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Elaboração de Projetos




                       Professores
            Pedro da Costa Araújo
               Altair Acelon Mello
Universidade Federal de Santa Catarina
         Centro Sócio-Econômico
Departamento de Ciências da Administração




    Elaboração de Projetos




                 Professores
           Pedro da Costa Araújo

             Altair Acelon Mello




              Florianópolis
                  2007
Copyright 2007 © Departamento de Ciências da Administração CSE/UFSC.




           A663e Araújo, Pedro da Costa
                    Elaboração de projetos / Pedro da Costa Araújo, Altair Acelon
                 Mello. – Florianópolis : Departamento de Ciências da
                 Administração / UFSC, 2007.
                    118p.

                            Inclui bibliografia
                            Curso de Capacitação a Distância

                          1. Projetos – Metodologia. 2. Empreendedorismo.
                       3. Administração de projetos. 4. Educação a distância. I. Mello,
                       Altair Acelon. I. Título.
                                                                      CDU: 658.512.2

               Catalogação na publicação por: Onélia Silva Guimarães CRB-14/071
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
                 Luiz Inácio Lula da Silva

                MINISTRO DA SAÚDE
                  José Gomes Temporão

               SECRETÁRIA EXECUTIVA
          Márcia Bassit Lameiro da Costa Mazzoli

    SUBSECRETÁRIO DE ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS
           José de Ribamar Tadeu Barroso Jucá

    COORDENADORA GERAL DE RECURSOS HUMANOS
              Elzira Maria do Espírito Santo

COORDENADOR DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE
               RECURSOS HUMANOS
                Rubio Cezar da Cruz Lima

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
                         REITOR
                    Lúcio José Botelho
                     VICE-REITOR
                    Ariovaldo Bolzan

            CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO
                        DIRETOR
               Maurício Fernandes Pereira
                     VICE-DIRETOR
                      Altair Borgert

  DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO
              CHEFE DO DEPARTAMENTO
                    João Nilo Linhares
            SUBCHEFE DO DEPARTAMENTO
            Raimundo Nonato de Oliveira Lima
PROJETO MINISTÉRIO DA SAÚDE/UFSC/CSE/CAD

                COORDENADOR
            Gilberto de Oliveira Moritz
        COORDENADOR PEDAGÓGICO
             Alexandre Marino Costa
           COORDENAÇÃO TÉCNICA
          Marcos Baptista Lopez Dalmau
         Alessandra de Linhares Jacobsen

            CONSELHO EDITORIAL
        Luiz Salgado Klaes (Coordenador)
               Allan Augusto Platt
           Liane Carly Hermes Zanella
                Luís Moretto Neto
        Raimundo Nonato de Oliveira Lima
             Rogério da Silva Nunes

    COORDENADOR DA BIBLIOTECA VIRTUAL
                Luís Moretto Neto

         COORDENADOR FINANCEIRO
               Altair Acelon Mello

     COORDENADOR DE APOIO LOGÍSTICO
             Sílvio Machado Sobrinho

  METODOLOGIA PARA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
             Denise Aparecida Bunn
                 Adriana Novelli
          Rafael Pereira Ocampo Moré

           REVISÃO DE PORTUGUÊS
                  Renato Tapado

      PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
             Annye Cristiny Tessaro

        ORGANIZAÇÃO DO CONTEÚDO
              Pedro da Costa Araújo
               Altair Acelon Mello
Prefácio


     Quero, inicialmente, cumprimentar a todos os servidores e servidoras
do Ministério da Saúde, e ao fazê-lo estarei praticando a forma mais dire-
ta e desejável de comunicação que, nas atribuições do dia-a-dia, nem sem-
pre nos permitimos fazer.
     Alcançar o maior número possível de pessoas de forma direta, ime-
diata, com transparência e abrangência, democratizando o ambiente de
trabalho e o acesso à informação é, sem dúvida, um de nossos maiores
desafios.
     A evolução das tecnologias de informação e comunicação nos per-
mite, hoje, inúmeras escolhas e estratégias para lidar com essa crescente
produção e disseminação de conhecimentos e informações, que por vezes
até alimentam mais as nossas dúvidas do que sugerem soluções.
     A gestão do conhecimento e o desenvolvimento de uma inteligência
em saúde é imprescindível para o cumprimento do preceito constitucio-
nal do direito à saúde – nosso objetivo maior.
     Neste sentido, o Ministério da Saúde está lançando um programa de
educação a distância, em parceria com a Universidade Federal de Santa
Catarina, que nos permitirá capacitar nossos servidores, inclusive aqueles
cedidos a Estados e Municípios em razão do SUS e que desde então não
têm sido alvo da política de capacitação do Ministério.
     Trata-se do projeto “O Saber para conquistar um lugar”, que, junta-
mente com outras iniciativas, trará importante contribuição, quer pela
reconhecida excelência dos trabalhos oferecidos pela UFSC, quer pelo
empenho de nossas Unidades responsáveis pela capacitação no apoio à
utilização desse novo instrumental.
     É igualmente importante que todos conheçam o projeto e as oportu-
nidades de aprendizagem que ele apresenta, de modo a assegurar o seu
aproveitamento pleno e potencial.
Acredito que, desta forma, estamos superando mais uma etapa, rumo
à consolidação do Sistema Único de Saúde e da saúde cidadã.
     Agradeço a atenção, na expectativa de que todos procurem cada vez
mais um envolvimento significativo com esta questão e que aproveitem
ao máximo o Programa de Educação a Distância.

                  Elzira Maria do Espírito Santo
          Coordenadora Geral de Recursos Humanos
Sumário
Apresentação do Projeto.............................................................................11

Guia do Aluno.............................................................................................13

Apresentação do Curso................................................................21



UNIDADE 1
Introdução a Projetos

Projetos.................................................................................................25
Resumo.....................................................................................34
Atividades de aprendizagem....................................................................34


UNIDADE 2
Administração de Projetos e Gerência de Projetos

História da gerência de projetos.................................................................37
Resumo.....................................................................................47
Atividades de aprendizagem....................................................................48


UNIDADE 3
Planejamento de Projetos e Abordagens no Gerenciamento

Planejamento de Projetos...........................................................................51
Resumo.....................................................................................59
Atividades de aprendizagem....................................................................60


UNIDADE 4
Gerenciamento de Projetos e suas Gerências Específicas

Gerenciamento de projetos e suas gerências específicas..........................63
Resumo.....................................................................................92
Atividades de aprendizagem....................................................................92
UNIDADE 5
Projetos no setor público

Projetos no setor público............................................................................97
Resumo.....................................................................................103
Atividades de aprendizagem..........................................................103


UNIDADE 6
Projetos Pessoais

Projetos pessoais.......................................................................................107
Resumo.....................................................................................111
Atividades de aprendizagem..........................................................112

Referências.....................................................................................114

Minicurrículos.....................................................................................116
Apresentação do Projeto


     Olá!
     Bem-vindo ao Programa de Capacitação dos Servidores
do Ministério da Saúde.


     Promovido pelo Ministério da Saúde, SAA/CAGR/CODER,
em parceria com o Departamento de Ciências da Administração
do Centro Sócio-Econômico da Universidade Federal de Santa Ca-
tarina, este programa tem como objetivos formar atores sociais
comprometidos com o processo de mudança, que sejam capazes
de atuar como catalisadores no desenvolvimento social, bem como
possibilitar a atualização, ampliação ou complementação de com-
petências profissionais adquiridas por meio de formação profissio-
nal ou no trabalho, com base nas necessidades derivadas de inova-
ções tecnológicas, e de novos processos de produção e de gestão.
A concepção dos cursos nessa modalidade de ensino é inovadora e
apresenta você, cursista, como protagonista do seu desenvolvimen-
to. Por isso, esperamos que participe efetivamente do curso, lendo
o material, participando dos Fóruns, Chats, Atividades e assistindo
às aulas que foram especialmente gravadas para você. Além do
material que você recebeu, poderá contar com uma equipe prepa-
rada para atendê-lo sempre que necessário. Esta é uma das estra-
tégias que adotamos para estar mais perto de você.
     Desejamos um ótimo aprendizado e esperamos que o curso
contribua para que você participe do desenvolvimento de ações
educativas mais consistentes e democráticas.

     A Equipe de elaboração dos Cursos (CAD/CSE/UFSC)
Curso de Capacitação a Distância




12
Elaboração de Projetos




                               Sobre o Curso




Curso de Capacitação

     Elaboração de Projetos.


Objetivo

     O curso tem por objetivo desenvolver conceitos e habilidades
para compreender, elaborar, analisar e executar projetos.


Público-alvo

     Servidores do Ministério da Saúde com escolaridade mínima
de nível médio completo.


Promoção

     Ministério da Saúde, SAA/CGRH/CODER.


Execução

     Departamento de Ciências da Administração do Centro Só-
cio-Econômico da Universidade Federal de Santa Catarina.


Carga Horária

     15 horas – Introdução à Educação a Distância.
     30 horas – Elaboração de Projetos.


Período de realização

     16/7/2007 a 31/8/2007


Horário de atendimento

     De segunda a sexta-feira, das 9 h às 21 horas.


                                                                                       13
Curso de Capacitação a Distância




                           Recursos didático-pedagógicos
    GLOSSÁRIO
*CD-ROM – (Compact                     Um CD-ROM* contendo o conteúdo básico e as aulas
Disc - Read Only Me-                   gravadas pelo professor.
mory) caracteriza o
                                       Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA): http://
CD gravado por pro-
                                       www.ms.cursoscad.ufsc.br.
cesso industrial e que
não seja regravável,                   Sistema de Acompanhamento ao Estudante (tutores e
capaz de armazenar                     professores).
cerca de 700 mega-
bytes de programas e       Requisitos para certificação
dados (inclusive ima-
gens, sons e vídeos)                   Participação nas atividades propostas (Fóruns, Chats, Ati-
para computador.                       vidades de aprendizagem).
Fonte:      Ferreira
                                       Contato com a tutoria.
(2004).
                                       Elaboração de uma atividade final de aprendizagem (a
                                       ser disponibilizada no Ambiente Virtual de Aprendizagem).




                              Como será este curso?

Conheça mais sobre               O curso será realizado na modalidade de Educação a Distân-
 esta modalidade de
                           cia (EaD), por meio do uso de diferentes recursos. Nessa modali-
ensino no Módulo de
Introdução à Educa-        dade, é você que organiza seu tempo de estudo e a elaboração das
    ção a Distância.       atividades previstas.
                                 Para realizar este curso, você recebeu um CD-ROM conten-
                           do um livro e aulas gravadas pelo professor. Além deste, você con-
                           ta ainda com o Ambiente Virtual de Aprendizagem e o Sistema de
                           Acompanhamento ao Estudante. Vamos saber como aproveitar
                           cada um destes recursos.


                           Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA

                                 O Ambiente Virtual de Aprendizagem é o meio pelo qual você
                           vai estabelecer uma comunicação produtiva com seus colegas de




     14
Elaboração de Projetos




turma, com seu tutor e com os professores, compartilhando seus
conhecimentos, suas idéias e, ao mesmo tempo, conhecendo o que
pensam os seus colegas, ou seja, aprendendo com eles.
     É no Ambiente Virtual de Aprendizagem que vamos acom-
panhar sua participação e seu interesse no curso. É através dele
que você vai enviar suas atividades e receber o feedback, consultar
as datas para realização das atividades, acessar os conteúdos e as
videoaulas, encaminhar suas dúvidas, solicitar atenção de seu tu-
tor, enfim, demonstrar suas dificuldades e seus avanços.


Sistema de Acompanhamento ao Estudante

     Organizado para atender você sempre que tiver dúvidas, além
de acompanhar e avaliar o seu processo de estudo e aprendiza-
gem, o Sistema conta com uma equipe de tutores, professores e
Supervisão Pedagógica.

        Tutor

     O papel do tutor é fundamental em Educação a Distância. É
ele quem mantém uma comunicação dinâmica e constante com
você, motivando-o a participar das atividades do curso,
disponibilizando material pedagógico complementar, corrigindo as
atividades, organizando, divulgando e mediando os Chats e Fó-
runs. Enfim, o tutor vai auxiliar você em seu processo de estudo,
tanto individualmente como em grupo. A qualidade da interação
com o tutor é fundamental e requer de você maturidade, motiva-
ção e autodisciplina.

       Professor

     O professor é o responsável pelos conteúdos ministrados e apre-
sentados no material que você recebeu. Tem, junto com o tutor, o
papel de facilitador e orientador de conteúdos e caminhos adequados
para a aprendizagem. É dele a responsabilidade pelas avaliações.




                                                                                          15
Curso de Capacitação a Distância




                                   Supervisão Pedagógica

                             É da Supervisão Pedagógica o papel de dar suporte para o cur-
                       so, desenvolvendo junto com os tutores estratégias de aprendizagem
                       para você, além de acompanhar as atividades pedagógicas da tutoria,
                       e sistematizar e socializar as informações relevantes sobre o curso.



                          Contatos

                             Além do AVA, você pode entrar em contato conosco utilizan-
                       do os seguintes recursos:

                       Telefone e fax

                             (48) 3721-6693

                       Endereço para correspondência

                             Universidade Federal de Santa Catarina
                             Centro Sócio-Econômico
                             Departamento de Ciências da Administração
                             Coordenadoria de Educação Continuada a Distância
                             Campus Universitário Professor João David Ferreira Lima
                             Bairro: Trindade
                             CEP 88040-900 – Florianópolis/SC

                       Portal do Curso

                             www.ms.cursoscad.ufsc.br

                       E-mail

                             ms@cursoscad.ufsc.br


                             Importante!
                             Não esqueça de consultar o Ambiente Virtual de Apren-
                             dizagem regularmente, pois é lá que você vai se manter
                             atualizado sobre as datas e os horários das atividades.


16
Elaboração de Projetos




                                                                                                     Sobre o Livro



                                                                                                                                                                                                   UNIDADE




                                                                                                                                                                                                1
     Reservamos este espaço para esclarecer como o seu li-
vro está organizado. Antes de tudo, lembre-se que você está
iniciando um curso com um tema de grande relevância para
sua instituição. O conteúdo abordado nas páginas que se
seguem lhe dará subsídios teóricos para compreender melhor                                                                                                                 Introdução à à
                                                                                                                                                                             Introdução
                                                                                                                                                                    Educação a a Distância
                                                                                                                                                                     Educação Distância
as questões que envolvem o seu trabalho. Então, vamos lá!
     O conteúdo está dividido em Unidades.                                                                                                                                                Professor Marcos Dalmau




                           Cada Unidade começa trazendo o Objetivo.

                        Os tópicos essenciais aparecem em Destaque.



                                                                                                                                 Curso de Capacitação a Distância


                                                                   Gestão de Recursos Humanos




          O maior objetivo do novo profissional de RH passa a
          ser a busca do comprometimento com a empresa em


                                                                                                       Os termos técnicos ou
          todos os níveis, integrando os seus profissionais no
          processo de mudança, conscientizando-os da impor-
          tância do seu papel, incentivando a criatividade e a au-
          tonomia e deixando-os “fazer diferente”, já que, embora
          trabalhem em equipe e com tecnologias mais sofistica-
          das, somente eles possuem o dom de pensar, criar e ino-
          var. Com pessoas motivadas, conscientes e envolvidas é
                                                                                                    científicos são explicados
          possível vencer os desafios da competitividade.                                                                                                           Objetivo
          Qualquer que seja a organização e seus objetivos, à medi-
                                         *
                                                                                GLOSSÁRIO
                                                                            *Organização – Ex-
                                                                                                    no Glossário.
     da que se torna maior, a complexidade de suas situações aumenta,       pressão inglesa que                                        Nesta Unidade vamos proporcionar a você informações para
                                                                            significa quot;atender ao
     requerendo novas iniciativas que vão além da gestão técnica de
                                                                            cliente interno ou                                    que possa conhecer melhor a modalidade à distância, a qual está
     recrutar, selecionar, treinar e desenvolver, remunerar, planejar
                                                                            externo no momen-
     carreiras, avaliar o desempenho, tratar das relações sindicais, so-    to exato de sua ne-                                  sendo utilizada nos cursos de capacitação do Ministério da Saúde
     ciais e da burocracia legal. Afloram necessidades de melhoria dos      cessidade, com as
     processos seletivo e salarial e de desenvolvimento de treinamentos     quantidades neces-                                         relacionadas ao projeto quot;O saber para conquistar um lugarquot;,
                                                                            sárias para a opera-
     estratégicos.


                                                                                                       As informações com-
                                                                            ção/produção.quot;                                            bem como proporcionar subsídios para que consiga aproveitar
          Orlickas (1999), observa um fator fundamental: o ponto crí-
                                                                            Fonte: Dicionário
     tico da Gestão dos Recursos Humanos é a administração “técnica”        online de RH
                                                                                                                                                         ao máximo o que está sendo ofertado.
     e o gerenciamento “por partes” das pessoas, o que, com o tempo,


                                                                                                    plementares sobre o con-
     perde a relação com o trabalho, com o negócio, com os resultados
     esperados e com a demanda de mudanças do ambiente, tornando-
     se ampla e mecânica. As pessoas são diferentes e precisam ser          Veja indicação
                                                                            de leitura no Saiba


                                                                                                    teúdo estão nos Links.
     geridas de uma forma dinâmica, individual e direcionada à sua
                                                                            mais sobre as
     equipe de trabalho.
                                                                            Teorias Clássicas da
                                                                            Administração.
                                                                            Não deixe de consul-
                                                                            tar e conhecer.




                                                                                                                                 26

                                                                                         171




                                                                                                                                                                                                17
Curso de Capacitação a Distância




                                                                                                  As indicações de leitura para apro-
                                                                     Gestão de Recursos Humanos
                                                                                                  fundar o tema abordado estão no
               Aspectos culturais dificuldade de integração das cul-
                                    :
               turas do contratante e do fornecedor.
                                                                                                  Saiba mais.
               Desconhecimento da legislação específica a falta
                                                            : ou
               dela, com risco na elaboração dos contratos, bem como
               nos reclames jurídico-trabalhistas.                                                No final de cada Unidade, há um
       Saiba mais...
                                                                                                  Resumo que sintetiza o conteúdo
        Sugerimos que você leia o livro:                                                          estudado.
      FRIEDMAN, Thomas L. O mundo é plano uma breve história do
                                                 :
      Século XXI. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.


                                                                                                  Para que você possa se certificar de
        RESUMO
                                                                                                  que compreendeu o texto estudado,
             Procuramos demonstrar para você, nesta Unidade, a im-                                temos as Atividades de aprendi-
         portância da Terceirização nas organizações, colocando suas
         estruturas e processos em xeque. A progressiva abertura do
         mercado à competição internacional tem forçado as empre-
                                                                                                  zagem. É muito importante que
         sas a repensarem suas estruturas organizacionais e suas es-
         tratégias de negócios, numa busca frenética na redução de
                                                                                                  você não deixe de fazê-las.
         custos e por competitividade de seus produtos e serviços.


             Sabemos que a Terceirização no Brasil tem sido trata-
         da de forma polêmica e não regular, muitas vezes pratica-
         da de forma precária ou desvirtuada de seus preceitos bási-
         cos. Neste sentido, Costa (1994) afirma que a polêmica da
         resultante envolve, de um lado, o embate das mobilizações
         sindicais num ambiente de crise econômica e de um regi-
         me jurídico-trabalhista conservador e pouco flexível, e exi-
         ge, de outro, todo um processo de mudança na cultura e
                                                                                                                                                                     Gestão de Recursos Humanos




                                                                                           163         ganização burocrática piramidal está com a dissipação das
                                                                                                       estruturas formais determinada, dando lugar a formas mo-
                                                                                                       dulares, que se alteram conforme a conveniência do momen-
                                                                                                       to, e que tem a terceirização como um dos componentes.



                                                                                                      Atividades de aprendizagem


                                                                                                      Vamos ver se você entendeu o que foi visto nesta Unidade? En-
                                                                                                      tão responda as atividades propostas. Se não encontrar dificul-
                                                                                                      dades, certamente compreendeu, e caso encontre alguma, re-
                                                                                                      leia o texto novamente e conte com o Sistema de Acompanha-
                                                                                                      mento para auxiliá-lo.

                                                                                                      1. Conceitue Terceirização.
                                                                                                      2. Você entende a Terceirização como um processo evolutivo
                                                                                                      dos negócios e irreversível mundialmente? Justifique.
                                                                                                      3. Discuta a Terceirização no serviço público e por que muitas
                                                                                                      vezes não dá certo. Reflita sobre algumas sugestões em sua área
                                                                                                      de atuação.



                                                                                                    REFERÊNCIAS

                                                                                                    ALVAREZ, Manuel S. B. Terceirização parceria e qualidade. Rio de
                                                                                                                                      :
                                                                                                    Janeiro: Campus, 1996.

                                                                                                    COSTA, Márcia S. Terceirização/Parceria e suas implicações no
                                                                                                    âmbito jurídico – sindical. Revista de Administração de
                                                                                                    Empresas. São Paulo: FGV. 34(1): 6-11, jan.fev.1994.

                                                                                                    DAVIS, Frank S. Terceirização e multifuncionalidade
                                                                                                                                                     : idéias
                                                                                                    práticas para a melhoria da produtividade e competitividade da
                                                                                                    empresa. São Paulo: STS, 1992.

                                                                                                    FONTANELLA, Dentes, et al . O lado (des)humano da
                                                                                                    terceirização o impacto da terceirização nas empresas, nas pessoas
                                                                                                                :
                                                                                                    e como administrá-lo. Salvador: Casa da Qualidade, 1994.




                                                                                                                                                                                           165




18
Elaboração de Projetos




 Dicas para facilitar seu estudo




     Um estudante é um agente da construção do próprio co-
nhecimento – capaz de realizar leituras dos próprios cenários em
que está imerso, estabelecer objetivos, traçar estratégias e definir
procedimentos para alcançar os resultados pretendidos.



     Lembre-se! Ao estudar e ao aprender a distância,
     você terá de percorrer a maior parte do processo de
     forma independente. A qualidade da interação com
     seu tutor e com os demais participantes é fundamen-
     tal, pois, para que a EaD atinja seus objetivos peda-
     gógicos, são necessárias maturidade, motivação
     e autodisciplina.


     Para ajudá-lo nesse processo, tenha em mente que quem
aprende deve ser capaz de:

          refletir sobre novas idéias, dando sentido a elas e ade-
          quando-as às suas próprias;

          expressar o pensamento de várias formas (oral, escrita e
          visual);

          desenvolver a sensibilidade para lidar com as ferramen-
          tas do dia-a-dia, pessoas e a natureza a partir da emo-
          ção; e

          transformar o que você conheceu em ações concretas.




                                                                                          19
Curso de Capacitação a Distância




20
Elaboração de Projetos




              Apresentação do Curso




     Olá! Seja bem-vindo ao Curso de Elaboração de Projetos!
     A Elaboração de Projetos é uma ferramenta gerencial de suma
importância para a vida de toda e qualquer organização, bem como
para nós como pessoas. Pois nos leva a refletir sobre nossas com-
petências presentes e as possibilidades futuras, e, à luz disso, ela-
boramos projetos para transformar o nosso futuro em algo muito
melhor que o nosso presente.
     A experiência em sala de aula nos ensinou que, mesmo entre
estudantes do curso de Graduação em Administração na Universi-
dade Federal de Santa Catarina – UFSC, poucos são os que têm
suas atividades diárias voltadas para projetos.
     No primeiro semestre de 2007, somente dois dos 68 estudan-
tes matriculados na disciplina Administração de Projetos (oitava
fase do curso com dez fases) tinham atuação ou experiência na
área de projetos.
     Quando perguntamos aos mesmos estudantes se tinham em
mente algum projeto pessoal, alguma idéia que haviam pensado
em realizar, mas não o fizeram, todos foram unânimes em res-
ponder que sim. Mediante tal constatação, surgiu um desafio que
estamos tentando colocar em prática: como combinar um conteúdo
didático-pedagógico que contemple a complexidade, quase sempre
presente nas teorias, para elaborar um projeto dentro de uma organi-
zação, com um conteúdo que seja básico e compreensível para que
você inicie ou desenvolva aquele seu projeto pessoal tão sonhado.
     O referido curso está dividido em seis Unidades, quais sejam:

       1. Introdução a Projetos;

       2. Administração de Projetos e Gerência de Projetos;

       3. Planejamento de Projetos e Abordagens no Gerenciamento;




                                                                                           21
Curso de Capacitação a Distância




                               4. Gerenciamento de Projetos e suas Gerências Específicas;

                               5. Projetos no setor público; e

                               6. Projetos Pessoais.

                             Ao final tomamos a liberdade de incluir uma Unidade, a qual
                      consideramos também relevante, que abordará projetos pessoais.
                             Seja bem-vindo ao mundo dos Projetos!
                             Bons estudos!

                             Professores Pedro da Costa Araújo e Altair Acelon Mello




22
UNIDADE




               1
Introdução a a Projetos
  Introdução Projetos
Curso de Capacitação a Distância




                                   Objetivo

                   Nesta Unidade, você vai conhecer o conceito

        de projetos na visão de alguns autores ou especialistas, as

       características ou critérios dos projetos, o ambiente onde os

     projetos ocorrem, o conceito de processo, as características que

       diferenciam os projetos das atividades correntes (rotineiras),

         as entradas, os processamentos e as saídas em projetos.




24
Elaboração de Projetos




                                             Projetos




  Olá! Você está iniciando o Curso de Elaboração de Projetos.
  Para nós, será um grande prazer interagir com você durante
  os dois meses de duração do curso.
  Como sabemos, aprender é a grande chave para o sucesso, e
  este curso será mais uma oportunidade para você, sem sair de
  sua casa, abandonar seu trabalho e seu lazer, aprender e ain-
  da interagir com outras pessoas de vários Estados do Brasil.
  Aqui, você vai navegar numa temática instigante. Trata-se da
  Elaboração de Projetos.
  Então, vamos iniciar a Unidade 1 falando um pouco sobre o
  conceito de projetos, as características ou os critérios dos proje-
  tos; o ambiente onde projetos ocorrem, o conceito de proces-
  so, as características que diferenciam os projetos das atividades
  correntes (rotineiras), e apresentar de forma gráfica o que com-
  põe as entradas, os processamentos e as saídas em projetos.
  Queremos que saiba que vamos estar juntos com você, esti-
  mulando a aprendizagem e esclarecendo suas dúvidas.



     Com pequenas adequações, o conceito geral de projetos, se-           Conheça a CEPAL em
gundo a CEPAL – Comissão Econômica para América Latina: é:                http://
                                                                          www.eclac.org/
“um conjunto de elementos que permite avaliar, qualitativa e
                                                                          brasil/
quantitativamente, as vantagens ou desvantagens da aplicação de
recursos, de qualquer natureza, para a produção de bens e serviços”.
     Para enriquecimento do tema, apresentamos também defi-
nições de outros autores. Veja o Quadro 1:




                                                                                         25
Curso de Capacitação a Distância




                                       Autor (es)                         Definição

                             Maximiano (2002, p. 26 )    Um empreendimento temporário ou uma
                                                         seqüência de atividades com começo, meio e
                                                         fim programados que têm por objetivo
                                                         fornecer um produto singular, dentro das
    GLOSSÁRIO                                            restrições orçamentárias.

*PMI – é a maior en-         Buarque (1984, p. 25)       Um conjunto ordenado de antecedentes,
tidade mundial sem                                       pesquisas, suposições e conclusões que
                                                         permitem avaliar a conveniência (ou não)
fins lucrativos volta-
                                                         de destinar fatores e recursos para o estabe-
da ao Gerenciamento                                      lecimento de uma unidade de produção
de Projetos. Fonte:                                      determinada.
www.pmisp.org.br/                                        O projeto corresponde ao conjunto de
                             Holanda (1975, p. 95 )
home.asp                                                 informações sistemáticas e racionalmente
                                                         ordenadas, que nos permite estimar custos e
                                                         benefícios de um determinado investimento.

                             Menezes (2003, p. 44)       Um empreendimento único que deve
                             alinha-se à definição do    apresentar um início e um fim claramente
                             PMI* – Project              definidos e que, conduzido por pessoas, possa
                             Management Institute        atingir seus objetivos respeitando os parâ-
                                                         metros de prazo, custo e qualidade.


                                Quadro 1: Definições de Projeto segundo os autores Maximiano,
                                                  Buarque, Holanda e Menezes
                                                Fonte: elaborado pelos autores

                                 Para efeito deste Curso, vamos utilizar como definição de
                           Projeto a que segue na Figura 1:



                                                    O que é um projeto?
                                       “Empreendimento único
                                       que deve apresentar um
                                       início e um fim claramente
                                       definidos e que, conduzido
                                       por pessoas, possa atingir
                                       seus objetivos respeitando
                                       os parâmetros de prazo,
                                       custo e qualidade”


                                   Figura 1: Definição de Projeto adotada para este curso
                              Fonte: adaptado de PMI – Project Management Institute (2003)



   26
Elaboração de Projetos




  Vamos a um desafio!
  Imagine um projeto do qual você tenha participado. Identifi-
  que como ele começou, como foi desenvolvido e como ter-
  minou (quais objetivos foram alcançados) Socialize as con-
  clusões com seus colegas de curso no Ambiente Virtual de
  Aprendizagem.



     Agora que você conheceu o conceito de Projetos na visão de
alguns autores, vamos apresentar exemplos de projetos organi-
zacionais. Veja:

          desenvolver um novo produto ou serviço;

          construir um prédio;

          planejar e implantar uma mudança estrutural na orga-
          nização;

          reformar ou ampliar um hospital ou uma clínica; e               GLOSSÁRIO
          implantar um sistema de informação.                         *Programa – são
                                                                      subdivisões    que
     Aproximando-nos da organização na qual trabalham, ou seja,       permitem agrupar
                                                                      as decisões e as
no Ministério da Saúde, podemos afirmar que existem, entre ou-
                                                                      ações por áreas ou
tros, os seguintes programas* que estão sendo desenvolvidos:          por objetivos rela-
                                                                      cionados entre si.
          Brasil sorridente;                                          Plano é o documen-
          Doe vida, doe órgãos;                                       to que consubs-
                                                                      tancia as decisões
          SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência;            tomadas em deter-
                                                                      minado momento,
          Farmácia popular;
                                                                      em cada nível e que
          Programa saúde da família;                                  visa alocar os obje-
                                                                      tivos finais em de-
          Bancos de leite humano;
                                                                      terminado período.
          Cartão nacional de saúde;                                   Fonte: Valeriano
                                                                      (2001)
          Humaniza SUS;

          Política nacional de alimentação e nutrição;

          Programa de volta para casa;


                                                                                   27
Curso de Capacitação a Distância




                                       Política de atenção à saúde dos povos indígenas;

                                       Programa nacional de controle do câncer do colo do úte-
                                       ro e de mama – viva mulher;

                                       Programa de controle do tabagismo e outros fatores de
                                       risco de câncer;

                                       QualiSUS; e

                                       Programa nacional de combate à dengue, entre tantos
     Conheça estes e                   outros.
outros Programas do
                                 Merece destaque o Projeto Multiplicasus, cujo objetivo é a
 Ministério da Saúde
                           formação dos trabalhadores do Ministério da Saúde, com a pre-
em www.saude.gov.br
                           missa de articulação das ações de capacitação com a gestão, com
– programas da saúde
                           vistas à reorganização dos processos de trabalho e autonomia dos
                           trabalhadores e, conseqüentemente, ao desenvolvimento
                           institucional. Seu objetivo é abrir a discussão sobre o SUS entre os
                           trabalhadores, ampliar o conhecimento em saúde e formar sujei-
                           tos responsáveis pelo seu processo de trabalho.
                                 Outro exemplo que também merece destaque e do qual você
                           faz parte, é o Programa de capacitação “O Saber para conquistar
                           um lugar”, parceria entre o Ministério da Saúde e a Universidade
                           Federal de Santa Catarina, que tem por objetivo contribuir para
                           o aperfeiçoamento dos servidores técnico-administrativos do Mi-
                           nistério da Saúde.
                                 Uma pergunta que pode ser feita se refere aos fatores que
    GLOSSÁRIO              determinam o início e o desenvolvimento de um projeto.
*Problema – ques-          Maximiano (2002, p. 33 e 34) relaciona alguns deles e recomenda
tão não resolvida,         que, quando as respostas forem afirmativas para os indicadores
objeto de discussão
                           citados, que se use uma abordagem de projetos.
em qualquer domí-
                                 Vejamos as indagações de Maximiano (2002):
nio do conhecimen-
to. Fonte: Ferreira
                                       a atividade tem começo, meio e fim programados?;
(2004)
                                       a atividade é diferente das atividades de rotina?;

                                       a solução do problema envolve muitas variáveis?;

                                       a solução do problema* é desconhecida?;


   28
Elaboração de Projetos




         a solução deve ser apresentada dentro de um prazo definido?;

          a solução do problema requer competências e recursos
          multidisciplinares?;

         a solução do problema é importante para a organização?; e

          a solução do problema ou atividade envolve um cliente
          importante da organização?




  É hora do desafio!
  Identifique um projeto na organização na qual você trabalha
  e responda as indagações relacionadas acima.
  Melhor seria responder com referência a algum projeto do
  qual você esteja participando. Se não estiver participando
  de nenhum, busque informações com o gestor de sua área
  de trabalho. Se a sua organização não tiver área de planeja-
  mento, busque informações sobre algum projeto em sua ci-
  dade. Socialize os resultados com seus colegas de curso no
  Ambiente Virtual de Aprendizagem.



     Vamos ver um exemplo de Projeto.
     A realização dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro
no mês de julho de 2007 serve como exemplo de um projeto sobre
o qual todos nós estamos diariamente sendo informados pelos jor-
nais, rádio e televisão. Neste exemplo, dá para perceber que tal
projeto combina elementos físicos (construções), conceitos (pla-
nejamento, organização), serviços (recepção, hospedagem, alimen-
tação) e eventos (jogos e competições).
     Na Figura 2, relacionamos alguns fatores internos que deter-
minam o início do desenvolvimento de um projeto.




                                                                                         29
Curso de Capacitação a Distância




                                                    Ambiente de Projetos
                                • Fatores que determinam o início do
                                  desenvolvimento de um projeto:
                                       •   melhoria em produto;
                                       •   novo produto;
                                       •   melhoria interna;
                                       •   mudança organizacional;
                                       •   gestão estratégica da empresa;
                                       •   trabalhando com prazos e recursos limitados.


                                       Sempre que exigir a atuação de equipes multidisciplinares




                           Figura 2: Fatores internos que determinam o início do desenvolvimento
                                                          de um projeto
                                                Fonte: adaptado de Menezes (2003)



                                 É importante você entender que estamos falando sobre pro-

    GLOSSÁRIO              jetos, mas que a maioria de nós está cumprindo atividades em pro-

*Atividades em pro-
                           cesso (rotineiras) nas organizações nas quais trabalhamos, ou até
cesso – atividades         mesmo nunca esteve envolvido com alguma atividade em proje-
rotineiras, repeti-        tos. É importante trazer para o texto o conceito de processo, visan-
tivas e padroniza-         do a um entendimento que possibilite a diferenciação de ativida-
das, com comporta-
                           de em processo* de atividade em projeto. Apresentamos dois con-
mentos que são facil-
mente medidos e
                           ceitos (MENEZES, 2003):
controlados. Fonte:
Menezes (2003).
                                       Processo é qualquer trabalho, operação administrativa,
                                       função biológica, produtiva ou social;

                                       Processo é um conjunto inter-relacionado de recursos e
                                       atividades que transformam entradas em saídas.

                                 Agora, você já pode notar que existem algumas diferenças
                           percebidas entre projetos e processos. Menezes (2003, pp. 38 e 39)
                           relaciona algumas destas diferenças (Quadro 2):




   30
Elaboração de Projetos




  Atividades em processo                Atividades em projeto

                                 EQUIPES

 Funcional, permanente         Multidisciplinar – limitada à duração do
                               projeto

 Reside em escritórios,        Acampa – ocupa provisoriamente espaços
 oficinas, fábricas, lojas –   alheios
 espaços definidos

             ADMINISTRAÇÃO, GERÊNCIA E EXECUÇÃO

 Gestão de processos           Gestão de pessoas

 Incentiva e promove a         Premia mudança, espírito inventivo
 competência                   Busca diversidade
 Procura otimizar processo
 Valoriza similaridade

 Procura EFICIÊNCIA            Procura EFICÁCIA

 Limita campo de visão         Amplia campo de visão/os membros são
 através da especialização     versáteis, poliglotas


          Quadro 2: Diferenças entre atividades em processo e
                        atividades em projeto
           Fonte: adaptado de Menezes (2003, pp. 38 e 39)


     Voltando ao tema “projetos”, podemos dizer que, como do-
cumento, o projeto traduz uma intenção de elaborar tarefas siste-
maticamente organizadas, e que precisa apresentar:

           exeqüibilidade técnica;

           viabilidade econômica;

           conveniência social; e

           aceitação política.



Visão gráfica e esquematizada das diferentes etapas
que ocorrem em projetos e processos

     A Figura 3 demonstra que todo processo e projeto tem uma
etapa de entrada de insumos, uma etapa de transformação através
do uso de recursos e atividades, finalizando com uma etapa de sa-
ída de produtos.
                                                                                           31
Curso de Capacitação a Distância




                                                     Resumo
                                    Etapa 1           Etapa 2                   Etapa 3


                                   Entrada de          Recursos e                Saída de
                                    Insumos            Atividades                Produtos




                                   Figura 3: Etapas de um projeto ou processo
                       Fonte: adaptado de Maximiano (2002), Valeriano (2001) e Menezes
                                                     (2003)


                             A Figura 4 decompõe as entradas, os recursos e as saídas que
                       ocorrem em projetos e processos. Veja:




                                             Entrada (Insumo)

                                                             UTILIZAÇÃO
                                                          (dado, informação,
                                                           trabalho humano)




                                      ENTRADA                    TRANSFORMAÇÃO
                                     (fornecida ao              (energia, matéria-prima)
                                    processo para)




                                                             CONSUMO
                                                          (energia, material,
                                                            matéria-prima)




                           Figura 4: Detalhamento das etapas de um projeto ou processo
                       Fonte: adaptado de Maximiano (2002), Valeriano (2001) e Menezes
                                                     (2001)




32
Elaboração de Projetos




     As entradas são compostas de dados, informações, matéria-
prima, etc.



                Recursos                                  Produto (Saída)




                                                           PRODUTO
                                                            (Saída)
                        •   Serviços
                        •   Pessoas
                        •   Finanças
       RECURSOS
                        •   Instalações
                        •   Equipamentos
                                                    •   Materiais
                        •   Técnicas                                       Intencional
                                                    •   Equipamentos
                                                    •   Informações
                                                                           Não Intencional
                                                    •   Serviços




       Figura 4 (continuação): Detalhamento das etapas de um projeto ou processo
      Fonte: adaptado de Maximiano (2002), Valeriano (2001) e Menezes (2001)




     Os recursos representam os serviços, técnicas, ferramentas,
pessoas, instalações e equipamentos utilizados. As saídas são re-
presentadas pelos produtos finais podendo ser relatórios, produtos,
serviços, etc. sendo: intencional (produto principal) e não intenci-
onal (os resíduos).



     Chamamos a atenção para o produto final, que pode
     ser um material (seringa), um equipamento (aparelho
     de raio X), uma informação (o dia agendado para uma
     consulta médica) ou um serviço (a consulta médica).




                                                                                             33
Curso de Capacitação a Distância




                          RESUMO


                                   Nesta Unidade, enumeramos alguns conceitos de pro-
                           jeto, e a importância deste para as organizações. Estabele-
                           cemos, ainda, as diferenças existentes entre atividades em
                           projeto e em processo, e por último as entradas, transfor-
                           mações e saídas que ocorrem tanto nos projetos como nos
                           processos.


                          Atividades de aprendizagem


                          Chegamos ao final da Unidade 1. Foram apresentadas con-
                          siderações importantes sobre Elaboração de Projetos. Se
                          você realmente entendeu o conteúdo, não terá dificuldades
                          de responder as Atividades de aprendizagem propostas a
                          seguir. Se, eventualmente, sentir dificuldade para respondê-
                          las, leia novamente e procure ajuda com seu tutor.


                          1. Por que as atividades inovadoras são definidas como projeto?

                          2. Para um projeto do qual você tenha participado ou observa-
                          do, onde se manifestaram as limitações de prazo, custos e qua-
                          lidade?

                          3. Quais processos estão associados aos projetos que você de-
                          senvolve na organização na qual trabalha?




34
Elaboração de Projetos




                         UNIDADE




                     2
Administração de Projetos e e
 Administração de Projetos
         Gerência de Projetos
       Gerência de Projetos




                                      35
Curso de Capacitação a Distância




                                   Objetivo

     Nesta Unidade, você vai conhecer ou rever, caso já conheça,

                   o conceito de administração de projetos,

       a história da gerência de projetos, o histórico da análise

     gerencial, o ciclo de vida do projeto e a sua administração.




36
Elaboração de Projetos




                   História da gerência
                             de projetos




  Caro participante!
  Estamos iniciando a Unidade 2. Aqui, você vai conhecer a his-
  tória da gerência de projetos, o conceito da administração de
  projetos, o histórico da análise gerencial, o ciclo de vida do
  projeto e a administração do ciclo de vida.
  É importante que você reflita ao longo de toda a leitura e se
  questione sobre a importância de cada assunto que está sen-
  do apresentado, inclusive relacionando-o com a realidade de
  sua organização.
  Vamos seguir juntos nesta caminhada.



     Ao longo da história, grandes feitos ocorreram que podem
ser classificados como projetos, como exemplos podemos citar as
Pirâmides do Egito construidas há mais de 2.500 anos, Muralha
da China construidas 220 anos a.C. e, mais recentemente, o Canal
de Suez (1859-1869) e o Canal do Panamá (1913).
     Valeriano (2001, p. 26) diz que, com muita propriedade, os               GLOSSÁRIO
projetos mais antigos deviam estar voltados para as necessidades          *Empírico – basea-
                                                                          do apenas na expe-
mais básicas, como o preparo e a execução de uma caçada, a ins-
                                                                          riência e, sendo as-
talação de uma agricultura, e a criação de dispositivos e sistemas        sim, sem caráter ci-
de segurança e de defesa.                                                 entífico.     Fonte:
     No entanto, a gerência dos projetos evolui e, no dizer de            Ferreira (2004).
Valeriano (2001, p. 27), comporta três períodos, quais sejam:

         Gerenciamento empírico*: baseado nas qualidades ina-
         tas do gerente e de seus auxiliares ou nos procedimentos
         precedentes, muito mais como arte, como sentimento
         do que como técnica. Foi o caso dos arquitetos e dos cons-
         trutores das grandes obras da Antigüidade e da Idade
         Média, e os feitos dos grandes chefes militares e dos no-
         táveis exploradores;
                                                                                       37
Curso de Capacitação a Distância




    GLOSSÁRIO                           Gerenciamento clássico ou tradicional: considerado a par-
                                        tir das décadas de 1940 e 1950, com os empreendimen-
*Stakeholder – ou,
                                        tos predominantemente de Engenharia, nas áreas de de-
em português, parte
                                        fesa da aeronáutica e, mais recentemente, na defesa es-
interessada ou inter-
                                        pacial. São projetos estruturados, planejados, executa-
veniente, refere-se a
                                        dos e controlados, nos quais o gerente, administrando os
todos os envolvidos
                                        recursos humanos e materiais, emprega processos exis-
em um processo
                                        tentes ou criados especialmente para uso no projeto, com
numa organização,
                                        vistas a obter o produto com o desempenho especifica-
por exemplo, clien-
                                        do, dentro dos limites de custos previstos e no prazo es-
tes, colaboradores,
                                        perado. Em geral, tais projetos são essencialmente téc-
investidores, forne-
                                        nicos, de grande complexidade e caracterizados pelos
cedores, comunida-
                                        altos custos, pelo vulto dos problemas envolvidos e pelos
de,    etc.   Fonte:
                                        prazos relativamente longos;
Lacombe (2004).
                                      Gerenciamento moderno de projetos – MGP: teve início
                                      mais recentemente, no início da década de 1990, com o
                                                 aproveitamento dos meios eletrônicos (web,
                                                 intranet, softwares de gerenciamento e fer-
  Para saber mais
                                                 ramentas de comunicação). O MGP surge de
  *Henry Gantt (1861 – 1919) – formou-se em
   Henry
                                                 forma progressiva a partir dos projetos de
  Engenharia Mecânica. Trabalhou para a
                                                 caráter técnico, vistos no gerenciamento tra-
  Midvale Steel e se tornou assistente no De-
                                                 dicional, e amplia sua participação para os
  partamento de Engenharia, onde Taylor era o    objetivos de toda a organização e seus
  engenheiro-chefe de produção. Em 1888, tor-    stakeholders*.
  nou-se assistente direto de Taylor. Em 1903,
  apresentou à ASME um trabalho, quot;A graphical
  daily balance in manufacturingquot; (Controle grá-
  fico diário de produção), no qual descreveu um    Análise gerencial
  método gráfico de acompanhamento dos flu-
  xos de produção. Esse método se tornaria o
  Gráfico de Gantt, com técnicas de planejamen-
                                                         A análise gerencial de projetos foi de-
  to e controle. Era humanista, preocupado com
                                                    senvolvida através de diversos campos de
  o bem-estar dos trabalhadores. Pregava a co-
  operação entre patrões e empregados em lu-
                                                    aplicação, indo da construção civil, Engenha-
  gar do autoritarismo. Quase defendeu o socia-     ria Mecânica, projetos militares, eletrônicos,
  lismo, pois acreditava que o mutualismo era o     estratégicos, etc. Seu início não tem uma data
  caminho para a prosperidade econômica. Foi tam-   definida, mas foi nos Estados Unidos que
  bém um dos criadores do treinamento profis-       Henry Gantt desenvolveu seus trabalhos e
  sionalizante. Fonte: http://www.spiner.com.br
                                                    passou a ser chamado o pai das técnicas do
  /modules.php?name=Forums&file=viewtopic
                                                    planejamento e do controle, que é conhecido
  &p=1132 (2007)


   38
Elaboração de Projetos




pelo uso do gráfico de “barra” ou Gráfico
                                                    Para saber mais
de Gantt como uma ferramenta de gerên-
                                                    *Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915) –
                                                     F                 Taylor
cia do projeto.                                     Estadunidense, inicialmente técnico em me-
     Gantt foi um estudioso das teorias de          cânica e operário, formou-se engenheiro me-
Frederick Winslow Taylor sobre a “admi-             cânico estudando à noite. É considerado o “pai

nistração científica”, nas quais provou seu         da Administração Científica” por propor a utili-

estudo na gerência da construção de edifí-          zação de métodos científicos cartesianos na
                                                    administração de organizações. Seu foco era
cios e de navios da marinha dos Estados
                                                    a eficiência e a eficácia operacional na admi-
Unidos. Seu trabalho é o precursor de mui-
                                                    nistração industrial. Sua orientação cartesiana
tas ferramentas de gerência moderna de pro-
                                                    extrema é ao mesmo tempo sua força e fra-
jeto, tais como a WBS (Work Breakdown               queza. Seu controle inflexível, mecanicista,
Structure) ou EAP (Estrutura Analítica do           elevou enormemente o desempenho das in-
Projeto) de recurso que avalia o trabalho.          dústrias em que atuou. Todavia, igualmente

     No começo da Era Moderna da gerên-             gerou demissões, insatisfação e estresse para

cia de projetos, no período após a 2ª Guerra        seus subordinados e sindicalistas. Fonte:
                                                    Wikipedia (2007)
nos Estados Unidos, antes dos anos 1950, os
projetos foram controlados basicamente uti-
lizando os gráficos de Gantt, técnicas informais e ferramentas. Nes-       Em gerência de
                                                                           projetos, uma Work
se tempo, dois modelos programados de projeto matemático fo-
                                                                           Breakdown Structure
ram desenvolvidos:
                                                                           (WBS) é uma ferra-
                                                                           menta de decomposi-
          Program Evaluation and Review Technique ou o PERT,
          desenvolvido como parte do programa do míssil do sub-            ção do trabalho do
          marino Polaris da marinha dos EUA (conjuntamente                 projeto em partes
          com a Lockheed Corporation); e                                   manejáveis. Em
                                                                           português, é
          Critical Path Method (CPM), desenvolvido em conjunto
                                                                           traduzida como
          pela DuPont Corporation e pela Remington Rand
                                                                           Estrutura Analítica
          Corporation para projetos da manutenção de planta.
                                                                           do Projeto, embora o
          Estas técnicas matemáticas se espalharam rapidamente
                                                                           termo WBS seja mais
          em muitas organizações.
                                                                           amplamente utiliza-

     Em 1969, o Project Management Institute (PMI) foi toman-              do. Fonte:
                                                                           pt.wikipedia.org/
do forma para servir ao interesse da indústria da gerência de pro-
                                                                           wiki/WBS
jetos. A premissa do PMI é que as ferramentas e as técnicas da
gerência de projetos são terra comum mesmo entre a aplicação
difundida dos projetos da indústria do software à indústria de cons-
trução. Em 1981, os diretores do PMI autorizaram o desenvolvi-

                                                                                           39
Curso de Capacitação a Distância




                       mento de um manual para projetos, vindo a se transformar em um
                       guia de projetos, o PMBOK – Project Management Body of
                       Knowledge, que é uma denominação que representa todo o somatório
                       de conhecimento dentro da área de gerência de projetos (VARGAS,
                       2003, p. 17).




                          Administração de projetos


                             De acordo com Valeriano (2001), a Administração de Proje-
                       tos, a Gerência de Projetos ou a Gestão de Projetos é a aplicação de
                       conhecimentos, habilidades e técnicas na elaboração de atividades
                       relacionadas para atingir um conjunto de objetivos pré-definidos,
                       com início, meio e fim. A identificação do conhecimento e as prá-
                       ticas da gerência de projetos são mais bem descritos em termos de
                       seus Procedimentos.



                             De forma mais operacional, a gerência de projetos é a
                             arte para manter os riscos de fracasso em um nível
                             tão baixo quanto necessário durante o ciclo de vida
                             do projeto. O insucesso aumenta de acordo com a pre-
                             sença de incerteza durante todos os estágios do pro-
                             jeto. Um ponto de vista alternativo diz que
                             gerenciamento de projetos é a disciplina de definir e
                             alcançar objetivos ao mesmo tempo em que se otimiza
                             o uso de recursos (tempo, dinheiro, pessoas, espaço,
                             etc.) (VALERIANO, 2001).


                             A gerência de projetos é responsabilidade de um indivíduo
                       intitulado Gerente de Projeto. Idealmente, esse indivíduo rara-
                       mente deve participar diretamente nas atividades que produzem o
                       resultado final.




40
Elaboração de Projetos




 Saiba mais...
   Sobre identificação do conhecimento e as práticas da gerência de
projetos em:
VALERIANO, Dalton L. Gerenciamento estratégico e adminis-
tração por projetos. São Paulo: Makron Books, 2001. p. 165-167.




  Ciclo de vida do Projeto


  Caro participante!
  Nesta seção, você tomará conhecimento do ciclo de vida
  típico de um projeto em seu desenvolvimento, estruturação,
  implantação e conclusão na visão de alguns estudiosos. Leia
  com atenção.



     As fases do ciclo de vida do projeto, segundo Vargas (2003),
dependem, intimamente, da natureza do projeto. Um projeto de-
senvolvido a partir de uma idéia, progredindo para um plano, que,
por sua vez, é executado e concluído, tem cada fase sua caracteri-
zada pela entrega ou finalização de um determinado trabalho. Toda
entrega deve ser tangível e de fácil identificação, como por exem-
plo, um relatório, um cronograma ou um conjunto de atividades.
Cada fase do projeto normalmente define:

          qual é o problema técnico que deve ser realizado?; e

          quem deve estar envolvido?

     Valeriano (2001), ao falar de ciclo de vida do projeto, agrupa
uma seqüência de cinco fases, quais sejam:

       1. iniciação;

       2. planejamento;



                                                                                       41
Curso de Capacitação a Distância




                                        3. execução;

                                        4. controle; e

                                        5. encerramento.

                         Intensidade   Veja Figura 5:




                                                                  Execução
                                                   Planejamento


                                       Iniciação            Controle
                                                                                       Encerramento


                                                              Tempo

                                                    Figura 5: As fases de um projeto
                                                   Fonte: Valeriano (2001, p. 128)



                                       Como você pode ver, as três fases centrais, planejamento,
                       execução e controle, acontecem quase simultaneamente. Na reali-
                       dade, o controle, agindo sobre todas as atividades da execução, pro-
                       move, em muitos casos, reajustes no planejamento. Por outro lado,
                       à medida que os fatos vão se sucedendo, são criadas condições de
                       detalhamento de partes do plano que estavam sem as minúcias
                       necessárias à execução (VALERIANO, 2001).
                                       Já Maximiano (2002) define o ciclo de vida de um projeto
                       como a seqüência de fases, que vão do começo ao fim de um pro-
                       jeto e que estão ilustradas conforme Figura 6:

                                           fase 1 – idéia: surge a idéia do projeto ou visão do produto;

                                           fase 2 – desenho: o modelo mental transforma-se em um
                                           desenho detalhado do produto;

                                           fase 3 – desenvolvimento: o produto é gradativamente ela-
                                           borado; e

                                           fase 4 – entrega: o produto é apresentado ou entregue ao
                                           cliente.


42
Elaboração de Projetos




                                                                     Entrega
                                               Desenvolvimento
                                 Desenho
                      Idéia


                            A administração do projeto
                          começa com um plano que se
                           baseia na idéia do produto e
       Planejamento         na previsão das atividades
                            necessárias para realizá-lo.
                                                        A execução do projeto
        Execução                                        consiste em realizar as
                                                    atividades previstas no plano.


                   Figura 6: Ciclo de vida de projeto
                Fonte: adaptado de Maximiano (2002)


     Para Maximiano (2002), cada projeto tem um ciclo de
vida específico, e o número de fases pode aumentar ou di-
minuir.
     Para Menezes (2003), o ciclo de vida de um projeto se divide
em quatro fases, quais sejam:

           Fase I: conceitual;

           Fase II: planejamento;

           Fase III: execução;

          Fase IV: conclusão.

     Considerando as fases relacionadas, apresentamos o roteiro
específico sugerido pelo autor para os pontos a serem considerados
em cada uma delas.


Fase I – Conceitual

     É a fase que marca o surgimento da idéia e apresenta as se-
guintes atividades típicas:

          identificação de necessidades e/ou oportunidades;

          tradução dessas necessidades e/ou oportunidades em um
          problema;

                                                                                                      43
Curso de Capacitação a Distância




                                   definição do problema;

                                   determinação dos objetivos e metas a serem alcançados;

                                   análise do ambiente;

                                   análise das potencialidades ou recursos;

                                   avaliação da viabilidade de atingimento dos objetivos;

                                   estimativa dos recursos necessários;

                                   elaboração da proposta e venda da idéia;

                                   avaliação e seleção com base na proposta submetida; e

                                   decisão quanto à execução do projeto (aprovação).


                       Fase II – Planejamento

                             É a fase cuja preocupação central é com a estruturação e a
                       viabilidade operacional do projeto. É a hora do detalhamento por
                       meio de um plano de execução operacional.
                             São atividades comuns nessa fase:

                                   detalhamento das metas e dos objetivos a serem alcan-
                                   çados;

                                   definição do gerente e da equipe;

                                   programação das atividades no tempo;

                                   determinação dos resultados tangíveis e seus respectivos
                                   momentos de alcance;

                                   definição dos recursos humanos, materiais, financeiros
                                   e tecnológicos necessários;

                                   estabelecimento da estrutura orgânica formal a ser utili-
                                   zada;

                                   estruturação do sistema de comunicação e de decisão a
                                   ser adotado; e

                                   treinamento dos envolvidos.




44
Elaboração de Projetos




Fase III – Execução

     A terceira fase do ciclo de vida do projeto é a fase de execução
do trabalho propriamente dito. Há que se destacar que cada proje-
to apresenta suas particularidades, porém, genericamente, podem
ser citadas as seguintes etapas:

          ativar a comunicação entre os membros da equipe;

          executar as etapas previstas e programadas;

          utilizar os recursos humanos, materiais, financeiros e
          tecnológicos dentro da programação; e

          efetuar reprogramações.


Fase IV – Conclusão

     Esta última fase corresponde ao término do projeto. São co-
muns nessa fase:

          aceleração das atividades que, eventualmente, não te-
          nham sido concluídas;

          realocação dos recursos humanos para outras atividades
          do projeto;

          elaboração da memória técnica do projeto;

          elaboração de relatórios e transferências dos resultados              GLOSSÁRIO
          finais do projeto;                                                *Ex-post – refere-se
                                                                            a algo que já tenha
          emissão de avaliações globais sobre o desempenho da               ocorrido.    Fonte:
          equipe do projeto e os resultados alcançados; e                   Wikipédia (2007).
          acompanhamento ex-post*.

     Ainda de acordo com Menezes (2003), a dinâmica que domi-
na o ciclo de vida de um Projeto segue o fluxo apresentado na Fi-
gura 7. Veja:




                                                                                         45
Curso de Capacitação a Distância




                              Necessidades


                                     Seleção


                                                    Planejamento


                                                              Implementação



                                                            Controle do projeto



                                               Avaliação           Avaliação        Avaliação




                                                                               Conclusão




                         Figura 7: Dinâmica de ações ao longo do ciclo de vida de um projeto
                                     Fonte: adaptado de Menezes (2003, p. 51)




                       A gestão do ciclo de vida de um projeto

                             Agora que você já conhece as fases do ciclo de vida de um
                       projeto, cabe tomar conhecimento de que este ciclo de vida precisa
                       ser administrado. Vamos ver como?
                             Menezes (2003) diz que o objetivo da administração de pro-
                       jetos é alcançar controle adequado do projeto, de modo a assegu-
                       rar sua conclusão no prazo e no orçamento determinados, obten-
                       do a qualidade estipulada.
                             Custo, prazo e qualidade são fatores a serem considerados no
                       bom desempenho de projetos.
                             Maximiano (2002) diz que administrar um projeto significa
                       planejar, organizar, executar e controlar as fases de seu ciclo de
                       vida, e que existe uma sobreposição de planejamento e execução.




46
Elaboração de Projetos




RESUMO


   Vimos que as fases do ciclo de vida de um projeto são:

      iniciação: também conhecida como fase conceitu-
al, são definidos nela a missão e os objetivos do projeto,
bem como a identificação e a seleção das melhores estraté-
gias a serem adotadas;

     planejamento: é a fase responsável por detalhar tudo
aquilo que será realizado no projeto, incluindo o
cronograma, alocação de recursos, análise de custos, etc.;

      execução: fase em que se materializa tudo o que foi
planejado, e grande parte do orçamento e dos esforços são
consumidos nesta;

      controle: acontece em paralelo com o planejamen-
to operacional e com a execução do projeto, tendo como
objetivos principais o acompanhamento e o controle de tudo
aquilo que foi proposto no projeto, de modo a propor ações
corretivas e preventivas no menor tempo possível; e

      encerramento: fase em que todo o trabalho desen-
volvido durante o projeto é colocado em avaliação de ter-
ceiros (vistoria), quando livros e documentos são encerra-
dos, e todas as falhas ocorridas durante o projeto são dis-
cutidas e avaliadas.

   Vimos, ainda, que a realização de qualquer fase de um
projeto pode ser vista como um projeto e, sendo assim, pos-
sui ciclo de vida e pode ser subdividida em fases menores
(Ver Figura 8).




                                                                               47
Curso de Capacitação a Distância




                                                        Controle
                                                                         Co
                                                                           nt
                                          le             Planejamento
                                                                             ro
                                       tro                                     le
                                      n
                                    Co

                                               Início                   Fim




                                      Co                  Execução                  le
                                        nt
                                          ro                                    ntro
                                            le                                Co
                                                           Controle


                              Figura 8: Interrelacionamento entre as fases de um projeto
                                      Fonte: adaptado de Vargas (2005, p. 35)



                          Atividades de aprendizagem


                          Chegamos ao final da Unidade 2. Esta traçou considerações
                          importantes sobre a história da gerência de projetos, a aná-
                          lise gerencial, o ciclo de vida do projeto e a administração
                          do ciclo de vida de um projeto. Se você realmente entendeu
                          o conteúdo, não terá dificuldades de responder a questão a
                          seguir. Se, eventualmente, ao responder, sentir dificuldades,
                          releia esta Unidade novamente e procure ajuda junto ao seu
                          tutor.


                          1. Mostrar as fases do ciclo de vida de um projeto e fazer um
                          breve comentário sobre cada uma delas.




48
Elaboração de Projetos




                             UNIDADE




                        3
  Planejamento de Projetos e e
    Planejamento de Projetos
 Abordagens no Gerenciamento
Abordagens no Gerenciamento




                                       49
Curso de Capacitação a Distância




                                       Objetivo

         Nesta Unidade, você vai conhecer as definições sobre

     planejamento, orientações de como planejar, onde estão as

           oportunidades em projetos e os aspectos relativos à

                                   criatividade e à inovação.




50
Elaboração de Projetos




        Planejamento de Projetos




  Olá! Estamos iniciando a Unidade 3. A partir de agora,
  você vai conhecer um pouco mais sobre as definições de
  planejamento e orientações de como planejar. Ainda nes-
  ta Unidade, você vai poder conhecer onde estão as opor-
  tunidades em projetos e os aspectos relativos à criatividade
  e à inovação.
  Leia com atenção e realize as atividades recomendadas que
  estão indicadas no final desta Unidade. Sua leitura, a reali-
  zação das atividades, o contato com seu tutor e com seu
  professor têm um só objetivo: ajudá-lo no processo de cons-
  trução do conhecimento e no desenvolvimento de habilida-
  des que caracterizarão seu novo perfil profissional ao final
  deste curso.
  E então? O que está esperando? Vamos juntos, na busca de
  mais conhecimento!



    Vamos iniciar apresentando a definição de planejamento se-
gundo Newman (1977, p. 15).

               Planejamento é a aplicação sistemática do conhecimento
               humano para prever e avaliar cursos de ação alternati-
               vos com vistas à tomada de decisões adequadas e racio-
               nais, que sirvam de base para ação futura. Planejar é
               decidir antecipadamente o que deve ser feito, ou seja, um
               plano é uma linha de ação pré-estabelecida.




    O planejamento dentro da gestão de projetos é o pro-
    cesso para quantificar o tempo e o orçamento de um
    projeto. A finalidade do planejamento é criar um pla-
    no que um gestor de projeto possa usar para acom-
    panhar o progresso de sua equipe.



                                                                                            51
Curso de Capacitação a Distância




    GLOSSÁRIO                 Como planejar
*Work Breakdown
Structure (WBS) –
ou Estrutura Analí-
                                 A etapa de planejamento começa pela determinação das con-
tica de Projetos
(EAP) é uma ferra-         dições exatas para que o projeto seja finalizado ou completado. Antes
menta de decompo-          que esteja absolutamente claros quais são os objetivos do projeto,
sição do trabalho,         não faz sentido começar a estimar quanto tempo levará e quanto
num dado projeto,
                           custará. Infelizmente, muitos gerentes de projeto falham ao não
em partes manejá-
                           examinar esta primeira etapa crucial.
veis. Fonte: Wikipédia
(2007).                          A seguir, você vai tomar conhecimento da seqüência das eta-
*Bottom-up – (de           pas de como planejar um projeto:
baixo para cima) es-
tratégia utilizada                     fazer um inventário de todo o trabalho que precisa ser
pela organização na                    feito com uma estimativa do tempo necessário para um
tomada de decisão                      único membro da equipe. Isto pode ser feito em uma
na qual as informa-                    sessão do planejamento com todos os membros da equi-
ções são passadas                      pe. Tarefas que levarão muito tempo para terminar pre-
dos setores situados                   cisam ser quebradas em tarefas menores. O resultado é
em níveis mais bai-                    Work Breakdown Structure – WBS*. Certifique-
xos para o topo da                     se de ter indicado as entregas do projeto no WBS para
organização. Fonte:                    que os objetivos sejam alcançados;
Lacombe (2004).
                                       identifique os recursos necessários para executar cada
*Diagrama PERT/                        elemento terminal do WBS (cada tarefa). Neste momen-
CPM – instrumento                      to, você pode estimar o custo para entregar cada ele-
de planejamento e                      mento terminal e, conseqüentemente, todo o projeto
controle em que se fi-                 (aproximação bottom-up*);
gura o projeto numa
rede ou gráfico que                    decida se este plano faz sentido, isto é, se os custos justi-
representa as ativi-                   ficam os benefícios;
dades de acordo com                    modifique os objetivos e o trabalho quando necessário;
as respectivas rela-
ções de correspon-                     defina dependências entre tarefas. Algumas tarefas pre-
dência e interde-                      cisam ser finalizadas antes que outras tarefas possam
pendência. Fonte:                      começar. Pondo tarefas em ordem de conclusão, um ge-
Lacombe (2004).                        rente de projeto constrói uma rede de projeto (diagra-
                                       ma PERT*);

                                       calcule o tempo mínimo para executar o projeto: é o tra-
                                       jeto mais longo através da rede do projeto (PERT) do
                                       começo até sua extremidade. Este trajeto é chamado de


   52
Elaboração de Projetos




          caminho crítico. As outras tarefas podem ser feitas em
          paralelo ao caminho crítico, mas qualquer atraso nas
          tarefas do caminho crítico resultará automaticamente
          num atraso do prazo total para finalizar o projeto;

          crie um cronograma do projeto, por exemplo, utilizando
          um Gráfico de Gantt;

          faça um plano de gerência de riscos e modifique o proje-
          to de acordo com este plano; e

          obtenha o comprometimento da organização em iniciar
          a execução do projeto.

     O planejamento do projeto não é algo para ser feito somente
uma vez no seu começo. Observar o progresso de sua equipe e atu-
alizar adequadamente o plano do projeto devem ser tarefas cons-
tantes do gerente de projeto. Um programa computacional de ge-
rência de projeto pode ser útil se usado corretamente. Exemplo:
PMBOK; MS Provect. Há diversos padrões de gerência de projeto
que descrevem em detalhes como planejar e controlar um projeto.
     O planejamento, além de dinâmico, deve ser contínuo e rea-
lizado por aproximações sucessivas. Assim, partindo de decisão do
nível de supervisão mais elevado, ele desdobra-se em providências
dentro de cada nível, até atingir o nível mais próximo da execução,
volta ao ponto inicial e retorna aos escalões inferiores, até que, den-
tro do prazo previsto para sua realização, seja obtido um resultado:

          tecnicamente exeqüível;

           economicamente viável;

          socialmente desejável; e

          politicamente aceitável.

     A realização de um planejamento, independentemente do seu
objetivo, compreende uma série de fases que se aproximam dos
métodos comuns de uma pesquisa, tais como:

          definição e equacionamento preliminar do problema;

          elaboração das diretrizes básicas do planejamento;
                                                                                           53
Curso de Capacitação a Distância




                                     fixação dos objetivos;

                                     coleta preliminar dos dados;

                                     levantamento e pesquisas complementares;

                                     estabelecimento de projeções e provisões;

                                     análise e discussão dos dados;

                                     apresentação de alternativas ou opções;

                                     formulação de decisões ou propostas;

                                     integração de planos parciais, desdobramento em planos
                                     derivados ou replanejamento; e

                                     redação e apresentação do plano.



                             O planejamento se traduz por um documento de exe-
                             cução chamado plano (que poderá ser apresentado
                             sob a forma de um orçamento expresso em termos
                             monetários), que, conforme seu grau de detalhamento
                             em relação ao nível considerado, é denominado de:

                               programa: empreendimento de grande porte que
                             se realiza por meio de projetos;
                               projeto: empreendimento temporário que tem o ob-
                             jetivo de fornecer um produto ou um serviço; e
                               operação: atividades regulares realizadas na es-
                             trutura departamental permanente de produção de
                             bens e prestação de serviços, para clientes internos e
                             externos.
                             É importante considerar que o planejamento exige:

                                   informações estatísticas adequadas;
                                   contribuição multissetorial e multiprofissional; e
                                   institucionalização para execução do plano.




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Elaboração de Projetos

  • 1. Elaboração de Projetos Professores Pedro da Costa Araújo Altair Acelon Mello
  • 2.
  • 3. Universidade Federal de Santa Catarina Centro Sócio-Econômico Departamento de Ciências da Administração Elaboração de Projetos Professores Pedro da Costa Araújo Altair Acelon Mello Florianópolis 2007
  • 4. Copyright 2007 © Departamento de Ciências da Administração CSE/UFSC. A663e Araújo, Pedro da Costa Elaboração de projetos / Pedro da Costa Araújo, Altair Acelon Mello. – Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC, 2007. 118p. Inclui bibliografia Curso de Capacitação a Distância 1. Projetos – Metodologia. 2. Empreendedorismo. 3. Administração de projetos. 4. Educação a distância. I. Mello, Altair Acelon. I. Título. CDU: 658.512.2 Catalogação na publicação por: Onélia Silva Guimarães CRB-14/071
  • 5. PRESIDENTE DA REPÚBLICA Luiz Inácio Lula da Silva MINISTRO DA SAÚDE José Gomes Temporão SECRETÁRIA EXECUTIVA Márcia Bassit Lameiro da Costa Mazzoli SUBSECRETÁRIO DE ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS José de Ribamar Tadeu Barroso Jucá COORDENADORA GERAL DE RECURSOS HUMANOS Elzira Maria do Espírito Santo COORDENADOR DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS Rubio Cezar da Cruz Lima UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA REITOR Lúcio José Botelho VICE-REITOR Ariovaldo Bolzan CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO DIRETOR Maurício Fernandes Pereira VICE-DIRETOR Altair Borgert DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO CHEFE DO DEPARTAMENTO João Nilo Linhares SUBCHEFE DO DEPARTAMENTO Raimundo Nonato de Oliveira Lima
  • 6. PROJETO MINISTÉRIO DA SAÚDE/UFSC/CSE/CAD COORDENADOR Gilberto de Oliveira Moritz COORDENADOR PEDAGÓGICO Alexandre Marino Costa COORDENAÇÃO TÉCNICA Marcos Baptista Lopez Dalmau Alessandra de Linhares Jacobsen CONSELHO EDITORIAL Luiz Salgado Klaes (Coordenador) Allan Augusto Platt Liane Carly Hermes Zanella Luís Moretto Neto Raimundo Nonato de Oliveira Lima Rogério da Silva Nunes COORDENADOR DA BIBLIOTECA VIRTUAL Luís Moretto Neto COORDENADOR FINANCEIRO Altair Acelon Mello COORDENADOR DE APOIO LOGÍSTICO Sílvio Machado Sobrinho METODOLOGIA PARA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Denise Aparecida Bunn Adriana Novelli Rafael Pereira Ocampo Moré REVISÃO DE PORTUGUÊS Renato Tapado PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Annye Cristiny Tessaro ORGANIZAÇÃO DO CONTEÚDO Pedro da Costa Araújo Altair Acelon Mello
  • 7. Prefácio Quero, inicialmente, cumprimentar a todos os servidores e servidoras do Ministério da Saúde, e ao fazê-lo estarei praticando a forma mais dire- ta e desejável de comunicação que, nas atribuições do dia-a-dia, nem sem- pre nos permitimos fazer. Alcançar o maior número possível de pessoas de forma direta, ime- diata, com transparência e abrangência, democratizando o ambiente de trabalho e o acesso à informação é, sem dúvida, um de nossos maiores desafios. A evolução das tecnologias de informação e comunicação nos per- mite, hoje, inúmeras escolhas e estratégias para lidar com essa crescente produção e disseminação de conhecimentos e informações, que por vezes até alimentam mais as nossas dúvidas do que sugerem soluções. A gestão do conhecimento e o desenvolvimento de uma inteligência em saúde é imprescindível para o cumprimento do preceito constitucio- nal do direito à saúde – nosso objetivo maior. Neste sentido, o Ministério da Saúde está lançando um programa de educação a distância, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, que nos permitirá capacitar nossos servidores, inclusive aqueles cedidos a Estados e Municípios em razão do SUS e que desde então não têm sido alvo da política de capacitação do Ministério. Trata-se do projeto “O Saber para conquistar um lugar”, que, junta- mente com outras iniciativas, trará importante contribuição, quer pela reconhecida excelência dos trabalhos oferecidos pela UFSC, quer pelo empenho de nossas Unidades responsáveis pela capacitação no apoio à utilização desse novo instrumental. É igualmente importante que todos conheçam o projeto e as oportu- nidades de aprendizagem que ele apresenta, de modo a assegurar o seu aproveitamento pleno e potencial.
  • 8. Acredito que, desta forma, estamos superando mais uma etapa, rumo à consolidação do Sistema Único de Saúde e da saúde cidadã. Agradeço a atenção, na expectativa de que todos procurem cada vez mais um envolvimento significativo com esta questão e que aproveitem ao máximo o Programa de Educação a Distância. Elzira Maria do Espírito Santo Coordenadora Geral de Recursos Humanos
  • 9. Sumário Apresentação do Projeto.............................................................................11 Guia do Aluno.............................................................................................13 Apresentação do Curso................................................................21 UNIDADE 1 Introdução a Projetos Projetos.................................................................................................25 Resumo.....................................................................................34 Atividades de aprendizagem....................................................................34 UNIDADE 2 Administração de Projetos e Gerência de Projetos História da gerência de projetos.................................................................37 Resumo.....................................................................................47 Atividades de aprendizagem....................................................................48 UNIDADE 3 Planejamento de Projetos e Abordagens no Gerenciamento Planejamento de Projetos...........................................................................51 Resumo.....................................................................................59 Atividades de aprendizagem....................................................................60 UNIDADE 4 Gerenciamento de Projetos e suas Gerências Específicas Gerenciamento de projetos e suas gerências específicas..........................63 Resumo.....................................................................................92 Atividades de aprendizagem....................................................................92
  • 10. UNIDADE 5 Projetos no setor público Projetos no setor público............................................................................97 Resumo.....................................................................................103 Atividades de aprendizagem..........................................................103 UNIDADE 6 Projetos Pessoais Projetos pessoais.......................................................................................107 Resumo.....................................................................................111 Atividades de aprendizagem..........................................................112 Referências.....................................................................................114 Minicurrículos.....................................................................................116
  • 11. Apresentação do Projeto Olá! Bem-vindo ao Programa de Capacitação dos Servidores do Ministério da Saúde. Promovido pelo Ministério da Saúde, SAA/CAGR/CODER, em parceria com o Departamento de Ciências da Administração do Centro Sócio-Econômico da Universidade Federal de Santa Ca- tarina, este programa tem como objetivos formar atores sociais comprometidos com o processo de mudança, que sejam capazes de atuar como catalisadores no desenvolvimento social, bem como possibilitar a atualização, ampliação ou complementação de com- petências profissionais adquiridas por meio de formação profissio- nal ou no trabalho, com base nas necessidades derivadas de inova- ções tecnológicas, e de novos processos de produção e de gestão. A concepção dos cursos nessa modalidade de ensino é inovadora e apresenta você, cursista, como protagonista do seu desenvolvimen- to. Por isso, esperamos que participe efetivamente do curso, lendo o material, participando dos Fóruns, Chats, Atividades e assistindo às aulas que foram especialmente gravadas para você. Além do material que você recebeu, poderá contar com uma equipe prepa- rada para atendê-lo sempre que necessário. Esta é uma das estra- tégias que adotamos para estar mais perto de você. Desejamos um ótimo aprendizado e esperamos que o curso contribua para que você participe do desenvolvimento de ações educativas mais consistentes e democráticas. A Equipe de elaboração dos Cursos (CAD/CSE/UFSC)
  • 12. Curso de Capacitação a Distância 12
  • 13. Elaboração de Projetos Sobre o Curso Curso de Capacitação Elaboração de Projetos. Objetivo O curso tem por objetivo desenvolver conceitos e habilidades para compreender, elaborar, analisar e executar projetos. Público-alvo Servidores do Ministério da Saúde com escolaridade mínima de nível médio completo. Promoção Ministério da Saúde, SAA/CGRH/CODER. Execução Departamento de Ciências da Administração do Centro Só- cio-Econômico da Universidade Federal de Santa Catarina. Carga Horária 15 horas – Introdução à Educação a Distância. 30 horas – Elaboração de Projetos. Período de realização 16/7/2007 a 31/8/2007 Horário de atendimento De segunda a sexta-feira, das 9 h às 21 horas. 13
  • 14. Curso de Capacitação a Distância Recursos didático-pedagógicos GLOSSÁRIO *CD-ROM – (Compact Um CD-ROM* contendo o conteúdo básico e as aulas Disc - Read Only Me- gravadas pelo professor. mory) caracteriza o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA): http:// CD gravado por pro- www.ms.cursoscad.ufsc.br. cesso industrial e que não seja regravável, Sistema de Acompanhamento ao Estudante (tutores e capaz de armazenar professores). cerca de 700 mega- bytes de programas e Requisitos para certificação dados (inclusive ima- gens, sons e vídeos) Participação nas atividades propostas (Fóruns, Chats, Ati- para computador. vidades de aprendizagem). Fonte: Ferreira Contato com a tutoria. (2004). Elaboração de uma atividade final de aprendizagem (a ser disponibilizada no Ambiente Virtual de Aprendizagem). Como será este curso? Conheça mais sobre O curso será realizado na modalidade de Educação a Distân- esta modalidade de cia (EaD), por meio do uso de diferentes recursos. Nessa modali- ensino no Módulo de Introdução à Educa- dade, é você que organiza seu tempo de estudo e a elaboração das ção a Distância. atividades previstas. Para realizar este curso, você recebeu um CD-ROM conten- do um livro e aulas gravadas pelo professor. Além deste, você con- ta ainda com o Ambiente Virtual de Aprendizagem e o Sistema de Acompanhamento ao Estudante. Vamos saber como aproveitar cada um destes recursos. Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA O Ambiente Virtual de Aprendizagem é o meio pelo qual você vai estabelecer uma comunicação produtiva com seus colegas de 14
  • 15. Elaboração de Projetos turma, com seu tutor e com os professores, compartilhando seus conhecimentos, suas idéias e, ao mesmo tempo, conhecendo o que pensam os seus colegas, ou seja, aprendendo com eles. É no Ambiente Virtual de Aprendizagem que vamos acom- panhar sua participação e seu interesse no curso. É através dele que você vai enviar suas atividades e receber o feedback, consultar as datas para realização das atividades, acessar os conteúdos e as videoaulas, encaminhar suas dúvidas, solicitar atenção de seu tu- tor, enfim, demonstrar suas dificuldades e seus avanços. Sistema de Acompanhamento ao Estudante Organizado para atender você sempre que tiver dúvidas, além de acompanhar e avaliar o seu processo de estudo e aprendiza- gem, o Sistema conta com uma equipe de tutores, professores e Supervisão Pedagógica. Tutor O papel do tutor é fundamental em Educação a Distância. É ele quem mantém uma comunicação dinâmica e constante com você, motivando-o a participar das atividades do curso, disponibilizando material pedagógico complementar, corrigindo as atividades, organizando, divulgando e mediando os Chats e Fó- runs. Enfim, o tutor vai auxiliar você em seu processo de estudo, tanto individualmente como em grupo. A qualidade da interação com o tutor é fundamental e requer de você maturidade, motiva- ção e autodisciplina. Professor O professor é o responsável pelos conteúdos ministrados e apre- sentados no material que você recebeu. Tem, junto com o tutor, o papel de facilitador e orientador de conteúdos e caminhos adequados para a aprendizagem. É dele a responsabilidade pelas avaliações. 15
  • 16. Curso de Capacitação a Distância Supervisão Pedagógica É da Supervisão Pedagógica o papel de dar suporte para o cur- so, desenvolvendo junto com os tutores estratégias de aprendizagem para você, além de acompanhar as atividades pedagógicas da tutoria, e sistematizar e socializar as informações relevantes sobre o curso. Contatos Além do AVA, você pode entrar em contato conosco utilizan- do os seguintes recursos: Telefone e fax (48) 3721-6693 Endereço para correspondência Universidade Federal de Santa Catarina Centro Sócio-Econômico Departamento de Ciências da Administração Coordenadoria de Educação Continuada a Distância Campus Universitário Professor João David Ferreira Lima Bairro: Trindade CEP 88040-900 – Florianópolis/SC Portal do Curso www.ms.cursoscad.ufsc.br E-mail ms@cursoscad.ufsc.br Importante! Não esqueça de consultar o Ambiente Virtual de Apren- dizagem regularmente, pois é lá que você vai se manter atualizado sobre as datas e os horários das atividades. 16
  • 17. Elaboração de Projetos Sobre o Livro UNIDADE 1 Reservamos este espaço para esclarecer como o seu li- vro está organizado. Antes de tudo, lembre-se que você está iniciando um curso com um tema de grande relevância para sua instituição. O conteúdo abordado nas páginas que se seguem lhe dará subsídios teóricos para compreender melhor Introdução à à Introdução Educação a a Distância Educação Distância as questões que envolvem o seu trabalho. Então, vamos lá! O conteúdo está dividido em Unidades. Professor Marcos Dalmau Cada Unidade começa trazendo o Objetivo. Os tópicos essenciais aparecem em Destaque. Curso de Capacitação a Distância Gestão de Recursos Humanos O maior objetivo do novo profissional de RH passa a ser a busca do comprometimento com a empresa em Os termos técnicos ou todos os níveis, integrando os seus profissionais no processo de mudança, conscientizando-os da impor- tância do seu papel, incentivando a criatividade e a au- tonomia e deixando-os “fazer diferente”, já que, embora trabalhem em equipe e com tecnologias mais sofistica- das, somente eles possuem o dom de pensar, criar e ino- var. Com pessoas motivadas, conscientes e envolvidas é científicos são explicados possível vencer os desafios da competitividade. Objetivo Qualquer que seja a organização e seus objetivos, à medi- * GLOSSÁRIO *Organização – Ex- no Glossário. da que se torna maior, a complexidade de suas situações aumenta, pressão inglesa que Nesta Unidade vamos proporcionar a você informações para significa quot;atender ao requerendo novas iniciativas que vão além da gestão técnica de cliente interno ou que possa conhecer melhor a modalidade à distância, a qual está recrutar, selecionar, treinar e desenvolver, remunerar, planejar externo no momen- carreiras, avaliar o desempenho, tratar das relações sindicais, so- to exato de sua ne- sendo utilizada nos cursos de capacitação do Ministério da Saúde ciais e da burocracia legal. Afloram necessidades de melhoria dos cessidade, com as processos seletivo e salarial e de desenvolvimento de treinamentos quantidades neces- relacionadas ao projeto quot;O saber para conquistar um lugarquot;, sárias para a opera- estratégicos. As informações com- ção/produção.quot; bem como proporcionar subsídios para que consiga aproveitar Orlickas (1999), observa um fator fundamental: o ponto crí- Fonte: Dicionário tico da Gestão dos Recursos Humanos é a administração “técnica” online de RH ao máximo o que está sendo ofertado. e o gerenciamento “por partes” das pessoas, o que, com o tempo, plementares sobre o con- perde a relação com o trabalho, com o negócio, com os resultados esperados e com a demanda de mudanças do ambiente, tornando- se ampla e mecânica. As pessoas são diferentes e precisam ser Veja indicação de leitura no Saiba teúdo estão nos Links. geridas de uma forma dinâmica, individual e direcionada à sua mais sobre as equipe de trabalho. Teorias Clássicas da Administração. Não deixe de consul- tar e conhecer. 26 171 17
  • 18. Curso de Capacitação a Distância As indicações de leitura para apro- Gestão de Recursos Humanos fundar o tema abordado estão no Aspectos culturais dificuldade de integração das cul- : turas do contratante e do fornecedor. Saiba mais. Desconhecimento da legislação específica a falta : ou dela, com risco na elaboração dos contratos, bem como nos reclames jurídico-trabalhistas. No final de cada Unidade, há um Saiba mais... Resumo que sintetiza o conteúdo Sugerimos que você leia o livro: estudado. FRIEDMAN, Thomas L. O mundo é plano uma breve história do : Século XXI. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. Para que você possa se certificar de RESUMO que compreendeu o texto estudado, Procuramos demonstrar para você, nesta Unidade, a im- temos as Atividades de aprendi- portância da Terceirização nas organizações, colocando suas estruturas e processos em xeque. A progressiva abertura do mercado à competição internacional tem forçado as empre- zagem. É muito importante que sas a repensarem suas estruturas organizacionais e suas es- tratégias de negócios, numa busca frenética na redução de você não deixe de fazê-las. custos e por competitividade de seus produtos e serviços. Sabemos que a Terceirização no Brasil tem sido trata- da de forma polêmica e não regular, muitas vezes pratica- da de forma precária ou desvirtuada de seus preceitos bási- cos. Neste sentido, Costa (1994) afirma que a polêmica da resultante envolve, de um lado, o embate das mobilizações sindicais num ambiente de crise econômica e de um regi- me jurídico-trabalhista conservador e pouco flexível, e exi- ge, de outro, todo um processo de mudança na cultura e Gestão de Recursos Humanos 163 ganização burocrática piramidal está com a dissipação das estruturas formais determinada, dando lugar a formas mo- dulares, que se alteram conforme a conveniência do momen- to, e que tem a terceirização como um dos componentes. Atividades de aprendizagem Vamos ver se você entendeu o que foi visto nesta Unidade? En- tão responda as atividades propostas. Se não encontrar dificul- dades, certamente compreendeu, e caso encontre alguma, re- leia o texto novamente e conte com o Sistema de Acompanha- mento para auxiliá-lo. 1. Conceitue Terceirização. 2. Você entende a Terceirização como um processo evolutivo dos negócios e irreversível mundialmente? Justifique. 3. Discuta a Terceirização no serviço público e por que muitas vezes não dá certo. Reflita sobre algumas sugestões em sua área de atuação. REFERÊNCIAS ALVAREZ, Manuel S. B. Terceirização parceria e qualidade. Rio de : Janeiro: Campus, 1996. COSTA, Márcia S. Terceirização/Parceria e suas implicações no âmbito jurídico – sindical. Revista de Administração de Empresas. São Paulo: FGV. 34(1): 6-11, jan.fev.1994. DAVIS, Frank S. Terceirização e multifuncionalidade : idéias práticas para a melhoria da produtividade e competitividade da empresa. São Paulo: STS, 1992. FONTANELLA, Dentes, et al . O lado (des)humano da terceirização o impacto da terceirização nas empresas, nas pessoas : e como administrá-lo. Salvador: Casa da Qualidade, 1994. 165 18
  • 19. Elaboração de Projetos Dicas para facilitar seu estudo Um estudante é um agente da construção do próprio co- nhecimento – capaz de realizar leituras dos próprios cenários em que está imerso, estabelecer objetivos, traçar estratégias e definir procedimentos para alcançar os resultados pretendidos. Lembre-se! Ao estudar e ao aprender a distância, você terá de percorrer a maior parte do processo de forma independente. A qualidade da interação com seu tutor e com os demais participantes é fundamen- tal, pois, para que a EaD atinja seus objetivos peda- gógicos, são necessárias maturidade, motivação e autodisciplina. Para ajudá-lo nesse processo, tenha em mente que quem aprende deve ser capaz de: refletir sobre novas idéias, dando sentido a elas e ade- quando-as às suas próprias; expressar o pensamento de várias formas (oral, escrita e visual); desenvolver a sensibilidade para lidar com as ferramen- tas do dia-a-dia, pessoas e a natureza a partir da emo- ção; e transformar o que você conheceu em ações concretas. 19
  • 20. Curso de Capacitação a Distância 20
  • 21. Elaboração de Projetos Apresentação do Curso Olá! Seja bem-vindo ao Curso de Elaboração de Projetos! A Elaboração de Projetos é uma ferramenta gerencial de suma importância para a vida de toda e qualquer organização, bem como para nós como pessoas. Pois nos leva a refletir sobre nossas com- petências presentes e as possibilidades futuras, e, à luz disso, ela- boramos projetos para transformar o nosso futuro em algo muito melhor que o nosso presente. A experiência em sala de aula nos ensinou que, mesmo entre estudantes do curso de Graduação em Administração na Universi- dade Federal de Santa Catarina – UFSC, poucos são os que têm suas atividades diárias voltadas para projetos. No primeiro semestre de 2007, somente dois dos 68 estudan- tes matriculados na disciplina Administração de Projetos (oitava fase do curso com dez fases) tinham atuação ou experiência na área de projetos. Quando perguntamos aos mesmos estudantes se tinham em mente algum projeto pessoal, alguma idéia que haviam pensado em realizar, mas não o fizeram, todos foram unânimes em res- ponder que sim. Mediante tal constatação, surgiu um desafio que estamos tentando colocar em prática: como combinar um conteúdo didático-pedagógico que contemple a complexidade, quase sempre presente nas teorias, para elaborar um projeto dentro de uma organi- zação, com um conteúdo que seja básico e compreensível para que você inicie ou desenvolva aquele seu projeto pessoal tão sonhado. O referido curso está dividido em seis Unidades, quais sejam: 1. Introdução a Projetos; 2. Administração de Projetos e Gerência de Projetos; 3. Planejamento de Projetos e Abordagens no Gerenciamento; 21
  • 22. Curso de Capacitação a Distância 4. Gerenciamento de Projetos e suas Gerências Específicas; 5. Projetos no setor público; e 6. Projetos Pessoais. Ao final tomamos a liberdade de incluir uma Unidade, a qual consideramos também relevante, que abordará projetos pessoais. Seja bem-vindo ao mundo dos Projetos! Bons estudos! Professores Pedro da Costa Araújo e Altair Acelon Mello 22
  • 23. UNIDADE 1 Introdução a a Projetos Introdução Projetos
  • 24. Curso de Capacitação a Distância Objetivo Nesta Unidade, você vai conhecer o conceito de projetos na visão de alguns autores ou especialistas, as características ou critérios dos projetos, o ambiente onde os projetos ocorrem, o conceito de processo, as características que diferenciam os projetos das atividades correntes (rotineiras), as entradas, os processamentos e as saídas em projetos. 24
  • 25. Elaboração de Projetos Projetos Olá! Você está iniciando o Curso de Elaboração de Projetos. Para nós, será um grande prazer interagir com você durante os dois meses de duração do curso. Como sabemos, aprender é a grande chave para o sucesso, e este curso será mais uma oportunidade para você, sem sair de sua casa, abandonar seu trabalho e seu lazer, aprender e ain- da interagir com outras pessoas de vários Estados do Brasil. Aqui, você vai navegar numa temática instigante. Trata-se da Elaboração de Projetos. Então, vamos iniciar a Unidade 1 falando um pouco sobre o conceito de projetos, as características ou os critérios dos proje- tos; o ambiente onde projetos ocorrem, o conceito de proces- so, as características que diferenciam os projetos das atividades correntes (rotineiras), e apresentar de forma gráfica o que com- põe as entradas, os processamentos e as saídas em projetos. Queremos que saiba que vamos estar juntos com você, esti- mulando a aprendizagem e esclarecendo suas dúvidas. Com pequenas adequações, o conceito geral de projetos, se- Conheça a CEPAL em gundo a CEPAL – Comissão Econômica para América Latina: é: http:// www.eclac.org/ “um conjunto de elementos que permite avaliar, qualitativa e brasil/ quantitativamente, as vantagens ou desvantagens da aplicação de recursos, de qualquer natureza, para a produção de bens e serviços”. Para enriquecimento do tema, apresentamos também defi- nições de outros autores. Veja o Quadro 1: 25
  • 26. Curso de Capacitação a Distância Autor (es) Definição Maximiano (2002, p. 26 ) Um empreendimento temporário ou uma seqüência de atividades com começo, meio e fim programados que têm por objetivo fornecer um produto singular, dentro das GLOSSÁRIO restrições orçamentárias. *PMI – é a maior en- Buarque (1984, p. 25) Um conjunto ordenado de antecedentes, tidade mundial sem pesquisas, suposições e conclusões que permitem avaliar a conveniência (ou não) fins lucrativos volta- de destinar fatores e recursos para o estabe- da ao Gerenciamento lecimento de uma unidade de produção de Projetos. Fonte: determinada. www.pmisp.org.br/ O projeto corresponde ao conjunto de Holanda (1975, p. 95 ) home.asp informações sistemáticas e racionalmente ordenadas, que nos permite estimar custos e benefícios de um determinado investimento. Menezes (2003, p. 44) Um empreendimento único que deve alinha-se à definição do apresentar um início e um fim claramente PMI* – Project definidos e que, conduzido por pessoas, possa Management Institute atingir seus objetivos respeitando os parâ- metros de prazo, custo e qualidade. Quadro 1: Definições de Projeto segundo os autores Maximiano, Buarque, Holanda e Menezes Fonte: elaborado pelos autores Para efeito deste Curso, vamos utilizar como definição de Projeto a que segue na Figura 1: O que é um projeto? “Empreendimento único que deve apresentar um início e um fim claramente definidos e que, conduzido por pessoas, possa atingir seus objetivos respeitando os parâmetros de prazo, custo e qualidade” Figura 1: Definição de Projeto adotada para este curso Fonte: adaptado de PMI – Project Management Institute (2003) 26
  • 27. Elaboração de Projetos Vamos a um desafio! Imagine um projeto do qual você tenha participado. Identifi- que como ele começou, como foi desenvolvido e como ter- minou (quais objetivos foram alcançados) Socialize as con- clusões com seus colegas de curso no Ambiente Virtual de Aprendizagem. Agora que você conheceu o conceito de Projetos na visão de alguns autores, vamos apresentar exemplos de projetos organi- zacionais. Veja: desenvolver um novo produto ou serviço; construir um prédio; planejar e implantar uma mudança estrutural na orga- nização; reformar ou ampliar um hospital ou uma clínica; e GLOSSÁRIO implantar um sistema de informação. *Programa – são subdivisões que Aproximando-nos da organização na qual trabalham, ou seja, permitem agrupar as decisões e as no Ministério da Saúde, podemos afirmar que existem, entre ou- ações por áreas ou tros, os seguintes programas* que estão sendo desenvolvidos: por objetivos rela- cionados entre si. Brasil sorridente; Plano é o documen- Doe vida, doe órgãos; to que consubs- tancia as decisões SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência; tomadas em deter- minado momento, Farmácia popular; em cada nível e que Programa saúde da família; visa alocar os obje- tivos finais em de- Bancos de leite humano; terminado período. Cartão nacional de saúde; Fonte: Valeriano (2001) Humaniza SUS; Política nacional de alimentação e nutrição; Programa de volta para casa; 27
  • 28. Curso de Capacitação a Distância Política de atenção à saúde dos povos indígenas; Programa nacional de controle do câncer do colo do úte- ro e de mama – viva mulher; Programa de controle do tabagismo e outros fatores de risco de câncer; QualiSUS; e Programa nacional de combate à dengue, entre tantos Conheça estes e outros. outros Programas do Merece destaque o Projeto Multiplicasus, cujo objetivo é a Ministério da Saúde formação dos trabalhadores do Ministério da Saúde, com a pre- em www.saude.gov.br missa de articulação das ações de capacitação com a gestão, com – programas da saúde vistas à reorganização dos processos de trabalho e autonomia dos trabalhadores e, conseqüentemente, ao desenvolvimento institucional. Seu objetivo é abrir a discussão sobre o SUS entre os trabalhadores, ampliar o conhecimento em saúde e formar sujei- tos responsáveis pelo seu processo de trabalho. Outro exemplo que também merece destaque e do qual você faz parte, é o Programa de capacitação “O Saber para conquistar um lugar”, parceria entre o Ministério da Saúde e a Universidade Federal de Santa Catarina, que tem por objetivo contribuir para o aperfeiçoamento dos servidores técnico-administrativos do Mi- nistério da Saúde. Uma pergunta que pode ser feita se refere aos fatores que GLOSSÁRIO determinam o início e o desenvolvimento de um projeto. *Problema – ques- Maximiano (2002, p. 33 e 34) relaciona alguns deles e recomenda tão não resolvida, que, quando as respostas forem afirmativas para os indicadores objeto de discussão citados, que se use uma abordagem de projetos. em qualquer domí- Vejamos as indagações de Maximiano (2002): nio do conhecimen- to. Fonte: Ferreira a atividade tem começo, meio e fim programados?; (2004) a atividade é diferente das atividades de rotina?; a solução do problema envolve muitas variáveis?; a solução do problema* é desconhecida?; 28
  • 29. Elaboração de Projetos a solução deve ser apresentada dentro de um prazo definido?; a solução do problema requer competências e recursos multidisciplinares?; a solução do problema é importante para a organização?; e a solução do problema ou atividade envolve um cliente importante da organização? É hora do desafio! Identifique um projeto na organização na qual você trabalha e responda as indagações relacionadas acima. Melhor seria responder com referência a algum projeto do qual você esteja participando. Se não estiver participando de nenhum, busque informações com o gestor de sua área de trabalho. Se a sua organização não tiver área de planeja- mento, busque informações sobre algum projeto em sua ci- dade. Socialize os resultados com seus colegas de curso no Ambiente Virtual de Aprendizagem. Vamos ver um exemplo de Projeto. A realização dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro no mês de julho de 2007 serve como exemplo de um projeto sobre o qual todos nós estamos diariamente sendo informados pelos jor- nais, rádio e televisão. Neste exemplo, dá para perceber que tal projeto combina elementos físicos (construções), conceitos (pla- nejamento, organização), serviços (recepção, hospedagem, alimen- tação) e eventos (jogos e competições). Na Figura 2, relacionamos alguns fatores internos que deter- minam o início do desenvolvimento de um projeto. 29
  • 30. Curso de Capacitação a Distância Ambiente de Projetos • Fatores que determinam o início do desenvolvimento de um projeto: • melhoria em produto; • novo produto; • melhoria interna; • mudança organizacional; • gestão estratégica da empresa; • trabalhando com prazos e recursos limitados. Sempre que exigir a atuação de equipes multidisciplinares Figura 2: Fatores internos que determinam o início do desenvolvimento de um projeto Fonte: adaptado de Menezes (2003) É importante você entender que estamos falando sobre pro- GLOSSÁRIO jetos, mas que a maioria de nós está cumprindo atividades em pro- *Atividades em pro- cesso (rotineiras) nas organizações nas quais trabalhamos, ou até cesso – atividades mesmo nunca esteve envolvido com alguma atividade em proje- rotineiras, repeti- tos. É importante trazer para o texto o conceito de processo, visan- tivas e padroniza- do a um entendimento que possibilite a diferenciação de ativida- das, com comporta- de em processo* de atividade em projeto. Apresentamos dois con- mentos que são facil- mente medidos e ceitos (MENEZES, 2003): controlados. Fonte: Menezes (2003). Processo é qualquer trabalho, operação administrativa, função biológica, produtiva ou social; Processo é um conjunto inter-relacionado de recursos e atividades que transformam entradas em saídas. Agora, você já pode notar que existem algumas diferenças percebidas entre projetos e processos. Menezes (2003, pp. 38 e 39) relaciona algumas destas diferenças (Quadro 2): 30
  • 31. Elaboração de Projetos Atividades em processo Atividades em projeto EQUIPES Funcional, permanente Multidisciplinar – limitada à duração do projeto Reside em escritórios, Acampa – ocupa provisoriamente espaços oficinas, fábricas, lojas – alheios espaços definidos ADMINISTRAÇÃO, GERÊNCIA E EXECUÇÃO Gestão de processos Gestão de pessoas Incentiva e promove a Premia mudança, espírito inventivo competência Busca diversidade Procura otimizar processo Valoriza similaridade Procura EFICIÊNCIA Procura EFICÁCIA Limita campo de visão Amplia campo de visão/os membros são através da especialização versáteis, poliglotas Quadro 2: Diferenças entre atividades em processo e atividades em projeto Fonte: adaptado de Menezes (2003, pp. 38 e 39) Voltando ao tema “projetos”, podemos dizer que, como do- cumento, o projeto traduz uma intenção de elaborar tarefas siste- maticamente organizadas, e que precisa apresentar: exeqüibilidade técnica; viabilidade econômica; conveniência social; e aceitação política. Visão gráfica e esquematizada das diferentes etapas que ocorrem em projetos e processos A Figura 3 demonstra que todo processo e projeto tem uma etapa de entrada de insumos, uma etapa de transformação através do uso de recursos e atividades, finalizando com uma etapa de sa- ída de produtos. 31
  • 32. Curso de Capacitação a Distância Resumo Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Entrada de Recursos e Saída de Insumos Atividades Produtos Figura 3: Etapas de um projeto ou processo Fonte: adaptado de Maximiano (2002), Valeriano (2001) e Menezes (2003) A Figura 4 decompõe as entradas, os recursos e as saídas que ocorrem em projetos e processos. Veja: Entrada (Insumo) UTILIZAÇÃO (dado, informação, trabalho humano) ENTRADA TRANSFORMAÇÃO (fornecida ao (energia, matéria-prima) processo para) CONSUMO (energia, material, matéria-prima) Figura 4: Detalhamento das etapas de um projeto ou processo Fonte: adaptado de Maximiano (2002), Valeriano (2001) e Menezes (2001) 32
  • 33. Elaboração de Projetos As entradas são compostas de dados, informações, matéria- prima, etc. Recursos Produto (Saída) PRODUTO (Saída) • Serviços • Pessoas • Finanças RECURSOS • Instalações • Equipamentos • Materiais • Técnicas Intencional • Equipamentos • Informações Não Intencional • Serviços Figura 4 (continuação): Detalhamento das etapas de um projeto ou processo Fonte: adaptado de Maximiano (2002), Valeriano (2001) e Menezes (2001) Os recursos representam os serviços, técnicas, ferramentas, pessoas, instalações e equipamentos utilizados. As saídas são re- presentadas pelos produtos finais podendo ser relatórios, produtos, serviços, etc. sendo: intencional (produto principal) e não intenci- onal (os resíduos). Chamamos a atenção para o produto final, que pode ser um material (seringa), um equipamento (aparelho de raio X), uma informação (o dia agendado para uma consulta médica) ou um serviço (a consulta médica). 33
  • 34. Curso de Capacitação a Distância RESUMO Nesta Unidade, enumeramos alguns conceitos de pro- jeto, e a importância deste para as organizações. Estabele- cemos, ainda, as diferenças existentes entre atividades em projeto e em processo, e por último as entradas, transfor- mações e saídas que ocorrem tanto nos projetos como nos processos. Atividades de aprendizagem Chegamos ao final da Unidade 1. Foram apresentadas con- siderações importantes sobre Elaboração de Projetos. Se você realmente entendeu o conteúdo, não terá dificuldades de responder as Atividades de aprendizagem propostas a seguir. Se, eventualmente, sentir dificuldade para respondê- las, leia novamente e procure ajuda com seu tutor. 1. Por que as atividades inovadoras são definidas como projeto? 2. Para um projeto do qual você tenha participado ou observa- do, onde se manifestaram as limitações de prazo, custos e qua- lidade? 3. Quais processos estão associados aos projetos que você de- senvolve na organização na qual trabalha? 34
  • 35. Elaboração de Projetos UNIDADE 2 Administração de Projetos e e Administração de Projetos Gerência de Projetos Gerência de Projetos 35
  • 36. Curso de Capacitação a Distância Objetivo Nesta Unidade, você vai conhecer ou rever, caso já conheça, o conceito de administração de projetos, a história da gerência de projetos, o histórico da análise gerencial, o ciclo de vida do projeto e a sua administração. 36
  • 37. Elaboração de Projetos História da gerência de projetos Caro participante! Estamos iniciando a Unidade 2. Aqui, você vai conhecer a his- tória da gerência de projetos, o conceito da administração de projetos, o histórico da análise gerencial, o ciclo de vida do projeto e a administração do ciclo de vida. É importante que você reflita ao longo de toda a leitura e se questione sobre a importância de cada assunto que está sen- do apresentado, inclusive relacionando-o com a realidade de sua organização. Vamos seguir juntos nesta caminhada. Ao longo da história, grandes feitos ocorreram que podem ser classificados como projetos, como exemplos podemos citar as Pirâmides do Egito construidas há mais de 2.500 anos, Muralha da China construidas 220 anos a.C. e, mais recentemente, o Canal de Suez (1859-1869) e o Canal do Panamá (1913). Valeriano (2001, p. 26) diz que, com muita propriedade, os GLOSSÁRIO projetos mais antigos deviam estar voltados para as necessidades *Empírico – basea- do apenas na expe- mais básicas, como o preparo e a execução de uma caçada, a ins- riência e, sendo as- talação de uma agricultura, e a criação de dispositivos e sistemas sim, sem caráter ci- de segurança e de defesa. entífico. Fonte: No entanto, a gerência dos projetos evolui e, no dizer de Ferreira (2004). Valeriano (2001, p. 27), comporta três períodos, quais sejam: Gerenciamento empírico*: baseado nas qualidades ina- tas do gerente e de seus auxiliares ou nos procedimentos precedentes, muito mais como arte, como sentimento do que como técnica. Foi o caso dos arquitetos e dos cons- trutores das grandes obras da Antigüidade e da Idade Média, e os feitos dos grandes chefes militares e dos no- táveis exploradores; 37
  • 38. Curso de Capacitação a Distância GLOSSÁRIO Gerenciamento clássico ou tradicional: considerado a par- tir das décadas de 1940 e 1950, com os empreendimen- *Stakeholder – ou, tos predominantemente de Engenharia, nas áreas de de- em português, parte fesa da aeronáutica e, mais recentemente, na defesa es- interessada ou inter- pacial. São projetos estruturados, planejados, executa- veniente, refere-se a dos e controlados, nos quais o gerente, administrando os todos os envolvidos recursos humanos e materiais, emprega processos exis- em um processo tentes ou criados especialmente para uso no projeto, com numa organização, vistas a obter o produto com o desempenho especifica- por exemplo, clien- do, dentro dos limites de custos previstos e no prazo es- tes, colaboradores, perado. Em geral, tais projetos são essencialmente téc- investidores, forne- nicos, de grande complexidade e caracterizados pelos cedores, comunida- altos custos, pelo vulto dos problemas envolvidos e pelos de, etc. Fonte: prazos relativamente longos; Lacombe (2004). Gerenciamento moderno de projetos – MGP: teve início mais recentemente, no início da década de 1990, com o aproveitamento dos meios eletrônicos (web, intranet, softwares de gerenciamento e fer- Para saber mais ramentas de comunicação). O MGP surge de *Henry Gantt (1861 – 1919) – formou-se em Henry forma progressiva a partir dos projetos de Engenharia Mecânica. Trabalhou para a caráter técnico, vistos no gerenciamento tra- Midvale Steel e se tornou assistente no De- dicional, e amplia sua participação para os partamento de Engenharia, onde Taylor era o objetivos de toda a organização e seus engenheiro-chefe de produção. Em 1888, tor- stakeholders*. nou-se assistente direto de Taylor. Em 1903, apresentou à ASME um trabalho, quot;A graphical daily balance in manufacturingquot; (Controle grá- fico diário de produção), no qual descreveu um Análise gerencial método gráfico de acompanhamento dos flu- xos de produção. Esse método se tornaria o Gráfico de Gantt, com técnicas de planejamen- A análise gerencial de projetos foi de- to e controle. Era humanista, preocupado com senvolvida através de diversos campos de o bem-estar dos trabalhadores. Pregava a co- operação entre patrões e empregados em lu- aplicação, indo da construção civil, Engenha- gar do autoritarismo. Quase defendeu o socia- ria Mecânica, projetos militares, eletrônicos, lismo, pois acreditava que o mutualismo era o estratégicos, etc. Seu início não tem uma data caminho para a prosperidade econômica. Foi tam- definida, mas foi nos Estados Unidos que bém um dos criadores do treinamento profis- Henry Gantt desenvolveu seus trabalhos e sionalizante. Fonte: http://www.spiner.com.br passou a ser chamado o pai das técnicas do /modules.php?name=Forums&file=viewtopic planejamento e do controle, que é conhecido &p=1132 (2007) 38
  • 39. Elaboração de Projetos pelo uso do gráfico de “barra” ou Gráfico Para saber mais de Gantt como uma ferramenta de gerên- *Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915) – F Taylor cia do projeto. Estadunidense, inicialmente técnico em me- Gantt foi um estudioso das teorias de cânica e operário, formou-se engenheiro me- Frederick Winslow Taylor sobre a “admi- cânico estudando à noite. É considerado o “pai nistração científica”, nas quais provou seu da Administração Científica” por propor a utili- estudo na gerência da construção de edifí- zação de métodos científicos cartesianos na administração de organizações. Seu foco era cios e de navios da marinha dos Estados a eficiência e a eficácia operacional na admi- Unidos. Seu trabalho é o precursor de mui- nistração industrial. Sua orientação cartesiana tas ferramentas de gerência moderna de pro- extrema é ao mesmo tempo sua força e fra- jeto, tais como a WBS (Work Breakdown queza. Seu controle inflexível, mecanicista, Structure) ou EAP (Estrutura Analítica do elevou enormemente o desempenho das in- Projeto) de recurso que avalia o trabalho. dústrias em que atuou. Todavia, igualmente No começo da Era Moderna da gerên- gerou demissões, insatisfação e estresse para cia de projetos, no período após a 2ª Guerra seus subordinados e sindicalistas. Fonte: Wikipedia (2007) nos Estados Unidos, antes dos anos 1950, os projetos foram controlados basicamente uti- lizando os gráficos de Gantt, técnicas informais e ferramentas. Nes- Em gerência de projetos, uma Work se tempo, dois modelos programados de projeto matemático fo- Breakdown Structure ram desenvolvidos: (WBS) é uma ferra- menta de decomposi- Program Evaluation and Review Technique ou o PERT, desenvolvido como parte do programa do míssil do sub- ção do trabalho do marino Polaris da marinha dos EUA (conjuntamente projeto em partes com a Lockheed Corporation); e manejáveis. Em português, é Critical Path Method (CPM), desenvolvido em conjunto traduzida como pela DuPont Corporation e pela Remington Rand Estrutura Analítica Corporation para projetos da manutenção de planta. do Projeto, embora o Estas técnicas matemáticas se espalharam rapidamente termo WBS seja mais em muitas organizações. amplamente utiliza- Em 1969, o Project Management Institute (PMI) foi toman- do. Fonte: pt.wikipedia.org/ do forma para servir ao interesse da indústria da gerência de pro- wiki/WBS jetos. A premissa do PMI é que as ferramentas e as técnicas da gerência de projetos são terra comum mesmo entre a aplicação difundida dos projetos da indústria do software à indústria de cons- trução. Em 1981, os diretores do PMI autorizaram o desenvolvi- 39
  • 40. Curso de Capacitação a Distância mento de um manual para projetos, vindo a se transformar em um guia de projetos, o PMBOK – Project Management Body of Knowledge, que é uma denominação que representa todo o somatório de conhecimento dentro da área de gerência de projetos (VARGAS, 2003, p. 17). Administração de projetos De acordo com Valeriano (2001), a Administração de Proje- tos, a Gerência de Projetos ou a Gestão de Projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades e técnicas na elaboração de atividades relacionadas para atingir um conjunto de objetivos pré-definidos, com início, meio e fim. A identificação do conhecimento e as prá- ticas da gerência de projetos são mais bem descritos em termos de seus Procedimentos. De forma mais operacional, a gerência de projetos é a arte para manter os riscos de fracasso em um nível tão baixo quanto necessário durante o ciclo de vida do projeto. O insucesso aumenta de acordo com a pre- sença de incerteza durante todos os estágios do pro- jeto. Um ponto de vista alternativo diz que gerenciamento de projetos é a disciplina de definir e alcançar objetivos ao mesmo tempo em que se otimiza o uso de recursos (tempo, dinheiro, pessoas, espaço, etc.) (VALERIANO, 2001). A gerência de projetos é responsabilidade de um indivíduo intitulado Gerente de Projeto. Idealmente, esse indivíduo rara- mente deve participar diretamente nas atividades que produzem o resultado final. 40
  • 41. Elaboração de Projetos Saiba mais... Sobre identificação do conhecimento e as práticas da gerência de projetos em: VALERIANO, Dalton L. Gerenciamento estratégico e adminis- tração por projetos. São Paulo: Makron Books, 2001. p. 165-167. Ciclo de vida do Projeto Caro participante! Nesta seção, você tomará conhecimento do ciclo de vida típico de um projeto em seu desenvolvimento, estruturação, implantação e conclusão na visão de alguns estudiosos. Leia com atenção. As fases do ciclo de vida do projeto, segundo Vargas (2003), dependem, intimamente, da natureza do projeto. Um projeto de- senvolvido a partir de uma idéia, progredindo para um plano, que, por sua vez, é executado e concluído, tem cada fase sua caracteri- zada pela entrega ou finalização de um determinado trabalho. Toda entrega deve ser tangível e de fácil identificação, como por exem- plo, um relatório, um cronograma ou um conjunto de atividades. Cada fase do projeto normalmente define: qual é o problema técnico que deve ser realizado?; e quem deve estar envolvido? Valeriano (2001), ao falar de ciclo de vida do projeto, agrupa uma seqüência de cinco fases, quais sejam: 1. iniciação; 2. planejamento; 41
  • 42. Curso de Capacitação a Distância 3. execução; 4. controle; e 5. encerramento. Intensidade Veja Figura 5: Execução Planejamento Iniciação Controle Encerramento Tempo Figura 5: As fases de um projeto Fonte: Valeriano (2001, p. 128) Como você pode ver, as três fases centrais, planejamento, execução e controle, acontecem quase simultaneamente. Na reali- dade, o controle, agindo sobre todas as atividades da execução, pro- move, em muitos casos, reajustes no planejamento. Por outro lado, à medida que os fatos vão se sucedendo, são criadas condições de detalhamento de partes do plano que estavam sem as minúcias necessárias à execução (VALERIANO, 2001). Já Maximiano (2002) define o ciclo de vida de um projeto como a seqüência de fases, que vão do começo ao fim de um pro- jeto e que estão ilustradas conforme Figura 6: fase 1 – idéia: surge a idéia do projeto ou visão do produto; fase 2 – desenho: o modelo mental transforma-se em um desenho detalhado do produto; fase 3 – desenvolvimento: o produto é gradativamente ela- borado; e fase 4 – entrega: o produto é apresentado ou entregue ao cliente. 42
  • 43. Elaboração de Projetos Entrega Desenvolvimento Desenho Idéia A administração do projeto começa com um plano que se baseia na idéia do produto e Planejamento na previsão das atividades necessárias para realizá-lo. A execução do projeto Execução consiste em realizar as atividades previstas no plano. Figura 6: Ciclo de vida de projeto Fonte: adaptado de Maximiano (2002) Para Maximiano (2002), cada projeto tem um ciclo de vida específico, e o número de fases pode aumentar ou di- minuir. Para Menezes (2003), o ciclo de vida de um projeto se divide em quatro fases, quais sejam: Fase I: conceitual; Fase II: planejamento; Fase III: execução; Fase IV: conclusão. Considerando as fases relacionadas, apresentamos o roteiro específico sugerido pelo autor para os pontos a serem considerados em cada uma delas. Fase I – Conceitual É a fase que marca o surgimento da idéia e apresenta as se- guintes atividades típicas: identificação de necessidades e/ou oportunidades; tradução dessas necessidades e/ou oportunidades em um problema; 43
  • 44. Curso de Capacitação a Distância definição do problema; determinação dos objetivos e metas a serem alcançados; análise do ambiente; análise das potencialidades ou recursos; avaliação da viabilidade de atingimento dos objetivos; estimativa dos recursos necessários; elaboração da proposta e venda da idéia; avaliação e seleção com base na proposta submetida; e decisão quanto à execução do projeto (aprovação). Fase II – Planejamento É a fase cuja preocupação central é com a estruturação e a viabilidade operacional do projeto. É a hora do detalhamento por meio de um plano de execução operacional. São atividades comuns nessa fase: detalhamento das metas e dos objetivos a serem alcan- çados; definição do gerente e da equipe; programação das atividades no tempo; determinação dos resultados tangíveis e seus respectivos momentos de alcance; definição dos recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos necessários; estabelecimento da estrutura orgânica formal a ser utili- zada; estruturação do sistema de comunicação e de decisão a ser adotado; e treinamento dos envolvidos. 44
  • 45. Elaboração de Projetos Fase III – Execução A terceira fase do ciclo de vida do projeto é a fase de execução do trabalho propriamente dito. Há que se destacar que cada proje- to apresenta suas particularidades, porém, genericamente, podem ser citadas as seguintes etapas: ativar a comunicação entre os membros da equipe; executar as etapas previstas e programadas; utilizar os recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos dentro da programação; e efetuar reprogramações. Fase IV – Conclusão Esta última fase corresponde ao término do projeto. São co- muns nessa fase: aceleração das atividades que, eventualmente, não te- nham sido concluídas; realocação dos recursos humanos para outras atividades do projeto; elaboração da memória técnica do projeto; elaboração de relatórios e transferências dos resultados GLOSSÁRIO finais do projeto; *Ex-post – refere-se a algo que já tenha emissão de avaliações globais sobre o desempenho da ocorrido. Fonte: equipe do projeto e os resultados alcançados; e Wikipédia (2007). acompanhamento ex-post*. Ainda de acordo com Menezes (2003), a dinâmica que domi- na o ciclo de vida de um Projeto segue o fluxo apresentado na Fi- gura 7. Veja: 45
  • 46. Curso de Capacitação a Distância Necessidades Seleção Planejamento Implementação Controle do projeto Avaliação Avaliação Avaliação Conclusão Figura 7: Dinâmica de ações ao longo do ciclo de vida de um projeto Fonte: adaptado de Menezes (2003, p. 51) A gestão do ciclo de vida de um projeto Agora que você já conhece as fases do ciclo de vida de um projeto, cabe tomar conhecimento de que este ciclo de vida precisa ser administrado. Vamos ver como? Menezes (2003) diz que o objetivo da administração de pro- jetos é alcançar controle adequado do projeto, de modo a assegu- rar sua conclusão no prazo e no orçamento determinados, obten- do a qualidade estipulada. Custo, prazo e qualidade são fatores a serem considerados no bom desempenho de projetos. Maximiano (2002) diz que administrar um projeto significa planejar, organizar, executar e controlar as fases de seu ciclo de vida, e que existe uma sobreposição de planejamento e execução. 46
  • 47. Elaboração de Projetos RESUMO Vimos que as fases do ciclo de vida de um projeto são: iniciação: também conhecida como fase conceitu- al, são definidos nela a missão e os objetivos do projeto, bem como a identificação e a seleção das melhores estraté- gias a serem adotadas; planejamento: é a fase responsável por detalhar tudo aquilo que será realizado no projeto, incluindo o cronograma, alocação de recursos, análise de custos, etc.; execução: fase em que se materializa tudo o que foi planejado, e grande parte do orçamento e dos esforços são consumidos nesta; controle: acontece em paralelo com o planejamen- to operacional e com a execução do projeto, tendo como objetivos principais o acompanhamento e o controle de tudo aquilo que foi proposto no projeto, de modo a propor ações corretivas e preventivas no menor tempo possível; e encerramento: fase em que todo o trabalho desen- volvido durante o projeto é colocado em avaliação de ter- ceiros (vistoria), quando livros e documentos são encerra- dos, e todas as falhas ocorridas durante o projeto são dis- cutidas e avaliadas. Vimos, ainda, que a realização de qualquer fase de um projeto pode ser vista como um projeto e, sendo assim, pos- sui ciclo de vida e pode ser subdividida em fases menores (Ver Figura 8). 47
  • 48. Curso de Capacitação a Distância Controle Co nt le Planejamento ro tro le n Co Início Fim Co Execução le nt ro ntro le Co Controle Figura 8: Interrelacionamento entre as fases de um projeto Fonte: adaptado de Vargas (2005, p. 35) Atividades de aprendizagem Chegamos ao final da Unidade 2. Esta traçou considerações importantes sobre a história da gerência de projetos, a aná- lise gerencial, o ciclo de vida do projeto e a administração do ciclo de vida de um projeto. Se você realmente entendeu o conteúdo, não terá dificuldades de responder a questão a seguir. Se, eventualmente, ao responder, sentir dificuldades, releia esta Unidade novamente e procure ajuda junto ao seu tutor. 1. Mostrar as fases do ciclo de vida de um projeto e fazer um breve comentário sobre cada uma delas. 48
  • 49. Elaboração de Projetos UNIDADE 3 Planejamento de Projetos e e Planejamento de Projetos Abordagens no Gerenciamento Abordagens no Gerenciamento 49
  • 50. Curso de Capacitação a Distância Objetivo Nesta Unidade, você vai conhecer as definições sobre planejamento, orientações de como planejar, onde estão as oportunidades em projetos e os aspectos relativos à criatividade e à inovação. 50
  • 51. Elaboração de Projetos Planejamento de Projetos Olá! Estamos iniciando a Unidade 3. A partir de agora, você vai conhecer um pouco mais sobre as definições de planejamento e orientações de como planejar. Ainda nes- ta Unidade, você vai poder conhecer onde estão as opor- tunidades em projetos e os aspectos relativos à criatividade e à inovação. Leia com atenção e realize as atividades recomendadas que estão indicadas no final desta Unidade. Sua leitura, a reali- zação das atividades, o contato com seu tutor e com seu professor têm um só objetivo: ajudá-lo no processo de cons- trução do conhecimento e no desenvolvimento de habilida- des que caracterizarão seu novo perfil profissional ao final deste curso. E então? O que está esperando? Vamos juntos, na busca de mais conhecimento! Vamos iniciar apresentando a definição de planejamento se- gundo Newman (1977, p. 15). Planejamento é a aplicação sistemática do conhecimento humano para prever e avaliar cursos de ação alternati- vos com vistas à tomada de decisões adequadas e racio- nais, que sirvam de base para ação futura. Planejar é decidir antecipadamente o que deve ser feito, ou seja, um plano é uma linha de ação pré-estabelecida. O planejamento dentro da gestão de projetos é o pro- cesso para quantificar o tempo e o orçamento de um projeto. A finalidade do planejamento é criar um pla- no que um gestor de projeto possa usar para acom- panhar o progresso de sua equipe. 51
  • 52. Curso de Capacitação a Distância GLOSSÁRIO Como planejar *Work Breakdown Structure (WBS) – ou Estrutura Analí- A etapa de planejamento começa pela determinação das con- tica de Projetos (EAP) é uma ferra- dições exatas para que o projeto seja finalizado ou completado. Antes menta de decompo- que esteja absolutamente claros quais são os objetivos do projeto, sição do trabalho, não faz sentido começar a estimar quanto tempo levará e quanto num dado projeto, custará. Infelizmente, muitos gerentes de projeto falham ao não em partes manejá- examinar esta primeira etapa crucial. veis. Fonte: Wikipédia (2007). A seguir, você vai tomar conhecimento da seqüência das eta- *Bottom-up – (de pas de como planejar um projeto: baixo para cima) es- tratégia utilizada fazer um inventário de todo o trabalho que precisa ser pela organização na feito com uma estimativa do tempo necessário para um tomada de decisão único membro da equipe. Isto pode ser feito em uma na qual as informa- sessão do planejamento com todos os membros da equi- ções são passadas pe. Tarefas que levarão muito tempo para terminar pre- dos setores situados cisam ser quebradas em tarefas menores. O resultado é em níveis mais bai- Work Breakdown Structure – WBS*. Certifique- xos para o topo da se de ter indicado as entregas do projeto no WBS para organização. Fonte: que os objetivos sejam alcançados; Lacombe (2004). identifique os recursos necessários para executar cada *Diagrama PERT/ elemento terminal do WBS (cada tarefa). Neste momen- CPM – instrumento to, você pode estimar o custo para entregar cada ele- de planejamento e mento terminal e, conseqüentemente, todo o projeto controle em que se fi- (aproximação bottom-up*); gura o projeto numa rede ou gráfico que decida se este plano faz sentido, isto é, se os custos justi- representa as ativi- ficam os benefícios; dades de acordo com modifique os objetivos e o trabalho quando necessário; as respectivas rela- ções de correspon- defina dependências entre tarefas. Algumas tarefas pre- dência e interde- cisam ser finalizadas antes que outras tarefas possam pendência. Fonte: começar. Pondo tarefas em ordem de conclusão, um ge- Lacombe (2004). rente de projeto constrói uma rede de projeto (diagra- ma PERT*); calcule o tempo mínimo para executar o projeto: é o tra- jeto mais longo através da rede do projeto (PERT) do começo até sua extremidade. Este trajeto é chamado de 52
  • 53. Elaboração de Projetos caminho crítico. As outras tarefas podem ser feitas em paralelo ao caminho crítico, mas qualquer atraso nas tarefas do caminho crítico resultará automaticamente num atraso do prazo total para finalizar o projeto; crie um cronograma do projeto, por exemplo, utilizando um Gráfico de Gantt; faça um plano de gerência de riscos e modifique o proje- to de acordo com este plano; e obtenha o comprometimento da organização em iniciar a execução do projeto. O planejamento do projeto não é algo para ser feito somente uma vez no seu começo. Observar o progresso de sua equipe e atu- alizar adequadamente o plano do projeto devem ser tarefas cons- tantes do gerente de projeto. Um programa computacional de ge- rência de projeto pode ser útil se usado corretamente. Exemplo: PMBOK; MS Provect. Há diversos padrões de gerência de projeto que descrevem em detalhes como planejar e controlar um projeto. O planejamento, além de dinâmico, deve ser contínuo e rea- lizado por aproximações sucessivas. Assim, partindo de decisão do nível de supervisão mais elevado, ele desdobra-se em providências dentro de cada nível, até atingir o nível mais próximo da execução, volta ao ponto inicial e retorna aos escalões inferiores, até que, den- tro do prazo previsto para sua realização, seja obtido um resultado: tecnicamente exeqüível; economicamente viável; socialmente desejável; e politicamente aceitável. A realização de um planejamento, independentemente do seu objetivo, compreende uma série de fases que se aproximam dos métodos comuns de uma pesquisa, tais como: definição e equacionamento preliminar do problema; elaboração das diretrizes básicas do planejamento; 53
  • 54. Curso de Capacitação a Distância fixação dos objetivos; coleta preliminar dos dados; levantamento e pesquisas complementares; estabelecimento de projeções e provisões; análise e discussão dos dados; apresentação de alternativas ou opções; formulação de decisões ou propostas; integração de planos parciais, desdobramento em planos derivados ou replanejamento; e redação e apresentação do plano. O planejamento se traduz por um documento de exe- cução chamado plano (que poderá ser apresentado sob a forma de um orçamento expresso em termos monetários), que, conforme seu grau de detalhamento em relação ao nível considerado, é denominado de: programa: empreendimento de grande porte que se realiza por meio de projetos; projeto: empreendimento temporário que tem o ob- jetivo de fornecer um produto ou um serviço; e operação: atividades regulares realizadas na es- trutura departamental permanente de produção de bens e prestação de serviços, para clientes internos e externos. É importante considerar que o planejamento exige: informações estatísticas adequadas; contribuição multissetorial e multiprofissional; e institucionalização para execução do plano. 54