O documento discute os conceitos de eutanásia, distanásia e ortotanásia. A eutanásia é definida como a abreviação da vida de um paciente incurável para acabar com seu sofrimento. Há argumentos a favor e contra a eutanásia relacionados à autonomia do paciente e à ética médica. A distanásia é o prolongamento artificial da vida sem qualidade. A ortotanásia permite que o paciente siga seu curso natural para a morte de forma digna e sem sofrimento desnecessário.
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
A Éticia sobre a Eutanásia, Distanásia e a Ortotanásia
1. A ÉTICA SOBRE A
EUTANÁSIA, DISTANÁSIA
E A ORTOTANÁSIA:
Uma reflexão frente ao princípio da
autonomia e da vontade.
Enfermagem 2015 - UEPA Tucuruí – Campus XIII
2. Considerações iniciais:
O que é a Eutanásia?;
Referências da Bioética;
Eutanásia quanto ao tipo de ação;
Eutanásia quanto ao consentimento do paciente;
O que é a Distanásia?;
O que é a Ortotanásia?;
3.
4. O que é Eutanásia?
É a prática pela qual
se abrevia a vida de
um enfermo incurável
de maneira controlada
e assistida por um
especialista. Prática
esta proibida no Brasil
e considerada homicídio.
5. Reflexão sobre a morte:
A morte sempre existiu e sempre existirá entre
nós porque morrer é parte integral da vida e da
existência humana, tão natural e previsível como
nascer.
Por que, então, é tão difícil morrer?
Por que, na sociedade
moderna, a morte
transformou-se num
tema a ser evitado de
todas as maneiras?
6. Argumentos a favor:
As pessoas que julgam a eutanásia um mal necessário
tem como principal argumento poupar o paciente
terminal irreversível de seu sofrimento e aliviar a
angústia de seus familiares.
São raciocínios que
participam na defesa da
autonomia absoluta de
cada ser individual, direito
a escolha pela sua vida e
pelo momento da morte.
Uma defesa que assume o interesse individual acima da
sociedade que, nas leis e códigos, visa proteger à vida.
7. Argumentos contra:
Muitos são os argumentos contra a eutanásia, desde os
religiosos, éticos até políticos e sociais. Ponto de vista
religioso: a eutanásia é tida como uma usurpação do
direito á vida humana, ou seja só Deus pode tirar a vida
de alguém.
Ponto de vista da ética
médica: tendo em conta o
juramento de Hipócrates,
segundo o qual considera a
vida como um dom sagrado,
sobre o qual o médico não pode
ser juiz da vida ou da morte de alguém.
8. O dilema ético para os profissionais da
área da saúde:
A eutanásia representa atualmente uma complicada
questão de bioética e biodireito, pois enquanto o
estado tem como princípio a proteção da vida dos seus
cidadãos, existem aqueles que, devido ao seu estado
precário de saúde, desejam dar fim ao seu sofrimento
antecipando a sua morte.
E nesse caso, como agir
perante o princípio de autonomia
do doente?
Como agir perante o direito
de viver?
9. Bioética
É uma disciplina nova no campo da filosofia e surgiu
em função da necessidade de discutir moralmente o
avanço tecnológico das ciências na área da saúde,
bem como aspectos da relação de profissionais e
pacientes.
A Bioética pode ser definida como “o estudo sistemático
das visões morais, decisões, condutas e políticas das
ciências da vida e cuidados com a saúde, empregando
uma variedade de metodologias éticas em um
ambiente multidisciplinar”.
10. Classificação da Eutanásia quanto ao
tipo de ação:
Não se pensa em eutanásia sem lembrar do
Código de Ética. Vale repensar a conduta
questionando se estamos prestando assistência
de enfermagem com qualidade ou se estamos
apenas tendo ações piedosas e se tais ações se
resume a um prolongamento desnecessário. O
que nos faz repensar e colocar em dúvida alguns
conceitos como o de vida ou morte no seu contexto
dentro do aspecto de qualidade de vida e o morrer
dignamente. Atualmente a eutanásia pode ser
classificada de várias formas, de acordo com o
critério considerado.
11. Eutanásia Ativa: o ato deliberado de provocar a morte
sem sofrimento do paciente, por fins misericordiosos. Trata-
se da ação pela qual se põe fim a vida de uma pessoa
enferma, por um pedido do paciente ou a sua revelia. O
exemplo típico seria a administração de uma overdose de
medicamentos com a intenção de por fim a vida do enfermo.
É também chamada de morte piedosa ou suicídio assistido.
Refere-se ao profissional.
12. Eutanásia passiva ou indireta: a morte do
paciente ocorre, ou porque não se inicia uma ação médica
ou pela interrupção de medidas como suspender ou retirar a
alimentação, a hidratação ou a oxigenação, com o objetivo
de diminuir o sofrimento. Por exemplo a retirada de um
equipamento essencial como um respirador em um paciente
terminal, sem esperanças de vida. Refere-se ao profissional.
13. Eutanásia de duplo efeito: quando a morte é
acelerada como uma consequência indireta das ações
médicas que são executadas visando o alívio do sofrimento
de um paciente terminal. Refere-se ao profissional.
14. Eutanásia voluntária: quando a morte é provocada atendendo a
uma vontade do paciente. Refere-se ao paciente.
Eutanásia involuntária: quando a morte é provocada contra a
vontade do paciente. Refere-se ao paciente.
Eutanásia não voluntária:
quando o paciente ou qualquer
responsável não é consultado ou não
manifesta qualquer posicionamento
sobre a decisão. Refere-se ao paciente.
15.
16. O que é a Distanásia?
A distanásia é um termo pouco conhecido, porém, muitas vezes,
praticada no campo da saúde. É conceituada como uma morte difícil
ou penosa, usada para indicar o prolongamento do processo da
morte, por meio de tratamento que apenas prolonga a vida biológica
do paciente, sem qualidade de vida e sem dignidade. Também pode
ser chamada de obstinação terapêutica.
Nesse sentido, enquanto, na eutanásia,
a preocupação principal é com a
qualidade de vida remanescente,
na distanásia, a intenção é de se fixar na
quantidade de tempo dessa vida e de
instalar todos os recursos possíveis para
prolongá-la ao máximo.
17. O direito de morrer de
forma digna diz respeito
a uma morte natural, com
humanização, sem que
haja o prolongamento da
vida e do sofrimento,
através da instituição de
intervenções fúteis ou
inúteis, que se reporta à
distanásia.
18.
19. O que é a Ortotanásia?
A Ortotanásia é deixar que
o paciente siga seu caminho
natural para a morte sem
aumentar-lhe a vida de
forma artificial, ou seja,
apenas o acompanhamento
para que a morte seja menos
sofrível possível e de forma
natural.
20. Percepção do enfermeiro em relação à
ortotanásia:
Na prática profissional, é necessário que se esteja
atento ao compromisso de proporcionar uma morte
digna, mantendo o paciente assistido e confortável.
Atualmente, a distanásia é um problema ético que
interfere no desejo do paciente e da família, bem
como no cotidiano dos profissionais da saúde,
ignorando o momento de parar de se investir no
tratamento. Em contraposição, na ortotanásia, o
paciente deve ser atendido de maneira
individualizada, sendo auxiliado em suas
necessidades físicas, emocionais e espirituais,
respeitando seu tempo de vida.
21. Ortotanásia: significado do morrer com
dignidade na percepção dos enfermeiros do
curso de especialização em Unidade de
Terapia Intensiva (UTI)
Segundo a revista Bioethikos, os profissionais podem
atuar de forma efetiva na fase da terminalidade junto à
família e ao paciente, minorando, sobremaneira, o
sofrimento. Cabe à equipe esclarecer as dúvidas, encorajar
atitudes positivas; sobretudo, ser sincera e acessível.
A presença dos familiares é vista como importante não só
para o paciente, mas também para aproximação dos
profissionais em busca de um cuidar mais digno. Esses
profissionais irão proporcionar um elo entre familiares e
paciente, procurando atender aos seus anseios, medos e
angústias. Os familiares tornam-se agentes desse processo em
sintonia com os profissionais.