O documento discute diversos tópicos relacionados ao manejo de pastagens, incluindo análise do solo, adubação, calagem, gesagem, escolha de espécies, qualidade de sementes, utilização racional, manejo de formação, desfolha, período de descanso, degradação de pastagens, estacionalidade de produção, sistemas de pastejo e creep grazing. O objetivo é fornecer informações sobre práticas para elevar a produtividade e qualidade nutricional das pastagens.
2. V DIA DE CAMPO FOPAMA
V DIA DE CAMPO DO GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA FORRAGICULTURA E PASTAGENS NO
MARANHÃO
ANAIS DO EVENTO
Realização
FOPAMA- Forragicultura e Pastagens no Maranhão
Centro de Ciências Agrárias e Ambientais – CCAA/UFMA
Curso de Zootecnia
Chapadinha – MA – Brasil
2011
3. V DIA DE CAMPO FOPAMA
V DIA DE CAMPO DO GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA FORRAGICULTURA E PASTAGENS NO MARANHÃO
ANAIS DO EVENTO
Editores
Rosane Cláudia Rodrigues
Ana Paula Ribeiro de Jesus
Henrique Nunes Parente
Ivo Guilherme Ribeiro Araújo
Michelle de Oliveira Maia Parente
Mabson de Jesus Gomes dos Santos
Jaílson da Silva Costa
Chapadinha – MA – Brasil
5. APRESENTAÇÃO
O Grupo de pesquisa, Forragicultura e Pastagens no Maranhão (FOPAMA), que foi criado no final de 2008 tem como metas fortalecer e
difundir a Forragicultura no Estado do Maranhão. Desde a sua criação, o Grupo já realizou 4 “Dias de Campo” e diversos minicursos
relacionados à produção de ruminantes à pasto. O Grupo conta com um Setor de Forragicultura do qual já resultaram em 29 resumos expandidos
publicados nos principais eventos do País como SBZ, Zootec, SIMBRAS e SINCORTE, beneficiando em média 174 alunos com publicações.
Foram orientados em média 6 alunos com bolsa de iniciação e 5 alunos com bolsa de extensão pelos professores do Grupo, além de 7 trabalhos
de conclusão de curso. Nossa meta é contribuir cada vez mais com a formação dos nossos alunos e contribuir com o desenvolvimento da Região
do Baixo Parnaíba Maranhense.
.
6. SUMÁRIO
APRESENTAÇÂO ............................................................................................................................................................................................................................................... 5
MANEJO DE PASTAGENS ................................................................................................................................................................................................................................ 7
Susan Emanuelly Pinheiro Amorim, Itamara Gomes de França
MANEJO DE CAPINEIRAS ............................................................................................................................................................................................................................. 15
Ricardo Alves de Araujo, Rose Cristina Bizerra Torres, Katyane de
Araujo Rodrigues
MANEJO DE PASTAGENS NO CONTROLE DE VERMINOSES ................................................................................................................................................................ 20
Antonio Lima da Silva Junior
BANCO DE PROTEÍNA ................................................................................................................................................................................................................................... 23
Héllyda Gomes Pereira, Maria da Conceição Linhares da Conceição
PRODUÇÃO DE SILAGEM ............................................................................................................................................................................................................................. 26
Janayra Cardoso Silva, Raíza Flamilsa Mourão Reinaldo
PRODUÇÃO DE FENO ..................................................................................................................................................................................................................................... 31
Dayane Louyse Araújo Pontes, Kayro Késed Albuquerque Puça
USO DA URÉIA NA ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES .......................................................................................................................................................................... 39
Jefferson Ribeiro Bandeira, Vanessa Matias Chagas
ANEXOS .................................................................................................................................................................................................................................... 45
7. pastagens, elevando sua produtividade, valor nutritivo e assegurando
MANEJO DE PASTAGENS
sua persistência.
Susan Emanuelly Pinheiro Amorim1, Itamara Gomes de França1
1
Graduanda do curso de Zootecnia UFMA/CCAA. Email: emanuelly_p.amorim@yahoo.com.br,
htatamara@hotmail.com
ANÁLISE DO SOLO
A avaliação da fertilidade do solo é realizada através de
análises químicas de amostras de terra, com a finalidade de se
INTRODUÇÃO
determinar os níveis e ou as concentrações dos diferentes nutrientes.
Um dos fatores que limitam a produtividade animal a pasto é
As amostras de terra devem representar o melhor possível a
o manejo realizado de maneira incorreta em grande parte das
área em estudo. Recomenda-se a retirada de 15 sub-amostras, de 0-
propriedades rurais. O que acaba resultando na degradação das
20 ou 20-40 cm de profundidade. Evitando áreas atípicas, com
pastagens e, consequentemente, na diminuição da margem de lucro
formigueiros, cupinzeiros, árvores etc.
do produtor.
A queda de produtividade das pastagens está relacionada,
além do manejo inadequado, principalmente, com a redução da
fertilidade do solo ao longo dos anos.
De modo geral, os solos apresentam sérias limitações de
fertilidade e altos teores de alumínio e de manganês, prejudiciais ao
bom desenvolvimento das plantas forrageiras.
A correção da fertilidade do solo, juntamente com o
Pontos de coleta de
sub-amostras no terreno.
Retirada de sub-amostras
de 0-20 cm de profundidade.
atendimento das necessidades de nitrogênio, fósforo, potássio e
enxofre são práticas indispensáveis na formação e manutenção das
7
8. As sub-amostras devem ser homogeneizadas em um balde e,
só então, retira-se a amostra de 200 a 300g que deverá ser enviada ao
laboratório devidamente identificada.
ADUBAÇÃO NITROGENADA
O nitrogênio é um dos nutrientes que mais contribui para a
produtividade dos pastos, portanto está intimamente relacionado
com o crescimento vegetal e o perfilhamento.
CALAGEM
A prática de calagem fornece Ca e Mg como nutrientes, eleva
o pH do solo e, como conseqüência, aumenta a disponibilidade de P
e de Mo e reduz o Al, o Mn e o Fe.
Capim-Xaraés sem adubação
nitrogenada
Capim-Xaraés com adubação
nitrogenada
A recomendação de doses de nitrogênio para áreas com
capins tem variado de 50 a 300 kg/ha/ano de N. Sua aplicação é
É importante lembrar que o uso indiscriminado de calcário,
em doses e do tipo errado, pode resultar em problemas muito sérios e
indicada no período das águas e com parcelamento das doses, em
função das perdas por lixiviação.
afetar negativamente a pastagem.
ADUBAÇÃO FOSFATADA
GESSAGEM
O gesso agrícola é um sulfato de cálcio e, portanto, não
corrige a acidez do solo, apenas fornece Ca e S ao solo.
O fósforo é indispensável às gramíneas e leguminosas, aplica-se
aLanço (manual ou através de distribuidora de calcário) no plantio
para favorecer o desenvolvimento das raízes.
8
9. Em pastagens já formadas, faz-se rebaixamento das
forrageiras através de pastejo intenso, posteriormente, distribui o
adubo fosfatado a lanço.
QUALIDADE DA SEMENTE
É muito frequente o uso de sementes de má qualidade,
principalmente no que se refere à pureza e germinação. Gerando o
risco de não se semear a quantidade ideal de sementes viáveis por
ADUBAÇÃO POTÁSSICA
Juntamente com o nitrogênio e o fósforo, o potássio é um
unidade de área. Para superar este problema, o produtor deve
procurar firmas idôneas que comercializam sementes fiscalizadas.
nutriente altamente exigido pelas plantas.
Quando o nível de potássio no solo for baixo, faz-se
adubação na época de plantio das forrageiras. Havendo nível médio
de potássio no solo, a melhor época de adubação seria no estágio de
desenvolvimento e produção de plantas forrageiras (período
chuvoso) de preferência junto com o nitrogênio.
UTILIZAÇÃO RACIONAL
A utilização de pastagens como recurso forrageiro para
ESCOLHA DA ESPÉCIE
Para que uma pastagem possa ser persistente e produtiva, é
necessário que a espécie utilizada seja bem adaptada às condições de
clima e solo do local.
alimentação de ruminantes vem crescendo em importância na
pecuária nacional por proporcionar um alimento de boa qualidade a
baixos custos. Para tornar a atividade realmente competitiva é
necessário utilizar a pastagem de forma adequada, explorando seu
ponto positivo de maior destaque, a perenidade.
9
10. MANEJO DE FORMAÇÃO
RESÍDUO
O manejo de formação de uma pastagem resume-se na
Refere-se à massa de forragem presente no campo, durante o
utilização menos intensiva da mesma na sua fase inicial,
pastejo, se em método contínuo, ou após o pastejo, se em método
possibilitando desta forma, uma boa formação.
rotacionado.
Uma alternativa de manejo viável para melhorar o vigor da
DESFOLHA
A desfolhação é a variável de maior influencia na resposta da
planta ao pastejo. O padrão de desfolhação é definido pela
rebrotação do pasto, em condições desfavoráveis, seria a variação da
severidade de desfolhação durante as estações do ano.
intensidade (quantidade de material removido) e frequência (número
de vezes que a planta é desfolhada) em um dado período de tempo
de desfolhação. Devemos ter em mente que a visualização do animal
sempre em primeiro plano não garantirá o sucesso da produção. Um
dos principais objetivos deverá ser proporcionar às plantas
forrageiras um ambiente adequado para seu desenvolvimento,
através da percepção de seus limites ecofisiológicos, só assim
teremos a sustentabilidade do sistema.
Onde no período de menor produção (período da seca), o
mais indicado seria deixar maiores alturas de resíduo no pasto.
PERÍODO DE DESCANSO
Resultados
recentes
de
pesquisas
afirmam
que,
o
estabelecimento de períodos fixos de descanso para pastos, não
respeita o ritmo de crescimento da planta em seus ciclos,
10
11. principalmente quando consideramos as variações nas condições
DEGRADAÇÃO DE PASTAGENS
Processo evolutivo de perda de vigor, de produtividade, de
ambientais.
Entre as novas estratégias de otimização de produção o
manejo pela interceptação luminosa vem ganhando destaque, uma
vez que a planta forrageira é colhida no ponto de sua maior
produtividade e teor nutricional. Este ponto é quando a planta atinge
capacidade de recuperação natural das pastagens para sustentar os
níveis de produção e qualidade exigida pelos animais.
PRINCIPAIS CAUSAS
Forrageiras não adaptadas
95% de interceptação (5 % de luz passa pelo dossel), tendo forte
Ausência de cobertura vegetal do solo
relação com a altura de entrada de pastejo, variando conforme a
Falta de deposição de nutrientes
espécie cultivada.
Divisões mal planejadas
Pressão de pastejo inadequada
Quando falamos de produção de forragem, quantidade não é
Falta de controle das plantas invasoras
sinônimo de qualidade. Deixar o pasto sem utilização para aumento
Pragas
de altura da planta forrageira refletirá, principalmente, em aumento
Uso abusivo de fogo
de colmo e material fibroso. Reduzindo assim, o acesso dos
Estiagens prolongadas
IDADE DO PASTO X PERDAS DE FORRAGEM
microrganismos do rúmen aos nutrientes do conteúdo celular.
11
12. CONSEQUÊNCIAS DA DEGRADAÇÃO DE PASTAGENS
Modificação da composição da pastagem
Queda na capacidade de suporte
Queda da produção de carne e leite
Queda da renda da propriedade
Compactação
Erosão
Inviabilização
ALTERNATIVAS PARA ESTACIONALIDADE:
- Silagem;
- Feno;
- Banco de Proteína;
- Amonização de volumosos.
DIFERIMENTO DA PASTAGEM
Veda determinada área de pastagem no terço final do verão
para ser usada durante época seca.
ESTACIONALIDADE DE PRODUÇÃO FORRAGEIRA
A estacionalidade de produção forrageira é um fenômeno
marcante no cenário da pecuária de corte nacional. Fato este, devido
PASTO
à variações nas condições edafoclimáticas ao longo do ano,
DIFERIDO
causando oscilações na oferta quantitativa e qualitativa de forragem.
12
13. CREEP GRAZING
O creep-grazing é definido como uma forma de suplementar
a alimentação dos bezerros, ainda em aleitamento, por meio de
dispositivos que permitem o acesso exclusivo das crias a áreas
contendo forragens de melhor qualidade, em relação àquelas onde
SISTEMAS DE PASTEJO
SISTEMA DE PASTEJO CONTÍNUO
Os animais são mantidos por um longo período de tempo
pastejando na mesma área. A carga de animais por área poderá ser
fixa ou variável.
suas mães são mantidas.
SISTEMA DE PASTEJO ROTACIONADO:
VANTAGENS
Promover melhor desempenho dos animais
Jovens, idade de abate precoce,
Carcaças com pesos adequados,
Mudança dos animais de um piquete para outro de forma
Boa conformação e cobertura de gordura e carne de
sucessiva, voltando ao primeiro após completar o ciclo do pastejo.
qualidade
13
14. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para otimizar a produção animal a pasto é necessário a
realização de um manejo adequado da pastagem, visando um bom
desempenho animal, mas, respeitando os limites ecofisiológicos da
planta forrageira. O uso de corretivos e fertilizantes em pastagens
eleva a capacidade de suporte e desacelera seu processo de
degradação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GOMIDE, J.A.; GOMIDE, C.A.M. Utilização e manejo de
TAXA DE LOTAÇÃO
Taxa de lotação é o número de cabeças por área ou UA/ha
em um determinado período.
Existem três condições:
pastagens. In: MATTOS, W.R.S. et al. (Eds.) A PRODUÇÃO
ANIMAL NA VISÃO DOS BRASILEIROS. FEALQ, Piracicaba,
p.808-825, 2001.
NABINGER,
C.
Eficiência
do
uso
de
pastagens:
- Superpastejo: excesso de animais em relação à disponibilidade de
disponibilidade e perdas de forragem. In: SIMPÓSIO SOBRE
forragem;
MANEJO DA PASTAGEM, 14., Piracicaba, 1997. Anais...
- Subpastejo: poucos animais em relação à disponibilidade de
Piracicaba: FEALQ, 1997, p. 213-251.
forragem;
- Pastejo ótimo: quando há equilíbrio entre produção de
forragem e quantidade de animais na área.
14
15. MANEJO DE CAPINEIRAS
1
1
Ricardo Alves de Araujo , Rose Cristina Bizerra Torres , Katyane de Araujo
CAPINEIRA?
Rodrigues
Área cultivada com uma gramínea de alta produção,
1
Graduandos do curso de Zootecnia UFMA/CCAA
utilizada sob cortes, podendo a gramínea ser fornecida verde
picada no cocho imediatamente, ou então ser fenada ou
INTRODUÇÃO
O manejo correto de uma capineira é importante, pois
possibilitará
maior
produção
de
forragem
por
área
ensilada para utilização posterior, em épocas críticas.
e,
consequentemente, maior produção, além de favorecer sua utilização
por longo tempo. É preciso, no entanto, relacionar a área disponível
de capineira na propriedade com o número de animais a serem
tratados, tendo-se o cuidado de manejar corretamente durante todo o
Foto: Embrapa Amazônia
ano.
Foto: Embrapa Amazônia
FORMAÇÃO DA CAPINEIRA
Principais características que uma gramínea deve ter para ser
utilizada como capineira:
Foto:Pimenta,Alves.2011
Foto:Pimenta,Alves.2011
Bom valor nutritivo;
Alta produção;
Boa resposta a adubação e irrigação; Boa
15
16. Capineira de cana-de-açúcar
Capineira de cana-de-açúcar
aceitabilidade; Facilidade de propagação;
Tolerância ao corte intenso;
Resistência a pragas e doenças;
Alto vigor de rebrotação
Preparação do solo
Adubação da área
Foto: Site Alagoas em tempo real
Foto: Embrapa Amazônia
PLANTIO DA GRAMÍNEA
Escolha do local:
Proximidade do curral ou estábulo;
Foto: Cândido, Duarte. 2010
Foto: Cândido, Duarte. 2010
Gramíneas comumente utilizadas como capineira:
Capim-elefante (Pennisetum purpureum);
Capim-guatemala (Tripsacum facciculatum)
Capim-imperial ou venezuela (Axonopus scoparius)
Cana-de-açúcar (Saccharum officinarum)
Nordeste: também capim-canarana, (Echinochloa)
Topografia que facilite a colheita;
Terreno de boa fertilidade, com boa drenagem e não sujeito a
geadas;
Nordeste: proximidade com fonte d’água para irrigação
Implantação da capineira
As mudas devem ser retiradas de plantas com 3 a 12 meses de
idade.
Deve-se aparar as plantas se retirar as folhas para que ocorra uma
melhor brotação.
A quantidade de mudas necessárias para o plantio varia de acordo
16
17. com o espaçamento. As mudas devem ser colocadas horizontalmente
Intervalo entre cortes;
em sulcos com 10 a 15 cm de profundidade.
Altura de corte;
Em média, um hectare fornece mudas para o plantio de 10 há de
capineira.
Fórmulas e doses de adubação;
Conveniência de irrigação na seca;
Conservação sob a forma de silagem ou de feno.
INTERVALO ENTRE CORTES
A frequência entre cortes afeta a produção de forragem, valor
nutritivo, potencial de rebrota e persistência (vida útil da capineira).
Os cortes devem ser realizados a intervalos de 45 a 60 dias, ou
quando as plantas atingirem de 1,5 a 1,8m de altura. O primeiro corte após
o plantio deve ser realizado quando as plantas estiverem bem
Foto: Cândido, Duarte. 2010
Foto: Cândido, Duarte. 2010
entouceiradas, o que ocorre cerca de 90 dias após o plantio.
MANEJO DAS CAPINEIRAS
A capineira deve ser manejada visando:
Foto: Cândido, Duarte. 2010
A obtenção de altos rendimentos de forragem com satisfatório
valor nutritivo
Uma melhor distribuição da produção forrageira durante o ano
(conservação)
Deve-se observar para um bom manejo e aproveitamento da
capineira:
A altura de corte em relação ao solo depende do nível de
fertilidade e umidade do solo. Quando as condições para as
brotações basilares forem satisfatórias (solo bem adubado ou de alta
17
18. fertilidade natural), o corte pode ser feito rente ao solo; caso
propriedade.
contrário, deve ser efetuado entre 20 a 30 cm acima do solo. Os
Esterco de bovinos
melhores resultados são obtidos com cortes feitos com facão, foice
Curtimento do esterco
ou enxada. Cortes mecanizados podem prejudicar a longevidade da
capineira.
Altura de corte
Foto: Araújo, Alves..2009
Foto: Cândido, Duarte. 2010
ADUBAÇÃO QUÍMICA
É essencial, ainda, a aplicação de adubação de
manutenção. Essa operação deverá ser feita em função da
Foto: Cândido, Duarte. 2010
Foto: Cândido, Duarte. 2010
produção de forragem que foi removida da área e da fertilidade
do solo.
MANEJO DAS CAPINEIRAS
ADUBAÇÃO ORGÂNICA
Todo o esterco de curral deve ser transportado para a
capineira e distribuído uniformemente sobre a área do capim
MANEJO TRADICIONAL
Toda a forragem produzida durante período de
crescimento fica acumulada no campo, para uso na seca.
recém-cortado, independente da época do ano. A quantidade
de esterco a ser aplicado depende de sua disponibilidade na
18
19. MANEJO RACIONAL
da forrageira, ou seja, no inverno.
Na época das águas a forragem produzida é cortada,
podendo ser fornecida no cocho ou ensilada. Desta forma, temse o estímulo da brotação e produção de forragem de melhor
qualidade para uso no início do período seco. E no decorrer do
período seco pode-se usar a silagem produzida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALCANTARA, P.B., ALCANTARA, V.B.G., ALMEIDA,
J.E. Estudo de vinte e cinco prováveis variedades de capim-elefante
(Pennisetum purpureum shum.).Boletim da Indústria Animal, Nova
Odessa, v.37, n.2, 1980, p.279–302.
IMPORTÂNCIA DO ESTÁDIO DE DESENVOLVIMENTO DO
CAPIM
Capim novo: corte na idade de 50 a 60 dias de crescimento,
aproximadamente com 1,8m de altura.Consumo esperado: 45kg/dia
para uma vaca em lactação. O capim elefante novo fornecerá 74% da
exigência em proteína e 100% do NDT para a produção de 8,0L/dia.
GOMIDE, J.A. Formação e utilização de capineira de capimelefante. In:CARVALHO, M.M., ALVIN, M.J., XAVIER, D.F., et
al. (Eds). Capim elefante :produção e utilização. 2º ed. Coronel
Pacheco: Embrapa–Gado de Leite, 1997, p.81–115.
GOMIDE, J.A. Adubação de pastagens. In: PEIXOTO,
A.M., MOURA, J.C., FURLAN, R.S., FARIA V.P. (Eds) Simpósio
Capim velho: corte na idade de 140 a 170 dias de crescimento,
aproximadamente com 3,0m de altura. Consumo esperado: 25 a
30kg/dia para uma vaca em lactação. O capim velho fornecerá 17%
da proteína requerida e 45% do NDT.
sobre o manejo da pastagem, 3, Piracicaba, 1976. Anais...
Piracicaba: FEALQ, 1976, p.5-44.
WERNER, J.C., LIMA, F.P., MARTINELLI, D., CINTRA,
Observações:
B. Estudos de três diferentes alturas de cortes em capim-elefante
Em caso de sobra de capim em um talhão, este deve ser cortado
napier. Boletim da Indústria animal, v.23, p.161-168, 1966.
e fornecido para as categorias animais mais exigentes.
A capineira poderá ser utilizada para ensilagem caso haja
RESENDE, J.C. Leite no elefante compensa. Boletim do
Leite, São Paulo, v.6, n.69, p.25-26, 1992.
a previsão de sobra de capim no período de maior crescimento
19
20. MANEJO DE PASTAGENS NO CONTROLE
DE VERMINOSES
O controle dessa enfermidade é necessário, caso contrário a
criação
torna-se
inviável
economicamente
devido
à
baixa
Antonio Lima da Silva Junior1
produtividade, à alta mortalidade dos animais e às despesas com a
1
mão-de-obra e os anti-helmínticos.
Graduando do curso de Zootecnia UFMA/CCAA. Email: antonio.l.s.junior@hotmail.com
O QUE SÃO HELMINTOS
Conhecidas popularmente como verminoses estão entre as
O uso do sistema de rotação das pastagens tem a vantagem de
infecções que mais afetam a produtividade dos ruminantes. É uma
reduzir o nível de infecção nos animais e a redução da contaminação
doença causada por helmintos ou vermes que vivem, principalmente,
ambiental, desde que feito com intervalos nunca inferiores àqueles
no abomaso e intestinos dos animais, podendo atacar todo o rebanho,
que possam comprometer a qualidade do capim.
sobretudo, os animais mais jovens.
Rotação de Piquetes ou Pastejo Rotacionado
Por exemplo, em épocas de chuvas, o rodízio de pasto deve
Quando parasitados pelos vermes, os animais se tornam
fracos, magros, com pêlos arrepiados, apresentando diarréia, edema
submandibular (papada) e anemia.
ser de no mínimo 40 dias e em outras épocas de no mínimo 35 dias,
antes que o capim se torne muito fibroso.
Dados confirmam que a redução de infestação das larvas nas
pastagens, pode ser reduzida em até 50 %.
Busca-se com este manejo a manutenção das pastagens livres
de animais por um período de no mínimo 35 dias, fazendo com que
os ovos e larvas presentes, morram por dessecação, (ação do frio ou
Larvas na pastagem
Fonte: Google
TODOS DE CONTROLE NAS
Fonte: Google
Animal com edema submandibular e
anemia
Fonte:
PASTAGENS Google
MÉ
calor), sabendo-se que 90% dos parasitos (ovos e larvas) estão
presentes nas pastagens e somente 10% no animal.
Fonte: Google
20
21. Fonte: Google
Sabe-se que bolos fecais contendo ovos de helmintos, que
larvas, pois estas tendem a ter uma
são depositados nos pastos ao início do período seco, permanecem
maior cobertura do solo, com isso
por 6 meses ou mais como fonte de contaminação por larvas de 3º
propicia condições ideais para o
estágio de helmintos.
desenvolvimento
Estas larvas ainda, ao serem liberadas do bolo fecal,
sobrevivem até por dois meses protegidas pela vegetação.
Este técnica tem outra vantagem de evitar o deslocamento de
helmintos,
das
enquanto
larvas
dos
plantas
de
crescimento ereto são melhores para a
diminuição das larvas.
animais por longas distâncias nos
Lotação de Pastagens
períodos secos, que por ser uma
época
crítica,
disponibilidade
evita
o
de
de
manejo
pouca
Em
pastagens,
de
processo
de
superlotação de pastagens, a
animais
enfraquecidos e ou sujeitos a
um
Fonte: pictoramadesign.com.br
doenças, para serem submetidos a tratamentos.
pressão de eliminação de fezes é
muito
grande,
aumentado
a
quantidade de ovos e larvas nas
Escolha da espécie Forrageira
A espécie influencia bastante a infestação de larvas na
pastagens
Fonte: Google
A taxa de lotação ideal
pastagem, pois a maior concentração de larvas está encontrada na
para um bom controle de verminose é de 1,4 unidade animal por
região próxima ao solo até os primeiros 5 cm de altura da planta.
hectare, pois assim, em uma lotação adequada de pastos, as fezes
Portanto, plantas de crescimento rasteiro têm maior incidência de
ficam mais espalhadas, permitindo um pisoteio melhor, fazendo com
21
22. que ovos e larvas fiquem mais expostos às condições climáticas e
sofram uma maior dessecação por parte do sol
mesma
colocar
pastagem
diferentes
utilizando-se desinfetantes pelo menos uma vez por semana, em
estábulos leiteiros e de preferência efetuar duas caiações (pintar com
Pastejo consorciado
Significa
de
1. Manter sempre limpa e desinfetada as instalações,
tinta a cal) por ano.
numa
2. Construir esterqueiras na fazenda.
espécies
animais,
3. Separar os animais quando possível por faixa etária, pois
pois
os animais jovens são mais suscetíveis às verminoses do que os
acredita-se que a maioria dos
adultos.
vermes não são comuns a todos,
4. O sucesso na implantação de um programa profilático
com exceção do Trichostrongylus
depende do clima e de outras variáveis que devem ser consideradas,
Fonte: Google
porém nada terá valor se não houver alimentação adequada, através
Com este manejo, espécies de helmintos que são ingeridos
do fornecimento de pastagens de boa qualidade e de sais minerais de
axei, que é comum a bovinos, ovinos, caprinos e equinos.
por um animal que não é suscetível a este, não se desenvolvem e não
boa procedência.
completam o seu ciclo, sendo destruídos no trato gastrintestinal do
REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS
hospedeiro.
AMARANTE, A F. T; Atualização no Controle de
Verminose em Caprinos e Ovinos. Universidade Estadual Paulista –
Medidas adicionais de Controle
UNESP. Departamento de Parasitologia. Instituto de Biociência. Pg.
86.
DOMINGUES. Prof. Paulo Francisco; Manejo Sanitário de
Ovinos. I Encontro de criadores de ovinos da região de Araraquarai.
22
23. FEPAGRI - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia –
período de estiagem, no qual as pastagens tropicais de gramíneas
UNESP – Botucatu. Pg. 63.
sofrem perdas nutricionais pela maturação, é o banco de proteínas.
VIDOTTO,
Odilon.
Complexo
Carrapato
-
Tristeza
Parasitária e outras parasitoses de bovinos - Universidade Estadual
de Londrina em http://www.nupel.uem.br/pos-ppz/complexo-0803.pdf acessado em 26/09/11
LEGUMINOSAS FORRAGEIRAS X GRAMÍNEAS
Forragem de melhor valor
nutritivo;
uso
de
pequena
porcentagem de leguminosas na
dieta dos animais mantendo um
bom nível nutricional.
BANCO DE PROTEÍNA
1
Hellyda Gomes Pereira , Maria da Conceição Linhares da Conceição
1
1
Graduanda do curso de Zootecnia UFMA/CCAA. Email: hellydamyres@hotmail.com,
linhares.conceicao@yahool.com.br
Fonte: imagem retirada do Google.
O QUE É BANCO DE PROTEÍNA?
Segundo Peixoto, “O período de pastejo não deve ultrapassar
O banco de proteína é parte de um sistema de alimentação à
2 hs ao dia, em períodos de chuva, a depender da categoria animal.”
base de forragem.
Deve-se proporcionar uma maior freqüência possível do
Formação de banco de proteína
animal ao banco de proteína.
- ESCOLHA DA LEGUMINOSA FORRAGEIRA
É uma possível alternativa
Adaptação às condições edafoclimáticas locais;
para o produtor rural durante o
Tolerância à seca;
23
Fonte: imagem retirada do Google.
24.
Elevado teor protéico;
Produção de forragem;
Com água quente;
Recuperação pós-pastejo;
Água fria;
Consumo pelos animais.
Danifica o tegumento da semente com lixa, areia grossa ou
- Escarificação das sementes
seixo.
ESPÉCIES CULTIVADAS
LEUCENA
Origem - América Central, e nas regiões tropicais. A leucena
é uma alternativa interessante para teor protéico de dietas de vacas
leiteiras a baixo custo, em especial nos sistemas que exploram
pastagens, podendo ser consorciada ou utilizada na forma de banco
Fonte: imagem retirada do Google.
de proteína.
- Características
- PLANTIO
No início do período chuvoso;
Boa aceitação pelos animais;
Em sulcos rasos;
Tolerância à seca;
Espaçamento de 1,0 m entre linhas;
Perenidade.
Obedecendo a densidade de plantio.
- Utilização
Feno ou farinha (bovinos, suínos e aves);
24
25.
Adições de 20% de leucena ao milho resultam em elevação
Solos bem drenados e profundos vegetais solos argilosos
do teor de proteína bruta na silagem em até 12 % na matéria seca;
pesados;
Silagens exclusivas de leucena podem ser confeccionadas.
Aplicação de calcárioAnálise do solo, 2 a 3 meses antes do
plantio;
FEIJÃO GUANDU
Foi introduzida no Brasil e Guianas pela rota dos escravos
procedentes da África; Distribuída e semi-naturalizada na região
Aplicação de superfosfatosuprir as necessidades de P e S,
junto com o calcário ou na semeadura.
tropical;
ESTILOSANTES
A planta apresenta grande
potencial forrageiro por ser boa
fonte de proteína, por causa da boa
fixação biológica de nitrogênio e,
com isso, adapta-se bem aos solos
pobres dos Cerrados brasileiros.
Fonte: imagem retirada do Google.
Fonte: imagem retirada do Google.
- Utilização
Bom potencial produtivo;
Fonte de alimento humano;
Boa persistência sob pastejo;
Forragem;
Alta capacidade de ressemeadura natural.
Cultura para adubação verde.
AMENDOIM FORRAGEIRO
- Clima, solo e adubação
Temperatura entre 20 e 40 °C durante seu ciclo;
25
26. Essas plantas conseguem fixar N e por isso são capazes de
produzir grande
quantidade
Ambas as alternativas podem ser feitas apenas na época mais
crítica de produção e qualidade da pastagem.
de
alimento, mesmo
em
média
solos
e
de
baixa
fertilidade.
Fonte: imagem retirada do Google.
- Características
Fonte: site Embrapa Meio norte.
Grande valor nutritivo;
- Resposta animal
Boa aceitação animal;
Baseado na experiência nacional e regional, o uso de banco
Recuperação de pastos degradados. “O nitrogênio absorvido
pelo amendoim forrageiro é convertido em adubo para as plantas”.
de proteína de leguminosa pode aumentar a produção de leite de
20% a 30%.
PRODUÇÃO DE SILAGEM
- Utilização
Janayra Cardoso Silva1, Raíza Flamilsa Mourão Reinaldo1
Produção de forragem e valor nutritivo.
1
Graduanda
do
curso
de
Zootecnia
UFMA/CCAA.
Email:
janayrasilva.c@gmail.com,
raiza_life@hotmail.com
- Pastejo
Acesso
dos
animais
aproximadamente 1 a 2 horas;
cada
2
ou
3
dias,
por
O armazenamento de alimentos na forma de silagem é uma
forma de garantir o alimento para os animais na época seca do ano
quando
a
falta
do
pasto.
Silagem
é
um
método
26
27. de conservação de forragem para alimentação de animais. É possível
alimentar a criação no período da seca, guardando a forragem verde
em locais denominados “silos para que essa forragem sofra um
Silos – onde é armazenado a forrageira, podem ser feitos:
escavados na terra; na superfície do solo, coberto com lona plástica;
em tambores de metal ou plásticos bem fechados e em sacos ou
tubos de plástico.
processo de fermentação.
Fonte: imagem retirada do Google
Fonte: www.boiapasto.com.br
Fonte: Fopama.br/site
Fonte: www.boiapasto.com.br
Ensilagem - é o processo de cortar a forragem, colocá-la no
silo, compactá-la e protegê-la com a vedação do silo.
DIFERENÇA ENTRE SILAGEM, SILOS E ENSILAGEM
Silagem - forragem verde
conservada por meio de um
processo de fermentação anaeróbica,
isto é, na ausência de oxigênio, por
acidificação do material verde
vegetal.
Fonte: imagem retirada do Google
Fonte: imagem retirada do Google
Fonte: www.boiapasto.com.br
27
28. perda do valor nutritivo das plantas.
AS MELHORES ESPÉCIES DE FORRAGEIRAS PARA
ENSILAGEM
São muitas as gramíneas usadas
para ensilar, sendo o milho, o sorgo, a
cana-de-açúcar são algumas das mais
utilizadas.
Fonte: Fopama.br/site
adaptadas
Raiz e parte aérea da mandioca
Capim-elefante
Capins
tropicais (Mombaça,
Tanzânia,
Marandu
entre
outros).
Como preparar a forrageira para silagem?
Primeiro corte a forragem quando as plantas estiverem
começando a florar. Triture toda a forragem cortada numa máquina
forrageira. Vá enchendo o silo em camadas “pilando” bem para
O milho e o sorgo são culturas
mais
Obs.: Quando se faz a silagem bem feita, praticamente não há
ao
processo
expulsar todo o ar.
de
ensilagem, resultando geralmente em
silagens de boa qualidade sem uso de aditivos ou pré- muchamento.
Fonte: Fopama.br/site
A cana-de-açúcar se destaca por dois aspectos: alta produção
de matéria seca (MS) por hectare e capacidade de manutenção do
potencial energético durante o período seco. Outras opções de
forrageiras são:
Milheto
Girassol
28
29. É preciso que as camadas sejam bem piladas desde o fundo
uma camada de pelo menos 15 centímetros, devido à exposição com
do silo, para que a fermentação seja bem feita. Feche e cubra o silo
o ar, ou seja, uma vez aberto o silo, a cada dia deve ser retirada uma
com uma lona de plástico. Faça isso com cuidado apertando bem a
fatia de no mínimo 15 cm.
lona para não deixar que o ar entre. Depois que cobrir o silo, vede a
A determinação correta do consumo diário é de fundamental
lona para não deixar entrar ar depois do silo coberto. Essa é uma
importância. No caso de vaca leiteira o consumo é determinado pelo
etapa muito importante do processo, pois não pode entrar ar no silo
potencial produtivo de cada animal individualmente. Para gado de
depois de coberto, ou seja, um silo bem coberto e vedado não
corte confinado, a determinação é feita com base no peso médio do
apodrece a silagem.
lote e estimativa de ganho de peso diário.
Aproximadamente 40 dias após o fechamento do silo, a
silagem poderá ser fornecida aos animais. Se tiver sido bem feita e o
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA SILAGEM DO USO
DA SILAGEM
silo não for aberto, a silagem pode conservar-se por mais de 1 ano.
MANEJO DA SILAGEM
Uma vez aberto o silo, deve-se sempre
Vantagens
Produção de 30% a 50% mais de nutrientes em comparação à
produção de grãos.
tomar o cuidado de eliminar possíveis bolores
(fungos), partes com cheiro semelhante ao álcool
Manutenção
do
valor
nutritivo,
quando
ensilado
adequadamente.
(fermentação butírica ) e partes escuras. Após
estes cuidados, deve-se proceder o corte em toda
Liberação de área mais cedo, para uso de safrinha ou
formação de pastagem.
camada de maneira uniforme, na quantidade
necessária. Após a abertura do silo, independente
Fonte: Fopama.br/site
da utilização da silagem, torna-se obrigatório o corte uniforme de
Requer menos espaço de armazenagem, por unidade de
matéria seca, do que a fenação.
29
30.
Alta aceitabilidade.
Processo totalmente mecanizado.
Menor custo das máquinas em relação à fenação
Permite a manutenção de um maior número de animais ou
unidades animais (450 kg) por unidade de terra.
Desvantagens
Estrutura especial de armazenamento – Apesar de poder ser
Fonte: imagem retirada do Google.
armazenada em silos horizontais do tipo superfície, estruturas como
silo trincheira podem favorecer o enchimento, a compactação e o
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
armazenamento.
CARDOSO , E. G. ; SILVA , J. M. da ; Silos, silagem e
Alta umidade, significando grande quantidade de água
transportada e armazenada.
Redução da matéria orgânica e exposição do solo à erosão –
Esse problema pode ser minimizado com a adoção de técnica de
ensilagem.
LOPES DE S.THIAGO , L. R.; VIEIRA , J. M.; Cana-deaçúcar: uma alternativa de alimento para a seca.
SEBRAE; O aproveitamento sustentável da rama da
plantio direto.
Mandioca e da manipueira. Série criação animal: armazenamento de
forragens ensilagem e fenação, Diaconia, março de 2006.
Custo elevado em relação ao custo das pastagens – um dos
fatores que mais influem no custo final da silagem é a produção por
hectare. Por isso, o produtor deve cuidar o melhor possível de suas
áreas de produção de forragem.
Silagem de capim: economia e bons resultados; Embrapa
Gado de Corte, 2007.
SILVA , J. M. da ; Silagem de forrageiras tropicais
30
31. SOEIRO, P. R. A.; Silagem de cana: alternativa na redução
PARA QUE FAZER O FENO?
O feno é um dos melhores recursos para a alimentação
de custos com volumosos e manejos, 2009.
OLIVEIRA , J. S. E; Pesquisador da Embrapa Gado de Leite.
animal, principalmente para aqueles pecuaristas que desejam ter uma
Manejar corretamente o silo reduz as perdas e preserva o valor
exploração intensiva, de alta produção, tanto de gado leiteiro como
nutritivo da silagem.
de corte. Equinos, ovinos, caprinos e búfalos também apreciam o
feno de boa qualidade.
Dessa forma o feno é utilizado para:
PRODUÇÃO DE FENO
- Fornecer alimento de qualidade na época da seca.
Dayane Louyse Araújo Pontes1, Kayro Késed Albuquerque Puça1
- Evitar quedas da produção animal.
1
- Melhorar o manejo.
Graduanda
do
curso
de
Zootecnia
UFMA/CCAA.
Email:
dane_louyse@hotmail.com,
kayropuca@hotmail.com
O QUE É FENO?
- É uma forragem conservada mediante uma forte
desidratação.
- Retirando-se a água da forragem, ela pode ser armazenada
por muito tempo sem estragar, e mantém todo o seu valor nutritivo.
Fonte: Gerson Sobreira
ESCOLHA DA FORRAGEM
Cultivar gramíneas com elevada produtividade e qualidade,
presença de colmos finos e alta proporção de folhas, possibilitando
uma secagem mais uniforme e consequentemente a produção de um
Fonte: Feno sul
31
32. feno de qualidade. É importante também que a espécie escolhida seja
As experiências têm demonstrado que as ramas de mandioca
tolerante a cortes, bem como apresente estrutura que facilite o uso de
podem ser incluídas na formulação de rações para animais
instrumentos mecânicos ou manuais para o corte. São espécies
domésticos, especialmente ruminantes (bovinos, caprinos e ovinos),
indicadas de garmineas: Tifton, “coast-cross” e Gramão.
em substituição parcial ou total dos cereais (milho, trigo e cevada),
graças ao seu valor nutritivo.
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS: (FENAÇÃO MECÂNICA)
- Ceifadeira
- Condicionador – secador
Tifton
Coast cross
Gramão
- Ancinho enleirador
- Enfardadeira de fardos retangulares
- Enfardadeira de fardos redondos
Outra forrageira utilizada para a produção de feno é a
mandioca, utilizando a parte aérea da planta.
Fonte: Feno da parte aéra da mandioca,
FOPAMA
- Plastificador de fardos
Ceifadeira: Utilizada para o corte da forragem no campo.
Fonte: Wilma Wanda de Souza Emeri
Fonte: imagens retiradas do Google.
32
33. Condicionador-secador: Utilizada para a secagem da
forragem, após o corte.
Fonte: imagem retirada do Google.
Fonte: imagens retiradas do Google.
Ancinho enleirador:Utilizado para virar a forragem, evitando
que haja umidade nas mesmas.
Enfardadeira de fardos redondos: Utilizado para a formação
de fenos redondos.
Fonte: imagem retirada do Google.
Enfardadeira de fardos retangulares: Utilizado para a
Fonte: imagens retiradas do Google.
formação de fenos retangulares.
Plastificador de fardos: Utilizado para plastificar o feno.
33
34. Fonte: imagens retiradas do Google.
Fonte: imagens retiradas do Google.
- Garfos: Utilizado para fazer o revolvimento da forragem.
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS (FENAGEM MANUAL)
O corte manual pode ser feito empregando-se:
- Foice
- Roçadoral lateral
Fonte: imagens retiradas do Google.
- Garfos
- Enfardadora Manual
- Foice: Realiza o corte da forragem.
- Enfardadeira Manual: Faz fardos de 10 e 15kg, medindo 40cm de
altura, 45cm de largura por 65cm de comprimento, com excelente
compactação e uma produção média de até 100 fardos por dia.
Fonte: imagens retiradas do Google.
- Roçadora Lateral: Realiza o corte da forragem.
Fonte: imagens retiradas do Google.
34
35. ÉPOCA DE VEDAÇÃO
dependendo da região, da época do ano e da espécie da forrageira,
- Vedação única: Toda a área é vedada no final de janeiro e
apresentando umidade final em torno de 12%.
utilizada durante todo o período seco.
- Vedação escalonada:
Os períodos de vedação são menores ou realizados em épocas
de menor crescimento da planta. Permite controlar melhor a
SECAGEM OU DESIDRATAÇÃO
•
Para preparar um feno de qualidadee verde, deve-se proceder
da seguinte maneira:
•
Cotar pela manhã, bem cedo.
•
Realizar o acondicionamento.
CORTE DA FORRAGEM
•
Deixar espalhada por algumas horas.
- O corte da forragem ocorre geralmente quando a gramínea
•
Realizar o enleiramento da forragem.
atinge a altura de 50cm , o que corresponde a 21 a 28 dias de rebrota,
•
Caso o tempo esteja propício à fenação, o feno pode ser daí
no verão chuvoso, e 42 a 56 dias de rebrota, no inverno seco.
enfardado.
qualidade do feno.
- A altura do corte deve ficar entre 5 e 10 cm de distância do
solo.
Durante a secagem as perdas podem ser atribuídas ao
dilaceramento de parte das folhas e hastes no momento do corte e
nas viragens, diminuindo a eficiência do seu recolhimento para
enfardamento ou ensacamento.
PONTO DE FENO
O feno está no ponto ideal quando:
Fonte: imagem retirada do Google.
Em dias quentes e secos, com ocorrência de ventos, o feno
- Ao apertar os entrenós do caule não há umidade, ou seja,
não sai água.
pode ser produzido num período de 12 a 36 horas após o corte,
35
36. - Ao torcer uma porção de forragem, a mesma se desfaz
lentamente e não há eliminação de água.
Qualidade do Feno
Requerimentos para Certas Classes de Feno (USDA, 71)
Fonte: MF Rural, www.mfrural.com.br
ENFARDAMENTO DO FENO NO CAMPO
O enfardamento nas próprias leiras evita boa parte da perda
Classes de Fenos de Leguminosas e Conteúdo em Nutrientes
(USDA, 71)
das folhas. Os fenos de leguminosas, excessivamente secos, antes do
enfardamento perdem considerável quantidade de folhas.
O feno deve estar um pouco mais seco que o comum. É
preferível que sua umidade esteja entre 20 e 22%.
ARMAZENAMENTO DO FENO
Outras perdas na qualidade do feno ocorrem quando o feno,
após secagem, é armazenado. Uma série de trabalhos indica que
perdas na matéria seca aumentam com a temperatura de
armazenagem e com o conteúdo de umidade do feno.
Fonte: Luana Dourado
Fonte: Central de produção, Frigorifico
cordeiro Brasileiro
36
37. - Modo correto: Suspenso do chão, dessa forma evita a
umidade e perda na qualidade.
FENO DE LEGUMINOSAS
Alfafa
Fonte: imagem retirada do Google.
Fonte: Dayane Pontes, Fazenda Taça,
Aramazenagem
O Feno de ALFAFA se destaca pela alta qualidade,
padronização e longevidade para estocagem. É um feno de cor
- Modo errado: Devido ao contato com o chão aumenta a
umidade do feno, ocasionando proliferação de fungos e perdas na
qualidade.
verde, que mantém suas propriedades por um longo período devido à
secagem ser induzida e controlada no menor tempo possível para
enfardamento abaixo de 12% de umidade.
USO DO FENO
Um bom feno deve apresentar cor esverdeada, semelhante ao
da planta que o originou, odor agradável, ausência de bolores e
elevada relação folha:caule. Estas características conferem boa
aceitação por caprinos, ovinos, eqüinos e bovinos.
Fonte: Francisco Lédo
37
38. A quantidade a ser oferecida dependerá do plano nutricional
de cada propriedade.
•
http://www.nordesterural.com.br/nordesterural/matler.asp?newsId=5
17. Acessado em: 07/10/2011.
Usar picado?
EUCLIDES, V. P. B.; DE QUEIROZ, H. P. Manejo de
Sim, porém, nunca transformado em pó, pois prejudica a
absorção de nutrientes.
pastagens para
produção de feno-em-pé. Disponível em:
http://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/divulga/GCD39.html.
Acessado em: 07/10/2011.
VANTAGENS DO FENO
Alimento alternativo nos períodos secos, evitando grandes
perdas na produção animal.
SAVASTANO, S.O que é importante saber sobre fenação,
savastano@cati.sp.gov.br.
VILELA,
Valorização dos animais nos periodos mais críticos.
H.
Feno
e
fenação.
Disponivel
em:
http://www.agronomia.com.br/conteudo/artigos/artigos_feno_fenaca
Banco de proteina.
o.htm. Acessado em: 07/10/2011.
Boa relação custo-beneficio.
Exploração de sitema intensivo de produção animal.
USO DA URÉIA NA ALIMENTAÇÃO
DE RUMINANTES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CANDIDO, M.J.D. Reserva de forragem para seca: produção
e utilização de feno – CÂNDIDO, M.J.D.; CUTRIM JUNIOR,
Jefferson Ribeiro Bandeira1, Vanessa Matias Chagas1
1
Graduanda do curso de Zootecnia UFMA/CCAA. Email: jeffersonribeiro@zootecnista.com.br,
J.A.A.; SILVA, R.G.; AQUINO, R.M.S.. Fortaleza: Imprensa
vmcvaness@gmail.com
Universitária, 2008. 64p.
CAVALCANTE, A. C. Feno de Gramíneas: Processo de
Produção
Passo
a
Passo.
Disponível
em:
URÉIA
Pontos Positivos
38
39. -
Tecnologia simples e acessível a qualquer produtor;
-
-
Fonte de nitrogênio não-protéico de baixo custo;
do rúmen consigam sintetizar aminoácidos sulfurados (cistina,
-
Baixo custo de implantação;
cisteina e metionina).
-
Redução das perdas de peso dos animais no período seco;
-
Mantém e/ou estimula a produção de leite.
SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO COM URÉIA
Pontos negativos
-
Sal Mineral + Uréia
Baixa aceitação pelos animais;
-
Deve-se adicionar enxofre (S) à uréia para que as bactérias
Alta toxicidade.
-
Mistura deve ser bem homogeneizada;
-
Cochos em lugares estratégicos;
-
Cochos cobertos;
-
Não deixar faltar, caso contrário, readaptar novamente;
-
METABOLISMO DA URÉIA
Não fornecer para animais em jejum, famintos, cansados ou
depauperados.
-
É indispensável uma boa disponibilidade de forragem para
garantir um bom desempenho em animais que usam uréia.
39
40.
Mistura Múltipla ou Sal Proteinado
2º Colheita da Cana
proteína verdadeira, energia e sal comum.
-
Em dois em dois dias;
-
Utilizar caule e folhas;
-
Consiste numa mistura contendo: uréia, minerais, fontes de
Picar a cana somente na hora.
3º Dosagem de uréia e fornecimento da mistura cana + uréia
Primeira semana:
-
Não requer adaptação;
-
Cochos no mesmo esquema apresentado anteriormente;
-
Não usar sal mineral, os minerais já estão presentes na
mistura;
-
Segunda semana:
Não fornecer para animais em jejum ou doentes.
Cana de açúcar + Uréia
Passo a passo:
1º Preparo da Mistura de Enxofre e Uréia
Como fazer:
40
41. -
Após colheita, não estocar a cana por mais de dois dias;
-
Misturar uniformemente a uréia + sulfato de amônia à cana
picada, para evitar riscos de intoxicação;
-
cana + uréia.
Limpar os cochos todos os dias eliminando as sobras;
-
As recomendações de uso são as mesmas para bagaço de
Depois da adaptação, oferecer cana + uréia à vontade;
-
-
Adaptar os animais como recomendado anteriormente;
-
Capim picado + uréia
Água e sal mineral à vontade.
Bagaço de cana + uréia
Silagem + uréia
-
Qualidade inferior à cana inteira;
-
-
A quantidade de uréia utilizada é a metade da uréia utilizada
Pode ser utilizada no momento da ensilagem (mais
recomendado) ou momento que for fornecido aos animais;
com a cana inteira, devido o bagaço apresentar um menor teor de
-
Recomenda-se silagem de milho e sorgo;
açúcar.
-
Uréia adicionada no processo de ensilagem (enchimento do
silo)
-
Retarda a fermentação secundária que ocorre após a abertura
do silo, prolongando o tempo de utilização pelos animais;
-
Adicionar 0,5% de uréia (Ex: Pra cada tonelada de silagem,
acrescentar 5kg de uréia);
-
Uniformizar bem;
-
Não precisa de período de adaptação.
41
42. -
Uréia adicionada à silagem no momento de fornecimento aos
Volumosos Secos (70-90% MS)
animais
-
Requer período de adaptação;
-
Adicionar a uréia diluída em água à silagem conforme a
tabela 5.
Melaço + Uréia
Volumosos Grosseiro + Uréia
-
Subprodutos da agricultura (palha de arroz, trigo, milho e
fenos de baixa qualidade);
Volumosos úmidos (mais de 30% de umidade)
-
O volumoso deve ser totalmente picado;
-
Concentrado + Uréia
-
Redução do custo da ração;
-
Não ultrapassar 2% da ração;
Dissolver 0,5 kg de mistura uréia + fonte de enxofre em 4 L
d’água. Solução para 100kg de volumoso.
42
43. -
Cada 1% de uréia no concentrado eleva o seu teor de PB em
2,8%, conforme tabela abaixo:
-
Nunca utilizar uréia na água de beber dos animais;
-
É importante o acompanhamento técnico para escolha e
adequação de um método que se adeque a propriedade.
SINTOMAS DE INTOXICAÇÃO
-
Agitação
-
Salivação em excesso
-
Falta de coordenação
-
Tremores musculares
Outras alternativas regionais de utilização da uréia
-
Micção e defecção frequentes
Em períodos de estiagem prolongada, particularmente no
-
Respiração ofegante
Nordeste, onde a disponibilidade de volumoso é reduzida, existem
-
Timpanismo
-
Recomenda-se acompanhamento técnico.
várias alternativas para alimentação dos animais, como: palma
No caso de intoxicação, utilizar como antídoto duas garrafas
forrageira, sisal, rama de mandioca, macambira, gravatá, coroa de
de vinagre por animal, logo aos primeiros sinais, da seguinte
abacaxi, entre outras. Dependerá da região.
maneira:
-
CUIDADOS NA UTILIZAÇÃO DA URÉIA
-
Adaptar os animais;
-
Não ultrapassar as quantidades recomendadas;
-
Mistura homogênea;
-
Cochos cobertos e com furos para dreno d’água;
Coloque o bico da garrafa no canto da boca do animal e
deixe o vinagre descer goela abaixo;
-
Movimente o animal quando estiver dando vinagre;
-
Não puxe a língua do animal para dar o vinagre; com isso, se
evita que o vinagre vá para o pulmão do animal e o asfixie.
43
44. Obs.: Deve-se recorrer ao veterinário da fazenda, caso
necessário.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Se for adequadamente utilizada, conforme as recomendações
técnicas mencionadas, a uréia não causa intoxicação. Essa só
ocorrerá em caso de ingestão em períodos curtos ou em quantidades
acima das recomendadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GONÇALVES, C. C. M.; TEIXEIRA, J. C.; SALVADOR, F.
M. Uréia na alimentação de ruminantes.
VILELA, H.; SILVESTRE, J.R.A. Uréia: informe técnico.
Brasília: EMBRATER, 1985. 57 p.
44
45. ANEXOS
Início do Setor – Capim-Marandu, período chuvoso de 2009
Experimento Capim-Xaraés, período chuvoso 2011
Corte de experimento
Avaliação da adaptação de gramíneas forrageiras na Região
45
46. Experimento com Capim-Andropogon, período chuvoso 2011
Pastagem de Capim-Xaraés, período chuvoso de 2011
Corte de experimento “Avaliação da adaptação de gramíneas forrageiras”
Uniformização da pastagem de Capim-Xaraés
46
49. Organização:
Profa. Dra. Rosane Cláudia Rodrigues
Docentes :
Profa. Dra. Ana Paula Ribeiro de Jesus
Prof. Dr. Henrique Nunes Parente
Prof. MSc. Ivo Guilherme A. Ribeiro
Prof. Dr. José A. A. Cutrim Junior (IFMA)
Profa. Dra. Michelle de O. Maia Parente
Técnicos:
Geziel Sousa Silva
Mabson de Jesus Gomes dos Santos
Jaílson da Silva Costa
Discentes:
Antonio José Temistocles
Antonio Lima da Silva Júnior
Anália
Carlos Magno Lima Galvão
Clesio dos Santos Costa
Erika Silva Figueiredo
Francisco Naysson de Sousa Santos
Fancivaldo Oliveira Costa
Héllyda Gomes Pereira
Ivone Rodrigues da Silva
Janayra Cardoso Silva
Jefferson Ribeiro
Laíse Viana Santas
Maria Antonia Araújo Melo
Maria Clean Sousa Lima
Maria da Conceição Linhares da Conceição
Maria das Graças Candeira da Silva
Raiza F. Mourão Reinaldo
Ricardo Alves de Araújo
Robson
Sâmara Stainy Cardoso Sanchês
Sanayra da Silva Mendes
Selma dos Santos Costa
Susan Emanuelly P. Amorim
Wanadsonn da Conceição Silva
Wale Lopes
49