O documento discute a longa história do uso de música e canto para vender produtos, desde os arautos antigos até os pregões dos mascates no Brasil do século XVI. Também define o que é um jingle, suas características de preferência e função de facilitar a retenção da mensagem, e os passos para sua criação, que requer composição musical e pode ser dispendioso para anunciantes.

1. Prof. Msc Carlos Diehl

2.  “Recorrer à voz, à música e ao canto para vender
produtos é um recurso muito antigo, herança dos
arautos. Entre nós, foram os pregões dos
mascates – cantados e/ou gritados – os primeiros
meios para apregoar mercadorias … e, pelo visto,
cumpriam o seu papel de comunicação. Tanto
que, já a 15 de junho de 1543, o donatário
Martim Afonso de Souza, na Capitania de São
Vicente, baixava uma postura proibindo os
mercadores de, nos pregões que antecediam as
vendas, falar mal das mercadorias dos
concorrentes.” (CASTELO BRANCO 1990:171)

3.  Jingle – Peça musical cuja função principal
facilitar e estimular a retenção da mensagem
pelo ouvinte.
 Preferência:
 estrutura melódica simples,
 harmonia em tons maiores,
 otimismo e alegria
 aquela música que uma vez ouvida passa a
ser repetida pelo ouvinte, fixa na cabeça.

4.  a produção do jingle requer :
 criação da trilha sonora, da composição
ou adaptação da melodia, feita por
músicos nas produtoras de áudio.
 Assim, embora reconhecidamente
eficientes na fixação da mensagem, se
torna mais dispendioso para o
anunciante.

5.  Início do jingle no rádio brasileiro.
 Ademar Casé:
 utiliza versos cantados em ritmo de fado, o que
encantou o português proprietário da Padaria
Bragança.
“
Oh, padeiro desta rua tenha sempre na lembrança não me traga ou

6.  Defina o estilo e ritmo.
 Defina o que o anunciante quer vender.
 Tenha um refrão marcante.
 Tem que ser rápido e objetivo.
 Use músicas originais, mas não se esqueça que a adaptação de
uma existente pode ser uma estratégia eficiente, mas mais cara.
 Use efeitos relativos a mostrar ou ressaltar o que o produto tem
de melhor ou de mais desejável.

7.  DOMINGOS, Carlos. Criação sem pistolão. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
 PETIT, Francesc. Propaganda ilimitada. 8ª ed. São Paulo: Siciliano, 1999