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A FÍSICA E A MATEMÁTICA

          Característica da física aristotélica

Para Aristóteles, a física é a segunda ciência teorética. A física, para nós se

identifica como ciência da natureza, por conta de Galileu, entendida

quantitativamente.

          Teoria do movimento

Como a física é a explicação do movimento está é sua parte principal. O

movimento não se pressupõe a não ser como nada, mas sim não ser como

potencia, que desenvolve um âmbito do ser, Passagem do ser (potencial) para

ser (atuado).

É possível deduzir da tabua de varias formas de mutação. Em especial

devemos considerar tais categorias:

   1) Da substância: a mutação segundo a substância é “a geração e a

      corrupção”.

   2) da qualidade: a mutação segundo a qualidade é a “alteração”

   3) da quantidade: a mutação segundo a quantidade é “o aumento e a

      diminuição.

   4) do lugar: a mutação segundo o lugar é “a translação”.

   A estrutura hilemórfica da realidade sensível, q se implica em matéria,

   portanto, em potencialidade, sendo assim constitui a raiz de todo

   movimento. O espaço, o tempo, o infinito. Os conceitos espaço e tempo

   estão relacionados com o movimento.

Aristóteles diz que há um “lugar natural” onde cada elemento parece tender sua

própria natureza; o fogo e o ar tendem para o “alto”, a terra e a águas para

“baixo”. Alto e baixo não são algo relativo, mas determinações “naturais”.
O sentido do movimento, em geral é a continuidade. É impossível existir

   tempo se não houver alma. O infinito só existe em potência ou em potencia.

   Em potencia, por exemplo, é o numero, pois é possível acrescentar

   qualquer numero em outro numero sem chegar ao extremo. O espaço

   também é um infinito em potencia , porque é indivisível , e o resultado da

   divisão é sempre uma grandeza que, como tal, é ulteriormente divisível.

      O éter ou “quinta essência” e a divisão do mundo físico em mundo

   sublunar e mundo celeste. Aristóteles distinguiu a realidade sensível em

   duas esferas completamente diferentes entre si: de um lado “sublunar”, e do

   outro “supralunar” ou celeste. O mundo sublunar é caracterizado por suas

   mutações, a qual predomina a geração e a corrupção. Já o supralunar é

   caracterizado por seu “movimento circular”.

Não é de se surpreender que a física esteja prenhe na metafísica, chegando a

culminar a demonstração da existência de um Motor primeiro imóvel

radicalmente convencido de que, “se não houvesse o eterno, não existiria

tampouco o devir”.

               A matemática e a natureza de seus objetos

Aristóteles não deu uma atenção especial para as ciências matemáticas, de

vez nutri um interesse bem menor do que Platão, que fez dela uma via de

acesso obrigatório para a metafisica das ideias, chegou a escrever no portão

da sua escola “quem não for geômetra, não entra”.

Platão e vários de seus alunos estendiam as ciências matemáticas como

entidades ideais separadas das sensíveis. Solução de Aristóteles: os objetos

matemáticos não são entidades reais, mas tão pouco algo irreal. Eles existem
“potencialmente”, mas coisas sensíveis, sendo que nossa razão “separa”

através da abstração.

A psicologia

          A alma e sua tripartição

O Estagirita dedica uma grande parte de seu tempo em seres animados, entre

qual se destaca por sua profundidade, o celebre tratado sobre alma, que

examinaremos agora.

Os seres animados são diferentes dos seres inanimados, poisos animados

possuem um principio que dão vida a eles, que é a alma.

A alma vegetativa e suas funções

A alma vegetativa é o principio mais elementar da vida, pois governa e regula

as atividades biológicas.

Por fim, preside a “reprodução”, que é o objetivo de toda forma de vida finita no

tempo.

A alma sensitiva, o conhecimento sensível, o apetite e o movimento

Os animais possuem sensações, assim como apetite e movimento. Temos que

precidir outro principio que é precisamente a alma sensitiva.

“A faculdade sensitiva é em potencia, aquilo que já é sensível em outro ato...

Assim, ela sofre a ação enquanto não é semelhante; mas, depois de sofrê-la,

torna-se semelhante, sendo como o sensível”.

A alma intelectiva e o conhecimento racional

A sensibilidade não é redutível a simples vida vegetativa e ao principio da

nutrição, contundo um Plus que não pode ser explicado senão introduzindo-se

ulteriormente o princípio da alma sensitiva, assim como o pensamento e as
operações ligadas a ele, como uma escolha racional, esse Plus que só pode

ser explicado introduzindo-se ulteriormente outro princípio: o da alma racional.

Este ato intelectivo é análogo ao ato perceptivo, assimila as “formas

inteligíveis” da mesma forma que o ato perceptivo é um assimilar as “formas

sensíveis”, mas não se mistura ao corpo e nem ao corpóreo. “O órgão dos

sentidos não existe sem o corpo, enquanto a inteligência existe por sua própria

conta”.

AS CIÊNCIAS PRATICAS: A ÉTICA E A POLITICA

O fim supremo do homem, ou seja, a felicidade

Depois das ciências teoréticas, na sistematização do saber, vem as ciências

praticas, que se refere ao que os homens querem atingir e suas condutas, seja

considerados indivíduos dentro de uma sociedade. O estudo da conduta ou do

fim de um homem como individuo é a ética, sendo que parte da sociedade e da

politica.

O discurso socrático-platônico é plenamente acolhido aqui. Aristóteles afirma

que cada um de nós não é uma alma, mas sim a parte mais elevada da alma,

fica claro que cada um é sobretudo intelecto.

As virtudes éticas como “justo meio entre os extremos”

O homem é principalmente a razão, mas não completamente a razão. Na alma

“algo estranho é a razão que se opõe e reside”, mas participa da razão. A parte

vegetativa não participa na razão, a do apetite de alguma forma participa, pois

quando ela escuta obedece. Portanto a virtude é mediana, pois

constantemente tende para o meio.

Errar é possível de vários modos, agir corretamente só é possível de um modo.

O excesso é a falta são próprios do vicio, e a mediana é própria da virtude.
Dentre todas as virtudes da ética, destaca-se a da justiça, do qual se

distribuem o bem, os ganhos.

As virtudes dianoéticas e a felicidade perfeita

A perfeita alma racional, chamada por Aristóteles de virtude “dianoéticas”. A

sabedoria de um homem depende saber o que é o bem e o mal para ele

mesmo.

Acenos à psicologia do ato moral

Aristóteles teve o mérito de tentar superar o intelectualismo socrático. Como

um bom realista, percebeu que “fazer ou realizar o bem” e outra e “conhecer o

bem”. E consequentemente, procurou determinar os processos psíquicos

pressuposto pelo ato mora.

A Cidade e o cidadão

O bem do invidio é da mesma natureza que o bem da cidade, esse é o mais

“divino”, pois vai de uma coisa privada ao social, que para o homem grego, o

individuo em função da cidade e não a cidade em função do individuo. “Quem

não pode fazer parte de uma comunidade, que não tem necessidade de nada,

basta a si mesmo, não é parte de uma cidade, é uma fera ou Deus”.

O estudo e suas formas

O estudo pode ter diferentes formas, ou diferentes constituições. A constituição

é o que da ordem nas cidades, estabelecendo assim o funcionamento de todos

os cargos , sobretudo com a superioridade soberana.

Como o poder soberano pode ser constituído?

   1- Por um só homem ... Monarquia, Tirania

   2- Por poucos homens... Aristocracia, Oligarquia
3- Pela maior parte dos homens e como quem governa pode governar...

      Politica, Democracia


O estado ideal


Com o fim do estado moral, o que se deve visar é o incremento da virtude.

Assim Aristóteles escreveu “podemos dizer que feliz e florescente é a Cidade

virtuosa. O valor, a justiça e o bom senso de uma Cidade têm a mesma

potência e forma que a sua presença em um cidadão privado faz com que ele

seja considerado justo, ajuizado e sábio”.

LÓGICA, A RETÓRICA E A POÉTICA

A lógica ou ¨analítica¨

A logica não encontrou um lugar no esquema no qual Estagira subdividiu e

sistematizou as ciências, pois considera de que qualquer discurso que

pretenda demonstrar algo, em geral, ser probante.

As categorias ou ¨predicamentos¨

O Tratado sobre as categorias é pode ser tratado como a forma mais simples

da lógica. Se tomarmos Se tomarmos formulações como “homem corre” ou

então “homem vence”, separando o sujeito do predicado obteremos “palavras

sem conexão”, seja não terá nenhum laço de formação, mas juntos dão origem

a formulação. Como se vê trata-se das categorias da metafísica.

A definição

Como as categorias não são simplesmente os termos que derivam da

decomposição, mas sim dos gêneros onde são redutíveis ou onde eles sob

recaem em categorias de algo primário, assim não é redutível. Assim não são

definíeis, pois não temos algo possamos ter para determiná-las.
Portanto, tocamos na questão de Aristóteles para a definição, pois não se trata

de categorias, mas sim de analíticos segundo entre outros escritos. A definição

diz respeito a termos e conceitos.



Os juízos as proposições

Quando afirmando ou negando algo de alguma outra coisa temos “juízo”. O

juízo, portanto é onde afirmamos ou negamos um ato de um conceito em

relação a outro conceito. E a expressão lógica do juízo é a “enunciação” ou

“proposição”.

O silogismo em geral e sua estrutura

Quando afirmamos ou negamos alguma coisa em relação a outra, isso é

quando formulamos proposições ainda não estamos raciocinando. Também

não estamos raciocinando como fazemos vários juízos e relacionamos varias

proposições desconexas entre si. As diversas figuras – schémata – são

diferenciadas pelas diferenças do termo médio pode ocupar em relação aos

extremos das premissas.

   O silogismo científico ou “demonstração”

   O silogismo mostra sua própria essência do raciocinar, portanto, prescinde

   do conteúdo das premissas e das conclusões. Já o silogismo “cientifica” ou

   “demonstrativos” se diferenciam do silogismo geral, pois além da correção

   da inferência, também se diz respeito ao valor das verdades das premissas.



O conhecimento imediato: inferência e intuição

O silogismo é um processo dedutivo, pois extrai verdades particulares

universais.
a) Indução: É o que se extrai o particular universal

   b) Intuição: É a captação pura dos princípios primeiros por parte do

      intelecto.


Os princípios da demonstração e o principio da não contradição

      As premissas são colhidas por indução e intuição. Assumindo a

      existência do âmbito, é a existência do sujeito onde verterão toda a sua

      determinação, Aristóteles chama de gênero-sujeito.

      Cada ciência trata de definir uma série de termos que lhe pertencem, por

      exemplo, números impares e pares. As ciências devem utilizar certos

      “aximas”, ou seja, proposição verdadeira de verdade intuitiva.



O silogismo dialético e o silogismo erístico

Segundo Aristóteles o silogismo dialético serve para que se possa conversar

com umas pessoas comuns ou mesmo doutras, colocando seu ponto de vista,

não colocando pontos de vistas estranhos a ele, mas precisamente no mesmo

ponto de vista.

Além de derivar premissas fundadas na opinião, alguns silogismos podem

parecer ser fundados de opinião. Temos então o silogismo erístico. Também

ocorrem alguns silogismos que parecem ser, mas não são, pois a conclusão foi

formulada errada, temos então o paralogismo, raciocínio errado.

Conclusões sobre a lógica aristotélica

Kant considerava que a lógica aristotélica nasceu perfeita, entendia como a

lógica puramente formal. Despois de se descobrir lógicas simbólicas, está não

mais poderia ser utilizada, pois os símbolos facilitaram muitos cálculos e

mudou várias coisas. Kant entendia como a lógica puramente formal.
A retórica

A retorica é uma espécie de “persuadir” as pessoas, ou seja, tentar convencer

alguém de algo que você queria, identificando as suas estruturas fundamentais.

.

A poética

Qual a natureza do fato e do discurso poético o que visa? São duas questões

que temos que concentrar a atenção nas respostas do filosófico em questão. o

conceito de “mimese” e o conceito de “catarse”.

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Aristóteles

  • 1. A FÍSICA E A MATEMÁTICA Característica da física aristotélica Para Aristóteles, a física é a segunda ciência teorética. A física, para nós se identifica como ciência da natureza, por conta de Galileu, entendida quantitativamente. Teoria do movimento Como a física é a explicação do movimento está é sua parte principal. O movimento não se pressupõe a não ser como nada, mas sim não ser como potencia, que desenvolve um âmbito do ser, Passagem do ser (potencial) para ser (atuado). É possível deduzir da tabua de varias formas de mutação. Em especial devemos considerar tais categorias: 1) Da substância: a mutação segundo a substância é “a geração e a corrupção”. 2) da qualidade: a mutação segundo a qualidade é a “alteração” 3) da quantidade: a mutação segundo a quantidade é “o aumento e a diminuição. 4) do lugar: a mutação segundo o lugar é “a translação”. A estrutura hilemórfica da realidade sensível, q se implica em matéria, portanto, em potencialidade, sendo assim constitui a raiz de todo movimento. O espaço, o tempo, o infinito. Os conceitos espaço e tempo estão relacionados com o movimento. Aristóteles diz que há um “lugar natural” onde cada elemento parece tender sua própria natureza; o fogo e o ar tendem para o “alto”, a terra e a águas para “baixo”. Alto e baixo não são algo relativo, mas determinações “naturais”.
  • 2. O sentido do movimento, em geral é a continuidade. É impossível existir tempo se não houver alma. O infinito só existe em potência ou em potencia. Em potencia, por exemplo, é o numero, pois é possível acrescentar qualquer numero em outro numero sem chegar ao extremo. O espaço também é um infinito em potencia , porque é indivisível , e o resultado da divisão é sempre uma grandeza que, como tal, é ulteriormente divisível. O éter ou “quinta essência” e a divisão do mundo físico em mundo sublunar e mundo celeste. Aristóteles distinguiu a realidade sensível em duas esferas completamente diferentes entre si: de um lado “sublunar”, e do outro “supralunar” ou celeste. O mundo sublunar é caracterizado por suas mutações, a qual predomina a geração e a corrupção. Já o supralunar é caracterizado por seu “movimento circular”. Não é de se surpreender que a física esteja prenhe na metafísica, chegando a culminar a demonstração da existência de um Motor primeiro imóvel radicalmente convencido de que, “se não houvesse o eterno, não existiria tampouco o devir”. A matemática e a natureza de seus objetos Aristóteles não deu uma atenção especial para as ciências matemáticas, de vez nutri um interesse bem menor do que Platão, que fez dela uma via de acesso obrigatório para a metafisica das ideias, chegou a escrever no portão da sua escola “quem não for geômetra, não entra”. Platão e vários de seus alunos estendiam as ciências matemáticas como entidades ideais separadas das sensíveis. Solução de Aristóteles: os objetos matemáticos não são entidades reais, mas tão pouco algo irreal. Eles existem
  • 3. “potencialmente”, mas coisas sensíveis, sendo que nossa razão “separa” através da abstração. A psicologia A alma e sua tripartição O Estagirita dedica uma grande parte de seu tempo em seres animados, entre qual se destaca por sua profundidade, o celebre tratado sobre alma, que examinaremos agora. Os seres animados são diferentes dos seres inanimados, poisos animados possuem um principio que dão vida a eles, que é a alma. A alma vegetativa e suas funções A alma vegetativa é o principio mais elementar da vida, pois governa e regula as atividades biológicas. Por fim, preside a “reprodução”, que é o objetivo de toda forma de vida finita no tempo. A alma sensitiva, o conhecimento sensível, o apetite e o movimento Os animais possuem sensações, assim como apetite e movimento. Temos que precidir outro principio que é precisamente a alma sensitiva. “A faculdade sensitiva é em potencia, aquilo que já é sensível em outro ato... Assim, ela sofre a ação enquanto não é semelhante; mas, depois de sofrê-la, torna-se semelhante, sendo como o sensível”. A alma intelectiva e o conhecimento racional A sensibilidade não é redutível a simples vida vegetativa e ao principio da nutrição, contundo um Plus que não pode ser explicado senão introduzindo-se ulteriormente o princípio da alma sensitiva, assim como o pensamento e as
  • 4. operações ligadas a ele, como uma escolha racional, esse Plus que só pode ser explicado introduzindo-se ulteriormente outro princípio: o da alma racional. Este ato intelectivo é análogo ao ato perceptivo, assimila as “formas inteligíveis” da mesma forma que o ato perceptivo é um assimilar as “formas sensíveis”, mas não se mistura ao corpo e nem ao corpóreo. “O órgão dos sentidos não existe sem o corpo, enquanto a inteligência existe por sua própria conta”. AS CIÊNCIAS PRATICAS: A ÉTICA E A POLITICA O fim supremo do homem, ou seja, a felicidade Depois das ciências teoréticas, na sistematização do saber, vem as ciências praticas, que se refere ao que os homens querem atingir e suas condutas, seja considerados indivíduos dentro de uma sociedade. O estudo da conduta ou do fim de um homem como individuo é a ética, sendo que parte da sociedade e da politica. O discurso socrático-platônico é plenamente acolhido aqui. Aristóteles afirma que cada um de nós não é uma alma, mas sim a parte mais elevada da alma, fica claro que cada um é sobretudo intelecto. As virtudes éticas como “justo meio entre os extremos” O homem é principalmente a razão, mas não completamente a razão. Na alma “algo estranho é a razão que se opõe e reside”, mas participa da razão. A parte vegetativa não participa na razão, a do apetite de alguma forma participa, pois quando ela escuta obedece. Portanto a virtude é mediana, pois constantemente tende para o meio. Errar é possível de vários modos, agir corretamente só é possível de um modo. O excesso é a falta são próprios do vicio, e a mediana é própria da virtude.
  • 5. Dentre todas as virtudes da ética, destaca-se a da justiça, do qual se distribuem o bem, os ganhos. As virtudes dianoéticas e a felicidade perfeita A perfeita alma racional, chamada por Aristóteles de virtude “dianoéticas”. A sabedoria de um homem depende saber o que é o bem e o mal para ele mesmo. Acenos à psicologia do ato moral Aristóteles teve o mérito de tentar superar o intelectualismo socrático. Como um bom realista, percebeu que “fazer ou realizar o bem” e outra e “conhecer o bem”. E consequentemente, procurou determinar os processos psíquicos pressuposto pelo ato mora. A Cidade e o cidadão O bem do invidio é da mesma natureza que o bem da cidade, esse é o mais “divino”, pois vai de uma coisa privada ao social, que para o homem grego, o individuo em função da cidade e não a cidade em função do individuo. “Quem não pode fazer parte de uma comunidade, que não tem necessidade de nada, basta a si mesmo, não é parte de uma cidade, é uma fera ou Deus”. O estudo e suas formas O estudo pode ter diferentes formas, ou diferentes constituições. A constituição é o que da ordem nas cidades, estabelecendo assim o funcionamento de todos os cargos , sobretudo com a superioridade soberana. Como o poder soberano pode ser constituído? 1- Por um só homem ... Monarquia, Tirania 2- Por poucos homens... Aristocracia, Oligarquia
  • 6. 3- Pela maior parte dos homens e como quem governa pode governar... Politica, Democracia O estado ideal Com o fim do estado moral, o que se deve visar é o incremento da virtude. Assim Aristóteles escreveu “podemos dizer que feliz e florescente é a Cidade virtuosa. O valor, a justiça e o bom senso de uma Cidade têm a mesma potência e forma que a sua presença em um cidadão privado faz com que ele seja considerado justo, ajuizado e sábio”. LÓGICA, A RETÓRICA E A POÉTICA A lógica ou ¨analítica¨ A logica não encontrou um lugar no esquema no qual Estagira subdividiu e sistematizou as ciências, pois considera de que qualquer discurso que pretenda demonstrar algo, em geral, ser probante. As categorias ou ¨predicamentos¨ O Tratado sobre as categorias é pode ser tratado como a forma mais simples da lógica. Se tomarmos Se tomarmos formulações como “homem corre” ou então “homem vence”, separando o sujeito do predicado obteremos “palavras sem conexão”, seja não terá nenhum laço de formação, mas juntos dão origem a formulação. Como se vê trata-se das categorias da metafísica. A definição Como as categorias não são simplesmente os termos que derivam da decomposição, mas sim dos gêneros onde são redutíveis ou onde eles sob recaem em categorias de algo primário, assim não é redutível. Assim não são definíeis, pois não temos algo possamos ter para determiná-las.
  • 7. Portanto, tocamos na questão de Aristóteles para a definição, pois não se trata de categorias, mas sim de analíticos segundo entre outros escritos. A definição diz respeito a termos e conceitos. Os juízos as proposições Quando afirmando ou negando algo de alguma outra coisa temos “juízo”. O juízo, portanto é onde afirmamos ou negamos um ato de um conceito em relação a outro conceito. E a expressão lógica do juízo é a “enunciação” ou “proposição”. O silogismo em geral e sua estrutura Quando afirmamos ou negamos alguma coisa em relação a outra, isso é quando formulamos proposições ainda não estamos raciocinando. Também não estamos raciocinando como fazemos vários juízos e relacionamos varias proposições desconexas entre si. As diversas figuras – schémata – são diferenciadas pelas diferenças do termo médio pode ocupar em relação aos extremos das premissas. O silogismo científico ou “demonstração” O silogismo mostra sua própria essência do raciocinar, portanto, prescinde do conteúdo das premissas e das conclusões. Já o silogismo “cientifica” ou “demonstrativos” se diferenciam do silogismo geral, pois além da correção da inferência, também se diz respeito ao valor das verdades das premissas. O conhecimento imediato: inferência e intuição O silogismo é um processo dedutivo, pois extrai verdades particulares universais.
  • 8. a) Indução: É o que se extrai o particular universal b) Intuição: É a captação pura dos princípios primeiros por parte do intelecto. Os princípios da demonstração e o principio da não contradição As premissas são colhidas por indução e intuição. Assumindo a existência do âmbito, é a existência do sujeito onde verterão toda a sua determinação, Aristóteles chama de gênero-sujeito. Cada ciência trata de definir uma série de termos que lhe pertencem, por exemplo, números impares e pares. As ciências devem utilizar certos “aximas”, ou seja, proposição verdadeira de verdade intuitiva. O silogismo dialético e o silogismo erístico Segundo Aristóteles o silogismo dialético serve para que se possa conversar com umas pessoas comuns ou mesmo doutras, colocando seu ponto de vista, não colocando pontos de vistas estranhos a ele, mas precisamente no mesmo ponto de vista. Além de derivar premissas fundadas na opinião, alguns silogismos podem parecer ser fundados de opinião. Temos então o silogismo erístico. Também ocorrem alguns silogismos que parecem ser, mas não são, pois a conclusão foi formulada errada, temos então o paralogismo, raciocínio errado. Conclusões sobre a lógica aristotélica Kant considerava que a lógica aristotélica nasceu perfeita, entendia como a lógica puramente formal. Despois de se descobrir lógicas simbólicas, está não mais poderia ser utilizada, pois os símbolos facilitaram muitos cálculos e mudou várias coisas. Kant entendia como a lógica puramente formal.
  • 9. A retórica A retorica é uma espécie de “persuadir” as pessoas, ou seja, tentar convencer alguém de algo que você queria, identificando as suas estruturas fundamentais. . A poética Qual a natureza do fato e do discurso poético o que visa? São duas questões que temos que concentrar a atenção nas respostas do filosófico em questão. o conceito de “mimese” e o conceito de “catarse”.