O documento descreve as características básicas da imunohistoquímica, incluindo sua capacidade de identificar antígenos celulares ou teciduais através da reação com anticorpos específicos. Detalha os princípios da técnica, etapas, sistemas usuais e aplicações como diagnóstico de neoplasias e detecção de agentes infecciosos.
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Imunohistoquimica
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICSDEPARTAMENTO DE BIOINTERAÇÃODISCIPLINA: IMUNOLOGIA I – ICS 045 IMUNOHISTOQUÍMICA Trabalho realizado pela Doutoranda de Imunologia da UFBA Patrícia Meira, sob orientação dos Professores Robert Schaer, Roberto Meyer, Claudia Brodskin e Ricardo Portela. Atualizado em Fevereiro de 2010.
3. CARACTERÍSTICAS BÁSICAS A imunohistoquímica combina técnicas histológicas, imunológicas e bioquímicas objetivando identificar componentes celulares ou tissulares (denominados antígenos) através da reação com anticorpos específicos, em uma secção histológica, esfregaço ou suspensão celular. A denominação imunohistoquímica é habitualmente utilizada para a avaliação de fragmentos tissulares. Imunocitoquímica, por sua vez, se refere à avaliação a nível celular.
4. Essa técnica imunológica possibilita visualizar distribuição e localização de componentes celulares específicos na célula/tecido. Para tal, o antígeno deve permanecer insolúvel e sua estrutura terciária deve estar preservada, permitindo a ligação com o anticorpo. CARACTERÍSTICAS BÁSICAS
9. Possibilidade de detecção e localização de proteínas intracelulares, bem como do tráfego intracelular. Para essa finalidade, as membranas celulares são solubilizadas com Triton.
10. É possível analisar 1 antígeno particular em vários tecidos em uma mesma lâmina.
21. PRINCÍPIO DA TÉCNICA O anticorpo de detecção, antígeno-específico, é marcado com uma substância fluorescente, elemento radioativo, ouro coloidal ou enzima. As amostras são, então, incubadas com substratos enzimáticos (quando Ac está marcado com enzima), produzindo um produto que sofre precipitação direta no corte histológico, gerando uma coloração castanha ou vermelha, que reflete a distribuição do antígeno alvo no tecido/célula analisado.
22. PRINCÍPIO DA TÉCNICA A reação é feita em lâminas de microscopia e a observação é realizada em microscópio óptico comum ou fluorescente. Frequentemente o anticorpo de detecção é biotinilado (conjugado com biotina, uma vitamina com alta afinidade por estreptoavidina) nos ensaios enzimáticos. Essa metodologia serve para ampliar o sinal gerado, tornando o método mais sensível.
28. PREPARO DA AMOSTRA 3) Desidratação É realizada com álcool absoluto. 4) Clareamento Para tal, é utilizado o xilol. Os efeitos lesivos causados pelo uso do xilol podem ser revertidos por tripsina. 5) Inclusão em blocos de parafina A temperatura não deve ultrapassar 60 °C. 6) Obter secções em micrótomo e re-hidratar com xilol e álcool em diferentes concentrações.
29. AMOSTRAS Células (pellet) Células em monocamada Secções tissulares com vários tipos celulares e componentes da matriz extracelular
35. As peroxidases endógenas, citocromo oxidase e catalase produzem produtos de reação com a diaminobenzidina (DAB), sendo necessário o bloqueio das mesmas com:
59. PROBLEMAS EM IMUNOHISTOQUÍMICA Inativação inadequada de enzimas endógenas. Difusão do Ag investigado do local de síntese para o tecido circundante. Presença de Ag em altas concentrações no plasma perfundindo o tecido anteriormente à sua fixação. Injúria física do tecido por dessecação ou fixação inadequada. Autólise.
60. PROBLEMAS EM IMUNOHISTOQUÍMICA Pigmentos teciduais coloridos similares ao produto final da reação. Reação cruzada inespecífica do Ac quando o epítopo do Ag a ser corado é partilhado com outras proteínas. Ingestão do Ag por fagócitos, resultando em coloração não normalmente observada nessas células.
63. Em neoplasiasDiferenciar uma proliferação celular maligna e benigna. Diagnóstico histogenético de neoplasias morfologicamente indiferenciadas. Subtipagem de neoplasia para seleção terapêutica. Caracterização de produtos de secreção de células neoplásicas (ex: hormônios).
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65. Em neoplasiasCaracterizar a origem de carcinomas. Identificar micrometástases. Avaliação prognóstica (ex: detecção de receptores hormonais em neoplasia mamária). Orientação terapêutica.
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67. Para detecção de antígenos:Virais: dengue, febre amarela, citomagalovírus, adenovírus, etc. Bacterianos: micobactérias, leptospiras. De Fungos: Paracoccidioides, Histoplasma, etc. De Protozoários: Toxoplasma, Trypanosoma cruzi, Leishmania sp, Plamodium sp. De Helmintos: Schistosoma.
68. Imunohistoquímica para CD68 em região de infarto isquêmico em córtex cerebral: identificação de macrófagos no centro necrótico Imunohistoquímica para GFAP em região de infarto isquêmico em córtex cerebral: ausência de astrócitos no centro necrótico e gliose na periferia GAFP = Proteína glial ácida fibrilar