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Ciberdemocracia
  Nasceu em 02 de Julho 1956 em Túnis
   (Tunísia) (ver trecho pág. 64 – crítica ao
       governo – país maioria islâmica,
           „republica‟ controlada)
    Graduação em História, mestrado em
      História da Ciência. Doutorado em
 Sociologia e em Ciência da Informação, em
 Sorbonne. Mora no Canadá e é docente na
  Universidade de: sites especializados e o
livro dizem Quebec; a Wikipédia diz Ottawa.
  Vídeos:
- Cibercultura
http://www.youtube.com/watch?v=Wk76VURNdgw&feature=relate
   d
http://www.youtube.com/watch?v=bAVA2T6aYbA&feature=related
- Inteligência Conectiva:
http://www.youtube.com/watch?v=_DOSAf_esws&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=xAgutPI6lCY&feature=related

   Obras (traduzidas):
As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da
   informática;
As árvores de conhecimentos;
O que é o virtual?
A ideografia dinâmica: para uma imaginação artificial?
A máquina universo: criação, cognição e cultura informática;
Cibercultura.
www.odilejacob.fr (texto integral acompanhado de hiperlinks)
Exemplos de Bibliografia utilizada:

   Platão, Aristóteles, Maquiavel, Nietzsche, Kant,
    Hobbes, Engels e Mark, Habermas, Deleuze e
    Guattari (Mil Platôs, lembram?), McLuhan, outros....

                     Estrutura da Obra:
   06 capítulos
   Ao final de cada capítulo ele indica sites
    relacionados aos assuntos citados (que ele separa
    em blocos).
                 *Muitos sites indicados não funcionam...
   Transformações que a difusão da Internet provoca
    na vida democrática (escala regional à mundial)
   Termos: Governação Mundial, Estado Transparente,
    Cultura da Diversidade, Ética da Inteligência
    Coletiva
   Explosão da liberdade de expressão – novo espaço
    para comunicação transparente e universal –
    renova condições de vida pública e aumentam a
    responsabilidade do cidadão
   Crescente interdependência das nações faz
    necessário um Governo Mundial
   Estado transparente garante diversidade cultural,
    estimula a inteligência coletiva
   Novos ágoras em linha
   Seleção das formas sociais: nas que o individuo é
    mais livre, ferramentas de cooperação intelectual
    são mais eficazes – por isso regimes dotados de
    liberdade intelectual e política acabarão superando
    as ditaduras
   Democracia: não só direitos iguais, mas encoraja
    “pensamento coletivo da lei”
   As grandes derrotas históricas (nazismo, ditaduras)
    não são acaso – elas aviltavam a liberdade
   Progresso moral: recriar constantemente
    instrumentos de orientação ética adaptados a
    significações sempre mais amplas
    Progresso da inteligência coletiva - não é para um
    “melhor”, é um alargamento do espaço, do sentido,
    da liberdade – que passa bem perto do caos
Memória oral e ferramentas, estátuas, jóias – única
             forma de reter o abstrato

   Escrita - forma mais eficiente de acumular
 conhecimento, saber mais elevado, memória mais
                      longa

 Passado não é mais mítico – é possível perceber
      melhor o presente e projetar o futuro

Informações não são mais secretas, o saber não é
                  mais oculto

Civilizações do alfabeto “inventaram” conceito de
                     liberdade
  Grécia: liberdade = bem supremo (Índia – castas, Egito,
                Mesopotâmia, China – servidão)
Imprensa disponibiliza textos, dados
             numéricos, mapas, desenhos

Embasa Ciência Experimental e papel fundamental na
    Republica das Letras (Europa Renascentista e
                      Clássica)

   Elite intelectual - Luzes – primeira comunidade
           virtual (novo meio de comunicação)

     Opinião Pública (fundamento das grandes
  democracias modernas) – não existiria não fosse o
           desenvolvimento da imprensa

*Certas mudanças políticas só são possíveis diante a existência
                     de media apropriada
O crescimento da Esfera Pública na civilização da
  Imprensa, definiu mais profundamente a Esfera
  Privada (segredos de Estado, militares, médicos – locais
                  fechados à comunicação)

No ciberespaço não há espaço para separação público/privado
                – nem para realidade X ilusão

No plano político, a sociedade deve ter seus fluxos
     (demográficos, econômicos, informativos,
sentimentais) cada vez mais conhecidos. Da mesma
     maneira que a escrita funda hierarquias e
  segredos, a omnivisão (transparência numérica)
         será base para a ciberdemocracia.
Defesa de privacidade na Internet (contra serviços de
 informações tanto do Estado quanto de marketing)

    Virá novo totalitarismo? Não! – totalitarismo
  pressupõem opacidade do poder – a transparência
             do ciberespaço não permite

Recentes escândalos morais envolvendo políticos não
    são só uma falha ética, são também reflexo do
  aumento da prática da transparência democrática.
Muitos jornais, rádios e emissoras transmitem só
pela Internet – todos os meios de comunicação são
        captados por um - os media estão
                 desterritorializados.
Surgem os Webmedia (não se distingue mais um
              meio de com. do outro)
Acesso à impensa de todos os países – a grande
      maioria reproduz matéria em inglês (ou
 francês, espanhol) – sem intermédio do seu país/
                pontos de vista locais

   Se um meio de comunicação se liga a uma
comunidade virtual – acaba relação restrita Emissor
                  X Receptor –
   a comunidade também alimenta conteúdo
A cultura não é estável, o mundo muda o tempo todo
                    – nós também.
Somos substituídos por mensagens das quais somos
             autores e que falam por nós.
   Compreender as pessoas e nos fazer entender é
                  uma necessidade.
   Todos irão exercer função de recolher, formatar
                   e difundir infos.
 Mesmo organizações pequenas recorrem a serviços
                       de RP, MKT

  Na rede somos jornalistas de nós mesmos (sites
        pessoais) e do mundo a nossa volta.
           *ilustração: revista MSG n° 2 ano 1
Noção de Opinião Pública – mais ligada a
comunidades lingüísticas do que a cidadãos de um
                       Estado.
(reprodução de mensagens, trânsito de infos. De
            uma comunidade para outra)
 Esfera Pública está se reorganizando devido ao
caráter fractal da conversação/inteligência coletiva
   no ciberespaço (circulação em um todo complexo e
                    imprevisível)
Se não convivermos com pessoas eloqüentes na
defesa de um ponto de vista, se este ponto não for
    exposto em jornal, rádio, TV – vivemos em
democracia mas ignoramos a verdadeira paisagem
                   das idéias.

 Rede: acesso ao que nunca se teria imaginado
   (potencializa o alcance às possibilidades /
      ultrapassa o Espaço Público clássico)

Todos podem expressar sua opinião sem crivo de
   intermediários, sem ter a pauta decidida por
editores ou por colunas disponíveis, ou por tempo
 para exposição – fundamento da ciberdemocracia
     Cada um é seu próprio RP e próprio Jornalista
As pessoas tem muito a dizer, imagens,
               músicas a difundir
“soltar a palavra” , “mostrar” e “mostrar-se” –
   já constituem as primeiras dimensões da
          revolução ciberdemocrática.

 Podemos pensar que as empresas de comunicação
       podem querer frear esse movimento, mas:
    - Conteúdo gratuito na rede é algo irreversível
- Proprietários dos grandes grupos de comunicação
      querem audiência, por isso não vão difundir
                mensagens monótonas
  - Acionistas dos grandes grupos de comunicação
    tem consciência de que: debate democrático os
                       sustenta
Argumentos contra a liberdade na Internet:
  - jornalistas, produtores, editores, professores já
    não controlam mais a qualidade das mensagens
      - como orientar-se diante de conteúdos tão
                        duvidosos?
   - O desaparecimento dos processos de seleção/
       intermediação tradicionais é uma catástrofe?
                Razão e Conhecimento:
- Indivíduos isolados, perdidos, podem se contentar
  com o que encontram nos primeiros resultados de
                       busca, mas...
 - Indivíduos que conheçam mais possibilidades de
     busca, que participem de comunidades virtuais
    sobre o assunto e discutam com outras pessoas
        melhores sites para pesquisa – mostra mais
     eficácia do que a maneira antiga de procurar o
                           saber
- Escolha: contabilizar presença, visitas (o mais visitado,
              o mais lido, o mais bem votado)
- A verdade (contrariando crédulos e preguiçosos) não é
   “dada”, e por quem o seria? – constante de processos
  abertos e coletivos, de investigação e construção crítica
      - deve-se estar preparado para o aumento da
    responsabilidade de cada um trazido pela liberdade

                 (leitura trecho pág. 62)

Segundo princípios da ciberdemocracia, o principal efeito
   da Internet é contribuir para o enfraquecimento das
   ditaduras. Um país com 25% dos lares ligados à rede
            não conseguiria aceitar a servidão.

- Internet X miséria/pobreza (pág. 63 exemplos países)
   - Mind Share: “independentemente do seu
    estatuto sexual, econômico ou social, os
    utilizadores da internet votam mais, estão
    melhor informados, sentem em si uma
    melhor capacidade de ação sobre o mundo
    que os envolve e têm mais confiança no
    processo democrático do que aqueles que
    não recorrem a ela”
•   - Pierre Levy acredita que:

    * estes resultados são totalmente lógicos:
    * a rede dá mais informações sobre a política
    * ela organiza melhor essas informações
        políticas
    * ela também disponibiliza mais canais de
    deliberação
    * a rede já permite que os internautas
    participem de processos de decisão política
    * portanto a internet dá forças à democracia:
    CIBERDEMOCRACIA
•   - A Ciberdemocracia é um estágio superior à
    própria democracia

•   - A Ciberdemocracia representa “uma nova
    era do diálogo político”

•   - O autor diz que a internet foi responsável
    por uma renovação democrática

•   - Esta democracia da internet também se deu
    graças a uma maior transparência dos
    governos

•   - O autor citou vários exemplos de sites
    políticos presentes na web
•   - A participação dos internautas nestes
    processos democráticos é necessária: é uma
    maneira de não apagar a liberdade pública da
    população.

•   - A ciberdemocracia ainda precisa ser
    aprimorada – processo de aprendizagem: ainda
    há descobertas a fazer

•   - A democracia eletrônica não favorece mais um
    partido do que outro: ela age em favor da
    democracia como um todo:

    * tem-se um maior acesso a conteúdos políticos
    * promove-se um aprofundamento do
    conhecimento sobre política e partidos
    * facilita-se a formação de opiniões individuais
   - É necessário primeiro nivelar o “fosso
    digital” para que a ciberdemocracia seja de
    fato democrática

   - Para isto, em geral é necessário:
       * desenvolvimento da Educação
       * desenvolvimento humano
       * combate à pobreza
       * facilitação do acesso à Internet pelas
       classes ainda fora da rede
•   - Espera-se que o voto pela Internet aumente
    a participação eleitoral – maior facilidade de
    votação pelos deficientes físicos, aqueles que
    estão viajando, enfim, que têm alguma
    impossibilidade de ir ao local do voto.

•   - O voto pela Internet fará que a política seja
    mais transparente

•   - O uso da rede para fins políticos tenderá a
    aumentar, nunca diminuir
Teoria do Estado
 Transparente
   Política: harmonia das legislações
   Economia: Livre-câmbio
   Tecnologia: ambientes virtuais

   Estado = uma das primeiras tecnologias
    sociais

Papel mais nobre   Menor dependência do   Encoraja relações
do Estado:         pessoal                sociais
Garantir a lei
                   Contrato e Direito     Compromissos e
                                          liberdades
                                          pessoais
   Cabeça da sociedade
    ◦ Memória
      Aprendizado -> progresso

   Fim do Estado como conhecemos
    ◦ Novo Estado que “permite a investigadora cabeça
      da inteligência coletiva humana perceber-se a si
      mesma e, irreversivelmente, registrar seus avanços”
   Tendências:
    ◦ Mundialização
       integração econômica mundial
       governança global
       cidadão do mundo
    ◦ Expansão liberalismo
       integração dos mercados
       crescimento de outras formas de liberdade (ex.costumes)
       adultos responsáveis
    ◦ Civilização da inteligência coletiva
       arte de trocar conhecimento
       humanidade mais comunicativa e criativa
       Crescimento desta inteligência: aceleração da criação científica,
        tecnológia, econômica, cultural...
Dimensões da         Objetivos da ação       Funções do Estado
   inteligência coletiva        coletiva               Universal
                                                  Tribunas, parlamentos, e
A cidade universal                                 governos transparentes
                             Justiça e Paz
(planetária)                                       controlados por àgoras
                                               virtuais e votações eletrônicas
                                                    Regulação monetária,
                                                 impostos, e redistribuição
                                                     financeira tornados
O mercado mundial            Prosperidade
                                               transparentes por um mundo
                                                virtual partilhado dos fluxos
                                                         de dinheiro
                                                  Simulação por um mundo
                                                virtual (alimentado em tempo
A Humanidade                   Evolução        real) do sistema de interações
                                                entre humanidade e biosfera
                                                     (evolução biológica)

Transparência – Organização e disponibilização dos dados de forma ordenada
                   A transparência é um convite ao diálogo
   Desobrigação: serviços
    ◦ capital privado e terceiro setor

   Obrigação: justiça
    ◦ Neutralidade
    ◦ PAZ CIVIL
    ◦ Escolha cautelosa de seus representantes
      (competências jurídicas, políticas, psicológicas e
      espirituais)
   Desaparecimento de fronteiras e distâncias
    geográficas
   Espaço hipertextual densamente ligado:
    distância máxima de 12 cliques entre
    quaisquer dois sites.
   Separado por distâncias semânticas.
   Desterritorialização da identidade (corpo
    informacional)
   “O espaço virtual compreende o conjunto,
    aberto ao infinito, das maneiras de organizar
    os sinais numéricos co-presentes na rede”
   As inteligências associadas dos autores-
    leitores-navegadores dessa noofesra
    produzem e atualizam o espaço virtual.
   Desapego das nações ao espaço físico,
    aproximação da língua, religião, idéais,
    paixões e culturas, ou seja, do que é de
    ordem semântica.
   Ambiente tecnocultural altamente favorável à
    diversidade.
   Ciberespaço = cidade virtual planetária
   Distinção entre unidade e uniformidade
   Biologia: o corpo é composto da unidade dos
    órgãos, mas não uniforme, pois é constituido
    de diversos materiais diferentes.
   Sociedade: a unidade que nasce do contato
    (não violento) de diferentes culturas é
    favorável à criação de diversidade.
   Avanço das tecnologias de comunicação
   Diversidade efetivamente sentida e
    coletivamente criada superior à dos séculos
    passados.
   Receio de uma uniformização promovida pela
    rede (falso).
   Ubiqüidade e portabilidade, experiência de
    diversidade.
   O processo de universalização da diversidade
    ameaça as uniformidades locais.
   Estado-nação = uniformização
   Todas as indenficações do estado com
    identidades familiares, políticas, religiosas ou
    raciais foram fontes de guerras e
    opressões, logo abandonadas pela evolução
    histórica.
   Repúdio atual à união do estado com a igreja
    ou teorias de pureza étnica.
   160 Estados nações
   Mais de 5000 línguas faladas
   Imposição de qualquer tipo de
    homogeneidade é perigosa, oprime minorias,
    cria conflitos e se opõe à diversidade.
   Modificação do papel do Estado sem eliminá-
    lo
   Ao invés de favorecer uma identidade, o
    Estado deve respeitar e fazer respeitar as
    múltiplas identidades dentro de seu
    território.
   Pólos urbanos atuais são centros
    multinacionais e multiculturais.
   Cultura Identitária: intersecções de várias
    afiliações. (como no ciberespaço)
   O Estado-nação aplana a cultura em um
    único espaço, pretensamente “real”.
   Identidade nacional se opõe à identidade
    cultural, reduzindo a cultura e a diversidade à
    homogeneidade.
   Apartheid
   A maioria dos Estados já é multinacional
    (Criação dos EUA e EU)
   Vício do Estado: dizer apoiar uma certa
    identidade cultural em um poder político e
    querer alicerçar um poder político numa
    identidade cultural.
   Desestatizar a subjetividade
   Qualquer filiação cultural que se apoie
    principalmente em poder político desliga-se
    da energia vital que a anima.
    (descristianização)
   Criatividade > Reivindicação
   Livre exercício da criatividade cultural
    desligado da soberania do Estado
   A verdadeira questão das afiliações culturais
    é sua capacidade para suscitar o desejo de
    incorporar e transmitir uma herança.
   Homem Identirário: nacionalista,
    homogenista e favorável à associação no
    Estado
   Homem das filiações: desvinculados do
    poder, valoriza as filiações culturais
    independentes de território.
   Uma filiação cultural é uma máquina de
    fabricar sentidos.
   Influencia na história da humanidade e na
    história de cada indivíduo.
   Sua duração e expansão medem seu grau de
    universabilidade.
   O poder é efêmero e aliena a criatividade
    cultural. Portanto não é eficaz para a
    transmissão das filiações.
   As afiliações podem ser “impostas” pelo
    nascimento e criação, ou escolhidas
    voluntariamente. Ambas são definidas
    individualmente.
   Exemplo: expansão do cristianismo em países
    budistas, e vice-versa.
   A distinção se baseia na vivencia e
    participação dos indivíduos para com cada
    filiação.
   Culturas fechadas possuem uma capacidade
    de transmissão inferior às mensagens
    universais.
   Diminuição da diversidade cultural
   “Morte” de culturas e línguas
   O ciberespaço pode travar essa diminuição
    graças à constituição de comunidades virtuais
    desterritorializadas
   Exemplo: ainda se lê filosofia em grego.
   Religião Judaica: prefiguração do ciberespaço
   A filiação judaica resistiu dois milênios sem
    um Estado porque habita um espaço virtual.
   Os povos são filiações de sinais e espíritos
    associados que as incorporam e transmitem.
   Muitas afiliações morrem, mas deixam seu
    legado nas subseqüentes (influencia do
    pensamento egípcio na bíblia).
   Conceito de povo baseado em sensações.
   A música como representação das idéais.
   As pessoas da atualidade ouvem e vibram
    com diversos tipos de músicas, saboreando
    todas as idéias.
   Cria-se a inteligência coletiva.
   Potencia de autocriação
   Capacidade de aprendizagem autônoma
   Processo de evolução
   A inteligência é resultado de um coletivo
    numeroso e interdependente
   Inteligência Coletiva é um pleonasmo
   Inteligencia coletiva humana é capaz de
    aprender, inventar e comunicar-se.
   Goza da liberdade e responsabilidade de seus
    membros
   É cultural
   Busca aperfeiçoamento
   Evolução cultural: mutações no processo de
    inteligência coletiva
   Intimamente ligada à linguagem e às
    revoluções comunicativas.
   A utilização do ciberespaço dá
    prosseguimento ao aperfeissoamento da
    inteligência coletiva.
   Reino das aparências (visível, curto prazo)
   Reino da Caridade (invisível, longo prazo)
   Não é possível caracterizar ideias ou pessoas,
    apenas atos.
   Deserdar o poder ao invés de combatê-lo
   O mundo das aparências não pode ser
    ignorado
   Súditos do reino invisível tecem a diversidade
    e fazem crescer as inteligências coletivas.
   Escrita ideográfica: estrutura politica baseada
    na religião, tentava tornar visível o reino
    invisivel através de imagens sacras.
   Escrita alfabética: contrapõe a realeza sacra
   Leis como um movimento de aprendizagem
   “Dai a César o que é de César”
   Separação de igreja e Estado
   A religião busca a base nas ordem políticas
   Cidade ideal de Platão: aristocracia totalitária
    enquadrada por monges guerreiros.
   Régis Debray: relações de força e hierarquias
    tornam as idéias reais (marxismo)
   Autor: mostrar, através do ciberespaço, a real
    imagem da cidade, escondida pela mídia,
    sobrepujando aparências e alimentando a
    evolução.
-   Agir ao invés de refletir.
-   Duas personagens conceptuais
   Bruxo:
    ◦   Realista
    ◦   Maquiavélico
    ◦   Pessimista
    ◦   Destruidor
    ◦   Enxerga-se como vítima
    ◦   Aponta culpados e inimigos, manipula
    ◦   Poder Esterilizador
   Magos:
    ◦   Idealistas
    ◦   Universo vasto
    ◦   Construção do ambiente
    ◦   Sofredor, porém otimista
    ◦   Potência fecundante
   Jogos de poder não entre diferenças, mas
    entre magos e bruxos
   Os bruxos combatem uns aos outros pelo
    poder fecundante dos magos
   Os magos recusam-se a combater, trocando
    a política força-contra-força por uma
    construção cognitiva. Sua maior arma é
    odiálogo
   A ciberdomacracia é a arte do diálogo
   Exige uma ética, a netiqueta
   Fundamento básico:
    ◦ Caráter não objetivo da significação
    ◦ O sentido constrói-se no entrelaçamento das
      mentes humanas
    ◦ O sentido não tem objetivo
   Cada indivíduo representa uma idéia original
    de sociedade
   A sociedade atual resulta da conversa entre
    estas virtualidades
   O diálogo deve ser livre de:
    ◦   Indiferença
    ◦   Desprezo
    ◦   Imitação
    ◦   Dialética entre certo e errado
    ◦   Busca de uma verdade universal (Platão)
    ◦   Monólogo de uma mente absoluta (Hegel)
   A arte do diálogo aberto consiste em
    enriquecer o mundo de um indivíduo,
    integrando nele os outros, enquanto
    produtores de sentindo, afim de gerar um
    mundo comum mais valioso.
   O reflexo indefinidamente multiplicado das
    inteligências nas outras, faz crescer a
    inteligência coletiva.
   Torá: cada letra possui diversos significados
    ◦ Fecundidade infinita
    ◦ Cada pergunta gera um espaço infinito de
      significados.
   A imprensa criada para a multiplicação da
    Bíblia.
   Biblioteca universal
   A hiperbliblioteca da rede foi inventada para
    multiplicar a biblioteca.
   Manuscrito
    ◦ Diálogo de um século a outro
    ◦ Questionamento infinito
   Imprensa
    ◦   Inteligência coletiva simultânea
    ◦   Troca de experiências
    ◦   Busca pela originalidade
    ◦   Ciclo sem fim da teoriazação
   Ciberespaço
    ◦   Inteligência coletiva
    ◦   Economia na informação
    ◦   Comunidades virtuais
    ◦   Cooperação competitiva
   Religião como base:
    ◦   Alfabeto > Monoteísmo
    ◦   Número 1 > Monoteísmo árabe
    ◦   Numero 0 > reflexões sobre o vazio
    ◦   Hipertexto > Judaísmo
   O estudo do Torá vis formar sábios e justos
   A retórica Grega visa formar indivíduos
    hábeis a acusar e defender (manipuladores)
   Cibercultura: Diálogos cinseros em
    detrimento da manipulação persuasiva
   Busca pelo saber coletivo
   “Ao navegar pelo universo do sentido,
    produzimos a realidade que responde às
    nossas interrogações: a voz fraterna de
    nossos semelhantes. Somos letras vivaz,
    luminosas, que infinitamente dialogam no
    texto sagrado da mente humana.”

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Pierre Levy - Ciberdemocracia

  • 2.
  • 3.  Nasceu em 02 de Julho 1956 em Túnis (Tunísia) (ver trecho pág. 64 – crítica ao governo – país maioria islâmica, „republica‟ controlada)  Graduação em História, mestrado em História da Ciência. Doutorado em Sociologia e em Ciência da Informação, em Sorbonne. Mora no Canadá e é docente na Universidade de: sites especializados e o livro dizem Quebec; a Wikipédia diz Ottawa.
  • 4.  Vídeos: - Cibercultura http://www.youtube.com/watch?v=Wk76VURNdgw&feature=relate d http://www.youtube.com/watch?v=bAVA2T6aYbA&feature=related - Inteligência Conectiva: http://www.youtube.com/watch?v=_DOSAf_esws&feature=related http://www.youtube.com/watch?v=xAgutPI6lCY&feature=related  Obras (traduzidas): As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática; As árvores de conhecimentos; O que é o virtual? A ideografia dinâmica: para uma imaginação artificial? A máquina universo: criação, cognição e cultura informática; Cibercultura.
  • 5. www.odilejacob.fr (texto integral acompanhado de hiperlinks)
  • 6. Exemplos de Bibliografia utilizada:  Platão, Aristóteles, Maquiavel, Nietzsche, Kant, Hobbes, Engels e Mark, Habermas, Deleuze e Guattari (Mil Platôs, lembram?), McLuhan, outros.... Estrutura da Obra:  06 capítulos  Ao final de cada capítulo ele indica sites relacionados aos assuntos citados (que ele separa em blocos). *Muitos sites indicados não funcionam...
  • 7. Transformações que a difusão da Internet provoca na vida democrática (escala regional à mundial)  Termos: Governação Mundial, Estado Transparente, Cultura da Diversidade, Ética da Inteligência Coletiva  Explosão da liberdade de expressão – novo espaço para comunicação transparente e universal – renova condições de vida pública e aumentam a responsabilidade do cidadão  Crescente interdependência das nações faz necessário um Governo Mundial  Estado transparente garante diversidade cultural, estimula a inteligência coletiva  Novos ágoras em linha
  • 8. Seleção das formas sociais: nas que o individuo é mais livre, ferramentas de cooperação intelectual são mais eficazes – por isso regimes dotados de liberdade intelectual e política acabarão superando as ditaduras  Democracia: não só direitos iguais, mas encoraja “pensamento coletivo da lei”  As grandes derrotas históricas (nazismo, ditaduras) não são acaso – elas aviltavam a liberdade  Progresso moral: recriar constantemente instrumentos de orientação ética adaptados a significações sempre mais amplas  Progresso da inteligência coletiva - não é para um “melhor”, é um alargamento do espaço, do sentido, da liberdade – que passa bem perto do caos
  • 9. Memória oral e ferramentas, estátuas, jóias – única forma de reter o abstrato Escrita - forma mais eficiente de acumular conhecimento, saber mais elevado, memória mais longa Passado não é mais mítico – é possível perceber melhor o presente e projetar o futuro Informações não são mais secretas, o saber não é mais oculto Civilizações do alfabeto “inventaram” conceito de liberdade Grécia: liberdade = bem supremo (Índia – castas, Egito, Mesopotâmia, China – servidão)
  • 10. Imprensa disponibiliza textos, dados numéricos, mapas, desenhos Embasa Ciência Experimental e papel fundamental na Republica das Letras (Europa Renascentista e Clássica) Elite intelectual - Luzes – primeira comunidade virtual (novo meio de comunicação) Opinião Pública (fundamento das grandes democracias modernas) – não existiria não fosse o desenvolvimento da imprensa *Certas mudanças políticas só são possíveis diante a existência de media apropriada
  • 11. O crescimento da Esfera Pública na civilização da Imprensa, definiu mais profundamente a Esfera Privada (segredos de Estado, militares, médicos – locais fechados à comunicação) No ciberespaço não há espaço para separação público/privado – nem para realidade X ilusão No plano político, a sociedade deve ter seus fluxos (demográficos, econômicos, informativos, sentimentais) cada vez mais conhecidos. Da mesma maneira que a escrita funda hierarquias e segredos, a omnivisão (transparência numérica) será base para a ciberdemocracia.
  • 12. Defesa de privacidade na Internet (contra serviços de informações tanto do Estado quanto de marketing) Virá novo totalitarismo? Não! – totalitarismo pressupõem opacidade do poder – a transparência do ciberespaço não permite Recentes escândalos morais envolvendo políticos não são só uma falha ética, são também reflexo do aumento da prática da transparência democrática.
  • 13. Muitos jornais, rádios e emissoras transmitem só pela Internet – todos os meios de comunicação são captados por um - os media estão desterritorializados. Surgem os Webmedia (não se distingue mais um meio de com. do outro) Acesso à impensa de todos os países – a grande maioria reproduz matéria em inglês (ou francês, espanhol) – sem intermédio do seu país/ pontos de vista locais Se um meio de comunicação se liga a uma comunidade virtual – acaba relação restrita Emissor X Receptor – a comunidade também alimenta conteúdo
  • 14. A cultura não é estável, o mundo muda o tempo todo – nós também. Somos substituídos por mensagens das quais somos autores e que falam por nós. Compreender as pessoas e nos fazer entender é uma necessidade. Todos irão exercer função de recolher, formatar e difundir infos. Mesmo organizações pequenas recorrem a serviços de RP, MKT Na rede somos jornalistas de nós mesmos (sites pessoais) e do mundo a nossa volta. *ilustração: revista MSG n° 2 ano 1
  • 15. Noção de Opinião Pública – mais ligada a comunidades lingüísticas do que a cidadãos de um Estado. (reprodução de mensagens, trânsito de infos. De uma comunidade para outra) Esfera Pública está se reorganizando devido ao caráter fractal da conversação/inteligência coletiva no ciberespaço (circulação em um todo complexo e imprevisível)
  • 16. Se não convivermos com pessoas eloqüentes na defesa de um ponto de vista, se este ponto não for exposto em jornal, rádio, TV – vivemos em democracia mas ignoramos a verdadeira paisagem das idéias. Rede: acesso ao que nunca se teria imaginado (potencializa o alcance às possibilidades / ultrapassa o Espaço Público clássico) Todos podem expressar sua opinião sem crivo de intermediários, sem ter a pauta decidida por editores ou por colunas disponíveis, ou por tempo para exposição – fundamento da ciberdemocracia Cada um é seu próprio RP e próprio Jornalista
  • 17. As pessoas tem muito a dizer, imagens, músicas a difundir “soltar a palavra” , “mostrar” e “mostrar-se” – já constituem as primeiras dimensões da revolução ciberdemocrática. Podemos pensar que as empresas de comunicação podem querer frear esse movimento, mas: - Conteúdo gratuito na rede é algo irreversível - Proprietários dos grandes grupos de comunicação querem audiência, por isso não vão difundir mensagens monótonas - Acionistas dos grandes grupos de comunicação tem consciência de que: debate democrático os sustenta
  • 18. Argumentos contra a liberdade na Internet: - jornalistas, produtores, editores, professores já não controlam mais a qualidade das mensagens - como orientar-se diante de conteúdos tão duvidosos? - O desaparecimento dos processos de seleção/ intermediação tradicionais é uma catástrofe? Razão e Conhecimento: - Indivíduos isolados, perdidos, podem se contentar com o que encontram nos primeiros resultados de busca, mas... - Indivíduos que conheçam mais possibilidades de busca, que participem de comunidades virtuais sobre o assunto e discutam com outras pessoas melhores sites para pesquisa – mostra mais eficácia do que a maneira antiga de procurar o saber
  • 19. - Escolha: contabilizar presença, visitas (o mais visitado, o mais lido, o mais bem votado) - A verdade (contrariando crédulos e preguiçosos) não é “dada”, e por quem o seria? – constante de processos abertos e coletivos, de investigação e construção crítica - deve-se estar preparado para o aumento da responsabilidade de cada um trazido pela liberdade (leitura trecho pág. 62) Segundo princípios da ciberdemocracia, o principal efeito da Internet é contribuir para o enfraquecimento das ditaduras. Um país com 25% dos lares ligados à rede não conseguiria aceitar a servidão. - Internet X miséria/pobreza (pág. 63 exemplos países)
  • 20. - Mind Share: “independentemente do seu estatuto sexual, econômico ou social, os utilizadores da internet votam mais, estão melhor informados, sentem em si uma melhor capacidade de ação sobre o mundo que os envolve e têm mais confiança no processo democrático do que aqueles que não recorrem a ela”
  • 21. - Pierre Levy acredita que: * estes resultados são totalmente lógicos: * a rede dá mais informações sobre a política * ela organiza melhor essas informações políticas * ela também disponibiliza mais canais de deliberação * a rede já permite que os internautas participem de processos de decisão política * portanto a internet dá forças à democracia: CIBERDEMOCRACIA
  • 22. - A Ciberdemocracia é um estágio superior à própria democracia • - A Ciberdemocracia representa “uma nova era do diálogo político” • - O autor diz que a internet foi responsável por uma renovação democrática • - Esta democracia da internet também se deu graças a uma maior transparência dos governos • - O autor citou vários exemplos de sites políticos presentes na web
  • 23. - A participação dos internautas nestes processos democráticos é necessária: é uma maneira de não apagar a liberdade pública da população. • - A ciberdemocracia ainda precisa ser aprimorada – processo de aprendizagem: ainda há descobertas a fazer • - A democracia eletrônica não favorece mais um partido do que outro: ela age em favor da democracia como um todo: * tem-se um maior acesso a conteúdos políticos * promove-se um aprofundamento do conhecimento sobre política e partidos * facilita-se a formação de opiniões individuais
  • 24. - É necessário primeiro nivelar o “fosso digital” para que a ciberdemocracia seja de fato democrática  - Para isto, em geral é necessário: * desenvolvimento da Educação * desenvolvimento humano * combate à pobreza * facilitação do acesso à Internet pelas classes ainda fora da rede
  • 25. - Espera-se que o voto pela Internet aumente a participação eleitoral – maior facilidade de votação pelos deficientes físicos, aqueles que estão viajando, enfim, que têm alguma impossibilidade de ir ao local do voto. • - O voto pela Internet fará que a política seja mais transparente • - O uso da rede para fins políticos tenderá a aumentar, nunca diminuir
  • 26. Teoria do Estado Transparente
  • 27. Política: harmonia das legislações  Economia: Livre-câmbio  Tecnologia: ambientes virtuais  Estado = uma das primeiras tecnologias sociais Papel mais nobre Menor dependência do Encoraja relações do Estado: pessoal sociais Garantir a lei Contrato e Direito Compromissos e liberdades pessoais
  • 28. Cabeça da sociedade ◦ Memória  Aprendizado -> progresso  Fim do Estado como conhecemos ◦ Novo Estado que “permite a investigadora cabeça da inteligência coletiva humana perceber-se a si mesma e, irreversivelmente, registrar seus avanços”
  • 29. Tendências: ◦ Mundialização  integração econômica mundial  governança global  cidadão do mundo ◦ Expansão liberalismo  integração dos mercados  crescimento de outras formas de liberdade (ex.costumes)  adultos responsáveis ◦ Civilização da inteligência coletiva  arte de trocar conhecimento  humanidade mais comunicativa e criativa  Crescimento desta inteligência: aceleração da criação científica, tecnológia, econômica, cultural...
  • 30. Dimensões da Objetivos da ação Funções do Estado inteligência coletiva coletiva Universal Tribunas, parlamentos, e A cidade universal governos transparentes Justiça e Paz (planetária) controlados por àgoras virtuais e votações eletrônicas Regulação monetária, impostos, e redistribuição financeira tornados O mercado mundial Prosperidade transparentes por um mundo virtual partilhado dos fluxos de dinheiro Simulação por um mundo virtual (alimentado em tempo A Humanidade Evolução real) do sistema de interações entre humanidade e biosfera (evolução biológica) Transparência – Organização e disponibilização dos dados de forma ordenada A transparência é um convite ao diálogo
  • 31. Desobrigação: serviços ◦ capital privado e terceiro setor  Obrigação: justiça ◦ Neutralidade ◦ PAZ CIVIL ◦ Escolha cautelosa de seus representantes (competências jurídicas, políticas, psicológicas e espirituais)
  • 32.
  • 33. Desaparecimento de fronteiras e distâncias geográficas  Espaço hipertextual densamente ligado: distância máxima de 12 cliques entre quaisquer dois sites.
  • 34. Separado por distâncias semânticas.  Desterritorialização da identidade (corpo informacional)  “O espaço virtual compreende o conjunto, aberto ao infinito, das maneiras de organizar os sinais numéricos co-presentes na rede”
  • 35. As inteligências associadas dos autores- leitores-navegadores dessa noofesra produzem e atualizam o espaço virtual.  Desapego das nações ao espaço físico, aproximação da língua, religião, idéais, paixões e culturas, ou seja, do que é de ordem semântica.
  • 36. Ambiente tecnocultural altamente favorável à diversidade.  Ciberespaço = cidade virtual planetária
  • 37. Distinção entre unidade e uniformidade  Biologia: o corpo é composto da unidade dos órgãos, mas não uniforme, pois é constituido de diversos materiais diferentes.  Sociedade: a unidade que nasce do contato (não violento) de diferentes culturas é favorável à criação de diversidade.
  • 38. Avanço das tecnologias de comunicação  Diversidade efetivamente sentida e coletivamente criada superior à dos séculos passados.  Receio de uma uniformização promovida pela rede (falso).
  • 39. Ubiqüidade e portabilidade, experiência de diversidade.  O processo de universalização da diversidade ameaça as uniformidades locais.
  • 40. Estado-nação = uniformização  Todas as indenficações do estado com identidades familiares, políticas, religiosas ou raciais foram fontes de guerras e opressões, logo abandonadas pela evolução histórica.  Repúdio atual à união do estado com a igreja ou teorias de pureza étnica.
  • 41. 160 Estados nações  Mais de 5000 línguas faladas  Imposição de qualquer tipo de homogeneidade é perigosa, oprime minorias, cria conflitos e se opõe à diversidade.  Modificação do papel do Estado sem eliminá- lo
  • 42. Ao invés de favorecer uma identidade, o Estado deve respeitar e fazer respeitar as múltiplas identidades dentro de seu território.  Pólos urbanos atuais são centros multinacionais e multiculturais.  Cultura Identitária: intersecções de várias afiliações. (como no ciberespaço)
  • 43. O Estado-nação aplana a cultura em um único espaço, pretensamente “real”.  Identidade nacional se opõe à identidade cultural, reduzindo a cultura e a diversidade à homogeneidade.  Apartheid
  • 44. A maioria dos Estados já é multinacional (Criação dos EUA e EU)  Vício do Estado: dizer apoiar uma certa identidade cultural em um poder político e querer alicerçar um poder político numa identidade cultural.
  • 45. Desestatizar a subjetividade  Qualquer filiação cultural que se apoie principalmente em poder político desliga-se da energia vital que a anima. (descristianização)  Criatividade > Reivindicação  Livre exercício da criatividade cultural desligado da soberania do Estado
  • 46. A verdadeira questão das afiliações culturais é sua capacidade para suscitar o desejo de incorporar e transmitir uma herança.
  • 47. Homem Identirário: nacionalista, homogenista e favorável à associação no Estado  Homem das filiações: desvinculados do poder, valoriza as filiações culturais independentes de território.
  • 48. Uma filiação cultural é uma máquina de fabricar sentidos.  Influencia na história da humanidade e na história de cada indivíduo.  Sua duração e expansão medem seu grau de universabilidade.
  • 49. O poder é efêmero e aliena a criatividade cultural. Portanto não é eficaz para a transmissão das filiações.  As afiliações podem ser “impostas” pelo nascimento e criação, ou escolhidas voluntariamente. Ambas são definidas individualmente.
  • 50. Exemplo: expansão do cristianismo em países budistas, e vice-versa.  A distinção se baseia na vivencia e participação dos indivíduos para com cada filiação.  Culturas fechadas possuem uma capacidade de transmissão inferior às mensagens universais.
  • 51. Diminuição da diversidade cultural  “Morte” de culturas e línguas  O ciberespaço pode travar essa diminuição graças à constituição de comunidades virtuais desterritorializadas  Exemplo: ainda se lê filosofia em grego.
  • 52. Religião Judaica: prefiguração do ciberespaço  A filiação judaica resistiu dois milênios sem um Estado porque habita um espaço virtual.  Os povos são filiações de sinais e espíritos associados que as incorporam e transmitem.  Muitas afiliações morrem, mas deixam seu legado nas subseqüentes (influencia do pensamento egípcio na bíblia).
  • 53. Conceito de povo baseado em sensações.  A música como representação das idéais.  As pessoas da atualidade ouvem e vibram com diversos tipos de músicas, saboreando todas as idéias.  Cria-se a inteligência coletiva.
  • 54.
  • 55. Potencia de autocriação  Capacidade de aprendizagem autônoma  Processo de evolução  A inteligência é resultado de um coletivo numeroso e interdependente  Inteligência Coletiva é um pleonasmo
  • 56. Inteligencia coletiva humana é capaz de aprender, inventar e comunicar-se.  Goza da liberdade e responsabilidade de seus membros  É cultural  Busca aperfeiçoamento
  • 57. Evolução cultural: mutações no processo de inteligência coletiva  Intimamente ligada à linguagem e às revoluções comunicativas.  A utilização do ciberespaço dá prosseguimento ao aperfeissoamento da inteligência coletiva.
  • 58. Reino das aparências (visível, curto prazo)  Reino da Caridade (invisível, longo prazo)  Não é possível caracterizar ideias ou pessoas, apenas atos.  Deserdar o poder ao invés de combatê-lo
  • 59. O mundo das aparências não pode ser ignorado  Súditos do reino invisível tecem a diversidade e fazem crescer as inteligências coletivas.  Escrita ideográfica: estrutura politica baseada na religião, tentava tornar visível o reino invisivel através de imagens sacras.
  • 60. Escrita alfabética: contrapõe a realeza sacra  Leis como um movimento de aprendizagem  “Dai a César o que é de César”  Separação de igreja e Estado  A religião busca a base nas ordem políticas
  • 61. Cidade ideal de Platão: aristocracia totalitária enquadrada por monges guerreiros.  Régis Debray: relações de força e hierarquias tornam as idéias reais (marxismo)  Autor: mostrar, através do ciberespaço, a real imagem da cidade, escondida pela mídia, sobrepujando aparências e alimentando a evolução.
  • 62. - Agir ao invés de refletir. - Duas personagens conceptuais
  • 63. Bruxo: ◦ Realista ◦ Maquiavélico ◦ Pessimista ◦ Destruidor ◦ Enxerga-se como vítima ◦ Aponta culpados e inimigos, manipula ◦ Poder Esterilizador
  • 64. Magos: ◦ Idealistas ◦ Universo vasto ◦ Construção do ambiente ◦ Sofredor, porém otimista ◦ Potência fecundante
  • 65. Jogos de poder não entre diferenças, mas entre magos e bruxos  Os bruxos combatem uns aos outros pelo poder fecundante dos magos  Os magos recusam-se a combater, trocando a política força-contra-força por uma construção cognitiva. Sua maior arma é odiálogo
  • 66. A ciberdomacracia é a arte do diálogo  Exige uma ética, a netiqueta  Fundamento básico: ◦ Caráter não objetivo da significação ◦ O sentido constrói-se no entrelaçamento das mentes humanas ◦ O sentido não tem objetivo
  • 67. Cada indivíduo representa uma idéia original de sociedade  A sociedade atual resulta da conversa entre estas virtualidades
  • 68. O diálogo deve ser livre de: ◦ Indiferença ◦ Desprezo ◦ Imitação ◦ Dialética entre certo e errado ◦ Busca de uma verdade universal (Platão) ◦ Monólogo de uma mente absoluta (Hegel)
  • 69. A arte do diálogo aberto consiste em enriquecer o mundo de um indivíduo, integrando nele os outros, enquanto produtores de sentindo, afim de gerar um mundo comum mais valioso.  O reflexo indefinidamente multiplicado das inteligências nas outras, faz crescer a inteligência coletiva.
  • 70. Torá: cada letra possui diversos significados ◦ Fecundidade infinita ◦ Cada pergunta gera um espaço infinito de significados.
  • 71. A imprensa criada para a multiplicação da Bíblia.  Biblioteca universal  A hiperbliblioteca da rede foi inventada para multiplicar a biblioteca.
  • 72. Manuscrito ◦ Diálogo de um século a outro ◦ Questionamento infinito
  • 73. Imprensa ◦ Inteligência coletiva simultânea ◦ Troca de experiências ◦ Busca pela originalidade ◦ Ciclo sem fim da teoriazação
  • 74. Ciberespaço ◦ Inteligência coletiva ◦ Economia na informação ◦ Comunidades virtuais ◦ Cooperação competitiva
  • 75. Religião como base: ◦ Alfabeto > Monoteísmo ◦ Número 1 > Monoteísmo árabe ◦ Numero 0 > reflexões sobre o vazio ◦ Hipertexto > Judaísmo
  • 76. O estudo do Torá vis formar sábios e justos  A retórica Grega visa formar indivíduos hábeis a acusar e defender (manipuladores)  Cibercultura: Diálogos cinseros em detrimento da manipulação persuasiva
  • 77. Busca pelo saber coletivo  “Ao navegar pelo universo do sentido, produzimos a realidade que responde às nossas interrogações: a voz fraterna de nossos semelhantes. Somos letras vivaz, luminosas, que infinitamente dialogam no texto sagrado da mente humana.”