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   De
Atividades

  2007
Relatório de Atividades 2007
Brincar com criança não é perder tempo, é
ganhá-lo; se é triste ver meninos sem
escola, mais triste ainda é vê-los, sentados
enfileirados,   em   salas     sem     ar,   com
exercícios   estéreis,   sem   valor    para   a
formação do homem.



                                     Drummond
RESUMO


     Este documento tem a finalidade de apresentar, detalhadamente, as

atividades realizadas no ano de 2007 pelo Grupo de Estudos sobre Jogos

Matemáticos. De    início   será descrito   o   surgimento   da iniciativa   da

organização do grupo. Em seguida será apresentada a proposta, ressaltando

os objetivos principais. Logo após, será descrito o desenvolvimento das

atividades, apresentando a organização do grupo, relatando todo processo

de pesquisa e as apresentações desenvolvidas. Além disso, será realizada

uma avaliação coletiva e individual do desempenho dos alunos participantes

do grupo e, por fim, serão apresentados os resultados da aplicação da

iniciativa da utilização de jogos matemáticos no sistema de ensino.




Palavras-chave: Jogos Matemáticos, Modificação no Ensino, Formação de
                   Educadores.
SUMÁRIO


INTRODUÇÃO                           1

UM POUCO DE HISTÓRIA                 2

PROPOSTA                             4

DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO          4

    ORGANIZAÇÃO DO GRUPO             4

    PRIMEIRA PARTE DAS ATIVIDADES    5

    SEGUNDA PARTE DAS ATIVIDADES     7

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO GRUPO    12

RESULTADOS                          16

PERSPECTIVAS FUTURAS                17

APÊNDICE                            18
INTRODUÇÃO


     A atividade lúdica é, essencialmente, um grande laboratório em que
ocorrem experiências inteligentes e reflexivas, propiciando a aquisição de
conhecimento. Assim, ocorre a preocupação de complementar o processo
educativo dos futuros educadores, ou seja, deseja-se fazer com que os
alunos do curso de Licenciatura em Matemática da Unesp de Ilha Solteira,
desde o inicio do curso, tenham contato com as ferramentas pedagógicas
alternativas, para que possam tornar-se profissionais capazes de fazer do
ensino de matemática uma atividade prazerosa.


     A formação lúdica possibilita ao educador conhecer-se como pessoa,
saber de suas possibilidades, desbloquear resistências e ter uma visão clara
sobre a importância do jogo para a vida da criança, do jovem e do adulto.
Este tipo de formação é inexistente nos currículos oficiais dos cursos de
formação do educador, entretanto, algumas experiências mostram sua
validade; e não são poucos os educadores que têm afirmado ser a ludicidade
a alavanca da educação para o terceiro milênio.


     Porém, vale ressaltar que a utilização dos jogos não é uma novidade
no processo educacional ou, pelo menos, não deveria ser tratada como tal. A
literatura mostra que na antiguidade essa ferramenta já era utilizada. Carlos
Magno (cerca de 742 - 814) criou um centro de ensino em seu palácio,
entregando sua direção ao filósofo e pedagogo Alcuíno, o homem mais
erudito de seu tempo. Em Alcuíno encontram-se diálogos repletos de
enigmas, brincadeiras e piadas, pois, sua norma pedagógica era: deve-se
ensinar divertindo. Além disso, na chamada Primeira Idade Média, os
mestres dirigiam-se a seus alunos de modo informal e lúdico (aliás, um dos


                                                                            1
sentidos derivados de ludus é escola; fenômeno paralelo ao da derivação de
escola de scholé, lazer).


      Muitos são os registros da contribuição da atividade lúdica, mais
especificamente, os jogos. Porém, ainda hoje, é pouco comum encontrar
escolas que fazem uso desse recurso, mesmo estando em destaque nos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Segundo os PCN, não existe um
caminho único e melhor para o ensino da Matemática, veja o trecho a
seguir:


      ''Finalmente, um aspecto relevante nos jogos é o desafio genuíno que
eles provocam no aluno, que gera interesse e prazer. Por isso, é importante
que os jogos façam parte da cultura escolar, cabendo ao professor analisar e
avaliar a potencialidade educativa dos diferentes jogos e o aspecto curricular
que se deseja desenvolver''. (p.48-49)


      Assim, de forma a modificar essa realidade, objetiva-se a utilização
dos jogos matemáticos como ferramenta facilitadora de aprendizagem;
considerando que, conhecer as diversas possibilidades de trabalho em sala
de aula é fundamental para que o professor construa sua prática. Portanto,
esta é uma proposta que atinge tanto o educando, quanto o futuro
educador.




                     UM POUCO DE HISTÓRIA


      Em 2006, ocorreu a primeira proposta de estudo sobre jogos
matemáticos. Foi organizado um grupo para tal pesquisa, composto por
alunos do primeiro ano do curso de matemática. Foram estudados alguns
                                                                             2
jogos que o LEM (Laboratório de Ensino de Matemática) dispunha; tais
como, Torre de Hanói, Quadrado Mágico e Tangram. Porém, tal pesquisa foi
realizada de forma bastante superficial, pois, os alunos ainda apresentavam
dificuldades nos conceitos matemáticos envolvidos. O resultado dessa
pesquisa inicial foi apresentado na Oficina “Jogos Matemáticos”, apresentada
na V Semana da Matemática desta instituição. Porém, em 2006 a atividade
de pesquisa sobre os jogos parou por aí.


     Em 2007, essa proposta foi retomada quando as disciplinas Álgebra
Elementar (Resolução UNESP nº 06/2005 – Currículo 2 – MAT 0984 - 1o
semestre) e Fundamentos de Matemática Elementar (Resolução UNESP no
06/2005 – Currículo 2 – MAT 0739 - 2o semestre), reformuladas de modo a
cumprir a exigência do MEC de introduzir aulas teórico-práticas em algumas
disciplinas, fez uso dos jogos matemáticos para evidenciar a aplicação da
teoria estudada.


     A princípio, a prática aplicada nas disciplinas só tinha o propósito de
cumprir os preceitos determinados pelo MEC. Porém, um convite realizado
pela coordenação do curso de Licenciatura Plena em Matemática em
oferecer, em um evento promovido pelo próprio departamento, uma oficina
que abordasse o tema “jogos matemáticos”, levou à formação do “Grupo de
Estudo sobre Jogos Matemáticos”. Desta vez o trabalho foi se deu de forma
bem elaborada, uma vez que os alunos já apresentavam maior domínio das
teorias envolvidas, pelo fato de terem sido tratadas nas disciplinas.


     Assim, o detalhamento e o resultado das atividades realizadas pelo
grupo serão apresentados no que segue.




                                                                           3
PROPOSTA


     O trabalho objetivou a abordagem apurada dos jogos matemáticos
como alternativa à metodologia tradicional do ensino de matemática, ou
seja, além de propor ao grupo a pesquisa sobre a funcionalidade de cada
jogo; propôs-se também, a abordagem de toda a fundamentação teórica e
pedagógica envolvida.


     Logo, além de melhorar a qualidade de ensino de matemática das
escolas de ensino fundamental através da utilização dos jogos, o trabalho do
grupo proporcionaria ao estudante universitário a experiência prática com a
atividade na qual está sendo formado para desenvolver.




               DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO


     Com já mencionado anteriormente, o trabalho teve início com a
formação do grupo, cujos alunos foram selecionados professora responsável
pelas disciplinas citadas acima (professora Mara). O critério adotado foi
escolher alunos que haviam tido experiência da prática de ensino, durante o
desenvolvimento das disciplinas, e que teriam se destacado nas atividades
de prática de ensino, ou seja, que apresentaram bom desempenho e maior
habilidade de expressão, colocação e didática.



ORGANIZAÇÃO DO GRUPO


      O “Grupo de Estudos sobre Jogos Matemáticos” foi composto por doze
alunos, do curso de Licenciatura em Matemática (ingressantes em 2007),
sendo estes:
                                                                           4
•    Aline Jardim da Silva
•    Deleon Monteiro de Alvarenga
•    Edcarlos Lopes Ferreira dos Santos
•    Geison Fernando Medeiros Queiroz
•    Guilherme José Jianoto
•    Gustavo Carvalho Molina
•    Jonatas Estevan Soares da Silva
•    Josiane de Carvalho Rezende
•    Raphael Meira Lima
•    Silvio Riva Junior
•    Tiago Henrique Pereira da Silva
•    Vinicius Arthur dos Santos Guissi


     E esteve sob coordenação da professora Dalva Maria de Oliveira
Villarreal, e supervisão das professoras Alessandra Bonato Altran e Mara
Lúcia Martins Lopes.


     Em relação aos alunos escolhidos, vale ressaltar que, Edcarlos,
Guilherme, Gustavo, Jonatas e Tiago faziam parte do projeto “Assistência no
Laboratório de Ensino da Matemática – LEM” e, recebiam bolsa de apoio
acadêmico e extensão cumprindo um total de 10 horas semanais. Os demais
alunos não recebiam nenhum auxílio financeiro.



PRIMEIRA PARTE DAS ATIVIDADES


     A primeira etapa do trabalho foi composta pela realização do
levantamento dos jogos que haviam no LEM e a seleção dos quais seriam
abordados, já que a primeira proposta era a apresentação do referido

                                                                          5
evento. Foram selecionados quatro jogos matemáticos, Quadrado Mágico,
Kakuro, Sudoku e Cubo Soma.


     Assim, houve a necessidade de dividir o grupo de forma a abordar os
quatro temas. Logo, cada subgrupo foi composto por três alunos. Para tal
subdivisão, considerou-se o fato de que a relação entre os alunos não
poderia afetar, de certa forma, o seu desenvolvimento dentro do grupo.
Apesar de cada grupo ter ficado responsável por apenas um jogo, exigiu-se
que os mesmos, através dos demais, tomassem conhecimentos dos outros
jogos, ou seja, de qualquer forma todos os alunos deveriam conhecer os
quatro jogos.


     Logo, adotando o princípio a divisão por afinidade, já observada dentro
de sala de aula, os subgrupos foram compostos da seguinte forma:


     •   Sudoku – Deleon, Silvio e Vinicius;
     •   Kakuro – Aline, Edcarlos e Jonatas;
     •   Cubo Soma – Geison, Guilherme e Gustavo;
     •   Quadrado Mágico – Josiane, Raphael e Tiago.


     O grupo, no geral, se mostrou com muita iniciativa e vontade, porém,
tanta energia teria que ser centrada para que isso não se tornasse algo vago
e passageiro.


     A primeira tarefa proposta ao grupo foi realizar o levantamento
bibliográfico sobre a teoria envolvida e o estudo do método de resolução de
cada jogo. Foi apontada dificuldade em encontrar material para tanto. Os
alunos utilizaram os livros da biblioteca do campus e a internet.


                                                                           6
Durante esse processo surgiu idéia de levar o grupo ao atendimento
direto aos alunos do ensino fundamental. Para tanto, foi necessário fazer
com que cada grupo tivesse condições de confeccionar os jogos, pois,
através do material concreto as apresentações ocorreriam de forma
prazerosa. Assim, os alunos desenvolveram uma pesquisa que os levou a
estarem aptos à confecção de cada jogo. Durante esse processo de
experimentação, foram utilizados os materiais que o LEM dispunha.


     Nessa fase, houve uma interação maior do grupo como um todo;
foram realizadas várias reuniões em que, os alunos expunham o resultado
do seu trabalho de pesquisa ao passo que iam acontecendo. Nessas reuniões
foram   apresentadas   várias   sugestões,   houve   discussão   sobre   vários
conceitos, inclusive os já estudados nas disciplinas do curso, e ainda, foram
propostos novos desafios. Logo, com todo esse trabalho os alunos estavam
em condições de realizar apresentações em eventos e de atender às escolas
de ensino fundamental.



SEGUNDA PARTE DAS ATIVIDADES


     Terminada a fase de preparação, os alunos estavam prontos para
“irem a campo”. A primeira apresentação formal do trabalho com jogos se
deu através da Oficina “Atividades Matemáticas envolvendo Jogos”, na VI
Semana da Matemática, evento do próprio campus; logo em seguida foi
realizada outra apresentação no evento “Venha nos Conhecer”, também do
campus; depois, na “Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino
Fundamental Prof. Nelson Duarte Rocha”, na cidade de Selvíria – MS; e, por
último, no colégio “Anglo” da cidade de Ilha Solteira.



                                                                              7
A   descrição   detalhada   de   cada      uma   das   quatro   atividades
desenvolvidas será feita no que segue.



                     VI Semana da Matemática
                (20 e 21 de setembro de 2007 - Feis/Unesp)


     Como dito anteriormente, essa foi à primeira apresentação realizada e,
conseqüentemente, a atividade que mais deu trabalho. Devido o tipo de
evento foi necessário formalizar melhor a teoria matemática e a aplicação
pedagógica dos jogos, pois, o público alvo eram alunos da própria
universidade e professores do ensino fundamental e médio.


     Para essa atividade foi necessária a confecção de vários materiais,
pois, não era apenas uma apresentação informativa, mas sim, participativa,
em que, abordaram-se os quatro jogos citados. Cada grupo apresentou o
tema no qual foi designado, apesar de poucos, houve interação com os
participantes, que desenvolveram as atividades propostas; incluiu-se ainda,
a apresentação de duas adivinhações matemáticas.


     Os alunos encontraram dificuldades para desenvolver a atividade.
Como era esperado, esbarraram no preconceito, pois, a idéia de aprendizado
voltado ao ensino, ainda não é uma das mais bem aceitas dentro de um
ambiente cujo contexto é voltado simplesmente à aprendizagem do
conteúdo, apesar de o curso ser Licenciatura.


     Muitos fatores interferiram de forma direta na atividade. Dentre eles,
demora na compra do material didático a ser utilizado em cada jogo,
liberado, um dia antes da apresentação, fazendo com que os alunos

                                                                              8
trabalhassem exaustivamente para deixar tudo pronto até a data prevista; a
desmotivação por parte dos profissionais e, principalmente, a desvalorização
por parte dos alunos do curso de matemática, pois, as inscrições
apresentaram número bastante reduzido, talvez pela desinformação sobre o
objetivo real de tal atividade; e também, pelo fato do evento não ter sido
divulgado nas escolas da região, como havia sido informado ao grupo.


     A falta de tempo para desenvolver a atividade com mais calma e
paciência e a desvalorização da atividade fez com que os alunos passassem
por uma experiência na qual iria fazer com que eles tivessem apenas duas
alternativas: desistir do grupo de estudos ou continuar e motivar as pessoas
mostrando a importância deste trabalho.


     Apesar de tantas dificuldades encontradas os alunos desenvolveram
um trabalho primoroso. A força de vontade e a garra de tentar motivar as
pessoas a enxergarem a importância de tal atividade fizeram com que eles
se superassem. A oficina foi apenas a primeira porta a ser aberta para
atividade de jogos


                         Venha nos Conhecer
                (28 e 29 de setembro de 2007 - Feis/Unesp)


     Tal evento tem a finalidade de apresentar à comunidade um pouco do
que cada profissão pode agregar, facilitando assim, a escolha por parte dos
vestibulandos. Pelo fato deste evento ter uma característica expositiva, fez-
se necessário a apresentação de uma variedade maior de jogos, levando os
integrantes do grupo a conhecer a metodologia de cada jogo. Contou-se com
a disponibilização de dois “stands” para o curso de Matemática; neles foram
expostos vários jogos do LEM. Dessa forma, os alunos explicavam sobre os
                                                                            9
jogos à medida que grupos de visitantes passavam pelo “stand”. O evento
realizou-se em dois dias e contou com a visitação de alunos das escolas da
região e da comunidade acadêmica em geral.


        As   dificuldades   apresentadas   pelo   grupo    foram    relativas   ao
desconhecimento de alguns dos jogos que seriam expostos, uma vez que o
grupo vinha trabalhando com apenas um quatro jogos. Porém, todos se
dispuseram a estudar sobre os demais jogos para poder apresentá-los.


        Essa apresentação abriu portas para o grupo de estudos, muitos foram
os interessados em conhecer tal atividade. Foi durante a realização deste
trabalho que os alunos tiveram um grande reconhecimento e, a partir daí, o
grupo recebeu o convite do colégio Anglo de Ilha Solteira para demonstração
dos jogos matemáticos em suas dependências.


             Escola Municipal Prof. Nelson Duarte Rocha
                    (14 de novembro de 2007 - Selvíria/MS)


        O convite feito pela escola “Prof. Nelson Duarte Rocha”, para surpresa
de todos, foi intermediado por uma professora de Língua Portuguesa, que
mostrou grande comprometimento com seu ambiente de trabalho. Durante a
visita, foi possível perceber que o estabelecimento, como toda escola, possui
pontos favoráveis e desfavoráveis que devem ser estudados e colocados em
questão para o aprimoramento e melhoria do ensino.


        Um fator positivo que pôde ser analisado é o fato de as salas de aula,
apenas uma para cada ano, apresentarem um número reduzido de alunos,
no máximo de 30 alunos por sala, o suficiente para que o aprendizado seja
feito   de forma     adequada. Em     contrapartida,   o   grau    de dificuldade
                                                                                10
apresentado   pelos   alunos   é   extremamente    alto,   principalmente   em
matemática, fato observado inclusive pela própria coordenadora pedagógica
da escola.


     A apresentação foi realizada de forma muito parecida à da semana da
matemática, também foram abordados os jogos Cubo Soma, Kakuro,
Sudoku e Quadrado Mágico, porém, adaptados aos alunos de cada série, no
caso quarto e sexto ano.


     Para essa atividade, a única preocupação dos integrantes foi “encarar”
a sala de aula, pois, era a primeira experiência que os mesmos teriam como
professores, logo a insegurança era grande, porém, se saíram muito bem
agradando os alunos, e a coordenação da escola.


     Devido a grande aceitação e contentamento apresentado por parte dos
estudantes e responsáveis pela escola, a coordenadora pedagógica propôs
novas visitas à escola.


                           Colégio Anglo - ISA
                (19 de novembro de 2007 - Ilha Solteira/SP)


     Como dito acima, após tomar conhecimento do trabalho desenvolvido
pelo grupo, o colégio Anglo – ISA fez um convite para participação em uma
atividade expositiva que envolvia pais e alunos. A atividade foi desenvolvida
através da exposição dos jogos do LEM, da mesma forma que ocorreu no
“Venha nos Conhecer”, porém, dispostos em uma sala de aula. A atividade
contou com a visitação de pais, alunos e funcionários do próprio colégio.



                                                                            11
O grupo apontou dificuldade para expor o conteúdo teórico envolvido
em cada jogo, como a atividade tinha caráter expositivo, os alunos visitantes
se preocupavam mais em manipular os jogos e não na teoria envolvida.
Alguns    pais,    mesmo     sabendo   a    importância    dessa    atividade,     ainda
mostravam receio em encarar os jogos matemáticos como “coisa séria” e
não apenas como uma brincadeira.




          AVALIAÇÃO DO DESEMP ENHO DO GRUPO


     Como dito anteriormente, os alunos participantes do grupo eram
alunos do primeiro ano do curso de Licenciatura em Matemática, devido esse
fato, levou-se em consideração a falta de preparo teórico, experiência e
comprometimento, característicos de sua condição de aluno ingressante.


     A proposta de subdividir os grupos foi bem aceita, porém, a
contribuição de alguns alunos foi maior que a de outros dentro dos
subgrupos.        Além   disso,    alguns     alunos      apresentaram     falta     de
comprometimento com o compromisso assumido, faltando às reuniões
propostas pela coordenação e, em algumas apresentações, sem justificativa
pertinente.


     Vale salientar que os fatos citados acima, são comuns quando se
considera alunos em fase de aprendizado e adaptação com as atividades
acadêmicas, assim, a interferência da coordenação foi fundamental para o
bom desenvolvimento das atividades.


     No     geral,   todos    se   comportaram     muito     bem,    atenderam       às
expectativas. Por ser um primeiro contato com a atividade de pesquisa e de
                                                                                      12
docência, apresentaram certa insegurança, que foi sendo minimizada ao
passo que as apresentações vinham ocorrendo. Vale ressaltar, que o modo
com o qual os alunos colocaram os jogos na tentativa de seduzir os alunos,
de forma a introduzir a teoria matemática envolvida, foi surpreendente
Assim, foi notório o amadurecimento e crescimento individual que essa
atividade provocou nesses alunos.


     No que segue, será realizada uma avaliação de cada aluno integrante
do grupo, apenas para que fique registrada e justificada sua participação
efetiva durante o período de atividade.


Aline Jardim da Silva: A aluna sempre se mostrou muito empenhada no
desenvolvimento da proposta, auxiliou em toda a pesquisa de seu grupo,
propondo formas alternativas na confecção do material que seu grupo
usaria. Bastante desenvolta, e participativa, se saiu muito bem durante o
período de atividade e foi uma das maiores contribuições do grupo,
participando de todas as atividades e reuniões.


Deleon Monteiro Alvarenga: Foi bastante participativo, muito responsável
quanto suas obrigações dentro do grupo, porém, no início, apresentou um
pouco de timidez, que foi superada à medida que as atividades vinham
acontecendo. Participou de todas as atividades e sempre esteve presente
nas reuniões.


Edcarlos Lopes Ferreira dos Santos: É um aluno bastante tímido. Durante
grande parte das atividades, mostrou-se sempre muito reservado. No
processo de pesquisa e confecção do material colaborou intensamente, mas,
nas apresentações externas, e durante as reuniões, permaneceu retraído, se
negando a faze-las, caracterizando muita insegurança para falar em público.
                                                                         13
Certamente que, ao passo que as apresentações vinham ocorrendo, esses
fatores iam sendo minimizados.


Geison Fernando Medeiros Queiroz: Mostrou-se muito desenvolto desde o
início, muito inteligente, porém, bastante “preguiçoso”, quase não prestou
auxílio ao grupo, faltou a várias reuniões e em uma apresentação (terceira
atividade), justificando motivos pessoais; e ainda, não colaborou muito com
seu grupo na confecção dos materiais. Também apresentou um grande
amadurecimento em todo processo.


Guilherme José Jianoto: Este aluno apresentou-se muito retraído, sua
timidez o prejudicou um pouco no início, mas, ao passar do tempo essa
condição foi sendo modificada. Participou ativamente de todas as atividades,
tem grande habilidade para confeccionar material concreto, fez praticamente
todos os cubos para o jogo Cubo Soma. Apresentou uma melhoria
significativa, quanto a sua timidez, ao passo que as apresentações vinham
sendo feitas.


Gustavo    Carvalho   Molina:     Foi   bastante     participativo,   desenvolto,
apresentando uma capacidade de expressão excelente. Contribuiu com as
atividades do grupo e, praticamente, foi o único falou em público durante a
apresentação do Cubo Soma, subgrupo ao qual pertencia.


Jonatas   Estevan   Soares   da   Silva:   Este    aluno   mostrou-se   bastante
empenhado durante todo o processo, colaborando ativamente com seu
grupo e com o grupo em geral, também, sempre disposto a auxiliar a
coordenação. Participou de todas as atividades com muita responsabilidade.
Bastante desenvolto, teve desempenho muito bom nas apresentações, foi o


                                                                               14
aluno que mais se sobressaiu com sua criatividade, inteligência e audácia.
Mostrou grande interesse nas atividades relacionadas ao ensino.


Josiane   de Carvalho    Rezende: De      início   a   aluna   apresentou   muito
empenhada e com muita facilidade na teoria envolvida. Bastante didática,
tem boa dicção e colocação das palavras, porém, mostrou uma característica
bastante preocupante, o individualismo, apresentou dificuldade trabalhar em
grupo. Ao seu modo, participou na fase de pesquisa e confecção do material,
porém, faltou em várias reuniões, e em uma atividade (Venha nos
Conhecer), justificando suas faltas à sua maior dedicação ao curso. Decidiu
se desligar do grupo, porém, não o fez pessoalmente, apenas enviou recado
por outro aluno. Entretanto, do mesmo modo que decidiu se desligar,
decidiu retornar, participando das atividades finais.


Silvio Riva Junior: A princípio apresentou-se muito comprometido com a
proposta, porém, esteve ausente a algumas reuniões. Participou ativamente
de seu grupo, e ainda, prestou auxílio a outro grupo. Nas apresentações
externas mostrou-se um pouco inseguro, mas, foi superando a insegurança
com o passar do tempo. É um aluno que tem uma criatividade incrível, mas
é preciso trabalhar a insegurança, para que isso não afete seu crescimento.


Raphael Meira Lima: O aluno mostrou-se bastante desenvolto, porém, com
certa timidez; foi participativo nas reuniões, mas não compareceu a algumas
delas. Não auxiliou muito seu grupo na confecção do material e faltou a uma
das apresentações (Selvíria). Apresentou a coordenação justificativa de estar
com problemas de saúde e familiares, apontou a vontade de se desligar do
grupo, o que não ocorreu.




                                                                               15
Tiago Henrique Pereira da Silva: Esse aluno sempre se mostrou interessado
e esforçado. Participou das atividades do grupo. De início, apresentou
grande dificuldade em se expressar e organizar suas idéias, mas, essa
dificuldade foi diminuída com o desenvolvimento das atividades propostas.


Vinícius Arthur dos Santos Guissi: O aluno sempre esteve bastante
interessado, apresentou algumas sugestões e mostrou grande interesse em
atividades relativas ao ensino. Desenvolveu muito bem suas atividades, foi
desenvolto nas apresentações realizadas. Foi um aluno que se sobressaiu
bastante. No início faltou em algumas reuniões, por motivos particulares,
depois participou ativamente das atividades.




                             RESULTADOS


     Ao final de, praticamente, seis meses de trabalho, pode-se dizer que o
resultado foi maravilhoso, superando as expectativas. Este foi um grupo que
começou sem nenhuma perspectiva, mas com esperanças que pudessem
mudar a opinião preconceituosa sobre a prática de ensino.


     Nesse pouco tempo foi possível perceber a grandiosa contribuição que
o projeto trouxe a comunidade como um todo. Os alunos integrantes do
grupo tiveram um amadurecimento significativo com a atividade na qual
desenvolveram; adquiriram a habilidade da pesquisa, do trabalho em grupo,
da organização do tempo, do comprometimento, e mais, o “choque” com a
realidade fez com que eles pudessem “sentir na pele” o que realmente é a
profissão que escolheram, e o que podem fazer para melhorar a situação
precária na qual se encontra o ensino público.

                                                                            16
Essa atividade foi o passo inicial para a modificação na estrutura
educacional, visando o ensino de qualidade em todos os níveis; na
universidade, permitindo aos alunos a oportunidade de conhecer de perto a
profissão que escolheram, contribuindo assim para sua formação; nas
escolas de ensino fundamental e médio, modificando a realidade do ensino,
principalmente     de   matemática,   tornando-o   mais   atrativo    através   da
utilização jogos matemáticos como ferramentas educacionais alternativas; e
consequentemente, modificando a comunidade como um todo.




                        PERSP ECTIVAS FUTURAS


      Para o ano de 2008 a proposta é dar continuidade ao trabalho, pois,
ainda há muita contribuição a ser dada. Como as atividades nas escolas
agradaram bastante, o grupo recebeu o convite de mais três escolas para a
apresentação do trabalho com jogos.


      Sendo assim, em 2008 objetiva-se realizar o atendimento a esses
convites, de forma a continuar contribuindo com sistema ensino; absorver
os   alunos   do   curso   de   matemática,   ingressantes   em      2008,   dando
oportunidade, aos mesmos, de colaborarem com sua própria formação; e
ainda, oficializar tal iniciativa submetendo projeto de pesquisa a várias
agências de fomento (Capes, Cnpq Fapesp, etc.).




                                                                                17
APÊNDICE


•   Considerações finais - Mensagem das supervisoras.

•   Atestados de apresentação das atividades.

•   Registro das apresentações realizadas.




                                                        18
VOCÊ PODE FAZER A DIFERENÇA


      Ou, você aí! Isso, você mesmo! Não adianta se fazer de desentendido,
é com você mesmo que estou falando! E aí, gostou do que acabou de ler? Se
sua curiosidade o trouxe até aqui, com certeza você poderá contribuir com
essa iniciativa, e muito!


      Um dia estive aí, no seu lugar, um simples expectador! E o que eu
ganhei com isso? Nada, absolutamente nada! Só comecei a ganhar algo
quando passei para o lado de cá. E, tudo isso que você leu, pode parecer
muito pouco, porém, é uma grande vitória!


      Quando foi feita a proposta de formar um grupo para trabalhar com
jogos matemáticos, confesso que pensei em não aceitar. Esse tipo de coisa
dá muito trabalho... Porém, se não o fizesse nunca saberia se iria dar certo,
a única certeza que tinha é que errado não daria. Assim, aceitei. Decidi
pensar que a causa era nobre; afinal, se uma vírgula muda todo um texto,
imagine o que essa atividade iria causar.


      Não foi nada fácil, também ninguém disse que seria. Deparei-me com
um grupo que não conhecia, eram alunos da Mara, não meus. Como a
supervisão era dupla, Mara e eu, explorar o potencial de cada um não foi
difícil. O difícil era aceitar o preconceito que ainda existe em relação à
prática de ensino (e, num curso de Licenciatura), e mais difícil ainda, era
lutar e fazer com que os próprios alunos lutassem contra isso. Fizemos! E
olha, eles foram muito guerreiros.


      Outro fator que dificultou bastante foi supervisionar o grupo sem
dispor de autonomia, isso porque, minha condição de professor substituto, e
a da Mara de professor voluntário, não nos permite responder oficialmente
por nada; claro que era a Dalva que fazia isso, porém, nem sempre em
tempo hábil, estava sempre viajando para trabalhar na reitoria. Então, o
atraso atrapalhou bastante o desenvolvimento do grupo. Porém, não abalou
o sucesso que foi o trabalho.


     Foi possível perceber que no grupo havia alunos verdadeiramente
interessados na prática pedagógica. A visita à escola de Selvíria foi uma
experiência ímpar, fiquei muito satisfeita com o desempenho dos alunos;
realmente, fizeram bonito. Fizeram tanto sucesso que a coordenadora
pedagógica da escola propôs novas visitas. Isso só confirma que a iniciativa
“vale a pena”. Colaborar com o desenvolvimento dos alunos nas escolas, é
também, colaborar com o desenvolvimento dos próprios alunos do grupo.


     A preocupação em fazer com que as atividades do grupo fossem
propostas de forma a não atrapalhar o desempenho dos alunos nas
disciplinas regulares do curso, foi constante. Afinal, a atividade teria que
complementar e não prejudicar o aprendizado dos alunos. Porém, um fato
que, realmente, me deixou bastante triste, foi saber que os próprios colegas
de sala, por não valorizarem a atividade desenvolvida por eles ou, por
“ciúme” mesmo, tentaram prejudicá-los aproveitando de sua ausência,
justificada por motivo da participação da atividade no Anglo. Contudo, como
a professora responsável pela disciplina era a Mara, e ela não só conhecia
como também fazia parte da atividade, não se sujeitou à tentativa de
manipulação da turma; sofreu conseqüências por isso, mas se manteve
firme contra tal injustiça. Afinal, a atividade envolvendo jogos é de grande
relevância e os alunos têm o mérito da vitória, isso ninguém pode tirar
deles.
É uma pena que nenhum superior tenha tomado alguma atitude a
respeito do caso, o que deixou os alunos desacreditados quanto ao valor do
seu trabalho. Só espero que esse tipo de coisa não se repita. Aproveito para
deixar registrado meus parabéns ao grupo, e ainda, dizer a cada um, que as
pedras são colocadas no meio do caminho para tornar o desafio mais
excitante,    porém,   elas   não   impedem   a   caminhada;   assim,   se   o
reconhecimento for o final de nossa caminhada, vocês podem ter certeza de
que contornaremos qualquer pedra para alcançá-lo.


     Ah! Você ainda está aí? Viu só como, mesmo em solo seco, dá para ser
um “plantador de sementes”? Como eu disse, não é nada fácil, porém, é
maravilhoso acompanhar o crescimento da árvore e contemplar os frutos
que ela dá.


              “Educar é semear com sabedoria e colher com paciência.”
                                    (Augusto Cury)




     Contamos nossa experiência, mostramos nossa vitória. Agora, convido
você a deixar de ser expectador e se tornar um vitorioso, pois, você pode
fazer a diferença.




                                                         Alessandra
Bem, nunca fui boa com a colocação de palavras, mas a Prof.ª
Alessandra pediu para que eu escrevesse algumas palavras sobre as
experiências que vivenciamos com o grupo de jogos.


     Para mim, tudo deu inicio quando foi atribuída a disciplina de álgebra
elementar no qual teria que ministrar a prática de ensino. Quase fiquei
doida, nunca tive nenhum tipo de contato com a prática de ensino em
questão. Em pouco tempo a Prof.ª Alessandra me fez o convite de
trabalharmos juntas em uma oficina durante a Semana da Matemática cujo
tema abordasse jogos matemáticos. A idéia era formar um grupo de
pesquisa de jogos matemáticos. Então viria a grande pergunta, o porquê
trabalhar com jogos? Os jogos matemáticos ou como diriam os jogos lúdicos
são jogos estruturados que permite a quem aplica e a quem usa:


     - Aprendizado rápido e assertivo;
     - Aumento na capacidade de adquirir conhecimento formal e informal;
     - Consciência crítica;
     - Assumir responsabilidade;
     - Tomar decisão;
     - Motivação interna e externa;
     - Comunicação, criatividade e auto-estima;
     - Pensamento estratégico e sistêmico;
     - Encontrar respostas dentro de si.


     Os jogos são instrumentos lúdicos de aprendizagem que de forma
agradável e eficaz proporcionam velocidade no processo de mudança de
comportamento e aquisição de novos conhecimentos. Aprender jogando é a
maneira mais prazerosa, segura e atualizada de ensinar.
De experiências vividas anteriormente, a Alessandra e eu, pensamos
em fazer algo diferente. Como já estava convivendo com os alunos
ingressantes do curso de Matemática fiquei responsável por escolher alguns
alunos para compor o grupo. Foi difícil escolher dentre os alunos da sala,
pois cada um tem muito que acrescentar ao projeto, mas pensamos em
trabalhar com um grupo composto por doze alunos. O grupo oficialmente já
de cara teria cinco alunos que são os que faziam parte do projeto
“Assistência no Laboratório de Ensino de Matemática – LEM” e por
receberem bolsa tinham que fazer parte do projeto de jogos. Portanto, os
sete alunos restantes foram escolhidos por terem se destacado mais dentro
das atividades didáticas da prática de ensino na disciplina de álgebra
elementar. Quero ressaltar que qualquer aluno da sala poderia ter sido
escolhido, pois todos se mostraram esforçados e interessados dentro desta
nova área que é a prática de ensino.


     Quando começamos a separar os grupos e os jogos que iríamos
abordar já nos deparamos com os problemas. A vontade deles era muita,
mas tudo que é muito não é bom, pois era de forma desorganizada.
Queríamos colocar eles para trabalhar e gastar toda aquela energia, mas
estávamos de mãos atadas. Precisávamos comprar material e nem poder
para fazer o pedido de compra não tínhamos. E o tempo foi passando e tudo
estava enrolado, por fim, o descaso total.


     Posso dizer que os alunos que fazem parte do grupo têm muita
personalidade, pois eles poderiam ter dito não, mesmo sabendo que iriam
trabalhar demais e na correria, mesmo assim disseram “sim”. A atividade
desenvolvida durante a Semana da Matemática foi o marco que fez com que
os alunos comprassem a briga de tentar mostrar para as pessoas que
podemos aprender matemática brincando. Encontramos muitas dificuldades,
mas na vida é assim que funciona, só aprendemos a sobreviver e a vencer
quando tudo é mais difícil, só assim o prazer da vitória tem mais sabor.


     Pessoalmente, pude presenciar com muita satisfação o crescimento de
cada aluno que faz parte do grupo de jogos. O amadurecimento individual
frente a cada situação imposta pelo trabalho desenvolvido foi presenciado
pela Prof.ª Alessandra e por mim.


     Uma sensação que gostaria de dividir com as pessoas foi à experiência
vivida na escola “Nelson Duarte Rocha” em Selvíria. Achei que tinha visto
tudo na vida, mas o melhor estaria por vir. Quando o grupo começou a se
apresentar uma maneira alternativa de aprender matemática brincando para
aquelas crianças eu pude ver dentro dos olhinhos delas a vontade de
aprender. É uma sensação nunca sentida... Para mim, foi a melhor
experiência da minha vida... E com certeza esse foi “ápice” que queríamos
chegar... Não sei quanto aos membros do grupo, mas achei que foi o gás
que eles precisavam para continuar tendo esperanças em mostrar o seu
trabalho de tal forma que seja aceito por profissionais e alunos do curso de
Matemática.


     “... Se nós vivêssemos sem a Matemática, isso fazia com
     que fossemos regularmente enganados pelos outros...”

                                    Nuno Miguel de Sousa Barreira
                       11ºA Escola Sec. Figueiró dos Vinhos 1997


     Um grupo composto por doze alunos, sendo que sete deles não
possuem uma bolsa que incentivasse o trabalho, ou seja, a maioria dos
alunos estava ali desenvolvendo uma idéia que acreditavam e com certeza
isto foi o maior motivo dos alunos continuarem no grupo de jogos.


     No decorrer do ano de 2007 os alunos conquistaram um espaço onde
puderam mostrar um pouco da matemática não da forma corriqueira, mas
sim de uma forma criativa e que eles viram que os frutos colhidos são mais
saborosos.


     Para o ano de 2008 temos muitos planos que espero em Deus que se
concretizem e tenho certeza que se depender deles estão aí com muita
vontade de continuar o trabalho.


     Para nós, a Prof.ª Alessandra e eu, fica a imensa satisfação e o prazer
de fazer parte deste projeto e aprender muito, pois sei que, “o melhor
professor é aquele que aprende com seus alunos”.


     "A questão primordial não é o que sabemos, mas como
     sabemos"
                                                      Aristóteles




                                                           Mara

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Relatório de Atividades 2007

  • 1. relatório De Atividades 2007
  • 3. Brincar com criança não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los, sentados enfileirados, em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem. Drummond
  • 4. RESUMO Este documento tem a finalidade de apresentar, detalhadamente, as atividades realizadas no ano de 2007 pelo Grupo de Estudos sobre Jogos Matemáticos. De início será descrito o surgimento da iniciativa da organização do grupo. Em seguida será apresentada a proposta, ressaltando os objetivos principais. Logo após, será descrito o desenvolvimento das atividades, apresentando a organização do grupo, relatando todo processo de pesquisa e as apresentações desenvolvidas. Além disso, será realizada uma avaliação coletiva e individual do desempenho dos alunos participantes do grupo e, por fim, serão apresentados os resultados da aplicação da iniciativa da utilização de jogos matemáticos no sistema de ensino. Palavras-chave: Jogos Matemáticos, Modificação no Ensino, Formação de Educadores.
  • 5. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 1 UM POUCO DE HISTÓRIA 2 PROPOSTA 4 DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO 4 ORGANIZAÇÃO DO GRUPO 4 PRIMEIRA PARTE DAS ATIVIDADES 5 SEGUNDA PARTE DAS ATIVIDADES 7 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO GRUPO 12 RESULTADOS 16 PERSPECTIVAS FUTURAS 17 APÊNDICE 18
  • 6. INTRODUÇÃO A atividade lúdica é, essencialmente, um grande laboratório em que ocorrem experiências inteligentes e reflexivas, propiciando a aquisição de conhecimento. Assim, ocorre a preocupação de complementar o processo educativo dos futuros educadores, ou seja, deseja-se fazer com que os alunos do curso de Licenciatura em Matemática da Unesp de Ilha Solteira, desde o inicio do curso, tenham contato com as ferramentas pedagógicas alternativas, para que possam tornar-se profissionais capazes de fazer do ensino de matemática uma atividade prazerosa. A formação lúdica possibilita ao educador conhecer-se como pessoa, saber de suas possibilidades, desbloquear resistências e ter uma visão clara sobre a importância do jogo para a vida da criança, do jovem e do adulto. Este tipo de formação é inexistente nos currículos oficiais dos cursos de formação do educador, entretanto, algumas experiências mostram sua validade; e não são poucos os educadores que têm afirmado ser a ludicidade a alavanca da educação para o terceiro milênio. Porém, vale ressaltar que a utilização dos jogos não é uma novidade no processo educacional ou, pelo menos, não deveria ser tratada como tal. A literatura mostra que na antiguidade essa ferramenta já era utilizada. Carlos Magno (cerca de 742 - 814) criou um centro de ensino em seu palácio, entregando sua direção ao filósofo e pedagogo Alcuíno, o homem mais erudito de seu tempo. Em Alcuíno encontram-se diálogos repletos de enigmas, brincadeiras e piadas, pois, sua norma pedagógica era: deve-se ensinar divertindo. Além disso, na chamada Primeira Idade Média, os mestres dirigiam-se a seus alunos de modo informal e lúdico (aliás, um dos 1
  • 7. sentidos derivados de ludus é escola; fenômeno paralelo ao da derivação de escola de scholé, lazer). Muitos são os registros da contribuição da atividade lúdica, mais especificamente, os jogos. Porém, ainda hoje, é pouco comum encontrar escolas que fazem uso desse recurso, mesmo estando em destaque nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Segundo os PCN, não existe um caminho único e melhor para o ensino da Matemática, veja o trecho a seguir: ''Finalmente, um aspecto relevante nos jogos é o desafio genuíno que eles provocam no aluno, que gera interesse e prazer. Por isso, é importante que os jogos façam parte da cultura escolar, cabendo ao professor analisar e avaliar a potencialidade educativa dos diferentes jogos e o aspecto curricular que se deseja desenvolver''. (p.48-49) Assim, de forma a modificar essa realidade, objetiva-se a utilização dos jogos matemáticos como ferramenta facilitadora de aprendizagem; considerando que, conhecer as diversas possibilidades de trabalho em sala de aula é fundamental para que o professor construa sua prática. Portanto, esta é uma proposta que atinge tanto o educando, quanto o futuro educador. UM POUCO DE HISTÓRIA Em 2006, ocorreu a primeira proposta de estudo sobre jogos matemáticos. Foi organizado um grupo para tal pesquisa, composto por alunos do primeiro ano do curso de matemática. Foram estudados alguns 2
  • 8. jogos que o LEM (Laboratório de Ensino de Matemática) dispunha; tais como, Torre de Hanói, Quadrado Mágico e Tangram. Porém, tal pesquisa foi realizada de forma bastante superficial, pois, os alunos ainda apresentavam dificuldades nos conceitos matemáticos envolvidos. O resultado dessa pesquisa inicial foi apresentado na Oficina “Jogos Matemáticos”, apresentada na V Semana da Matemática desta instituição. Porém, em 2006 a atividade de pesquisa sobre os jogos parou por aí. Em 2007, essa proposta foi retomada quando as disciplinas Álgebra Elementar (Resolução UNESP nº 06/2005 – Currículo 2 – MAT 0984 - 1o semestre) e Fundamentos de Matemática Elementar (Resolução UNESP no 06/2005 – Currículo 2 – MAT 0739 - 2o semestre), reformuladas de modo a cumprir a exigência do MEC de introduzir aulas teórico-práticas em algumas disciplinas, fez uso dos jogos matemáticos para evidenciar a aplicação da teoria estudada. A princípio, a prática aplicada nas disciplinas só tinha o propósito de cumprir os preceitos determinados pelo MEC. Porém, um convite realizado pela coordenação do curso de Licenciatura Plena em Matemática em oferecer, em um evento promovido pelo próprio departamento, uma oficina que abordasse o tema “jogos matemáticos”, levou à formação do “Grupo de Estudo sobre Jogos Matemáticos”. Desta vez o trabalho foi se deu de forma bem elaborada, uma vez que os alunos já apresentavam maior domínio das teorias envolvidas, pelo fato de terem sido tratadas nas disciplinas. Assim, o detalhamento e o resultado das atividades realizadas pelo grupo serão apresentados no que segue. 3
  • 9. PROPOSTA O trabalho objetivou a abordagem apurada dos jogos matemáticos como alternativa à metodologia tradicional do ensino de matemática, ou seja, além de propor ao grupo a pesquisa sobre a funcionalidade de cada jogo; propôs-se também, a abordagem de toda a fundamentação teórica e pedagógica envolvida. Logo, além de melhorar a qualidade de ensino de matemática das escolas de ensino fundamental através da utilização dos jogos, o trabalho do grupo proporcionaria ao estudante universitário a experiência prática com a atividade na qual está sendo formado para desenvolver. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO Com já mencionado anteriormente, o trabalho teve início com a formação do grupo, cujos alunos foram selecionados professora responsável pelas disciplinas citadas acima (professora Mara). O critério adotado foi escolher alunos que haviam tido experiência da prática de ensino, durante o desenvolvimento das disciplinas, e que teriam se destacado nas atividades de prática de ensino, ou seja, que apresentaram bom desempenho e maior habilidade de expressão, colocação e didática. ORGANIZAÇÃO DO GRUPO O “Grupo de Estudos sobre Jogos Matemáticos” foi composto por doze alunos, do curso de Licenciatura em Matemática (ingressantes em 2007), sendo estes: 4
  • 10. Aline Jardim da Silva • Deleon Monteiro de Alvarenga • Edcarlos Lopes Ferreira dos Santos • Geison Fernando Medeiros Queiroz • Guilherme José Jianoto • Gustavo Carvalho Molina • Jonatas Estevan Soares da Silva • Josiane de Carvalho Rezende • Raphael Meira Lima • Silvio Riva Junior • Tiago Henrique Pereira da Silva • Vinicius Arthur dos Santos Guissi E esteve sob coordenação da professora Dalva Maria de Oliveira Villarreal, e supervisão das professoras Alessandra Bonato Altran e Mara Lúcia Martins Lopes. Em relação aos alunos escolhidos, vale ressaltar que, Edcarlos, Guilherme, Gustavo, Jonatas e Tiago faziam parte do projeto “Assistência no Laboratório de Ensino da Matemática – LEM” e, recebiam bolsa de apoio acadêmico e extensão cumprindo um total de 10 horas semanais. Os demais alunos não recebiam nenhum auxílio financeiro. PRIMEIRA PARTE DAS ATIVIDADES A primeira etapa do trabalho foi composta pela realização do levantamento dos jogos que haviam no LEM e a seleção dos quais seriam abordados, já que a primeira proposta era a apresentação do referido 5
  • 11. evento. Foram selecionados quatro jogos matemáticos, Quadrado Mágico, Kakuro, Sudoku e Cubo Soma. Assim, houve a necessidade de dividir o grupo de forma a abordar os quatro temas. Logo, cada subgrupo foi composto por três alunos. Para tal subdivisão, considerou-se o fato de que a relação entre os alunos não poderia afetar, de certa forma, o seu desenvolvimento dentro do grupo. Apesar de cada grupo ter ficado responsável por apenas um jogo, exigiu-se que os mesmos, através dos demais, tomassem conhecimentos dos outros jogos, ou seja, de qualquer forma todos os alunos deveriam conhecer os quatro jogos. Logo, adotando o princípio a divisão por afinidade, já observada dentro de sala de aula, os subgrupos foram compostos da seguinte forma: • Sudoku – Deleon, Silvio e Vinicius; • Kakuro – Aline, Edcarlos e Jonatas; • Cubo Soma – Geison, Guilherme e Gustavo; • Quadrado Mágico – Josiane, Raphael e Tiago. O grupo, no geral, se mostrou com muita iniciativa e vontade, porém, tanta energia teria que ser centrada para que isso não se tornasse algo vago e passageiro. A primeira tarefa proposta ao grupo foi realizar o levantamento bibliográfico sobre a teoria envolvida e o estudo do método de resolução de cada jogo. Foi apontada dificuldade em encontrar material para tanto. Os alunos utilizaram os livros da biblioteca do campus e a internet. 6
  • 12. Durante esse processo surgiu idéia de levar o grupo ao atendimento direto aos alunos do ensino fundamental. Para tanto, foi necessário fazer com que cada grupo tivesse condições de confeccionar os jogos, pois, através do material concreto as apresentações ocorreriam de forma prazerosa. Assim, os alunos desenvolveram uma pesquisa que os levou a estarem aptos à confecção de cada jogo. Durante esse processo de experimentação, foram utilizados os materiais que o LEM dispunha. Nessa fase, houve uma interação maior do grupo como um todo; foram realizadas várias reuniões em que, os alunos expunham o resultado do seu trabalho de pesquisa ao passo que iam acontecendo. Nessas reuniões foram apresentadas várias sugestões, houve discussão sobre vários conceitos, inclusive os já estudados nas disciplinas do curso, e ainda, foram propostos novos desafios. Logo, com todo esse trabalho os alunos estavam em condições de realizar apresentações em eventos e de atender às escolas de ensino fundamental. SEGUNDA PARTE DAS ATIVIDADES Terminada a fase de preparação, os alunos estavam prontos para “irem a campo”. A primeira apresentação formal do trabalho com jogos se deu através da Oficina “Atividades Matemáticas envolvendo Jogos”, na VI Semana da Matemática, evento do próprio campus; logo em seguida foi realizada outra apresentação no evento “Venha nos Conhecer”, também do campus; depois, na “Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Prof. Nelson Duarte Rocha”, na cidade de Selvíria – MS; e, por último, no colégio “Anglo” da cidade de Ilha Solteira. 7
  • 13. A descrição detalhada de cada uma das quatro atividades desenvolvidas será feita no que segue. VI Semana da Matemática (20 e 21 de setembro de 2007 - Feis/Unesp) Como dito anteriormente, essa foi à primeira apresentação realizada e, conseqüentemente, a atividade que mais deu trabalho. Devido o tipo de evento foi necessário formalizar melhor a teoria matemática e a aplicação pedagógica dos jogos, pois, o público alvo eram alunos da própria universidade e professores do ensino fundamental e médio. Para essa atividade foi necessária a confecção de vários materiais, pois, não era apenas uma apresentação informativa, mas sim, participativa, em que, abordaram-se os quatro jogos citados. Cada grupo apresentou o tema no qual foi designado, apesar de poucos, houve interação com os participantes, que desenvolveram as atividades propostas; incluiu-se ainda, a apresentação de duas adivinhações matemáticas. Os alunos encontraram dificuldades para desenvolver a atividade. Como era esperado, esbarraram no preconceito, pois, a idéia de aprendizado voltado ao ensino, ainda não é uma das mais bem aceitas dentro de um ambiente cujo contexto é voltado simplesmente à aprendizagem do conteúdo, apesar de o curso ser Licenciatura. Muitos fatores interferiram de forma direta na atividade. Dentre eles, demora na compra do material didático a ser utilizado em cada jogo, liberado, um dia antes da apresentação, fazendo com que os alunos 8
  • 14. trabalhassem exaustivamente para deixar tudo pronto até a data prevista; a desmotivação por parte dos profissionais e, principalmente, a desvalorização por parte dos alunos do curso de matemática, pois, as inscrições apresentaram número bastante reduzido, talvez pela desinformação sobre o objetivo real de tal atividade; e também, pelo fato do evento não ter sido divulgado nas escolas da região, como havia sido informado ao grupo. A falta de tempo para desenvolver a atividade com mais calma e paciência e a desvalorização da atividade fez com que os alunos passassem por uma experiência na qual iria fazer com que eles tivessem apenas duas alternativas: desistir do grupo de estudos ou continuar e motivar as pessoas mostrando a importância deste trabalho. Apesar de tantas dificuldades encontradas os alunos desenvolveram um trabalho primoroso. A força de vontade e a garra de tentar motivar as pessoas a enxergarem a importância de tal atividade fizeram com que eles se superassem. A oficina foi apenas a primeira porta a ser aberta para atividade de jogos Venha nos Conhecer (28 e 29 de setembro de 2007 - Feis/Unesp) Tal evento tem a finalidade de apresentar à comunidade um pouco do que cada profissão pode agregar, facilitando assim, a escolha por parte dos vestibulandos. Pelo fato deste evento ter uma característica expositiva, fez- se necessário a apresentação de uma variedade maior de jogos, levando os integrantes do grupo a conhecer a metodologia de cada jogo. Contou-se com a disponibilização de dois “stands” para o curso de Matemática; neles foram expostos vários jogos do LEM. Dessa forma, os alunos explicavam sobre os 9
  • 15. jogos à medida que grupos de visitantes passavam pelo “stand”. O evento realizou-se em dois dias e contou com a visitação de alunos das escolas da região e da comunidade acadêmica em geral. As dificuldades apresentadas pelo grupo foram relativas ao desconhecimento de alguns dos jogos que seriam expostos, uma vez que o grupo vinha trabalhando com apenas um quatro jogos. Porém, todos se dispuseram a estudar sobre os demais jogos para poder apresentá-los. Essa apresentação abriu portas para o grupo de estudos, muitos foram os interessados em conhecer tal atividade. Foi durante a realização deste trabalho que os alunos tiveram um grande reconhecimento e, a partir daí, o grupo recebeu o convite do colégio Anglo de Ilha Solteira para demonstração dos jogos matemáticos em suas dependências. Escola Municipal Prof. Nelson Duarte Rocha (14 de novembro de 2007 - Selvíria/MS) O convite feito pela escola “Prof. Nelson Duarte Rocha”, para surpresa de todos, foi intermediado por uma professora de Língua Portuguesa, que mostrou grande comprometimento com seu ambiente de trabalho. Durante a visita, foi possível perceber que o estabelecimento, como toda escola, possui pontos favoráveis e desfavoráveis que devem ser estudados e colocados em questão para o aprimoramento e melhoria do ensino. Um fator positivo que pôde ser analisado é o fato de as salas de aula, apenas uma para cada ano, apresentarem um número reduzido de alunos, no máximo de 30 alunos por sala, o suficiente para que o aprendizado seja feito de forma adequada. Em contrapartida, o grau de dificuldade 10
  • 16. apresentado pelos alunos é extremamente alto, principalmente em matemática, fato observado inclusive pela própria coordenadora pedagógica da escola. A apresentação foi realizada de forma muito parecida à da semana da matemática, também foram abordados os jogos Cubo Soma, Kakuro, Sudoku e Quadrado Mágico, porém, adaptados aos alunos de cada série, no caso quarto e sexto ano. Para essa atividade, a única preocupação dos integrantes foi “encarar” a sala de aula, pois, era a primeira experiência que os mesmos teriam como professores, logo a insegurança era grande, porém, se saíram muito bem agradando os alunos, e a coordenação da escola. Devido a grande aceitação e contentamento apresentado por parte dos estudantes e responsáveis pela escola, a coordenadora pedagógica propôs novas visitas à escola. Colégio Anglo - ISA (19 de novembro de 2007 - Ilha Solteira/SP) Como dito acima, após tomar conhecimento do trabalho desenvolvido pelo grupo, o colégio Anglo – ISA fez um convite para participação em uma atividade expositiva que envolvia pais e alunos. A atividade foi desenvolvida através da exposição dos jogos do LEM, da mesma forma que ocorreu no “Venha nos Conhecer”, porém, dispostos em uma sala de aula. A atividade contou com a visitação de pais, alunos e funcionários do próprio colégio. 11
  • 17. O grupo apontou dificuldade para expor o conteúdo teórico envolvido em cada jogo, como a atividade tinha caráter expositivo, os alunos visitantes se preocupavam mais em manipular os jogos e não na teoria envolvida. Alguns pais, mesmo sabendo a importância dessa atividade, ainda mostravam receio em encarar os jogos matemáticos como “coisa séria” e não apenas como uma brincadeira. AVALIAÇÃO DO DESEMP ENHO DO GRUPO Como dito anteriormente, os alunos participantes do grupo eram alunos do primeiro ano do curso de Licenciatura em Matemática, devido esse fato, levou-se em consideração a falta de preparo teórico, experiência e comprometimento, característicos de sua condição de aluno ingressante. A proposta de subdividir os grupos foi bem aceita, porém, a contribuição de alguns alunos foi maior que a de outros dentro dos subgrupos. Além disso, alguns alunos apresentaram falta de comprometimento com o compromisso assumido, faltando às reuniões propostas pela coordenação e, em algumas apresentações, sem justificativa pertinente. Vale salientar que os fatos citados acima, são comuns quando se considera alunos em fase de aprendizado e adaptação com as atividades acadêmicas, assim, a interferência da coordenação foi fundamental para o bom desenvolvimento das atividades. No geral, todos se comportaram muito bem, atenderam às expectativas. Por ser um primeiro contato com a atividade de pesquisa e de 12
  • 18. docência, apresentaram certa insegurança, que foi sendo minimizada ao passo que as apresentações vinham ocorrendo. Vale ressaltar, que o modo com o qual os alunos colocaram os jogos na tentativa de seduzir os alunos, de forma a introduzir a teoria matemática envolvida, foi surpreendente Assim, foi notório o amadurecimento e crescimento individual que essa atividade provocou nesses alunos. No que segue, será realizada uma avaliação de cada aluno integrante do grupo, apenas para que fique registrada e justificada sua participação efetiva durante o período de atividade. Aline Jardim da Silva: A aluna sempre se mostrou muito empenhada no desenvolvimento da proposta, auxiliou em toda a pesquisa de seu grupo, propondo formas alternativas na confecção do material que seu grupo usaria. Bastante desenvolta, e participativa, se saiu muito bem durante o período de atividade e foi uma das maiores contribuições do grupo, participando de todas as atividades e reuniões. Deleon Monteiro Alvarenga: Foi bastante participativo, muito responsável quanto suas obrigações dentro do grupo, porém, no início, apresentou um pouco de timidez, que foi superada à medida que as atividades vinham acontecendo. Participou de todas as atividades e sempre esteve presente nas reuniões. Edcarlos Lopes Ferreira dos Santos: É um aluno bastante tímido. Durante grande parte das atividades, mostrou-se sempre muito reservado. No processo de pesquisa e confecção do material colaborou intensamente, mas, nas apresentações externas, e durante as reuniões, permaneceu retraído, se negando a faze-las, caracterizando muita insegurança para falar em público. 13
  • 19. Certamente que, ao passo que as apresentações vinham ocorrendo, esses fatores iam sendo minimizados. Geison Fernando Medeiros Queiroz: Mostrou-se muito desenvolto desde o início, muito inteligente, porém, bastante “preguiçoso”, quase não prestou auxílio ao grupo, faltou a várias reuniões e em uma apresentação (terceira atividade), justificando motivos pessoais; e ainda, não colaborou muito com seu grupo na confecção dos materiais. Também apresentou um grande amadurecimento em todo processo. Guilherme José Jianoto: Este aluno apresentou-se muito retraído, sua timidez o prejudicou um pouco no início, mas, ao passar do tempo essa condição foi sendo modificada. Participou ativamente de todas as atividades, tem grande habilidade para confeccionar material concreto, fez praticamente todos os cubos para o jogo Cubo Soma. Apresentou uma melhoria significativa, quanto a sua timidez, ao passo que as apresentações vinham sendo feitas. Gustavo Carvalho Molina: Foi bastante participativo, desenvolto, apresentando uma capacidade de expressão excelente. Contribuiu com as atividades do grupo e, praticamente, foi o único falou em público durante a apresentação do Cubo Soma, subgrupo ao qual pertencia. Jonatas Estevan Soares da Silva: Este aluno mostrou-se bastante empenhado durante todo o processo, colaborando ativamente com seu grupo e com o grupo em geral, também, sempre disposto a auxiliar a coordenação. Participou de todas as atividades com muita responsabilidade. Bastante desenvolto, teve desempenho muito bom nas apresentações, foi o 14
  • 20. aluno que mais se sobressaiu com sua criatividade, inteligência e audácia. Mostrou grande interesse nas atividades relacionadas ao ensino. Josiane de Carvalho Rezende: De início a aluna apresentou muito empenhada e com muita facilidade na teoria envolvida. Bastante didática, tem boa dicção e colocação das palavras, porém, mostrou uma característica bastante preocupante, o individualismo, apresentou dificuldade trabalhar em grupo. Ao seu modo, participou na fase de pesquisa e confecção do material, porém, faltou em várias reuniões, e em uma atividade (Venha nos Conhecer), justificando suas faltas à sua maior dedicação ao curso. Decidiu se desligar do grupo, porém, não o fez pessoalmente, apenas enviou recado por outro aluno. Entretanto, do mesmo modo que decidiu se desligar, decidiu retornar, participando das atividades finais. Silvio Riva Junior: A princípio apresentou-se muito comprometido com a proposta, porém, esteve ausente a algumas reuniões. Participou ativamente de seu grupo, e ainda, prestou auxílio a outro grupo. Nas apresentações externas mostrou-se um pouco inseguro, mas, foi superando a insegurança com o passar do tempo. É um aluno que tem uma criatividade incrível, mas é preciso trabalhar a insegurança, para que isso não afete seu crescimento. Raphael Meira Lima: O aluno mostrou-se bastante desenvolto, porém, com certa timidez; foi participativo nas reuniões, mas não compareceu a algumas delas. Não auxiliou muito seu grupo na confecção do material e faltou a uma das apresentações (Selvíria). Apresentou a coordenação justificativa de estar com problemas de saúde e familiares, apontou a vontade de se desligar do grupo, o que não ocorreu. 15
  • 21. Tiago Henrique Pereira da Silva: Esse aluno sempre se mostrou interessado e esforçado. Participou das atividades do grupo. De início, apresentou grande dificuldade em se expressar e organizar suas idéias, mas, essa dificuldade foi diminuída com o desenvolvimento das atividades propostas. Vinícius Arthur dos Santos Guissi: O aluno sempre esteve bastante interessado, apresentou algumas sugestões e mostrou grande interesse em atividades relativas ao ensino. Desenvolveu muito bem suas atividades, foi desenvolto nas apresentações realizadas. Foi um aluno que se sobressaiu bastante. No início faltou em algumas reuniões, por motivos particulares, depois participou ativamente das atividades. RESULTADOS Ao final de, praticamente, seis meses de trabalho, pode-se dizer que o resultado foi maravilhoso, superando as expectativas. Este foi um grupo que começou sem nenhuma perspectiva, mas com esperanças que pudessem mudar a opinião preconceituosa sobre a prática de ensino. Nesse pouco tempo foi possível perceber a grandiosa contribuição que o projeto trouxe a comunidade como um todo. Os alunos integrantes do grupo tiveram um amadurecimento significativo com a atividade na qual desenvolveram; adquiriram a habilidade da pesquisa, do trabalho em grupo, da organização do tempo, do comprometimento, e mais, o “choque” com a realidade fez com que eles pudessem “sentir na pele” o que realmente é a profissão que escolheram, e o que podem fazer para melhorar a situação precária na qual se encontra o ensino público. 16
  • 22. Essa atividade foi o passo inicial para a modificação na estrutura educacional, visando o ensino de qualidade em todos os níveis; na universidade, permitindo aos alunos a oportunidade de conhecer de perto a profissão que escolheram, contribuindo assim para sua formação; nas escolas de ensino fundamental e médio, modificando a realidade do ensino, principalmente de matemática, tornando-o mais atrativo através da utilização jogos matemáticos como ferramentas educacionais alternativas; e consequentemente, modificando a comunidade como um todo. PERSP ECTIVAS FUTURAS Para o ano de 2008 a proposta é dar continuidade ao trabalho, pois, ainda há muita contribuição a ser dada. Como as atividades nas escolas agradaram bastante, o grupo recebeu o convite de mais três escolas para a apresentação do trabalho com jogos. Sendo assim, em 2008 objetiva-se realizar o atendimento a esses convites, de forma a continuar contribuindo com sistema ensino; absorver os alunos do curso de matemática, ingressantes em 2008, dando oportunidade, aos mesmos, de colaborarem com sua própria formação; e ainda, oficializar tal iniciativa submetendo projeto de pesquisa a várias agências de fomento (Capes, Cnpq Fapesp, etc.). 17
  • 23. APÊNDICE • Considerações finais - Mensagem das supervisoras. • Atestados de apresentação das atividades. • Registro das apresentações realizadas. 18
  • 24. VOCÊ PODE FAZER A DIFERENÇA Ou, você aí! Isso, você mesmo! Não adianta se fazer de desentendido, é com você mesmo que estou falando! E aí, gostou do que acabou de ler? Se sua curiosidade o trouxe até aqui, com certeza você poderá contribuir com essa iniciativa, e muito! Um dia estive aí, no seu lugar, um simples expectador! E o que eu ganhei com isso? Nada, absolutamente nada! Só comecei a ganhar algo quando passei para o lado de cá. E, tudo isso que você leu, pode parecer muito pouco, porém, é uma grande vitória! Quando foi feita a proposta de formar um grupo para trabalhar com jogos matemáticos, confesso que pensei em não aceitar. Esse tipo de coisa dá muito trabalho... Porém, se não o fizesse nunca saberia se iria dar certo, a única certeza que tinha é que errado não daria. Assim, aceitei. Decidi pensar que a causa era nobre; afinal, se uma vírgula muda todo um texto, imagine o que essa atividade iria causar. Não foi nada fácil, também ninguém disse que seria. Deparei-me com um grupo que não conhecia, eram alunos da Mara, não meus. Como a supervisão era dupla, Mara e eu, explorar o potencial de cada um não foi difícil. O difícil era aceitar o preconceito que ainda existe em relação à prática de ensino (e, num curso de Licenciatura), e mais difícil ainda, era lutar e fazer com que os próprios alunos lutassem contra isso. Fizemos! E olha, eles foram muito guerreiros. Outro fator que dificultou bastante foi supervisionar o grupo sem dispor de autonomia, isso porque, minha condição de professor substituto, e
  • 25. a da Mara de professor voluntário, não nos permite responder oficialmente por nada; claro que era a Dalva que fazia isso, porém, nem sempre em tempo hábil, estava sempre viajando para trabalhar na reitoria. Então, o atraso atrapalhou bastante o desenvolvimento do grupo. Porém, não abalou o sucesso que foi o trabalho. Foi possível perceber que no grupo havia alunos verdadeiramente interessados na prática pedagógica. A visita à escola de Selvíria foi uma experiência ímpar, fiquei muito satisfeita com o desempenho dos alunos; realmente, fizeram bonito. Fizeram tanto sucesso que a coordenadora pedagógica da escola propôs novas visitas. Isso só confirma que a iniciativa “vale a pena”. Colaborar com o desenvolvimento dos alunos nas escolas, é também, colaborar com o desenvolvimento dos próprios alunos do grupo. A preocupação em fazer com que as atividades do grupo fossem propostas de forma a não atrapalhar o desempenho dos alunos nas disciplinas regulares do curso, foi constante. Afinal, a atividade teria que complementar e não prejudicar o aprendizado dos alunos. Porém, um fato que, realmente, me deixou bastante triste, foi saber que os próprios colegas de sala, por não valorizarem a atividade desenvolvida por eles ou, por “ciúme” mesmo, tentaram prejudicá-los aproveitando de sua ausência, justificada por motivo da participação da atividade no Anglo. Contudo, como a professora responsável pela disciplina era a Mara, e ela não só conhecia como também fazia parte da atividade, não se sujeitou à tentativa de manipulação da turma; sofreu conseqüências por isso, mas se manteve firme contra tal injustiça. Afinal, a atividade envolvendo jogos é de grande relevância e os alunos têm o mérito da vitória, isso ninguém pode tirar deles.
  • 26. É uma pena que nenhum superior tenha tomado alguma atitude a respeito do caso, o que deixou os alunos desacreditados quanto ao valor do seu trabalho. Só espero que esse tipo de coisa não se repita. Aproveito para deixar registrado meus parabéns ao grupo, e ainda, dizer a cada um, que as pedras são colocadas no meio do caminho para tornar o desafio mais excitante, porém, elas não impedem a caminhada; assim, se o reconhecimento for o final de nossa caminhada, vocês podem ter certeza de que contornaremos qualquer pedra para alcançá-lo. Ah! Você ainda está aí? Viu só como, mesmo em solo seco, dá para ser um “plantador de sementes”? Como eu disse, não é nada fácil, porém, é maravilhoso acompanhar o crescimento da árvore e contemplar os frutos que ela dá. “Educar é semear com sabedoria e colher com paciência.” (Augusto Cury) Contamos nossa experiência, mostramos nossa vitória. Agora, convido você a deixar de ser expectador e se tornar um vitorioso, pois, você pode fazer a diferença. Alessandra
  • 27. Bem, nunca fui boa com a colocação de palavras, mas a Prof.ª Alessandra pediu para que eu escrevesse algumas palavras sobre as experiências que vivenciamos com o grupo de jogos. Para mim, tudo deu inicio quando foi atribuída a disciplina de álgebra elementar no qual teria que ministrar a prática de ensino. Quase fiquei doida, nunca tive nenhum tipo de contato com a prática de ensino em questão. Em pouco tempo a Prof.ª Alessandra me fez o convite de trabalharmos juntas em uma oficina durante a Semana da Matemática cujo tema abordasse jogos matemáticos. A idéia era formar um grupo de pesquisa de jogos matemáticos. Então viria a grande pergunta, o porquê trabalhar com jogos? Os jogos matemáticos ou como diriam os jogos lúdicos são jogos estruturados que permite a quem aplica e a quem usa: - Aprendizado rápido e assertivo; - Aumento na capacidade de adquirir conhecimento formal e informal; - Consciência crítica; - Assumir responsabilidade; - Tomar decisão; - Motivação interna e externa; - Comunicação, criatividade e auto-estima; - Pensamento estratégico e sistêmico; - Encontrar respostas dentro de si. Os jogos são instrumentos lúdicos de aprendizagem que de forma agradável e eficaz proporcionam velocidade no processo de mudança de comportamento e aquisição de novos conhecimentos. Aprender jogando é a maneira mais prazerosa, segura e atualizada de ensinar.
  • 28. De experiências vividas anteriormente, a Alessandra e eu, pensamos em fazer algo diferente. Como já estava convivendo com os alunos ingressantes do curso de Matemática fiquei responsável por escolher alguns alunos para compor o grupo. Foi difícil escolher dentre os alunos da sala, pois cada um tem muito que acrescentar ao projeto, mas pensamos em trabalhar com um grupo composto por doze alunos. O grupo oficialmente já de cara teria cinco alunos que são os que faziam parte do projeto “Assistência no Laboratório de Ensino de Matemática – LEM” e por receberem bolsa tinham que fazer parte do projeto de jogos. Portanto, os sete alunos restantes foram escolhidos por terem se destacado mais dentro das atividades didáticas da prática de ensino na disciplina de álgebra elementar. Quero ressaltar que qualquer aluno da sala poderia ter sido escolhido, pois todos se mostraram esforçados e interessados dentro desta nova área que é a prática de ensino. Quando começamos a separar os grupos e os jogos que iríamos abordar já nos deparamos com os problemas. A vontade deles era muita, mas tudo que é muito não é bom, pois era de forma desorganizada. Queríamos colocar eles para trabalhar e gastar toda aquela energia, mas estávamos de mãos atadas. Precisávamos comprar material e nem poder para fazer o pedido de compra não tínhamos. E o tempo foi passando e tudo estava enrolado, por fim, o descaso total. Posso dizer que os alunos que fazem parte do grupo têm muita personalidade, pois eles poderiam ter dito não, mesmo sabendo que iriam trabalhar demais e na correria, mesmo assim disseram “sim”. A atividade desenvolvida durante a Semana da Matemática foi o marco que fez com que os alunos comprassem a briga de tentar mostrar para as pessoas que podemos aprender matemática brincando. Encontramos muitas dificuldades,
  • 29. mas na vida é assim que funciona, só aprendemos a sobreviver e a vencer quando tudo é mais difícil, só assim o prazer da vitória tem mais sabor. Pessoalmente, pude presenciar com muita satisfação o crescimento de cada aluno que faz parte do grupo de jogos. O amadurecimento individual frente a cada situação imposta pelo trabalho desenvolvido foi presenciado pela Prof.ª Alessandra e por mim. Uma sensação que gostaria de dividir com as pessoas foi à experiência vivida na escola “Nelson Duarte Rocha” em Selvíria. Achei que tinha visto tudo na vida, mas o melhor estaria por vir. Quando o grupo começou a se apresentar uma maneira alternativa de aprender matemática brincando para aquelas crianças eu pude ver dentro dos olhinhos delas a vontade de aprender. É uma sensação nunca sentida... Para mim, foi a melhor experiência da minha vida... E com certeza esse foi “ápice” que queríamos chegar... Não sei quanto aos membros do grupo, mas achei que foi o gás que eles precisavam para continuar tendo esperanças em mostrar o seu trabalho de tal forma que seja aceito por profissionais e alunos do curso de Matemática. “... Se nós vivêssemos sem a Matemática, isso fazia com que fossemos regularmente enganados pelos outros...” Nuno Miguel de Sousa Barreira 11ºA Escola Sec. Figueiró dos Vinhos 1997 Um grupo composto por doze alunos, sendo que sete deles não possuem uma bolsa que incentivasse o trabalho, ou seja, a maioria dos
  • 30. alunos estava ali desenvolvendo uma idéia que acreditavam e com certeza isto foi o maior motivo dos alunos continuarem no grupo de jogos. No decorrer do ano de 2007 os alunos conquistaram um espaço onde puderam mostrar um pouco da matemática não da forma corriqueira, mas sim de uma forma criativa e que eles viram que os frutos colhidos são mais saborosos. Para o ano de 2008 temos muitos planos que espero em Deus que se concretizem e tenho certeza que se depender deles estão aí com muita vontade de continuar o trabalho. Para nós, a Prof.ª Alessandra e eu, fica a imensa satisfação e o prazer de fazer parte deste projeto e aprender muito, pois sei que, “o melhor professor é aquele que aprende com seus alunos”. "A questão primordial não é o que sabemos, mas como sabemos" Aristóteles Mara