SlideShare a Scribd company logo
1 of 30
História da Música I
       2ª e 3ª aula

              CANTOCHÃO
   LITURGIA CATÓLICA NA IDADE MÉDIA
               NOTAÇÃO
   MONODIA NÃO-LITÚRGICA E SECULAR
INSTRUMENTOS MUSICAIS DA IDADE MÉDIA
Cantochão

 Era cantado em latim;
 Monofônico;
 Essencialmente vocal;
 Modal;
 Ritmo ligado à palavra;
 Predomínio de graus conjuntos;
 Música litúrgica e popular;
 Melodias geralmente com o contorno em forma de
  arco;
 Não se sabe ao certo quando surgiu o canto gregoriano;
Tipos de Cantochão

 Eram cantados de três formas:
a) Antifonal (coros alterados);
b) Responsorial (alternância entre solista e coro);
c) Direto (sem alternação).


   De acordo com o texto o cantochão era dividido em
    bíblicos e não-bíblicos (poesia e prosa).
   Textos bíblicos: salmos, hinos;
   Textos não-bíblicos: Te Deum
Tipos de Cantochão

    Silábico: uma nota para cada sílaba;
    Melismático: passagens melódicas para uma mesma sílaba;
    Cantochão Neumático: alterna o silábico com o melisma.
    Categorias de cantochão:

a)    Salmodia (cantadas ou recitadas);
b)    Antífonas (responsório – solista e coro);
c)    Tratos (cantos longos com melismas);
d)    Graduais;
e)    Aleluia (solista e coro – aleluia, solista – versículo, coro -
      aleluia ;
f)    Hinos;
g)    Cantos ligados à liturgia.
A liturgia católica na Idade Média

 Dividida em 2 momentos distintos:
1) Os ofícios: realizados todos os dias e não era aberto ao público.
    Eram compostos por:
-   MATINAS* (antes do nascer do sol);
-   LAUDAS* (ao nascer do sol);
-   PRIMA (6 da manhã);
-   TERÇA (9 da manhã);
-   SEXTA (ao meio dia);
-   NONAS (3 da tarde);
-   VÉSPERAS* (ao pôr do sol);
-   COMPLETAS (logo após as vésperas).

•   (*) partes mais musicais: canto de salmos, hinos, entonação de
    passagens das escrituras etc)
A Missa

 A missa: o serviço religioso mais importante da Igreja
 Católica;

 A palavra missa vem da expressão ITE, MISSA EST (Ide-
 vos, a congregação pode dispersar).

 A estrutura da missa até 1570 (Concílio de Trento):


 A missa se divide em duas partes: o próprio (o texto
 poderia variar conforme a época do ano) e o ordinário (o
 texto não varia).
Próprio         Ordinário
                          Intróito
Introdução                                  Kirie
                                            Glória
                          Coleta


Liturgia da palavra       Epístola
                          Gradual
                          Aleluia
                         Evangelho
                         [homilia]          Credo


Liturgia da Eucaristia   Ofertório
                          Prefácio
                                     Sanctus e Benedictus
                                          Agnus Dei
                         Comunhão
                                        Ite, missa est
A Missa

 Missa de Finados: Requiem.

 Requiem: Requiem aeternam dona eis domine (Dai-lhes,
  Senhor, o eterno repouso).

 Graduale: livro que contém o repertório para a missa (próprio
  e o ordinário);

 Liber usualis: (livro com o repertório mais utilizado na missa);

 Missal (missale): livro com os textos da missa;

 Breviário (breviarium): livro com os textos dos ofícios.
A Missa

 O ordinário é cantado pelo coro e a partir do século XIV ele se
  estabelece como um gênero musical feito por diferentes
  compositores de diferentes períodos.

 Textos dos cantos do ordinário:

1)Kyrie eleison (Senhor, tende piedade);
2) Glória in excelsis Deo (Glória a Deus nas alturas);
3)Sanctus, sanctus, sanctus (santo, santo, santo)
  Pleni sunt caeli et terra (os céus e a terra estão cheios)
  Benedictus qui venit (Bendito seja o que vem);
4) Agnus Dei, misere nobis (Cordeiro de Deus tende piedade de nós)
  Agnus Dei, dona nobis pacem (Cordeiro de Deus, concedei-nos a
  paz).
Notação

 A busca da uniformidade na interpretação do
    cantochão;
   Notação: consequência da uniformidade (meio de
    perpetuação da escrita);
   A notação mais antiga encontrada: mosteiro de
    Sankt Gallen (Suíça) – século IX;
   Neumas: sinais acima do texto para indicar o
    movimento da melodia;
   A palavra nota só irá aparecer a partir do século XI
    como sinônimo de Neuma (Candé, 2001: 206).
Notação

 Séc. XI: Guido d ’Arezzo (990-1050) adicionou à
    notação duas linhas de referência. A linha que situa a
    nota fá (vermelho) e a linha correspondente a nota
    dó (amarelo).
   No fim do século XI: a adoção da pauta de 4 linhas;
   A partir do século XIV: a adoção das 5 linhas e uma
    clave como conhecemos hoje.
   Até o séc. XVIII os monastérios foram os principais
    centros de estudos musicais.
   Com a revolução francesa (1789) surgem as
    primeiras escolas de música.
Notação

 Outra contribuição de Guido d’Arezzo é o nome das notas
  musicais a partir do texto de um Hino a S. João Batista
  (séc. XI);

Ut queant laxis (depois passou a se chamar dó por uma questão de fonética)
Resonare fibris
Mira gestorum
Famuli tuorum
Solve polluti
Labii reatum
Sancte Ioannes
"Para que teus servos, possam ressoar claramente
 a maravilha dos teus feitos, limpe nossos lábios
 impuros, ó São João”.

• Outra contribuição de Guido d’Arezzo: a Mão
 Guidoniana (um método de leitura musical em que
 as notas correspondiam as partes da mão).
Monodia não litúrgica e secular

 Goliardos (séc XI – XIII): estudantes ou clérigos errantes que migravam de lugar
  em lugar (universidades, tabernas e outros lugares públicos).

 Tema de suas canções (em latim): vinho, mulheres e sátira (muitas vezes
  denunciando os abusos e a corrupção da igreja).

 Uma pequena parte do repertório ficou registrada em manuscritos (textos com
  neumas sem pauta).

 Alguns manuscritos foram encontrados no mosteiro de Benediktbeuren
  (Alemanha). Em 1847 J. A. Schemeller publicou a coletânea e o chamou de Carmina
  Burana ( em latim: canções de Benediktbeuren).

 São no total 315 poemas, nem todos são dos Goliardos. Atualmente se encontram na
  Biblioteca Nacional de Munique na Alemanha.

 Carl Orff teve acesso e musicou 24 poemas (Carmina Burana – 1935-36).
Monodia secular em língua vernácula

 Chanson de Geste (canções de feitos): poemas cantados
  que contavam histórias de heróis e heroínas. No início
  eram transmitidos oralmente, depois passaram a ser
  escritos.

 Música das Cruzadas


 Pastourele


 Menestréis ou jograis (séc. X): artistas nômades (teatro,
  música, dança, marabalismos etc)
Monodia secular em língua vernácula

   Trovadores (Trobadours): séc XII
-   Sul da França (Provença);
-   Langue d’oc;
-   Posição social;
-   Herança: aproximadamente 2600 poemas e 260
    melodias

•   Trouveiros (Trouvéres)
-   Norte da França;
-   Langue d’oil (francês medieval);
-   Posição social (burgueses, artesãos);
-   Herança: 2130 poemas e 1420 melodias
Monodia secular em língua vernácula

 Minnesinger e Meistersinger (séc XIII): Alemanha.


 Espanha: cantigas sacras
- Cantigas de Santa Maria: Alfonso X “el sábio” (427
  melodias compostas entre aproximadamente 1250-
  80).
- Repertório foi preservado.


- Dois tipos de cantigas: as que narram os milagres e as
  que louvam a santa.
Instrumentos Musicais da Idade Média

 Harpa;
 Vielle (Fiedel) = ancestral da viola e do violino;
 Organistrum (ancestral da sanfona);
 Saltério;
 Alaúde;
 Flautas (retas e transversais);
 Charamela (ancestral do oboé);
 Trombetas;
 Cornamusas (Gaita de fole);
 Orgão portativo (portátil) e positivo.
Vielle
Organistrum
Saltério
Alaúde
Orgão Portativo
Flautas retas e transversais
Cornamusa (gaita de foles)

More Related Content

What's hot

Romantismo trabalho de music
Romantismo trabalho de musicRomantismo trabalho de music
Romantismo trabalho de musicJoel Rocha
 
História da Música
História da MúsicaHistória da Música
História da MúsicaBE/CRE
 
Teoria musical
Teoria musicalTeoria musical
Teoria musicalOMAESTRO
 
Música trabalho completo
Música trabalho completoMúsica trabalho completo
Música trabalho completodfis1997
 
História da música
História da músicaHistória da música
História da músicaMeire Falco
 
Cantigas de escárnio e maldizer - resumo
Cantigas de escárnio e maldizer - resumoCantigas de escárnio e maldizer - resumo
Cantigas de escárnio e maldizer - resumoGijasilvelitz 2
 
História da Música
História da MúsicaHistória da Música
História da Músicajoohnfer
 
Commedia dell arte marca lima
Commedia dell arte marca limaCommedia dell arte marca lima
Commedia dell arte marca limaerigrilo
 
Poesia Trovadoresca - Contextualização
Poesia Trovadoresca - ContextualizaçãoPoesia Trovadoresca - Contextualização
Poesia Trovadoresca - ContextualizaçãoGijasilvelitz 2
 
Cantigas de amor
Cantigas de amorCantigas de amor
Cantigas de amorheleira02
 
Música e Instrumentos Musicais
Música e Instrumentos MusicaisMúsica e Instrumentos Musicais
Música e Instrumentos MusicaisNara Lindiinha
 
Cantigas de amigo - resumo
Cantigas de amigo - resumoCantigas de amigo - resumo
Cantigas de amigo - resumoGijasilvelitz 2
 
A Música no Renascimento, por Marcos Filho
A Música no Renascimento, por Marcos FilhoA Música no Renascimento, por Marcos Filho
A Música no Renascimento, por Marcos FilhoMarcos Filho
 
Educação Musical, 2.º Ciclo do Ensino Básico
Educação Musical, 2.º Ciclo do Ensino BásicoEducação Musical, 2.º Ciclo do Ensino Básico
Educação Musical, 2.º Ciclo do Ensino BásicoAna Lúcia Francisco
 
O Período Barroco e a Música
O Período Barroco e a MúsicaO Período Barroco e a Música
O Período Barroco e a MúsicaJoão Costa
 
Períodos Da Música Ocidental
Períodos Da Música OcidentalPeríodos Da Música Ocidental
Períodos Da Música Ocidentalcecilianoclaro
 

What's hot (20)

Romantismo trabalho de music
Romantismo trabalho de musicRomantismo trabalho de music
Romantismo trabalho de music
 
História da Música
História da MúsicaHistória da Música
História da Música
 
Instrumentos musicais
Instrumentos musicaisInstrumentos musicais
Instrumentos musicais
 
Cantigas de amigo
Cantigas de amigoCantigas de amigo
Cantigas de amigo
 
Teoria musical
Teoria musicalTeoria musical
Teoria musical
 
Música trabalho completo
Música trabalho completoMúsica trabalho completo
Música trabalho completo
 
Cantigas trovadorescas
Cantigas trovadorescasCantigas trovadorescas
Cantigas trovadorescas
 
História da música
História da músicaHistória da música
História da música
 
Cantigas de escárnio e maldizer - resumo
Cantigas de escárnio e maldizer - resumoCantigas de escárnio e maldizer - resumo
Cantigas de escárnio e maldizer - resumo
 
História da Música
História da MúsicaHistória da Música
História da Música
 
Commedia dell arte marca lima
Commedia dell arte marca limaCommedia dell arte marca lima
Commedia dell arte marca lima
 
Poesia Trovadoresca - Contextualização
Poesia Trovadoresca - ContextualizaçãoPoesia Trovadoresca - Contextualização
Poesia Trovadoresca - Contextualização
 
Cantigas de amor
Cantigas de amorCantigas de amor
Cantigas de amor
 
Música e Instrumentos Musicais
Música e Instrumentos MusicaisMúsica e Instrumentos Musicais
Música e Instrumentos Musicais
 
Cantigas de amigo - resumo
Cantigas de amigo - resumoCantigas de amigo - resumo
Cantigas de amigo - resumo
 
A Música no Renascimento, por Marcos Filho
A Música no Renascimento, por Marcos FilhoA Música no Renascimento, por Marcos Filho
A Música no Renascimento, por Marcos Filho
 
Early Romantic Music
Early Romantic MusicEarly Romantic Music
Early Romantic Music
 
Educação Musical, 2.º Ciclo do Ensino Básico
Educação Musical, 2.º Ciclo do Ensino BásicoEducação Musical, 2.º Ciclo do Ensino Básico
Educação Musical, 2.º Ciclo do Ensino Básico
 
O Período Barroco e a Música
O Período Barroco e a MúsicaO Período Barroco e a Música
O Período Barroco e a Música
 
Períodos Da Música Ocidental
Períodos Da Música OcidentalPeríodos Da Música Ocidental
Períodos Da Música Ocidental
 

Similar to História da Música I: 2ª e 3ª aulas

História da Música I: aula inaugural
História da Música I:   aula inauguralHistória da Música I:   aula inaugural
História da Música I: aula inauguralLeonardo Brum
 
História da música i – 12ª aula
História da música i – 12ª aulaHistória da música i – 12ª aula
História da música i – 12ª aulaLeonardo Brum
 
História da Música I - 5ª aula
História da Música I - 5ª aulaHistória da Música I - 5ª aula
História da Música I - 5ª aulaLeonardo Brum
 
A Música no período de Da Vinci e o seu Desenvolvimento
A Música no período de Da Vinci e o seu DesenvolvimentoA Música no período de Da Vinci e o seu Desenvolvimento
A Música no período de Da Vinci e o seu DesenvolvimentoJofran Lirio
 
Módulo 3 - Caso Prático 1 Canto Gregoriano
Módulo 3 - Caso Prático 1 Canto GregorianoMódulo 3 - Caso Prático 1 Canto Gregoriano
Módulo 3 - Caso Prático 1 Canto GregorianoCarla Freitas
 
Os Instrumentos na Idade Média
Os Instrumentos na Idade MédiaOs Instrumentos na Idade Média
Os Instrumentos na Idade Médiarcarvalho83
 
Música, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e Barroco
Música, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e BarrocoMúsica, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e Barroco
Música, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e BarrocoGabriel Resende
 
Forma Musical Missa
Forma Musical MissaForma Musical Missa
Forma Musical MissaRique1590
 
Histriadamsicai5 aula-120422125754-phpapp02
Histriadamsicai5 aula-120422125754-phpapp02Histriadamsicai5 aula-120422125754-phpapp02
Histriadamsicai5 aula-120422125754-phpapp02Fabio Novaes
 
Breve HistóRia Da MúSica Erudita
Breve HistóRia Da MúSica EruditaBreve HistóRia Da MúSica Erudita
Breve HistóRia Da MúSica EruditaHOME
 
Música Medieval - Prof.Altair Aguilar
Música Medieval -  Prof.Altair AguilarMúsica Medieval -  Prof.Altair Aguilar
Música Medieval - Prof.Altair AguilarAltair Moisés Aguilar
 
A música na Idade Média, por Marcos Filho
A música na Idade Média, por Marcos FilhoA música na Idade Média, por Marcos Filho
A música na Idade Média, por Marcos FilhoMarcos Filho
 
A história da música (resumo)
A história da música (resumo)A história da música (resumo)
A história da música (resumo)Musician
 

Similar to História da Música I: 2ª e 3ª aulas (20)

História da Música I: aula inaugural
História da Música I:   aula inauguralHistória da Música I:   aula inaugural
História da Música I: aula inaugural
 
História da música i – 12ª aula
História da música i – 12ª aulaHistória da música i – 12ª aula
História da música i – 12ª aula
 
História da Música I - 5ª aula
História da Música I - 5ª aulaHistória da Música I - 5ª aula
História da Música I - 5ª aula
 
A Música no período de Da Vinci e o seu Desenvolvimento
A Música no período de Da Vinci e o seu DesenvolvimentoA Música no período de Da Vinci e o seu Desenvolvimento
A Música no período de Da Vinci e o seu Desenvolvimento
 
Módulo 3 - Caso Prático 1 Canto Gregoriano
Módulo 3 - Caso Prático 1 Canto GregorianoMódulo 3 - Caso Prático 1 Canto Gregoriano
Módulo 3 - Caso Prático 1 Canto Gregoriano
 
Os Instrumentos na Idade Média
Os Instrumentos na Idade MédiaOs Instrumentos na Idade Média
Os Instrumentos na Idade Média
 
Música, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e Barroco
Música, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e BarrocoMúsica, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e Barroco
Música, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e Barroco
 
Forma Musical Missa
Forma Musical MissaForma Musical Missa
Forma Musical Missa
 
Musica barroca
Musica barrocaMusica barroca
Musica barroca
 
1 dia cópia
1 dia   cópia1 dia   cópia
1 dia cópia
 
O canto-e-a-evolução-litúrgica
O canto-e-a-evolução-litúrgicaO canto-e-a-evolução-litúrgica
O canto-e-a-evolução-litúrgica
 
Histriadamsicai5 aula-120422125754-phpapp02
Histriadamsicai5 aula-120422125754-phpapp02Histriadamsicai5 aula-120422125754-phpapp02
Histriadamsicai5 aula-120422125754-phpapp02
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Breve HistóRia Da MúSica Erudita
Breve HistóRia Da MúSica EruditaBreve HistóRia Da MúSica Erudita
Breve HistóRia Da MúSica Erudita
 
Canto na história
Canto na históriaCanto na história
Canto na história
 
Música Medieval - Prof.Altair Aguilar
Música Medieval -  Prof.Altair AguilarMúsica Medieval -  Prof.Altair Aguilar
Música Medieval - Prof.Altair Aguilar
 
A música na Idade Média, por Marcos Filho
A música na Idade Média, por Marcos FilhoA música na Idade Média, por Marcos Filho
A música na Idade Média, por Marcos Filho
 
Musica e liturgia
Musica e liturgiaMusica e liturgia
Musica e liturgia
 
Musica classica
Musica classicaMusica classica
Musica classica
 
A história da música (resumo)
A história da música (resumo)A história da música (resumo)
A história da música (resumo)
 

More from Leonardo Brum

Protótipo de sintetizador de voz cantada
Protótipo de sintetizador de voz cantadaProtótipo de sintetizador de voz cantada
Protótipo de sintetizador de voz cantadaLeonardo Brum
 
História da música i – 11ª aula
História da música i – 11ª aulaHistória da música i – 11ª aula
História da música i – 11ª aulaLeonardo Brum
 
História da música i – 10ª aula
História da música i – 10ª aulaHistória da música i – 10ª aula
História da música i – 10ª aulaLeonardo Brum
 
"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade
"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade
"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de AndradeLeonardo Brum
 
História da filarmônica Nossa Senhora da Conceição entre 1898 e 1915
História da filarmônica Nossa Senhora da Conceição entre 1898 e 1915História da filarmônica Nossa Senhora da Conceição entre 1898 e 1915
História da filarmônica Nossa Senhora da Conceição entre 1898 e 1915Leonardo Brum
 
História da Música I - 6ª aula
História da Música I - 6ª aulaHistória da Música I - 6ª aula
História da Música I - 6ª aulaLeonardo Brum
 
História da Música no Brasil
História da Música no BrasilHistória da Música no Brasil
História da Música no BrasilLeonardo Brum
 
Um seqüenciador alternativo para o doodle "Les Paul", da Google
Um seqüenciador alternativo para o doodle "Les Paul", da GoogleUm seqüenciador alternativo para o doodle "Les Paul", da Google
Um seqüenciador alternativo para o doodle "Les Paul", da GoogleLeonardo Brum
 

More from Leonardo Brum (10)

Protótipo de sintetizador de voz cantada
Protótipo de sintetizador de voz cantadaProtótipo de sintetizador de voz cantada
Protótipo de sintetizador de voz cantada
 
História da música i – 11ª aula
História da música i – 11ª aulaHistória da música i – 11ª aula
História da música i – 11ª aula
 
História da música i – 10ª aula
História da música i – 10ª aulaHistória da música i – 10ª aula
História da música i – 10ª aula
 
O Acorde Tristão
O Acorde TristãoO Acorde Tristão
O Acorde Tristão
 
"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade
"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade
"Ensaio sobre a Música Brasileira", por Mário de Andrade
 
História da filarmônica Nossa Senhora da Conceição entre 1898 e 1915
História da filarmônica Nossa Senhora da Conceição entre 1898 e 1915História da filarmônica Nossa Senhora da Conceição entre 1898 e 1915
História da filarmônica Nossa Senhora da Conceição entre 1898 e 1915
 
História da Música I - 6ª aula
História da Música I - 6ª aulaHistória da Música I - 6ª aula
História da Música I - 6ª aula
 
História da Música no Brasil
História da Música no BrasilHistória da Música no Brasil
História da Música no Brasil
 
Período Romântico
Período RomânticoPeríodo Romântico
Período Romântico
 
Um seqüenciador alternativo para o doodle "Les Paul", da Google
Um seqüenciador alternativo para o doodle "Les Paul", da GoogleUm seqüenciador alternativo para o doodle "Les Paul", da Google
Um seqüenciador alternativo para o doodle "Les Paul", da Google
 

Recently uploaded

Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxAula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxandrenespoli3
 
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.pptAula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.pptPedro Luis Moraes
 
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdfProjeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdfHELENO FAVACHO
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPaulaYaraDaasPedro
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...andreiavys
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasSocorro Machado
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAssuser2ad38b
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxFlviaGomes64
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptjricardo76
 

Recently uploaded (20)

Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptxAula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
Aula 03 - Filogenia14+4134684516498481.pptx
 
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.pptAula de jornada de trabalho - reforma.ppt
Aula de jornada de trabalho - reforma.ppt
 
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdfProjeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
Projeto de Extensão - DESENVOLVIMENTO BACK-END.pdf
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 

História da Música I: 2ª e 3ª aulas

  • 1. História da Música I 2ª e 3ª aula CANTOCHÃO LITURGIA CATÓLICA NA IDADE MÉDIA NOTAÇÃO MONODIA NÃO-LITÚRGICA E SECULAR INSTRUMENTOS MUSICAIS DA IDADE MÉDIA
  • 2. Cantochão  Era cantado em latim;  Monofônico;  Essencialmente vocal;  Modal;  Ritmo ligado à palavra;  Predomínio de graus conjuntos;  Música litúrgica e popular;  Melodias geralmente com o contorno em forma de arco;  Não se sabe ao certo quando surgiu o canto gregoriano;
  • 3. Tipos de Cantochão  Eram cantados de três formas: a) Antifonal (coros alterados); b) Responsorial (alternância entre solista e coro); c) Direto (sem alternação).  De acordo com o texto o cantochão era dividido em bíblicos e não-bíblicos (poesia e prosa).  Textos bíblicos: salmos, hinos;  Textos não-bíblicos: Te Deum
  • 4. Tipos de Cantochão  Silábico: uma nota para cada sílaba;  Melismático: passagens melódicas para uma mesma sílaba;  Cantochão Neumático: alterna o silábico com o melisma.  Categorias de cantochão: a) Salmodia (cantadas ou recitadas); b) Antífonas (responsório – solista e coro); c) Tratos (cantos longos com melismas); d) Graduais; e) Aleluia (solista e coro – aleluia, solista – versículo, coro - aleluia ; f) Hinos; g) Cantos ligados à liturgia.
  • 5. A liturgia católica na Idade Média  Dividida em 2 momentos distintos: 1) Os ofícios: realizados todos os dias e não era aberto ao público. Eram compostos por: - MATINAS* (antes do nascer do sol); - LAUDAS* (ao nascer do sol); - PRIMA (6 da manhã); - TERÇA (9 da manhã); - SEXTA (ao meio dia); - NONAS (3 da tarde); - VÉSPERAS* (ao pôr do sol); - COMPLETAS (logo após as vésperas). • (*) partes mais musicais: canto de salmos, hinos, entonação de passagens das escrituras etc)
  • 6. A Missa  A missa: o serviço religioso mais importante da Igreja Católica;  A palavra missa vem da expressão ITE, MISSA EST (Ide- vos, a congregação pode dispersar).  A estrutura da missa até 1570 (Concílio de Trento):  A missa se divide em duas partes: o próprio (o texto poderia variar conforme a época do ano) e o ordinário (o texto não varia).
  • 7. Próprio Ordinário Intróito Introdução Kirie Glória Coleta Liturgia da palavra Epístola Gradual Aleluia Evangelho [homilia] Credo Liturgia da Eucaristia Ofertório Prefácio Sanctus e Benedictus Agnus Dei Comunhão Ite, missa est
  • 8. A Missa  Missa de Finados: Requiem.  Requiem: Requiem aeternam dona eis domine (Dai-lhes, Senhor, o eterno repouso).  Graduale: livro que contém o repertório para a missa (próprio e o ordinário);  Liber usualis: (livro com o repertório mais utilizado na missa);  Missal (missale): livro com os textos da missa;  Breviário (breviarium): livro com os textos dos ofícios.
  • 9. A Missa  O ordinário é cantado pelo coro e a partir do século XIV ele se estabelece como um gênero musical feito por diferentes compositores de diferentes períodos.  Textos dos cantos do ordinário: 1)Kyrie eleison (Senhor, tende piedade); 2) Glória in excelsis Deo (Glória a Deus nas alturas); 3)Sanctus, sanctus, sanctus (santo, santo, santo) Pleni sunt caeli et terra (os céus e a terra estão cheios) Benedictus qui venit (Bendito seja o que vem); 4) Agnus Dei, misere nobis (Cordeiro de Deus tende piedade de nós) Agnus Dei, dona nobis pacem (Cordeiro de Deus, concedei-nos a paz).
  • 10. Notação  A busca da uniformidade na interpretação do cantochão;  Notação: consequência da uniformidade (meio de perpetuação da escrita);  A notação mais antiga encontrada: mosteiro de Sankt Gallen (Suíça) – século IX;  Neumas: sinais acima do texto para indicar o movimento da melodia;  A palavra nota só irá aparecer a partir do século XI como sinônimo de Neuma (Candé, 2001: 206).
  • 11.
  • 12. Notação  Séc. XI: Guido d ’Arezzo (990-1050) adicionou à notação duas linhas de referência. A linha que situa a nota fá (vermelho) e a linha correspondente a nota dó (amarelo).  No fim do século XI: a adoção da pauta de 4 linhas;  A partir do século XIV: a adoção das 5 linhas e uma clave como conhecemos hoje.  Até o séc. XVIII os monastérios foram os principais centros de estudos musicais.  Com a revolução francesa (1789) surgem as primeiras escolas de música.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16. Notação  Outra contribuição de Guido d’Arezzo é o nome das notas musicais a partir do texto de um Hino a S. João Batista (séc. XI); Ut queant laxis (depois passou a se chamar dó por uma questão de fonética) Resonare fibris Mira gestorum Famuli tuorum Solve polluti Labii reatum Sancte Ioannes
  • 17. "Para que teus servos, possam ressoar claramente a maravilha dos teus feitos, limpe nossos lábios impuros, ó São João”. • Outra contribuição de Guido d’Arezzo: a Mão Guidoniana (um método de leitura musical em que as notas correspondiam as partes da mão).
  • 18.
  • 19. Monodia não litúrgica e secular  Goliardos (séc XI – XIII): estudantes ou clérigos errantes que migravam de lugar em lugar (universidades, tabernas e outros lugares públicos).  Tema de suas canções (em latim): vinho, mulheres e sátira (muitas vezes denunciando os abusos e a corrupção da igreja).  Uma pequena parte do repertório ficou registrada em manuscritos (textos com neumas sem pauta).  Alguns manuscritos foram encontrados no mosteiro de Benediktbeuren (Alemanha). Em 1847 J. A. Schemeller publicou a coletânea e o chamou de Carmina Burana ( em latim: canções de Benediktbeuren).  São no total 315 poemas, nem todos são dos Goliardos. Atualmente se encontram na Biblioteca Nacional de Munique na Alemanha.  Carl Orff teve acesso e musicou 24 poemas (Carmina Burana – 1935-36).
  • 20. Monodia secular em língua vernácula  Chanson de Geste (canções de feitos): poemas cantados que contavam histórias de heróis e heroínas. No início eram transmitidos oralmente, depois passaram a ser escritos.  Música das Cruzadas  Pastourele  Menestréis ou jograis (séc. X): artistas nômades (teatro, música, dança, marabalismos etc)
  • 21. Monodia secular em língua vernácula  Trovadores (Trobadours): séc XII - Sul da França (Provença); - Langue d’oc; - Posição social; - Herança: aproximadamente 2600 poemas e 260 melodias • Trouveiros (Trouvéres) - Norte da França; - Langue d’oil (francês medieval); - Posição social (burgueses, artesãos); - Herança: 2130 poemas e 1420 melodias
  • 22. Monodia secular em língua vernácula  Minnesinger e Meistersinger (séc XIII): Alemanha.  Espanha: cantigas sacras - Cantigas de Santa Maria: Alfonso X “el sábio” (427 melodias compostas entre aproximadamente 1250- 80). - Repertório foi preservado. - Dois tipos de cantigas: as que narram os milagres e as que louvam a santa.
  • 23. Instrumentos Musicais da Idade Média  Harpa;  Vielle (Fiedel) = ancestral da viola e do violino;  Organistrum (ancestral da sanfona);  Saltério;  Alaúde;  Flautas (retas e transversais);  Charamela (ancestral do oboé);  Trombetas;  Cornamusas (Gaita de fole);  Orgão portativo (portátil) e positivo.
  • 29. Flautas retas e transversais