O documento resume os principais conceitos da física, metafísica, psicologia, ética, política e lógica de acordo com Aristóteles. A física aristotélica foca no movimento e na mudança. A alma é dividida em vegetativa, sensitiva e intelectiva. A ética trata da virtude como um meio-termo e da felicidade. A política analisa a cidade-estado e diferentes formas de governo. A lógica inclui categorias, silogismos e os princípios da demonstração.
1. A FÍSICA E A MATEMÁTICA
Característica da física aristotélica
Para Aristóteles, a física é a segunda ciência teorética. A física, para nós se
identifica como ciência da natureza, por conta de Galileu, entendida
quantitativamente.
Teoria do movimento
Como a física é a explicação do movimento está é sua parte principal. O
movimento não se pressupõe a não ser como nada, mas sim não ser como
potencia, que desenvolve um âmbito do ser, Passagem do ser (potencial) para
ser (atuado).
É possível deduzir da tabua de varias formas de mutação. Em especial
devemos considerar tais categorias:
1) Da substância: a mutação segundo a substância é “a geração e a
corrupção”.
2) da qualidade: a mutação segundo a qualidade é a “alteração”
3) da quantidade: a mutação segundo a quantidade é “o aumento e a
diminuição.
4) do lugar: a mutação segundo o lugar é “a translação”.
A estrutura hilemórfica da realidade sensível, q se implica em matéria,
portanto, em potencialidade, sendo assim constitui a raiz de todo
movimento. O espaço, o tempo, o infinito. Os conceitos espaço e tempo
estão relacionados com o movimento.
Aristóteles diz que há um “lugar natural” onde cada elemento parece tender sua
própria natureza; o fogo e o ar tendem para o “alto”, a terra e a águas para
“baixo”. Alto e baixo não são algo relativo, mas determinações “naturais”.
2. O sentido do movimento, em geral é a continuidade. É impossível existir
tempo se não houver alma. O infinito só existe em potência ou em potencia.
Em potencia, por exemplo, é o numero, pois é possível acrescentar
qualquer numero em outro numero sem chegar ao extremo. O espaço
também é um infinito em potencia , porque é indivisível , e o resultado da
divisão é sempre uma grandeza que, como tal, é ulteriormente divisível.
O éter ou “quinta essência” e a divisão do mundo físico em mundo
sublunar e mundo celeste. Aristóteles distinguiu a realidade sensível em
duas esferas completamente diferentes entre si: de um lado “sublunar”, e do
outro “supralunar” ou celeste. O mundo sublunar é caracterizado por suas
mutações, a qual predomina a geração e a corrupção. Já o supralunar é
caracterizado por seu “movimento circular”.
Não é de se surpreender que a física esteja prenhe na metafísica, chegando a
culminar a demonstração da existência de um Motor primeiro imóvel
radicalmente convencido de que, “se não houvesse o eterno, não existiria
tampouco o devir”.
A matemática e a natureza de seus objetos
Aristóteles não deu uma atenção especial para as ciências matemáticas, de
vez nutri um interesse bem menor do que Platão, que fez dela uma via de
acesso obrigatório para a metafisica das ideias, chegou a escrever no portão
da sua escola “quem não for geômetra, não entra”.
Platão e vários de seus alunos estendiam as ciências matemáticas como
entidades ideais separadas das sensíveis. Solução de Aristóteles: os objetos
matemáticos não são entidades reais, mas tão pouco algo irreal. Eles existem
3. “potencialmente”, mas coisas sensíveis, sendo que nossa razão “separa”
através da abstração.
A psicologia
A alma e sua tripartição
O Estagirita dedica uma grande parte de seu tempo em seres animados, entre
qual se destaca por sua profundidade, o celebre tratado sobre alma, que
examinaremos agora.
Os seres animados são diferentes dos seres inanimados, poisos animados
possuem um principio que dão vida a eles, que é a alma.
A alma vegetativa e suas funções
A alma vegetativa é o principio mais elementar da vida, pois governa e regula
as atividades biológicas.
Por fim, preside a “reprodução”, que é o objetivo de toda forma de vida finita no
tempo.
A alma sensitiva, o conhecimento sensível, o apetite e o movimento
Os animais possuem sensações, assim como apetite e movimento. Temos que
precidir outro principio que é precisamente a alma sensitiva.
“A faculdade sensitiva é em potencia, aquilo que já é sensível em outro ato...
Assim, ela sofre a ação enquanto não é semelhante; mas, depois de sofrê-la,
torna-se semelhante, sendo como o sensível”.
A alma intelectiva e o conhecimento racional
A sensibilidade não é redutível a simples vida vegetativa e ao principio da
nutrição, contundo um Plus que não pode ser explicado senão introduzindo-se
ulteriormente o princípio da alma sensitiva, assim como o pensamento e as
4. operações ligadas a ele, como uma escolha racional, esse Plus que só pode
ser explicado introduzindo-se ulteriormente outro princípio: o da alma racional.
Este ato intelectivo é análogo ao ato perceptivo, assimila as “formas
inteligíveis” da mesma forma que o ato perceptivo é um assimilar as “formas
sensíveis”, mas não se mistura ao corpo e nem ao corpóreo. “O órgão dos
sentidos não existe sem o corpo, enquanto a inteligência existe por sua própria
conta”.
AS CIÊNCIAS PRATICAS: A ÉTICA E A POLITICA
O fim supremo do homem, ou seja, a felicidade
Depois das ciências teoréticas, na sistematização do saber, vem as ciências
praticas, que se refere ao que os homens querem atingir e suas condutas, seja
considerados indivíduos dentro de uma sociedade. O estudo da conduta ou do
fim de um homem como individuo é a ética, sendo que parte da sociedade e da
politica.
O discurso socrático-platônico é plenamente acolhido aqui. Aristóteles afirma
que cada um de nós não é uma alma, mas sim a parte mais elevada da alma,
fica claro que cada um é sobretudo intelecto.
As virtudes éticas como “justo meio entre os extremos”
O homem é principalmente a razão, mas não completamente a razão. Na alma
“algo estranho é a razão que se opõe e reside”, mas participa da razão. A parte
vegetativa não participa na razão, a do apetite de alguma forma participa, pois
quando ela escuta obedece. Portanto a virtude é mediana, pois
constantemente tende para o meio.
Errar é possível de vários modos, agir corretamente só é possível de um modo.
O excesso é a falta são próprios do vicio, e a mediana é própria da virtude.
5. Dentre todas as virtudes da ética, destaca-se a da justiça, do qual se
distribuem o bem, os ganhos.
As virtudes dianoéticas e a felicidade perfeita
A perfeita alma racional, chamada por Aristóteles de virtude “dianoéticas”. A
sabedoria de um homem depende saber o que é o bem e o mal para ele
mesmo.
Acenos à psicologia do ato moral
Aristóteles teve o mérito de tentar superar o intelectualismo socrático. Como
um bom realista, percebeu que “fazer ou realizar o bem” e outra e “conhecer o
bem”. E consequentemente, procurou determinar os processos psíquicos
pressuposto pelo ato mora.
A Cidade e o cidadão
O bem do invidio é da mesma natureza que o bem da cidade, esse é o mais
“divino”, pois vai de uma coisa privada ao social, que para o homem grego, o
individuo em função da cidade e não a cidade em função do individuo. “Quem
não pode fazer parte de uma comunidade, que não tem necessidade de nada,
basta a si mesmo, não é parte de uma cidade, é uma fera ou Deus”.
O estudo e suas formas
O estudo pode ter diferentes formas, ou diferentes constituições. A constituição
é o que da ordem nas cidades, estabelecendo assim o funcionamento de todos
os cargos , sobretudo com a superioridade soberana.
Como o poder soberano pode ser constituído?
1- Por um só homem ... Monarquia, Tirania
2- Por poucos homens... Aristocracia, Oligarquia
6. 3- Pela maior parte dos homens e como quem governa pode governar...
Politica, Democracia
O estado ideal
Com o fim do estado moral, o que se deve visar é o incremento da virtude.
Assim Aristóteles escreveu “podemos dizer que feliz e florescente é a Cidade
virtuosa. O valor, a justiça e o bom senso de uma Cidade têm a mesma
potência e forma que a sua presença em um cidadão privado faz com que ele
seja considerado justo, ajuizado e sábio”.
LÓGICA, A RETÓRICA E A POÉTICA
A lógica ou ¨analítica¨
A logica não encontrou um lugar no esquema no qual Estagira subdividiu e
sistematizou as ciências, pois considera de que qualquer discurso que
pretenda demonstrar algo, em geral, ser probante.
As categorias ou ¨predicamentos¨
O Tratado sobre as categorias é pode ser tratado como a forma mais simples
da lógica. Se tomarmos Se tomarmos formulações como “homem corre” ou
então “homem vence”, separando o sujeito do predicado obteremos “palavras
sem conexão”, seja não terá nenhum laço de formação, mas juntos dão origem
a formulação. Como se vê trata-se das categorias da metafísica.
A definição
Como as categorias não são simplesmente os termos que derivam da
decomposição, mas sim dos gêneros onde são redutíveis ou onde eles sob
recaem em categorias de algo primário, assim não é redutível. Assim não são
definíeis, pois não temos algo possamos ter para determiná-las.
7. Portanto, tocamos na questão de Aristóteles para a definição, pois não se trata
de categorias, mas sim de analíticos segundo entre outros escritos. A definição
diz respeito a termos e conceitos.
Os juízos as proposições
Quando afirmando ou negando algo de alguma outra coisa temos “juízo”. O
juízo, portanto é onde afirmamos ou negamos um ato de um conceito em
relação a outro conceito. E a expressão lógica do juízo é a “enunciação” ou
“proposição”.
O silogismo em geral e sua estrutura
Quando afirmamos ou negamos alguma coisa em relação a outra, isso é
quando formulamos proposições ainda não estamos raciocinando. Também
não estamos raciocinando como fazemos vários juízos e relacionamos varias
proposições desconexas entre si. As diversas figuras – schémata – são
diferenciadas pelas diferenças do termo médio pode ocupar em relação aos
extremos das premissas.
O silogismo científico ou “demonstração”
O silogismo mostra sua própria essência do raciocinar, portanto, prescinde
do conteúdo das premissas e das conclusões. Já o silogismo “cientifica” ou
“demonstrativos” se diferenciam do silogismo geral, pois além da correção
da inferência, também se diz respeito ao valor das verdades das premissas.
O conhecimento imediato: inferência e intuição
O silogismo é um processo dedutivo, pois extrai verdades particulares
universais.
8. a) Indução: É o que se extrai o particular universal
b) Intuição: É a captação pura dos princípios primeiros por parte do
intelecto.
Os princípios da demonstração e o principio da não contradição
As premissas são colhidas por indução e intuição. Assumindo a
existência do âmbito, é a existência do sujeito onde verterão toda a sua
determinação, Aristóteles chama de gênero-sujeito.
Cada ciência trata de definir uma série de termos que lhe pertencem, por
exemplo, números impares e pares. As ciências devem utilizar certos
“aximas”, ou seja, proposição verdadeira de verdade intuitiva.
O silogismo dialético e o silogismo erístico
Segundo Aristóteles o silogismo dialético serve para que se possa conversar
com umas pessoas comuns ou mesmo doutras, colocando seu ponto de vista,
não colocando pontos de vistas estranhos a ele, mas precisamente no mesmo
ponto de vista.
Além de derivar premissas fundadas na opinião, alguns silogismos podem
parecer ser fundados de opinião. Temos então o silogismo erístico. Também
ocorrem alguns silogismos que parecem ser, mas não são, pois a conclusão foi
formulada errada, temos então o paralogismo, raciocínio errado.
Conclusões sobre a lógica aristotélica
Kant considerava que a lógica aristotélica nasceu perfeita, entendia como a
lógica puramente formal. Despois de se descobrir lógicas simbólicas, está não
mais poderia ser utilizada, pois os símbolos facilitaram muitos cálculos e
mudou várias coisas. Kant entendia como a lógica puramente formal.
9. A retórica
A retorica é uma espécie de “persuadir” as pessoas, ou seja, tentar convencer
alguém de algo que você queria, identificando as suas estruturas fundamentais.
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A poética
Qual a natureza do fato e do discurso poético o que visa? São duas questões
que temos que concentrar a atenção nas respostas do filosófico em questão. o
conceito de “mimese” e o conceito de “catarse”.