor nutritivo
Uma melhor distribuição da produção forrageira durante o ano
(conservação)
Deve-se observar para um bom manejo e aproveitamento da
capineira:

A altura de corte em relação ao solo depende do nível de
fertilidade e umidade do solo. Quando as condições para as
brotações basilares forem satisfatórias (solo bem adubado ou de alta
17
fertilidade natural), o corte pode ser feito rente ao solo; caso

propriedade.

contrário, deve ser efetuado entre 20 a 30 cm acima do solo. Os
Esterco de bovinos

melhores resultados são obtidos com cortes feitos com facão, foice

Curtimento do esterco

ou enxada. Cortes mecanizados podem prejudicar a longevidade da
capineira.
Altura de corte

Foto: Araújo, Alves..2009

Foto: Cândido, Duarte. 2010

ADUBAÇÃO QUÍMICA
É essencial, ainda, a aplicação de adubação de
manutenção. Essa operação deverá ser feita em função da
Foto: Cândido, Duarte. 2010

Foto: Cândido, Duarte. 2010

produção de forragem que foi removida da área e da fertilidade
do solo.
MANEJO DAS CAPINEIRAS

ADUBAÇÃO ORGÂNICA
Todo o esterco de curral deve ser transportado para a
capineira e distribuído uniformemente sobre a área do capim

MANEJO TRADICIONAL
Toda a forragem produzida durante período de
crescimento fica acumulada no campo, para uso na seca.

recém-cortado, independente da época do ano. A quantidade
de esterco a ser aplicado depende de sua disponibilidade na

18
MANEJO RACIONAL

da forrageira, ou seja, no inverno.

Na época das águas a forragem produzida é cortada,
podendo ser fornecida no cocho ou ensilada. Desta forma, temse o estímulo da brotação e produção de forragem de melhor
qualidade para uso no início do período seco. E no decorrer do
período seco pode-se usar a silagem produzida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALCANTARA, P.B., ALCANTARA, V.B.G., ALMEIDA,
J.E. Estudo de vinte e cinco prováveis variedades de capim-elefante
(Pennisetum purpureum shum.).Boletim da Indústria Animal, Nova
Odessa, v.37, n.2, 1980, p.279–302.

IMPORTÂNCIA DO ESTÁDIO DE DESENVOLVIMENTO DO
CAPIM
Capim novo: corte na idade de 50 a 60 dias de crescimento,
aproximadamente com 1,8m de altura.Consumo esperado: 45kg/dia
para uma vaca em lactação. O capim elefante novo fornecerá 74% da
exigência em proteína e 100% do NDT para a produção de 8,0L/dia.

GOMIDE, J.A. Formação e utilização de capineira de capimelefante. In:CARVALHO, M.M., ALVIN, M.J., XAVIER, D.F., et
al. (Eds). Capim elefante :produção e utilização. 2º ed. Coronel
Pacheco: Embrapa–Gado de Leite, 1997, p.81–115.
GOMIDE, J.A. Adubação de pastagens. In: PEIXOTO,
A.M., MOURA, J.C., FURLAN, R.S., FARIA V.P. (Eds) Simpósio

Capim velho: corte na idade de 140 a 170 dias de crescimento,
aproximadamente com 3,0m de altura. Consumo esperado: 25 a
30kg/dia para uma vaca em lactação. O capim velho fornecerá 17%
da proteína requerida e 45% do NDT.

sobre o manejo da pastagem, 3, Piracicaba, 1976. Anais...
Piracicaba: FEALQ, 1976, p.5-44.
WERNER, J.C., LIMA, F.P., MARTINELLI, D., CINTRA,

Observações:

B. Estudos de três diferentes alturas de cortes em capim-elefante

Em caso de sobra de capim em um talhão, este deve ser cortado

napier. Boletim da Indústria animal, v.23, p.161-168, 1966.

e fornecido para as categorias animais mais exigentes.
A capineira poderá ser utilizada para ensilagem caso haja

RESENDE, J.C. Leite no elefante compensa. Boletim do
Leite, São Paulo, v.6, n.69, p.25-26, 1992.

a previsão de sobra de capim no período de maior crescimento

19
MANEJO DE PASTAGENS NO CONTROLE
DE VERMINOSES

O controle dessa enfermidade é necessário, caso contrário a
criação

torna-se

inviável

economicamente

devido

à

baixa

Antonio Lima da Silva Junior1

produtividade, à alta mortalidade dos animais e às despesas com a

1

mão-de-obra e os anti-helmínticos.

Graduando do curso de Zootecnia UFMA/CCAA. Email: antonio.l.s.junior@hotmail.com

O QUE SÃO HELMINTOS



Conhecidas popularmente como verminoses estão entre as

O uso do sistema de rotação das pastagens tem a vantagem de

infecções que mais afetam a produtividade dos ruminantes. É uma

reduzir o nível de infecção nos animais e a redução da contaminação

doença causada por helmintos ou vermes que vivem, principalmente,

ambiental, desde que feito com intervalos nunca inferiores àqueles

no abomaso e intestinos dos animais, podendo atacar todo o rebanho,

que possam comprometer a qualidade do capim.

sobretudo, os animais mais jovens.

Rotação de Piquetes ou Pastejo Rotacionado

Por exemplo, em épocas de chuvas, o rodízio de pasto deve

Quando parasitados pelos vermes, os animais se tornam
fracos, magros, com pêlos arrepiados, apresentando diarréia, edema
submandibular (papada) e anemia.

ser de no mínimo 40 dias e em outras épocas de no mínimo 35 dias,
antes que o capim se torne muito fibroso.
Dados confirmam que a redução de infestação das larvas nas
pastagens, pode ser reduzida em até 50 %.
Busca-se com este manejo a manutenção das pastagens livres
de animais por um período de no mínimo 35 dias, fazendo com que
os ovos e larvas presentes, morram por dessecação, (ação do frio ou

Larvas na pastagem
Fonte: Google

TODOS DE CONTROLE NAS
Fonte: Google

Animal com edema submandibular e
anemia
Fonte:
PASTAGENS Google

MÉ

calor), sabendo-se que 90% dos parasitos (ovos e larvas) estão
presentes nas pastagens e somente 10% no animal.

Fonte: Google

20
Fonte: Google

Sabe-se que bolos fecais contendo ovos de helmintos, que

larvas, pois estas tendem a ter uma

são depositados nos pastos ao início do período seco, permanecem

maior cobertura do solo, com isso

por 6 meses ou mais como fonte de contaminação por larvas de 3º

propicia condições ideais para o

estágio de helmintos.

desenvolvimento

Estas larvas ainda, ao serem liberadas do bolo fecal,
sobrevivem até por dois meses protegidas pela vegetação.
Este técnica tem outra vantagem de evitar o deslocamento de

helmintos,

das

enquanto

larvas

dos

plantas

de

crescimento ereto são melhores para a
diminuição das larvas.

animais por longas distâncias nos
 Lotação de Pastagens

períodos secos, que por ser uma
época

crítica,

disponibilidade
evita

o

de
de

manejo

pouca
Em

pastagens,
de

processo

de

superlotação de pastagens, a

animais

enfraquecidos e ou sujeitos a

um

Fonte: pictoramadesign.com.br

doenças, para serem submetidos a tratamentos.

pressão de eliminação de fezes é
muito

grande,

aumentado

a

quantidade de ovos e larvas nas


Escolha da espécie Forrageira

A espécie influencia bastante a infestação de larvas na

pastagens

Fonte: Google

A taxa de lotação ideal

pastagem, pois a maior concentração de larvas está encontrada na

para um bom controle de verminose é de 1,4 unidade animal por

região próxima ao solo até os primeiros 5 cm de altura da planta.

hectare, pois assim, em uma lotação adequada de pastos, as fezes

Portanto, plantas de crescimento rasteiro têm maior incidência de

ficam mais espalhadas, permitindo um pisoteio melhor, fazendo com

21
que ovos e larvas fiquem mais expostos às condições climáticas e
sofram uma maior dessecação por parte do sol


mesma

colocar

pastagem

diferentes

utilizando-se desinfetantes pelo menos uma vez por semana, em
estábulos leiteiros e de preferência efetuar duas caiações (pintar com

Pastejo consorciado

Significa

de

1. Manter sempre limpa e desinfetada as instalações,

tinta a cal) por ano.

numa

2. Construir esterqueiras na fazenda.

espécies

animais,

3. Separar os animais quando possível por faixa etária, pois

pois

os animais jovens são mais suscetíveis às verminoses do que os

acredita-se que a maioria dos

adultos.

vermes não são comuns a todos,

4. O sucesso na implantação de um programa profilático

com exceção do Trichostrongylus

depende do clima e de outras variáveis que devem ser consideradas,
Fonte: Google

porém nada terá valor se não houver alimentação adequada, através

Com este manejo, espécies de helmintos que são ingeridos

do fornecimento de pastagens de boa qualidade e de sais minerais de

axei, que é comum a bovinos, ovinos, caprinos e equinos.

por um animal que não é suscetível a este, não se desenvolvem e não

boa procedência.

completam o seu ciclo, sendo destruídos no trato gastrintestinal do

REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS

hospedeiro.

AMARANTE, A F. T; Atualização no Controle de
Verminose em Caprinos e Ovinos. Universidade Estadual Paulista –



Medidas adicionais de Controle

UNESP. Departamento de Parasitologia. Instituto de Biociência. Pg.
86.
DOMINGUES. Prof. Paulo Francisco; Manejo Sanitário de
Ovinos. I Encontro de criadores de ovinos da região de Araraquarai.

22
FEPAGRI - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia –

período de estiagem, no qual as pastagens tropicais de gramíneas

UNESP – Botucatu. Pg. 63.

sofrem perdas nutricionais pela maturação, é o banco de proteínas.

VIDOTTO,

Odilon.

Complexo

Carrapato

-

Tristeza

Parasitária e outras parasitoses de bovinos - Universidade Estadual
de Londrina em http://www.nupel.uem.br/pos-ppz/complexo-0803.pdf acessado em 26/09/11

LEGUMINOSAS FORRAGEIRAS X GRAMÍNEAS
Forragem de melhor valor
nutritivo;

uso

de

pequena

porcentagem de leguminosas na
dieta dos animais mantendo um
bom nível nutricional.

BANCO DE PROTEÍNA
1

Hellyda Gomes Pereira , Maria da Conceição Linhares da Conceição

1

1

Graduanda do curso de Zootecnia UFMA/CCAA. Email: hellydamyres@hotmail.com,

linhares.conceicao@yahool.com.br

Fonte: imagem retirada do Google.

O QUE É BANCO DE PROTEÍNA?
Segundo Peixoto, “O período de pastejo não deve ultrapassar

O banco de proteína é parte de um sistema de alimentação à

2 hs ao dia, em períodos de chuva, a depender da categoria animal.”

base de forragem.
Deve-se proporcionar uma maior freqüência possível do

Formação de banco de proteína

animal ao banco de proteína.

- ESCOLHA DA LEGUMINOSA FORRAGEIRA

É uma possível alternativa



Adaptação às condições edafoclimáticas locais;

para o produtor rural durante o



Tolerância à seca;

23
Fonte: imagem retirada do Google.


Elevado teor protéico;



Produção de forragem;



Com água quente;



Recuperação pós-pastejo;



Água fria;



Consumo pelos animais.



Danifica o tegumento da semente com lixa, areia grossa ou

- Escarificação das sementes

seixo.
ESPÉCIES CULTIVADAS
LEUCENA
Origem - América Central, e nas regiões tropicais. A leucena
é uma alternativa interessante para teor protéico de dietas de vacas
leiteiras a baixo custo, em especial nos sistemas que exploram
pastagens, podendo ser consorciada ou utilizada na forma de banco
Fonte: imagem retirada do Google.

de proteína.
- Características

- PLANTIO


No início do período chuvoso;



Boa aceitação pelos animais;



Em sulcos rasos;



Tolerância à seca;



Espaçamento de 1,0 m entre linhas;



Perenidade.



Obedecendo a densidade de plantio.

- Utilização


Feno ou farinha (bovinos, suínos e aves);

24


Adições de 20% de leucena ao milho resultam em elevação



Solos bem drenados e profundos vegetais solos argilosos

do teor de proteína bruta na silagem em até 12 % na matéria seca;

pesados;





Silagens exclusivas de leucena podem ser confeccionadas.

Aplicação de calcárioAnálise do solo, 2 a 3 meses antes do

plantio;
FEIJÃO GUANDU
Foi introduzida no Brasil e Guianas pela rota dos escravos
procedentes da África; Distribuída e semi-naturalizada na região



Aplicação de superfosfatosuprir as necessidades de P e S,

junto com o calcário ou na semeadura.

tropical;

ESTILOSANTES
A planta apresenta grande
potencial forrageiro por ser boa
fonte de proteína, por causa da boa
fixação biológica de nitrogênio e,
com isso, adapta-se bem aos solos
pobres dos Cerrados brasileiros.
Fonte: imagem retirada do Google.

Fonte: imagem retirada do Google.

- Utilização



Bom potencial produtivo;



Fonte de alimento humano;



Boa persistência sob pastejo;



Forragem;



Alta capacidade de ressemeadura natural.



Cultura para adubação verde.
AMENDOIM FORRAGEIRO
- Clima, solo e adubação



Temperatura entre 20 e 40 °C durante seu ciclo;
25
Essas plantas conseguem fixar N e por isso são capazes de
produzir grande
quantidade

Ambas as alternativas podem ser feitas apenas na época mais
crítica de produção e qualidade da pastagem.

de

alimento, mesmo
em
média

solos
e

de
baixa

fertilidade.
Fonte: imagem retirada do Google.

- Características

Fonte: site Embrapa Meio norte.



Grande valor nutritivo;

- Resposta animal



Boa aceitação animal;

Baseado na experiência nacional e regional, o uso de banco

Recuperação de pastos degradados. “O nitrogênio absorvido
pelo amendoim forrageiro é convertido em adubo para as plantas”.

de proteína de leguminosa pode aumentar a produção de leite de
20% a 30%.

PRODUÇÃO DE SILAGEM

- Utilização

Janayra Cardoso Silva1, Raíza Flamilsa Mourão Reinaldo1

Produção de forragem e valor nutritivo.

1

Graduanda

do

curso

de

Zootecnia

UFMA/CCAA.

Email:

janayrasilva.c@gmail.com,

raiza_life@hotmail.com

- Pastejo
Acesso

dos

animais

aproximadamente 1 a 2 horas;

cada

2

ou

3

dias,

por

O armazenamento de alimentos na forma de silagem é uma
forma de garantir o alimento para os animais na época seca do ano
quando

a

falta

do

pasto.

Silagem

é

um

método

26
de conservação de forragem para alimentação de animais. É possível
alimentar a criação no período da seca, guardando a forragem verde
em locais denominados “silos para que essa forragem sofra um

Silos – onde é armazenado a forrageira, podem ser feitos:
escavados na terra; na superfície do solo, coberto com lona plástica;
em tambores de metal ou plásticos bem fechados e em sacos ou
tubos de plástico.

processo de fermentação.

Fonte: imagem retirada do Google

Fonte: www.boiapasto.com.br

Fonte: Fopama.br/site

Fonte: www.boiapasto.com.br

Ensilagem - é o processo de cortar a forragem, colocá-la no
silo, compactá-la e protegê-la com a vedação do silo.

DIFERENÇA ENTRE SILAGEM, SILOS E ENSILAGEM
Silagem - forragem verde
conservada por meio de um
processo de fermentação anaeróbica,
isto é, na ausência de oxigênio, por
acidificação do material verde
vegetal.

Fonte: imagem retirada do Google

Fonte: imagem retirada do Google

Fonte: www.boiapasto.com.br

27
perda do valor nutritivo das plantas.
AS MELHORES ESPÉCIES DE FORRAGEIRAS PARA
ENSILAGEM
São muitas as gramíneas usadas
para ensilar, sendo o milho, o sorgo, a
cana-de-açúcar são algumas das mais
utilizadas.

Fonte: Fopama.br/site

adaptadas

Raiz e parte aérea da mandioca
Capim-elefante



Capins

tropicais (Mombaça,

Tanzânia,

Marandu

entre

outros).
Como preparar a forrageira para silagem?
Primeiro corte a forragem quando as plantas estiverem
começando a florar. Triture toda a forragem cortada numa máquina
forrageira. Vá enchendo o silo em camadas “pilando” bem para

O milho e o sorgo são culturas
mais




Obs.: Quando se faz a silagem bem feita, praticamente não há

ao

processo

expulsar todo o ar.

de

ensilagem, resultando geralmente em

silagens de boa qualidade sem uso de aditivos ou pré- muchamento.
Fonte: Fopama.br/site

A cana-de-açúcar se destaca por dois aspectos: alta produção
de matéria seca (MS) por hectare e capacidade de manutenção do
potencial energético durante o período seco. Outras opções de
forrageiras são:


Milheto



Girassol

28
É preciso que as camadas sejam bem piladas desde o fundo

uma camada de pelo menos 15 centímetros, devido à exposição com

do silo, para que a fermentação seja bem feita. Feche e cubra o silo

o ar, ou seja, uma vez aberto o silo, a cada dia deve ser retirada uma

com uma lona de plástico. Faça isso com cuidado apertando bem a

fatia de no mínimo 15 cm.

lona para não deixar que o ar entre. Depois que cobrir o silo, vede a

A determinação correta do consumo diário é de fundamental

lona para não deixar entrar ar depois do silo coberto. Essa é uma

importância. No caso de vaca leiteira o consumo é determinado pelo

etapa muito importante do processo, pois não pode entrar ar no silo

potencial produtivo de cada animal individualmente. Para gado de

depois de coberto, ou seja, um silo bem coberto e vedado não

corte confinado, a determinação é feita com base no peso médio do

apodrece a silagem.

lote e estimativa de ganho de peso diário.

Aproximadamente 40 dias após o fechamento do silo, a
silagem poderá ser fornecida aos animais. Se tiver sido bem feita e o

VANTAGENS E DESVANTAGENS DA SILAGEM DO USO
DA SILAGEM

silo não for aberto, a silagem pode conservar-se por mais de 1 ano.
MANEJO DA SILAGEM



Uma vez aberto o silo, deve-se sempre

Vantagens

Produção de 30% a 50% mais de nutrientes em comparação à

produção de grãos.

tomar o cuidado de eliminar possíveis bolores



(fungos), partes com cheiro semelhante ao álcool

Manutenção

do

valor

nutritivo,

quando

ensilado

adequadamente.

(fermentação butírica ) e partes escuras. Após



estes cuidados, deve-se proceder o corte em toda

Liberação de área mais cedo, para uso de safrinha ou

formação de pastagem.

camada de maneira uniforme, na quantidade
necessária. Após a abertura do silo, independente




Fonte: Fopama.br/site

da utilização da silagem, torna-se obrigatório o corte uniforme de

Requer menos espaço de armazenagem, por unidade de

matéria seca, do que a fenação.

29


Alta aceitabilidade.



Processo totalmente mecanizado.



Menor custo das máquinas em relação à fenação



Permite a manutenção de um maior número de animais ou

unidades animais (450 kg) por unidade de terra.



Desvantagens

Estrutura especial de armazenamento – Apesar de poder ser
Fonte: imagem retirada do Google.

armazenada em silos horizontais do tipo superfície, estruturas como
silo trincheira podem favorecer o enchimento, a compactação e o

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

armazenamento.

CARDOSO , E. G. ; SILVA , J. M. da ; Silos, silagem e



Alta umidade, significando grande quantidade de água

transportada e armazenada.


Redução da matéria orgânica e exposição do solo à erosão –

Esse problema pode ser minimizado com a adoção de técnica de

ensilagem.
LOPES DE S.THIAGO , L. R.; VIEIRA , J. M.; Cana-deaçúcar: uma alternativa de alimento para a seca.
SEBRAE; O aproveitamento sustentável da rama da

plantio direto.

Mandioca e da manipueira. Série criação animal: armazenamento de



forragens ensilagem e fenação, Diaconia, março de 2006.

Custo elevado em relação ao custo das pastagens – um dos

fatores que mais influem no custo final da silagem é a produção por
hectare. Por isso, o produtor deve cuidar o melhor possível de suas
áreas de produção de forragem.

Silagem de capim: economia e bons resultados; Embrapa
Gado de Corte, 2007.
SILVA , J. M. da ; Silagem de forrageiras tropicais

30
SOEIRO, P. R. A.; Silagem de cana: alternativa na redução

PARA QUE FAZER O FENO?
O feno é um dos melhores recursos para a alimentação

de custos com volumosos e manejos, 2009.
OLIVEIRA , J. S. E; Pesquisador da Embrapa Gado de Leite.

animal, principalmente para aqueles pecuaristas que desejam ter uma

Manejar corretamente o silo reduz as perdas e preserva o valor

exploração intensiva, de alta produção, tanto de gado leiteiro como

nutritivo da silagem.

de corte. Equinos, ovinos, caprinos e búfalos também apreciam o
feno de boa qualidade.
Dessa forma o feno é utilizado para:

PRODUÇÃO DE FENO

- Fornecer alimento de qualidade na época da seca.

Dayane Louyse Araújo Pontes1, Kayro Késed Albuquerque Puça1

- Evitar quedas da produção animal.

1

- Melhorar o manejo.

Graduanda

do

curso

de

Zootecnia

UFMA/CCAA.

Email:

dane_louyse@hotmail.com,

kayropuca@hotmail.com

O QUE É FENO?
- É uma forragem conservada mediante uma forte
desidratação.
- Retirando-se a água da forragem, ela pode ser armazenada
por muito tempo sem estragar, e mantém todo o seu valor nutritivo.

Fonte: Gerson Sobreira

ESCOLHA DA FORRAGEM
Cultivar gramíneas com elevada produtividade e qualidade,
presença de colmos finos e alta proporção de folhas, possibilitando
uma secagem mais uniforme e consequentemente a produção de um

Fonte: Feno sul

31
feno de qualidade. É importante também que a espécie escolhida seja

As experiências têm demonstrado que as ramas de mandioca

tolerante a cortes, bem como apresente estrutura que facilite o uso de

podem ser incluídas na formulação de rações para animais

instrumentos mecânicos ou manuais para o corte. São espécies

domésticos, especialmente ruminantes (bovinos, caprinos e ovinos),

indicadas de garmineas: Tifton, “coast-cross” e Gramão.

em substituição parcial ou total dos cereais (milho, trigo e cevada),
graças ao seu valor nutritivo.
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS: (FENAÇÃO MECÂNICA)
- Ceifadeira
- Condicionador – secador

Tifton

Coast cross

Gramão

- Ancinho enleirador
- Enfardadeira de fardos retangulares
- Enfardadeira de fardos redondos

Outra forrageira utilizada para a produção de feno é a
mandioca, utilizando a parte aérea da planta.

Fonte: Feno da parte aéra da mandioca,
FOPAMA

- Plastificador de fardos
Ceifadeira: Utilizada para o corte da forragem no campo.

Fonte: Wilma Wanda de Souza Emeri

Fonte: imagens retiradas do Google.

32
Condicionador-secador: Utilizada para a secagem da
forragem, após o corte.

Fonte: imagem retirada do Google.
Fonte: imagens retiradas do Google.

Ancinho enleirador:Utilizado para virar a forragem, evitando
que haja umidade nas mesmas.

Enfardadeira de fardos redondos: Utilizado para a formação
de fenos redondos.

Fonte: imagem retirada do Google.

Enfardadeira de fardos retangulares: Utilizado para a

Fonte: imagens retiradas do Google.

formação de fenos retangulares.
Plastificador de fardos: Utilizado para plastificar o feno.

33
Fonte: imagens retiradas do Google.

Fonte: imagens retiradas do Google.

- Garfos: Utilizado para fazer o revolvimento da forragem.

EQUIPAMENTOS UTILIZADOS (FENAGEM MANUAL)
O corte manual pode ser feito empregando-se:
- Foice
- Roçadoral lateral
Fonte: imagens retiradas do Google.

- Garfos
- Enfardadora Manual
- Foice: Realiza o corte da forragem.

- Enfardadeira Manual: Faz fardos de 10 e 15kg, medindo 40cm de
altura, 45cm de largura por 65cm de comprimento, com excelente
compactação e uma produção média de até 100 fardos por dia.

Fonte: imagens retiradas do Google.

- Roçadora Lateral: Realiza o corte da forragem.
Fonte: imagens retiradas do Google.

34
ÉPOCA DE VEDAÇÃO

dependendo da região, da época do ano e da espécie da forrageira,

- Vedação única: Toda a área é vedada no final de janeiro e

apresentando umidade final em torno de 12%.

utilizada durante todo o período seco.
- Vedação escalonada:
Os períodos de vedação são menores ou realizados em épocas
de menor crescimento da planta. Permite controlar melhor a

SECAGEM OU DESIDRATAÇÃO
•

Para preparar um feno de qualidadee verde, deve-se proceder

da seguinte maneira:
•

Cotar pela manhã, bem cedo.

•

Realizar o acondicionamento.

CORTE DA FORRAGEM

•

Deixar espalhada por algumas horas.

- O corte da forragem ocorre geralmente quando a gramínea

•

Realizar o enleiramento da forragem.

atinge a altura de 50cm , o que corresponde a 21 a 28 dias de rebrota,

•

Caso o tempo esteja propício à fenação, o feno pode ser daí

no verão chuvoso, e 42 a 56 dias de rebrota, no inverno seco.

enfardado.

qualidade do feno.

- A altura do corte deve ficar entre 5 e 10 cm de distância do
solo.

Durante a secagem as perdas podem ser atribuídas ao
dilaceramento de parte das folhas e hastes no momento do corte e
nas viragens, diminuindo a eficiência do seu recolhimento para
enfardamento ou ensacamento.
PONTO DE FENO
O feno está no ponto ideal quando:

Fonte: imagem retirada do Google.

Em dias quentes e secos, com ocorrência de ventos, o feno

- Ao apertar os entrenós do caule não há umidade, ou seja,
não sai água.

pode ser produzido num período de 12 a 36 horas após o corte,
35
- Ao torcer uma porção de forragem, a mesma se desfaz
lentamente e não há eliminação de água.

Qualidade do Feno
Requerimentos para Certas Classes de Feno (USDA, 71)

Fonte: MF Rural, www.mfrural.com.br

ENFARDAMENTO DO FENO NO CAMPO
O enfardamento nas próprias leiras evita boa parte da perda

Classes de Fenos de Leguminosas e Conteúdo em Nutrientes
(USDA, 71)

das folhas. Os fenos de leguminosas, excessivamente secos, antes do
enfardamento perdem considerável quantidade de folhas.
O feno deve estar um pouco mais seco que o comum. É
preferível que sua umidade esteja entre 20 e 22%.
ARMAZENAMENTO DO FENO
Outras perdas na qualidade do feno ocorrem quando o feno,
após secagem, é armazenado. Uma série de trabalhos indica que
perdas na matéria seca aumentam com a temperatura de
armazenagem e com o conteúdo de umidade do feno.
Fonte: Luana Dourado

Fonte: Central de produção, Frigorifico
cordeiro Brasileiro

36
- Modo correto: Suspenso do chão, dessa forma evita a
umidade e perda na qualidade.
FENO DE LEGUMINOSAS
Alfafa

Fonte: imagem retirada do Google.
Fonte: Dayane Pontes, Fazenda Taça,
Aramazenagem

O Feno de ALFAFA se destaca pela alta qualidade,
padronização e longevidade para estocagem. É um feno de cor

- Modo errado: Devido ao contato com o chão aumenta a
umidade do feno, ocasionando proliferação de fungos e perdas na
qualidade.

verde, que mantém suas propriedades por um longo período devido à
secagem ser induzida e controlada no menor tempo possível para
enfardamento abaixo de 12% de umidade.
USO DO FENO
Um bom feno deve apresentar cor esverdeada, semelhante ao
da planta que o originou, odor agradável, ausência de bolores e
elevada relação folha:caule. Estas características conferem boa
aceitação por caprinos, ovinos, eqüinos e bovinos.

Fonte: Francisco Lédo

37
A quantidade a ser oferecida dependerá do plano nutricional
de cada propriedade.
•

http://www.nordesterural.com.br/nordesterural/matler.asp?newsId=5
17. Acessado em: 07/10/2011.

Usar picado?

EUCLIDES, V. P. B.; DE QUEIROZ, H. P. Manejo de

Sim, porém, nunca transformado em pó, pois prejudica a
absorção de nutrientes.

pastagens para

produção de feno-em-pé. Disponível em:

http://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/divulga/GCD39.html.
Acessado em: 07/10/2011.

VANTAGENS DO FENO
Alimento alternativo nos períodos secos, evitando grandes
perdas na produção animal.

SAVASTANO, S.O que é importante saber sobre fenação,
savastano@cati.sp.gov.br.
VILELA,

Valorização dos animais nos periodos mais críticos.

H.

Feno

e

fenação.

Disponivel

em:

http://www.agronomia.com.br/conteudo/artigos/artigos_feno_fenaca

Banco de proteina.

o.htm. Acessado em: 07/10/2011.

Boa relação custo-beneficio.
Exploração de sitema intensivo de produção animal.

USO DA URÉIA NA ALIMENTAÇÃO
DE RUMINANTES

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CANDIDO, M.J.D. Reserva de forragem para seca: produção
e utilização de feno – CÂNDIDO, M.J.D.; CUTRIM JUNIOR,

Jefferson Ribeiro Bandeira1, Vanessa Matias Chagas1
1

Graduanda do curso de Zootecnia UFMA/CCAA. Email: jeffersonribeiro@zootecnista.com.br,

J.A.A.; SILVA, R.G.; AQUINO, R.M.S.. Fortaleza: Imprensa

vmcvaness@gmail.com

Universitária, 2008. 64p.
CAVALCANTE, A. C. Feno de Gramíneas: Processo de
Produção

Passo

a

Passo.

Disponível

em:

URÉIA


Pontos Positivos

38
-

Tecnologia simples e acessível a qualquer produtor;

-

-

Fonte de nitrogênio não-protéico de baixo custo;

do rúmen consigam sintetizar aminoácidos sulfurados (cistina,

-

Baixo custo de implantação;

cisteina e metionina).

-

Redução das perdas de peso dos animais no período seco;

-

Mantém e/ou estimula a produção de leite.


SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO COM URÉIA


Pontos negativos

-

Sal Mineral + Uréia

Baixa aceitação pelos animais;

-

Deve-se adicionar enxofre (S) à uréia para que as bactérias

Alta toxicidade.
-

Mistura deve ser bem homogeneizada;

-

Cochos em lugares estratégicos;

-

Cochos cobertos;

-

Não deixar faltar, caso contrário, readaptar novamente;

-

METABOLISMO DA URÉIA

Não fornecer para animais em jejum, famintos, cansados ou

depauperados.

-

É indispensável uma boa disponibilidade de forragem para

garantir um bom desempenho em animais que usam uréia.

39


Mistura Múltipla ou Sal Proteinado

2º Colheita da Cana

proteína verdadeira, energia e sal comum.

-

Em dois em dois dias;

-

Utilizar caule e folhas;

-

Consiste numa mistura contendo: uréia, minerais, fontes de

Picar a cana somente na hora.

3º Dosagem de uréia e fornecimento da mistura cana + uréia
Primeira semana:

-

Não requer adaptação;

-

Cochos no mesmo esquema apresentado anteriormente;

-

Não usar sal mineral, os minerais já estão presentes na

mistura;
-

Segunda semana:

Não fornecer para animais em jejum ou doentes.


Cana de açúcar + Uréia

Passo a passo:
1º Preparo da Mistura de Enxofre e Uréia

Como fazer:

40
-

Após colheita, não estocar a cana por mais de dois dias;

-

Misturar uniformemente a uréia + sulfato de amônia à cana

picada, para evitar riscos de intoxicação;
-

cana + uréia.

Limpar os cochos todos os dias eliminando as sobras;

-

As recomendações de uso são as mesmas para bagaço de

Depois da adaptação, oferecer cana + uréia à vontade;

-

-

Adaptar os animais como recomendado anteriormente;

-

Capim picado + uréia

Água e sal mineral à vontade.

Bagaço de cana + uréia

Silagem + uréia

-

Qualidade inferior à cana inteira;

-

-

A quantidade de uréia utilizada é a metade da uréia utilizada

Pode ser utilizada no momento da ensilagem (mais

recomendado) ou momento que for fornecido aos animais;

com a cana inteira, devido o bagaço apresentar um menor teor de

-

Recomenda-se silagem de milho e sorgo;

açúcar.

-

Uréia adicionada no processo de ensilagem (enchimento do

silo)
-

Retarda a fermentação secundária que ocorre após a abertura

do silo, prolongando o tempo de utilização pelos animais;
-

Adicionar 0,5% de uréia (Ex: Pra cada tonelada de silagem,

acrescentar 5kg de uréia);
-

Uniformizar bem;

-

Não precisa de período de adaptação.

41
-



Uréia adicionada à silagem no momento de fornecimento aos

Volumosos Secos (70-90% MS)

animais
-

Requer período de adaptação;

-

Adicionar a uréia diluída em água à silagem conforme a

tabela 5.

Melaço + Uréia

Volumosos Grosseiro + Uréia
-

Subprodutos da agricultura (palha de arroz, trigo, milho e

fenos de baixa qualidade);


Volumosos úmidos (mais de 30% de umidade)

-

O volumoso deve ser totalmente picado;

-

Concentrado + Uréia
-

Redução do custo da ração;

-

Não ultrapassar 2% da ração;

Dissolver 0,5 kg de mistura uréia + fonte de enxofre em 4 L

d’água. Solução para 100kg de volumoso.

42
-

Cada 1% de uréia no concentrado eleva o seu teor de PB em

2,8%, conforme tabela abaixo:

-

Nunca utilizar uréia na água de beber dos animais;

-

É importante o acompanhamento técnico para escolha e

adequação de um método que se adeque a propriedade.
SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO
-

Agitação

-

Salivação em excesso

-

Falta de coordenação

-

Tremores musculares

Outras alternativas regionais de utilização da uréia

-

Micção e defecção frequentes

Em períodos de estiagem prolongada, particularmente no

-

Respiração ofegante

Nordeste, onde a disponibilidade de volumoso é reduzida, existem

-

Timpanismo

-

Recomenda-se acompanhamento técnico.

várias alternativas para alimentação dos animais, como: palma

No caso de intoxicação, utilizar como antídoto duas garrafas

forrageira, sisal, rama de mandioca, macambira, gravatá, coroa de

de vinagre por animal, logo aos primeiros sinais, da seguinte

abacaxi, entre outras. Dependerá da região.

maneira:
-

CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DA URÉIA
-

Adaptar os animais;

-

Não ultrapassar as quantidades recomendadas;

-

Mistura homogênea;

-

Cochos cobertos e com furos para dreno d’água;

Coloque o bico da garrafa no canto da boca do animal e

deixe o vinagre descer goela abaixo;
-

Movimente o animal quando estiver dando vinagre;

-

Não puxe a língua do animal para dar o vinagre; com isso, se

evita que o vinagre vá para o pulmão do animal e o asfixie.

43
Obs.: Deve-se recorrer ao veterinário da fazenda, caso
necessário.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Se for adequadamente utilizada, conforme as recomendações
técnicas mencionadas, a uréia não causa intoxicação. Essa só
ocorrerá em caso de ingestão em períodos curtos ou em quantidades
acima das recomendadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GONÇALVES, C. C. M.; TEIXEIRA, J. C.; SALVADOR, F.
M. Uréia na alimentação de ruminantes.
VILELA, H.; SILVESTRE, J.R.A. Uréia: informe técnico.
Brasília: EMBRATER, 1985. 57 p.

44
ANEXOS

Início do Setor – Capim-Marandu, período chuvoso de 2009

Experimento Capim-Xaraés, período chuvoso 2011

Corte de experimento

Avaliação da adaptação de gramíneas forrageiras na Região

45
Experimento com Capim-Andropogon, período chuvoso 2011

Pastagem de Capim-Xaraés, período chuvoso de 2011

Corte de experimento “Avaliação da adaptação de gramíneas forrageiras”

Uniformização da pastagem de Capim-Xaraés

46
SETOR DE FORRAGICULTURA

SETOR DE FORRAGICULTURA

SETOR DE FORRAGICULTURA

PASTAGEM PERIODO CHUVOSO

47
PASTAGEM PERIODO CHUVOSO

PASTAGEM PERIODO SECO

PASTAGEM PERIODO SECO

PASTAGEM PERIODO SECO

48
Organização:
Profa. Dra. Rosane Cláudia Rodrigues
Docentes :
Profa. Dra. Ana Paula Ribeiro de Jesus
Prof. Dr. Henrique Nunes Parente
Prof. MSc. Ivo Guilherme A. Ribeiro
Prof. Dr. José A. A. Cutrim Junior (IFMA)
Profa. Dra. Michelle de O. Maia Parente
Técnicos:
Geziel Sousa Silva
Mabson de Jesus Gomes dos Santos
Jaílson da Silva Costa
Discentes:
Antonio José Temistocles
Antonio Lima da Silva Júnior
Anália
Carlos Magno Lima Galvão
Clesio dos Santos Costa

Erika Silva Figueiredo
Francisco Naysson de Sousa Santos
Fancivaldo Oliveira Costa
Héllyda Gomes Pereira
Ivone Rodrigues da Silva
Janayra Cardoso Silva
Jefferson Ribeiro
Laíse Viana Santas
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Manejo de pastagens: técnicas para aumentar produtividade

  • 1. Realização: FOPAMA - Forragicultura e Pastagens Maranhão Site: www.fopama.ufma.br/site e-mail: fopama@ufma.br
  • 2. V DIA DE CAMPO FOPAMA V DIA DE CAMPO DO GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA FORRAGICULTURA E PASTAGENS NO MARANHÃO ANAIS DO EVENTO Realização FOPAMA- Forragicultura e Pastagens no Maranhão Centro de Ciências Agrárias e Ambientais – CCAA/UFMA Curso de Zootecnia Chapadinha – MA – Brasil 2011
  • 3. V DIA DE CAMPO FOPAMA V DIA DE CAMPO DO GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA FORRAGICULTURA E PASTAGENS NO MARANHÃO ANAIS DO EVENTO Editores Rosane Cláudia Rodrigues Ana Paula Ribeiro de Jesus Henrique Nunes Parente Ivo Guilherme Ribeiro Araújo Michelle de Oliveira Maia Parente Mabson de Jesus Gomes dos Santos Jaílson da Silva Costa Chapadinha – MA – Brasil
  • 4. © 2011 by Rosane Cláudia Rodrigues, Ana Paula Ribeiro de Jesus, Henrique Nunes Parente, Ivo Guilherme Ribeiro Araújo, Michelle de Oliveira Maia Parente, Mabson de Jesus Gomes dos Santos, Jaílson da Silva Costa Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida sem a autorização escrita e prévia dos detentores do Copyright. Impresso no Brasil Ficha catalográfica preparada pela Seção de Catalogação e Classificação da Biblioteca Central da Universidade Federal do Maranhão Encontro do Dia de Campo do FOPAMA (5.: 2011: Chapadinha, MA) Forragicultura: Tecnologia de produção anais do 5º dia de Campo do Grupo de Estudo e Pesquisa Forragicultura e Pastagens no Maranhão /editores, Rosane Cláudia Rodrigues... [et al]. Chapadinha: Editora: SEBRAE, 2011. 49p. ISSN 2178-9673 1. Ruminantes - Alimentação. 2. Pastagens. 3. Forragicultura. 4. Caprinos e Ovinos. I. Rodrigues, Cláudia Rodrigues. II. Jesus, Ana Paula Ribeiro de. III. Parente, Henrique Nunes, IV. Araújo, Ivo Guilherme Ribeiro, V. Parente, Michelle de Oliveira Maia, VI. Santos, Mabson de Jesus Gomes. V. Jaílson da Silva Costa VI Título. CDU 636.2.085. Capa: Digitação e Montagem: Rosane Cláudia Rodrigues Diagramação: Rosane Cláudia Rodrigues Contato: Rosane Cláudia Rodrigues Tel. (98) 3471 1201 E-mail: rosanerodrig@gmail.com, www.fopama.ufma.br/site
  • 5. APRESENTAÇÃO O Grupo de pesquisa, Forragicultura e Pastagens no Maranhão (FOPAMA), que foi criado no final de 2008 tem como metas fortalecer e difundir a Forragicultura no Estado do Maranhão. Desde a sua criação, o Grupo já realizou 4 “Dias de Campo” e diversos minicursos relacionados à produção de ruminantes à pasto. O Grupo conta com um Setor de Forragicultura do qual já resultaram em 29 resumos expandidos publicados nos principais eventos do País como SBZ, Zootec, SIMBRAS e SINCORTE, beneficiando em média 174 alunos com publicações. Foram orientados em média 6 alunos com bolsa de iniciação e 5 alunos com bolsa de extensão pelos professores do Grupo, além de 7 trabalhos de conclusão de curso. Nossa meta é contribuir cada vez mais com a formação dos nossos alunos e contribuir com o desenvolvimento da Região do Baixo Parnaíba Maranhense. .
  • 6. SUMÁRIO APRESENTAÇÂO ............................................................................................................................................................................................................................................... 5 MANEJO DE PASTAGENS ................................................................................................................................................................................................................................ 7 Susan Emanuelly Pinheiro Amorim, Itamara Gomes de França MANEJO DE CAPINEIRAS ............................................................................................................................................................................................................................. 15 Ricardo Alves de Araujo, Rose Cristina Bizerra Torres, Katyane de Araujo Rodrigues MANEJO DE PASTAGENS NO CONTROLE DE VERMINOSES ................................................................................................................................................................ 20 Antonio Lima da Silva Junior BANCO DE PROTEÍNA ................................................................................................................................................................................................................................... 23 Héllyda Gomes Pereira, Maria da Conceição Linhares da Conceição PRODUÇÃO DE SILAGEM ............................................................................................................................................................................................................................. 26 Janayra Cardoso Silva, Raíza Flamilsa Mourão Reinaldo PRODUÇÃO DE FENO ..................................................................................................................................................................................................................................... 31 Dayane Louyse Araújo Pontes, Kayro Késed Albuquerque Puça USO DA URÉIA NA ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES .......................................................................................................................................................................... 39 Jefferson Ribeiro Bandeira, Vanessa Matias Chagas ANEXOS .................................................................................................................................................................................................................................... 45
  • 7. pastagens, elevando sua produtividade, valor nutritivo e assegurando MANEJO DE PASTAGENS sua persistência. Susan Emanuelly Pinheiro Amorim1, Itamara Gomes de França1 1 Graduanda do curso de Zootecnia UFMA/CCAA. Email: emanuelly_p.amorim@yahoo.com.br, htatamara@hotmail.com ANÁLISE DO SOLO A avaliação da fertilidade do solo é realizada através de análises químicas de amostras de terra, com a finalidade de se INTRODUÇÃO determinar os níveis e ou as concentrações dos diferentes nutrientes. Um dos fatores que limitam a produtividade animal a pasto é As amostras de terra devem representar o melhor possível a o manejo realizado de maneira incorreta em grande parte das área em estudo. Recomenda-se a retirada de 15 sub-amostras, de 0- propriedades rurais. O que acaba resultando na degradação das 20 ou 20-40 cm de profundidade. Evitando áreas atípicas, com pastagens e, consequentemente, na diminuição da margem de lucro formigueiros, cupinzeiros, árvores etc. do produtor. A queda de produtividade das pastagens está relacionada, além do manejo inadequado, principalmente, com a redução da fertilidade do solo ao longo dos anos. De modo geral, os solos apresentam sérias limitações de fertilidade e altos teores de alumínio e de manganês, prejudiciais ao bom desenvolvimento das plantas forrageiras. A correção da fertilidade do solo, juntamente com o Pontos de coleta de sub-amostras no terreno. Retirada de sub-amostras de 0-20 cm de profundidade. atendimento das necessidades de nitrogênio, fósforo, potássio e enxofre são práticas indispensáveis na formação e manutenção das 7
  • 8. As sub-amostras devem ser homogeneizadas em um balde e, só então, retira-se a amostra de 200 a 300g que deverá ser enviada ao laboratório devidamente identificada. ADUBAÇÃO NITROGENADA O nitrogênio é um dos nutrientes que mais contribui para a produtividade dos pastos, portanto está intimamente relacionado com o crescimento vegetal e o perfilhamento. CALAGEM A prática de calagem fornece Ca e Mg como nutrientes, eleva o pH do solo e, como conseqüência, aumenta a disponibilidade de P e de Mo e reduz o Al, o Mn e o Fe. Capim-Xaraés sem adubação nitrogenada Capim-Xaraés com adubação nitrogenada A recomendação de doses de nitrogênio para áreas com capins tem variado de 50 a 300 kg/ha/ano de N. Sua aplicação é É importante lembrar que o uso indiscriminado de calcário, em doses e do tipo errado, pode resultar em problemas muito sérios e indicada no período das águas e com parcelamento das doses, em função das perdas por lixiviação. afetar negativamente a pastagem. ADUBAÇÃO FOSFATADA GESSAGEM O gesso agrícola é um sulfato de cálcio e, portanto, não corrige a acidez do solo, apenas fornece Ca e S ao solo. O fósforo é indispensável às gramíneas e leguminosas, aplica-se aLanço (manual ou através de distribuidora de calcário) no plantio para favorecer o desenvolvimento das raízes. 8
  • 9. Em pastagens já formadas, faz-se rebaixamento das forrageiras através de pastejo intenso, posteriormente, distribui o adubo fosfatado a lanço. QUALIDADE DA SEMENTE É muito frequente o uso de sementes de má qualidade, principalmente no que se refere à pureza e germinação. Gerando o risco de não se semear a quantidade ideal de sementes viáveis por ADUBAÇÃO POTÁSSICA Juntamente com o nitrogênio e o fósforo, o potássio é um unidade de área. Para superar este problema, o produtor deve procurar firmas idôneas que comercializam sementes fiscalizadas. nutriente altamente exigido pelas plantas. Quando o nível de potássio no solo for baixo, faz-se adubação na época de plantio das forrageiras. Havendo nível médio de potássio no solo, a melhor época de adubação seria no estágio de desenvolvimento e produção de plantas forrageiras (período chuvoso) de preferência junto com o nitrogênio. UTILIZAÇÃO RACIONAL A utilização de pastagens como recurso forrageiro para ESCOLHA DA ESPÉCIE Para que uma pastagem possa ser persistente e produtiva, é necessário que a espécie utilizada seja bem adaptada às condições de clima e solo do local. alimentação de ruminantes vem crescendo em importância na pecuária nacional por proporcionar um alimento de boa qualidade a baixos custos. Para tornar a atividade realmente competitiva é necessário utilizar a pastagem de forma adequada, explorando seu ponto positivo de maior destaque, a perenidade. 9
  • 10. MANEJO DE FORMAÇÃO RESÍDUO O manejo de formação de uma pastagem resume-se na Refere-se à massa de forragem presente no campo, durante o utilização menos intensiva da mesma na sua fase inicial, pastejo, se em método contínuo, ou após o pastejo, se em método possibilitando desta forma, uma boa formação. rotacionado. Uma alternativa de manejo viável para melhorar o vigor da DESFOLHA A desfolhação é a variável de maior influencia na resposta da planta ao pastejo. O padrão de desfolhação é definido pela rebrotação do pasto, em condições desfavoráveis, seria a variação da severidade de desfolhação durante as estações do ano. intensidade (quantidade de material removido) e frequência (número de vezes que a planta é desfolhada) em um dado período de tempo de desfolhação. Devemos ter em mente que a visualização do animal sempre em primeiro plano não garantirá o sucesso da produção. Um dos principais objetivos deverá ser proporcionar às plantas forrageiras um ambiente adequado para seu desenvolvimento, através da percepção de seus limites ecofisiológicos, só assim teremos a sustentabilidade do sistema. Onde no período de menor produção (período da seca), o mais indicado seria deixar maiores alturas de resíduo no pasto. PERÍODO DE DESCANSO Resultados recentes de pesquisas afirmam que, o estabelecimento de períodos fixos de descanso para pastos, não respeita o ritmo de crescimento da planta em seus ciclos, 10
  • 11. principalmente quando consideramos as variações nas condições DEGRADAÇÃO DE PASTAGENS Processo evolutivo de perda de vigor, de produtividade, de ambientais. Entre as novas estratégias de otimização de produção o manejo pela interceptação luminosa vem ganhando destaque, uma vez que a planta forrageira é colhida no ponto de sua maior produtividade e teor nutricional. Este ponto é quando a planta atinge capacidade de recuperação natural das pastagens para sustentar os níveis de produção e qualidade exigida pelos animais. PRINCIPAIS CAUSAS  Forrageiras não adaptadas 95% de interceptação (5 % de luz passa pelo dossel), tendo forte  Ausência de cobertura vegetal do solo relação com a altura de entrada de pastejo, variando conforme a  Falta de deposição de nutrientes espécie cultivada.  Divisões mal planejadas  Pressão de pastejo inadequada Quando falamos de produção de forragem, quantidade não é  Falta de controle das plantas invasoras sinônimo de qualidade. Deixar o pasto sem utilização para aumento  Pragas de altura da planta forrageira refletirá, principalmente, em aumento  Uso abusivo de fogo de colmo e material fibroso. Reduzindo assim, o acesso dos  Estiagens prolongadas IDADE DO PASTO X PERDAS DE FORRAGEM microrganismos do rúmen aos nutrientes do conteúdo celular. 11
  • 12. CONSEQUÊNCIAS DA DEGRADAÇÃO DE PASTAGENS  Modificação da composição da pastagem  Queda na capacidade de suporte  Queda da produção de carne e leite  Queda da renda da propriedade  Compactação  Erosão  Inviabilização ALTERNATIVAS PARA ESTACIONALIDADE: - Silagem; - Feno; - Banco de Proteína; - Amonização de volumosos. DIFERIMENTO DA PASTAGEM Veda determinada área de pastagem no terço final do verão para ser usada durante época seca. ESTACIONALIDADE DE PRODUÇÃO FORRAGEIRA A estacionalidade de produção forrageira é um fenômeno marcante no cenário da pecuária de corte nacional. Fato este, devido PASTO à variações nas condições edafoclimáticas ao longo do ano, DIFERIDO causando oscilações na oferta quantitativa e qualitativa de forragem. 12
  • 13. CREEP GRAZING O creep-grazing é definido como uma forma de suplementar a alimentação dos bezerros, ainda em aleitamento, por meio de dispositivos que permitem o acesso exclusivo das crias a áreas contendo forragens de melhor qualidade, em relação àquelas onde SISTEMAS DE PASTEJO SISTEMA DE PASTEJO CONTÍNUO Os animais são mantidos por um longo período de tempo pastejando na mesma área. A carga de animais por área poderá ser fixa ou variável. suas mães são mantidas. SISTEMA DE PASTEJO ROTACIONADO: VANTAGENS  Promover melhor desempenho dos animais  Jovens, idade de abate precoce,  Carcaças com pesos adequados,  Mudança dos animais de um piquete para outro de forma Boa conformação e cobertura de gordura e carne de sucessiva, voltando ao primeiro após completar o ciclo do pastejo. qualidade 13
  • 14. CONSIDERAÇÕES FINAIS Para otimizar a produção animal a pasto é necessário a realização de um manejo adequado da pastagem, visando um bom desempenho animal, mas, respeitando os limites ecofisiológicos da planta forrageira. O uso de corretivos e fertilizantes em pastagens eleva a capacidade de suporte e desacelera seu processo de degradação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GOMIDE, J.A.; GOMIDE, C.A.M. Utilização e manejo de TAXA DE LOTAÇÃO Taxa de lotação é o número de cabeças por área ou UA/ha em um determinado período. Existem três condições: pastagens. In: MATTOS, W.R.S. et al. (Eds.) A PRODUÇÃO ANIMAL NA VISÃO DOS BRASILEIROS. FEALQ, Piracicaba, p.808-825, 2001. NABINGER, C. Eficiência do uso de pastagens: - Superpastejo: excesso de animais em relação à disponibilidade de disponibilidade e perdas de forragem. In: SIMPÓSIO SOBRE forragem; MANEJO DA PASTAGEM, 14., Piracicaba, 1997. Anais... - Subpastejo: poucos animais em relação à disponibilidade de Piracicaba: FEALQ, 1997, p. 213-251. forragem; - Pastejo ótimo: quando há equilíbrio entre produção de forragem e quantidade de animais na área. 14
  • 15. MANEJO DE CAPINEIRAS 1 1 Ricardo Alves de Araujo , Rose Cristina Bizerra Torres , Katyane de Araujo CAPINEIRA? Rodrigues Área cultivada com uma gramínea de alta produção, 1 Graduandos do curso de Zootecnia UFMA/CCAA utilizada sob cortes, podendo a gramínea ser fornecida verde picada no cocho imediatamente, ou então ser fenada ou INTRODUÇÃO O manejo correto de uma capineira é importante, pois possibilitará maior produção de forragem por área ensilada para utilização posterior, em épocas críticas. e, consequentemente, maior produção, além de favorecer sua utilização por longo tempo. É preciso, no entanto, relacionar a área disponível de capineira na propriedade com o número de animais a serem tratados, tendo-se o cuidado de manejar corretamente durante todo o Foto: Embrapa Amazônia ano. Foto: Embrapa Amazônia FORMAÇÃO DA CAPINEIRA Principais características que uma gramínea deve ter para ser utilizada como capineira:  Foto:Pimenta,Alves.2011 Foto:Pimenta,Alves.2011 Bom valor nutritivo;  Alta produção;  Boa resposta a adubação e irrigação; Boa 15
  • 16. Capineira de cana-de-açúcar Capineira de cana-de-açúcar aceitabilidade; Facilidade de propagação;  Tolerância ao corte intenso;  Resistência a pragas e doenças;  Alto vigor de rebrotação Preparação do solo  Adubação da área Foto: Site Alagoas em tempo real Foto: Embrapa Amazônia PLANTIO DA GRAMÍNEA Escolha do local: Proximidade do curral ou estábulo; Foto: Cândido, Duarte. 2010 Foto: Cândido, Duarte. 2010 Gramíneas comumente utilizadas como capineira: Capim-elefante (Pennisetum purpureum); Capim-guatemala (Tripsacum facciculatum) Capim-imperial ou venezuela (Axonopus scoparius) Cana-de-açúcar (Saccharum officinarum) Nordeste: também capim-canarana, (Echinochloa) Topografia que facilite a colheita; Terreno de boa fertilidade, com boa drenagem e não sujeito a geadas; Nordeste: proximidade com fonte d’água para irrigação Implantação da capineira As mudas devem ser retiradas de plantas com 3 a 12 meses de idade. Deve-se aparar as plantas se retirar as folhas para que ocorra uma melhor brotação. A quantidade de mudas necessárias para o plantio varia de acordo 16
  • 17. com o espaçamento. As mudas devem ser colocadas horizontalmente Intervalo entre cortes; em sulcos com 10 a 15 cm de profundidade. Altura de corte; Em média, um hectare fornece mudas para o plantio de 10 há de capineira. Fórmulas e doses de adubação; Conveniência de irrigação na seca; Conservação sob a forma de silagem ou de feno. INTERVALO ENTRE CORTES A frequência entre cortes afeta a produção de forragem, valor nutritivo, potencial de rebrota e persistência (vida útil da capineira). Os cortes devem ser realizados a intervalos de 45 a 60 dias, ou quando as plantas atingirem de 1,5 a 1,8m de altura. O primeiro corte após o plantio deve ser realizado quando as plantas estiverem bem Foto: Cândido, Duarte. 2010 Foto: Cândido, Duarte. 2010 entouceiradas, o que ocorre cerca de 90 dias após o plantio. MANEJO DAS CAPINEIRAS A capineira deve ser manejada visando: Foto: Cândido, Duarte. 2010 A obtenção de altos rendimentos de forragem com satisfatório valor nutritivo Uma melhor distribuição da produção forrageira durante o ano (conservação) Deve-se observar para um bom manejo e aproveitamento da capineira: A altura de corte em relação ao solo depende do nível de fertilidade e umidade do solo. Quando as condições para as brotações basilares forem satisfatórias (solo bem adubado ou de alta 17
  • 18. fertilidade natural), o corte pode ser feito rente ao solo; caso propriedade. contrário, deve ser efetuado entre 20 a 30 cm acima do solo. Os Esterco de bovinos melhores resultados são obtidos com cortes feitos com facão, foice Curtimento do esterco ou enxada. Cortes mecanizados podem prejudicar a longevidade da capineira. Altura de corte Foto: Araújo, Alves..2009 Foto: Cândido, Duarte. 2010 ADUBAÇÃO QUÍMICA É essencial, ainda, a aplicação de adubação de manutenção. Essa operação deverá ser feita em função da Foto: Cândido, Duarte. 2010 Foto: Cândido, Duarte. 2010 produção de forragem que foi removida da área e da fertilidade do solo. MANEJO DAS CAPINEIRAS ADUBAÇÃO ORGÂNICA Todo o esterco de curral deve ser transportado para a capineira e distribuído uniformemente sobre a área do capim MANEJO TRADICIONAL Toda a forragem produzida durante período de crescimento fica acumulada no campo, para uso na seca. recém-cortado, independente da época do ano. A quantidade de esterco a ser aplicado depende de sua disponibilidade na 18
  • 19. MANEJO RACIONAL da forrageira, ou seja, no inverno. Na época das águas a forragem produzida é cortada, podendo ser fornecida no cocho ou ensilada. Desta forma, temse o estímulo da brotação e produção de forragem de melhor qualidade para uso no início do período seco. E no decorrer do período seco pode-se usar a silagem produzida. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALCANTARA, P.B., ALCANTARA, V.B.G., ALMEIDA, J.E. Estudo de vinte e cinco prováveis variedades de capim-elefante (Pennisetum purpureum shum.).Boletim da Indústria Animal, Nova Odessa, v.37, n.2, 1980, p.279–302. IMPORTÂNCIA DO ESTÁDIO DE DESENVOLVIMENTO DO CAPIM Capim novo: corte na idade de 50 a 60 dias de crescimento, aproximadamente com 1,8m de altura.Consumo esperado: 45kg/dia para uma vaca em lactação. O capim elefante novo fornecerá 74% da exigência em proteína e 100% do NDT para a produção de 8,0L/dia. GOMIDE, J.A. Formação e utilização de capineira de capimelefante. In:CARVALHO, M.M., ALVIN, M.J., XAVIER, D.F., et al. (Eds). Capim elefante :produção e utilização. 2º ed. Coronel Pacheco: Embrapa–Gado de Leite, 1997, p.81–115. GOMIDE, J.A. Adubação de pastagens. In: PEIXOTO, A.M., MOURA, J.C., FURLAN, R.S., FARIA V.P. (Eds) Simpósio Capim velho: corte na idade de 140 a 170 dias de crescimento, aproximadamente com 3,0m de altura. Consumo esperado: 25 a 30kg/dia para uma vaca em lactação. O capim velho fornecerá 17% da proteína requerida e 45% do NDT. sobre o manejo da pastagem, 3, Piracicaba, 1976. Anais... Piracicaba: FEALQ, 1976, p.5-44. WERNER, J.C., LIMA, F.P., MARTINELLI, D., CINTRA, Observações: B. Estudos de três diferentes alturas de cortes em capim-elefante Em caso de sobra de capim em um talhão, este deve ser cortado napier. Boletim da Indústria animal, v.23, p.161-168, 1966. e fornecido para as categorias animais mais exigentes. A capineira poderá ser utilizada para ensilagem caso haja RESENDE, J.C. Leite no elefante compensa. Boletim do Leite, São Paulo, v.6, n.69, p.25-26, 1992. a previsão de sobra de capim no período de maior crescimento 19
  • 20. MANEJO DE PASTAGENS NO CONTROLE DE VERMINOSES O controle dessa enfermidade é necessário, caso contrário a criação torna-se inviável economicamente devido à baixa Antonio Lima da Silva Junior1 produtividade, à alta mortalidade dos animais e às despesas com a 1 mão-de-obra e os anti-helmínticos. Graduando do curso de Zootecnia UFMA/CCAA. Email: antonio.l.s.junior@hotmail.com O QUE SÃO HELMINTOS  Conhecidas popularmente como verminoses estão entre as O uso do sistema de rotação das pastagens tem a vantagem de infecções que mais afetam a produtividade dos ruminantes. É uma reduzir o nível de infecção nos animais e a redução da contaminação doença causada por helmintos ou vermes que vivem, principalmente, ambiental, desde que feito com intervalos nunca inferiores àqueles no abomaso e intestinos dos animais, podendo atacar todo o rebanho, que possam comprometer a qualidade do capim. sobretudo, os animais mais jovens. Rotação de Piquetes ou Pastejo Rotacionado Por exemplo, em épocas de chuvas, o rodízio de pasto deve Quando parasitados pelos vermes, os animais se tornam fracos, magros, com pêlos arrepiados, apresentando diarréia, edema submandibular (papada) e anemia. ser de no mínimo 40 dias e em outras épocas de no mínimo 35 dias, antes que o capim se torne muito fibroso. Dados confirmam que a redução de infestação das larvas nas pastagens, pode ser reduzida em até 50 %. Busca-se com este manejo a manutenção das pastagens livres de animais por um período de no mínimo 35 dias, fazendo com que os ovos e larvas presentes, morram por dessecação, (ação do frio ou Larvas na pastagem Fonte: Google TODOS DE CONTROLE NAS Fonte: Google Animal com edema submandibular e anemia Fonte: PASTAGENS Google MÉ calor), sabendo-se que 90% dos parasitos (ovos e larvas) estão presentes nas pastagens e somente 10% no animal. Fonte: Google 20
  • 21. Fonte: Google Sabe-se que bolos fecais contendo ovos de helmintos, que larvas, pois estas tendem a ter uma são depositados nos pastos ao início do período seco, permanecem maior cobertura do solo, com isso por 6 meses ou mais como fonte de contaminação por larvas de 3º propicia condições ideais para o estágio de helmintos. desenvolvimento Estas larvas ainda, ao serem liberadas do bolo fecal, sobrevivem até por dois meses protegidas pela vegetação. Este técnica tem outra vantagem de evitar o deslocamento de helmintos, das enquanto larvas dos plantas de crescimento ereto são melhores para a diminuição das larvas. animais por longas distâncias nos  Lotação de Pastagens períodos secos, que por ser uma época crítica, disponibilidade evita o de de manejo pouca Em pastagens, de processo de superlotação de pastagens, a animais enfraquecidos e ou sujeitos a um Fonte: pictoramadesign.com.br doenças, para serem submetidos a tratamentos. pressão de eliminação de fezes é muito grande, aumentado a quantidade de ovos e larvas nas  Escolha da espécie Forrageira A espécie influencia bastante a infestação de larvas na pastagens Fonte: Google A taxa de lotação ideal pastagem, pois a maior concentração de larvas está encontrada na para um bom controle de verminose é de 1,4 unidade animal por região próxima ao solo até os primeiros 5 cm de altura da planta. hectare, pois assim, em uma lotação adequada de pastos, as fezes Portanto, plantas de crescimento rasteiro têm maior incidência de ficam mais espalhadas, permitindo um pisoteio melhor, fazendo com 21
  • 22. que ovos e larvas fiquem mais expostos às condições climáticas e sofram uma maior dessecação por parte do sol  mesma colocar pastagem diferentes utilizando-se desinfetantes pelo menos uma vez por semana, em estábulos leiteiros e de preferência efetuar duas caiações (pintar com Pastejo consorciado Significa de 1. Manter sempre limpa e desinfetada as instalações, tinta a cal) por ano. numa 2. Construir esterqueiras na fazenda. espécies animais, 3. Separar os animais quando possível por faixa etária, pois pois os animais jovens são mais suscetíveis às verminoses do que os acredita-se que a maioria dos adultos. vermes não são comuns a todos, 4. O sucesso na implantação de um programa profilático com exceção do Trichostrongylus depende do clima e de outras variáveis que devem ser consideradas, Fonte: Google porém nada terá valor se não houver alimentação adequada, através Com este manejo, espécies de helmintos que são ingeridos do fornecimento de pastagens de boa qualidade e de sais minerais de axei, que é comum a bovinos, ovinos, caprinos e equinos. por um animal que não é suscetível a este, não se desenvolvem e não boa procedência. completam o seu ciclo, sendo destruídos no trato gastrintestinal do REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS hospedeiro. AMARANTE, A F. T; Atualização no Controle de Verminose em Caprinos e Ovinos. Universidade Estadual Paulista –  Medidas adicionais de Controle UNESP. Departamento de Parasitologia. Instituto de Biociência. Pg. 86. DOMINGUES. Prof. Paulo Francisco; Manejo Sanitário de Ovinos. I Encontro de criadores de ovinos da região de Araraquarai. 22
  • 23. FEPAGRI - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – período de estiagem, no qual as pastagens tropicais de gramíneas UNESP – Botucatu. Pg. 63. sofrem perdas nutricionais pela maturação, é o banco de proteínas. VIDOTTO, Odilon. Complexo Carrapato - Tristeza Parasitária e outras parasitoses de bovinos - Universidade Estadual de Londrina em http://www.nupel.uem.br/pos-ppz/complexo-0803.pdf acessado em 26/09/11 LEGUMINOSAS FORRAGEIRAS X GRAMÍNEAS Forragem de melhor valor nutritivo; uso de pequena porcentagem de leguminosas na dieta dos animais mantendo um bom nível nutricional. BANCO DE PROTEÍNA 1 Hellyda Gomes Pereira , Maria da Conceição Linhares da Conceição 1 1 Graduanda do curso de Zootecnia UFMA/CCAA. Email: hellydamyres@hotmail.com, linhares.conceicao@yahool.com.br Fonte: imagem retirada do Google. O QUE É BANCO DE PROTEÍNA? Segundo Peixoto, “O período de pastejo não deve ultrapassar O banco de proteína é parte de um sistema de alimentação à 2 hs ao dia, em períodos de chuva, a depender da categoria animal.” base de forragem. Deve-se proporcionar uma maior freqüência possível do Formação de banco de proteína animal ao banco de proteína. - ESCOLHA DA LEGUMINOSA FORRAGEIRA É uma possível alternativa  Adaptação às condições edafoclimáticas locais; para o produtor rural durante o  Tolerância à seca; 23 Fonte: imagem retirada do Google.
  • 24.  Elevado teor protéico;  Produção de forragem;  Com água quente;  Recuperação pós-pastejo;  Água fria;  Consumo pelos animais.  Danifica o tegumento da semente com lixa, areia grossa ou - Escarificação das sementes seixo. ESPÉCIES CULTIVADAS LEUCENA Origem - América Central, e nas regiões tropicais. A leucena é uma alternativa interessante para teor protéico de dietas de vacas leiteiras a baixo custo, em especial nos sistemas que exploram pastagens, podendo ser consorciada ou utilizada na forma de banco Fonte: imagem retirada do Google. de proteína. - Características - PLANTIO  No início do período chuvoso;  Boa aceitação pelos animais;  Em sulcos rasos;  Tolerância à seca;  Espaçamento de 1,0 m entre linhas;  Perenidade.  Obedecendo a densidade de plantio. - Utilização  Feno ou farinha (bovinos, suínos e aves); 24
  • 25.  Adições de 20% de leucena ao milho resultam em elevação  Solos bem drenados e profundos vegetais solos argilosos do teor de proteína bruta na silagem em até 12 % na matéria seca; pesados;   Silagens exclusivas de leucena podem ser confeccionadas. Aplicação de calcárioAnálise do solo, 2 a 3 meses antes do plantio; FEIJÃO GUANDU Foi introduzida no Brasil e Guianas pela rota dos escravos procedentes da África; Distribuída e semi-naturalizada na região  Aplicação de superfosfatosuprir as necessidades de P e S, junto com o calcário ou na semeadura. tropical; ESTILOSANTES A planta apresenta grande potencial forrageiro por ser boa fonte de proteína, por causa da boa fixação biológica de nitrogênio e, com isso, adapta-se bem aos solos pobres dos Cerrados brasileiros. Fonte: imagem retirada do Google. Fonte: imagem retirada do Google. - Utilização  Bom potencial produtivo;  Fonte de alimento humano;  Boa persistência sob pastejo;  Forragem;  Alta capacidade de ressemeadura natural.  Cultura para adubação verde. AMENDOIM FORRAGEIRO - Clima, solo e adubação  Temperatura entre 20 e 40 °C durante seu ciclo; 25
  • 26. Essas plantas conseguem fixar N e por isso são capazes de produzir grande quantidade Ambas as alternativas podem ser feitas apenas na época mais crítica de produção e qualidade da pastagem. de alimento, mesmo em média solos e de baixa fertilidade. Fonte: imagem retirada do Google. - Características Fonte: site Embrapa Meio norte.  Grande valor nutritivo; - Resposta animal  Boa aceitação animal; Baseado na experiência nacional e regional, o uso de banco Recuperação de pastos degradados. “O nitrogênio absorvido pelo amendoim forrageiro é convertido em adubo para as plantas”. de proteína de leguminosa pode aumentar a produção de leite de 20% a 30%. PRODUÇÃO DE SILAGEM - Utilização Janayra Cardoso Silva1, Raíza Flamilsa Mourão Reinaldo1 Produção de forragem e valor nutritivo. 1 Graduanda do curso de Zootecnia UFMA/CCAA. Email: janayrasilva.c@gmail.com, raiza_life@hotmail.com - Pastejo Acesso dos animais aproximadamente 1 a 2 horas; cada 2 ou 3 dias, por O armazenamento de alimentos na forma de silagem é uma forma de garantir o alimento para os animais na época seca do ano quando a falta do pasto. Silagem é um método 26
  • 27. de conservação de forragem para alimentação de animais. É possível alimentar a criação no período da seca, guardando a forragem verde em locais denominados “silos para que essa forragem sofra um Silos – onde é armazenado a forrageira, podem ser feitos: escavados na terra; na superfície do solo, coberto com lona plástica; em tambores de metal ou plásticos bem fechados e em sacos ou tubos de plástico. processo de fermentação. Fonte: imagem retirada do Google Fonte: www.boiapasto.com.br Fonte: Fopama.br/site Fonte: www.boiapasto.com.br Ensilagem - é o processo de cortar a forragem, colocá-la no silo, compactá-la e protegê-la com a vedação do silo. DIFERENÇA ENTRE SILAGEM, SILOS E ENSILAGEM Silagem - forragem verde conservada por meio de um processo de fermentação anaeróbica, isto é, na ausência de oxigênio, por acidificação do material verde vegetal. Fonte: imagem retirada do Google Fonte: imagem retirada do Google Fonte: www.boiapasto.com.br 27
  • 28. perda do valor nutritivo das plantas. AS MELHORES ESPÉCIES DE FORRAGEIRAS PARA ENSILAGEM São muitas as gramíneas usadas para ensilar, sendo o milho, o sorgo, a cana-de-açúcar são algumas das mais utilizadas. Fonte: Fopama.br/site adaptadas Raiz e parte aérea da mandioca Capim-elefante  Capins tropicais (Mombaça, Tanzânia, Marandu entre outros). Como preparar a forrageira para silagem? Primeiro corte a forragem quando as plantas estiverem começando a florar. Triture toda a forragem cortada numa máquina forrageira. Vá enchendo o silo em camadas “pilando” bem para O milho e o sorgo são culturas mais   Obs.: Quando se faz a silagem bem feita, praticamente não há ao processo expulsar todo o ar. de ensilagem, resultando geralmente em silagens de boa qualidade sem uso de aditivos ou pré- muchamento. Fonte: Fopama.br/site A cana-de-açúcar se destaca por dois aspectos: alta produção de matéria seca (MS) por hectare e capacidade de manutenção do potencial energético durante o período seco. Outras opções de forrageiras são:  Milheto  Girassol 28
  • 29. É preciso que as camadas sejam bem piladas desde o fundo uma camada de pelo menos 15 centímetros, devido à exposição com do silo, para que a fermentação seja bem feita. Feche e cubra o silo o ar, ou seja, uma vez aberto o silo, a cada dia deve ser retirada uma com uma lona de plástico. Faça isso com cuidado apertando bem a fatia de no mínimo 15 cm. lona para não deixar que o ar entre. Depois que cobrir o silo, vede a A determinação correta do consumo diário é de fundamental lona para não deixar entrar ar depois do silo coberto. Essa é uma importância. No caso de vaca leiteira o consumo é determinado pelo etapa muito importante do processo, pois não pode entrar ar no silo potencial produtivo de cada animal individualmente. Para gado de depois de coberto, ou seja, um silo bem coberto e vedado não corte confinado, a determinação é feita com base no peso médio do apodrece a silagem. lote e estimativa de ganho de peso diário. Aproximadamente 40 dias após o fechamento do silo, a silagem poderá ser fornecida aos animais. Se tiver sido bem feita e o VANTAGENS E DESVANTAGENS DA SILAGEM DO USO DA SILAGEM silo não for aberto, a silagem pode conservar-se por mais de 1 ano. MANEJO DA SILAGEM  Uma vez aberto o silo, deve-se sempre Vantagens Produção de 30% a 50% mais de nutrientes em comparação à produção de grãos. tomar o cuidado de eliminar possíveis bolores  (fungos), partes com cheiro semelhante ao álcool Manutenção do valor nutritivo, quando ensilado adequadamente. (fermentação butírica ) e partes escuras. Após  estes cuidados, deve-se proceder o corte em toda Liberação de área mais cedo, para uso de safrinha ou formação de pastagem. camada de maneira uniforme, na quantidade necessária. Após a abertura do silo, independente   Fonte: Fopama.br/site da utilização da silagem, torna-se obrigatório o corte uniforme de Requer menos espaço de armazenagem, por unidade de matéria seca, do que a fenação. 29
  • 30.  Alta aceitabilidade.  Processo totalmente mecanizado.  Menor custo das máquinas em relação à fenação  Permite a manutenção de um maior número de animais ou unidades animais (450 kg) por unidade de terra.   Desvantagens Estrutura especial de armazenamento – Apesar de poder ser Fonte: imagem retirada do Google. armazenada em silos horizontais do tipo superfície, estruturas como silo trincheira podem favorecer o enchimento, a compactação e o REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS armazenamento. CARDOSO , E. G. ; SILVA , J. M. da ; Silos, silagem e  Alta umidade, significando grande quantidade de água transportada e armazenada.  Redução da matéria orgânica e exposição do solo à erosão – Esse problema pode ser minimizado com a adoção de técnica de ensilagem. LOPES DE S.THIAGO , L. R.; VIEIRA , J. M.; Cana-deaçúcar: uma alternativa de alimento para a seca. SEBRAE; O aproveitamento sustentável da rama da plantio direto. Mandioca e da manipueira. Série criação animal: armazenamento de  forragens ensilagem e fenação, Diaconia, março de 2006. Custo elevado em relação ao custo das pastagens – um dos fatores que mais influem no custo final da silagem é a produção por hectare. Por isso, o produtor deve cuidar o melhor possível de suas áreas de produção de forragem. Silagem de capim: economia e bons resultados; Embrapa Gado de Corte, 2007. SILVA , J. M. da ; Silagem de forrageiras tropicais 30
  • 31. SOEIRO, P. R. A.; Silagem de cana: alternativa na redução PARA QUE FAZER O FENO? O feno é um dos melhores recursos para a alimentação de custos com volumosos e manejos, 2009. OLIVEIRA , J. S. E; Pesquisador da Embrapa Gado de Leite. animal, principalmente para aqueles pecuaristas que desejam ter uma Manejar corretamente o silo reduz as perdas e preserva o valor exploração intensiva, de alta produção, tanto de gado leiteiro como nutritivo da silagem. de corte. Equinos, ovinos, caprinos e búfalos também apreciam o feno de boa qualidade. Dessa forma o feno é utilizado para: PRODUÇÃO DE FENO - Fornecer alimento de qualidade na época da seca. Dayane Louyse Araújo Pontes1, Kayro Késed Albuquerque Puça1 - Evitar quedas da produção animal. 1 - Melhorar o manejo. Graduanda do curso de Zootecnia UFMA/CCAA. Email: dane_louyse@hotmail.com, kayropuca@hotmail.com O QUE É FENO? - É uma forragem conservada mediante uma forte desidratação. - Retirando-se a água da forragem, ela pode ser armazenada por muito tempo sem estragar, e mantém todo o seu valor nutritivo. Fonte: Gerson Sobreira ESCOLHA DA FORRAGEM Cultivar gramíneas com elevada produtividade e qualidade, presença de colmos finos e alta proporção de folhas, possibilitando uma secagem mais uniforme e consequentemente a produção de um Fonte: Feno sul 31
  • 32. feno de qualidade. É importante também que a espécie escolhida seja As experiências têm demonstrado que as ramas de mandioca tolerante a cortes, bem como apresente estrutura que facilite o uso de podem ser incluídas na formulação de rações para animais instrumentos mecânicos ou manuais para o corte. São espécies domésticos, especialmente ruminantes (bovinos, caprinos e ovinos), indicadas de garmineas: Tifton, “coast-cross” e Gramão. em substituição parcial ou total dos cereais (milho, trigo e cevada), graças ao seu valor nutritivo. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS: (FENAÇÃO MECÂNICA) - Ceifadeira - Condicionador – secador Tifton Coast cross Gramão - Ancinho enleirador - Enfardadeira de fardos retangulares - Enfardadeira de fardos redondos Outra forrageira utilizada para a produção de feno é a mandioca, utilizando a parte aérea da planta. Fonte: Feno da parte aéra da mandioca, FOPAMA - Plastificador de fardos Ceifadeira: Utilizada para o corte da forragem no campo. Fonte: Wilma Wanda de Souza Emeri Fonte: imagens retiradas do Google. 32
  • 33. Condicionador-secador: Utilizada para a secagem da forragem, após o corte. Fonte: imagem retirada do Google. Fonte: imagens retiradas do Google. Ancinho enleirador:Utilizado para virar a forragem, evitando que haja umidade nas mesmas. Enfardadeira de fardos redondos: Utilizado para a formação de fenos redondos. Fonte: imagem retirada do Google. Enfardadeira de fardos retangulares: Utilizado para a Fonte: imagens retiradas do Google. formação de fenos retangulares. Plastificador de fardos: Utilizado para plastificar o feno. 33
  • 34. Fonte: imagens retiradas do Google. Fonte: imagens retiradas do Google. - Garfos: Utilizado para fazer o revolvimento da forragem. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS (FENAGEM MANUAL) O corte manual pode ser feito empregando-se: - Foice - Roçadoral lateral Fonte: imagens retiradas do Google. - Garfos - Enfardadora Manual - Foice: Realiza o corte da forragem. - Enfardadeira Manual: Faz fardos de 10 e 15kg, medindo 40cm de altura, 45cm de largura por 65cm de comprimento, com excelente compactação e uma produção média de até 100 fardos por dia. Fonte: imagens retiradas do Google. - Roçadora Lateral: Realiza o corte da forragem. Fonte: imagens retiradas do Google. 34
  • 35. ÉPOCA DE VEDAÇÃO dependendo da região, da época do ano e da espécie da forrageira, - Vedação única: Toda a área é vedada no final de janeiro e apresentando umidade final em torno de 12%. utilizada durante todo o período seco. - Vedação escalonada: Os períodos de vedação são menores ou realizados em épocas de menor crescimento da planta. Permite controlar melhor a SECAGEM OU DESIDRATAÇÃO • Para preparar um feno de qualidadee verde, deve-se proceder da seguinte maneira: • Cotar pela manhã, bem cedo. • Realizar o acondicionamento. CORTE DA FORRAGEM • Deixar espalhada por algumas horas. - O corte da forragem ocorre geralmente quando a gramínea • Realizar o enleiramento da forragem. atinge a altura de 50cm , o que corresponde a 21 a 28 dias de rebrota, • Caso o tempo esteja propício à fenação, o feno pode ser daí no verão chuvoso, e 42 a 56 dias de rebrota, no inverno seco. enfardado. qualidade do feno. - A altura do corte deve ficar entre 5 e 10 cm de distância do solo. Durante a secagem as perdas podem ser atribuídas ao dilaceramento de parte das folhas e hastes no momento do corte e nas viragens, diminuindo a eficiência do seu recolhimento para enfardamento ou ensacamento. PONTO DE FENO O feno está no ponto ideal quando: Fonte: imagem retirada do Google. Em dias quentes e secos, com ocorrência de ventos, o feno - Ao apertar os entrenós do caule não há umidade, ou seja, não sai água. pode ser produzido num período de 12 a 36 horas após o corte, 35
  • 36. - Ao torcer uma porção de forragem, a mesma se desfaz lentamente e não há eliminação de água. Qualidade do Feno Requerimentos para Certas Classes de Feno (USDA, 71) Fonte: MF Rural, www.mfrural.com.br ENFARDAMENTO DO FENO NO CAMPO O enfardamento nas próprias leiras evita boa parte da perda Classes de Fenos de Leguminosas e Conteúdo em Nutrientes (USDA, 71) das folhas. Os fenos de leguminosas, excessivamente secos, antes do enfardamento perdem considerável quantidade de folhas. O feno deve estar um pouco mais seco que o comum. É preferível que sua umidade esteja entre 20 e 22%. ARMAZENAMENTO DO FENO Outras perdas na qualidade do feno ocorrem quando o feno, após secagem, é armazenado. Uma série de trabalhos indica que perdas na matéria seca aumentam com a temperatura de armazenagem e com o conteúdo de umidade do feno. Fonte: Luana Dourado Fonte: Central de produção, Frigorifico cordeiro Brasileiro 36
  • 37. - Modo correto: Suspenso do chão, dessa forma evita a umidade e perda na qualidade. FENO DE LEGUMINOSAS Alfafa Fonte: imagem retirada do Google. Fonte: Dayane Pontes, Fazenda Taça, Aramazenagem O Feno de ALFAFA se destaca pela alta qualidade, padronização e longevidade para estocagem. É um feno de cor - Modo errado: Devido ao contato com o chão aumenta a umidade do feno, ocasionando proliferação de fungos e perdas na qualidade. verde, que mantém suas propriedades por um longo período devido à secagem ser induzida e controlada no menor tempo possível para enfardamento abaixo de 12% de umidade. USO DO FENO Um bom feno deve apresentar cor esverdeada, semelhante ao da planta que o originou, odor agradável, ausência de bolores e elevada relação folha:caule. Estas características conferem boa aceitação por caprinos, ovinos, eqüinos e bovinos. Fonte: Francisco Lédo 37
  • 38. A quantidade a ser oferecida dependerá do plano nutricional de cada propriedade. • http://www.nordesterural.com.br/nordesterural/matler.asp?newsId=5 17. Acessado em: 07/10/2011. Usar picado? EUCLIDES, V. P. B.; DE QUEIROZ, H. P. Manejo de Sim, porém, nunca transformado em pó, pois prejudica a absorção de nutrientes. pastagens para produção de feno-em-pé. Disponível em: http://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/divulga/GCD39.html. Acessado em: 07/10/2011. VANTAGENS DO FENO Alimento alternativo nos períodos secos, evitando grandes perdas na produção animal. SAVASTANO, S.O que é importante saber sobre fenação, savastano@cati.sp.gov.br. VILELA, Valorização dos animais nos periodos mais críticos. H. Feno e fenação. Disponivel em: http://www.agronomia.com.br/conteudo/artigos/artigos_feno_fenaca Banco de proteina. o.htm. Acessado em: 07/10/2011. Boa relação custo-beneficio. Exploração de sitema intensivo de produção animal. USO DA URÉIA NA ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CANDIDO, M.J.D. Reserva de forragem para seca: produção e utilização de feno – CÂNDIDO, M.J.D.; CUTRIM JUNIOR, Jefferson Ribeiro Bandeira1, Vanessa Matias Chagas1 1 Graduanda do curso de Zootecnia UFMA/CCAA. Email: jeffersonribeiro@zootecnista.com.br, J.A.A.; SILVA, R.G.; AQUINO, R.M.S.. Fortaleza: Imprensa vmcvaness@gmail.com Universitária, 2008. 64p. CAVALCANTE, A. C. Feno de Gramíneas: Processo de Produção Passo a Passo. Disponível em: URÉIA  Pontos Positivos 38
  • 39. - Tecnologia simples e acessível a qualquer produtor; - - Fonte de nitrogênio não-protéico de baixo custo; do rúmen consigam sintetizar aminoácidos sulfurados (cistina, - Baixo custo de implantação; cisteina e metionina). - Redução das perdas de peso dos animais no período seco; - Mantém e/ou estimula a produção de leite.  SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO COM URÉIA  Pontos negativos - Sal Mineral + Uréia Baixa aceitação pelos animais; - Deve-se adicionar enxofre (S) à uréia para que as bactérias Alta toxicidade. - Mistura deve ser bem homogeneizada; - Cochos em lugares estratégicos; - Cochos cobertos; - Não deixar faltar, caso contrário, readaptar novamente; - METABOLISMO DA URÉIA Não fornecer para animais em jejum, famintos, cansados ou depauperados. - É indispensável uma boa disponibilidade de forragem para garantir um bom desempenho em animais que usam uréia. 39
  • 40.  Mistura Múltipla ou Sal Proteinado 2º Colheita da Cana proteína verdadeira, energia e sal comum. - Em dois em dois dias; - Utilizar caule e folhas; - Consiste numa mistura contendo: uréia, minerais, fontes de Picar a cana somente na hora. 3º Dosagem de uréia e fornecimento da mistura cana + uréia Primeira semana: - Não requer adaptação; - Cochos no mesmo esquema apresentado anteriormente; - Não usar sal mineral, os minerais já estão presentes na mistura; - Segunda semana: Não fornecer para animais em jejum ou doentes.  Cana de açúcar + Uréia Passo a passo: 1º Preparo da Mistura de Enxofre e Uréia Como fazer: 40
  • 41. - Após colheita, não estocar a cana por mais de dois dias; - Misturar uniformemente a uréia + sulfato de amônia à cana picada, para evitar riscos de intoxicação; - cana + uréia. Limpar os cochos todos os dias eliminando as sobras; - As recomendações de uso são as mesmas para bagaço de Depois da adaptação, oferecer cana + uréia à vontade; - - Adaptar os animais como recomendado anteriormente; - Capim picado + uréia Água e sal mineral à vontade. Bagaço de cana + uréia Silagem + uréia - Qualidade inferior à cana inteira; - - A quantidade de uréia utilizada é a metade da uréia utilizada Pode ser utilizada no momento da ensilagem (mais recomendado) ou momento que for fornecido aos animais; com a cana inteira, devido o bagaço apresentar um menor teor de - Recomenda-se silagem de milho e sorgo; açúcar. - Uréia adicionada no processo de ensilagem (enchimento do silo) - Retarda a fermentação secundária que ocorre após a abertura do silo, prolongando o tempo de utilização pelos animais; - Adicionar 0,5% de uréia (Ex: Pra cada tonelada de silagem, acrescentar 5kg de uréia); - Uniformizar bem; - Não precisa de período de adaptação. 41
  • 42. -  Uréia adicionada à silagem no momento de fornecimento aos Volumosos Secos (70-90% MS) animais - Requer período de adaptação; - Adicionar a uréia diluída em água à silagem conforme a tabela 5. Melaço + Uréia Volumosos Grosseiro + Uréia - Subprodutos da agricultura (palha de arroz, trigo, milho e fenos de baixa qualidade);  Volumosos úmidos (mais de 30% de umidade) - O volumoso deve ser totalmente picado; - Concentrado + Uréia - Redução do custo da ração; - Não ultrapassar 2% da ração; Dissolver 0,5 kg de mistura uréia + fonte de enxofre em 4 L d’água. Solução para 100kg de volumoso. 42
  • 43. - Cada 1% de uréia no concentrado eleva o seu teor de PB em 2,8%, conforme tabela abaixo: - Nunca utilizar uréia na água de beber dos animais; - É importante o acompanhamento técnico para escolha e adequação de um método que se adeque a propriedade. SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO - Agitação - Salivação em excesso - Falta de coordenação - Tremores musculares Outras alternativas regionais de utilização da uréia - Micção e defecção frequentes Em períodos de estiagem prolongada, particularmente no - Respiração ofegante Nordeste, onde a disponibilidade de volumoso é reduzida, existem - Timpanismo - Recomenda-se acompanhamento técnico. várias alternativas para alimentação dos animais, como: palma No caso de intoxicação, utilizar como antídoto duas garrafas forrageira, sisal, rama de mandioca, macambira, gravatá, coroa de de vinagre por animal, logo aos primeiros sinais, da seguinte abacaxi, entre outras. Dependerá da região. maneira: - CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DA URÉIA - Adaptar os animais; - Não ultrapassar as quantidades recomendadas; - Mistura homogênea; - Cochos cobertos e com furos para dreno d’água; Coloque o bico da garrafa no canto da boca do animal e deixe o vinagre descer goela abaixo; - Movimente o animal quando estiver dando vinagre; - Não puxe a língua do animal para dar o vinagre; com isso, se evita que o vinagre vá para o pulmão do animal e o asfixie. 43
  • 44. Obs.: Deve-se recorrer ao veterinário da fazenda, caso necessário. CONSIDERAÇÕES FINAIS Se for adequadamente utilizada, conforme as recomendações técnicas mencionadas, a uréia não causa intoxicação. Essa só ocorrerá em caso de ingestão em períodos curtos ou em quantidades acima das recomendadas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GONÇALVES, C. C. M.; TEIXEIRA, J. C.; SALVADOR, F. M. Uréia na alimentação de ruminantes. VILELA, H.; SILVESTRE, J.R.A. Uréia: informe técnico. Brasília: EMBRATER, 1985. 57 p. 44
  • 45. ANEXOS Início do Setor – Capim-Marandu, período chuvoso de 2009 Experimento Capim-Xaraés, período chuvoso 2011 Corte de experimento Avaliação da adaptação de gramíneas forrageiras na Região 45
  • 46. Experimento com Capim-Andropogon, período chuvoso 2011 Pastagem de Capim-Xaraés, período chuvoso de 2011 Corte de experimento “Avaliação da adaptação de gramíneas forrageiras” Uniformização da pastagem de Capim-Xaraés 46
  • 47. SETOR DE FORRAGICULTURA SETOR DE FORRAGICULTURA SETOR DE FORRAGICULTURA PASTAGEM PERIODO CHUVOSO 47
  • 48. PASTAGEM PERIODO CHUVOSO PASTAGEM PERIODO SECO PASTAGEM PERIODO SECO PASTAGEM PERIODO SECO 48
  • 49. Organização: Profa. Dra. Rosane Cláudia Rodrigues Docentes : Profa. Dra. Ana Paula Ribeiro de Jesus Prof. Dr. Henrique Nunes Parente Prof. MSc. Ivo Guilherme A. Ribeiro Prof. Dr. José A. A. Cutrim Junior (IFMA) Profa. Dra. Michelle de O. Maia Parente Técnicos: Geziel Sousa Silva Mabson de Jesus Gomes dos Santos Jaílson da Silva Costa Discentes: Antonio José Temistocles Antonio Lima da Silva Júnior Anália Carlos Magno Lima Galvão Clesio dos Santos Costa Erika Silva Figueiredo Francisco Naysson de Sousa Santos Fancivaldo Oliveira Costa Héllyda Gomes Pereira Ivone Rodrigues da Silva Janayra Cardoso Silva Jefferson Ribeiro Laíse Viana Santas Maria Antonia Araújo Melo Maria Clean Sousa Lima Maria da Conceição Linhares da Conceição Maria das Graças Candeira da Silva Raiza F. Mourão Reinaldo Ricardo Alves de Araújo Robson Sâmara Stainy Cardoso Sanchês Sanayra da Silva Mendes Selma dos Santos Costa Susan Emanuelly P. Amorim Wanadsonn da Conceição Silva Wale Lopes 49