4. Por que é importante para a didática a
relação professor-aluno?
• O ensino é um processo social, logo envolve
indivíduos com diferentes interesses e leituras
de mundo;
• A relação professor-aluno é o terreno no qual
a didática se processa:
– Deve-se considerar essa relação ao propor ações
pedagógicas e estratégias de ensino;
– Não se propõe uma atividade sem considerar seu
modos operandi.
6. É difícil definir os limites do conceito
“relação professor-aluno”
Eles se intrincam na prática do processo
pedagógico com o conteúdo de ensino
e com a metodologia adotada
7. A aula é lugar de interação entre
pessoas
Um momento único de troca de
influências. A relação professor-aluno
no sistema formal é parte da educação
e insubstituível em sua natureza
8. O aluno espera ser reconhecido
como pessoa e valoriza no
professsor as qualidades que os
ligam afetivamente
9. O compromisso político do professor
não é explícito em sua ação.
A prática pedagógica não é neutra. É
preciso caminhar para desvelar essa
perspectiva.
10. Professor e alunos têm papeis
diferentes
Um momento único de troca de
influências. A relação professor-aluno
no sistema formal é parte da educação
e insubstituível em sua natureza
11. Professor e alunos têm
comportamentos pautados em
ideologias prepostas pela sociedade
17. A relação Professor/Aluno
• A relação entre professor e aluno depende,
fundamentalmente, do clima estabelecido
pelo professor, da relação empática com seus
alunos ...
• A relação professor-aluno é fundamental em
todos os níveis e modalidades de ensino.
Através dela o aluno pode ser motivado a
construir seu conhecimento. ...
18. A relação Professor/Aluno
• Atualmente, impera um total descaso
pelo ato de lecionar e aprender. Já não
há mais o respeito mútuo entre discentes
e docentes; a indisciplina em sala de aula
é uma constante; (...) e atos de violência
escolar já fazem parte do nosso dia-a-dia.
19. A relação Professor/Aluno
“Para por em prática o diálogo, o educador não pode
colocar-se na posição ingênua de quem se pretende
detentor de todo o saber; deve, antes, colocar-se na
posição humilde de quem sabe que não sabe tudo,
reconhecendo que o analfabeto não é um homem
“perdido”, fora da realidade, mas alguém que tem toda
a experiência de vida e por isso também é portador de
um saber.” (GADOTTI, 1999, p.2)
20. A relação Professor/Aluno
• A relação educador-educando não deve ser
uma relação de imposição, mas sim, uma
relação de cooperação, de respeito e de
crescimento. O aluno deve ser considerado
como um sujeito interativo e ativo no seu
processo de construção de conhecimento.
Assumindo o educador um papel fundamental
nesse processo, como um indivíduo mais
experiente. Vygotsky
21. A relação Professor/Aluno
• Essa relação tem que ser baseada no diálogo
mais fecundo, onde os “erros” dos estudantes
passam a ser vistos como integrantes do
processo de aprendizagem. Isso se dá porque
à medida que o aluno “erra” o professor
consegue ver o que já se está sabendo e o que
ainda deve ser ensinado. Piaget
22. A relação Professor/Aluno
O professor hoje é aquele que ensina o aluno a aprender e a
ensinar a outrem o que aprendeu. Porém, não se trata aqui
daquele ensinar passivo, mas do ensinar ativo no qual o
aluno é sujeito da ação, e não sujeito-paciente. Em última
instância, é preciso ficar evidente que o professor agora é o
formador e como tal precisa ser autodidata, integrador,
comunicador, questionador, criativo, colaborador, eficiente,
flexível, gerador de conhecimento, difusor de informação e
comprometido com as mudanças desta nova era.
23. A relação Professor/Aluno
• A educação deve ter sempre uma função
humanitária e progressista e visar sempre à
construção de um cidadão crítico, autônomo e
seguro de seu espaço nesta sociedade, a fim
de que possa reivindicar os seus direitos com
a responsabilidade de seus deveres.
24.
25. A interação Professor-aluno
No processo de construção do conhecimento, o valor
pedagógico da interação humana é evidente, pois, através
dela que o conhecimento vai se construindo.
O educador, na sua relação com o educando, estimula e ativa o
interesse do aluno e orienta o seu esforço individual para
aprender.
O professor tem basicamente duas funções:
1. Função incentivadora e energizante
2. Função orientadora
26. A importância do diálogo
A relação educador-educando não é uma relação unilateral, para
haver um processo que propicie a construção coletiva do
conhecimento é necessário que esta relação esteja baseada
no diálogo.
O aluno só exerce sua atividade mental sobre o objeto quando
observa, compara, classifica, ordena, seria, localiza no
tempo e no espaço, analisa, sintetiza, propõe, comprova
hipóteses, deduz, avalia e julga.
Nessa relação de construção de conhecimento o professor fala,
mas também ouve, ou seja, dialoga com o aluno e permita
que este aja e opere mentalmente sobre os objetos.
27. Autoridade x Autoritarismo
A autoridade do professor é um fato é um fato, pois ela é
inerente a sua própria função docente. A autoridade é um
valor, pois que é garantia da liberdade. A autoridade do
professor nada tem a ver com policialismo; tem sim a ver
com a conquista de uma disciplina de vida que não se
aprende em manuais e sim na própria escalada dos
obstáculos naturais. A autoridade amiga que estimula,
incentiva, orienta, reforça, mostra falhas.
Diferentemente está o autoritarismo, que pensa tudo saber e
nada mais querer aprender, quer tudo falar e nada ouvir
28. Disciplina na sala de aula
Disciplina – em relação ao indivíduo é uma regra de conduta ou
um conjunto de normas de comportamento que podem ser
impostas (heterodosciplina), ou que podem ser aceitas
livremente pelo indivíduo regulando o seu comportamento
(autodisciplina)
Therezinha Fram considera a disciplina como uma construção, o
conjunto de regra e princípios elaborados e discutidos,
através do contato com a realidade e a interação com o
outro.
29. Sugestões para desenvolvimento da
autodisciplina
- Analisar e discutir as normas de conduta proposta, contribuindo
com sugestões. Permita que o aluno participe da dinâmica da sala
de aula
- Use procedimentos que desenvolvam o autoconceito positivo dos
alunos.
- Ao repreender o aluno procure não fazê-lo em público, procure
não rotular o aluno.
- Explique a razão das regras de conduta adotadas, bem como o
porquê de sua necessidade.
- Explique ao aluno por que sua conduta é inadequada.
- Respeite e leve em conta a história pessoal do aluno
30. Sugestões para incentivar a participação
do aluno
Apresente atividades desafiadoras, que envolvam os esquemas
cognitivos de natureza operativa. Os jogos, trabalhos em grupo.
Proporcione atividades de expressão oral, onde o aluno possa ouvir
e se fazer ouvir, externar opiniões e dúvidas.
Distribua funções, divida tarefas, ao participarem da dinâmica da
sala de aula sentem-se responsáveis por ela.
O profesor precisa e deve orientar a conduta dos alunos de forma
compreensiva, mas com atitudes seguras, isto diminui a indisciplina.
31. Motivação e incentivação da
aprendizagem
A autêntica aprendizagem ocorre quando o aluno está interessado e
se mostra empenhado em aprender. É a motivação interior do aluno
que impulsiona e vitaliza o ato de estudar e aprender. A motivação é
interna.
Incentivação da aprendizagem é, assim,a atuação externa,
intencional e bem calculada do professor para, mediante meios
auxiliares, recursos e procedimentos adequados intensificar em seus
alunos a motivação interior necessária para a aprendizagem.
Um professor não pode motivar uma aluno a aprender, pois esta é
um processo psicológico, o professor pode incentivar o aluno,
despertando seu interesse por aprender
32. Motivação e incentivação da
aprendizagem
Motivo é um estímulo interno. Incentivo é um estímulo externo.
Em geral quando se pergunta ao alunos de 5ª ao 3º médio, qual a
matéria do currículo que ele prefere e qual a razão da escolha, é
comum ouvirmos que a causa principal é o professor, ou explica
bem, tornando o conteúdo acessível, ou contagia os alunos com sua
empolgação e vibração que revela pela matéria que leciona.
Um professor que manifesta apatia e indiferença pelo assunto que
expõe, dificilmente conseguirá que eles se interessem pelo
conteúdo.
33. Procedimentos
Faça articulação e correlação do que está sendo ensinado e
aprendido com o real
Apresente novos conteúdos partindo de uma questão
problematizadora, para qual os alunos devem encontrar uma
explicação ou solução
Use procedimentos ativos de aprendizagem condizentes com a faixa
etária e o nível de desenvolvimento do aluno.
Incentive o aluno a se auto-superar gradualmente, através de
atividades sucessivas de progressiva dificuldade.
34. Procedimentos
Planeje as atividades do dia ou do bimestre em conjunto com a sala,
explique os objetivos de cada atividade e o que se espera deles ao
final
Esclareça o objetivo a ser atingido, quando o aluno conhece a
finalidade da atividade tende a realizar esforço voluntário para
alcançar o objetivo
Mantenha um clima agradável na sala de aula, estimule a
cooperação entre os membros da classe, as relações influem na
aprendizagem
Informe regularmente os resultados, analise seus avanços e
dificuldades no processo de construção do conhecimento
35. Direção de classe
Se o aluno está na escola é para aprender e cabe ao professor ajudá-
lo neste processo.
Cabe ao professor enquanto profissional prever, organizar e
apresentar aos alunos situações didaticamente estruturadas no
sentido de ajudá-los a descobrir, generalizar e sistematizar o
conhecimento. Portanto a direção de classe é importante como
forma de organizar e proporcionar atividades de ensino-
aprendizagem, visando a consecução de objetivos. O professor verá
que as vezes terá de agir de modo mais diretivo, outras vezes deixar
o aluno descobrir por si mesmo.
36. Direção de classe
A direção de classe supõe
-planejar as aulas;
-Selecionar e estruturar conteúdos;
-Prever e utilizar adequadamente recursos incentivadores e
materiais;
-Organizar atividades em grupo, individuais que auxiliem a
construção do conhecimento;
-Avaliar continuamente os progressos, mostrando os avanços e
dificuldades, bem como podem aperfeiçoar o conhecimento.
37. Para o professor
-Faça uma previsão dos conteúdos a serem desenvolvidos e das
atividades a serem realizadas, levando em conta os objetivos a
serem atingidos, o interesse dos alunos, as necessidades e o nível de
desenvolvimento dos alunos. O planejamento deve ser flexível.
-Adote uma atitude dialógica
-Mantenha os alunos ocupados, o trabalho mental são sempre as
melhores garantias de disciplina em classe
-Ao avaliar não demore muito para corrigir, quanto mais rápido o
retorno mais fácil para avançar na construção do conhecimento.
-Incentive os aluno a avaliarem seu próprio trabalho
38. Para o professor
-Lembre-se cada classe é uma realidade, apresentando
características próprias. Cabe ao professor aplicar seus
conhecimentos, usar sua sensibilidade, intuição, bom senso na
orientação da aprendizagem e na direção da classe. Cada professor
encontrará o seu caminho na prática diária da sala de aula.
-HAIDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. 7.ed. São
Paulo: Ática, 2003.
39. Atividade
Escolha um tema a ser trabalhado
Defina a faixa etária com a qual pretende trabalhar
Proponha uma atividade que ajude no processo de incentivação da
aprendizagem do conteúdo proposto
Justifique a escolha
Socialize com os demais grupos