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Pré-Cálculo
Humberto José Bortolossi
Departamento de Matemática Aplicada
Universidade Federal Fluminense
Aula 1
8 de março de 2010
Aula 1 Pré-Cálculo 1
Apresentação do curso
Aula 1 Pré-Cálculo 2
Conteúdo do curso
Conjuntos numéricos.
Módulo e raízes.
Resolução e representação geométricas das soluções de
equações e inequações.
Polinômios.
Função real de variável real.
Leitura gráfica.
Trigonometria.
Funções trigonométricas.
Aula 1 Pré-Cálculo 3
Bibliografia
Iaci Malta; Sinésio Pesco; Hélio Lopes. Cálculo a Uma
Variável. Volume 1: Uma Introdução ao Cálculo. Coleção
MatMídia, Edições Loyola, Editora PUC-Rio, 2002.
Aula 1 Pré-Cálculo 4
Bibliografia
Elon Lages Lima; Paulo Cezar Pinto Carvalho; Eduardo
Wagner; Augusto César Morgado. A Matemática do Ensino
Médio. Volume 1. Coleção do Professor de Matemática,
Sociedade Brasileira de Matemática, 2003.
Aula 1 Pré-Cálculo 5
Bibliografia
James Stewart. Cálculo, volume 1, Quarta edição, Editora
Pioneira, 2001.
Aula 1 Pré-Cálculo 6
Bibliografia
George B. Thomas. Cálculo, volume 1, Décima edição,
Editora Addison-Wesley, 2003.
Aula 1 Pré-Cálculo 7
Bibliografia
Howard Anton. Cálculo – Um Novo Horizonte, volume 1,
Sexta edição, Editora Bookman, 2000.
Aula 1 Pré-Cálculo 8
Outras informações
Página WEB do curso: http://www.professores.uff.br/hjbortol/.
Clique no link DISCIPLINAS no menu à esquerda.
Conteúdo: cronograma dia a dia, lista de execícios, material
extra, notas das provas.
Não deixe de consultar os horários de monitoria no GMA.
Vamos definir agora um horário de atendimento para esta
turma.
Aula 1 Pré-Cálculo 11
Datas das provas
1a VE 07/05/2010 (peso 2)
2a VE 05/07/2010 (peso 3)
VR 12/07/2010
VS 16/07/2010
Aula 1 Pré-Cálculo 12
Elementos de Lógica e Linguagem
Matemáticas
Aula 1 Pré-Cálculo 13
O significado das palavras
linguagem do cotidiano
=
linguagem matemática
Aula 1 Pré-Cálculo 15
Exemplo
O pai de João disse que:
Se João for aprovado no vestibular, então João terá um carro novo.
Admita que o pai de João esteja dizendo a verdade. Depois da divulgação do resultado
do vestibular, João foi visto com um carro novo. É então verdade que João foi aprovado
no vestibular?
Resposta: não! João poderia, por exemplo, não ter sido aprovado no vestibular e ter
ganhado o carro em um sorteio.
Equívoco: na linguagem do cotidiano, é comum assumir que se a sentença
Se João for aprovado no vestibular, então João terá um carro novo.
é verdadeira, então também é verdadeira a sentença
Se João tem um carro novo, então João foi aprovado no vestibular.
Aula 1 Pré-Cálculo 20
Se A, então B: hipótese e tese
Aula 1 Pré-Cálculo 21
Se A, então B: hipótese e tese
Na sentença
Se A, então B.
A é denominada hipótese e B é denominada tese.
Exemplo:
Se m e n são inteiros pares, então o produto m · n é um inteiro par.
Hipótese: m e n são inteiros pares.
Tese: o produto m · n é um inteiro par.
Aula 1 Pré-Cálculo 27
Se A, então B: hipótese e tese
Na sentença
Se A, então B.
A é denominada hipótese e B é denominada tese.
Exemplo:
Se m é um inteiro múltiplo de 3, então m é um inteiro múltiplo de 9.
Hipótese: m é um inteiro múltiplo de 3.
Tese: m é um inteiro múltiplo de 9.
Aula 1 Pré-Cálculo 31
Se A, então B: hipótese e tese
Na sentença
Se A, então B.
A é denominada hipótese e B é denominada tese.
Exemplo:
Se m é um inteiro ímpar, então existe um inteiro k tal que m = 2 · k2 + 1.
Hipótese: m é um inteiro ímpar.
Tese: existe um inteiro k tal que m = 2 · k2 + 1.
Aula 1 Pré-Cálculo 35
Se A, então B: hipótese e tese
Na sentença
Se A, então B.
A é denominada hipótese e B é denominada tese.
Exemplo:
Se n é um inteiro positivo, então n2 + n + 41 é um número primo.
Hipótese: n é um inteiro positivo.
Tese: n2 + n + 41 é um número primo.
Aula 1 Pré-Cálculo 39
Se A, então B: exemplo e
contraexemplo
Aula 1 Pré-Cálculo 40
Se A, então B: exemplo e contraexemplo
Um exemplo para uma sentença “Se A, então B.” é um objeto
matemático que satisfaz a hipótese A e satisfaz a tese B.
Um contraexemplo para uma sentença “Se A, então B.” é um objeto
matemático que satisfaz a hipótese A e não satisfaz a tese B.
Se m é um inteiro múltiplo de 3, então m é um inteiro múltiplo de 9.
Exemplo: m = 18.
Satisfaz a hipótese: m = 18 é múltiplo de 3.
Satisfaz a tese: m = 18 é múltiplo de 9.
Contraexemplo: m = 6.
Satisfaz a hipótese: m = 6 é múltiplo de 3.
Não satisfaz a tese: m = 6 não é múltiplo de 9.
Aula 1 Pré-Cálculo 49
Se A, então B: exemplo e contraexemplo
Um exemplo para uma sentença “Se A, então B.” é um objeto
matemático que satisfaz a hipótese A e satisfaz a tese B.
Um contraexemplo para uma sentença “Se A, então B.” é um objeto
matemático que satisfaz a hipótese A e não satisfaz a tese B.
Se m é um inteiro ímpar, então existe um inteiro k tal que m = 2 · k2 + 1.
Exemplo: m = 1.
Satisfaz a hipótese: m = 1 é um inteiro ímpar.
Satisfaz a tese: se k = 0, então 2 · k2 + 1 = 2 · (0)2 + 1 = 1 = m.
Contraexemplo: m = −3.
Satisfaz a hipótese: m = −3 é um inteiro ímpar 3.
Não satisfaz a tese: não existe inteiro k tal que 2 · k2 + 1 = m, pois 2 · k2 + 1 > 0
para todo inteiro k e m = −3 < 0.
Aula 1 Pré-Cálculo 55
Se A, então B: exemplo e contraexemplo
Um exemplo para uma sentença “Se A, então B.” é um objeto
matemático que satisfaz a hipótese A e satisfaz a tese B.
Um contraexemplo para uma sentença “Se A, então B.” é um objeto
matemático que satisfaz a hipótese A e não satisfaz a tese B.
Se n é um inteiro positivo, então n2 + n + 41 é um número primo.
Exemplo: n = 1.
Satisfaz a hipótese: n = 1 é um inteiro positivo.
Satisfaz a tese: n2 + n + 41 = (1)2 + 1 + 41 = 43 é um número primo.
Contraexemplo: n = 40.
Satisfaz a hipótese: n = 40 é um inteiro positivo.
Não satisfaz a tese: n2 + n + 41 = (40)2 + 40 + 41 = 1681 = 412 = 41 · 41 não é
um número primo.
Aula 1 Pré-Cálculo 61
Se A, então B: exemplo e contraexemplo
Um exemplo para uma sentença “Se A, então B.” é um objeto
matemático que satisfaz a hipótese A e satisfaz a tese B.
Um contraexemplo para uma sentença “Se A, então B.” é um objeto
matemático que satisfaz a hipótese A e não satisfaz a tese B.
Se m e n são inteiros pares, então o produto m · n é um inteiro par.
Exemplo: m = 2 e n = 2.
Satisfaz a hipótese: m = 2 e n = 2 são inteiros pares.
Satisfaz a tese: m · n = (2) · (2) = 4 é um inteiro par.
Contraexemplo: não existe, pois todo objeto que satisfaz a hipótese, obrigatoriamente
também irá satisfazer a tese. De fato: se m e n satisfazem a hipótese, então m e n são
inteiros pares. Mas o produto de inteiros pares é inteiro par. Logo, m · n é inteiro par e
satisfaz a tese.
Aula 1 Pré-Cálculo 70
Se A, então B: verdadeira ou falsa?
Aula 1 Pré-Cálculo 71
Se A, então B: verdadeira ou falsa?
Com relação a uma sentença da forma “Se A, então B.”:
(1) Ela possui um e somente um dos atributos: verdadeira e falsa.
(2) Ela é verdadeira se não possui contraexemplos.
(3) Ela é falsa se possui pelo menos um contraexemplo.
(4) (Demonstração por absurdo) Se ao admitirmos que ela possui
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chegamos à uma contradição da regra (1), devemos concluir
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respectivamente).
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Aula 1 Pré-Cálculo 75
Se A, então B: verdadeira ou falsa?
Se m é um inteiro múltiplo de 3, então m é um inteiro múltiplo de 9.
Contraexemplo: m = 6.
Satisfaz a hipótese: m = 6 é múltiplo de 3.
Não satisfaz a tese: m = 6 não é múltiplo de 9.
Logo a sentença (proposição) é falsa!
Aula 1 Pré-Cálculo 78
Se A, então B: verdadeira ou falsa?
Se m é um inteiro ímpar, então existe um inteiro k tal que m = 2·k2+1.
Contraexemplo: m = −3.
Satisfaz a hipótese: m = −3 é um inteiro ímpar 3.
Não satisfaz a tese: não existe inteiro k tal que
2 · k2 + 1 = m, pois 2 · k2 + 1 > 0 para todo inteiro k e
m = −3 < 0.
Logo a sentença (proposição) é falsa!
Aula 1 Pré-Cálculo 81
Se A, então B: verdadeira ou falsa?
Se n é um inteiro positivo, então n2 + n + 41 é um número primo.
Contraexemplo: n = 40.
Satisfaz a hipótese: n = 40 é um inteiro positivo.
Não satisfaz a tese:
n2 + n + 41 = (40)2 + 40 + 41 = 1681 = 412 = 41 · 41 não
é um número primo.
Logo a sentença (proposição) é falsa!
Aula 1 Pré-Cálculo 84
Se A, então B: verdadeira ou falsa?
Se m e n são inteiros pares, então o produto m · n é um inteiro par.
Contraexemplo: não existe, pois todo objeto que satisfaz a hi-
pótese, obrigatoriamente também irá satisfazer a tese. De fato:
se m e n satisfazem a hipótese, então m e n são inteiros pa-
res. Mas o produto de inteiros pares é inteiro par. Logo, m · n é
inteiro par e satisfaz a tese.
Logo a sentença (proposição) é verdadeira!
Aula 1 Pré-Cálculo 87
A recíproca de “Se A, então B.”
Aula 1 Pré-Cálculo 88
A recíproca de “Se A, então B.”
A recíproca de uma sentença na forma
Se A, então B.
é a sentença
Se B, então A.
Sentença: se m é um inteiro múltiplo de 3, então m é um inteiro múltiplo de 9.
Sentença: (a sentença é falsa)
Recíproca: se m é um inteiro múltiplo de 9, então m é um inteiro múltiplo de 3.
Recíproca: (a recíproca é verdadeira: prove!)
Aula 1 Pré-Cálculo 94
A recíproca de “Se A, então B.”
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Aula 1 Pré-Cálculo 98
A recíproca de “Se A, então B.”
A recíproca de uma sentença na forma
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Sentença: se m e n são inteiros pares, então o produto m · n é um inteiro par.
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Recíproca: se o produto m · n é um inteiro par, então m e n são inteiros pares.
Recíproca: (a recíproca é falsa: prove!)
Aula 1 Pré-Cálculo 102

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  • 4. Datas das provas 1a VE 07/05/2010 (peso 2) 2a VE 05/07/2010 (peso 3) VR 12/07/2010 VS 16/07/2010 Aula 1 Pré-Cálculo 12 Elementos de Lógica e Linguagem Matemáticas Aula 1 Pré-Cálculo 13 O significado das palavras linguagem do cotidiano = linguagem matemática Aula 1 Pré-Cálculo 15 Exemplo O pai de João disse que: Se João for aprovado no vestibular, então João terá um carro novo. Admita que o pai de João esteja dizendo a verdade. Depois da divulgação do resultado do vestibular, João foi visto com um carro novo. É então verdade que João foi aprovado no vestibular? Resposta: não! João poderia, por exemplo, não ter sido aprovado no vestibular e ter ganhado o carro em um sorteio. Equívoco: na linguagem do cotidiano, é comum assumir que se a sentença Se João for aprovado no vestibular, então João terá um carro novo. é verdadeira, então também é verdadeira a sentença Se João tem um carro novo, então João foi aprovado no vestibular. Aula 1 Pré-Cálculo 20
  • 5. Se A, então B: hipótese e tese Aula 1 Pré-Cálculo 21 Se A, então B: hipótese e tese Na sentença Se A, então B. A é denominada hipótese e B é denominada tese. Exemplo: Se m e n são inteiros pares, então o produto m · n é um inteiro par. Hipótese: m e n são inteiros pares. Tese: o produto m · n é um inteiro par. Aula 1 Pré-Cálculo 27 Se A, então B: hipótese e tese Na sentença Se A, então B. A é denominada hipótese e B é denominada tese. Exemplo: Se m é um inteiro múltiplo de 3, então m é um inteiro múltiplo de 9. Hipótese: m é um inteiro múltiplo de 3. Tese: m é um inteiro múltiplo de 9. Aula 1 Pré-Cálculo 31 Se A, então B: hipótese e tese Na sentença Se A, então B. A é denominada hipótese e B é denominada tese. Exemplo: Se m é um inteiro ímpar, então existe um inteiro k tal que m = 2 · k2 + 1. Hipótese: m é um inteiro ímpar. Tese: existe um inteiro k tal que m = 2 · k2 + 1. Aula 1 Pré-Cálculo 35
  • 6. Se A, então B: hipótese e tese Na sentença Se A, então B. A é denominada hipótese e B é denominada tese. Exemplo: Se n é um inteiro positivo, então n2 + n + 41 é um número primo. Hipótese: n é um inteiro positivo. Tese: n2 + n + 41 é um número primo. Aula 1 Pré-Cálculo 39 Se A, então B: exemplo e contraexemplo Aula 1 Pré-Cálculo 40 Se A, então B: exemplo e contraexemplo Um exemplo para uma sentença “Se A, então B.” é um objeto matemático que satisfaz a hipótese A e satisfaz a tese B. Um contraexemplo para uma sentença “Se A, então B.” é um objeto matemático que satisfaz a hipótese A e não satisfaz a tese B. Se m é um inteiro múltiplo de 3, então m é um inteiro múltiplo de 9. Exemplo: m = 18. Satisfaz a hipótese: m = 18 é múltiplo de 3. Satisfaz a tese: m = 18 é múltiplo de 9. Contraexemplo: m = 6. Satisfaz a hipótese: m = 6 é múltiplo de 3. Não satisfaz a tese: m = 6 não é múltiplo de 9. Aula 1 Pré-Cálculo 49 Se A, então B: exemplo e contraexemplo Um exemplo para uma sentença “Se A, então B.” é um objeto matemático que satisfaz a hipótese A e satisfaz a tese B. Um contraexemplo para uma sentença “Se A, então B.” é um objeto matemático que satisfaz a hipótese A e não satisfaz a tese B. Se m é um inteiro ímpar, então existe um inteiro k tal que m = 2 · k2 + 1. Exemplo: m = 1. Satisfaz a hipótese: m = 1 é um inteiro ímpar. Satisfaz a tese: se k = 0, então 2 · k2 + 1 = 2 · (0)2 + 1 = 1 = m. Contraexemplo: m = −3. Satisfaz a hipótese: m = −3 é um inteiro ímpar 3. Não satisfaz a tese: não existe inteiro k tal que 2 · k2 + 1 = m, pois 2 · k2 + 1 > 0 para todo inteiro k e m = −3 < 0. Aula 1 Pré-Cálculo 55
  • 7. Se A, então B: exemplo e contraexemplo Um exemplo para uma sentença “Se A, então B.” é um objeto matemático que satisfaz a hipótese A e satisfaz a tese B. Um contraexemplo para uma sentença “Se A, então B.” é um objeto matemático que satisfaz a hipótese A e não satisfaz a tese B. Se n é um inteiro positivo, então n2 + n + 41 é um número primo. Exemplo: n = 1. Satisfaz a hipótese: n = 1 é um inteiro positivo. Satisfaz a tese: n2 + n + 41 = (1)2 + 1 + 41 = 43 é um número primo. Contraexemplo: n = 40. Satisfaz a hipótese: n = 40 é um inteiro positivo. Não satisfaz a tese: n2 + n + 41 = (40)2 + 40 + 41 = 1681 = 412 = 41 · 41 não é um número primo. Aula 1 Pré-Cálculo 61 Se A, então B: exemplo e contraexemplo Um exemplo para uma sentença “Se A, então B.” é um objeto matemático que satisfaz a hipótese A e satisfaz a tese B. Um contraexemplo para uma sentença “Se A, então B.” é um objeto matemático que satisfaz a hipótese A e não satisfaz a tese B. Se m e n são inteiros pares, então o produto m · n é um inteiro par. Exemplo: m = 2 e n = 2. Satisfaz a hipótese: m = 2 e n = 2 são inteiros pares. Satisfaz a tese: m · n = (2) · (2) = 4 é um inteiro par. Contraexemplo: não existe, pois todo objeto que satisfaz a hipótese, obrigatoriamente também irá satisfazer a tese. De fato: se m e n satisfazem a hipótese, então m e n são inteiros pares. Mas o produto de inteiros pares é inteiro par. Logo, m · n é inteiro par e satisfaz a tese. Aula 1 Pré-Cálculo 70 Se A, então B: verdadeira ou falsa? Aula 1 Pré-Cálculo 71 Se A, então B: verdadeira ou falsa? Com relação a uma sentença da forma “Se A, então B.”: (1) Ela possui um e somente um dos atributos: verdadeira e falsa. (2) Ela é verdadeira se não possui contraexemplos. (3) Ela é falsa se possui pelo menos um contraexemplo. (4) (Demonstração por absurdo) Se ao admitirmos que ela possui um determinado atributo (verdadeira ou falsa, respectivamente), chegamos à uma contradição da regra (1), devemos concluir que o atributo correto é o outro (falsa ou verdadeira, respectivamente). Regras do Jogo Aula 1 Pré-Cálculo 75
  • 8. Se A, então B: verdadeira ou falsa? Se m é um inteiro múltiplo de 3, então m é um inteiro múltiplo de 9. Contraexemplo: m = 6. Satisfaz a hipótese: m = 6 é múltiplo de 3. Não satisfaz a tese: m = 6 não é múltiplo de 9. Logo a sentença (proposição) é falsa! Aula 1 Pré-Cálculo 78 Se A, então B: verdadeira ou falsa? Se m é um inteiro ímpar, então existe um inteiro k tal que m = 2·k2+1. Contraexemplo: m = −3. Satisfaz a hipótese: m = −3 é um inteiro ímpar 3. Não satisfaz a tese: não existe inteiro k tal que 2 · k2 + 1 = m, pois 2 · k2 + 1 > 0 para todo inteiro k e m = −3 < 0. Logo a sentença (proposição) é falsa! Aula 1 Pré-Cálculo 81 Se A, então B: verdadeira ou falsa? Se n é um inteiro positivo, então n2 + n + 41 é um número primo. Contraexemplo: n = 40. Satisfaz a hipótese: n = 40 é um inteiro positivo. Não satisfaz a tese: n2 + n + 41 = (40)2 + 40 + 41 = 1681 = 412 = 41 · 41 não é um número primo. Logo a sentença (proposição) é falsa! Aula 1 Pré-Cálculo 84 Se A, então B: verdadeira ou falsa? Se m e n são inteiros pares, então o produto m · n é um inteiro par. Contraexemplo: não existe, pois todo objeto que satisfaz a hi- pótese, obrigatoriamente também irá satisfazer a tese. De fato: se m e n satisfazem a hipótese, então m e n são inteiros pa- res. Mas o produto de inteiros pares é inteiro par. Logo, m · n é inteiro par e satisfaz a tese. Logo a sentença (proposição) é verdadeira! Aula 1 Pré-Cálculo 87
  • 9. A recíproca de “Se A, então B.” Aula 1 Pré-Cálculo 88 A recíproca de “Se A, então B.” A recíproca de uma sentença na forma Se A, então B. é a sentença Se B, então A. Sentença: se m é um inteiro múltiplo de 3, então m é um inteiro múltiplo de 9. Sentença: (a sentença é falsa) Recíproca: se m é um inteiro múltiplo de 9, então m é um inteiro múltiplo de 3. Recíproca: (a recíproca é verdadeira: prove!) Aula 1 Pré-Cálculo 94 A recíproca de “Se A, então B.” A recíproca de uma sentença na forma Se A, então B. é a sentença Se B, então A. Sentença: se m é um inteiro ímpar, então existe um inteiro k tal que m = 2 · k2 + 1. Sentença: (a sentença é falsa) Recíproca: se existe um inteiro k tal que m = 2 · k2 + 1, então m é um inteiro ímpar. Recíproca: (a recíproca é verdadeira: prove!) Aula 1 Pré-Cálculo 98 A recíproca de “Se A, então B.” A recíproca de uma sentença na forma Se A, então B. é a sentença Se B, então A. Sentença: se m e n são inteiros pares, então o produto m · n é um inteiro par. Sentença: (a sentença é verdadeira) Recíproca: se o produto m · n é um inteiro par, então m e n são inteiros pares. Recíproca: (a recíproca é falsa: prove!) Aula 1 Pré-Cálculo 102