2. Proclamação da República (1889)
Governo Provisório (1889-1891): Mal. Deodoro da Fonseca
Debate político na imprensa: fim do império
(República) e da escravidão (abolição).
Surgimento de jornais abolicionistas e republicanos
em todo o Brasil.
Mudanças institucionais:
Federalismo
Grande Naturalização (1890): imigrantes que estavam no Brasil em
15/11/1889 não declararam o desejo de conservar a naturalidade de
origem.
Assembleia Nacional Constituinte
3. Constituição de 1891
Forma de Governo: República
Forma de Estado: Federalismo
Sistema de Governo: Presidencialismo
Divisão de Poderes: Três Poderes (Executivo, Legislativo e
Judiciário)
Voto direto, universal e aberto: brasileiros maiores de 21
anos (exceto: analfabetos, mendigos, soldados, religiosos e
mulheres)
4. Constituição de 1891
Separação entre Igreja e Estado (Estado laico):
Deixou de existir uma religião oficial
Reconhecimento do casamento civil e os cemitérios passaram para
às mãos da administração municipal.
Liberdade de culto
Facilitar a integração de imigrantes alemães, que eram em sua
maioria luteranos.
Censura: primeiros governos republicanos fecham vários jornais
em todo o país, embora a liberdade de imprensa fosse garantida pela
Constituição de 1891.
7. República dos coronéis
Manipulação das Eleições: falsificação de atas, do voto
dos mortos, dos estrangeiros, etc.
O voto não era secreto e maioria dos eleitores estava
sujeito à pressão dos chefes políticos.
Política do Café-com-leite: São Paulo/Minas Gerais
8. Mudanças socioeconômicas
Imigração em massa: cerca de 3,8 milhões de estrangeiros entraram no
Brasil entre 1887 e 1930.
Regiões Centro-Sul, Sul e Leste do Brasil.
Italianos, alemães, espanhóis, portugueses, japoneses, etc.
Imigrantes para trabalharem na lavoura de café.
Política de branqueamento da sociedade: no início do século XIX
foram trazidos imigrantes europeus (suíços e alemães) para o Brasil, como
experiências-piloto de um projeto civilizatório.
9. Mudanças socioeconômicas
Após a abolição dos escravos e o fim do
Império, implementação de uma política de
branqueamento da população (eliminação dos
vestígios indesejados da presença negra e
indígena) e de um sistema produtivo de
imigrantes brancos europeus em detrimento
dos escravos e dos nacionais livres.
Havia um imaginário que associava o
progresso das nações desenvolvidas ao caráter
de seus povos, que por vez seria resultante de
sua constituição racial.
Positivismo e Darwinismo social.
10. Mudanças socioeconômicas
População predominantemente rural e agrícola.
Predomínio das atividades agroexportadoras.
A urbanização refletia maior diversificação da economia, bem como o
desenvolvimento de uma infraestrutura ligada aos transportes, comércio,
bancos e meios de comunicação.
Desenvolvimento das indústrias (indústria têxtil, alimentação, bebidas e
vestuário), principalmente em São Paulo, por causa das condições criadas
pela cafeicultura.
Carência de uma indústria de base (cimento, ferro, aço, máquinas e
equipamentos).
11. Grupos sociais
Latifundiários: política de proteção ao café duramente
criticada pelos grupos econômicos não ligados à cafeicultura.
Burguesia industrial: proprietários dos cafezais (barões do
café que aplicavam seu lucro em indústrias visando diversificar
os investimentos) e imigrantes enriquecidos (antigos
importadores).
Apesar de minoria, representava uma alternativa política ao
monopólio do poder exercido pelas oligarquias.
12. Grupos sociais
Classe média (profissionais liberais, servidores públicos, etc.): grupo
urbano que se opunha ao regime das oligarquias, tanto pela valorização
excessiva do café, quanto pelas fraudes eleitorais, que vedavam a participação
desta classe na política.
Operários: ligados à imigração europeia desde o final do século XIX.
Não existiam leis trabalhistas e as condições de trabalho eram péssimas:
salários baixos , longas jornadas e péssimas condições de trabalho para
homens, mulheres e crianças.
Ausência de legislação trabalhista obrigou os trabalhadores a se organizarem
em diferentes formas de associações.
Importância do jornal na luta por melhores condições de vida e pela
transformação da sociedade.
13. Movimentos sociais
Revolta de Canudos (1893 – 1897): conflito entre
tropas do governo e sertanejos seguidores de Antônio
Conselheiro, no sertão da Bahia.
Arraial de Canudos: 20 a 30 mil pessoas.
Contrários à República (cobrança de impostos e
separação da Igreja do Estado).
Quatro expedições militares: 3ª Expedição:
Coronel Moreira César - 4ª Expedição: Carlos
Bittencourt (Ministro de Guerra).
Euclides da Cunha: “Os Sertões”.
Conflito entre dois Brasis: litorâneo x profundo/
civilização x barbárie.
14. Movimentos sociais
Revolta da Vacina (1904): Varíola e
Febre Amarela (vacinação obrigatória).
Revolta da Chibata (1910): contra
os castigos corporais - João Cândido.
Guerra do Contestado (1912 –
1916): disputa territorial entre Paraná
e Santa Catarina – Beato José Maria.
15. Movimentos sociais
Ciclo de greve entre 1917 e 1920 por melhores condições de
trabalho e conquista de um mínimo de direitos.
Agravamento da carestia e onda revolucionária na Europa com a
Revolução de 1917 na Rússia.
O movimento operário passou ser objeto de preocupações das
elites do país.
Imprensa operária divulgando, principalmente, ideias anarquistas, que
estimulavam a resistência dos trabalhadores.
O impacto da Revolução Russa de 1917 e a expansão da indústria
no país influenciaram a fundação e crescimento do PCB (Partido
Comunista Brasileiro), em 1922.
16. Movimentos sociais
Tenentismo
Série de levantes militares que eclodiram na década de 1920. Originou-se
da insatisfação de jovens oficiais do Exército (Tenentes) com a política das
oligarquias, que não valorizara o Exército.
Os tenentes exigiam o voto secreto, o fim da corrupção oligárquica e a
centralização política.
Também reivindicavam melhores salários e mudanças na estrutura da
carreira que dificultava a ascensão aos postos mais altos.
Revolta do Forte de Copacabana (1922)
Revolução Paulista (1924)
A Coluna Prestes (1925-1927)
17. Movimentos sociais
Colunas de Miguel Costa e Luís
Carlos Prestes
As colunas tenentistas de Miguel Costa
(paulista) e Luís Carlos Prestes (gaúchos)
se encontraram em Foz do Iguaçu,
sempre atacados por forças do governo.
A Coluna Prestes percorreu 11 Estados e
caminhou 25 mil quilômetros.
Luís Carlos Prestes se tornou um herói,
sendo chamado de “Cavaleiro da
Esperança”, pelo menos pelos grupos
urbanos.
18. Revolução de 30
Fatores:
Externo: A Grande Depressão
Interno: A quebra da política do café-com-leite.
Washington Luis apoiou o governador de SP, Júlio Prestes,
desrespeitando o acordo do café com leite, que previa um candidato
indicado por Minas Gerais.
Oligarquias mineiras uniram-se as oligarquias do Rio Grande do Sul
e da Paraíba formando a Aliança Liberal.
Apoio dos remanescentes tenentistas.
19. Revolução de 30
A Aliança Liberal lançou como candidato a presidência,
o governador do Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas.
Para vice, o escolhido foi o governador da Paraíba João
Pessoa.
A fraudulenta máquina eleitoral das oligarquias deu a
vitória ao paulista Júlio Prestes.
Alguns setores da Aliança Liberal não aceitaram o
resultado das eleições e começaram a cogitar uma
revolução.
Assassinato de João Pessoa: estopim para o golpe.
“Façamos a revolução antes que o povo a faça!”
(Antonio Carlos de Andrada – presidente de MG)
20. Revolução de 30
O movimento golpista eclodiu
em Minas Gerais e no Rio
Grande do Sul e se espalhou
pelo país.
Em 24/10/1930 os rebeldes
cercaram o Palácio da
Guanabara e depuseram
Washington Luís.
Getúlio Vargas assume o
Governo Provisório.
21. Revolução de 30
Oligarquias dissidentes: queriam participar do governo, sem
que houvesse mudanças políticas e sociais profundas.
Burguesia industrial: queria ampliar a industrialização,
mantendo os operários sob controle.
Classe média e tenentes: defendiam o fim da corrupção,
modernização política e econômica que gerasse empregos e
economia interna menos dependente da externa.
Operários: queriam mudanças sociais, melhorias nas suas
condições de vida e trabalho, bem como participar da vida
política brasileira.
22. Consequências da Revolução de 30
Centralização do poder
Troca da elite no poder: saem os representantes das
oligarquias e entram os militares, os técnicos diplomados, os
jovens políticos e os industriais.
Promoção da industrialização.
Proteção aos trabalhadores urbanos, incorporando-os a uma
aliança de classes promovidas pelo poder estatal.
Papel central das Forças Armadas como suporte da criação de
uma indústria de base e como fator de garantia da ordem
interna.