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PROCESSO IDENTITÁRIO DE TUTORES A DISTÂNCIA REVELADO ATRAVÉS DA TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS – UM ESTUDO DE CASO 
Rio de Janeiro – RJ – maio – 2014 
Juliana Maciel de Aguiar 
Universidade Federal do Rio de Janeiro – jaguiar@bioqmed.ufrj.br 
Fabíola de Almeida Santos 
Universidade Federal do Rio de Janeiro - fabiolaasantos@gmail.com 
Luciano Luz Gonzaga 
Fundação CECIERJ – gonzaga-luciano@ig.com.br 
Classe 2 
Setor Educacional 3 
Classificação das Áreas de Pesquisa em EaD C 
Natureza A 
RESUMO 
. 
O presente trabalho teve como objetivo analisar e identificar, através da Teoria das Representações Sociais, o processo identitário dos tutores a distância que atuam no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, oferecido através do Consórcio CEDERJ (Centro de Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro). Nossos dados revelaram que o grupo de tutores a distância, está fortemente identificado com os termos ‘mediador’, ‘suporte’, ‘orientador’ ‘professor’ em conformidade entre a crença expressa pelos sujeitos da pesquisa com o que vem sendo descrito na literatura, assim como pelas diretrizes que definem as atribuições dos mesmos. Contudo, parece estar distante a ampliação e ajustamento desse contexto quando revelam menor ênfase com outros termos como ‘aprendizagem’, ‘responsabilidade’, ‘interação’. Ações direcionadas podem propiciar a ampliação dessa representação bem como da identidade destes tutores. 
Palavras chave: Representações Sociais; tutor a distância; EaD
2 
1 - Introdução 
A demanda crescente por formação e atualização dos conhecimentos nos atuais sistemas formais de educação tem colocado a Educação a Distância (EaD) como uma das principais alternativas às exigências sociais e pedagógicas, contando com o apoio dos avanços das novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC). Dessa forma, a discussão sobre o papel da tutoria ganha novos contornos conjunturais, políticos e ideológicos. 
Conjunturais pela própria circunstância como são representados pela sociedade e pelos muitos atores que participam de uma equipe multidisciplinar em um sistema de EAD, bem como pela variedade de competências (LITTO, 2010). Estes atores devem estar preparados não só tecnologicamente, mas também em relação às competências cognitivas que os tornam ativos, como a. capacidade de mobilizar diversos recursos significativos para enfrentar um tipo de situação (PERRENOUD, 2000). 
Quanto aos contornos políticos e ideológicos estes estão relacionados à expressa valorização do tutor, no que se refere à constatação de sua importância para a educação, de acordo com os Referenciais de Qualidade para a Educação Superior a Distância (BRASIL, 2007). A valorização da tutoria na educação a distância também tem sido tratada como tema de grande relevância pela Associação Nacional de Tutores do Brasil – ANATED (FERREIRA, 2013). 
Somam-se as habilidades que os tutores precisam ter no exercício do ofício, tais como: maturidade emocional, capacidade de liderança, bom nível cultural, capacidade de empatia e cordialidade (GARCIA ARETIO, 2002). 
Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo identificar e analisar as Representações Sociais acerca do ser TUTOR, por tutores que atuam no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas na modalidade a distância, oferecido através do Consórcio CEDERJ. 
2- Representações Sociais 
A escolha pelo aporte teórico das Representações Sociais (RS) se deve ao fato da imensa contribuição que esta teoria realiza na análise do
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funcionamento dos sistemas de referência utilizados para classificar grupos sociais e interpretar os acontecimentos a eles relacionados. Abric (1998) sugere que investigações acerca das RS presentes em um sistema social de relações devem anteceder toda e qualquer intervenção no mesmo. Estas investigações objetivam, entre outras possibilidades, a autorrepresentação que os indivíduos alvo têm de sua identidade ou de sua problemática no sistema em questão, orientando e organizando as condutas e comunicações sociais. 
As RS, ao serem vistas como produção cultural de um determinado grupo, têm como um dos seus objetivos resistir à incorporação de conceitos, conhecimentos e atividades que ameacem destruir sua identidade. Essa resistência não impede, no entanto, a evolução da representação, com a incorporação de inovações (NAIFF e NAIFF, 2008). 
Entendendo que a reação das pessoas frente a outros e aos objetos sociais, ou seja, o comportamento, é mediado pelas RS (MOSCOVICI, 2003), o presente trabalho se apropriou desse aporte para identificar o conteúdo e a estrutura das RS dos sujeitos desta investigação. Desta forma, analisar a representação social de TUTOR entre esses atores da educação a distância significa contribuir com informações de especial relevância para a compreensão da realidade de uma categoria em busca de uma identidade. 
3 - Metodologia 
3.1 - Contexto da pesquisa – estudo de caso 
O Consórcio CEDERJ (Centro de Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro) surgiu em 2000 como proposta de formação de uma rede regional de educação a distância, coordenando as ações das universidades públicas federais e estaduais do estado, com o apoio do governo estadual. É formado atualmente por oito instituições públicas do Estado do Rio de Janeiro, contando com aproximadamente 26 mil alunos matriculados em seus 14 cursos de graduação à distância1. O curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, alvo desta pesquisa, é oferecido pelo Consórcio CEDERJ através de três Universidades consorciadas: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
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(UERJ), Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 
3.2 - Caracterização da amostra 
Para a realização deste trabalho, foram convidados 81 tutores a distância (TD) da graduação, que atuam nas disciplinas específicas da matriz curricular do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, oferecido através do Consórcio CEDERJ. Destes, 45 tutores aceitaram participar do trabalho, correspondendo assim, 55,5% do total. 
Dos 45 participantes, 42,2% pertencem a Universidade Estadual do Norte Fluminense, 46,7% da Universidade Federal do Rio de Janeiro e 11,1% da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Em relação ao sexo, 67,7% são do sexo feminino e 32,3% do sexo masculino. A idade média dos participantes é de 31,2 anos (desvpad = 7,03). No que tange à formação acadêmica, 88,9% possuem pós-graduação stricto sensu (77,8% mestrado, 22,2% doutorado); 8,9% com especialização e apenas 2,2% somente com a graduação. 
3.3 - Coleta e análise dos dados 
Para a caracterização da nossa amostra aplicamos um questionário socioeducacional contendo: sexo, idade, titulação e tempo que atuam na tutoria a distância. 
A fim de compreendermos a organização interna das RS acerca da palavra indutora TUTOR, solicitamos aos 45 tutores que respondessem ao Teste de Associação Livre de Palavras, listando as seis primeiras palavras que lhes viessem à mente, ao pensarem em TUTOR. 
Para construção do conjunto final de evocações, as variações da mesma palavra foram agrupadas quanto à flexão gramatical de número (singular e plural) e à dimensão semântica e léxica, representativa de sinônimos e vocábulos afins (BARDIN, 2007). Esse conjunto final das palavras foi analisado e tratado através do software Evocation 2003®, que organiza as palavras evocadas por frequência (f) e ordem média de evocação (OME), para fornecer hipóteses de elementos que constituem o Núcleo Central (NC) da
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representação. A análise combinada da frequência e da ordem média de evocação das palavras possibilita a distribuição das mesmas em quatro quadrantes. 
Parte-se do princípio que as palavras evocadas com maior frequência e nos primeiros lugares, menor OME, teriam uma maior importância no esquema cognitivo do sujeito e seriam as candidatas ao NC da representação (SÁ, 1998). As palavras que se localizam no quadrante superior direito, adjacente ao NC, constituem o que denominamos de “núcleo periférico limítrofe” (NPL), formado por palavras que têm grande possibilidade de evoluírem para o NC ou fazerem parte dele. Já as palavras evocadas nas primeiras posições, mas com menor frequência, situam-se no quadrante inferior esquerdo e compõem o “núcleo periférico intermediário” (NPI), que por força da ambiguidade de suas coordenadas, é o de representação menos precisa. O “núcleo periférico externo” (NPE), situado no quadrante inferior direito é constituído pelas palavras de menor frequência e evocação mais tardia, o que, a princípio, demonstra menor relevância sobre o ajustamento social (FLAMENT, 2001). 
A análise da coocorrência das palavras também foi feita. Nesta técnica admite-se que dois itens serão mais próximos na representação, quanto mais elevado for o número de indivíduos que aceitem os dois ao mesmo tempo (SÁ, 1996). Essa relação pode ser expressa pelo percentual de coocorrência e representado em um gráfico de ligações entre os termos (FLAMENT, 2001). Um dos programas que compõem o software EVOC 2003®, o AIDECAT, organiza a matriz de coocorrência entre as palavras que compõem a Representação Social. A partir dessas matrizes, o software CmapTools® foi utilizado para construção dos gráficos de ligações entre os termos. 
4 - Resultados e Discussão 
A Representação Social de TUTOR entre os tutores a distancia, sujeitos da pesquisa, está mostrada no Quadro 1. Dentre os tutores analisados, foi evocado um número total de 150 palavras diferentes.
6 
Quadro 1 – Representação Social de TUTOR entre os tutores a distância do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, oferecido através do Consórcio CEDERJ. 
No Quadro: f é a frequência simples de evocação; as evocações com frequência menor que 6 foram desprezadas (inferior a 60% ). A mediana da Frequência de Evocações é igual a 7.A média da Ordem Média de Evocações (OME) é 3,3 em uma escala de 1 (mais prevalente) a 6 (menos prevalente). No quadro, a força da evocação está associada à sua prevalência, onde a palavra citada na primeira posição tem força maior (igual a um) do que a citada na segunda posição (força igual a dois) e assim sucessivamente. Portanto, quanto menor o valor da OME maior a força de evocação. 
Além da prevalência, há necessidade de que o NC assuma, através da coocorrência ou conectividade, o caráter da centralidade, em torno do qual se organizam os núcleos periféricos. Ou seja, quanto maior o número de conexões que determinada evocação estabelece com outros elementos da representação social, maior a probabilidade de fazer parte do núcleo central (FLAMENT, 2001). 
Prosseguimos então à análise da coocorrência entre os próprios elementos constituintes da representação de TUTOR que foram mais frequentemente evocados entre os tutores a distância. Foram consideradas somente as palavras citadas por seis ou mais respondentes, com três ou mais cocitações (representatividade mínima de 5,0% entre os 45 respondentes), o que confere um percentual mínimo de 6,7% de coocorrência, em relação ao total de respondentes. A espessura das linhas de ligação entre as palavras varia de acordo com os percentuais de coocorrência que representam. Quanto mais forte, maior o percentual (Figura 1). 
Grande Força de Evocação 
Pequena Força de Evocação 
Alta Frequência 
≥ 7 
f 
OME 
<3,1 
f 
OME 
≥3,1 
Orientador 
16 
2,63 
Aprendizagem 
7 
3,29 
Mediador 
15 
2,87 
Responsabilidade 
7 
3,29 
Suporte 
14 
3,07 
Interação 
7 
3,71 
Ensino 
12 
2,67 
Professor 
9 
2,00 
Conhecimento 
7 
3,00 
Baixa Frequência 
< 7 
Aluno 
6 
3,00 
Atendimento 
Paciência 
Dúvidas 
6 
6 
6 
3,17 
3,50 
4,50
7 
Figura 1 - Gráfico do percentual de coocorrência dos elementos da Representação Social acerca do TUTOR entre os tutores a distância do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Consórcio CEDERJ, 2014. 
A coocorrência das evocações do NC da Representação Social de TUTOR entre os sujeitos da pesquisa revelou a forte centralidade das evocações ‘mediador’ e ‘suporte’, ligadas a ‘orientador’ e professor’, demonstrada na imagem formada por quatro vértices (Figura 1). 
Segundo Lins (2005), o tutor é o mediador, provocador de uma aprendizagem significativa. A mediação pedagógica está a cargo do tutor, por meio da interatividade no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), sendo também responsável por dar suporte aos alunos com o objetivo de torná-los cada vez mais autônomos e colaborativos (MOORE & KEARSLEY, 2007). Interessante notar que apesar do termo ‘interação’ se localizar no NPL, a princípio, se configurando como potencialmente capaz de se inserir no NC, a coocorrência mostra que não há qualquer tipo de ligação entre ele e a centralidade da representação mostrada na Figura 1. Isto é, o grupo de tutores estudado não se identifica com a prática da interatividade, tão característica e fundamental na educação a distância e que só ocorre por meio da ação mediadora (ANDRADE, 2009). 
Os termos ‘aprendizagem’ e ‘responsabilidade’ também localizados no NPL, apresentam igualmente falta de conectividade com a centralidade da
8 
representação, mostrando assim que estão muito distantes de integrar o NC. É importante ressaltar que ser o ‘mediador’, como aquele que dá ‘suporte’, já faz parte da identidade dos tutores alvos deste estudo, porém essa mediação, por meio da interatividade, pressupõe responsabilidade do tutor em se firmar como ponte entre os alunos e o processo de aprendizagem (MORAN, 2012). Ou seja, essa cadeia de ações parece ainda não estar presente na percepção identitária desses tutores. 
A presença no NC do termo ‘orientador’ demonstra, por seu caráter inegociável, a força dessa função na representação social do grupo estudado, a qual aparece com maior força na definição da tarefa do tutor em EaD Machado (2004, apud SILVA 2008). 
De acordo com o item IX-7 do Edital 4/2013, o mais recente realizado pelo Consórcio CEDERJ para seleção pública de tutores a distância dos cursos de graduação 2014, orientar está como uma das suas atribuições primordiais: 
Orientar os alunos, para o método de educação a distância, enfatizando a necessidade de se adquirir autonomia de aprendizagem e sobre a importância da utilização de todos os recursos oferecidos para a aprendizagem2. 
Este grupo parece se apropriar dessa missão de atuar como um orientador na EaD. Porém, é importante observar que essa orientação ao aluno deve ser continuada, de forma que o mesmo possa se apropriar de alternativas de aprendizagem que o meio lhe oferece e não simplesmente uma exploração psicológica e conselho do orientador (ARETIO, 2002). 
No vértice superior esquerdo do quadrilátero que define a centralidade do NC (Figura 1), aparece a força da representação de ‘professor’ identificando a função de tutor. Autores como LÁZARO e ASENSI (apud SILVA, 2008, p. 37) definem que ser tutor é ser professor; aquele que se encarrega de atender diversos aspectos, além daqueles relacionados apenas com o conteúdo programático. 
O tutor também é o professor, o educador integral de um grupo de alunos. A tutoria é uma atividade inerente à função do professor, que se realiza individual e coletivamente com os alunos em sala de aula a fim de facilitar a integração pessoal nos processos de aprendizagem; é a ação de ajuda ou orientação ao aluno que o professor-tutor pode realizar além de sua própria ação docente e paralelamente a ela.
9 
O afastamento dos termos ‘ensino’ e ‘conhecimento’ do NC, demonstrado na análise de coocorrência (Figura 1) vai ao encontro dos pressupostos de Perrenoud (2000, p. 139) para quem o papel do professor está centrado no aluno, por que: “mais do que ensinar, trata-se de fazer aprender (...), concentrando-se na criação, na gestão e na regulação das situações de aprendizagem”. 
Desta forma, podemos sugerir que o grupo de tutores a distância, sujeitos dessa pesquisa, está fortemente identificado com funções próprias do tutor de EaD – mediador, suporte, orientador e professor. Contudo, parece estar distante a ampliação e ajustamento desse contexto a partir da inserção dos aspectos relacionados à interação, aprendizagem e responsabilidade educacional e, ainda, desconectadas do objeto e objetivo da educação que é o aluno. 
Podemos concluir que a representação social de TUTOR para este grupo de tutores a distancia do Consórcio CEDERJ vai ao encontro do que vem sendo descrito na literatura e, em grande parte, às orientações da instituição quando define as atribuições do mesmo. Destacamos, então, a importância da Instituição manter e reforçar as ações direcionadas à interatividade como veículo da aprendizagem do aluno, propiciando a ampliação dessa representação bem como da identidade destes tutores. 
Notas de rodapé 
1 Fonte: http://cederj.edu.br/cederj/ 
2 Fonte: http://cederj.edu.br/arquivos/edital_4_-2013-tutores_a_distancia.pdf 
Referências 
ABRIC, Jean Claude – A abordagem estrutural das representações sociais. In: MOREIRA, MASP. – Estudos Interdisciplinares de Representações Sociais. Goiânia: AB, 1998. 
ANDRADE, E. M. de. As práticas pedagógicas do tutor na educação a distância. In: Anais do IX Seminário Pedagogia em Debate e IV Colóquio Nacional de Formação de Professores. Curitiba: Universidade Tuiuti do Paraná, 2009. p. 7. 
BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Edições 70, Lisboa, 2007. 223 pp. 
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SEED. Referenciais de Qualidade para a Educação Superior a Distância. 2007. Disponível em
10 
http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf. Acessado em 16/05/2014. 
FLAMENT, Claude. Pratiques sócia les et dynamiquedes représentations. In P. Moliner (Ed.), La dynamique des représentations sociales (pp. 43-58). Grenoble: PUG, 2001. 
FERREIRA, Silvia Roberta. A docência na EAD. In: V seminário Internacional de educação a distância, CAED- UFMG, Minas Gerais, 2013. 
GARCIA ARETIO, Lorenzo. La educación a distancia: de la teoría a la práctica. Barcelona: Ariel, 2002. 
LITTO, Fredric. Aprendizagem a distância. São Paulo: Imprensa Oficial, 2010 
LINS, Maria Judith Sucupira da Costa; NEVES, Maria Cristina Baeta; RIBEIRO, Antônia Maria Coelho. A aprendizagem e a tutoria. Educação a Distância. SENAC, 2005. 
MORAN, Jose Manuel; MASETTO, Marcos Tarciso; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. São Paulo: Ed. 19, 2012. 
MOORE, Michael & KEARSLEY, Greg. Educação a Distância: uma visão integrada. Trad. Roberto Galman. São Paulo: Thomson Learning, 2007. 
MOSCOVICI, Serge. (2003). A história e a atualidade das representações sociais. In S. Moscovici (Ed.), Representações sociais: investigações em psicologia social (pp. 167-214). Petrópolis, RJ: Vozes. 
NAIFF, L.A.M e NAIFF, D.G.M. Educação de jovens e adultos em uma análise psicossocial: Representações e Práticas Sociais. Psicologia & Sociedade, 20 (3): 402-407, 2008. 
PERRENOUD, Philippe. “Construindo Competências”. In: Revista Fala Mestre! Setembro de 2000. 
SÁ, Celso Pereira. Núcleo Central das Representações Sociais. Petrópolis: Vozes, 1996. 
SÁ, Celso Pereira. A Construção do objeto de pesquisa em representações sociais. Rio de Janeiro: Eduerj,1998. 
SILVA, Marinilson Barbosa. O processo de construção de identidades individuais e coletivas do ser-tutor no contexto da educação a distância, hoje. Tese de doutorado – Programa de Pós-graduação em Educação, UFRGS, Porto Alegre, 2008.

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Processo Identitário de tutores a distância revelado a partir através da teoria das representações sociais - um estudo de caso.

  • 1. 1 PROCESSO IDENTITÁRIO DE TUTORES A DISTÂNCIA REVELADO ATRAVÉS DA TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS – UM ESTUDO DE CASO Rio de Janeiro – RJ – maio – 2014 Juliana Maciel de Aguiar Universidade Federal do Rio de Janeiro – jaguiar@bioqmed.ufrj.br Fabíola de Almeida Santos Universidade Federal do Rio de Janeiro - fabiolaasantos@gmail.com Luciano Luz Gonzaga Fundação CECIERJ – gonzaga-luciano@ig.com.br Classe 2 Setor Educacional 3 Classificação das Áreas de Pesquisa em EaD C Natureza A RESUMO . O presente trabalho teve como objetivo analisar e identificar, através da Teoria das Representações Sociais, o processo identitário dos tutores a distância que atuam no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, oferecido através do Consórcio CEDERJ (Centro de Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro). Nossos dados revelaram que o grupo de tutores a distância, está fortemente identificado com os termos ‘mediador’, ‘suporte’, ‘orientador’ ‘professor’ em conformidade entre a crença expressa pelos sujeitos da pesquisa com o que vem sendo descrito na literatura, assim como pelas diretrizes que definem as atribuições dos mesmos. Contudo, parece estar distante a ampliação e ajustamento desse contexto quando revelam menor ênfase com outros termos como ‘aprendizagem’, ‘responsabilidade’, ‘interação’. Ações direcionadas podem propiciar a ampliação dessa representação bem como da identidade destes tutores. Palavras chave: Representações Sociais; tutor a distância; EaD
  • 2. 2 1 - Introdução A demanda crescente por formação e atualização dos conhecimentos nos atuais sistemas formais de educação tem colocado a Educação a Distância (EaD) como uma das principais alternativas às exigências sociais e pedagógicas, contando com o apoio dos avanços das novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC). Dessa forma, a discussão sobre o papel da tutoria ganha novos contornos conjunturais, políticos e ideológicos. Conjunturais pela própria circunstância como são representados pela sociedade e pelos muitos atores que participam de uma equipe multidisciplinar em um sistema de EAD, bem como pela variedade de competências (LITTO, 2010). Estes atores devem estar preparados não só tecnologicamente, mas também em relação às competências cognitivas que os tornam ativos, como a. capacidade de mobilizar diversos recursos significativos para enfrentar um tipo de situação (PERRENOUD, 2000). Quanto aos contornos políticos e ideológicos estes estão relacionados à expressa valorização do tutor, no que se refere à constatação de sua importância para a educação, de acordo com os Referenciais de Qualidade para a Educação Superior a Distância (BRASIL, 2007). A valorização da tutoria na educação a distância também tem sido tratada como tema de grande relevância pela Associação Nacional de Tutores do Brasil – ANATED (FERREIRA, 2013). Somam-se as habilidades que os tutores precisam ter no exercício do ofício, tais como: maturidade emocional, capacidade de liderança, bom nível cultural, capacidade de empatia e cordialidade (GARCIA ARETIO, 2002). Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo identificar e analisar as Representações Sociais acerca do ser TUTOR, por tutores que atuam no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas na modalidade a distância, oferecido através do Consórcio CEDERJ. 2- Representações Sociais A escolha pelo aporte teórico das Representações Sociais (RS) se deve ao fato da imensa contribuição que esta teoria realiza na análise do
  • 3. 3 funcionamento dos sistemas de referência utilizados para classificar grupos sociais e interpretar os acontecimentos a eles relacionados. Abric (1998) sugere que investigações acerca das RS presentes em um sistema social de relações devem anteceder toda e qualquer intervenção no mesmo. Estas investigações objetivam, entre outras possibilidades, a autorrepresentação que os indivíduos alvo têm de sua identidade ou de sua problemática no sistema em questão, orientando e organizando as condutas e comunicações sociais. As RS, ao serem vistas como produção cultural de um determinado grupo, têm como um dos seus objetivos resistir à incorporação de conceitos, conhecimentos e atividades que ameacem destruir sua identidade. Essa resistência não impede, no entanto, a evolução da representação, com a incorporação de inovações (NAIFF e NAIFF, 2008). Entendendo que a reação das pessoas frente a outros e aos objetos sociais, ou seja, o comportamento, é mediado pelas RS (MOSCOVICI, 2003), o presente trabalho se apropriou desse aporte para identificar o conteúdo e a estrutura das RS dos sujeitos desta investigação. Desta forma, analisar a representação social de TUTOR entre esses atores da educação a distância significa contribuir com informações de especial relevância para a compreensão da realidade de uma categoria em busca de uma identidade. 3 - Metodologia 3.1 - Contexto da pesquisa – estudo de caso O Consórcio CEDERJ (Centro de Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro) surgiu em 2000 como proposta de formação de uma rede regional de educação a distância, coordenando as ações das universidades públicas federais e estaduais do estado, com o apoio do governo estadual. É formado atualmente por oito instituições públicas do Estado do Rio de Janeiro, contando com aproximadamente 26 mil alunos matriculados em seus 14 cursos de graduação à distância1. O curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, alvo desta pesquisa, é oferecido pelo Consórcio CEDERJ através de três Universidades consorciadas: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • 4. 4 (UERJ), Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 3.2 - Caracterização da amostra Para a realização deste trabalho, foram convidados 81 tutores a distância (TD) da graduação, que atuam nas disciplinas específicas da matriz curricular do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, oferecido através do Consórcio CEDERJ. Destes, 45 tutores aceitaram participar do trabalho, correspondendo assim, 55,5% do total. Dos 45 participantes, 42,2% pertencem a Universidade Estadual do Norte Fluminense, 46,7% da Universidade Federal do Rio de Janeiro e 11,1% da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Em relação ao sexo, 67,7% são do sexo feminino e 32,3% do sexo masculino. A idade média dos participantes é de 31,2 anos (desvpad = 7,03). No que tange à formação acadêmica, 88,9% possuem pós-graduação stricto sensu (77,8% mestrado, 22,2% doutorado); 8,9% com especialização e apenas 2,2% somente com a graduação. 3.3 - Coleta e análise dos dados Para a caracterização da nossa amostra aplicamos um questionário socioeducacional contendo: sexo, idade, titulação e tempo que atuam na tutoria a distância. A fim de compreendermos a organização interna das RS acerca da palavra indutora TUTOR, solicitamos aos 45 tutores que respondessem ao Teste de Associação Livre de Palavras, listando as seis primeiras palavras que lhes viessem à mente, ao pensarem em TUTOR. Para construção do conjunto final de evocações, as variações da mesma palavra foram agrupadas quanto à flexão gramatical de número (singular e plural) e à dimensão semântica e léxica, representativa de sinônimos e vocábulos afins (BARDIN, 2007). Esse conjunto final das palavras foi analisado e tratado através do software Evocation 2003®, que organiza as palavras evocadas por frequência (f) e ordem média de evocação (OME), para fornecer hipóteses de elementos que constituem o Núcleo Central (NC) da
  • 5. 5 representação. A análise combinada da frequência e da ordem média de evocação das palavras possibilita a distribuição das mesmas em quatro quadrantes. Parte-se do princípio que as palavras evocadas com maior frequência e nos primeiros lugares, menor OME, teriam uma maior importância no esquema cognitivo do sujeito e seriam as candidatas ao NC da representação (SÁ, 1998). As palavras que se localizam no quadrante superior direito, adjacente ao NC, constituem o que denominamos de “núcleo periférico limítrofe” (NPL), formado por palavras que têm grande possibilidade de evoluírem para o NC ou fazerem parte dele. Já as palavras evocadas nas primeiras posições, mas com menor frequência, situam-se no quadrante inferior esquerdo e compõem o “núcleo periférico intermediário” (NPI), que por força da ambiguidade de suas coordenadas, é o de representação menos precisa. O “núcleo periférico externo” (NPE), situado no quadrante inferior direito é constituído pelas palavras de menor frequência e evocação mais tardia, o que, a princípio, demonstra menor relevância sobre o ajustamento social (FLAMENT, 2001). A análise da coocorrência das palavras também foi feita. Nesta técnica admite-se que dois itens serão mais próximos na representação, quanto mais elevado for o número de indivíduos que aceitem os dois ao mesmo tempo (SÁ, 1996). Essa relação pode ser expressa pelo percentual de coocorrência e representado em um gráfico de ligações entre os termos (FLAMENT, 2001). Um dos programas que compõem o software EVOC 2003®, o AIDECAT, organiza a matriz de coocorrência entre as palavras que compõem a Representação Social. A partir dessas matrizes, o software CmapTools® foi utilizado para construção dos gráficos de ligações entre os termos. 4 - Resultados e Discussão A Representação Social de TUTOR entre os tutores a distancia, sujeitos da pesquisa, está mostrada no Quadro 1. Dentre os tutores analisados, foi evocado um número total de 150 palavras diferentes.
  • 6. 6 Quadro 1 – Representação Social de TUTOR entre os tutores a distância do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, oferecido através do Consórcio CEDERJ. No Quadro: f é a frequência simples de evocação; as evocações com frequência menor que 6 foram desprezadas (inferior a 60% ). A mediana da Frequência de Evocações é igual a 7.A média da Ordem Média de Evocações (OME) é 3,3 em uma escala de 1 (mais prevalente) a 6 (menos prevalente). No quadro, a força da evocação está associada à sua prevalência, onde a palavra citada na primeira posição tem força maior (igual a um) do que a citada na segunda posição (força igual a dois) e assim sucessivamente. Portanto, quanto menor o valor da OME maior a força de evocação. Além da prevalência, há necessidade de que o NC assuma, através da coocorrência ou conectividade, o caráter da centralidade, em torno do qual se organizam os núcleos periféricos. Ou seja, quanto maior o número de conexões que determinada evocação estabelece com outros elementos da representação social, maior a probabilidade de fazer parte do núcleo central (FLAMENT, 2001). Prosseguimos então à análise da coocorrência entre os próprios elementos constituintes da representação de TUTOR que foram mais frequentemente evocados entre os tutores a distância. Foram consideradas somente as palavras citadas por seis ou mais respondentes, com três ou mais cocitações (representatividade mínima de 5,0% entre os 45 respondentes), o que confere um percentual mínimo de 6,7% de coocorrência, em relação ao total de respondentes. A espessura das linhas de ligação entre as palavras varia de acordo com os percentuais de coocorrência que representam. Quanto mais forte, maior o percentual (Figura 1). Grande Força de Evocação Pequena Força de Evocação Alta Frequência ≥ 7 f OME <3,1 f OME ≥3,1 Orientador 16 2,63 Aprendizagem 7 3,29 Mediador 15 2,87 Responsabilidade 7 3,29 Suporte 14 3,07 Interação 7 3,71 Ensino 12 2,67 Professor 9 2,00 Conhecimento 7 3,00 Baixa Frequência < 7 Aluno 6 3,00 Atendimento Paciência Dúvidas 6 6 6 3,17 3,50 4,50
  • 7. 7 Figura 1 - Gráfico do percentual de coocorrência dos elementos da Representação Social acerca do TUTOR entre os tutores a distância do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Consórcio CEDERJ, 2014. A coocorrência das evocações do NC da Representação Social de TUTOR entre os sujeitos da pesquisa revelou a forte centralidade das evocações ‘mediador’ e ‘suporte’, ligadas a ‘orientador’ e professor’, demonstrada na imagem formada por quatro vértices (Figura 1). Segundo Lins (2005), o tutor é o mediador, provocador de uma aprendizagem significativa. A mediação pedagógica está a cargo do tutor, por meio da interatividade no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), sendo também responsável por dar suporte aos alunos com o objetivo de torná-los cada vez mais autônomos e colaborativos (MOORE & KEARSLEY, 2007). Interessante notar que apesar do termo ‘interação’ se localizar no NPL, a princípio, se configurando como potencialmente capaz de se inserir no NC, a coocorrência mostra que não há qualquer tipo de ligação entre ele e a centralidade da representação mostrada na Figura 1. Isto é, o grupo de tutores estudado não se identifica com a prática da interatividade, tão característica e fundamental na educação a distância e que só ocorre por meio da ação mediadora (ANDRADE, 2009). Os termos ‘aprendizagem’ e ‘responsabilidade’ também localizados no NPL, apresentam igualmente falta de conectividade com a centralidade da
  • 8. 8 representação, mostrando assim que estão muito distantes de integrar o NC. É importante ressaltar que ser o ‘mediador’, como aquele que dá ‘suporte’, já faz parte da identidade dos tutores alvos deste estudo, porém essa mediação, por meio da interatividade, pressupõe responsabilidade do tutor em se firmar como ponte entre os alunos e o processo de aprendizagem (MORAN, 2012). Ou seja, essa cadeia de ações parece ainda não estar presente na percepção identitária desses tutores. A presença no NC do termo ‘orientador’ demonstra, por seu caráter inegociável, a força dessa função na representação social do grupo estudado, a qual aparece com maior força na definição da tarefa do tutor em EaD Machado (2004, apud SILVA 2008). De acordo com o item IX-7 do Edital 4/2013, o mais recente realizado pelo Consórcio CEDERJ para seleção pública de tutores a distância dos cursos de graduação 2014, orientar está como uma das suas atribuições primordiais: Orientar os alunos, para o método de educação a distância, enfatizando a necessidade de se adquirir autonomia de aprendizagem e sobre a importância da utilização de todos os recursos oferecidos para a aprendizagem2. Este grupo parece se apropriar dessa missão de atuar como um orientador na EaD. Porém, é importante observar que essa orientação ao aluno deve ser continuada, de forma que o mesmo possa se apropriar de alternativas de aprendizagem que o meio lhe oferece e não simplesmente uma exploração psicológica e conselho do orientador (ARETIO, 2002). No vértice superior esquerdo do quadrilátero que define a centralidade do NC (Figura 1), aparece a força da representação de ‘professor’ identificando a função de tutor. Autores como LÁZARO e ASENSI (apud SILVA, 2008, p. 37) definem que ser tutor é ser professor; aquele que se encarrega de atender diversos aspectos, além daqueles relacionados apenas com o conteúdo programático. O tutor também é o professor, o educador integral de um grupo de alunos. A tutoria é uma atividade inerente à função do professor, que se realiza individual e coletivamente com os alunos em sala de aula a fim de facilitar a integração pessoal nos processos de aprendizagem; é a ação de ajuda ou orientação ao aluno que o professor-tutor pode realizar além de sua própria ação docente e paralelamente a ela.
  • 9. 9 O afastamento dos termos ‘ensino’ e ‘conhecimento’ do NC, demonstrado na análise de coocorrência (Figura 1) vai ao encontro dos pressupostos de Perrenoud (2000, p. 139) para quem o papel do professor está centrado no aluno, por que: “mais do que ensinar, trata-se de fazer aprender (...), concentrando-se na criação, na gestão e na regulação das situações de aprendizagem”. Desta forma, podemos sugerir que o grupo de tutores a distância, sujeitos dessa pesquisa, está fortemente identificado com funções próprias do tutor de EaD – mediador, suporte, orientador e professor. Contudo, parece estar distante a ampliação e ajustamento desse contexto a partir da inserção dos aspectos relacionados à interação, aprendizagem e responsabilidade educacional e, ainda, desconectadas do objeto e objetivo da educação que é o aluno. Podemos concluir que a representação social de TUTOR para este grupo de tutores a distancia do Consórcio CEDERJ vai ao encontro do que vem sendo descrito na literatura e, em grande parte, às orientações da instituição quando define as atribuições do mesmo. Destacamos, então, a importância da Instituição manter e reforçar as ações direcionadas à interatividade como veículo da aprendizagem do aluno, propiciando a ampliação dessa representação bem como da identidade destes tutores. Notas de rodapé 1 Fonte: http://cederj.edu.br/cederj/ 2 Fonte: http://cederj.edu.br/arquivos/edital_4_-2013-tutores_a_distancia.pdf Referências ABRIC, Jean Claude – A abordagem estrutural das representações sociais. In: MOREIRA, MASP. – Estudos Interdisciplinares de Representações Sociais. Goiânia: AB, 1998. ANDRADE, E. M. de. As práticas pedagógicas do tutor na educação a distância. In: Anais do IX Seminário Pedagogia em Debate e IV Colóquio Nacional de Formação de Professores. Curitiba: Universidade Tuiuti do Paraná, 2009. p. 7. BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Edições 70, Lisboa, 2007. 223 pp. BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. SEED. Referenciais de Qualidade para a Educação Superior a Distância. 2007. Disponível em
  • 10. 10 http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf. Acessado em 16/05/2014. FLAMENT, Claude. Pratiques sócia les et dynamiquedes représentations. In P. Moliner (Ed.), La dynamique des représentations sociales (pp. 43-58). Grenoble: PUG, 2001. FERREIRA, Silvia Roberta. A docência na EAD. In: V seminário Internacional de educação a distância, CAED- UFMG, Minas Gerais, 2013. GARCIA ARETIO, Lorenzo. La educación a distancia: de la teoría a la práctica. Barcelona: Ariel, 2002. LITTO, Fredric. Aprendizagem a distância. São Paulo: Imprensa Oficial, 2010 LINS, Maria Judith Sucupira da Costa; NEVES, Maria Cristina Baeta; RIBEIRO, Antônia Maria Coelho. A aprendizagem e a tutoria. Educação a Distância. SENAC, 2005. MORAN, Jose Manuel; MASETTO, Marcos Tarciso; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. São Paulo: Ed. 19, 2012. MOORE, Michael & KEARSLEY, Greg. Educação a Distância: uma visão integrada. Trad. Roberto Galman. São Paulo: Thomson Learning, 2007. MOSCOVICI, Serge. (2003). A história e a atualidade das representações sociais. In S. Moscovici (Ed.), Representações sociais: investigações em psicologia social (pp. 167-214). Petrópolis, RJ: Vozes. NAIFF, L.A.M e NAIFF, D.G.M. Educação de jovens e adultos em uma análise psicossocial: Representações e Práticas Sociais. Psicologia & Sociedade, 20 (3): 402-407, 2008. PERRENOUD, Philippe. “Construindo Competências”. In: Revista Fala Mestre! Setembro de 2000. SÁ, Celso Pereira. Núcleo Central das Representações Sociais. Petrópolis: Vozes, 1996. SÁ, Celso Pereira. A Construção do objeto de pesquisa em representações sociais. Rio de Janeiro: Eduerj,1998. SILVA, Marinilson Barbosa. O processo de construção de identidades individuais e coletivas do ser-tutor no contexto da educação a distância, hoje. Tese de doutorado – Programa de Pós-graduação em Educação, UFRGS, Porto Alegre, 2008.