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Leonam dos Santos Guimarães
443 usinas operando hoje no mundo443 usinas operando hoje no mundo
Gerando 11% da eletricidade mundialGerando 11% da eletricidade mundial
Compondo aCompondo a
matriz energéticamatriz energética
de 31 paísesde 31 países
Sem esquecer também ...Sem esquecer também ...
248 reatores de pesquisa operando em 56 países248 reatores de pesquisa operando em 56 países
e 180 reatores movendo 140 naviose 180 reatores movendo 140 navios
e submarinos em 6 países ...e submarinos em 6 países ...
67 usinas em construção em 15 países67 usinas em construção em 15 países
ANGRA 3ANGRA 3
2005 - 2015: 42 novos sincronismos às redes nacionais2005 - 2015: 42 novos sincronismos às redes nacionais
FUQING-2
6 de agosto de
2015
Brasil:Brasil: 2.400 kwh per capita2.400 kwh per capita
Portugal: 4.800Portugal: 4.800
China:China: 1.9001.900
Manaus
Brasília
São PauloItaipu
Porto Alegre
Fortaleza
Salvador
Rio de Janeiro
Belo
Horizonte
Recife
Angra
4.0004.000
kmkm
Conceito de transição hidrotérmicaConceito de transição hidrotérmica
• a expansão de um sistema elétrico interligado de
grande porte, com significativa predominância de
fonte primária renovável hídrica passa a requerer uma
crescente contribuição térmica,
• seja por paulatino esgotamento do potencial
econômica e ambientalmente viável dessa fonte
• e/ou por perda de sua capacidade de autoregulação
decorrente da diminuição da capacidade de
armazenagem de água nos reservatórios em
relação ao crescimento da carga do sistema.
• A evolução do sistema elétrico
canadense nos últimos 50 anos guarda
muitas similaridades com a situação
do sistema elétrico brasileiro nos
últimos 15 anos.
• A partir de uma contribuição de mais
de 90% em 1960, a participação da
hidroeletricidade no Canadá declinou
de forma constante até 1990, quando se
estabilizou em torno de 60%.
Um sistema elétrico em transição hidrotérmicaUm sistema elétrico em transição hidrotérmica
• No Canadá, o crescimento da geração
térmica, operando na base permitiu que
a geração hídrica passasse a fazer a
regulação de demanda e da
sazonalidade das novas renováveis,
que em 2010 representavam cerca de 3%
da geração total.
• SERIA ESSE UM MODELO PARA O
BRASIL DO FUTURO?
Um sistema elétrico em transição hidrotérmicaUm sistema elétrico em transição hidrotérmica
Transição hidrotérmicaTransição hidrotérmica
Transição hidrotérmicaTransição hidrotérmica
Evolução do armazenamento hídricoEvolução do armazenamento hídrico
Plano Decenal de Expansão PDE-2021
Contínua perda de auto-regulação requerendoContínua perda de auto-regulação requerendo
aumento da contribuição térmica na base e na complementaçãoaumento da contribuição térmica na base e na complementação
Evolução do armazenamento hídricoEvolução do armazenamento hídrico
Que bom seriaQue bom seria
ter maister mais
nucleares!nucleares!
Perspectivas de expansão hídricaPerspectivas de expansão hídrica
Plano Nacional de Energia PNE-2030
POTENCIAL HIDRELÉTRICOPOTENCIAL HIDRELÉTRICO
Parcela técnica, ambiental e economicamente viável a ser​​
desenvolvida: 150/180 GW do total de 260 GW
Hidro
EXPANSÃO PÓS-2030EXPANSÃO PÓS-2030
• Mix Gás natural (dependendo da quantidade e custo de Pré-Sal), Carvão (dependendo da
viabilidade de CCS e carvão limpo) e Nuclear (aceitação pública)
• Fontes renováveis (​​ biomassa, eólica, solar) e expansão dos programas de eficiência
energética (aumento dos custos marginais de expansão) serão um complemento
indispensável
VANTAGENS COMPETITIVAS DAS
NOVAS RENOVÁVEIS ÚNICAS DO
BRASIL:
Complementaridade eólica-solar
Complementaridade com as hídricas
•Estocagem de energia nos reservatórios
•Economizando água
•Ampliando a capacidade das hidrelétricas
fazerem regulação da demanda.
Gestão Segura de umGestão Segura de um
Sistema com alta renovabilidadeSistema com alta renovabilidade
base
hidro
base
termo
complementação
Termo (gás)
Seguimento
hidro
Base hidro: mínima ENA
Base termo: nuclear, carvão
PREMISSAS PARA EXPANSÃO DA OFERTA NA REDE:
2007-20152007-2015 2016-20202016-2020 2021-20252021-2025 2026-20302026-2030 2016-20302016-2030
REFERÊNCIAREFERÊNCIA
cenário 1cenário 1
cenário 2cenário 2
1.360 MW1.360 MW
Angra 3Angra 3
1.000 MW1.000 MW
NE 1NE 1
1.000 MW1.000 MW
NE 2NE 2
2.000 MW2.000 MW
SE 1+SE 2SE 1+SE 2
4.000 MW4.000 MW
INTERMEDIÁRIOINTERMEDIÁRIO
cenário 3cenário 3
cenário 5cenário 5
1.360 MW1.360 MW
Angra 3Angra 3
1.000 MW1.000 MW
NE 1NE 1
2.000 MW2.000 MW
NE 1+NE 2NE 1+NE 2
3.000 MW3.000 MW
SE 1+SE 2+SE 1+SE 2+NE 3NE 3
6.000 MW6.000 MW
ALTOALTO
cenário 4cenário 4
1.360 MW1.360 MW
Angra 3Angra 3
2.000 MW2.000 MW
NE 1+NE 2NE 1+NE 2
3.000 MW3.000 MW
SE 1+SE 2+NE 3SE 1+SE 2+NE 3
3.000 MW3.000 MW
SE 3+SE 4+NE 4SE 3+SE 4+NE 4
8.000 MW8.000 MW
Plano Nacional de Energia 2030
PREMISSAS PARA EXPANSÃO DA OFERTA NA REDE:
Plano Nacional de Energia 2030
Cenário “alto”Cenário “alto”
Adicional MWAdicional MW
Cenário “baixo”Cenário “baixo”
Adicional MWAdicional MW
BRASILBRASIL 9.360 5.360
RÚSSIARÚSSIA 33.760 26.760
ÍNDIAÍNDIA 32.160 16.260
CHINACHINA 43.830 24.830
ATLAS DO POTENCIAL NUCLEARATLAS DO POTENCIAL NUCLEAR
2) Sudeste
2.000 MW
1) Nordeste
2.000 MW
OPERAÇÃO: 2025 - 2030OPERAÇÃO: 2025 - 2030
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SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICASSISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS
Plano Nacional de Energia 2030
Plano Nacional de Energia 2030
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• Plant ParameterPlant Parameter
EnvelopeEnvelope
– RFIs para fornecedoresRFIs para fornecedores
– Early Site Permit ReportEarly Site Permit Report
• Brazilian UtilityBrazilian Utility
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– Modelo URD/EURModelo URD/EUR
• Modelo de NegóciosModelo de Negócios
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enonômico-financeiraenonômico-financeira
• Estudos de impactoEstudos de impacto
sócio-econômicosócio-econômico
DESENVOLVIMENTO REGIONAL
INSPIRADOINSPIRADO
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UM NOVO MODELO DE NEGÓCIOUM NOVO MODELO DE NEGÓCIO
Modelo Institucional
(define a participação de agentes
públicos e privados
na geração nuclear)
Modelo de Financiamento
(Project Finance - após
amortização requer mecanismo
permanente de refinanciamento
para manter estável o grau de
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(participação de acionistas
privados na formação do equity do
Consórcio)
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Comercialização
(garantias de recebimento da
receita da geração de energia
elétrica)
MATRIZ DE ALOCAÇÃO DE RISCOSMATRIZ DE ALOCAÇÃO DE RISCOS
NOVAS USINAS NO BRASILNOVAS USINAS NO BRASIL
DESAFIOSDESAFIOS
ACEITAÇÃO PÚBLICA
• Liderança do Governo
• Opinião pública ao nível nacional
• Opinião pública ao nível local
• Conquistar apoio do público
• Fukushima, Chernobyl
• Gestão de rejeitos
• Confiança, entendimento e
governança dos riscos
• Benefícios locais e nacionais
• Diretos e indiretos
SELEÇÃO DE
TECNOLOGIA
• Em operação x construção x projeto
• FOAK x NOAK
• Segurança Passiva x Ativa
CADEIA DE SUPRIMENTO
•Oportunidade para empresas nacionais
•Potencial de gargalos e atrasos
•Capacitação de pessoal
FINANCIAMENTO
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financiamento
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•Inserção no mercado (comercialização)
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• Estatal x Privado
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““MITOS” da INDÚSTRIA NUCLEARMITOS” da INDÚSTRIA NUCLEAR
Também temos parte de culpa ...Também temos parte de culpa ...
Barreiras financeiras
•Discurso: escassez de financiamento, ou
seu custo, são barreiras para novos
projetos nucleares
•Realidade: o financiamento não é um
pré-requisito – é um resultado.
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•promovido como alternativa a alguns
dos problemas vividos pelos grandes
reatores
•a menos que o sistema regulatório seja
alterado, eles serão um produto de nicho
Expansão nos países em
desenvolvimento
•esses países sofrem dos mesmos
problemas econômicos e de aceitação
pública como nos demais
Credenciais ambientais
•Expectativa: muitas usinas nucleares
serão construídas para mitigar as
mudanças climáticas, pois é uma
“tecnologia verde”
•Realidade: nuclear fica sempre fora da
agenda “verde” porque o medo que
engendra domina a política enquanto suas
virtudes são ignoradas
• Existem e sempre surgem novas
alternativas para que os opositores
argumentem contra o nuclear
FORBES, SEP 23, 2015
Is Radiation Necessary For Life?
http://www.forbes.com/sites/ja
mesconca/2015/09/23/is-
radiation-necessary-for-life/
Leonam GuimarãesLeonam Guimarães

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Transição energética e expansão nuclear no Brasil

  • 1. Leonam dos Santos Guimarães
  • 2.
  • 3. 443 usinas operando hoje no mundo443 usinas operando hoje no mundo
  • 4. Gerando 11% da eletricidade mundialGerando 11% da eletricidade mundial
  • 5. Compondo aCompondo a matriz energéticamatriz energética de 31 paísesde 31 países
  • 6. Sem esquecer também ...Sem esquecer também ... 248 reatores de pesquisa operando em 56 países248 reatores de pesquisa operando em 56 países
  • 7. e 180 reatores movendo 140 naviose 180 reatores movendo 140 navios e submarinos em 6 países ...e submarinos em 6 países ...
  • 8.
  • 9. 67 usinas em construção em 15 países67 usinas em construção em 15 países ANGRA 3ANGRA 3 2005 - 2015: 42 novos sincronismos às redes nacionais2005 - 2015: 42 novos sincronismos às redes nacionais FUQING-2 6 de agosto de 2015
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13. Brasil:Brasil: 2.400 kwh per capita2.400 kwh per capita Portugal: 4.800Portugal: 4.800 China:China: 1.9001.900
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17. Manaus Brasília São PauloItaipu Porto Alegre Fortaleza Salvador Rio de Janeiro Belo Horizonte Recife Angra 4.0004.000 kmkm
  • 18. Conceito de transição hidrotérmicaConceito de transição hidrotérmica • a expansão de um sistema elétrico interligado de grande porte, com significativa predominância de fonte primária renovável hídrica passa a requerer uma crescente contribuição térmica, • seja por paulatino esgotamento do potencial econômica e ambientalmente viável dessa fonte • e/ou por perda de sua capacidade de autoregulação decorrente da diminuição da capacidade de armazenagem de água nos reservatórios em relação ao crescimento da carga do sistema.
  • 19. • A evolução do sistema elétrico canadense nos últimos 50 anos guarda muitas similaridades com a situação do sistema elétrico brasileiro nos últimos 15 anos. • A partir de uma contribuição de mais de 90% em 1960, a participação da hidroeletricidade no Canadá declinou de forma constante até 1990, quando se estabilizou em torno de 60%. Um sistema elétrico em transição hidrotérmicaUm sistema elétrico em transição hidrotérmica
  • 20. • No Canadá, o crescimento da geração térmica, operando na base permitiu que a geração hídrica passasse a fazer a regulação de demanda e da sazonalidade das novas renováveis, que em 2010 representavam cerca de 3% da geração total. • SERIA ESSE UM MODELO PARA O BRASIL DO FUTURO? Um sistema elétrico em transição hidrotérmicaUm sistema elétrico em transição hidrotérmica
  • 22.
  • 24. Evolução do armazenamento hídricoEvolução do armazenamento hídrico Plano Decenal de Expansão PDE-2021
  • 25. Contínua perda de auto-regulação requerendoContínua perda de auto-regulação requerendo aumento da contribuição térmica na base e na complementaçãoaumento da contribuição térmica na base e na complementação Evolução do armazenamento hídricoEvolução do armazenamento hídrico
  • 26. Que bom seriaQue bom seria ter maister mais nucleares!nucleares!
  • 27. Perspectivas de expansão hídricaPerspectivas de expansão hídrica Plano Nacional de Energia PNE-2030
  • 28. POTENCIAL HIDRELÉTRICOPOTENCIAL HIDRELÉTRICO Parcela técnica, ambiental e economicamente viável a ser​​ desenvolvida: 150/180 GW do total de 260 GW Hidro
  • 29. EXPANSÃO PÓS-2030EXPANSÃO PÓS-2030 • Mix Gás natural (dependendo da quantidade e custo de Pré-Sal), Carvão (dependendo da viabilidade de CCS e carvão limpo) e Nuclear (aceitação pública) • Fontes renováveis (​​ biomassa, eólica, solar) e expansão dos programas de eficiência energética (aumento dos custos marginais de expansão) serão um complemento indispensável VANTAGENS COMPETITIVAS DAS NOVAS RENOVÁVEIS ÚNICAS DO BRASIL: Complementaridade eólica-solar Complementaridade com as hídricas •Estocagem de energia nos reservatórios •Economizando água •Ampliando a capacidade das hidrelétricas fazerem regulação da demanda.
  • 30. Gestão Segura de umGestão Segura de um Sistema com alta renovabilidadeSistema com alta renovabilidade base hidro base termo complementação Termo (gás) Seguimento hidro Base hidro: mínima ENA Base termo: nuclear, carvão
  • 31. PREMISSAS PARA EXPANSÃO DA OFERTA NA REDE: 2007-20152007-2015 2016-20202016-2020 2021-20252021-2025 2026-20302026-2030 2016-20302016-2030 REFERÊNCIAREFERÊNCIA cenário 1cenário 1 cenário 2cenário 2 1.360 MW1.360 MW Angra 3Angra 3 1.000 MW1.000 MW NE 1NE 1 1.000 MW1.000 MW NE 2NE 2 2.000 MW2.000 MW SE 1+SE 2SE 1+SE 2 4.000 MW4.000 MW INTERMEDIÁRIOINTERMEDIÁRIO cenário 3cenário 3 cenário 5cenário 5 1.360 MW1.360 MW Angra 3Angra 3 1.000 MW1.000 MW NE 1NE 1 2.000 MW2.000 MW NE 1+NE 2NE 1+NE 2 3.000 MW3.000 MW SE 1+SE 2+SE 1+SE 2+NE 3NE 3 6.000 MW6.000 MW ALTOALTO cenário 4cenário 4 1.360 MW1.360 MW Angra 3Angra 3 2.000 MW2.000 MW NE 1+NE 2NE 1+NE 2 3.000 MW3.000 MW SE 1+SE 2+NE 3SE 1+SE 2+NE 3 3.000 MW3.000 MW SE 3+SE 4+NE 4SE 3+SE 4+NE 4 8.000 MW8.000 MW Plano Nacional de Energia 2030
  • 32. PREMISSAS PARA EXPANSÃO DA OFERTA NA REDE: Plano Nacional de Energia 2030 Cenário “alto”Cenário “alto” Adicional MWAdicional MW Cenário “baixo”Cenário “baixo” Adicional MWAdicional MW BRASILBRASIL 9.360 5.360 RÚSSIARÚSSIA 33.760 26.760 ÍNDIAÍNDIA 32.160 16.260 CHINACHINA 43.830 24.830
  • 33. ATLAS DO POTENCIAL NUCLEARATLAS DO POTENCIAL NUCLEAR 2) Sudeste 2.000 MW 1) Nordeste 2.000 MW OPERAÇÃO: 2025 - 2030OPERAÇÃO: 2025 - 2030 EPRI SITTING CRITERIAEPRI SITTING CRITERIA SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICASSISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS Plano Nacional de Energia 2030
  • 34. Plano Nacional de Energia 2030
  • 35. Plano Nacional de Energia 2030 • Plant ParameterPlant Parameter EnvelopeEnvelope – RFIs para fornecedoresRFIs para fornecedores – Early Site Permit ReportEarly Site Permit Report • Brazilian UtilityBrazilian Utility RequirementsRequirements – Modelo URD/EURModelo URD/EUR • Modelo de NegóciosModelo de Negócios – Participação privadaParticipação privada • Estudo de viabilidadeEstudo de viabilidade enonômico-financeiraenonômico-financeira • Estudos de impactoEstudos de impacto sócio-econômicosócio-econômico
  • 37. UM NOVO MODELO DE NEGÓCIOUM NOVO MODELO DE NEGÓCIO Modelo Institucional (define a participação de agentes públicos e privados na geração nuclear) Modelo de Financiamento (Project Finance - após amortização requer mecanismo permanente de refinanciamento para manter estável o grau de alavancagem) Modelo de Capitalização (participação de acionistas privados na formação do equity do Consórcio) Modelo de Comercialização (garantias de recebimento da receita da geração de energia elétrica)
  • 38. MATRIZ DE ALOCAÇÃO DE RISCOSMATRIZ DE ALOCAÇÃO DE RISCOS
  • 39. NOVAS USINAS NO BRASILNOVAS USINAS NO BRASIL DESAFIOSDESAFIOS ACEITAÇÃO PÚBLICA • Liderança do Governo • Opinião pública ao nível nacional • Opinião pública ao nível local • Conquistar apoio do público • Fukushima, Chernobyl • Gestão de rejeitos • Confiança, entendimento e governança dos riscos • Benefícios locais e nacionais • Diretos e indiretos SELEÇÃO DE TECNOLOGIA • Em operação x construção x projeto • FOAK x NOAK • Segurança Passiva x Ativa CADEIA DE SUPRIMENTO •Oportunidade para empresas nacionais •Potencial de gargalos e atrasos •Capacitação de pessoal FINANCIAMENTO •De onde virá o capital? •Barreiras para obtenção de financiamento •Abordagens alternativas MODELO DE NEGÓCIOS •Inserção no mercado (comercialização) •Propriedade das usinas • Estatal x Privado • Nacional x Estrangeiro
  • 40. ““MITOS” da INDÚSTRIA NUCLEARMITOS” da INDÚSTRIA NUCLEAR Também temos parte de culpa ...Também temos parte de culpa ... Barreiras financeiras •Discurso: escassez de financiamento, ou seu custo, são barreiras para novos projetos nucleares •Realidade: o financiamento não é um pré-requisito – é um resultado. SMRs são o futuro •promovido como alternativa a alguns dos problemas vividos pelos grandes reatores •a menos que o sistema regulatório seja alterado, eles serão um produto de nicho Expansão nos países em desenvolvimento •esses países sofrem dos mesmos problemas econômicos e de aceitação pública como nos demais Credenciais ambientais •Expectativa: muitas usinas nucleares serão construídas para mitigar as mudanças climáticas, pois é uma “tecnologia verde” •Realidade: nuclear fica sempre fora da agenda “verde” porque o medo que engendra domina a política enquanto suas virtudes são ignoradas • Existem e sempre surgem novas alternativas para que os opositores argumentem contra o nuclear
  • 41.
  • 42. FORBES, SEP 23, 2015 Is Radiation Necessary For Life? http://www.forbes.com/sites/ja mesconca/2015/09/23/is- radiation-necessary-for-life/
  • 43.

Editor's Notes

  1. O que é isso? É o que acontece quando a expansão de um sistema elétrico com predominância de fonte hídrica passa a requerer uma crescente contribuição térmica, seja por esgotamento do potencial ou por perda da capacidade de autorregulação devida à diminuição do volume de água armazenada nos reservatórios, ou ambos simultaneamente, como veremos ser o caso do Brasil.
  2. NATIONAL ENERGY PLAN CONSIDERE THE BASEIC SCENARIO OF ADDITIONAL NUCLEAR 4 GW AFTER COMPLETION OF ANGRA 3
  3. O que é isso? É o que acontece quando a expansão de um sistema elétrico com predominância de fonte hídrica passa a requerer uma crescente contribuição térmica, seja por esgotamento do potencial ou por perda da capacidade de autorregulação devida à diminuição do volume de água armazenada nos reservatórios, ou ambos simultaneamente, como veremos ser o caso do Brasil.