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BANCO DE ALIMENTOS
ROTEIRO DE IMPLANTAÇÃO 2007
Luís Inácio Lula da Silva
    Presidente da República Federativa do Brasil

    Patrus Ananias
    Ministro de Estado do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

    Onaur Ruano
    Secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

    Crispim Moreira
    Diretor do Departamento de Promoção de Sistemas Descentralizados

    Fátima Cassanti
    Coordenadora Geral de Promoção de Programas de Alimentação e Nutrição

    Marilian Medeiros de Araújo Silva
    Coordenadora do Programa Banco de Alimentos


    EQUIPE TÉCNICA

    Antônio Leopoldo Nogueira Neto
    Bruno Jansen Medeiros
    Danilo Glauco da Cunha Morais
    Denise Sales Vieira
    Fabio Domingues da Costa Junior
    Flávia Renata Lemos de Souza
    Gisele Sabrina Ferreira da Silva
    Marilian Medeiros de Araújo Silva
Sumário

Introdução                                                               5

Banco de Alimentos - Conceito e Local de Implantação                     7

Programa de Necessidades                                                 8

Setores que compõem um Banco de Alimentos                               10

          1) Setor de Recepção/Pré-Higienização                    12
          2) Setor de Seleção/Triagem/Higienização                 14
          3) Setor de Descarte                                     16
          4) Setor de Processamento                                18
          5) Setor de Acondicionamento e Identificação             20
          6) Setor de Estocagem                                    22
          7) Setor de Higienização e Armazenamento de Monoblocos   26
          8) Setor de Expedição                                    28        
          9) Setor Administrativo                                  30
          10) Sala de Capacitação/Cozinha Experimental             34
          Itens a serem atendidos em todos os setores              36

Esquema de fluxos de um Banco de Alimentos                              41

Sobre as Instalações Prediais                                           44

Recomendações Gerais                                                    46

Legislação para embasamento e consulta                                  48

Referências bibliográficas                                              49
Introdução
O Roteiro de Implantação apresenta parâmetros para que a Equipe Técnica Local de Segurança Ali-
mentar e Nutricional - composta por nutricionistas, profissionais da área social, arquitetos e engenhei-
ros - possa planejar estruturas e instalações adequadas para a realização das atividades inerentes a
Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN’s).

Este documento discorre sobre o funcionamento ideal de um Banco de Alimentos através da abor-
dagem dos seguintes tópicos: programa de necessidades, fluxograma, relação entre as atividades
realizadas em cada ambiente, dimensionamento de ambientes e superfícies de trabalho, parâmetros
básicos de conforto térmico, acústico e luminoso, especificações de materiais, e instruções para ela-
boração dos projetos de instalações prediais.

Os parâmetros aqui apresentados devem ser adaptados à realidade local e ao tipo de Obra a ser exe-
cutada (reforma, ampliação, conclusão ou construção nova).
Banco de Alimentos - Conceito
Os Bancos de Alimentos são uma iniciativa de abastecimento e segurança alimentar que têm
como objetivos a redução do desperdício de alimentos, o aproveitamento integral dos alimentos
e a promoção de hábitos alimentares saudáveis, contribuindo diretamente para a diminuição da
fome de populações vulneráveis, assistidas ou não por entidades assistenciais. Estas atividades
se realizam através da articulação com o maior número possível de unidades de produção, armaze-
namento e comercialização de alimentos (indústrias, hiper e supermercados, varejões e centrais de
abastecimento, etc.), que doam alimentos fora dos padrões de comercialização, mas sem nenhuma
restrição de caráter sanitário (produtos inadequados para a comercialização, mas próprios para con-
sumo humano).

Nos Bancos de Alimentos, os gêneros doados passam pelas etapas de: seleção, classificação,
processamento (ou não), porcionamento e embalagem; e só então, estes alimentos são distribu-
ídos gratuitamente para entidades assistenciais de forma a complementar as refeições diárias
da população assistida. A distribuição destes alimentos deve ser feita a entidades assistenciais pre-
viamente cadastradas que, além dos alimentos, devem receber assistência educacional para manu-
seio e aproveitamento dos mesmos.

As entidades assistenciais se encarregam de distribuir os alimentos arrecadados à população, seja       
com o simples repasse, no caso de distribuição direta às famílias carentes, ou através da comple-
mentação de refeições. Devem ainda, promover – de forma coordenada com sua atividade produtiva
– atividades de reeducação alimentar por meio de cursos de qualificação profissional e capacitação
das comunidades.


Local de Implantação
Os Bancos de Alimentos devem localizar-se, preferencialmente, em áreas próximas aos pólos de
captação dos alimentos e/ou em áreas próximas aos bolsões de pobreza das cidades.

A localização deste equipamento deve propiciar facilidade de acesso para os carros de transporte de
alimentos. O Banco de Alimentos deve situar-se em zonas livres de focos de insalubridade, odores
indesejáveis, fumaça, pó ou outros contaminantes; estar longe de lixo, objetos em desuso, animais,
insetos, roedores e não deve estar exposto a inundações. O terreno deve possuir infra-estrutura urba-
na básica: redes públicas de abastecimento de água e de fornecimento de energia elétrica e, também,
redes de captação para águas pluviais e esgotamento sanitário (ou construção de fossa séptica).
Além disso, os acessos – tanto de pedestres, quanto de veículos – e seu entorno imediato devem ser
pavimentados.
Programa de Necessidades
    Para comportar o funcionamento do Banco de Alimentos, levando em consideração a principal ativi-
    dade desempenhada (recepção e distribuição de alimentos), são necessários os seguintes ambien-
    tes:
               1) Setor de Recepção/Pré-Higienização dos alimentos recepcionados;

                 2) Setor de Seleção/Triagem/Higienização;

                 3) Setor de Descarte;

                 4) Setor de Processamento (opcional);

                 5) Setor de Acondicionamento e Identificação;

                 6) Setor de Estocagem (área de armazenamento de alimentos não perecíveis +
                 câmara fria);

                 7) Setor de Higienização e Armazenamento de Monoblocos;

                8) Setor de Expedição;

                 9) Setor Administrativo (administração/coordenação + sala da equipe de coorde-
                 nação do Banco de Alimentos + vestiários/sanitários de funcionários + depósito
                 de material de limpeza);

                 10) Setor de Capacitação/Cozinha Experimental.

    No dimensionamento dos diferentes setores, devem ser levados em consideração tanto a adequada
    disposição dos equipamentos em seus respectivos ambientes, como a adequação à expectativa de
    recepção e distribuição de alimentos.

    Os espaços devem ser flexíveis, modulares e simples; as circulações e os fluxos (alimentos, funcio-
    nários, usuários e lixo) devem ser bem definidos; e os ambientes devem facilitar a supervisão e a
    integração. [SILVA, 1998]

    Para a definição da planta baixa, o projetista (arquiteto e/ou engenheiro civil) pode se utilizar do
    fluxograma sugerido ao lado.
Ambientes que compõem o fluxo principal do Banco de Alimentos:
Recepção g Seleção g Expedição.

Ambientes auxiliares ao fluxo principal do Banco de Alimentos,
que, apesar de separados fisicamente, devem estar ligados a ele.

Ambientes que devem manter isolamento do fluxo principal do
Banco de Alimentos.
Setores que compõem um Banco de Alimentos


                                                         Ambientes que devem
                                                         manter isolamento do
                                                         fluxo principal do Ban-
                                                         co de Alimentos




10




                               Recepçãoh   Expedição i




                                                         Ambientes     auxiliares
      Ambientes que com-                                 ao fluxo principal do
      põem o fluxo principal                             Banco de Alimentos,
      do Banco de Alimentos                              que, apesar de separa-
                                                         dos fisicamente, devem
                                                         estar ligados a ele.
Recepçãoh        Expedição i
                                                                11




Setor Administrativo: Administração + Sanitários/Vestiários +
DML
Setor de Recepção + Setor de Seleção

Setor de Descarte de Lixo

Setor de Processamento (opcional)

Setor de Acondicionamento + Setor de Expedição


Setor de Estocagem

Sala de Capacitação/Cozinha Experimental
1) Setor de Recepção e Pré-Higienização

                                          Local de recebimento dos alimentos provenientes de doações, além da
                                          pré-higienização, pesagem e separação dos gêneros por categoria (pere-
                                          cíveis e não perecíveis). Não há necessidade de ser uma área confinada,
                                          porém, recomenda-se que exista um balcão de apoio (com altura entre
                                          110 cm e 120 cm) para as atividades de controle da recepção.


     •       A área de carga e descarga deve ser coberta, com altura suficiente para entrada de caminhão
             baú (de preferência com docas);
     •       A área de carga e descarga deve dispor de iluminação suficiente para permitir a verificação da
             limpeza e higiene dos veículos transportadores dos gêneros;
     •       A área de carga e descarga deve dispor de local amplo para verificação do peso e/ou da quan-
             tidade dos gêneros;

     Vista externa da chegada dos gêneros ao Banco de Alimentos                       Fluxo de entrada de gêneros no banco




1
                                                                  recepção

                                                                 descarga
                                                               de gêneros
                                                               na doca ou
                                                              área externa
                                                                   coberta




                                                           entrada de
                                                             veículos
                                                           na área do
                                                                banco
grelha de piso
balcão de
                                                                                                 para escoa-
apoio
                                                                                               mento da água


pallets                                                                                               balanças
                                                                                                    plataforma
lavadora                                                                                               de piso
de pressão                                                                                               móvel
móvel para
pré-higieni-
zação dos                                                                                           lixeira com
gêneros                                                                                                rodinhas


acesso à                                                                                           carro plata-
administração                                                                                      forma para
e guichê para                                                                                       transporte
controle da                                                                                       dos gêneros
chegada



                                                                                                                     1
                                                                              Fluxo de entrada de gêneros no banco

•         O piso na área de recepção/pré-higienização deve ser de alta resistência (PEI 5), para que
          possa suportar tráfego pesado e intenso. Além disso, deve permitir a fácil limpeza, ser antider-
          rapante, antiácido e impermeável, e, ainda, deve propiciar declividade suficiente para impedir o
          acúmulo de água.

*Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação.
2) Setor de Seleção/Triagem/Higienização

                    Local destinado à higienização e seleção rigorosa dos produtos próprios
                    para consumo humano. Aqui, ocorrem a higienização mais profunda dos
                    gêneros e a separação por categoria (enlatados, alimentos secos e horti-
                    frutícolas) para evitar contaminação.

                    Não poderá haver cruzamento de fluxo entre os produtos para higie-
                    nização e os já repassados e autorizados para distribuição.




                                                                 Fluxo de entrada de gêneros no banco

                                                                 Fluxo de saída de descarte do banco

                                                                 Fluxo de entrada de funcionários no
                                                                 banco

     bancada em
     aço inox com                                                      bancadas em
     duas cubas                                                         aço inox (ori-
                                                                      fício opcional)
14
                                                                     para seleção e
                                                                              triagem
                                                                     grelha de piso
                                                                         para escoa-
                                                                     mento da água


     pallets

     lixeira com
     rodinhas

     higienização
     das mãos
1
O espaço para estas atividades não precisa ser confinado, porém, deve ser bastante amplo para poder
adaptar-se a diferentes quantidades e tipos de alimentos a serem manipulados, e, além disso, compor-
tarem adequadamente os fluxos previstos. Para o suporte às atividades, devem-se dispor bancadas de
trabalho (com cubas para higienização), com altura entre 85 cm e 90 cm.

*Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação.
3) Setor de Descarte

     O descarte dos produtos impróprios para o consumo deve ser realizado
     simultaneamente às atividades de recepção/pré-higienização e seleção/
     triagem. Esta sala – que deve ser fechada e climatizada [SILVA, 1998]
     e [TEIXEIRA et al., 2003] – deve ser disposta de forma a facilitar o fluxo
     de saída do lixo dos ambientes de recepção/pré-higienização e seleção/
     triagem. Além disso, deve existir um acesso direto para a parte externa
     da edificação, por onde o lixo será retirado para a coleta. Deve ser um
     ambiente revestido, de forma que suas superfícies sejam laváveis e im-
     permeáveis.




                                                   Fluxo de saída de descarte do banco




1
A diretriz mais importante para este espaço é que ele seja disposto de forma que o fluxo do
descarte (lixo) não tenha contato, em momento algum, com os gêneros que foram selecionados
para as etapas posteriores. Ou seja, não pode haver fluxo cruzado.

* Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação.




                                                                     Fluxo de entrada de gêneros no banco

                                                                     Fluxo de saída de descarte do banco



ar-condicionado
                                                                                      grelha de piso
                                                                                        para escoa-         1
                                                                                      mento da água




containeres
plásticos para
acondiciona-
mento do lixo
4) Setor de Processamento (opcional)

                       Neste local, são realizadas atividades de transformação dos alimentos
                       recebidos pelo Banco de Alimentos, tais como: desidratação; processa-
                       mento mínimo (descascar, cortar, fatiar); elaboração de doces, compotas
                       e polpas de frutas; confecção de pães e bolos. Se a proposta do Banco
                       de Alimentos contemplar atividades de cocção neste ambiente, deve-se
                       prever a instalação de gás necessária para supri-las.




                                                                   Fluxo de entrada de gêneros no banco

                                                                   Fluxo de alimentos selecionados

                                                                   Fluxo de alimentos selecionados que
                                                                   passam por processamento




     ar-condicionado                                                               higienização das
1
                                                                                              mãos



     lixeira com
     rodinhas




     bancadas em
     aço inox para
     manuseio dos
     alimentos
equipamentos                                                bancada em
para processa-                                             aço inox com
mento (centrífu-                                             duas cubas
ga, despolpadei-
ra, embaladora a
vácuo, etc.)




                                                                                                  1




Este ambiente pode ser considerado como uma área crítica, pois há grande risco de contaminação.
Portanto, deve ser uma sala fechada, climatizada e com fluxo completamente separado dos demais
setores.

*Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação.
5) Setor de Acondicionamento e Identificação

                        Os trabalhos que ocorrem nesta etapa são: a retirada da embalagem ori-
                        ginal – se houver, ou se a embalagem externa estiver danificada ou com
                        sujidades – a higienização, o recondicionamento em novas embalagens
                        e a identificação dos produtos incluindo, além de outros dados, a data de
                        validade. Ocorrem também as atividades de pesagem e acondicionamen-
                        to em monoblocos ou prateleiras para o armazenamento.




                                                                     Fluxo do alimento selecionado, para
                                                                     ser acondicionado/identificado
                                                                     Fluxo do alimento processado para
                                                                     ser acondicionado/identificado
                                                                     Fluxo do alimento acondicionado/iden-
                                                                     tificado para armazenamento



            bancada em                                                                   bancadas em
            aço inox com                                                                 aço inox para
0          duas cubas                                                                   manuseio dos
                                                                                             alimentos
       grelha de piso
       para escoa-                                                                         seladora de
       mento da água                                                                             pedal

     lixeira com
     rodinhas                                                                                   balança
                                                                                          eletrônica de
                                                                                                  mesa

                                                                                          higienização
                                                                                             das mãos
1
O espaço para estas atividades não precisa ser confinado, porém, deve ser bastante amplo para poder
adaptar-se a diferentes quantidades e tipos de alimentos a serem manipulados, e, além disso, compor-
tarem adequadamente os fluxos previstos. Para o suporte às atividades, devem-se dispor bancadas de
trabalho (com cubas para higienização), com altura entre 85 cm e 90 cm.

*Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação.
6) Setor de Estocagem

                                     O Banco de Alimentos deve ter uma área destinada e preparada para
                                     o armazenamento dos alimentos. Este setor deve ser dividido em dois
                                     ambientes: uma despensa seca, para armazenamento de alimentos não
                                     perecíveis, ou seja, produtos em temperatura ambiente; e a câmara fria,
                                     para armazenamento de produtos congelados e/ou refrigerados.




                                                                                     Fluxo do alimento acondicionado/iden-
                                                                                     tificado para armazenamento
                                                                                     Fluxo do alimento para distribuição



     câmara        caixas térmicas   transpallet   lixeira com             pallets                    estantes em aço
     frigorífica   (para trans-                    rodinhas                                         inox com pratelei-
                   porte)                                                                            ras vazadas para
                                                                                                      armazenamento
                                                                                                    de não perecíveis
   freezeres
6.1) Despensa Seca – Armazenamento de não perecíveis

•    Há a necessidade de ser um ambiente bem iluminado, mas deve-
     se evitar a incidência de luz natural direta sobre os produtos arma-
     zenados;
•    A temperatura interna não deve superar os 27°C; [TEIXEIRA et al.,
     2003]
•    Em locais de clima úmido deve-se prover o ambiente com ventila-
     ção cruzada, para permitir a circulação de ar entre as mercadorias;
     [TEIXEIRA et al., 2003]
•    Não devem existir ralos para o escoamento de água; [TEIXEIRA et
     al., 2003]
•    Os gêneros alimentícios, não podem ser armazenados junto aos
     produtos de limpeza. Também não podem entrar em contato com
     pisos e paredes, para tanto, as prateleiras e estrados de polietileno
     (pallets) devem manter uma distância mínima, de cerca de 30 cm,
     destes elementos. [CVS nº. 06/1999] e [TEIXEIRA et al., 2003]

     *Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação
6.2) Câmara Frigorífica – Armazenamento de perecíveis

                                Este equipamento será instalado em local previamente determinado pelo
                                projetista do Banco de Alimentos. O fornecimento e a instalação da câ-
                                mara fria serão executados de acordo com as instruções básicas e as es-
                                pecificações técnicas do projeto elaborado pelo profissional ou empresa
                                contratada para o fornecimento.

                                *Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação.




     freezeres   caixas térmicas          câmara        área para armaze-
                 (para transporte)        frigorífica   namento rotativo/
                                                        livre




4
*Área para possível expansão/Armazenamentos temporários

                 As áreas de armazenamento devem ser dimensionadas de acordo com a
                 quantidade de doações que o Banco de Alimentos receberá e, também,
                 com a previsão de futura expansão das atividades.




estocagem    transpallet    pallets    lixeira com                    estocagem não
perecíveis                             rodinhas                            perecíveis
7) Setor Higienização e Armazenamento de Monoblocos

                      É o local onde se armazenam os monoblocos após higienizá-los com
                      esguichos de pressão. As atividades de higienização e armazenamento,
                      embora possam ocorrer no mesmo ambiente, devem ser realizadas de
                      forma separada, a fim de evitar a contaminação. Ou seja, deve haver a
                      setorização destas atividades dentro do espaço destinado a elas.

                      *Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação.


                                                                   Fluxo de entrada de gêneros no banco

                                                                   Fluxo do alimento para distribuição

     expedição   higienização e   acondicionamento                                           recepção
                 armazenamento    do lixo
                 dos monoblocos
monoblocos   monoblocos   grelha de piso    espaço para     lavadora
vazados      fechados     para escoamento      lavagem    de pressão
                          da água                              móvel
8) Setor de Expedição

                                 Área onde os alimentos são distribuídos e os veículos que farão a dis-
                                 tribuição, abastecidos. Não há necessidade de ser uma área confinada,
                                 porém, recomenda -se que exista um balcão de apoio (com altura entre
                                 110 cm e 120 cm) para as atividades de controle da expedição.

     Aspectos a serem observados em relação a este setor:

     •     Deve ser uma área coberta;
     •     Deve dispor de iluminação suficiente para permitir a verificação da limpeza e higiene dos veícu-
           los transportadores dos gêneros.

     *Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação.

                                                                                              Fluxo do alimento
                            expedição                           distribuição   saída de        para distribuição
                                                              dos gêneros      veículos
                                                              pela doca ou     do Banco
                                                                                                 Vista externa da
                                                               área externa                saída dos gêneros ao
                                                                     coberta                Banco de Alimentos
balcão de
                                   apoio




para distribuição




                                           estocagem
              estocagem                     perecíveis
              não perecíveis
9) Setor Administrativo
                                   Local onde se realizam as atividades administrativas relativas ao Banco
                                   de Alimentos, tais como o controle dos gêneros recepcionados e dis-
                                   tribuídos, e o cadastro e a avaliação das entidades assistenciais. Neste
                                   mesmo ambiente, devem-se prever a sala da equipe de coordenação do
                                   Banco de Alimentos e os banheiros/vestiários para os funcionários. Este
                                   setor deve estar separado dos outros setores onde há fluxo de ali-
                                   mentos, embora deva existir acesso entre eles.

                                                                               Fluxo de entrada de funcionários no
                                                                               banco
                                                                                Fluxo de entrada de gêneros no banco


     sala            depósito de      banheiro                  banheiros        banheiro              acesso de
     administração   material de      feminino/               adaptados a       masculino/           funcionários
                     limpeza          vestiário                   PNDEs           vestiário             ao banco




0
9.1) Sala da Equipe de Coordenação do Banco de Alimentos

                            Deve ser dimensionada para acomodar adequadamente os diversos pro-
                            fissionais que formam a equipe de coordenação, tais como: nutricionistas,
                            engenheiros de alimentos, assistentes sociais, gestores, estagiários, etc.
                            Será localizada de modo a permitir, do seu interior, ampla visão das áreas
                            internas do Banco de Alimentos, através de painéis de vidro. Para melhor
                            supervisão das atividades é aconselhável que o piso seja elevado.

                            *Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação.




mesa         armário para   guichê para a       mesa para           armário com
escritório       arquivo    área de recep-      computador          portas de correr
                            ção de gêneros


                                                                                                         1
9.2)Sanitários/Vestiários dos Funcionários

     Existem normas técnicas que disciplinam o projeto desta área. [Portaria
     CVS nº. 06/1999] Deve ser uma área isolada, ou seja, não deve ter comu-
     nicação direta com os demais setores do Banco de Alimentos. [TEIXEIRA
     et al., 2003] Devem localizar-se de tal forma a permitir que todos os fun-
     cionários tenham que, obrigatoriamente, passar por eles antes de ingres-
     sar na área de produção. Cada conjunto de vestiários e banheiros deve
     dispor de três áreas distintas: vestiários com armários individuais, boxes
     pra banho e vasos sanitários (no caso do vestiário masculino também
     devem existir mictórios). As privadas devem ter o máximo de isolamento
     possível. [TEIXEIRA et al., 2003] A higienização das mãos deve ser feita
     segundo normas sanitárias existentes. [CVS nº. 06/1999]. Devem ser pre-
     vistos sanitários adaptados a PNDEs de acordo com a NBR 9050.

     *Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação.
                                                   Fluxo de entrada de funcionários no
                                                   banco
9.3) Depósito de Material de Limpeza

                             Deve ser uma sala fechada e, necessariamente, separada de todo o fluxo
                             referente aos alimentos (armazenamento, manipulação e processamen-
                             to).

                             *Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação.




                                               estantes ou       tanque para
                                               armários para     lavagem de ma-
                                               armazenar ma- terial de limpeza
                                               terial e produtos
Fluxo de entrada de funcionários no            de limpeza
banco
10) Sala de Capacitação/Cozinha Experimental
                         Ambiente destinado ao ensino, ensaio e experimentação de atividades
                         relacionadas a questões alimentares e nutricionais, gastronômicas, de
                         boas práticas de fabricação, saúde pública, etc. Pode ser usado tanto
                         para a capacitação dos próprios funcionários do Banco de Alimentos (ou
                         de um outro público específico), como um espaço que permita a inserção
                         da comunidade no processo de educação alimentar e nutricional.




     acesso de funcio-    acesso à cozinha     cozinha expe-        área para aulas      acesso à
     nários do banco e       experimental /   rimental (aulas              teóricas   área externa
     público                sala de capaci-         práticas)
                                     tação




4
Este espaço deve ser projetado de forma que as diversas atividades se realizem de forma inte-
grada e contínua, mas seu fluxo deve ser separado do fluxo interno do Banco de Alimentos.

É aconselhável que, através da Sala de Capacitação/Cozinha Experimental, se possa visualizar as
atividades realizadas no interior do Banco de Alimentos. Para tanto, podem ser usadas divisórias de 
vidro entre os dois ambientes.

*Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação.
Itens a serem atendidos em todos os Setores do Banco de Alimentos
     (exceto o Setor Administrativo)

     •      Os Bancos de Alimentos deverão ser projetados no sentido de evitar contaminação e propor-
            cionar ao manipulador segurança e conforto em relação à temperatura, ventilação, umidade,
            iluminação e ruídos. A principal diretriz do projeto deve ser evitar o fluxo cruzado entre gêneros
            alimentícios, carros de transporte, manipuladores e lixo;

     •      Pias para higienização das mãos dos manipuladores – devem ser previstas, nas áreas de ma-
            nipulação de alimentos, pias exclusivas para a higienização das mãos dos funcionários. As tor-
            neiras devem ter, preferencialmente, dispositivos de acionamento automático. Sua localização
            deve estar coerente com a disposição do fluxo de preparo dos alimentos; [RDC nº. 216/2004]




     seleção e triagem         acond. e identificação       processamento             cozinha experimental


     •      Iluminação – Deve-se evitar a incidência de luz solar direta sobre as superfícies de trabalho.
            [TEIXEIRA et al., 2003] Para Unidades de Alimentação e Nutrição, recomenda-se iluminação
            natural (na proporção de 1/5 ou 1/4 da área do piso) [TEIXEIRA et al., 2003] aliada à iluminação
            artificial. As luminárias que se localizarem sobre as áreas de manipulação de alimentos devem
            ser protegidas contra explosões, quebras e quedas acidentais; [RDC nº. 216/2004]




     seleção e triagem                    hig. monoblocos / recepção        estoque não perecíveis


     •      Temperatura – Temperatura ambiente entre 22°C e 26°C é considerada adequada às operações
            realizadas em Unidades de Alimentação e Nutrição; [TEIXEIRA et al., 2003]
•      Ventilação – A renovação de ar é indispensável para o conforto térmico dos funcionários. Para
       tanto, devem ser empregados dispositivos de ventilação natural e/ou artificial que permitam a
       adequada renovação do ar. No caso da ventilação natural, as aberturas devem corresponder
       a 1/10 da área do piso. [TEIXEIRA et al., 2003] Já para a ventilação artificial, deve-se recorrer a
       condicionadores e/ou exaustores de ar;

•      Sistema de Exaustão – Deve ser provido de telas milimetradas removíveis que impeçam o
       acesso de insetos, aves, roedores, ou quaisquer outros vetores ou pragas urbanas; [RDC nº.
       216/2004]

•      Janelas – As janelas devem ser dispostas na parte superior das paredes, pois esta disposição
       dificulta a incidência de luz natural diretamente sobre as superfícies de trabalho. As janelas de-
       vem ser mantidas ajustadas aos batentes, e quando voltadas para a parte externa, devem ser
       providas de telas milimetradas removíveis para impedir o acesso de vetores e pragas urbanas;

•      Todas as aberturas, ou quaisquer elementos vazados devem possuir telas milimetradas
       colocadas pelo lado de fora, para proteção contra insetos, pássaros, roedores, etc. Estas
       telas devem ser removíveis para que se possa realizar sua limpeza periódica; [RDC nº.
       216/2004]

                                                                                                             




janelas com telas milimetradas aplicadas pelo lado de fora
Fluxo principal de um Banco de Alimentos sem portas

      Observação: Nos ambientes que compõem o fluxo principal do Banco de Alimentos, recomenda-se
     utilizar o mínimo de portas possível;

     •      Portas – Para Unidades de Alimentação e Nutrição, as portas devem ter, no mínimo, 1,00m de
            largura por 2,10 de altura, que são as dimensões mínimas previstas na legislação [TEIXEIRA et
            al., 2003] Entre alguns setores, a fim de evitar colisão entre as pessoas que circulam, as portas
            devem conter visores. As portas devem possuir dispositivo de fechamento automático. [RDC nº.
            216/2004]
piso:                                  parede:
revestimentos de                 revestimento
alta resistência,             liso, impermeá-
de fácil limpeza,             vel, de cor clara
antiderrapantes,                   e resistente         teto:
antiácidos e                                            de fácil limpe-
impermeáveis, e                                         za, resistente à
com declividade                                         temperatura e
suficiente para                                         impermeável ao
impedir o acú-                                          vapor
mulo de água




                                                                                                        




•     Paredes – A legislação define os requisitos mínimos para o revestimento de paredes em Uni-
      dades de Alimentação e Nutrição. [RDC nº. 216/2004] As definições básicas são: revestimento
      liso, impermeável, de cor clara e resistente, que permita a lavagem da parede em toda a sua
      extensão. [CVS nº. 06/1999] e [TEIXEIRA et al., 2003] Para o uso de revestimento cerâmico nas
      paredes é aconselhável a escolha de peças que proporcionem o menor número de rejuntes
      possível, pois estes são focos potenciais de proliferação de microorganismos;

•     Teto - Deve ser de fácil limpeza, resistente à temperatura e impermeável ao vapor. Não deve ser
      combustível, nem propagador de incêndios, e deve absorver os ruídos das diversas operações
      realizadas. O teto recomendado para Unidades de Alimentação e Nutrição é a laje de concreto,
      maciça ou pré-moldada, revestida e pintada com tinta acrílica. Os ângulos entre as paredes e
      o teto devem ser abaulados para facilitar a limpeza. O uso de forro de PVC também é aceito.
      Recomenda-se adotar um pé-direito mínimo de 3 metros, segundo a legislação; [Portaria CVS
      nº. 06/1999]
•      Pisos – Têm que ser de alta resistência (PEI 5), pois devem suportar tráfego pesado e intenso.
            Além disso, devem permitir a fácil limpeza, ser antiderrapantes, antiácidos e impermeáveis,
            e, ainda, devem propiciar declividade suficiente para impedir o acúmulo de água. Pisos mo-
            nolíticos (sem rejuntamento) são os mais indicados, pois a inexistência de rejuntes dificulta o
            acúmulo de sujeira. No caso de se utilizar o revestimento cerâmico, há no mercado opções de
            rejuntes não porosos, ou seja, que absorvem menos umidade, o que inibe a proliferação de
            microorganismos. [TEIXEIRA et al., 2003] Todas as junções entre pisos e paredes (rodapés)
            devem ser arredondadas para evitar a existência de cantos acumuladores de sujeira e para fa-
            cilitar a limpeza (recanto sanitário). [Portaria CVS nº. 06/1999]. O rodapé deve ser executado
            junto com o piso, para evitar as juntas frias que prejudicam a aderência. O abaulamento
            do rodapé deve cessar exatamente na face da parede, para não gerar quinas que possam
            acumular sujeiras.

     execução recomendável:                             situação indesejável:




40




     •      O uso de madeira – seja em esquadrias, pisos ou superfícies de trabalho – não é recomen-
            dado;

     •      Altura das bancadas de trabalho – Podem existir, nas áreas de trabalho, bancadas com diferen-
            tes alturas. Isto, para que as atividades dos manipuladores se dêem de forma mais ergonômica,
            portanto, mais confortável. Como indicativo, sugere-se que trabalhos mais pesados (cortes, por
            exemplo) sejam feitos em bancadas mais baixas (entre 85 cm e 90 cm de altura), e que traba-
            lhos que exijam mais precisão (catação de grãos), se dêem em bancadas mais altas (entre 95
            cm e 110 cm de altura). [SILVA, 1998, apud, LAVILLE, 1977]
Esquema de fluxos em um Banco de Alimentos




                                                                          41




Fluxo de Gêneros

     Fluxo de entrada de gêneros no banco

     Fluxo do alimento selecionado, para ser acondicionado/identificado

     Fluxo do alimento processado para ser acondicionado/identificado

     Fluxo do alimento acondicionado/identificado para armazenamento

     Fluxo do alimento para distribuição
4




     Fluxo de Descarte

          Fluxo de saída de descarte do banco
4




Fluxo de Funcionários

     Fluxo de entrada de funcionários no banco
Sobre as Instalações Prediais
     1)   Instalações Hidráulicas

     •    Recomenda-se adotar descidas individuais de água do barrilete, para que a necessidade de
          manutenção de um ponto hidráulico não interfira no funcionamento dos demais.

     •    O projeto de instalações hidráulicas deve ser elaborado de acordo com as seguintes nor-
          mas técnicas: NBR 5626/98 e NBR 5648/99.

     2)   Instalações Sanitárias

     •    Posicionar as caixas de gordura e caixas de passagem na parte externa da edificação ou em
          áreas onde não existam fluxos de alimentos, como vestiários ou depósitos de limpeza. [RDC nº.
          216/2004]

     •    Recomenda-se a instalação de tubulações independentes para cada ponto de esgoto para faci-
          litar a detecção e a manutenção de vazamentos ou obstruções das tubulações.

     •    Posicionar calhas com grelhas metálicas dotadas de retentores de resíduos que bloqueiam a
44        entrada de insetos e roedores nas áreas molhadas e em pontos estratégicos para a limpeza,
          adotando uma inclinação do piso de 0,5% a 1,0% e direcionando o fluxo da água para estes
          pontos.

     •    Nos pontos de esgoto das pias e demais pontos coletores de gordura e/ou de-
          tritos sólidos, recomenda-se a utilização de joelhos de 90º com visita, para pos-
          sibilitar a desobstrução da canalização e evitar problemas com entupimentos.

     •    O projeto de instalações sanitárias deve ser elaborado de acordo com a NBR 8160/99.

     3)   Instalações Elétricas

     •    A distribuição elétrica deve basear-se na disposição do layout. É necessário o levantamento de
          todos os equipamentos e a identificação dos seus consumos para a especificação das toma-
          das.

     •    As instalações elétricas devem estar embutidas ou protegidas em tubulações externas em bom
          estado, de forma a permitir a higienização dos ambientes sem oferecer riscos de contato com
          os condutores elétricos.
•    Recomenda-se adotar, para o dimensionamento da iluminação artificial, as seguintes propor-
     ções:

           Setores de Recepção, Expedição, Higienização e Armazenamento de Monoblo-
           cos, e Estocagem – O nível de iluminação artificial recomendado para estas áreas é de
           150W/6m², com lâmpadas incandescentes, para um pé-direito máximo de 3,00m. [TEI-
           XEIRA et al., 2003] Para lâmpadas fluorescentes recomenda-se a proporção de 40W/6m²
           (para pé-direito de, no máximo, 3 metros);

           Setores de Seleção e Triagem, Processamento, Acondicionamento e Identificação, e
           Capacitação – O nível de iluminação artificial recomendado para estes ambientes, com
           lâmpadas incandescentes, é de 150W/4m², para um pé-direito máximo de 3,00m. [TEI-
           XEIRA et al., 2003] Para lâmpadas fluorescentes recomenda-se a proporção de 40W/4m²
           (para pé-direito de, no máximo, 3 metros).

•    O projeto de instalações elétricas deve ser elaborado de acordo com as seguintes normas
     técnicas: NBR 5410/04, NBR 5413/82 e NBR 5473/86.

4)   Instalação de Gás – GLP

•    Sua localização será externa aos setores do Banco de Alimentos, em área confinada, protegida 4
     de tal forma que impeça a aproximação de veículos e pessoas não autorizadas, e permita o
     acesso dos veículos de abastecimento dos botijões. Normas específicas disciplinam a constru-
     ção de centrais de GLP.

•    O fornecimento e instalação da Central de Gás, bem como das tubulações de abastecimento
     até os pontos solicitados, serão executados de acordo com a previsão de pontos indicados no
     projeto arquitetônico e de acordo com as demandas, dimensionamento e especificações técni-
     cas do projeto elaborado pelo projetista.

•    O projeto de instalações de gás deve ser elaborado de acordo com as seguintes normas
     técnicas: NBR 13.523/2006, NBR 13.932/1997 e NBR 13.933/1997.
Recomendações Gerais
     1)   Sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica – Obedecer ao que dispõe a Resolução nº.
          425/1998, do CONFEA, principalmente em seus Artigos 1º e 3º:

          “Art. 1º - Todo contrato escrito ou verbal para a execução de obras ou prestação de quaisquer
          serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia fica sujeita à ‘Anota-
          ção de Responsabilidade Técnica (ART)’, no Conselho Regional em cuja jurisdição for exercida
          a respectiva atividade.”

          “Art. 3º - Nenhuma obra ou serviço poderá ter início sem a competente Anotação de Responsa-
          bilidade Técnica, nos termos desta Resolução.”

     2)   Sobre a interlocução com profissionais da área de nutrição – É altamente recomendável que
          o projetista seja assessorado por um profissional de nutrição, que poderá orientá-lo quanto a
          maiores especificidades e necessidades de um equipamento desta natureza.

     3)   Sobre a Acessibilidade – Obedecer ao que determina a NBR 9050/2004, em seus itens 1.3.1 e
          1.3.2, que dispõem:

4        “1.3.1    Todos os espaços, edificações, mobiliário e equipamentos urbanos que vierem a ser
          projetados, construídos, montados ou implantados, bem como as reformas e ampliações de
          edificações e equipamentos urbanos, devem atender ao disposto nesta Norma para serem con-
          siderados acessíveis.”

          “1.3.2   Edificações e equipamentos urbanos que venham a ser reformados devem ser torna-
          dos acessíveis. Em reformas parciais, a parte reformada deve ser tornada acessível.”
4
Legislação para Embasamento e Consulta
     • Resolução nº. 361/1991 – CONFEA – Dispõe sobre a conceituação de Projeto Básico em Consul-
     toria de Engenharia, Arquitetura e Agronomia;

     • Lei Federal nº. 8.666/1993 – Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui nor-
     mas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências;

     • Portaria SVS/MS nº. 326/1997 – Ministério da Saúde – Aprova o Regulamento Técnico sobre
     Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/
     Industrializadores de Alimentos;

     • Norma Brasileira – ABNT – NBR 5626/1998 – Instalações Prediais de Água Fria;

     • Norma Brasileira – ABNT – NBR 5648/1999 – Sistemas Prediais de Água Fria – Tubos, conexões de
     PVC 6,3, PN 750 kPa, com junta soldável - Requisitos;

     • Norma Brasileira – ABNT – NBR 8160/1999 – Instalações Prediais de Esgoto Sanitário;

     • Norma Brasileira – ABNT –NBR 5410/2004 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão;
4
     • Norma Brasileira – ABNT –NBR 5413/1982 – Iluminância de Interiores;

     • Norma Brasileira – ABNT –NBR 5473/1986 – Instalações Elétricas Prediais;

     • Norma Brasileira – ABNT –NBR 7198/1993 – Projeto e execução de Instalações de Água Quente;

     • Norma Brasileira – ABNT – NBR 13.932/1997 – Instalações Internas de Gás Liquefeito de Petróleo
     (GLP) – Projeto e Execução;

     • Norma Brasileira – ABNT – NBR 13.933/1997 – Instalações Internas de Gás Natural (GN) – Projeto
     e Execução;

     • Resolução nº. 425/1998 – CONFEA – Dispõe sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica e dá
     outras providências;

     • Portaria CVS nº. 06/1999 – Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde do Estado de
     São Paulo – Aprova o Regulamento Técnico que estabelece os parâmetros e critérios para o controle
     higiênico-sanitário em estabelecimentos de alimentos;
• Lei nº. 6.496/2000 – Institui a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) na prestação de servi-
ços de Engenharia, Arquitetura e Agronomia;

• Norma Brasileira – ABNT – NBR 9050/2004 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos;

• Resolução de Diretoria Colegiada – RDC – nº. 216/2004 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) – Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação;

• Norma Brasileira – ABNT – NBR 13.523/2006 – Central Predial de GLP.



Referências Bibliográficas

1) SILVA FILHO, Antônio Romão A. da. Manual Básico para Planejamento e Projeto de Restaurantes
e Cozinhas Industriais. São Paulo: Varela, 1996. 232 p.

2) SILVA, Enos Arneiro Nogueira da. Cozinha Industrial: Um Projeto Complexo. 1998. 277p. Tese
(Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – Universidade de
São Paulo, São Paulo.                                                                           4


3) TEIXEIRA, Suzana Maria Ferreira Gomes ... [et al.]. Administração Aplicada às Unidades de Ali-
mentação e Nutrição. São Paulo: Atheneu, 2003. 219p.
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
       Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 4º Andar
               Brasília - DF - CEP 70046-900
                                  .
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Banco de alimentos   roteiro de implantacao

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  • 1. BANCO DE ALIMENTOS ROTEIRO DE IMPLANTAÇÃO 2007
  • 2. Luís Inácio Lula da Silva Presidente da República Federativa do Brasil Patrus Ananias Ministro de Estado do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Onaur Ruano Secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional Crispim Moreira Diretor do Departamento de Promoção de Sistemas Descentralizados Fátima Cassanti Coordenadora Geral de Promoção de Programas de Alimentação e Nutrição Marilian Medeiros de Araújo Silva Coordenadora do Programa Banco de Alimentos EQUIPE TÉCNICA Antônio Leopoldo Nogueira Neto Bruno Jansen Medeiros Danilo Glauco da Cunha Morais Denise Sales Vieira Fabio Domingues da Costa Junior Flávia Renata Lemos de Souza Gisele Sabrina Ferreira da Silva Marilian Medeiros de Araújo Silva
  • 3. Sumário Introdução 5 Banco de Alimentos - Conceito e Local de Implantação 7 Programa de Necessidades 8 Setores que compõem um Banco de Alimentos 10 1) Setor de Recepção/Pré-Higienização 12 2) Setor de Seleção/Triagem/Higienização 14 3) Setor de Descarte 16 4) Setor de Processamento 18 5) Setor de Acondicionamento e Identificação 20 6) Setor de Estocagem 22 7) Setor de Higienização e Armazenamento de Monoblocos 26 8) Setor de Expedição 28 9) Setor Administrativo 30 10) Sala de Capacitação/Cozinha Experimental 34 Itens a serem atendidos em todos os setores 36 Esquema de fluxos de um Banco de Alimentos 41 Sobre as Instalações Prediais 44 Recomendações Gerais 46 Legislação para embasamento e consulta 48 Referências bibliográficas 49
  • 4.
  • 5. Introdução O Roteiro de Implantação apresenta parâmetros para que a Equipe Técnica Local de Segurança Ali- mentar e Nutricional - composta por nutricionistas, profissionais da área social, arquitetos e engenhei- ros - possa planejar estruturas e instalações adequadas para a realização das atividades inerentes a Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN’s). Este documento discorre sobre o funcionamento ideal de um Banco de Alimentos através da abor- dagem dos seguintes tópicos: programa de necessidades, fluxograma, relação entre as atividades realizadas em cada ambiente, dimensionamento de ambientes e superfícies de trabalho, parâmetros básicos de conforto térmico, acústico e luminoso, especificações de materiais, e instruções para ela- boração dos projetos de instalações prediais. Os parâmetros aqui apresentados devem ser adaptados à realidade local e ao tipo de Obra a ser exe- cutada (reforma, ampliação, conclusão ou construção nova).
  • 6. Banco de Alimentos - Conceito Os Bancos de Alimentos são uma iniciativa de abastecimento e segurança alimentar que têm como objetivos a redução do desperdício de alimentos, o aproveitamento integral dos alimentos e a promoção de hábitos alimentares saudáveis, contribuindo diretamente para a diminuição da fome de populações vulneráveis, assistidas ou não por entidades assistenciais. Estas atividades se realizam através da articulação com o maior número possível de unidades de produção, armaze- namento e comercialização de alimentos (indústrias, hiper e supermercados, varejões e centrais de abastecimento, etc.), que doam alimentos fora dos padrões de comercialização, mas sem nenhuma restrição de caráter sanitário (produtos inadequados para a comercialização, mas próprios para con- sumo humano). Nos Bancos de Alimentos, os gêneros doados passam pelas etapas de: seleção, classificação, processamento (ou não), porcionamento e embalagem; e só então, estes alimentos são distribu- ídos gratuitamente para entidades assistenciais de forma a complementar as refeições diárias da população assistida. A distribuição destes alimentos deve ser feita a entidades assistenciais pre- viamente cadastradas que, além dos alimentos, devem receber assistência educacional para manu- seio e aproveitamento dos mesmos. As entidades assistenciais se encarregam de distribuir os alimentos arrecadados à população, seja com o simples repasse, no caso de distribuição direta às famílias carentes, ou através da comple- mentação de refeições. Devem ainda, promover – de forma coordenada com sua atividade produtiva – atividades de reeducação alimentar por meio de cursos de qualificação profissional e capacitação das comunidades. Local de Implantação Os Bancos de Alimentos devem localizar-se, preferencialmente, em áreas próximas aos pólos de captação dos alimentos e/ou em áreas próximas aos bolsões de pobreza das cidades. A localização deste equipamento deve propiciar facilidade de acesso para os carros de transporte de alimentos. O Banco de Alimentos deve situar-se em zonas livres de focos de insalubridade, odores indesejáveis, fumaça, pó ou outros contaminantes; estar longe de lixo, objetos em desuso, animais, insetos, roedores e não deve estar exposto a inundações. O terreno deve possuir infra-estrutura urba- na básica: redes públicas de abastecimento de água e de fornecimento de energia elétrica e, também, redes de captação para águas pluviais e esgotamento sanitário (ou construção de fossa séptica). Além disso, os acessos – tanto de pedestres, quanto de veículos – e seu entorno imediato devem ser pavimentados.
  • 7. Programa de Necessidades Para comportar o funcionamento do Banco de Alimentos, levando em consideração a principal ativi- dade desempenhada (recepção e distribuição de alimentos), são necessários os seguintes ambien- tes: 1) Setor de Recepção/Pré-Higienização dos alimentos recepcionados; 2) Setor de Seleção/Triagem/Higienização; 3) Setor de Descarte; 4) Setor de Processamento (opcional); 5) Setor de Acondicionamento e Identificação; 6) Setor de Estocagem (área de armazenamento de alimentos não perecíveis + câmara fria); 7) Setor de Higienização e Armazenamento de Monoblocos; 8) Setor de Expedição; 9) Setor Administrativo (administração/coordenação + sala da equipe de coorde- nação do Banco de Alimentos + vestiários/sanitários de funcionários + depósito de material de limpeza); 10) Setor de Capacitação/Cozinha Experimental. No dimensionamento dos diferentes setores, devem ser levados em consideração tanto a adequada disposição dos equipamentos em seus respectivos ambientes, como a adequação à expectativa de recepção e distribuição de alimentos. Os espaços devem ser flexíveis, modulares e simples; as circulações e os fluxos (alimentos, funcio- nários, usuários e lixo) devem ser bem definidos; e os ambientes devem facilitar a supervisão e a integração. [SILVA, 1998] Para a definição da planta baixa, o projetista (arquiteto e/ou engenheiro civil) pode se utilizar do fluxograma sugerido ao lado.
  • 8. Ambientes que compõem o fluxo principal do Banco de Alimentos: Recepção g Seleção g Expedição. Ambientes auxiliares ao fluxo principal do Banco de Alimentos, que, apesar de separados fisicamente, devem estar ligados a ele. Ambientes que devem manter isolamento do fluxo principal do Banco de Alimentos.
  • 9. Setores que compõem um Banco de Alimentos Ambientes que devem manter isolamento do fluxo principal do Ban- co de Alimentos 10 Recepçãoh Expedição i Ambientes auxiliares Ambientes que com- ao fluxo principal do põem o fluxo principal Banco de Alimentos, do Banco de Alimentos que, apesar de separa- dos fisicamente, devem estar ligados a ele.
  • 10. Recepçãoh Expedição i 11 Setor Administrativo: Administração + Sanitários/Vestiários + DML Setor de Recepção + Setor de Seleção Setor de Descarte de Lixo Setor de Processamento (opcional) Setor de Acondicionamento + Setor de Expedição Setor de Estocagem Sala de Capacitação/Cozinha Experimental
  • 11. 1) Setor de Recepção e Pré-Higienização Local de recebimento dos alimentos provenientes de doações, além da pré-higienização, pesagem e separação dos gêneros por categoria (pere- cíveis e não perecíveis). Não há necessidade de ser uma área confinada, porém, recomenda-se que exista um balcão de apoio (com altura entre 110 cm e 120 cm) para as atividades de controle da recepção. • A área de carga e descarga deve ser coberta, com altura suficiente para entrada de caminhão baú (de preferência com docas); • A área de carga e descarga deve dispor de iluminação suficiente para permitir a verificação da limpeza e higiene dos veículos transportadores dos gêneros; • A área de carga e descarga deve dispor de local amplo para verificação do peso e/ou da quan- tidade dos gêneros; Vista externa da chegada dos gêneros ao Banco de Alimentos Fluxo de entrada de gêneros no banco 1 recepção descarga de gêneros na doca ou área externa coberta entrada de veículos na área do banco
  • 12. grelha de piso balcão de para escoa- apoio mento da água pallets balanças plataforma lavadora de piso de pressão móvel móvel para pré-higieni- zação dos lixeira com gêneros rodinhas acesso à carro plata- administração forma para e guichê para transporte controle da dos gêneros chegada 1 Fluxo de entrada de gêneros no banco • O piso na área de recepção/pré-higienização deve ser de alta resistência (PEI 5), para que possa suportar tráfego pesado e intenso. Além disso, deve permitir a fácil limpeza, ser antider- rapante, antiácido e impermeável, e, ainda, deve propiciar declividade suficiente para impedir o acúmulo de água. *Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação.
  • 13. 2) Setor de Seleção/Triagem/Higienização Local destinado à higienização e seleção rigorosa dos produtos próprios para consumo humano. Aqui, ocorrem a higienização mais profunda dos gêneros e a separação por categoria (enlatados, alimentos secos e horti- frutícolas) para evitar contaminação. Não poderá haver cruzamento de fluxo entre os produtos para higie- nização e os já repassados e autorizados para distribuição. Fluxo de entrada de gêneros no banco Fluxo de saída de descarte do banco Fluxo de entrada de funcionários no banco bancada em aço inox com bancadas em duas cubas aço inox (ori- fício opcional) 14 para seleção e triagem grelha de piso para escoa- mento da água pallets lixeira com rodinhas higienização das mãos
  • 14. 1 O espaço para estas atividades não precisa ser confinado, porém, deve ser bastante amplo para poder adaptar-se a diferentes quantidades e tipos de alimentos a serem manipulados, e, além disso, compor- tarem adequadamente os fluxos previstos. Para o suporte às atividades, devem-se dispor bancadas de trabalho (com cubas para higienização), com altura entre 85 cm e 90 cm. *Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação.
  • 15. 3) Setor de Descarte O descarte dos produtos impróprios para o consumo deve ser realizado simultaneamente às atividades de recepção/pré-higienização e seleção/ triagem. Esta sala – que deve ser fechada e climatizada [SILVA, 1998] e [TEIXEIRA et al., 2003] – deve ser disposta de forma a facilitar o fluxo de saída do lixo dos ambientes de recepção/pré-higienização e seleção/ triagem. Além disso, deve existir um acesso direto para a parte externa da edificação, por onde o lixo será retirado para a coleta. Deve ser um ambiente revestido, de forma que suas superfícies sejam laváveis e im- permeáveis. Fluxo de saída de descarte do banco 1
  • 16. A diretriz mais importante para este espaço é que ele seja disposto de forma que o fluxo do descarte (lixo) não tenha contato, em momento algum, com os gêneros que foram selecionados para as etapas posteriores. Ou seja, não pode haver fluxo cruzado. * Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação. Fluxo de entrada de gêneros no banco Fluxo de saída de descarte do banco ar-condicionado grelha de piso para escoa- 1 mento da água containeres plásticos para acondiciona- mento do lixo
  • 17. 4) Setor de Processamento (opcional) Neste local, são realizadas atividades de transformação dos alimentos recebidos pelo Banco de Alimentos, tais como: desidratação; processa- mento mínimo (descascar, cortar, fatiar); elaboração de doces, compotas e polpas de frutas; confecção de pães e bolos. Se a proposta do Banco de Alimentos contemplar atividades de cocção neste ambiente, deve-se prever a instalação de gás necessária para supri-las. Fluxo de entrada de gêneros no banco Fluxo de alimentos selecionados Fluxo de alimentos selecionados que passam por processamento ar-condicionado higienização das 1 mãos lixeira com rodinhas bancadas em aço inox para manuseio dos alimentos
  • 18. equipamentos bancada em para processa- aço inox com mento (centrífu- duas cubas ga, despolpadei- ra, embaladora a vácuo, etc.) 1 Este ambiente pode ser considerado como uma área crítica, pois há grande risco de contaminação. Portanto, deve ser uma sala fechada, climatizada e com fluxo completamente separado dos demais setores. *Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação.
  • 19. 5) Setor de Acondicionamento e Identificação Os trabalhos que ocorrem nesta etapa são: a retirada da embalagem ori- ginal – se houver, ou se a embalagem externa estiver danificada ou com sujidades – a higienização, o recondicionamento em novas embalagens e a identificação dos produtos incluindo, além de outros dados, a data de validade. Ocorrem também as atividades de pesagem e acondicionamen- to em monoblocos ou prateleiras para o armazenamento. Fluxo do alimento selecionado, para ser acondicionado/identificado Fluxo do alimento processado para ser acondicionado/identificado Fluxo do alimento acondicionado/iden- tificado para armazenamento bancada em bancadas em aço inox com aço inox para 0 duas cubas manuseio dos alimentos grelha de piso para escoa- seladora de mento da água pedal lixeira com rodinhas balança eletrônica de mesa higienização das mãos
  • 20. 1 O espaço para estas atividades não precisa ser confinado, porém, deve ser bastante amplo para poder adaptar-se a diferentes quantidades e tipos de alimentos a serem manipulados, e, além disso, compor- tarem adequadamente os fluxos previstos. Para o suporte às atividades, devem-se dispor bancadas de trabalho (com cubas para higienização), com altura entre 85 cm e 90 cm. *Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação.
  • 21. 6) Setor de Estocagem O Banco de Alimentos deve ter uma área destinada e preparada para o armazenamento dos alimentos. Este setor deve ser dividido em dois ambientes: uma despensa seca, para armazenamento de alimentos não perecíveis, ou seja, produtos em temperatura ambiente; e a câmara fria, para armazenamento de produtos congelados e/ou refrigerados. Fluxo do alimento acondicionado/iden- tificado para armazenamento Fluxo do alimento para distribuição câmara caixas térmicas transpallet lixeira com pallets estantes em aço frigorífica (para trans- rodinhas inox com pratelei- porte) ras vazadas para armazenamento de não perecíveis freezeres
  • 22. 6.1) Despensa Seca – Armazenamento de não perecíveis • Há a necessidade de ser um ambiente bem iluminado, mas deve- se evitar a incidência de luz natural direta sobre os produtos arma- zenados; • A temperatura interna não deve superar os 27°C; [TEIXEIRA et al., 2003] • Em locais de clima úmido deve-se prover o ambiente com ventila- ção cruzada, para permitir a circulação de ar entre as mercadorias; [TEIXEIRA et al., 2003] • Não devem existir ralos para o escoamento de água; [TEIXEIRA et al., 2003] • Os gêneros alimentícios, não podem ser armazenados junto aos produtos de limpeza. Também não podem entrar em contato com pisos e paredes, para tanto, as prateleiras e estrados de polietileno (pallets) devem manter uma distância mínima, de cerca de 30 cm, destes elementos. [CVS nº. 06/1999] e [TEIXEIRA et al., 2003] *Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação
  • 23. 6.2) Câmara Frigorífica – Armazenamento de perecíveis Este equipamento será instalado em local previamente determinado pelo projetista do Banco de Alimentos. O fornecimento e a instalação da câ- mara fria serão executados de acordo com as instruções básicas e as es- pecificações técnicas do projeto elaborado pelo profissional ou empresa contratada para o fornecimento. *Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação. freezeres caixas térmicas câmara área para armaze- (para transporte) frigorífica namento rotativo/ livre 4
  • 24. *Área para possível expansão/Armazenamentos temporários As áreas de armazenamento devem ser dimensionadas de acordo com a quantidade de doações que o Banco de Alimentos receberá e, também, com a previsão de futura expansão das atividades. estocagem transpallet pallets lixeira com estocagem não perecíveis rodinhas perecíveis
  • 25. 7) Setor Higienização e Armazenamento de Monoblocos É o local onde se armazenam os monoblocos após higienizá-los com esguichos de pressão. As atividades de higienização e armazenamento, embora possam ocorrer no mesmo ambiente, devem ser realizadas de forma separada, a fim de evitar a contaminação. Ou seja, deve haver a setorização destas atividades dentro do espaço destinado a elas. *Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação. Fluxo de entrada de gêneros no banco Fluxo do alimento para distribuição expedição higienização e acondicionamento recepção armazenamento do lixo dos monoblocos
  • 26. monoblocos monoblocos grelha de piso espaço para lavadora vazados fechados para escoamento lavagem de pressão da água móvel
  • 27. 8) Setor de Expedição Área onde os alimentos são distribuídos e os veículos que farão a dis- tribuição, abastecidos. Não há necessidade de ser uma área confinada, porém, recomenda -se que exista um balcão de apoio (com altura entre 110 cm e 120 cm) para as atividades de controle da expedição. Aspectos a serem observados em relação a este setor: • Deve ser uma área coberta; • Deve dispor de iluminação suficiente para permitir a verificação da limpeza e higiene dos veícu- los transportadores dos gêneros. *Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação. Fluxo do alimento expedição distribuição saída de para distribuição dos gêneros veículos pela doca ou do Banco Vista externa da área externa saída dos gêneros ao coberta Banco de Alimentos
  • 28. balcão de apoio para distribuição estocagem estocagem perecíveis não perecíveis
  • 29. 9) Setor Administrativo Local onde se realizam as atividades administrativas relativas ao Banco de Alimentos, tais como o controle dos gêneros recepcionados e dis- tribuídos, e o cadastro e a avaliação das entidades assistenciais. Neste mesmo ambiente, devem-se prever a sala da equipe de coordenação do Banco de Alimentos e os banheiros/vestiários para os funcionários. Este setor deve estar separado dos outros setores onde há fluxo de ali- mentos, embora deva existir acesso entre eles. Fluxo de entrada de funcionários no banco Fluxo de entrada de gêneros no banco sala depósito de banheiro banheiros banheiro acesso de administração material de feminino/ adaptados a masculino/ funcionários limpeza vestiário PNDEs vestiário ao banco 0
  • 30. 9.1) Sala da Equipe de Coordenação do Banco de Alimentos Deve ser dimensionada para acomodar adequadamente os diversos pro- fissionais que formam a equipe de coordenação, tais como: nutricionistas, engenheiros de alimentos, assistentes sociais, gestores, estagiários, etc. Será localizada de modo a permitir, do seu interior, ampla visão das áreas internas do Banco de Alimentos, através de painéis de vidro. Para melhor supervisão das atividades é aconselhável que o piso seja elevado. *Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação. mesa armário para guichê para a mesa para armário com escritório arquivo área de recep- computador portas de correr ção de gêneros 1
  • 31. 9.2)Sanitários/Vestiários dos Funcionários Existem normas técnicas que disciplinam o projeto desta área. [Portaria CVS nº. 06/1999] Deve ser uma área isolada, ou seja, não deve ter comu- nicação direta com os demais setores do Banco de Alimentos. [TEIXEIRA et al., 2003] Devem localizar-se de tal forma a permitir que todos os fun- cionários tenham que, obrigatoriamente, passar por eles antes de ingres- sar na área de produção. Cada conjunto de vestiários e banheiros deve dispor de três áreas distintas: vestiários com armários individuais, boxes pra banho e vasos sanitários (no caso do vestiário masculino também devem existir mictórios). As privadas devem ter o máximo de isolamento possível. [TEIXEIRA et al., 2003] A higienização das mãos deve ser feita segundo normas sanitárias existentes. [CVS nº. 06/1999]. Devem ser pre- vistos sanitários adaptados a PNDEs de acordo com a NBR 9050. *Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação. Fluxo de entrada de funcionários no banco
  • 32. 9.3) Depósito de Material de Limpeza Deve ser uma sala fechada e, necessariamente, separada de todo o fluxo referente aos alimentos (armazenamento, manipulação e processamen- to). *Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação. estantes ou tanque para armários para lavagem de ma- armazenar ma- terial de limpeza terial e produtos Fluxo de entrada de funcionários no de limpeza banco
  • 33. 10) Sala de Capacitação/Cozinha Experimental Ambiente destinado ao ensino, ensaio e experimentação de atividades relacionadas a questões alimentares e nutricionais, gastronômicas, de boas práticas de fabricação, saúde pública, etc. Pode ser usado tanto para a capacitação dos próprios funcionários do Banco de Alimentos (ou de um outro público específico), como um espaço que permita a inserção da comunidade no processo de educação alimentar e nutricional. acesso de funcio- acesso à cozinha cozinha expe- área para aulas acesso à nários do banco e experimental / rimental (aulas teóricas área externa público sala de capaci- práticas) tação 4
  • 34. Este espaço deve ser projetado de forma que as diversas atividades se realizem de forma inte- grada e contínua, mas seu fluxo deve ser separado do fluxo interno do Banco de Alimentos. É aconselhável que, através da Sala de Capacitação/Cozinha Experimental, se possa visualizar as atividades realizadas no interior do Banco de Alimentos. Para tanto, podem ser usadas divisórias de vidro entre os dois ambientes. *Ver Lista de Equipamentos e Utensílios no Manual de Implantação.
  • 35. Itens a serem atendidos em todos os Setores do Banco de Alimentos (exceto o Setor Administrativo) • Os Bancos de Alimentos deverão ser projetados no sentido de evitar contaminação e propor- cionar ao manipulador segurança e conforto em relação à temperatura, ventilação, umidade, iluminação e ruídos. A principal diretriz do projeto deve ser evitar o fluxo cruzado entre gêneros alimentícios, carros de transporte, manipuladores e lixo; • Pias para higienização das mãos dos manipuladores – devem ser previstas, nas áreas de ma- nipulação de alimentos, pias exclusivas para a higienização das mãos dos funcionários. As tor- neiras devem ter, preferencialmente, dispositivos de acionamento automático. Sua localização deve estar coerente com a disposição do fluxo de preparo dos alimentos; [RDC nº. 216/2004] seleção e triagem acond. e identificação processamento cozinha experimental • Iluminação – Deve-se evitar a incidência de luz solar direta sobre as superfícies de trabalho. [TEIXEIRA et al., 2003] Para Unidades de Alimentação e Nutrição, recomenda-se iluminação natural (na proporção de 1/5 ou 1/4 da área do piso) [TEIXEIRA et al., 2003] aliada à iluminação artificial. As luminárias que se localizarem sobre as áreas de manipulação de alimentos devem ser protegidas contra explosões, quebras e quedas acidentais; [RDC nº. 216/2004] seleção e triagem hig. monoblocos / recepção estoque não perecíveis • Temperatura – Temperatura ambiente entre 22°C e 26°C é considerada adequada às operações realizadas em Unidades de Alimentação e Nutrição; [TEIXEIRA et al., 2003]
  • 36. Ventilação – A renovação de ar é indispensável para o conforto térmico dos funcionários. Para tanto, devem ser empregados dispositivos de ventilação natural e/ou artificial que permitam a adequada renovação do ar. No caso da ventilação natural, as aberturas devem corresponder a 1/10 da área do piso. [TEIXEIRA et al., 2003] Já para a ventilação artificial, deve-se recorrer a condicionadores e/ou exaustores de ar; • Sistema de Exaustão – Deve ser provido de telas milimetradas removíveis que impeçam o acesso de insetos, aves, roedores, ou quaisquer outros vetores ou pragas urbanas; [RDC nº. 216/2004] • Janelas – As janelas devem ser dispostas na parte superior das paredes, pois esta disposição dificulta a incidência de luz natural diretamente sobre as superfícies de trabalho. As janelas de- vem ser mantidas ajustadas aos batentes, e quando voltadas para a parte externa, devem ser providas de telas milimetradas removíveis para impedir o acesso de vetores e pragas urbanas; • Todas as aberturas, ou quaisquer elementos vazados devem possuir telas milimetradas colocadas pelo lado de fora, para proteção contra insetos, pássaros, roedores, etc. Estas telas devem ser removíveis para que se possa realizar sua limpeza periódica; [RDC nº. 216/2004] janelas com telas milimetradas aplicadas pelo lado de fora
  • 37. Fluxo principal de um Banco de Alimentos sem portas Observação: Nos ambientes que compõem o fluxo principal do Banco de Alimentos, recomenda-se utilizar o mínimo de portas possível; • Portas – Para Unidades de Alimentação e Nutrição, as portas devem ter, no mínimo, 1,00m de largura por 2,10 de altura, que são as dimensões mínimas previstas na legislação [TEIXEIRA et al., 2003] Entre alguns setores, a fim de evitar colisão entre as pessoas que circulam, as portas devem conter visores. As portas devem possuir dispositivo de fechamento automático. [RDC nº. 216/2004]
  • 38. piso: parede: revestimentos de revestimento alta resistência, liso, impermeá- de fácil limpeza, vel, de cor clara antiderrapantes, e resistente teto: antiácidos e de fácil limpe- impermeáveis, e za, resistente à com declividade temperatura e suficiente para impermeável ao impedir o acú- vapor mulo de água • Paredes – A legislação define os requisitos mínimos para o revestimento de paredes em Uni- dades de Alimentação e Nutrição. [RDC nº. 216/2004] As definições básicas são: revestimento liso, impermeável, de cor clara e resistente, que permita a lavagem da parede em toda a sua extensão. [CVS nº. 06/1999] e [TEIXEIRA et al., 2003] Para o uso de revestimento cerâmico nas paredes é aconselhável a escolha de peças que proporcionem o menor número de rejuntes possível, pois estes são focos potenciais de proliferação de microorganismos; • Teto - Deve ser de fácil limpeza, resistente à temperatura e impermeável ao vapor. Não deve ser combustível, nem propagador de incêndios, e deve absorver os ruídos das diversas operações realizadas. O teto recomendado para Unidades de Alimentação e Nutrição é a laje de concreto, maciça ou pré-moldada, revestida e pintada com tinta acrílica. Os ângulos entre as paredes e o teto devem ser abaulados para facilitar a limpeza. O uso de forro de PVC também é aceito. Recomenda-se adotar um pé-direito mínimo de 3 metros, segundo a legislação; [Portaria CVS nº. 06/1999]
  • 39. Pisos – Têm que ser de alta resistência (PEI 5), pois devem suportar tráfego pesado e intenso. Além disso, devem permitir a fácil limpeza, ser antiderrapantes, antiácidos e impermeáveis, e, ainda, devem propiciar declividade suficiente para impedir o acúmulo de água. Pisos mo- nolíticos (sem rejuntamento) são os mais indicados, pois a inexistência de rejuntes dificulta o acúmulo de sujeira. No caso de se utilizar o revestimento cerâmico, há no mercado opções de rejuntes não porosos, ou seja, que absorvem menos umidade, o que inibe a proliferação de microorganismos. [TEIXEIRA et al., 2003] Todas as junções entre pisos e paredes (rodapés) devem ser arredondadas para evitar a existência de cantos acumuladores de sujeira e para fa- cilitar a limpeza (recanto sanitário). [Portaria CVS nº. 06/1999]. O rodapé deve ser executado junto com o piso, para evitar as juntas frias que prejudicam a aderência. O abaulamento do rodapé deve cessar exatamente na face da parede, para não gerar quinas que possam acumular sujeiras. execução recomendável: situação indesejável: 40 • O uso de madeira – seja em esquadrias, pisos ou superfícies de trabalho – não é recomen- dado; • Altura das bancadas de trabalho – Podem existir, nas áreas de trabalho, bancadas com diferen- tes alturas. Isto, para que as atividades dos manipuladores se dêem de forma mais ergonômica, portanto, mais confortável. Como indicativo, sugere-se que trabalhos mais pesados (cortes, por exemplo) sejam feitos em bancadas mais baixas (entre 85 cm e 90 cm de altura), e que traba- lhos que exijam mais precisão (catação de grãos), se dêem em bancadas mais altas (entre 95 cm e 110 cm de altura). [SILVA, 1998, apud, LAVILLE, 1977]
  • 40. Esquema de fluxos em um Banco de Alimentos 41 Fluxo de Gêneros Fluxo de entrada de gêneros no banco Fluxo do alimento selecionado, para ser acondicionado/identificado Fluxo do alimento processado para ser acondicionado/identificado Fluxo do alimento acondicionado/identificado para armazenamento Fluxo do alimento para distribuição
  • 41. 4 Fluxo de Descarte Fluxo de saída de descarte do banco
  • 42. 4 Fluxo de Funcionários Fluxo de entrada de funcionários no banco
  • 43. Sobre as Instalações Prediais 1) Instalações Hidráulicas • Recomenda-se adotar descidas individuais de água do barrilete, para que a necessidade de manutenção de um ponto hidráulico não interfira no funcionamento dos demais. • O projeto de instalações hidráulicas deve ser elaborado de acordo com as seguintes nor- mas técnicas: NBR 5626/98 e NBR 5648/99. 2) Instalações Sanitárias • Posicionar as caixas de gordura e caixas de passagem na parte externa da edificação ou em áreas onde não existam fluxos de alimentos, como vestiários ou depósitos de limpeza. [RDC nº. 216/2004] • Recomenda-se a instalação de tubulações independentes para cada ponto de esgoto para faci- litar a detecção e a manutenção de vazamentos ou obstruções das tubulações. • Posicionar calhas com grelhas metálicas dotadas de retentores de resíduos que bloqueiam a 44 entrada de insetos e roedores nas áreas molhadas e em pontos estratégicos para a limpeza, adotando uma inclinação do piso de 0,5% a 1,0% e direcionando o fluxo da água para estes pontos. • Nos pontos de esgoto das pias e demais pontos coletores de gordura e/ou de- tritos sólidos, recomenda-se a utilização de joelhos de 90º com visita, para pos- sibilitar a desobstrução da canalização e evitar problemas com entupimentos. • O projeto de instalações sanitárias deve ser elaborado de acordo com a NBR 8160/99. 3) Instalações Elétricas • A distribuição elétrica deve basear-se na disposição do layout. É necessário o levantamento de todos os equipamentos e a identificação dos seus consumos para a especificação das toma- das. • As instalações elétricas devem estar embutidas ou protegidas em tubulações externas em bom estado, de forma a permitir a higienização dos ambientes sem oferecer riscos de contato com os condutores elétricos.
  • 44. Recomenda-se adotar, para o dimensionamento da iluminação artificial, as seguintes propor- ções: Setores de Recepção, Expedição, Higienização e Armazenamento de Monoblo- cos, e Estocagem – O nível de iluminação artificial recomendado para estas áreas é de 150W/6m², com lâmpadas incandescentes, para um pé-direito máximo de 3,00m. [TEI- XEIRA et al., 2003] Para lâmpadas fluorescentes recomenda-se a proporção de 40W/6m² (para pé-direito de, no máximo, 3 metros); Setores de Seleção e Triagem, Processamento, Acondicionamento e Identificação, e Capacitação – O nível de iluminação artificial recomendado para estes ambientes, com lâmpadas incandescentes, é de 150W/4m², para um pé-direito máximo de 3,00m. [TEI- XEIRA et al., 2003] Para lâmpadas fluorescentes recomenda-se a proporção de 40W/4m² (para pé-direito de, no máximo, 3 metros). • O projeto de instalações elétricas deve ser elaborado de acordo com as seguintes normas técnicas: NBR 5410/04, NBR 5413/82 e NBR 5473/86. 4) Instalação de Gás – GLP • Sua localização será externa aos setores do Banco de Alimentos, em área confinada, protegida 4 de tal forma que impeça a aproximação de veículos e pessoas não autorizadas, e permita o acesso dos veículos de abastecimento dos botijões. Normas específicas disciplinam a constru- ção de centrais de GLP. • O fornecimento e instalação da Central de Gás, bem como das tubulações de abastecimento até os pontos solicitados, serão executados de acordo com a previsão de pontos indicados no projeto arquitetônico e de acordo com as demandas, dimensionamento e especificações técni- cas do projeto elaborado pelo projetista. • O projeto de instalações de gás deve ser elaborado de acordo com as seguintes normas técnicas: NBR 13.523/2006, NBR 13.932/1997 e NBR 13.933/1997.
  • 45. Recomendações Gerais 1) Sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica – Obedecer ao que dispõe a Resolução nº. 425/1998, do CONFEA, principalmente em seus Artigos 1º e 3º: “Art. 1º - Todo contrato escrito ou verbal para a execução de obras ou prestação de quaisquer serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia fica sujeita à ‘Anota- ção de Responsabilidade Técnica (ART)’, no Conselho Regional em cuja jurisdição for exercida a respectiva atividade.” “Art. 3º - Nenhuma obra ou serviço poderá ter início sem a competente Anotação de Responsa- bilidade Técnica, nos termos desta Resolução.” 2) Sobre a interlocução com profissionais da área de nutrição – É altamente recomendável que o projetista seja assessorado por um profissional de nutrição, que poderá orientá-lo quanto a maiores especificidades e necessidades de um equipamento desta natureza. 3) Sobre a Acessibilidade – Obedecer ao que determina a NBR 9050/2004, em seus itens 1.3.1 e 1.3.2, que dispõem: 4 “1.3.1 Todos os espaços, edificações, mobiliário e equipamentos urbanos que vierem a ser projetados, construídos, montados ou implantados, bem como as reformas e ampliações de edificações e equipamentos urbanos, devem atender ao disposto nesta Norma para serem con- siderados acessíveis.” “1.3.2 Edificações e equipamentos urbanos que venham a ser reformados devem ser torna- dos acessíveis. Em reformas parciais, a parte reformada deve ser tornada acessível.”
  • 46. 4
  • 47. Legislação para Embasamento e Consulta • Resolução nº. 361/1991 – CONFEA – Dispõe sobre a conceituação de Projeto Básico em Consul- toria de Engenharia, Arquitetura e Agronomia; • Lei Federal nº. 8.666/1993 – Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui nor- mas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências; • Portaria SVS/MS nº. 326/1997 – Ministério da Saúde – Aprova o Regulamento Técnico sobre Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para Estabelecimentos Produtores/ Industrializadores de Alimentos; • Norma Brasileira – ABNT – NBR 5626/1998 – Instalações Prediais de Água Fria; • Norma Brasileira – ABNT – NBR 5648/1999 – Sistemas Prediais de Água Fria – Tubos, conexões de PVC 6,3, PN 750 kPa, com junta soldável - Requisitos; • Norma Brasileira – ABNT – NBR 8160/1999 – Instalações Prediais de Esgoto Sanitário; • Norma Brasileira – ABNT –NBR 5410/2004 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão; 4 • Norma Brasileira – ABNT –NBR 5413/1982 – Iluminância de Interiores; • Norma Brasileira – ABNT –NBR 5473/1986 – Instalações Elétricas Prediais; • Norma Brasileira – ABNT –NBR 7198/1993 – Projeto e execução de Instalações de Água Quente; • Norma Brasileira – ABNT – NBR 13.932/1997 – Instalações Internas de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) – Projeto e Execução; • Norma Brasileira – ABNT – NBR 13.933/1997 – Instalações Internas de Gás Natural (GN) – Projeto e Execução; • Resolução nº. 425/1998 – CONFEA – Dispõe sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica e dá outras providências; • Portaria CVS nº. 06/1999 – Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo – Aprova o Regulamento Técnico que estabelece os parâmetros e critérios para o controle higiênico-sanitário em estabelecimentos de alimentos;
  • 48. • Lei nº. 6.496/2000 – Institui a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) na prestação de servi- ços de Engenharia, Arquitetura e Agronomia; • Norma Brasileira – ABNT – NBR 9050/2004 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos; • Resolução de Diretoria Colegiada – RDC – nº. 216/2004 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) – Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação; • Norma Brasileira – ABNT – NBR 13.523/2006 – Central Predial de GLP. Referências Bibliográficas 1) SILVA FILHO, Antônio Romão A. da. Manual Básico para Planejamento e Projeto de Restaurantes e Cozinhas Industriais. São Paulo: Varela, 1996. 232 p. 2) SILVA, Enos Arneiro Nogueira da. Cozinha Industrial: Um Projeto Complexo. 1998. 277p. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – Universidade de São Paulo, São Paulo. 4 3) TEIXEIRA, Suzana Maria Ferreira Gomes ... [et al.]. Administração Aplicada às Unidades de Ali- mentação e Nutrição. São Paulo: Atheneu, 2003. 219p.
  • 49.
  • 50.
  • 51. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 4º Andar Brasília - DF - CEP 70046-900 . www.mds.gov.br