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3ª Conaes
Conferência
Nacional de
Economia
Solidária
Construindo um Plano Nacional
da Economia Solidária para promover
o direito de produzir e viver de forma
associativa e sustentável
Caderno de
Orientações
Metodológicas
Conselho Nacional de Economia Solidária
Secretaria Nacional de Economia Solidária
Ministério do Trabalho e Emprego
3ª Conaes
Conferência
Nacional de
Economia
Solidária
Construindo um Plano Nacional
da Economia Solidária para promover
o direito de produzir e viver de forma
associativa e sustentável
Caderno de
Orientações
Metodológicas
Conselho Nacional de Economia Solidária
Secretaria Nacional de Economia Solidária
Ministério do Trabalho e Emprego
4 Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
Introdução
I – Conferências Territoriais ou Intermunicipais
1.1 Objetivos
1.2 Abrangência Territorial	
1.3 Planejamento e Convocação das Conferências
Territoriais
1.4 O Passo-a-passo das Conferências Territoriais
ou Intermunicipais
II - Conferências Municipais	
2.1 Objetivos	
2.2 Planejamento e Convocação das Conferências
Municipais	
2.3 O Passo-a-passo das Conferências Munici-
pais	
III - Conferências Temáticas e Livres	
3.1 Objetivos	
3.2 Planejamento e Convocação de Conferência
Temática eLivre	
3.3 O Passo-a-passo das Conferências Temáticas e
Livres	
IV - Conferências Estaduais	
4.1 Objetivos	
4.2 Planejamento e Convocação das Conferências
Estaduais	
4.3 O Passo A Passo Das Conferências Estaduais	
Anexos
Sumário
5
8
8
8
8
9
18
18
18
18
28
29
29
29
34
34
34
34
45
5Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
Introdução
As Conferências Públicas são momentos privilegiados de participação ativa da sociedade nos debates
sobre temas e questões relevantes que dizem respeito à sociedade, oferecendo subsídios para a for-
mulação e avaliação de políticas públicas.
A I Conferência Nacional de Economia Solidária (CONAES), realizada em Brasília, de 26 a 29 de junho
de 2006, foi fundamental para afirmar os fundamentos e a identidade da economia solidária enquanto
estratégia e política de desenvolvimento. Foram aprovadas prioridades para as políticas públicas de
economia solidária em diversas áreas de intervenção: marco jurídico, crédito e finanças solidárias,
produção e comercialização, formação, comunicação, entre outras.
Em 2010, o Conselho Nacional de Economia Solidária convocou a II CONAES com os objetivos de
realizar um balanço sobre os avanços, limites e desafios da economia solidária e das suas políticas
públicas e avançar no reconhecimento do direito a formas de organização econômica baseadas no
trabalho associado, na propriedade coletiva, na cooperação, na autogestão, na sustentabilidade e na
solidariedade.
Realizada em Brasília, nos dias 16 a 18 de junho de 2010, a II CONAES foi mais um momento privilegia-
do de participação ativa da sociedade nos debates sobre temas e questões relevantes, desde as etapas
preparatórias até a Conferência Nacional, possibilitando a expressão direta dos diversos interesses,
necessidades, demandas e proposições de diferentes setores ou segmentos organizados da economia
solidária, da sociedade e do poder público nas esferas federal, estadual e municipal.
A partir da II CONAES, foi fortalecido o processo de diálogo com o poder legislativo para avançar
em uma legislação nacional da economia solidária. As resoluções da II Conferência também foram
inspiradoras no processo de elaboração dos objetivos e iniciativas das políticas públicas federais de
economia solidária no Plano Plurianual do Governo Federal para o período de 2012 a 2015.
Após quatro anos da segunda conferência, o Conselho Nacional de Economia Solidária convocou a
terceira conferência , por meio da Resolução n° 05, de 19 de junho de 2013, com os seguintes objetivos:
I - realizar balanço sobre os avanços, limites e desafios da Economia Solidária considerando as
deliberações das Conferências Nacionais de Economia Solidária;
II - promover o debate sobre o processo de integração das ações de apoio a economia solidária
fomentadas pelos governos e pela sociedade civil;
III - elaborar planos municipais, territoriais e estaduais de economia solidária; e
IV - elaborar um Plano Nacional de Economia Solidária contendo visão de futuro, diagnóstico,
eixos estratégicos de ação; programas e projetos estratégicos e modelo de gestão para o fortale-
cimento da economia solidária no país.
A Conferência Nacional acontecerá no segundo semestre de 2014, em Brasília/DF, sendo precedida de
conferências preparatórias temáticas, municipais, territoriais e estaduais.
A III Conferência Nacional de Economia Solidária terá como Tema: “Construindo um Plano Nacional da
Economia Solidária para promover o direito de produzir e viver de forma associativa e sustentável”.
Dessa forma, a III CONAES busca dar mais um passo decisivo na afirmação de uma política pública de
economia solidária em âmbito nacional.
A elaboração do Plano Nacional e dos Planos Municipais, Territoriais e Estaduais será uma oportunidade
para:
a) possibilitar que as elaborações e definições políticas nacionais tenham maior concretude em proces-
sos de desenvolvimento mais próximos a vida dos diversos sujeitos da economia solidária;
6 Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
b) permitir a construção de processos mais articulados e integrados de planejamento e implementação
das políticas de economia solidária, considerando a diversidade e pluralidade dos sujeitos, o diálogo com
outros processos territoriais e setoriais de desenvolvimento;
c) gerar e fortalecer políticas locais de economia solidária, bem como, criar condições mais propícias no
âmbito municipal, territorial e estadual para a promoção das políticas nacionais que possam fortalecer
a economia solidária; e
d) fortalecer as bases sociais e ampliar a força política e organizativa para conquistar políticas mais
adequadas as necessidades e exigências da economia solidária e aos processos de desenvolvimento
sustentável e solidário.
As Conferências Municipais, Territoriais e Estaduais terão como finalidade a elaboração dos planos re-
lativos às respectivas abrangências e estabelecer suas interações, bem como, elaborar proposições para
o Plano Nacional.
Na elaboração de planos municipais, territoriais e estaduais deve-se, para além da realidade e da polí-
tica nacional que afetam a as iniciativas locais de economia solidária, considerar as especificidades da
realidade local e o contexto que envolve a economia solidária; os diferentes e contraditórios processos
de políticas públicas de economia solidária; e a diversidade de sujeitos envolvidos na economia solidária
e de correlação de forças para o seu fortalecimento.
Para tanto as comissões organizadoras de cada uma destas conferências precisam criar as condições
necessárias para que estas particularidades possam ser evidenciadas e que orientem a metodologia de
elaboração dos planos. Com essa perspectiva, a metodologia da III CONAES é orientada pelos seguintes
eixos orientadores:
EIXO I - CONTEXTUALIZAÇÃO DO PLANO: análise das forças e fraquezas (internas) e das opor-
tunidades e ameaças (externas) para o desenvolvimento da economia solidária no atual contexto
socioeconômico, político, cultural e ambiental nacional e internacional.
EIXO II - OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS DO PLANO: definições estratégicas considerando a análise do
contexto, as demandas dos empreendimentos econômicos solidários, à luz dos princípios, práticas e
valores da economia solidária.
EIXO III - LINHAS DE AÇÃO E DIRETRIZES OPERACIONAIS DO PLANO (AGENDA NO LUGAR DE DI-
RETRIZES OPERACIONAIS): elaboração de diretrizes operacionais a partir de eixos estratégicos de
ação que ofereçam subsídios para a formulação de metas e atividades.
As CONFERÊNCIAS TERRITORIAIS elaborarão planos territoriais de economia solidária e oferecerão sub-
sídios para as conferências estaduais. As Conferências Territoriais ou Regionais poderão ser antecedidas
de CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS convocadas pelo executivo municipal ou pelo conselho municipal de
economia solidária quando houver. Nessas conferências devem ser elaborados os Planos Municipais de
Economia Solidária.
Tanto nas conferências territoriais quanto nas municipais, serão formadas, no término do evento, comis-
sões com a finalidade de dar continuidade à elaboração do Plano Territorial ou Municipal de Economia
Solidária. Além disso, sugere-se que, se o território ou município já tiver um Plano de Desenvolvimento,
deve-se buscar aperfeiçoá-lo inserindo as estratégias e prioridades da economia solidária. Para tanto, é
fundamental, dialogar com o colegiado territorial ou municipal responsável pelo plano já existente para
apresentar os resultados da Conferência de Economia Solidária e propor as ações.
As CONFERÊNCIAS ESTADUAIS debaterão e deliberarão sobre documento referencial com propostas
para o plano estadual de economia solidária com os subsídios das conferências municipais, territoriais,
temáticas e livres preparatórias.
O Conselho Estadual de Economia Solidária, quando houver, ou a Comissão Estadual formada ao final
da Conferência Estadual deverá reunir e traçar um cronograma para a continuidade da elaboração do
7Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
Plano Estadual da Economia Solidária. O ideal é que os Planos Estaduais sejam elaborados até março
de 2015 para subsidiar a elaboração dos Planos Plurianuais estaduais e nacional. Se já houver um Plano
de Desenvolvimento Estadual da Economia Solidária, deve-se apenas buscar aperfeiçoá-lo inserindo as
estratégias e prioridades aprovadas na Conferência.
Para a ETAPA NACIONAL, a Comissão Organizadora Nacional da III CONAES elaborará um documento
referencial com proposta de um Plano Nacional da Economia Solidária contendo os subsídios das con-
ferências estaduais, temáticas e livres. A Comissão Organizadora Nacional sistematizará o relatório final
e os anais da III CONAES, submetendo-os ao CONSELHO NACIONAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA que
elaborará e definirá o documento com o Plano Nacional de Economia Solidária.
Além disso, cabe ao Conselho Nacional definir as estratégias de inclusão do plano nacional de economia
solidária com base nas resoluções da III CONAES, no Plano Plurianual do Governo Federal e na Política
Nacional de Economia Solidária.
O presente Guia Metodológico é um instrumento de apoio às Comissões Organizadoras das Etapas Pre-
paratórias da III CONAES. Para cada conferência foram elaborados objetivos, esclarecimentos sobre a
abrangência, orientações para preparação e planejamento e um roteiro detalhado com o “passo a passo”
da atividade. Dessa forma, espera-se que os resultados de cada uma das etapas, possam contribuir para
o enriquecimento da etapa posterior e, de modo geral, fortalecer a economia solidária no Brasil.
I - Conferência Territoriais ou
Intermunicipais
1.1 Objetivos
São objetivos específicos das conferências territoriais:
a) promover a elaboração de planos territoriais de desenvolvimento da economia solidária;
b) oferecer subsídios para os planos estaduais que serão debatidos nas conferências estaduais; e
c) eleger delegados e delegadas para as conferências estaduais de economia solidária considerando
que a realização de Conferências Territoriais é fator indispensável para a participação de delegados
nas Conferências Estaduais.
1.2 Abrangência Territorial
As Conferências Territoriais são supramunicipais e infraestaduais, definidas a partir de agrupamento
de municípios, tais como as microrregiões, as regiões metropolitanas, os consórcios municipais de de-
senvolvimento, os territórios da cidadania, os territórios de desenvolvimento rural sustentável, entre
outros exemplos.
As Conferências Territoriais ou Regionais poderão ser antecedidas de conferências municipais con-
vocadas pelo executivo municipal ou pelo conselho municipal de economia solidária quando houver.
A comissão organizadora estadual definirá a necessidade de realizar conferências municipais eletivas,
quando, por motivos objetivos de distância ou impossibilidades conjunturais, não for possível a rea-
lização de conferências territoriais.
1.3 Planejamento e Convocação das Conferência Territoriais
8 Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
A Comissão Organizadora Estadual deverá planejar e convocar as conferências territoriais, inclusive
considerando aqueles territórios com índices mais elevados de pobreza. A Conferência Territorial será
convocada preferencialmente em conjunto com os Executivos Municipais e ou Conselhos Municipais
de Economia Solidária, quando houver.
Também cabe à Comissão Organizadora Estadual elaborar orientações específicas para as conferên-
cias territoriais no âmbito da abrangência da respectiva UF.
1.4 O Passo-a-passo das Conferências Territoriais ou Intermunicipais
1
Comissão Organizadora Territorial
Para a realização da Conferência Territorial ou Intermunicipal, deverá ser constituída uma COMISSÃO
ORGANIZADORA TERRITORIAL com a participação de representantes dos diversos segmentos, conside-
rando os municípios da abrangência territorial ou regional, com as seguintes atribuições:
a) elaborar metodologia e programação da conferência preparatória na respectiva abrangência, ade-
quando a proposta presente neste Guia para a realidade territorial;
b) constituir subcomissões de trabalho para auxiliar na execução de suas atribuições;
c) mobilizar e articular a participação dos Empreendimentos Econômicos Solidários, suas organizações,
governos, parlamentares, entidades, organizações da sociedade civil e movimentos sociais na respectiva
conferência;
d) promover estratégias de captação de recursos e viabilização da infraestrutura necessária para a re-
alização da respectiva conferência;
e) articular-se com a Comissão Organizadora Estadual para a mobilização de moderadores de grupos
de trabalho e palestrantes;
f) definir o número de participantes para as conferências territoriais, levando-se em consideração a
disponibilidade de recursos financeiros e os critérios de representatividade e diversidade, de forma a
assegurar a participação dos principais segmentos da economia solidária no território;
g) preparar o material didático para a conferência com o Texto de Referência da III CONAES, texto pró-
prio para a realidade territorial, cópias do regimento interno e outros materiais necessários; e
h) promover a sistematização da redação do Documento Final da conferência e remeter à Comissão
Organizadora Estadual.
2
Mobilização dos Participantes
A Comissão Organizadora Territorial deverá mobilizar os empreendimentos econômicos solidários, as
9Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
entidades da sociedade civil e os órgãos e entidades públicas para contribuir com a organização e par-
ticipar ativamente da Conferência Territorial.
Além de participar ativamente da Comissão Organizadora, os fóruns territoriais de economia solidária
serão fundamentais para esse processo de mobilização.
Sugere-se a realização de reuniões ou outros tipos de atividades preparatórias nos municípios para
debater a realidade da economia solidária e a importância de construir um plano territorial para o
desenvolvimento da mesma.
As reuniões de mobilização também devem servir para construir as condições para participação da
delegação do município na conferência territorial, tais como, a organização de transporte, da hospe-
dagem etc.
A Conferência Territorial deverá ter a participação proporcional dos seguintes segmentos:
Representantes do Poder Público: gestores, administradores públicos, poder legislativo, poder judici-
ário (25% dos participantes);
Organizações da sociedade civil: entidades de fomento e apoio à economia solidária, outras organiza-
ções da sociedade civil e movimentos sociais e populares (25% dos participantes); e
Empreendimentos Econômicos Solidários e suas organizações de representação (50% dos participan-
tes).
Além da representação dos segmentos, conforme o regulamento geral da III CONAES, deve ser
considerado os seguintes critérios adicionais: participação proporcional de homens e de mulheres;
presença de povos e populações tradicionais e outros critérios específicos definidos pelas comis-
sões organizadoras estaduais considerando questões étnicas e de geração, sobretudo de jovens,
garantindo a participação das diversas formas de expressão da economia solidária no território.
3
Planejamento da Infraestrutura
A Comissão Organizadora Territorial deve promover estratégias de captação de recursos e viabilização
da infraestrutura necessária para a realização da respectiva conferência: transporte, hospedagem, re-
feições, espaço físico, material didático.
Os apoios devem ser buscados junto aos órgãos governamentais estaduais e municipais, com organi-
zações da sociedade civil, com os empreendimentos econômicos solidários e com outras organizações
públicas e privadas interessadas em promover o desenvolvimento territorial.
A construção da conferência territorial pode se transformar em um grande mutirão, ampliando o apoio
e à adesão à economia solidária.
Além disso, recomenda-se que sejam aproveitados momentos e atividades já programadas no território
para realizar a conferência da economia solidária, tais como: feiras de economia solidária, seminários
dos projetos ou programas em execução etc. Dessa forma, pode-se otimizar recursos e garantir o maior
número de participantes na Conferência Territorial.
10 Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
4
Realização - Roteiro Metodológico
Apresentamos a seguir um roteiro metodológico para a Conferência Territorial que será realizada em
02 dias, com 16 horas de duração. Em seguida, o roteiro foi adaptado para Conferências que serão
realizadas em apenas 01 dia, com 08 horas de duração.
Conferência Territorial com 16 horas de duração
1º Momento: Credenciamento: Sugere-se que o credenciamento seja feito desde o dia anterior à
realização da conferência e durante todo o primeiro dia da conferência, até o momento das delibera-
ções (votação das propostas e eleição de delegados/as) para aproveitar o máximo do tempo.
No ato do credenciamento, cada participante deverá escolher um dos Grupos Temáticos (ver Passo
Metodológico 4º), tendo em vista que o número de participantes em cada grupo será definido pela
Comissão Organizadora Territorial.
2º Momento: Abertura da conferência, boas vindas, saudações e apresentação dos participantes.
Tempo Sugerido: 01 (uma) hora.
Recomenda-se que seja um momento alegre e festivo com algum tipo de apresentação cultural re-
gional.
Nesse momento também pode-se organizar uma mesa de abertura para saudação dos organizadores
aos participantes.
3º Momento: Leitura e aprovação do regimento interno da conferência territorial com objetivos, me-
todologia, procedimento para apreciação das propostas e forma de escolha de delegados e delegadas do
território para a Conferência Estadual de Economia Solidária.
Tempo Sugerido: 01 (uma) hora.
A Comissão Organizadora Estadual deverá propor uma minuta para regimento das conferências ter-
ritoriais nos seus estados.
Os critérios de escolha e o número de delegados e delegadas de cada um dos territórios para parti-
cipar da Conferência Estadual serão definidos e informados pela Comissão Organizadora Estadual.
4º Momento: Apresentação e debate do Texto de Referência da III Conferência Nacional de Econo-
mia Solidária e do texto da realidade local.
Tempo Sugerido: 01 (uma) hora.
A Comissão Organizadora Territorial deverá apresentar o texto ou solicitar que palestrantes convi-
dados façam esta apresentação. Promover o debate com o máximo de participação e envolvimento.
5º Momento: Grupos Temáticos para construção das proposições. Tempo sugerido: 05 horas de
duração, sendo 02 (duas) horas para diagnóstico e 03 (três) horas para proposição.
Os participantes da Conferência deverão ser organizados em 04 (quatro) grupos temáticos para de-
bater as perguntas que ajudam a orientar a construção de um plano territorial de economia solidária.
Os Grupos Temáticos são:
11Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
Grupo 01 - Produção, Comercialização e Consumo Sustentáveis;
Grupo 02 - Financiamento: crédito e finanças solidárias;
Grupo 03 - Conhecimentos: educação, formação e assessoramento; e
Grupo 04 - Ambiente institucional: legislação e integração de políticas públicas.
Além desses 04 Grupos Temáticos, a Comissão Organizadora poderá propor outro(s) que deem conta
de debater conteúdos ou temáticas específicas da realidade local.
Questões de Diagnóstico Questões Propositivas
Grupo 1 - Produção, comercialização e consumo.
Quais as forças e as fraquezas da economia
solidária no território para promover produção,
comercialização e consumo sustentáveis?
Quais as oportunidades para fortalecer a eco-
nomia solidária no território?
O que ameaça ou limita o fortalecimento da
produção, comercialização e consumo susten-
táveis no território?
Quais as prioridades para fomentar atividades
de produção, comercialização e consumo sus-
tentáveis no território?
Como potencializar as forças próprias da eco-
nomia solidária e as oportunidades existentes
para promover a produção, a comercialização e
o consumo na perspectiva do desenvolvimento
territorial sustentável?
Grupo 2 - Financiamento: crédito e finanças solidárias
Quais as forças e as fraquezas da economia so-
lidária no território para acessar financiamento
e promover as iniciativas de finanças solidárias?
Quais as oportunidades para fortalecer a econo-
mia solidária no território com acesso ao finan-
ciamento e promoção das iniciativas de finanças
solidárias ?
O que ameaça ou limita o acesso ao financia-
mento e a promoção das iniciativas de finanças
solidárias?
Quais as prioridades para financiamento dos
empreendimentos econômicos solidários e para
promoção das iniciativas de finanças solidárias
no território?
Como potencializar as forças próprias da econo-
mia solidária e as oportunidades existentes para
o acesso ao financiamento dos empreendimen-
tos econômicos solidários e para promover as
iniciativas de finanças solidárias na perspectiva
do desenvolvimento territorial sustentável?
Grupo 3 - Conhecimentos: educação, formação e assessoramento
Quaisasforçaseasfraquezasdaeconomiasolidária
para acessar conhecimentos necessários ao fortale-
cimento das iniciativas econômicas solidárias e ao
desenvolvimento e disseminação dos seus princí-
pios, valores e práticas no território?
Quais as oportunidades existentes para forta-
lecer o acesso aos conhecimentos necessários
ao fortalecimento das iniciativas econômicas
solidárias e ao desenvolvimento e dissemina-
ção dos seus princípios, valores e práticas no
território?
O que ameaça ou limita o acesso aos conheci-
mentos necessários ao fortalecimento das ini-
ciativas econômicas solidárias e ao desenvol-
vimento e disseminação dos seus princípios,
valores e práticas no território?
Quais as prioridades e estratégias para acessar
conhecimentos necessários ao fortalecimento
das iniciativas econômicas solidárias e ao de-
senvolvimento e disseminação dos seus princí-
pios, valores e práticas no território?
Como potencializar as forças próprias da eco-
nomia solidária e as oportunidades existentes
para acessar conhecimentos necessários ao
fortalecimento das iniciativas econômicas so-
lidárias e ao desenvolvimento e disseminação
dos seus princípios, valores e práticas na pers-
pectiva do desenvolvimento territorial susten-
tável?
12 Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
Questões de Diagnóstico Questões Propositivas
Grupo 4 - Ambiente institucional: legislação e integração de políticas públicas
Quais as forças e as fraquezas da economia
solidária para promover um ambiente institu-
cional favorável ao seu desenvolvimento com
a democratização do acesso e a melhoria das
políticas públicas no território?
Quais as oportunidades para criar ou fortalecer
um ambiente institucional favorável ao desen-
volvimento da economia solidária no território?
O que ameaça ou limita o reconhecimento, o
desenvolvimento e o fortalecimento da econo-
mia solidária no território?
Quais as políticas públicas prioritárias para o fo-
mento e o fortalecimento das iniciativas econô-
micas solidárias?
Como construir um ambiente institucional fa-
vorável ao desenvolvimento e fortalecimento da
economia solidária nos municípios e no territó-
rio?
Como potencializar as forças próprias da econo-
mia solidária e as oportunidades existentes para
criar ou fortalecer um ambiente institucional fa-
vorável ao seu desenvolvimento com a demo-
cratização do acesso e a melhoria das políticas
públicas no território?
6º Momento: Plenária final
Apresentação das Sínteses dos diagnósticos e deliberação sobre as proposições dos Grupos de Tra-
balho.
Tempo Sugerido: 03 (três) horas.
Cada Grupo de Trabalho apresenta a síntese do diagnóstico.
As proposições formuladas pelos Grupos de Trabalho devem ser projetadas para todos os participan-
tes. Cada grupo deve destacar até 05 (cinco) propostas para enviar como contribuição para a etapa
estadual da conferência.
Os participantes debatem e aprovam até 10 (dez) propostas prioritárias para enviar como contribuição
para a Conferência Estadual de Economia Solidária.
A forma de escolha e deliberação deverá estar prevista no regimento interno da conferência.
Eleição de delegados e delegados, titulares e suplentes, para representar o território na Conferência
Estadual de Economia Solidária.
Tempo Sugerido: 01 (uma) hora.
As regras e critérios para eleição deverão estar definidos no regimento interno.
Lembrar que além da proporcionalidade dos segmentos (50% de empreendimentos, 25% de entidades
de apoio e 25% de gestores públicos), o regulamento geral da III CONAES estabeleceu outros critérios
e proporcionalidades:
a) garantia de, no mínimo, 50% de mulheres;
b) garantia de representação de povos e populações tradicionais, conforme critérios definidos
pelas comissões organizadoras estaduais; e
c) outros critérios específicos definidos pelas comissões organizadoras estaduais considerando
questões étnicas e de geração, sobretudo de jovens, garantindo a participação das diversas for-
mas de expressão da economia solidária na respectiva UF.
Constituição de uma Comissão Territorial para dar continuidade à elaboração do Plano Territorial de
Economia Solidária.
13Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
Tempo Sugerido: 01 (uma) hora.
Debater e definir estratégias para continuidade do processo.
Se o território já tiver um Plano Territorial de Desenvolvimento a estratégia deve ser de como garantir
ou fortalecer a presença da economia solidária no plano já existente.
Deve ser escolhida uma Comissão Territorial para continuar animando o processo de formulação do
plano.
7º Momento: Encerramento da Conferência Territorial.
Tempo Sugerido: 30 (trinta) minutos.
Recomenda-se que seja um momento alegre e festivo com algum tipo de apresentação cultural re-
gional.
Nesse momento também pode-se organizar uma mesa de encerramento com os organizadores da
conferência e seus apoiadores para apresentação de compromissos com a continuidade do processo.
Conferência Territorial com 8 horas de duração (ver orientações detalhadas no
texto acima)
1º Momento: Credenciamento prévio.
2º Momento: Abertura da conferência, boas vindas, saudações e apresentação dos participantes.
Tempo Sugerido: 30 (trinta) minutos.
3º Momento: Leitura e aprovação do regimento interno da conferência territorial. Tempo Sugerido:
30 (trinta) minutos.
4º Momento: Apresentação do Texto de Referência da III Conferência Nacional de Economia Solidá-
ria. Tempo Sugerido: 30 (trinta) minutos.
5º Momento: Grupos Temáticos para construção das proposições. Tempo sugerido: 02 (duas) horas
de duração. Os participantes da Conferência deverão ser organizados em 04 (quatro) grupos de tra-
balho para debater as seguintes perguntas que ajudam a orientar a construção de um plano territorial
de economia solidária.
Questões de Diagnóstico Questões Propositivas
Grupo 1 - Produção, comercialização e consumo
Quais as forças e as fraquezas da economia
solidária no território para promover produção,
comercialização e consumo sustentáveis?
Quais as prioridades para fomentar atividades
de produção, comercialização e consumo sus-
tentáveis no território?
Grupo 2 - Financiamento: crédito e finanças solidárias
Quais as forças e as fraquezas da economia so-
lidária no território para acessar financiamento
e promover as iniciativas de finanças solidárias?
Quais as prioridades para financiamento dos
empreendimentos econômicos solidários e para
promoção das iniciativas de finanças solidárias
no território?
14 Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
Questões de Diagnóstico Questões Propositivas
Grupo 3 – Acesso a Conhecimentos: educação, formação e assessoramento
Quais as forças e as fraquezas da economia so-
lidária para acessar conhecimentos necessários
ao fortalecimento das iniciativas econômicas
solidárias e ao desenvolvimento e dissemina-
ção dos seus princípios, valores e práticas no
território?
Quais as prioridades e estratégias para acessar
conhecimentos necessários ao fortalecimento
das iniciativas econômicas solidárias e ao de-
senvolvimento e disseminação dos seus princí-
pios, valores e práticas no território?
Grupo 4 - Ambiente institucional: legislação e integração de políticas públicas
Quais as forças e as fraquezas da economia
solidária para promover um ambiente institu-
cional favorável ao seu desenvolvimento com
a democratização do acesso e a melhoria das
políticas públicas no território?
Quais as políticas públicas prioritárias para o
fomento e o fortalecimento das iniciativas eco-
nômicas solidárias?
6º Momento:
Apresentação das Sínteses dos diagnósticos e deliberação sobre as proposições dos Grupos de Tra-
balho. Tempo Sugerido: 02 (duas) horas.
Eleição de delegados e delegados para representar o território na Conferência Estadual de Economia
Solidária. Tempo Sugerido: 01 (uma) hora.
Escolha de Comissão Territorial para dar continuidade à elaboração do Plano Territorial de Economia
Solidária. Tempo Sugerido: 10 (dez) minutos.
7º Momento: Encerramento da Conferência Territorial. Tempo Sugerido: 20 (vinte) minutos.
5
Após a Conferência Territorial: Construir um Plano Territorial para o For-
talecimento da Economia Solidária
A Comissão Organizadora da Conferência Territorial deverá remeter à Comissão Organizadora Esta-
dual os seguintes documentos:
a) relação dos participantes da conferência territorial;
b) relação e ficha de inscrição dos delegados e delegadas, titulares e suplentes, eleitos/as para a etapa
estadual;
c) relatório síntese da conferência territorial com as 10 (dez) propostas prioritárias para enviar como
contribuição para a Conferência Estadual de Economia Solidária.
A Comissão escolhida ao final da Conferência Territorial deverá reunir e traçar um cronograma para a
continuidade da elaboração do Plano Territorial da Economia Solidária. O ideal é que os Planos Terri-
toriais sejam elaborados até dezembro de 2014 para subsidiar os planos estadual e nacional.
Como sugerido anteriormente, se o Território já tiver um Plano de Desenvolvimento Territorial atu-
15Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
alizado, deve-se apenas buscar aperfeiçoá-lo inserindo as estratégias e prioridades da economia
solidária. Para tanto, é fundamental, dialogar com o colegiado territorial responsável pelo plano para
apresentar os resultados da Conferência de Economia Solidária e propor as ações.
Para construção do Plano, sugere-se a realização de seminários por município do território, apre-
sentando os resultados da Conferência Territorial e dialogando com as realidades locais. Da mesma
forma, propõe-se a realização de reuniões com segmentos (poder público, entidades e movimentos
sociais e empreendimentos) para aprofundar as questões específicas.
Para conclusão do processo, sugere-se a realização de uma atividade territorial onde a Comissão res-
ponsável pelo processo possa apresentar um esboço do Plano e definir os próximos passos.
Considerando que o Plano não é algo estático (parado no tempo), deve haver um cronograma para
acompanhar sua execução e para o aperfeiçoamento (atualização, correção) do mesmo.
II - Conferências Municipais
As Conferências Territoriais ou Intermunicipais poderão ser antecedidas de conferências municipais
convocadas pelo executivo municipal ou pelo conselho municipal de economia solidária quando hou-
ver.
A participação nas conferências municipais não é exigência ou requisito obrigatório para participação
nas conferências territoriais ou regionais.
A comissão organizadora estadual definirá a necessidade de realizar conferências municipais eletivas,
quando, por motivos objetivos de distância ou impossibilidades conjunturais, não for possível a rea-
lização de conferências territoriais.
2.1 Objetivos
São objetivos específicos das conferências municipais:
a) promover a elaboração de planos municipais de desenvolvimento da economia solidária;
b) oferecer subsídios para os planos territoriais e estaduais que serão debatidos nas conferências
territoriais e estaduais; e
c) quando for convocada pela Comissão Organizadora Estadual, eleger delegados e delegadas
para as conferências estaduais de economia solidária.
2.2 Planejamento e Convocações das Conferência Municipais
As Conferências Municipais preparatórias às Conferências Territoriais serão convocadas pelo execu-
tivo municipal ou pelo conselho municipal de economia solidária quando houver.
As Conferências Municipais poderão ser convocadas pela respectiva Comissão Organizadora Estadual
em conjunto com os Executivos Municipais e ou Conselhos Municipais de Economia Solidária, quando
houver.
2.3 O Passo-a-passo das Conferências Municipais
Foram formulados os passos metodológicos para realização das conferências municipais.
16 Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
1
Comissão Organizadora Municipal
Para a realização da Conferência Municipal, deverá ser constituída uma COMISSÃO ORGANIZADORA com a
participação de representantes dos diversos segmentos, considerando os segmentos da economia solidária,
com as seguintes atribuições:
a) elaborar metodologia e programação da conferência, adequando a proposta presente neste Guia
para a realidade territorial;
b) constituir subcomissões de trabalho para auxiliar na execução de suas atribuições;
c) mobilizar e articular a participação dos empreendimentos econômicos solidários, suas organiza-
ções, governos, parlamentares, entidades, organizações da sociedade civil e movimentos sociais na
respectiva conferência;
d) promover estratégias de captação de recursos e viabilização da infraestrutura necessária para a
realização da respectiva conferência;
e) articular-se com a Comissão Organizadora Estadual para a mobilização de moderadores de grupos
de trabalho e palestrantes;
f) definir o número de participantes para a conferência, levando-se em consideração a disponibilida-
de de recursos financeiros e os critérios de representatividade e diversidade, de forma a assegurar a
participação dos principais segmentos da economia solidária no território;
g) preparar o material didático para a conferência com o Texto de Referência da III CONAES, um texto
contextualizando a economia solidária no município, cópias do regimento interno e outros materiais
necessários; e
h) promover a sistematização da redação do Documento Final da conferência e remeter à Comissão
Organizadora Estadual.
A Comissão Organizadora deverá mobilizar os empreendimentos econômicos solidários, as entidades da so-
ciedade civil e os órgãos e entidades públicas para contribuir com a organização e participar ativa-
mente da Conferência Municipal.
2
Mobilização dos Participantes
Além de participar ativamente da Comissão Organizadora, os fóruns municipais de economia solidária
serão fundamentais para esse processo de mobilização.
Sugere-se a realização de reuniões ou outros tipos de atividades preparatórias nas localidades dos
municípios para debater a realidade da economia solidária e a importância de construir um plano
municipal para o desenvolvimento da mesma.
As reuniões de mobilização também devem servir para construir as condições para participação das
delegações na conferência, tais como, a organização de transporte, da hospedagem etc.
A Conferência Municipal deverá ter a participação proporcional dos seguintes segmentos:
17Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
a) Representantes do Poder Público: gestores, administradores públicos, poder legislativo, poder
judiciário (25% dos participantes);
b) Organizações da sociedade civil: entidades de fomento e apoio à economia solidária, outras
organizações da sociedade civil e movimentos sociais e populares (25% dos participantes); e
c) Empreendimentos Econômicos Solidários e suas organizações de representação (50% dos par-
ticipantes).
Além da representação dos segmentos, conforme o regulamento geral da III CONAES, deve ser con-
siderado os seguintes critérios adicionais: participação proporcional de homens e de mulheres; pre-
sença de povos e populações tradicionais e outros critérios específicos definidos pelas comissões or-
ganizadoras estaduais considerando questões étnicas e de geração, sobretudo de jovens, garantindo
a participação das diversas formas de expressão da economia solidária no território.
3
Planejamento da Infraestrutura
A Comissão Organizadora deve promover estratégias de captação de recursos e viabilização da infra-
estrutura necessária para a realização da respectiva conferência: transporte, hospedagem, refeições,
espaço físico, material didático.
Os apoios devem ser buscados junto aos órgãos governamentais municipais, com organizações da
sociedade civil, com os empreendimentos econômicos solidários e com outras organizações públicas
e privadas interessadas em promover o desenvolvimento municipal.
A construção da conferência pode se transformar em um grande mutirão, ampliando o apoio e à
adesão à economia solidária.
Além disso, recomenda-se que sejam aproveitados momentos e atividades já programadas no muni-
cípio para realizar a conferência da economia solidária, tais como: feiras de economia solidária, semi-
nários dos projetos ou programas em execução etc. Dessa forma, pode-se otimizar recursos e garantir
o maior número de participantes na Conferência Municipal.
4
Realização - Roteiro Metodológico
Apresentamos a seguir um roteiro metodológico para a Conferência Municipal que será realizada em 02
dias, com 16 horas de duração. Em seguida, o roteiro foi adaptado para Conferências que serão realizadas
em apenas 01 dia, com 08 horas de duração.
CONFERÊNCIA MUNICIPAL COM 16 (DEZESSEIS) HORAS DE DURAÇÃO.
1º Momento: Credenciamento: • Sugere-se que o credenciamento seja feito desde o dia anterior à
realização da conferência e durante todo o primeiro dia da conferência, até o momento das delibera-
ções (votação das propostas e eleição de delegados/as, quando tiver esta finalidade) para aproveitar
o máximo do tempo.
• No ato do credenciamento, cada participante deverá escolher um dos Grupos de Trabalho (ver
Passo Metodológico 4º). O número de participantes em cada grupo será definido pela Comissão
18 Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
Organizadora Municipal.
2º Momento: Abertura da conferência, boas vindas, saudações e apresentação dos participantes.
Tempo Sugerido: 01 (uma) hora.
• Recomenda-se que seja um momento alegre e festivo com algum tipo de apresentação cultural
local.
• Nesse momento também pode-se organizar uma mesa de abertura para saudação dos organi-
zadores aos participantes.
3º Momento: Leitura e aprovação do regimento interno da conferência municipal com objetivos, me-
todologia, procedimento para apreciação das propostas e forma de escolha de delegados e delegadas
do município, quando for o caso, para a Conferência Estadual de Economia Solidária.
Tempo Sugerido: 01 (uma) hora.
• A Comissão Organizadora Estadual poderá propor uma minuta para regimento das conferências
municipais nos seus estados.
• Quando for o caso específico de convocação da conferência municipal pela Comissão Organi-
zadora Estadual, os critérios de escolha e o número de delegados e delegadas do município para
participar da Conferência Estadual serão definidos e informados pela mesma Comissão Organi-
zadora Estadual.
4º Momento: Apresentação e debate do Texto de Referência da III Conferência Nacional de Economia
Solidária e de texto contextualizando a economia solidária no muinicípio.
Tempo Sugerido: 01 (uma) hora.
• A Comissão Organizadora deverá apresentar o texto ou solicitar que palestrantes convidados
façam esta apresentação.
• Promover o debate com o máximo de participação e envolvimento.
5º Momento: Grupos Temáticos para construção das proposições.
Tempo sugerido: 05 horas de duração, sendo 02 (duas) horas para diagnóstico e 03 (três) horas para
proposição.
• Os participantes da Conferência deverão ser organizados em 04 (quatro) grupos temáticos para
debater as perguntas que ajudam a orientar a construção de um plano territorial de economia
solidária.
• Os Grupos Temáticos são:
Grupo 01 - Produção, Comercialização e Consumo Sustentáveis;
Grupo 02 - Financiamento: crédito e finanças solidárias;
Grupo 03 - Conhecimentos: educação, formação e assessoramento; e
Grupo 04 - Ambiente institucional: legislação e integração de políticas públicas.
• Além desses 04 Grupos Temáticos, a Comissão Organizadora poderá propor outro(s) que deem
conta de debater conteúdos ou temáticas específicas da realidade local.
19Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
Questões de Diagnóstico Questões Propositivas
Grupo Temático 1 - Produção, comercialização e consumo.
1. Quais as forças e as fraquezas da economia
solidária no município para promover pro-
dução, comercialização e consumo sustentá-
veis?
2. Quais as oportunidades para fortalecer a
economia solidária no município?
3. O que ameaça ou limita o fortalecimento da
produção, comercialização e consumo sus-
tentáveis no município?
4. Quais as prioridades para fomentar ativi-
dades de produção, comercialização e consu-
mo sustentáveis no município?
5. Como potencializar as forças próprias da
economia solidária e as oportunidades exis-
tentes para promover a produção, a comer-
cialização e o consumo na perspectiva do de-
senvolvimento municipal sustentável?
Grupo Temático 2 - Financiamento: crédito e finanças solidárias
1. Quais as forças e as fraquezas da economia
solidária no município para acessar financia-
mento e promover as iniciativas de finanças
solidárias?
4. Quais as prioridades para financiamento
dos empreendimentos econômicos solidários
e para promoção das iniciativas de finanças
solidárias no município?
Grupo Temático 2 - Financiamento: crédito e finanças solidárias
2. Quais as oportunidades para fortalecer a
economia solidária no município com acesso
ao financiamento e promoção das iniciativas
de finanças solidárias ?
3. O que ameaça ou limita o acesso ao finan-
ciamento e a promoção das iniciativas de fi-
nanças solidárias?
5. Como potencializar as forças próprias da
economia solidária e as oportunidades exis-
tentes para o acesso ao financiamento dos
empreendimentos econômicos solidários e
para promover as iniciativas de finanças so-
lidárias na perspectiva do desenvolvimento
municipal sustentável?
Grupo Temático 3 - Conhecimentos: educação, formação e assessoramento
1. Quais as forças e as fraquezas da econo-
mia solidária para acessar conhecimentos
necessários ao fortalecimento das iniciativas
econômicas solidárias e ao desenvolvimento
e disseminação dos seus princípios, valores e
práticas no município?
2. Quais as oportunidades existentes para
fortalecer o acesso aos conhecimentos ne-
cessários ao fortalecimento das iniciativas
econômicas solidárias e ao desenvolvimento
e disseminação dos seus princípios, valores e
práticas no município?
3. O que ameaça ou limita o acesso aos co-
nhecimentos necessários ao fortalecimen-
to das iniciativas econômicas solidárias e ao
desenvolvimento e disseminação dos seus
princípios, valores e práticas no município?
4. Quais as prioridades e estratégias para
acessar conhecimentos necessários ao for-
talecimento das iniciativas econômicas so-
lidárias e ao desenvolvimento e dissemina-
ção dos seus princípios, valores e práticas no
município?
5. Como potencializar as forças próprias da
economia solidária e as oportunidades exis-
tentes para acessar conhecimentos neces-
sários ao fortalecimento das iniciativas eco-
nômicas solidárias e ao desenvolvimento e
disseminação dos seus princípios, valores e
práticas na perspectiva do desenvolvimento
municipal sustentável?
20 Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
Questões de Diagnóstico Questões Propositivas
Grupo Temático 3 - Ambiente institucional: legislação e
integração de políticas públicas
1. Quais as forças e as fraquezas da economia
solidária para promover um ambiente insti-
tucional favorável ao seu desenvolvimento
com a democratização do acesso e a melhoria
das políticas públicas no território?
2. Quais as oportunidades para criar ou for-
talecer um ambiente institucional favorável
ao desenvolvimento da economia solidária no
território?
3. O que ameaça ou limita o reconhecimento,
o desenvolvimento e o fortalecimento da eco-
nomia solidária no território?
4. Quais as políticas públicas prioritárias para
o fomento e o fortalecimento das iniciativas
econômicas solidárias?
5. Como construir um ambiente institucional
favorável ao desenvolvimento e fortaleci-
mento da economia solidária nos municípios
e no território?
6. Como potencializar as forças próprias da
economia solidária e as oportunidades exis-
tentes para criar ou fortalecer um ambiente
institucional favorável ao seu desenvolvi-
mento com a democratização do acesso e a
melhoria das políticas públicas no território?
6º Momento: Plenária final
a) Apresentação das Sínteses dos diagnósticos e deliberação sobre as proposições dos Grupos de
Trabalho.
Tempo Sugerido: 03 (três) horas.
• Cada Grupo de Trabalho apresenta a síntese do diagnóstico.
• As proposições formuladas pelos Grupos de Trabalho devem ser projetadas para todos os parti-
cipantes. Cada grupo deve destacar até 05 (cinco) propostas para enviar como contribuição para
a etapa territorial ou estadual da conferência, considerando cada caso.
• Os participantes debatem e aprovam até 10 (dez) propostas prioritárias para enviar como con-
tribuição para a Conferência Estadual de Economia Solidária ou para a Conferência Territorial,
considerando cada caso.
• A forma de escolha e deliberação deverá estar prevista no regimento interno da conferência.
b) Eleição de delegados e delegados, titulares e suplentes, para representar o município na Conferên-
cia Estadual de Economia Solidária.
Tempo Sugerido: 01 (uma) hora.
• Quando a conferência municipal for preparatória para a conferência territorial, não há obrigação
de eleição de delegados e delegadas.
• Quando a conferência municipal for convocada pela Comissão Organizadora Estadual, deverá
eleger delegados e delegadas para a Conferência Estadual de Economia Solidária.
• As regras e critérios para eleição deverão estar definidos no regimento interno.
• Lembrar que além da proporcionalidade dos segmentos (50% de empreendimentos, 25% de
entidades de apoio e 25% de gestores públicos), o regulamento geral da III CONAES estabeleceu
outros critérios e proporcionalidades:
21Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
•	 garantia de, no mínimo, 50% de mulheres;
•	 garantia de representação de povos e populações tradicionais, conforme critérios definidos
pelas comissões organizadoras estaduais; e
•	 outros critérios específicos definidos pelas comissões organizadoras estaduais conside-
rando questões étnicas e de geração, sobretudo de jovens, garantindo a participação das
diversas formas de expressão da economia solidária no respectivo município.
c) Constituição de Comissão Municipal para dar continuidade à elaboração do Plano Municipal de
Economia Solidária.
Tempo Sugerido: 01 (uma) hora.
• Debater e definir estratégias para continuidade do processo.
• Se o território já tiver um Plano Municipal de Desenvolvimento, a estratégia deve ser de como
garantir ou fortalecer a presença da economia solidária no plano já existente.
• Quando existir Conselho Municipal de Economia Solidária, o mesmo deverá assumir a tarefa de
dar continuidade à elaboração do Plano Municipal.
• Quando não existir Conselho Municipal de Economia Solidária, deverá ser escolhida uma Co-
missão para continuar animando o processo de formulação do plano.
7º Momento: Encerramento da Conferência Territorial.
Tempo Sugerido: 30 (trinta) minutos.
• Recomenda-se que seja um momento alegre e festivo com algum tipo de apresentação cultural
regional.
• Nesse momento também pode-se organizar uma mesa de encerramento com os organizadores
da conferência e seus apoiadores para apresentação de compromissos com a continuidade do
processo.
CONFERÊNCIA MUNICIPAL COM 8 (OITO) HORAS DE DURAÇÃO (ver as orientações de-
talhadas acima)
1º Momento: Credenciamento
2º Momento: Abertura da conferência, boas vindas, saudações e apresentação dos participantes.
Tempo Sugerido: 30 (trinta) minutos.
3º Momento: Leitura e aprovação do regimento interno. Tempo Sugerido: 30 (trinta) minutos.
4º Momento: Apresentação do Texto de Referência da III Conferência Nacional de Economia Solidária.
Tempo Sugerido: 30 (trinta) minutos.
5º Momento: Grupos de Trabalho para construção das proposições. Tempo sugerido: 02 (duas) horas
de duração. Os participantes da Conferência deverão ser organizados em 04 (quatro) grupos de traba-
lho para debater as seguintes perguntas que ajudam a orientar a construção de um plano territorial de
economia solidária.
22 Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
Questões de Diagnóstico Questões Propositivas
Grupo Temático 1 - Economia Solidária e Sustentabilidade:
Produção, Comercialização e Consumo.
1. Quais as forças e as fraquezas da economia
solidária no município para promover produ-
ção, comercialização e consumo sustentáveis?
2. Quais as prioridades para fomentar ativida-
des de produção, comercialização e consumo
sustentáveis no município?
Grupo Temático 2 - Economia Solidária, Trabalho e Autogestão
1.Quais as oportunidades para fortalecer a eco-
nomia solidária no município? O que ameaça ou
limita o seu fortalecimento?
2. Quais as prioridades para reconhecimento
das formas de organização de trabalho asso-
ciado e obtenção de renda em iniciativas de co-
operação no município?
Grupo Temático 3 - Economia Solidária, superação das desigualdades e bem-viver
1. Quais as forças e as fraquezas da economia
solidária no município para promover a su-
peração da pobreza extrema e o bem viver no
município?
2. Como potencializar as iniciativas econômicas
solidárias para superação da pobreza e promo-
ção do bem viver no município?
Grupo Temático 3 - Economia Solidária e Democracia:
acesso às políticas e ao financiamento
1. Quais as forças e as fraquezas da economia
solidária no município para promover a demo-
cratização do acesso e a melhoria das políticas
públicas municipais?
2. Quais as políticas públicas municipais prio-
ritárias para o fomento e o fortalecimento das
iniciativas econômicas solidárias?
6º Momento: Plenária Final
a) apresentação das Sínteses dos diagnósticos e deliberação sobre as proposições dos Grupos de
Trabalho. Tempo Sugerido: 02 (duas) horas.
b) Eleição de delegados e delegados para representar o município na Conferência Estadual de
Economia Solidária. Tempo Sugerido: 01 (uma) hora.
c) Escolha de Comissão Municipal para dar continuidade à elaboração do Plano Territorial de Eco-
nomia Solidária. Tempo Sugerido: 10 (dez) minutos.
7º Momento: Encerramento da Conferência. Tempo Sugerido: 20 (vinte) minutos.
5
APÓS A CONFERÊNCIA MUNICIPAL: CONSTRUIR UM PLANO MUNICIPAL PARA
O FORTALECIMENTO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA
A Comissão Organizadora da Conferência Municipal deverá remeter à Comissão Organizadora Esta-
dual os seguintes documentos:
23Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
a) relação dos participantes da conferência;
b) relação e ficha de inscrição dos delegados e delegadas, titulares e suplentes, eleitos/as para a
etapa estadual, quando for o caso;
c) relatório síntese da conferência com as 10 (dez) propostas prioritárias para enviar como con-
tribuição para a Conferência Territorial ou 05 (cinco) propostas para Conferência Estadual de
Economia Solidária.
O Conselho Municipal de Economia Solidária, quando houver, ou a Comissão escolhida ao final da
Conferência Municipal deverá reunir e traçar um cronograma para a continuidade da elaboração do
Plano Municipal da Economia Solidária. O ideal é que os planos municipais sejam elaborados até de-
zembro de 2014 para subsidiar os planos estaduais e nacional.
Como sugerido anteriormente, se o Município já tiver um Plano de Desenvolvimento Municipal atu-
alizado, deve-se apenas buscar aperfeiçoá-lo inserindo as estratégias e prioridades da economia
solidária. Para tanto, é fundamental, dialogar com o colegiado responsável pelo plano para apresentar
os resultados da Conferência de Economia Solidária e propor as ações.
Para construção do Plano, sugere-se a realização de seminários, apresentando os resultados da Con-
ferência e dialogando com as realidades locais. Da mesma forma, propõe-se a realização de reuniões
com segmentos (poder público, entidades e movimentos sociais e empreendimentos) para aprofun-
dar as questões específicas.
Para conclusão do processo, sugere-se a realização de uma atividade municipal onde a Comissão
responsável pelo processo possa apresentar um esboço do Plano e definir os próximos passos.
Considerando que o Plano não é algo estático (parado no tempo), deve haver um cronograma para
acompanhar sua execução e para o aperfeiçoamento (atualização, correção) do mesmo.
III - Conferências Temáticas Livres
Conforme o regulamento da III CONAES, as CONFERÊNCIAS TEMÁTICAS e LIVRES elaborarão diretri-
zes temáticas ou setoriais e oferecerão subsídios para as conferências municipais, territoriais, esta-
duais e nacional.
As Conferências Temáticas e livres NÃO SERÃO ELETIVAS e terão caráter de sensibilização, mobi-
lização, articulação, promoção do debate em seus temas específicos no processo de construção da
Conferência Nacional.
As conferências temáticas e livres poderão ser presenciais ou à distância com utilização de sistemas
de videoconferência.
As conferências temáticas e livres deverão debater temas de âmbito nacional que são estratégicos
para a economia solidária.
3.1 Objetivos
São objetivos específicos das conferências temáticas e livres:
a) aprofundar temas específicos com base nos acúmulos da I e II Conferências Nacionais de Eco-
nomia Solidária;
b) promover o balanço sobre avanços e desafios em relação aos temas específicos considerando
24 Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
as deliberações da I II CONAES;
c) elaborar diretrizes temáticas ou setoriais para subsidiar a elaboração do Plano Nacional de
Economia Solidária; e
d) oferecer subsídios para as conferências municipais, territoriais, estaduais e nacional.
3.2 Planejamento e Convocação de Conferência Temática Livre
As conferências temáticas e livres poderão ser propostas pela Comissão Organizadora Nacional da III
CONAES, pelos Comitês Temáticos do Conselho Nacional de Economia Solidária ou por outras orga-
nizações e segmentos interessados em realizar uma conferência para aprofundamento de um tema
específico ou mobilizar um segmento específico da sociedade.
A realização da Conferência Temática deverá ser validada pela Comissão Organizadora Nacional da
III CONAES.
3.3 O Passo-a-passo das Conferências Temáticas Livres
1
Comissão organizadora da Conferência Temática
Para a realização da Conferência, deverá ser constituída uma COMISSÃO ORGANIZADORA TEMÁTICA
com a participação de representantes dos diversos segmentos, com as seguintes atribuições:
a) elaborar metodologia e programação da conferência, adequando a proposta deste guia;
b) constituir subcomissões de trabalho para auxiliar na execução de suas atribuições;
c) mobilizar e articular a participação dos Empreendimentos Econômicos Solidários, suas organi-
zações, governos, parlamentares, entidades, organizações da sociedade civil e movimentos sociais
na respectiva conferência;
d) promover estratégias de captação de recursos e viabilização da infraestrutura necessária para
a realização da respectiva conferência;
e) articular-se com a Comissão Organizadora Nacional para a mobilização de moderadores de
grupos de trabalho e palestrantes;
f) definir o número de participantes para a conferência, levando-se em consideração a dispo-
nibilidade de recursos financeiros e os critérios de representatividade e diversidade, de forma a
assegurar a participação dos principais segmentos da economia solidária;
g) preparar o material didático para a conferência com o Texto de Referência da III CONAES, có-
pias do regimento interno e outros materiais necessários; e
h) promover a sistematização da redação do Documento Final da conferência e remeter à Comis-
são Organizadora Nacional.
2
Mobilização dos Participantes
25Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
A Comissão Organizadora Temática deverá mobilizar os empreendimentos econômicos solidários, as
entidades da sociedade civil e os órgãos e entidades públicas para contribuir com a organização e
participar ativamente da conferência.
Além de participar ativamente da Comissão Organizadora, o Conselho Nacional de Economia Solidária
e o Fórum Brasileiro de Economia Solidária são fundamentais para o processo de mobilização.
A Conferência Temática deverá ter a participação proporcional dos seguintes segmentos:
a) representantes do Poder Público: gestores, administradores públicos, poder legislativo, poder
judiciário (25% dos participantes);
b) organizações da sociedade civil: entidades de fomento e apoio à economia solidária, outras
organizações da sociedade civil e movimentos sociais e populares (25% dos participantes); e
c) empreendimentos Econômicos Solidários e suas organizações de representação (50% dos par-
ticipantes).
Além da representação dos segmentos, conforme o regulamento geral da III CONAES, deve ser consi-
derado os seguintes critérios adicionais: participação proporcional de homens e de mulheres; presen-
ça de povos e populações tradicionais e outros critérios específicos definidos pelas comissões organi-
zadoras considerando questões étnicas e de geração, sobretudo de jovens, garantindo a participação
das diversas formas de expressão da economia solidária.
3
Planejamento da Infraestrutura
A Comissão Organizadora da Conferência Temática deverá promover estratégias de captação de re-
cursos e viabilização da infraestrutura necessária para a realização da respectiva conferência: trans-
porte, hospedagem, refeições, espaço físico, material didático.
Os apoios devem ser buscados junto aos órgãos governamentais federais, com organizações da so-
ciedade civil, com os empreendimentos econômicos solidários e com outras organizações públicas e
privadas interessadas em promover a economia solidária. A construção da conferência temática pode
se transformar em um grande mutirão, ampliando o apoio e à adesão à economia solidária.
Além disso, recomenda-se que sejam aproveitados momentos e atividades nacionais já programa-
das para realização da conferência temática, tais como: feiras de economia solidária, seminários dos
projetos ou programas em execução etc. Dessa forma, pode-se otimizar recursos e garantir o maior
número de participantes na conferência.
4
Realização - Roteiro Metodológico
Apresentamos a seguir um roteiro metodológico para a Conferência Temática que será realizada em
03 dias, com 24 horas de duração.
1º Momento: Credenciamento:
• Sugere-se que o credenciamento seja feito desde o dia anterior à realização da conferência e du-
26 Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
rante todo o primeiro dia da conferência, até o momento das deliberações para aproveitar o máximo
do tempo.
2º Momento: Abertura da conferência, boas vindas, saudações e apresentação dos participantes.
• Recomenda-se que seja um momento alegre e festivo com algum tipo de apresentação cultural.
• Nesse momento também pode-se organizar uma mesa de abertura para saudação dos organi-
zadores aos participantes.
3º Momento: Leitura e aprovação do regimento interno da conferência com objetivos, metodologia e
procedimento para apreciação das propostas, conforme minuta apresentada pela Comissão Organi-
zadora da Conferência Temática.
4º Momento: Apresentação e debate do Texto de Referência da III Conferência Nacional de Economia
Solidária.
• A Comissão Organizadora deverá apresentar o texto ou solicitar que palestrantes convidados
façam esta apresentação.
• Promover o debate com o máximo de participação e envolvimento.
5º Momento: Painéis sobre a Temática da Conferência.
• Os painéis deverão resgatar os acúmulos sobre a temática, sobretudo nos Anais da I e II Confe-
rência Nacional de Economia Solidária.
• Também devem ser realizados balanços dos avanços e desafios sobre a implementação das es-
tratégias e ações propostas pelas Conferências Nacionais;
• Formular, a partir de diferentes perspectivas de análise, questões e provocações para aprofun-
damento na Conferência Temática.
6º Momento: Grupos de Trabalho para aprofundamento e construção das proposições.
Os participantes da Conferência deverão ser organizados em grupos de trabalho para debater as
perguntas formuladas pela Comissão Organizadora. Seguem algumas questões que podem ajudar a
orientar a construção de um plano nacional de economia solidária:
a) Quais as forças e as fraquezas da economia solidária no Brasil para promover ... (ver temática
específica)?
b) Quais as oportunidades para fortalecer a economia solidária no Brasil? O que ameaça ou limita
o seu fortalecimento?
c) Quais as prioridades para fomentar atividades de .... (ver temática)?
d) Como potencializar as iniciativas econômicas solidárias para promover o desenvolvimento na-
cional sustentável e solidário?
7º Momento: Plenária final - Apresentação das Sínteses dos diagnósticos e deliberação sobre as
proposições dos Grupos de Trabalho.
• Cada Grupo de Trabalho apresenta a síntese do diagnóstico.
• As proposições formuladas pelos Grupos de Trabalho devem ser projetadas para todos os par-
ticipantes.
• Os participantes debatem e aprovam as propostas prioritárias para enviar como contribuição
para a Conferência Nacional de Economia Solidária.
27Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
8º Momento: Encerramento da Conferência Temática.
• Recomenda-se que seja um momento alegre e festivo com algum tipo de apresentação cultural.
• Nesse momento também pode-se organizar uma mesa de encerramento com os organizadores
da conferência e seus apoiadores para apresentação de compromissos com a continuidade do
processo.
5
Elaboração do Documento Temático
Cada conferencia temática devera elaborar o documento, contendo uma síntese dos temas deba-
tidos e as proposições formuladas.
A Comissão Organizadora da Conferência Temática deverá sistematizar o documento final e re-
meter à Comissão Organizadora Nacional junto com a relação dos participantes da conferência
temática. O documento deverá ser enviado em até 30 dias após a realização da Conferência Te-
mática.
Recomenda-se que o documento final da conferência temática seja elaborado considerando que
o mesmo servirá de subsídio para as demais etapas da III CONAES. Por isso deverá ser sucinto
com linguagem clara e objetiva e com as propostas organizadas por tópicos ou subtemas, quando
for o caso.
IV - CONFERÊNCIAS ESTADUAIS
4.1 Objetivos
São objetivos específicos das conferências estaduais:
a) promover a elaboração de planos estaduais de desenvolvimento da economia solidária;
b) oferecer subsídios para o plano nacional de economia solidária que será debatido na confe-
rências nacional; e
c) eleger delegados e delegadas para a Conferência Nacional de Economia Solidária considerando
que a realização de Conferências Estaduais é fator indispensável para a participação de delegados
na etapa nacional da III CONAES.
4.2 Planejamento e Convocação das Conferências Estaduais
A Conferência Estadual será convocada:
a) preferencialmente, pelo respectivo conselho estadual de economia solidária quando existir;
b) pelo respectivo governo estadual; e
c) quando não existir conselho estadual de economia solidária e quando o governo estadual não
convocar a conferência no prazo previsto, a conferência estadual poderá ser convocada pela Su-
perintendência Regional (SRTE) do Ministério do Trabalho e Emprego, por meio de ato formal,
juntamente com o respectivo Fórum Estadual de Economia Solidária.
28 Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
4.3 O Passo-a-passo das Conferências Estaduais
1
Comissão Organizadora Estadual
Para a realização da Conferência Estadual, deverá ser constituída uma COMISSÃO ORGANIZADORA
ESTADUAL com a participação de representantes dos diversos segmentos da economia solidária,
com as seguintes atribuições:
a) planejar e convocar as conferências territoriais, inclusive considerando aqueles territórios com
índices mais elevados de pobreza;
b) definir a necessidade de realização de conferências municipais eletivas, quando por motivos
de distância ou impossibilidades conjunturais, não for possível a realização de conferências ter-
ritoriais ou intermunicipais;
c) definir o número de delegados e delgadas eleitos para a conferência estadual nas etapas ter-
ritoriais e municipais;
d) elaborar orientações específicas para as conferências territoriais e municipais no âmbito da
abrangência da respectiva UF;
e) definir o número de participantes para a conferência estadual, levando em consideração a dis-
ponibilidade de recursos financeiros e os critérios de representatividade e diversidade, de forma
a assegurar a participação dos principais segmentos da economia solidária no estado;
f) elaborar metodologia e programação da conferência estadual;
g) sistematizar os resultados das conferências territoriais e municipais (eletivas) para compor um
documento de referência para a etapa estadual;
h) mobilizar e articular a participação dos empreendimentos econômicos solidários, suas orga-
nizações, governos, parlamentares, organizações da sociedade civil e movimentos sociais nas
conferências preparatórias e na etapa estadual;
i) promover estratégias de captação de recursos e viabilização da infraestrutura necessária para
a realização da conferência estadual;
j) elaborar proposta de divulgação e a estratégia de comunicação das conferências preparatórias
e da conferência estadual;
k) constituir subcomissões de trabalho para auxiliar na execução de suas atribuições;
l) preparar o material didático para a conferência com o Texto de Referência da III CONAES, cópias
do regimento interno e outros materiais necessários;
m)	remeter à Comissão Organizadora Nacional a relação dos delegados e delegadas eleitos/as na
etapa estadual para participar na Conferência Nacional de Economia Solidária; e
n)	promover a sistematização da redação do Documento Final da conferência estadual e remeter
à Comissão Organizadora Nacional.
29Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
2
Mobilização dos Participantes
A Comissão Organizadora Estadual deverá mobilizar os empreendimentos econômicos solidários, as
entidades da sociedade civil e os órgãos e entidades públicas para contribuir com a organização e
participar ativamente da Conferência Estadual. Os fóruns estaduais de economia solidária serão fun-
damentais para esse processo de mobilização.
Sugere-se a realização de reuniões ou outros tipos de atividades preparatórias para debater a reali-
dade da economia solidária e a importância de construir um plano estadual para o desenvolvimento
da mesma. As reuniões de mobilização também devem servir para construir as condições para par-
ticipação da delegação do estado na conferência nacional, tais como, a organização de transporte, da
hospedagem etc.
A Conferência Estadual deverá ter a participação proporcional dos seguintes segmentos:
a) Representantes do Poder Público: gestores, administradores públicos, poder legislativo, poder
judiciário (25% dos participantes);
b) Organizações da sociedade civil: entidades de fomento e apoio à economia solidária, outras
organizações da sociedade civil e movimentos sociais e populares (25% dos participantes); e
c) Empreendimentos Econômicos Solidários e suas organizações de representação (50% dos par-
ticipantes).
Além da representação dos segmentos, conforme o regulamento geral da III CONAES, deve ser con-
siderado os seguintes critérios adicionais: participação proporcional de homens e de mulheres; pre-
sença de povos e populações tradicionais e outros critérios específicos definidos pelas comissões or-
ganizadoras estaduais considerando questões étnicas e de geração, sobretudo de jovens, garantindo
a participação das diversas formas de expressão da economia solidária no território.
A Comissão Organizadora Estadual poderá prever também, com base em critérios, a participação de
observadores e convidados na etapa estadual, bem como os direitos e deveres dos mesmos.
3
Planejamento da Infraestrutura
A Comissão Organizadora Estadual deve promover estratégias de captação de recursos e viabilização
da infraestrutura necessária para a realização da respectiva conferência: transporte, hospedagem,
refeições, espaço físico, material didático.
Os apoios devem ser buscados junto aos órgãos governamentais estaduais e federais, com organiza-
ções da sociedade civil, com os empreendimentos econômicos solidários e com outras organizações
públicas e privadas interessadas em promover o desenvolvimento da economia solidária no estado. A
construção da conferência estadual pode se transformar em um grande mutirão, ampliando o apoio e
à adesão à economia solidária.
30 Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
4
Sistematização das Proposições das Conferências
Preparatórias (territoriais e municipais)
As Comissões Organizadoras Estaduais deverão sistematizar todas as proposições encaminhadas
pelas conferências preparatórias (territoriais e municipais) na respectiva UF e elaborar o Documento
Base da Conferência Estadual.
O processo de sistematização tem por finalidade organizar as proposições por temas ou questões
visando facilitar os debates na etapa estadual. Recomenda-se, no entanto, que sejam identificadas as
origens das proposições (ou seja, de qual conferência preparatória é originária).
O Documento de Referência Estadual deverá ser impresso com antecedência e distribuído aos parti-
cipantes da etapa estadual no momento do credenciamento.
5
Realização - Roteiro Metodológico
Apresentamos a seguir um roteiro metodológico para a Conferência Estadual que será realizada em 03
dias, com 24 horas de duração. O roteiro poderá ser adaptado pela Comissão Organizadora Estadual.
1º Momento: Credenciamento:
• A Comissão Organizadora Estadual deverá ter preparado, previamente, a lista dos delegados e
delegadas, titulares e suplentes, eleitos/as nas conferências preparatórias (territoriais e munici-
pais) para participar da conferência estadual.
• O credenciamento é a confirmação da presença de delegados e delegadas na conferência.
• Sugere-se que o credenciamento seja feito desde o dia anterior à realização da conferência e
durante todo o primeiro dia da conferência, até o momento das deliberações (votação das propos-
tas e eleição de delegados/as) para aproveitar o máximo do tempo.
• No ato do credenciamento, cada participante deverá escolher os Grupos Temáticos (ver Passo
Metodológico 4º), conforme limite máximo definido pela Comissão Organizadora Estadual.
2º Momento: Abertura da conferência, boas vindas, saudações e apresentação dos participantes.
• Recomenda-se que seja um momento alegre e festivo com algum tipo de apresentação cultural
regional.
• Nesse momento deve-se organizar uma mesa de abertura para saudação dos organizadores
aos participantes.
3º Momento: Leitura e aprovação do regimento interno da conferência estadual com objetivos, me-
todologia, procedimento para apreciação das propostas e forma de escolha de delegados e delegadas
do estado para a Conferência Nacional de Economia Solidária.
• A Comissão Organizadora Estadual deverá propor uma minuta para regimento da conferência
estadual.
• O regimento deverá ser lido item a item, com debate dos destaques apresentados pelos partici-
31Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
pantes e votado pelos presentes.
• A definição de número de delegados e delegadas de cada Unidade da Federação para a etapa
nacional da III CONAES foi previamente definido no Regulamento Geral;
• Os critérios de escolha de delegados e delegadas, titulares e suplentes, para participar da Con-
ferência Nacional são aqueles definidos no Regulamento Geral da III CONAES e os acessórios
definidos pela Comissão Organizadora Estadual.
4º Momento: Apresentação e debate do Texto de Referência da III Conferência Nacional de Economia
Solidária e do Documento Base da Conferência Estadual.
• Um representante da Comissão Organizadora Nacional deverá apresentar o Texto de Referência
da III CONAES.
• A Comissão Organizadora Estadual deverá apresentar o texto ou solicitar que palestrantes con-
vidados façam esta apresentação.
• Promover o debate com o máximo de participação e envolvimento.
5º Momento: Painel(is) para apresentação e debate do Tema da III Conferência Nacional de Economia
Solidária.
• Os painéis deverão resgatar os acúmulos da economia solidária na Unidade da Federação a par-
tir das resoluções da I e II Conferências Estaduais e Nacionais de Economia Solidária.
• Também devem ser realizados balanços dos avanços e desafios sobre a implementação das es-
tratégias e ações propostas pelas conferências estaduais e nacionais de economia solidária;
• Formular, a partir de diferentes perspectivas de análise, questões e provocações para aprofun-
damento nas Plenárias Temáticas.
• Promover o debate com o máximo de participação e envolvimento.
6º Momento: Plenárias Temáticas para debate e construção das proposições.
• Os participantes da Conferência deverão ser organizados em, pelo menos, 04 (quatro) Plenárias
Temáticas para debater perguntas que ajudam a orientar a construção de um plano estadual de
economia solidária.
• As Plenárias Temáticas são:
•	 Plenária Temática 01 - Produção, Comercialização e Consumo Sustentáveis;
•	 Plenária Temática 02 - Financiamento: crédito e finanças solidárias;
•	 Plenária Temática 03 - Conhecimentos: educação, formação e assessoramento; e
•	 Plenária Temática 04 - Ambiente institucional: legislação e integração de políticas pú-
blicas.
• Além dessas 04 Plenárias Temáticas, a Comissão Organizadora poderá propor outra(s) que
deem conta de debater conteúdos ou temáticas específicas da realidade estadual.
Questões de Diagnóstico, considerando os acú-
mulos das Conferências preparatórias territo-
riais e municipais - Documento Base Estadual.
Questõespropositivas,considerandoosacú-
mulosdasConferênciaspreparatóriasterri-
toriaisemunicipais-Doc.BaseEstadual.
Plenária Temática: Produção, comercialização e consumo.
32 Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
Questões de Diagnóstico, considerando os acú-
mulos das Conferências preparatórias territo-
riais e municipais - Documento Base Estadual.
Questõespropositivas,considerandoosacú-
mulosdasConferênciaspreparatóriasterri-
toriaisemunicipais-Doc.BaseEstadual.
1. Quais as forças e as fraquezas da economia so-
lidária em âmbito estadual para promover produ-
ção, comercialização e consumo sustentáveis?
2. Quais as oportunidades para fortalecer a eco-
nomia solidária em âmbito estadual?
3. O que ameaça ou limita o fortalecimento da pro-
dução, comercialização e consumo sustentáveis em
âmbito estadual?
4. Quais as prioridades para fomentar ativi-
dades de produção, comercialização e con-
sumo sustentáveis em âmbito estadual?
5. Como potencializar as forças próprias da
economia solidária e as oportunidades exis-
tentes para promover a produção, a comer-
cialização e o consumo na perspectiva do
desenvolvimento sustentável?
Plenária Temática: Financiamento: crédito e finanças solidárias
1. Quais as forças e as fraquezas da economia so-
lidária em âmbito estadual para acessar financia-
mento e promover as iniciativas de finanças soli-
dárias?
2. Quais as oportunidades para fortalecer a eco-
nomia solidária em âmbito estadual com acesso
ao financiamento e promoção das iniciativas de
finanças solidárias?
3. O que ameaça ou limita o acesso ao financia-
mento e a promoção das iniciativas de finanças so-
lidárias em âmbito estadual?
4. Quais as prioridades para financiamento dos
empreendimentos econômicos solidários e
para promoção das iniciativas de finanças soli-
dárias em âmbito estadual?
5. Como potencializar as forças próprias da
economia solidária e as oportunidades exis-
tentes para o acesso ao financiamento dos
empreendimentos econômicos solidários e
para promover as iniciativas de finanças so-
lidárias na perspectiva do desenvolvimento
sustentável?
Plenária Temática: Conhecimentos: educação, formação
e assessoramento
1. Quais as forças e as fraquezas da economia so-
lidária para acessar conhecimentos necessários
ao fortalecimento das iniciativas econômicas so-
lidárias e ao desenvolvimento e disseminação dos
seus princípios, valores e práticas no âmbito es-
tadual?
2. Quais as oportunidades existentes para forta-
lecer o acesso aos conhecimentos necessários ao
fortalecimento das iniciativas econômicas soli-
dárias e ao desenvolvimento e disseminação dos
seus princípios, valores e práticas no âmbito es-
tadual?
3. O que ameaça ou limita o acesso aos conheci-
mentos necessários ao fortalecimento das inicia-
tivas econômicas solidárias e ao desenvolvimento
e disseminação dos seus princípios, valores e prá-
ticas em âmbito estadual?
4. Quais as prioridades e estratégias para
acessar conhecimentos necessários ao for-
talecimento das iniciativas econômicas soli-
dárias e ao desenvolvimento e disseminação
dos seus princípios, valores e práticas em
âmbito estadual?
5. Como potencializar as forças próprias da
economia solidária e as oportunidades exis-
tentes para acessar conhecimentos neces-
sários ao fortalecimento das iniciativas eco-
nômicas solidárias e ao desenvolvimento e
disseminação dos seus princípios, valores e
práticas na perspectiva do desenvolvimento
sustentável?
33Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
Questões de Diagnóstico, considerando os acú-
mulos das Conferências preparatórias territo-
riais e municipais - Documento Base Estadual.
Questõespropositivas,considerandoosacú-
mulosdasConferênciaspreparatóriasterri-
toriaisemunicipais-Doc.BaseEstadual.
Plenária Temática: Ambiente Institucional:
legislação e integração de políticas públicas
1. Quais as forças e as fraquezas da economia so-
lidária para promover um ambiente institucional
favorável ao seu desenvolvimento com a demo-
cratização do acesso e a melhoria das políticas
públicas em âmbito estadual?
2. Quais as oportunidades para criar ou fortalecer
um ambiente institucional favorável ao desenvol-
vimento da economia solidária em âmbito esta-
dual?
3. O que ameaça ou limita o reconhecimento, o
desenvolvimento e o fortalecimento da economia
solidária em âmbito estadual?
4. Quais as políticas públicas prioritárias para
o fomento e o fortalecimento das iniciativas
econômicas solidárias em âmbito estadual?
5. Como construir um ambiente institucio-
nal favorável ao desenvolvimento e forta-
lecimento da economia solidária em âmbito
estadual?
6. Como potencializar as forças próprias da
economia solidária e as oportunidades exis-
tentes para criar ou fortalecer um ambien-
te institucional favorável ao seu desenvol-
vimento com a democratização do acesso e
a melhoria das políticas públicas em âmbito
estadual?
• Nas Plenárias Temáticas, os participantes deverão também indicar até 10 (dez) proposições
que deverão seguir para deliberação da plenária final para envio como contribuição para a etapa
nacional da III CONAES.
7º Momento: Sistematização das proposições elaboradas nas Plenárias Temáticas para elaborar o
Documento de Deliberação da Plenária Final.
• Cada Plenária Temática designará uma pessoa responsável pela sistematização dos resultados
dos debates.
• Os sistematizadores das Plenárias Temáticas juntamente com a Comissão Organizadora da Con-
ferência Estadual deverão sistematizar o Documento de Deliberação da Plenária Final.
• O processo de sistematização tem por finalidade organizar as proposições por temas ou ques-
tões visando facilitar os debates na plenária final. Recomenda-se, no entanto, que sejam iden-
tificadas as origens das proposições (ou seja, de qual plenária temática é originária a proposta).
• Nesse momento também deverão ser sistematizadas e organizadas as 10 (dez) propostas de
cada plenária temática para deliberação e encaminhamento para a etapa nacional da III CONAES.
• O documento deverá ser entregue impresso a todos os participantes e projetado em telão para
leitura e visualização da deliberação.
8º Momento: Plenária final
a) Apresentação de sínteses das Plenárias Temáticas e deliberação sobre o documento final da con-
ferência estadual.
• Cada Plenária Temática apresenta a síntese dos debates realizados, sobretudo sobre os diag-
nósticos.
• O documento com a sistematização das proposições formuladas pelas Plenárias Temáticas deve
34 Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
ser projetado para todos os participantes.
• Os participantes debatem e deliberam sobre todas as proposições, conforme definido no regi-
mento interno da conferência estadual.
• Ao final, os participantes indicam 10 (dez) proposições que deverão ser encaminhadas para a
etapa nacional da III CONAES.
b) Eleição de delegados e delegados, titulares e suplentes, para representar a Unidade da Federação
na III Conferência Nacional de Economia Solidária.
• As regras e critérios para eleição deverão estar definidos no regimento interno.
• Lembrar que além da proporcionalidade dos segmentos (50% de empreendimentos, 25% de
entidades de apoio e 25% de gestores públicos), o regulamento geral da III CONAES estabeleceu
outros critérios e proporcionalidades:
•	 garantia de, no mínimo, 50% de mulheres;
•	 garantia de representação de povos e populações tradicionais, conforme critérios defini-
dos pelas comissões organizadoras estaduais; e
•	 outros critérios específicos definidos pelas comissões organizadoras estaduais conside-
rando questões étnicas e de geração, sobretudo de jovens, garantindo a participação das
diversas formas de expressão da economia solidária na respectiva UF.
c) Delegação ao Conselho Estadual, quando houver, ou constituição de Comissão Estadual para ela-
boração do Plano Estadual de Economia Solidária.
• Debater e definir estratégias para continuidade do processo.
• Se o estado já tiver um Plano Estadual de Economia Solidária a estratégia deve ser de atualiza-
ção do mesmo.
• Quando existir Conselho Estadual de Economia Solidária, o mesmo deverá assumir a tarefa de
dar continuidade à elaboração do plano estadual.
• Quando não existir Conselho Estadual de Economia Solidária, deverá ser escolhida uma Comis-
são para continuar animando o processo de formulação do plano estadual.
9º Momento: Encerramento da Conferência Estadual.
• Recomenda-se que seja um momento alegre e festivo com algum tipo de apresentação cultural
regional.
• Nesse momento deve-se organizar uma mesa de encerramento com os organizadores da con-
ferência e seus apoiadores para apresentação de compromissos com a continuidade do processo.
6
Após a Conferências Estadual: Construir um Plano Estadual para o For-
talecimento da Economia Solidária
A Comissão Organizadora da Conferência Estadual deverá remeter à Comissão Organizadora Nacional
os seguintes documentos, nos prazos previstos no Regulamento Geral da III CONAES:
35Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
a) relação dos participantes da conferência estadual;
b) relação e ficha de inscrição dos delegados e delegadas, titulares e suplentes, eleitos/as para a
etapa nacional;
c) relatório síntese da conferência estadual com todas as proposições aprovadas e mais as 10
(dez) propostas prioritárias aprovadas pela Conferência Estadual de Economia Solidária como
contribuição para a etapa nacional da III CONAES.
O Conselho Estadual de Economia Solidária, quando houver, ou a Comissão Estadual escolhida ao
final da Conferência Estadual deverá reunir e traçar um cronograma para a continuidade da elabora-
ção do Plano Estadual da Economia Solidária. O ideal é que os Planos Estaduais sejam elaborados até
março de 2015 para subsidiar a elaboração dos Planos Plurianuais estaduais e nacional.
Como sugerido anteriormente, se o Estado já tiver um Plano de Desenvolvimento Estadual da Econo-
mia Solidária, deve-se apenas buscar aperfeiçoá-lo inserindo as estratégias e prioridades aprovadas
na Conferência.
Para construção do Plano, sugere-se a realização de seminários estaduais, apresentando os resulta-
dos da Conferência Estadual e dialogando sobre os mesmos. Da mesma forma, propõe-se a realiza-
ção de reuniões com segmentos (poder público, entidades e movimentos sociais e empreendimentos)
para aprofundar as questões específicas.
Para conclusão do processo, sugere-se a realização de uma atividade estadual onde o Conselho Esta-
dual de Economia Solidária ou a Comissão Estadual responsável pelo processo possa apresentar um
esboço do Plano e definir os próximos passos.
Considerando que o Plano não é algo estático (parado no tempo), deve haver um cronograma para
acompanhar sua execução e para o aperfeiçoamento (atualização, correção) do mesmo.
Anexos
ANEXO I – REGULAMENTO GERAL DA III CONAES
Resolução nº. 01/2013 de 24 de julho de 2013
Aprova o Regulamento Geral da III Conferência Nacional de Eco-
nomia Solidária
A Comissão Organizadora da III Conferência Nacional de Eco-
nomia Solidária, no uso das atribuições previstas no art. 4° da
Resolução/CNES, nº 05, de 19 de junho de 2013, resolve:
Art. 1º - Aprovar o Regulamento Geral da III Conferência Nacional de Economia Solidária.
Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data da publicação.
Comissão Organizadora Nacional da III CONAES
36 Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
REGULAMENTO GERAL DA III CONAES
I – OBJETIVOS DA III CONAES
1. Realizar um balanço sobre os avanços, limites e desafios da Economia Solidária considerando as
deliberações das Conferências Nacionais de Economia Solidária;
2. Promover o debate sobre o processo de integração das ações de apoio à economia solidária fomen-
tadas pelos governos e pela sociedade civil;
3. Elaborar planos municipais, territoriais e estaduais de economia solidária; e
4. Elaborar um Plano Nacional de Economia Solidária contendo visão de futuro, diagnóstico, eixos
estratégicos de ação; programas e projetos estratégicos e modelo de gestão para o fortalecimento da
economia solidária no país.
II – TEMÁRIO DA III CONAES
1. A III Conferência Nacional de Economia Solidária terá como Tema: “Construindo um Plano Nacional
da Economia Solidária para promover o direito de produzir e viver de forma associativa e sustentável”
2. O tema da IIIª Conferência Nacional de Economia Solidária deverá ser desenvolvido de modo a
articular e integrar as diferentes políticas públicas que abrangem a economia solidária, garantindo a
abordagem a partir dos seguintes eixos:
EIXO I - CONTEXTUALIZAÇÃO DO PLANO: análise das forças e fraquezas (internas) e das opor-
tunidades e ameaças (externas) para o desenvolvimento da economia solidária no atual contexto
socioeconômico, político, cultural e ambiental nacional e internacional.
EIXO II - OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS DO PLANO: definições estratégicas considerando a análise
do contexto, as demandas dos empreendimentos econômicos solidários, à luz dos princípios, prá-
ticas e valores da economia solidária.
EIXO III - LINHAS DE AÇÃO E DIRETRIZES OPERACIONAIS DO PLANO: elaboração de diretrizes
operacionais a partir de eixos estratégicos de ação que ofereçam subsídios para a formulação de
metas e atividades.
3. Os eixos serão orientadores das conferências preparatórias que terão como objetivos específicos a
elaboração dos respectivos planos municipais, territoriais e estaduais de economia solidária, ofere-
cendo subsídios para a formulação do plano nacional.
4. Os eixos serão orientadores das conferências temáticas e livres que terão como objetivos específi-
cos a elaboração de diretrizes temáticas ou setoriais para subsidiar a formulação dos planos munici-
pais territoriais, estaduais e nacional.
III - ROTEIROS E DOCUMENTOS DA III CONAES
1. A Comissão Organizadora Nacional elaborará o ROTEIRO ORIENTADOR para a realização das con-
ferências preparatórias (municipais, territoriais, estaduais e temáticas) a partir do temário da III CO-
NAES e dos EIXOS acima especificados.
2. Os DOCUMENTOS SÍNTESES RESULTADOS DE CONFERÊNCIAS TEMÁTICAS OU LIVRES serão disse-
minados pela Comissão Organizadora Nacional da III CONAES como subsídios para as conferências
municipais, territoriais, estaduais e nacional.
3. As Conferências Estaduais debaterão e deliberarão sobre documento referencial com propostas
37Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
para o plano estadual de economia solidária com os subsídios das conferências municipais, territo-
riais, temáticas e livres preparatórias.
4. Para a Etapa Nacional, a Comissão Organizadora Nacional da III CONAES elaborará um documento
referencial com proposta de plano nacional da economia solidária contendo os subsídios das confe-
rências estaduais, temáticas e livres.
5. A Comissão Organizadora Nacional sistematizará o relatório final e os anais da III Conferência Na-
cional de Economia Solidária, submetendo-os ao Conselho Nacional de Economia Solidária.
6. O Conselho Nacional de Economia Solidária elaborará e definirá estratégias de inclusão do plano
nacional de economia solidaria com base nas resoluções da III CONAES, no Plano Plurianual do Go-
verno Federal e na Política Nacional de Economia Solidária.
IV – ETAPAS E DIRETRIZES METODOLÓGICAS
1. A CONFERÊNCIA NACIONAL será antecedida de conferências preparatórias: municipais, territoriais
ou intermunicipais; estaduais; temáticas e livres.
2. As CONFERÊNCIAS TERRITORIAIS elaborarão planos territoriais de economia solidária e oferecerão
subsídios para os planos estaduais que serão debatidos nas conferências estaduais.
3. As Conferências Territoriais são supramunicipais e infraestaduais, definidas a partir de agrupa-
mento de municípios, tais como as microrregiões, as regiões metropolitanas, os consórcios municipais
de desenvolvimento, os territórios da cidadania, os territórios de desenvolvimento rural sustentável,
entre outros exemplos.
4. A realização de Conferências municipais e/ou territoriais é fator indispensável para a participação
de delegados nas Conferências Estaduais.
5. As Conferências Territoriais ou Regionais poderão ser antecedidas de conferências municipais con-
vocadas pelo executivo municipal ou pelo conselho municipal de economia solidária quando houver.
A participação nas conferências municipais não é exigência ou requisito obrigatório para participação
nas conferências territoriais ou regionais.
6. A comissão organizadora estadual definirá a necessidade de realizar conferências municipais ele-
tivas, quando, por motivos objetivos de distância ou impossibilidades conjunturais, não for possível a
realização de conferências territoriais.
7. As CONFERÊNCIAS ESTADUAIS elaborarão planos estaduais de economia solidária e oferecerão
subsídios para o plano nacional que será debatido na conferência nacional.
8. A realização de conferência estadual é fator indispensável para a participação de delegados da res-
pectiva UF na etapa nacional da III CONAES.
9. As CONFERÊNCIAS TEMÁTICAS elaborarão diretrizes temáticas ou setoriais e oferecerão subsídios
para as conferências municipais, territoriais, estaduais e nacional.
10. As CONFERÊNCIAS LIVRES elaborarão diretrizes especiais como subsídios para as demais etapas
da III CONAES.
11. As Conferências Temáticas e livres NÃO SERÃO ELETIVAS e terão caráter de sensibilização, mo-
bilização, articulação, promoção do debate em seus temas específicos no processo de construção da
Conferência Nacional.
12. As conferências temáticas e livres deverão ser validadas pela Comissão Organizadora Nacional.
13. As conferências temáticas e livres poderão ser presenciais ou à distância com utilização de siste-
mas de videoconferência.
38 Caderno de Orientações Metodológicas
III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária
IV - COMISSÕES ORGANIZADORAS
IV.1 – COMISSÃO ORGANIZADORA NACIONAL
A III CONAES será coordenada por uma COMISSÃO ORGANIZADORA NACIONAL designada pelo Con-
selho Nacional de Economia Solidária com as seguintes atribuições:
a) coordenar, supervisionar e promover a realização da III Conferência Nacional de Economia So-
lidária, atendendo aos aspectos técnicos, políticos e administrativos;
b) elaborar regulamento geral da Conferência Nacional e regimento para a Plenária;
c) elaborar documentos de referência, metodologia e programação;
d) promover a sistematização da redação do Documento Final da III CONAES;
e) mobilizar e articular a participação dos Empreendimentos Econômicos Solidários, suas orga-
nizações, governos, parlamentares, organizações da sociedade civil e movimentos sociais nas
Conferências preparatórias e na Conferência Nacional;
f) promover estratégias de captação de recursos e viabilização da infraestrutura necessária para
a realização da Conferência;
g) promover ou convocar conferências temáticas;
h) registrar e analisar para fins de validação as propostas de realização de conferências temáticas
e livres;
i) elaborar proposta de divulgação e a estratégia de comunicação; e
j) constituir subcomissões de trabalho para auxiliar na execução de suas atribuições.
IV.2 – COMISSÃO ORGANIZADORA ESTADUAL
1. Para a realização das etapas estaduais deverão ser constituídas COMISSÕES ORGANIZADORAS
ESTADUAIS com a participação de representantes de todos os segmentos que compõem a III CONAES.
2. As Comissões Organizadoras Estaduais serão designadas juntamente com a convocação da etapa
estadual da III CONAES:
a) preferencialmente, pelo respectivo conselho estadual de economia solidária quando existir;
b) pelo respectivo governo estadual; e
c) quando não existir conselho estadual de economia solidária e quando o governo estadual não
convocar a conferência no prazo previsto, a conferência estadual poderá ser convocada pela Su-
perintendência Regional (SRTE) do Ministério do Trabalho e Emprego, por meio de ato formal,
juntamente com o respectivo Fórum Estadual de Economia Solidária.
3. As Comissões Organizadoras Estaduais terão as seguintes atribuições:
a) planejar e convocar as conferências territoriais, inclusive considerando aqueles territórios com
índices mais elevados de pobreza;
b) definir a necessidade de realização de conferências municipais eletivas, quando por motivos
de distância ou impossibilidades conjunturais, não for possível a realização de conferências ter-
ritoriais ou intermunicipais;
Caderno de oritenção metodologica
Caderno de oritenção metodologica
Caderno de oritenção metodologica
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Caderno de oritenção metodologica

  • 1. 3ª Conaes Conferência Nacional de Economia Solidária Construindo um Plano Nacional da Economia Solidária para promover o direito de produzir e viver de forma associativa e sustentável Caderno de Orientações Metodológicas Conselho Nacional de Economia Solidária Secretaria Nacional de Economia Solidária Ministério do Trabalho e Emprego
  • 2.
  • 3. 3ª Conaes Conferência Nacional de Economia Solidária Construindo um Plano Nacional da Economia Solidária para promover o direito de produzir e viver de forma associativa e sustentável Caderno de Orientações Metodológicas Conselho Nacional de Economia Solidária Secretaria Nacional de Economia Solidária Ministério do Trabalho e Emprego
  • 4. 4 Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária Introdução I – Conferências Territoriais ou Intermunicipais 1.1 Objetivos 1.2 Abrangência Territorial 1.3 Planejamento e Convocação das Conferências Territoriais 1.4 O Passo-a-passo das Conferências Territoriais ou Intermunicipais II - Conferências Municipais 2.1 Objetivos 2.2 Planejamento e Convocação das Conferências Municipais 2.3 O Passo-a-passo das Conferências Munici- pais III - Conferências Temáticas e Livres 3.1 Objetivos 3.2 Planejamento e Convocação de Conferência Temática eLivre 3.3 O Passo-a-passo das Conferências Temáticas e Livres IV - Conferências Estaduais 4.1 Objetivos 4.2 Planejamento e Convocação das Conferências Estaduais 4.3 O Passo A Passo Das Conferências Estaduais Anexos Sumário 5 8 8 8 8 9 18 18 18 18 28 29 29 29 34 34 34 34 45
  • 5. 5Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária Introdução As Conferências Públicas são momentos privilegiados de participação ativa da sociedade nos debates sobre temas e questões relevantes que dizem respeito à sociedade, oferecendo subsídios para a for- mulação e avaliação de políticas públicas. A I Conferência Nacional de Economia Solidária (CONAES), realizada em Brasília, de 26 a 29 de junho de 2006, foi fundamental para afirmar os fundamentos e a identidade da economia solidária enquanto estratégia e política de desenvolvimento. Foram aprovadas prioridades para as políticas públicas de economia solidária em diversas áreas de intervenção: marco jurídico, crédito e finanças solidárias, produção e comercialização, formação, comunicação, entre outras. Em 2010, o Conselho Nacional de Economia Solidária convocou a II CONAES com os objetivos de realizar um balanço sobre os avanços, limites e desafios da economia solidária e das suas políticas públicas e avançar no reconhecimento do direito a formas de organização econômica baseadas no trabalho associado, na propriedade coletiva, na cooperação, na autogestão, na sustentabilidade e na solidariedade. Realizada em Brasília, nos dias 16 a 18 de junho de 2010, a II CONAES foi mais um momento privilegia- do de participação ativa da sociedade nos debates sobre temas e questões relevantes, desde as etapas preparatórias até a Conferência Nacional, possibilitando a expressão direta dos diversos interesses, necessidades, demandas e proposições de diferentes setores ou segmentos organizados da economia solidária, da sociedade e do poder público nas esferas federal, estadual e municipal. A partir da II CONAES, foi fortalecido o processo de diálogo com o poder legislativo para avançar em uma legislação nacional da economia solidária. As resoluções da II Conferência também foram inspiradoras no processo de elaboração dos objetivos e iniciativas das políticas públicas federais de economia solidária no Plano Plurianual do Governo Federal para o período de 2012 a 2015. Após quatro anos da segunda conferência, o Conselho Nacional de Economia Solidária convocou a terceira conferência , por meio da Resolução n° 05, de 19 de junho de 2013, com os seguintes objetivos: I - realizar balanço sobre os avanços, limites e desafios da Economia Solidária considerando as deliberações das Conferências Nacionais de Economia Solidária; II - promover o debate sobre o processo de integração das ações de apoio a economia solidária fomentadas pelos governos e pela sociedade civil; III - elaborar planos municipais, territoriais e estaduais de economia solidária; e IV - elaborar um Plano Nacional de Economia Solidária contendo visão de futuro, diagnóstico, eixos estratégicos de ação; programas e projetos estratégicos e modelo de gestão para o fortale- cimento da economia solidária no país. A Conferência Nacional acontecerá no segundo semestre de 2014, em Brasília/DF, sendo precedida de conferências preparatórias temáticas, municipais, territoriais e estaduais. A III Conferência Nacional de Economia Solidária terá como Tema: “Construindo um Plano Nacional da Economia Solidária para promover o direito de produzir e viver de forma associativa e sustentável”. Dessa forma, a III CONAES busca dar mais um passo decisivo na afirmação de uma política pública de economia solidária em âmbito nacional. A elaboração do Plano Nacional e dos Planos Municipais, Territoriais e Estaduais será uma oportunidade para: a) possibilitar que as elaborações e definições políticas nacionais tenham maior concretude em proces- sos de desenvolvimento mais próximos a vida dos diversos sujeitos da economia solidária;
  • 6. 6 Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária b) permitir a construção de processos mais articulados e integrados de planejamento e implementação das políticas de economia solidária, considerando a diversidade e pluralidade dos sujeitos, o diálogo com outros processos territoriais e setoriais de desenvolvimento; c) gerar e fortalecer políticas locais de economia solidária, bem como, criar condições mais propícias no âmbito municipal, territorial e estadual para a promoção das políticas nacionais que possam fortalecer a economia solidária; e d) fortalecer as bases sociais e ampliar a força política e organizativa para conquistar políticas mais adequadas as necessidades e exigências da economia solidária e aos processos de desenvolvimento sustentável e solidário. As Conferências Municipais, Territoriais e Estaduais terão como finalidade a elaboração dos planos re- lativos às respectivas abrangências e estabelecer suas interações, bem como, elaborar proposições para o Plano Nacional. Na elaboração de planos municipais, territoriais e estaduais deve-se, para além da realidade e da polí- tica nacional que afetam a as iniciativas locais de economia solidária, considerar as especificidades da realidade local e o contexto que envolve a economia solidária; os diferentes e contraditórios processos de políticas públicas de economia solidária; e a diversidade de sujeitos envolvidos na economia solidária e de correlação de forças para o seu fortalecimento. Para tanto as comissões organizadoras de cada uma destas conferências precisam criar as condições necessárias para que estas particularidades possam ser evidenciadas e que orientem a metodologia de elaboração dos planos. Com essa perspectiva, a metodologia da III CONAES é orientada pelos seguintes eixos orientadores: EIXO I - CONTEXTUALIZAÇÃO DO PLANO: análise das forças e fraquezas (internas) e das opor- tunidades e ameaças (externas) para o desenvolvimento da economia solidária no atual contexto socioeconômico, político, cultural e ambiental nacional e internacional. EIXO II - OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS DO PLANO: definições estratégicas considerando a análise do contexto, as demandas dos empreendimentos econômicos solidários, à luz dos princípios, práticas e valores da economia solidária. EIXO III - LINHAS DE AÇÃO E DIRETRIZES OPERACIONAIS DO PLANO (AGENDA NO LUGAR DE DI- RETRIZES OPERACIONAIS): elaboração de diretrizes operacionais a partir de eixos estratégicos de ação que ofereçam subsídios para a formulação de metas e atividades. As CONFERÊNCIAS TERRITORIAIS elaborarão planos territoriais de economia solidária e oferecerão sub- sídios para as conferências estaduais. As Conferências Territoriais ou Regionais poderão ser antecedidas de CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS convocadas pelo executivo municipal ou pelo conselho municipal de economia solidária quando houver. Nessas conferências devem ser elaborados os Planos Municipais de Economia Solidária. Tanto nas conferências territoriais quanto nas municipais, serão formadas, no término do evento, comis- sões com a finalidade de dar continuidade à elaboração do Plano Territorial ou Municipal de Economia Solidária. Além disso, sugere-se que, se o território ou município já tiver um Plano de Desenvolvimento, deve-se buscar aperfeiçoá-lo inserindo as estratégias e prioridades da economia solidária. Para tanto, é fundamental, dialogar com o colegiado territorial ou municipal responsável pelo plano já existente para apresentar os resultados da Conferência de Economia Solidária e propor as ações. As CONFERÊNCIAS ESTADUAIS debaterão e deliberarão sobre documento referencial com propostas para o plano estadual de economia solidária com os subsídios das conferências municipais, territoriais, temáticas e livres preparatórias. O Conselho Estadual de Economia Solidária, quando houver, ou a Comissão Estadual formada ao final da Conferência Estadual deverá reunir e traçar um cronograma para a continuidade da elaboração do
  • 7. 7Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária Plano Estadual da Economia Solidária. O ideal é que os Planos Estaduais sejam elaborados até março de 2015 para subsidiar a elaboração dos Planos Plurianuais estaduais e nacional. Se já houver um Plano de Desenvolvimento Estadual da Economia Solidária, deve-se apenas buscar aperfeiçoá-lo inserindo as estratégias e prioridades aprovadas na Conferência. Para a ETAPA NACIONAL, a Comissão Organizadora Nacional da III CONAES elaborará um documento referencial com proposta de um Plano Nacional da Economia Solidária contendo os subsídios das con- ferências estaduais, temáticas e livres. A Comissão Organizadora Nacional sistematizará o relatório final e os anais da III CONAES, submetendo-os ao CONSELHO NACIONAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA que elaborará e definirá o documento com o Plano Nacional de Economia Solidária. Além disso, cabe ao Conselho Nacional definir as estratégias de inclusão do plano nacional de economia solidária com base nas resoluções da III CONAES, no Plano Plurianual do Governo Federal e na Política Nacional de Economia Solidária. O presente Guia Metodológico é um instrumento de apoio às Comissões Organizadoras das Etapas Pre- paratórias da III CONAES. Para cada conferência foram elaborados objetivos, esclarecimentos sobre a abrangência, orientações para preparação e planejamento e um roteiro detalhado com o “passo a passo” da atividade. Dessa forma, espera-se que os resultados de cada uma das etapas, possam contribuir para o enriquecimento da etapa posterior e, de modo geral, fortalecer a economia solidária no Brasil. I - Conferência Territoriais ou Intermunicipais 1.1 Objetivos São objetivos específicos das conferências territoriais: a) promover a elaboração de planos territoriais de desenvolvimento da economia solidária; b) oferecer subsídios para os planos estaduais que serão debatidos nas conferências estaduais; e c) eleger delegados e delegadas para as conferências estaduais de economia solidária considerando que a realização de Conferências Territoriais é fator indispensável para a participação de delegados nas Conferências Estaduais. 1.2 Abrangência Territorial As Conferências Territoriais são supramunicipais e infraestaduais, definidas a partir de agrupamento de municípios, tais como as microrregiões, as regiões metropolitanas, os consórcios municipais de de- senvolvimento, os territórios da cidadania, os territórios de desenvolvimento rural sustentável, entre outros exemplos. As Conferências Territoriais ou Regionais poderão ser antecedidas de conferências municipais con- vocadas pelo executivo municipal ou pelo conselho municipal de economia solidária quando houver. A comissão organizadora estadual definirá a necessidade de realizar conferências municipais eletivas, quando, por motivos objetivos de distância ou impossibilidades conjunturais, não for possível a rea- lização de conferências territoriais. 1.3 Planejamento e Convocação das Conferência Territoriais
  • 8. 8 Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária A Comissão Organizadora Estadual deverá planejar e convocar as conferências territoriais, inclusive considerando aqueles territórios com índices mais elevados de pobreza. A Conferência Territorial será convocada preferencialmente em conjunto com os Executivos Municipais e ou Conselhos Municipais de Economia Solidária, quando houver. Também cabe à Comissão Organizadora Estadual elaborar orientações específicas para as conferên- cias territoriais no âmbito da abrangência da respectiva UF. 1.4 O Passo-a-passo das Conferências Territoriais ou Intermunicipais 1 Comissão Organizadora Territorial Para a realização da Conferência Territorial ou Intermunicipal, deverá ser constituída uma COMISSÃO ORGANIZADORA TERRITORIAL com a participação de representantes dos diversos segmentos, conside- rando os municípios da abrangência territorial ou regional, com as seguintes atribuições: a) elaborar metodologia e programação da conferência preparatória na respectiva abrangência, ade- quando a proposta presente neste Guia para a realidade territorial; b) constituir subcomissões de trabalho para auxiliar na execução de suas atribuições; c) mobilizar e articular a participação dos Empreendimentos Econômicos Solidários, suas organizações, governos, parlamentares, entidades, organizações da sociedade civil e movimentos sociais na respectiva conferência; d) promover estratégias de captação de recursos e viabilização da infraestrutura necessária para a re- alização da respectiva conferência; e) articular-se com a Comissão Organizadora Estadual para a mobilização de moderadores de grupos de trabalho e palestrantes; f) definir o número de participantes para as conferências territoriais, levando-se em consideração a disponibilidade de recursos financeiros e os critérios de representatividade e diversidade, de forma a assegurar a participação dos principais segmentos da economia solidária no território; g) preparar o material didático para a conferência com o Texto de Referência da III CONAES, texto pró- prio para a realidade territorial, cópias do regimento interno e outros materiais necessários; e h) promover a sistematização da redação do Documento Final da conferência e remeter à Comissão Organizadora Estadual. 2 Mobilização dos Participantes A Comissão Organizadora Territorial deverá mobilizar os empreendimentos econômicos solidários, as
  • 9. 9Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária entidades da sociedade civil e os órgãos e entidades públicas para contribuir com a organização e par- ticipar ativamente da Conferência Territorial. Além de participar ativamente da Comissão Organizadora, os fóruns territoriais de economia solidária serão fundamentais para esse processo de mobilização. Sugere-se a realização de reuniões ou outros tipos de atividades preparatórias nos municípios para debater a realidade da economia solidária e a importância de construir um plano territorial para o desenvolvimento da mesma. As reuniões de mobilização também devem servir para construir as condições para participação da delegação do município na conferência territorial, tais como, a organização de transporte, da hospe- dagem etc. A Conferência Territorial deverá ter a participação proporcional dos seguintes segmentos: Representantes do Poder Público: gestores, administradores públicos, poder legislativo, poder judici- ário (25% dos participantes); Organizações da sociedade civil: entidades de fomento e apoio à economia solidária, outras organiza- ções da sociedade civil e movimentos sociais e populares (25% dos participantes); e Empreendimentos Econômicos Solidários e suas organizações de representação (50% dos participan- tes). Além da representação dos segmentos, conforme o regulamento geral da III CONAES, deve ser considerado os seguintes critérios adicionais: participação proporcional de homens e de mulheres; presença de povos e populações tradicionais e outros critérios específicos definidos pelas comis- sões organizadoras estaduais considerando questões étnicas e de geração, sobretudo de jovens, garantindo a participação das diversas formas de expressão da economia solidária no território. 3 Planejamento da Infraestrutura A Comissão Organizadora Territorial deve promover estratégias de captação de recursos e viabilização da infraestrutura necessária para a realização da respectiva conferência: transporte, hospedagem, re- feições, espaço físico, material didático. Os apoios devem ser buscados junto aos órgãos governamentais estaduais e municipais, com organi- zações da sociedade civil, com os empreendimentos econômicos solidários e com outras organizações públicas e privadas interessadas em promover o desenvolvimento territorial. A construção da conferência territorial pode se transformar em um grande mutirão, ampliando o apoio e à adesão à economia solidária. Além disso, recomenda-se que sejam aproveitados momentos e atividades já programadas no território para realizar a conferência da economia solidária, tais como: feiras de economia solidária, seminários dos projetos ou programas em execução etc. Dessa forma, pode-se otimizar recursos e garantir o maior número de participantes na Conferência Territorial.
  • 10. 10 Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária 4 Realização - Roteiro Metodológico Apresentamos a seguir um roteiro metodológico para a Conferência Territorial que será realizada em 02 dias, com 16 horas de duração. Em seguida, o roteiro foi adaptado para Conferências que serão realizadas em apenas 01 dia, com 08 horas de duração. Conferência Territorial com 16 horas de duração 1º Momento: Credenciamento: Sugere-se que o credenciamento seja feito desde o dia anterior à realização da conferência e durante todo o primeiro dia da conferência, até o momento das delibera- ções (votação das propostas e eleição de delegados/as) para aproveitar o máximo do tempo. No ato do credenciamento, cada participante deverá escolher um dos Grupos Temáticos (ver Passo Metodológico 4º), tendo em vista que o número de participantes em cada grupo será definido pela Comissão Organizadora Territorial. 2º Momento: Abertura da conferência, boas vindas, saudações e apresentação dos participantes. Tempo Sugerido: 01 (uma) hora. Recomenda-se que seja um momento alegre e festivo com algum tipo de apresentação cultural re- gional. Nesse momento também pode-se organizar uma mesa de abertura para saudação dos organizadores aos participantes. 3º Momento: Leitura e aprovação do regimento interno da conferência territorial com objetivos, me- todologia, procedimento para apreciação das propostas e forma de escolha de delegados e delegadas do território para a Conferência Estadual de Economia Solidária. Tempo Sugerido: 01 (uma) hora. A Comissão Organizadora Estadual deverá propor uma minuta para regimento das conferências ter- ritoriais nos seus estados. Os critérios de escolha e o número de delegados e delegadas de cada um dos territórios para parti- cipar da Conferência Estadual serão definidos e informados pela Comissão Organizadora Estadual. 4º Momento: Apresentação e debate do Texto de Referência da III Conferência Nacional de Econo- mia Solidária e do texto da realidade local. Tempo Sugerido: 01 (uma) hora. A Comissão Organizadora Territorial deverá apresentar o texto ou solicitar que palestrantes convi- dados façam esta apresentação. Promover o debate com o máximo de participação e envolvimento. 5º Momento: Grupos Temáticos para construção das proposições. Tempo sugerido: 05 horas de duração, sendo 02 (duas) horas para diagnóstico e 03 (três) horas para proposição. Os participantes da Conferência deverão ser organizados em 04 (quatro) grupos temáticos para de- bater as perguntas que ajudam a orientar a construção de um plano territorial de economia solidária. Os Grupos Temáticos são:
  • 11. 11Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária Grupo 01 - Produção, Comercialização e Consumo Sustentáveis; Grupo 02 - Financiamento: crédito e finanças solidárias; Grupo 03 - Conhecimentos: educação, formação e assessoramento; e Grupo 04 - Ambiente institucional: legislação e integração de políticas públicas. Além desses 04 Grupos Temáticos, a Comissão Organizadora poderá propor outro(s) que deem conta de debater conteúdos ou temáticas específicas da realidade local. Questões de Diagnóstico Questões Propositivas Grupo 1 - Produção, comercialização e consumo. Quais as forças e as fraquezas da economia solidária no território para promover produção, comercialização e consumo sustentáveis? Quais as oportunidades para fortalecer a eco- nomia solidária no território? O que ameaça ou limita o fortalecimento da produção, comercialização e consumo susten- táveis no território? Quais as prioridades para fomentar atividades de produção, comercialização e consumo sus- tentáveis no território? Como potencializar as forças próprias da eco- nomia solidária e as oportunidades existentes para promover a produção, a comercialização e o consumo na perspectiva do desenvolvimento territorial sustentável? Grupo 2 - Financiamento: crédito e finanças solidárias Quais as forças e as fraquezas da economia so- lidária no território para acessar financiamento e promover as iniciativas de finanças solidárias? Quais as oportunidades para fortalecer a econo- mia solidária no território com acesso ao finan- ciamento e promoção das iniciativas de finanças solidárias ? O que ameaça ou limita o acesso ao financia- mento e a promoção das iniciativas de finanças solidárias? Quais as prioridades para financiamento dos empreendimentos econômicos solidários e para promoção das iniciativas de finanças solidárias no território? Como potencializar as forças próprias da econo- mia solidária e as oportunidades existentes para o acesso ao financiamento dos empreendimen- tos econômicos solidários e para promover as iniciativas de finanças solidárias na perspectiva do desenvolvimento territorial sustentável? Grupo 3 - Conhecimentos: educação, formação e assessoramento Quaisasforçaseasfraquezasdaeconomiasolidária para acessar conhecimentos necessários ao fortale- cimento das iniciativas econômicas solidárias e ao desenvolvimento e disseminação dos seus princí- pios, valores e práticas no território? Quais as oportunidades existentes para forta- lecer o acesso aos conhecimentos necessários ao fortalecimento das iniciativas econômicas solidárias e ao desenvolvimento e dissemina- ção dos seus princípios, valores e práticas no território? O que ameaça ou limita o acesso aos conheci- mentos necessários ao fortalecimento das ini- ciativas econômicas solidárias e ao desenvol- vimento e disseminação dos seus princípios, valores e práticas no território? Quais as prioridades e estratégias para acessar conhecimentos necessários ao fortalecimento das iniciativas econômicas solidárias e ao de- senvolvimento e disseminação dos seus princí- pios, valores e práticas no território? Como potencializar as forças próprias da eco- nomia solidária e as oportunidades existentes para acessar conhecimentos necessários ao fortalecimento das iniciativas econômicas so- lidárias e ao desenvolvimento e disseminação dos seus princípios, valores e práticas na pers- pectiva do desenvolvimento territorial susten- tável?
  • 12. 12 Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária Questões de Diagnóstico Questões Propositivas Grupo 4 - Ambiente institucional: legislação e integração de políticas públicas Quais as forças e as fraquezas da economia solidária para promover um ambiente institu- cional favorável ao seu desenvolvimento com a democratização do acesso e a melhoria das políticas públicas no território? Quais as oportunidades para criar ou fortalecer um ambiente institucional favorável ao desen- volvimento da economia solidária no território? O que ameaça ou limita o reconhecimento, o desenvolvimento e o fortalecimento da econo- mia solidária no território? Quais as políticas públicas prioritárias para o fo- mento e o fortalecimento das iniciativas econô- micas solidárias? Como construir um ambiente institucional fa- vorável ao desenvolvimento e fortalecimento da economia solidária nos municípios e no territó- rio? Como potencializar as forças próprias da econo- mia solidária e as oportunidades existentes para criar ou fortalecer um ambiente institucional fa- vorável ao seu desenvolvimento com a demo- cratização do acesso e a melhoria das políticas públicas no território? 6º Momento: Plenária final Apresentação das Sínteses dos diagnósticos e deliberação sobre as proposições dos Grupos de Tra- balho. Tempo Sugerido: 03 (três) horas. Cada Grupo de Trabalho apresenta a síntese do diagnóstico. As proposições formuladas pelos Grupos de Trabalho devem ser projetadas para todos os participan- tes. Cada grupo deve destacar até 05 (cinco) propostas para enviar como contribuição para a etapa estadual da conferência. Os participantes debatem e aprovam até 10 (dez) propostas prioritárias para enviar como contribuição para a Conferência Estadual de Economia Solidária. A forma de escolha e deliberação deverá estar prevista no regimento interno da conferência. Eleição de delegados e delegados, titulares e suplentes, para representar o território na Conferência Estadual de Economia Solidária. Tempo Sugerido: 01 (uma) hora. As regras e critérios para eleição deverão estar definidos no regimento interno. Lembrar que além da proporcionalidade dos segmentos (50% de empreendimentos, 25% de entidades de apoio e 25% de gestores públicos), o regulamento geral da III CONAES estabeleceu outros critérios e proporcionalidades: a) garantia de, no mínimo, 50% de mulheres; b) garantia de representação de povos e populações tradicionais, conforme critérios definidos pelas comissões organizadoras estaduais; e c) outros critérios específicos definidos pelas comissões organizadoras estaduais considerando questões étnicas e de geração, sobretudo de jovens, garantindo a participação das diversas for- mas de expressão da economia solidária na respectiva UF. Constituição de uma Comissão Territorial para dar continuidade à elaboração do Plano Territorial de Economia Solidária.
  • 13. 13Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária Tempo Sugerido: 01 (uma) hora. Debater e definir estratégias para continuidade do processo. Se o território já tiver um Plano Territorial de Desenvolvimento a estratégia deve ser de como garantir ou fortalecer a presença da economia solidária no plano já existente. Deve ser escolhida uma Comissão Territorial para continuar animando o processo de formulação do plano. 7º Momento: Encerramento da Conferência Territorial. Tempo Sugerido: 30 (trinta) minutos. Recomenda-se que seja um momento alegre e festivo com algum tipo de apresentação cultural re- gional. Nesse momento também pode-se organizar uma mesa de encerramento com os organizadores da conferência e seus apoiadores para apresentação de compromissos com a continuidade do processo. Conferência Territorial com 8 horas de duração (ver orientações detalhadas no texto acima) 1º Momento: Credenciamento prévio. 2º Momento: Abertura da conferência, boas vindas, saudações e apresentação dos participantes. Tempo Sugerido: 30 (trinta) minutos. 3º Momento: Leitura e aprovação do regimento interno da conferência territorial. Tempo Sugerido: 30 (trinta) minutos. 4º Momento: Apresentação do Texto de Referência da III Conferência Nacional de Economia Solidá- ria. Tempo Sugerido: 30 (trinta) minutos. 5º Momento: Grupos Temáticos para construção das proposições. Tempo sugerido: 02 (duas) horas de duração. Os participantes da Conferência deverão ser organizados em 04 (quatro) grupos de tra- balho para debater as seguintes perguntas que ajudam a orientar a construção de um plano territorial de economia solidária. Questões de Diagnóstico Questões Propositivas Grupo 1 - Produção, comercialização e consumo Quais as forças e as fraquezas da economia solidária no território para promover produção, comercialização e consumo sustentáveis? Quais as prioridades para fomentar atividades de produção, comercialização e consumo sus- tentáveis no território? Grupo 2 - Financiamento: crédito e finanças solidárias Quais as forças e as fraquezas da economia so- lidária no território para acessar financiamento e promover as iniciativas de finanças solidárias? Quais as prioridades para financiamento dos empreendimentos econômicos solidários e para promoção das iniciativas de finanças solidárias no território?
  • 14. 14 Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária Questões de Diagnóstico Questões Propositivas Grupo 3 – Acesso a Conhecimentos: educação, formação e assessoramento Quais as forças e as fraquezas da economia so- lidária para acessar conhecimentos necessários ao fortalecimento das iniciativas econômicas solidárias e ao desenvolvimento e dissemina- ção dos seus princípios, valores e práticas no território? Quais as prioridades e estratégias para acessar conhecimentos necessários ao fortalecimento das iniciativas econômicas solidárias e ao de- senvolvimento e disseminação dos seus princí- pios, valores e práticas no território? Grupo 4 - Ambiente institucional: legislação e integração de políticas públicas Quais as forças e as fraquezas da economia solidária para promover um ambiente institu- cional favorável ao seu desenvolvimento com a democratização do acesso e a melhoria das políticas públicas no território? Quais as políticas públicas prioritárias para o fomento e o fortalecimento das iniciativas eco- nômicas solidárias? 6º Momento: Apresentação das Sínteses dos diagnósticos e deliberação sobre as proposições dos Grupos de Tra- balho. Tempo Sugerido: 02 (duas) horas. Eleição de delegados e delegados para representar o território na Conferência Estadual de Economia Solidária. Tempo Sugerido: 01 (uma) hora. Escolha de Comissão Territorial para dar continuidade à elaboração do Plano Territorial de Economia Solidária. Tempo Sugerido: 10 (dez) minutos. 7º Momento: Encerramento da Conferência Territorial. Tempo Sugerido: 20 (vinte) minutos. 5 Após a Conferência Territorial: Construir um Plano Territorial para o For- talecimento da Economia Solidária A Comissão Organizadora da Conferência Territorial deverá remeter à Comissão Organizadora Esta- dual os seguintes documentos: a) relação dos participantes da conferência territorial; b) relação e ficha de inscrição dos delegados e delegadas, titulares e suplentes, eleitos/as para a etapa estadual; c) relatório síntese da conferência territorial com as 10 (dez) propostas prioritárias para enviar como contribuição para a Conferência Estadual de Economia Solidária. A Comissão escolhida ao final da Conferência Territorial deverá reunir e traçar um cronograma para a continuidade da elaboração do Plano Territorial da Economia Solidária. O ideal é que os Planos Terri- toriais sejam elaborados até dezembro de 2014 para subsidiar os planos estadual e nacional. Como sugerido anteriormente, se o Território já tiver um Plano de Desenvolvimento Territorial atu-
  • 15. 15Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária alizado, deve-se apenas buscar aperfeiçoá-lo inserindo as estratégias e prioridades da economia solidária. Para tanto, é fundamental, dialogar com o colegiado territorial responsável pelo plano para apresentar os resultados da Conferência de Economia Solidária e propor as ações. Para construção do Plano, sugere-se a realização de seminários por município do território, apre- sentando os resultados da Conferência Territorial e dialogando com as realidades locais. Da mesma forma, propõe-se a realização de reuniões com segmentos (poder público, entidades e movimentos sociais e empreendimentos) para aprofundar as questões específicas. Para conclusão do processo, sugere-se a realização de uma atividade territorial onde a Comissão res- ponsável pelo processo possa apresentar um esboço do Plano e definir os próximos passos. Considerando que o Plano não é algo estático (parado no tempo), deve haver um cronograma para acompanhar sua execução e para o aperfeiçoamento (atualização, correção) do mesmo. II - Conferências Municipais As Conferências Territoriais ou Intermunicipais poderão ser antecedidas de conferências municipais convocadas pelo executivo municipal ou pelo conselho municipal de economia solidária quando hou- ver. A participação nas conferências municipais não é exigência ou requisito obrigatório para participação nas conferências territoriais ou regionais. A comissão organizadora estadual definirá a necessidade de realizar conferências municipais eletivas, quando, por motivos objetivos de distância ou impossibilidades conjunturais, não for possível a rea- lização de conferências territoriais. 2.1 Objetivos São objetivos específicos das conferências municipais: a) promover a elaboração de planos municipais de desenvolvimento da economia solidária; b) oferecer subsídios para os planos territoriais e estaduais que serão debatidos nas conferências territoriais e estaduais; e c) quando for convocada pela Comissão Organizadora Estadual, eleger delegados e delegadas para as conferências estaduais de economia solidária. 2.2 Planejamento e Convocações das Conferência Municipais As Conferências Municipais preparatórias às Conferências Territoriais serão convocadas pelo execu- tivo municipal ou pelo conselho municipal de economia solidária quando houver. As Conferências Municipais poderão ser convocadas pela respectiva Comissão Organizadora Estadual em conjunto com os Executivos Municipais e ou Conselhos Municipais de Economia Solidária, quando houver. 2.3 O Passo-a-passo das Conferências Municipais Foram formulados os passos metodológicos para realização das conferências municipais.
  • 16. 16 Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária 1 Comissão Organizadora Municipal Para a realização da Conferência Municipal, deverá ser constituída uma COMISSÃO ORGANIZADORA com a participação de representantes dos diversos segmentos, considerando os segmentos da economia solidária, com as seguintes atribuições: a) elaborar metodologia e programação da conferência, adequando a proposta presente neste Guia para a realidade territorial; b) constituir subcomissões de trabalho para auxiliar na execução de suas atribuições; c) mobilizar e articular a participação dos empreendimentos econômicos solidários, suas organiza- ções, governos, parlamentares, entidades, organizações da sociedade civil e movimentos sociais na respectiva conferência; d) promover estratégias de captação de recursos e viabilização da infraestrutura necessária para a realização da respectiva conferência; e) articular-se com a Comissão Organizadora Estadual para a mobilização de moderadores de grupos de trabalho e palestrantes; f) definir o número de participantes para a conferência, levando-se em consideração a disponibilida- de de recursos financeiros e os critérios de representatividade e diversidade, de forma a assegurar a participação dos principais segmentos da economia solidária no território; g) preparar o material didático para a conferência com o Texto de Referência da III CONAES, um texto contextualizando a economia solidária no município, cópias do regimento interno e outros materiais necessários; e h) promover a sistematização da redação do Documento Final da conferência e remeter à Comissão Organizadora Estadual. A Comissão Organizadora deverá mobilizar os empreendimentos econômicos solidários, as entidades da so- ciedade civil e os órgãos e entidades públicas para contribuir com a organização e participar ativa- mente da Conferência Municipal. 2 Mobilização dos Participantes Além de participar ativamente da Comissão Organizadora, os fóruns municipais de economia solidária serão fundamentais para esse processo de mobilização. Sugere-se a realização de reuniões ou outros tipos de atividades preparatórias nas localidades dos municípios para debater a realidade da economia solidária e a importância de construir um plano municipal para o desenvolvimento da mesma. As reuniões de mobilização também devem servir para construir as condições para participação das delegações na conferência, tais como, a organização de transporte, da hospedagem etc. A Conferência Municipal deverá ter a participação proporcional dos seguintes segmentos:
  • 17. 17Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária a) Representantes do Poder Público: gestores, administradores públicos, poder legislativo, poder judiciário (25% dos participantes); b) Organizações da sociedade civil: entidades de fomento e apoio à economia solidária, outras organizações da sociedade civil e movimentos sociais e populares (25% dos participantes); e c) Empreendimentos Econômicos Solidários e suas organizações de representação (50% dos par- ticipantes). Além da representação dos segmentos, conforme o regulamento geral da III CONAES, deve ser con- siderado os seguintes critérios adicionais: participação proporcional de homens e de mulheres; pre- sença de povos e populações tradicionais e outros critérios específicos definidos pelas comissões or- ganizadoras estaduais considerando questões étnicas e de geração, sobretudo de jovens, garantindo a participação das diversas formas de expressão da economia solidária no território. 3 Planejamento da Infraestrutura A Comissão Organizadora deve promover estratégias de captação de recursos e viabilização da infra- estrutura necessária para a realização da respectiva conferência: transporte, hospedagem, refeições, espaço físico, material didático. Os apoios devem ser buscados junto aos órgãos governamentais municipais, com organizações da sociedade civil, com os empreendimentos econômicos solidários e com outras organizações públicas e privadas interessadas em promover o desenvolvimento municipal. A construção da conferência pode se transformar em um grande mutirão, ampliando o apoio e à adesão à economia solidária. Além disso, recomenda-se que sejam aproveitados momentos e atividades já programadas no muni- cípio para realizar a conferência da economia solidária, tais como: feiras de economia solidária, semi- nários dos projetos ou programas em execução etc. Dessa forma, pode-se otimizar recursos e garantir o maior número de participantes na Conferência Municipal. 4 Realização - Roteiro Metodológico Apresentamos a seguir um roteiro metodológico para a Conferência Municipal que será realizada em 02 dias, com 16 horas de duração. Em seguida, o roteiro foi adaptado para Conferências que serão realizadas em apenas 01 dia, com 08 horas de duração. CONFERÊNCIA MUNICIPAL COM 16 (DEZESSEIS) HORAS DE DURAÇÃO. 1º Momento: Credenciamento: • Sugere-se que o credenciamento seja feito desde o dia anterior à realização da conferência e durante todo o primeiro dia da conferência, até o momento das delibera- ções (votação das propostas e eleição de delegados/as, quando tiver esta finalidade) para aproveitar o máximo do tempo. • No ato do credenciamento, cada participante deverá escolher um dos Grupos de Trabalho (ver Passo Metodológico 4º). O número de participantes em cada grupo será definido pela Comissão
  • 18. 18 Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária Organizadora Municipal. 2º Momento: Abertura da conferência, boas vindas, saudações e apresentação dos participantes. Tempo Sugerido: 01 (uma) hora. • Recomenda-se que seja um momento alegre e festivo com algum tipo de apresentação cultural local. • Nesse momento também pode-se organizar uma mesa de abertura para saudação dos organi- zadores aos participantes. 3º Momento: Leitura e aprovação do regimento interno da conferência municipal com objetivos, me- todologia, procedimento para apreciação das propostas e forma de escolha de delegados e delegadas do município, quando for o caso, para a Conferência Estadual de Economia Solidária. Tempo Sugerido: 01 (uma) hora. • A Comissão Organizadora Estadual poderá propor uma minuta para regimento das conferências municipais nos seus estados. • Quando for o caso específico de convocação da conferência municipal pela Comissão Organi- zadora Estadual, os critérios de escolha e o número de delegados e delegadas do município para participar da Conferência Estadual serão definidos e informados pela mesma Comissão Organi- zadora Estadual. 4º Momento: Apresentação e debate do Texto de Referência da III Conferência Nacional de Economia Solidária e de texto contextualizando a economia solidária no muinicípio. Tempo Sugerido: 01 (uma) hora. • A Comissão Organizadora deverá apresentar o texto ou solicitar que palestrantes convidados façam esta apresentação. • Promover o debate com o máximo de participação e envolvimento. 5º Momento: Grupos Temáticos para construção das proposições. Tempo sugerido: 05 horas de duração, sendo 02 (duas) horas para diagnóstico e 03 (três) horas para proposição. • Os participantes da Conferência deverão ser organizados em 04 (quatro) grupos temáticos para debater as perguntas que ajudam a orientar a construção de um plano territorial de economia solidária. • Os Grupos Temáticos são: Grupo 01 - Produção, Comercialização e Consumo Sustentáveis; Grupo 02 - Financiamento: crédito e finanças solidárias; Grupo 03 - Conhecimentos: educação, formação e assessoramento; e Grupo 04 - Ambiente institucional: legislação e integração de políticas públicas. • Além desses 04 Grupos Temáticos, a Comissão Organizadora poderá propor outro(s) que deem conta de debater conteúdos ou temáticas específicas da realidade local.
  • 19. 19Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária Questões de Diagnóstico Questões Propositivas Grupo Temático 1 - Produção, comercialização e consumo. 1. Quais as forças e as fraquezas da economia solidária no município para promover pro- dução, comercialização e consumo sustentá- veis? 2. Quais as oportunidades para fortalecer a economia solidária no município? 3. O que ameaça ou limita o fortalecimento da produção, comercialização e consumo sus- tentáveis no município? 4. Quais as prioridades para fomentar ativi- dades de produção, comercialização e consu- mo sustentáveis no município? 5. Como potencializar as forças próprias da economia solidária e as oportunidades exis- tentes para promover a produção, a comer- cialização e o consumo na perspectiva do de- senvolvimento municipal sustentável? Grupo Temático 2 - Financiamento: crédito e finanças solidárias 1. Quais as forças e as fraquezas da economia solidária no município para acessar financia- mento e promover as iniciativas de finanças solidárias? 4. Quais as prioridades para financiamento dos empreendimentos econômicos solidários e para promoção das iniciativas de finanças solidárias no município? Grupo Temático 2 - Financiamento: crédito e finanças solidárias 2. Quais as oportunidades para fortalecer a economia solidária no município com acesso ao financiamento e promoção das iniciativas de finanças solidárias ? 3. O que ameaça ou limita o acesso ao finan- ciamento e a promoção das iniciativas de fi- nanças solidárias? 5. Como potencializar as forças próprias da economia solidária e as oportunidades exis- tentes para o acesso ao financiamento dos empreendimentos econômicos solidários e para promover as iniciativas de finanças so- lidárias na perspectiva do desenvolvimento municipal sustentável? Grupo Temático 3 - Conhecimentos: educação, formação e assessoramento 1. Quais as forças e as fraquezas da econo- mia solidária para acessar conhecimentos necessários ao fortalecimento das iniciativas econômicas solidárias e ao desenvolvimento e disseminação dos seus princípios, valores e práticas no município? 2. Quais as oportunidades existentes para fortalecer o acesso aos conhecimentos ne- cessários ao fortalecimento das iniciativas econômicas solidárias e ao desenvolvimento e disseminação dos seus princípios, valores e práticas no município? 3. O que ameaça ou limita o acesso aos co- nhecimentos necessários ao fortalecimen- to das iniciativas econômicas solidárias e ao desenvolvimento e disseminação dos seus princípios, valores e práticas no município? 4. Quais as prioridades e estratégias para acessar conhecimentos necessários ao for- talecimento das iniciativas econômicas so- lidárias e ao desenvolvimento e dissemina- ção dos seus princípios, valores e práticas no município? 5. Como potencializar as forças próprias da economia solidária e as oportunidades exis- tentes para acessar conhecimentos neces- sários ao fortalecimento das iniciativas eco- nômicas solidárias e ao desenvolvimento e disseminação dos seus princípios, valores e práticas na perspectiva do desenvolvimento municipal sustentável?
  • 20. 20 Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária Questões de Diagnóstico Questões Propositivas Grupo Temático 3 - Ambiente institucional: legislação e integração de políticas públicas 1. Quais as forças e as fraquezas da economia solidária para promover um ambiente insti- tucional favorável ao seu desenvolvimento com a democratização do acesso e a melhoria das políticas públicas no território? 2. Quais as oportunidades para criar ou for- talecer um ambiente institucional favorável ao desenvolvimento da economia solidária no território? 3. O que ameaça ou limita o reconhecimento, o desenvolvimento e o fortalecimento da eco- nomia solidária no território? 4. Quais as políticas públicas prioritárias para o fomento e o fortalecimento das iniciativas econômicas solidárias? 5. Como construir um ambiente institucional favorável ao desenvolvimento e fortaleci- mento da economia solidária nos municípios e no território? 6. Como potencializar as forças próprias da economia solidária e as oportunidades exis- tentes para criar ou fortalecer um ambiente institucional favorável ao seu desenvolvi- mento com a democratização do acesso e a melhoria das políticas públicas no território? 6º Momento: Plenária final a) Apresentação das Sínteses dos diagnósticos e deliberação sobre as proposições dos Grupos de Trabalho. Tempo Sugerido: 03 (três) horas. • Cada Grupo de Trabalho apresenta a síntese do diagnóstico. • As proposições formuladas pelos Grupos de Trabalho devem ser projetadas para todos os parti- cipantes. Cada grupo deve destacar até 05 (cinco) propostas para enviar como contribuição para a etapa territorial ou estadual da conferência, considerando cada caso. • Os participantes debatem e aprovam até 10 (dez) propostas prioritárias para enviar como con- tribuição para a Conferência Estadual de Economia Solidária ou para a Conferência Territorial, considerando cada caso. • A forma de escolha e deliberação deverá estar prevista no regimento interno da conferência. b) Eleição de delegados e delegados, titulares e suplentes, para representar o município na Conferên- cia Estadual de Economia Solidária. Tempo Sugerido: 01 (uma) hora. • Quando a conferência municipal for preparatória para a conferência territorial, não há obrigação de eleição de delegados e delegadas. • Quando a conferência municipal for convocada pela Comissão Organizadora Estadual, deverá eleger delegados e delegadas para a Conferência Estadual de Economia Solidária. • As regras e critérios para eleição deverão estar definidos no regimento interno. • Lembrar que além da proporcionalidade dos segmentos (50% de empreendimentos, 25% de entidades de apoio e 25% de gestores públicos), o regulamento geral da III CONAES estabeleceu outros critérios e proporcionalidades:
  • 21. 21Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária • garantia de, no mínimo, 50% de mulheres; • garantia de representação de povos e populações tradicionais, conforme critérios definidos pelas comissões organizadoras estaduais; e • outros critérios específicos definidos pelas comissões organizadoras estaduais conside- rando questões étnicas e de geração, sobretudo de jovens, garantindo a participação das diversas formas de expressão da economia solidária no respectivo município. c) Constituição de Comissão Municipal para dar continuidade à elaboração do Plano Municipal de Economia Solidária. Tempo Sugerido: 01 (uma) hora. • Debater e definir estratégias para continuidade do processo. • Se o território já tiver um Plano Municipal de Desenvolvimento, a estratégia deve ser de como garantir ou fortalecer a presença da economia solidária no plano já existente. • Quando existir Conselho Municipal de Economia Solidária, o mesmo deverá assumir a tarefa de dar continuidade à elaboração do Plano Municipal. • Quando não existir Conselho Municipal de Economia Solidária, deverá ser escolhida uma Co- missão para continuar animando o processo de formulação do plano. 7º Momento: Encerramento da Conferência Territorial. Tempo Sugerido: 30 (trinta) minutos. • Recomenda-se que seja um momento alegre e festivo com algum tipo de apresentação cultural regional. • Nesse momento também pode-se organizar uma mesa de encerramento com os organizadores da conferência e seus apoiadores para apresentação de compromissos com a continuidade do processo. CONFERÊNCIA MUNICIPAL COM 8 (OITO) HORAS DE DURAÇÃO (ver as orientações de- talhadas acima) 1º Momento: Credenciamento 2º Momento: Abertura da conferência, boas vindas, saudações e apresentação dos participantes. Tempo Sugerido: 30 (trinta) minutos. 3º Momento: Leitura e aprovação do regimento interno. Tempo Sugerido: 30 (trinta) minutos. 4º Momento: Apresentação do Texto de Referência da III Conferência Nacional de Economia Solidária. Tempo Sugerido: 30 (trinta) minutos. 5º Momento: Grupos de Trabalho para construção das proposições. Tempo sugerido: 02 (duas) horas de duração. Os participantes da Conferência deverão ser organizados em 04 (quatro) grupos de traba- lho para debater as seguintes perguntas que ajudam a orientar a construção de um plano territorial de economia solidária.
  • 22. 22 Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária Questões de Diagnóstico Questões Propositivas Grupo Temático 1 - Economia Solidária e Sustentabilidade: Produção, Comercialização e Consumo. 1. Quais as forças e as fraquezas da economia solidária no município para promover produ- ção, comercialização e consumo sustentáveis? 2. Quais as prioridades para fomentar ativida- des de produção, comercialização e consumo sustentáveis no município? Grupo Temático 2 - Economia Solidária, Trabalho e Autogestão 1.Quais as oportunidades para fortalecer a eco- nomia solidária no município? O que ameaça ou limita o seu fortalecimento? 2. Quais as prioridades para reconhecimento das formas de organização de trabalho asso- ciado e obtenção de renda em iniciativas de co- operação no município? Grupo Temático 3 - Economia Solidária, superação das desigualdades e bem-viver 1. Quais as forças e as fraquezas da economia solidária no município para promover a su- peração da pobreza extrema e o bem viver no município? 2. Como potencializar as iniciativas econômicas solidárias para superação da pobreza e promo- ção do bem viver no município? Grupo Temático 3 - Economia Solidária e Democracia: acesso às políticas e ao financiamento 1. Quais as forças e as fraquezas da economia solidária no município para promover a demo- cratização do acesso e a melhoria das políticas públicas municipais? 2. Quais as políticas públicas municipais prio- ritárias para o fomento e o fortalecimento das iniciativas econômicas solidárias? 6º Momento: Plenária Final a) apresentação das Sínteses dos diagnósticos e deliberação sobre as proposições dos Grupos de Trabalho. Tempo Sugerido: 02 (duas) horas. b) Eleição de delegados e delegados para representar o município na Conferência Estadual de Economia Solidária. Tempo Sugerido: 01 (uma) hora. c) Escolha de Comissão Municipal para dar continuidade à elaboração do Plano Territorial de Eco- nomia Solidária. Tempo Sugerido: 10 (dez) minutos. 7º Momento: Encerramento da Conferência. Tempo Sugerido: 20 (vinte) minutos. 5 APÓS A CONFERÊNCIA MUNICIPAL: CONSTRUIR UM PLANO MUNICIPAL PARA O FORTALECIMENTO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA A Comissão Organizadora da Conferência Municipal deverá remeter à Comissão Organizadora Esta- dual os seguintes documentos:
  • 23. 23Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária a) relação dos participantes da conferência; b) relação e ficha de inscrição dos delegados e delegadas, titulares e suplentes, eleitos/as para a etapa estadual, quando for o caso; c) relatório síntese da conferência com as 10 (dez) propostas prioritárias para enviar como con- tribuição para a Conferência Territorial ou 05 (cinco) propostas para Conferência Estadual de Economia Solidária. O Conselho Municipal de Economia Solidária, quando houver, ou a Comissão escolhida ao final da Conferência Municipal deverá reunir e traçar um cronograma para a continuidade da elaboração do Plano Municipal da Economia Solidária. O ideal é que os planos municipais sejam elaborados até de- zembro de 2014 para subsidiar os planos estaduais e nacional. Como sugerido anteriormente, se o Município já tiver um Plano de Desenvolvimento Municipal atu- alizado, deve-se apenas buscar aperfeiçoá-lo inserindo as estratégias e prioridades da economia solidária. Para tanto, é fundamental, dialogar com o colegiado responsável pelo plano para apresentar os resultados da Conferência de Economia Solidária e propor as ações. Para construção do Plano, sugere-se a realização de seminários, apresentando os resultados da Con- ferência e dialogando com as realidades locais. Da mesma forma, propõe-se a realização de reuniões com segmentos (poder público, entidades e movimentos sociais e empreendimentos) para aprofun- dar as questões específicas. Para conclusão do processo, sugere-se a realização de uma atividade municipal onde a Comissão responsável pelo processo possa apresentar um esboço do Plano e definir os próximos passos. Considerando que o Plano não é algo estático (parado no tempo), deve haver um cronograma para acompanhar sua execução e para o aperfeiçoamento (atualização, correção) do mesmo. III - Conferências Temáticas Livres Conforme o regulamento da III CONAES, as CONFERÊNCIAS TEMÁTICAS e LIVRES elaborarão diretri- zes temáticas ou setoriais e oferecerão subsídios para as conferências municipais, territoriais, esta- duais e nacional. As Conferências Temáticas e livres NÃO SERÃO ELETIVAS e terão caráter de sensibilização, mobi- lização, articulação, promoção do debate em seus temas específicos no processo de construção da Conferência Nacional. As conferências temáticas e livres poderão ser presenciais ou à distância com utilização de sistemas de videoconferência. As conferências temáticas e livres deverão debater temas de âmbito nacional que são estratégicos para a economia solidária. 3.1 Objetivos São objetivos específicos das conferências temáticas e livres: a) aprofundar temas específicos com base nos acúmulos da I e II Conferências Nacionais de Eco- nomia Solidária; b) promover o balanço sobre avanços e desafios em relação aos temas específicos considerando
  • 24. 24 Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária as deliberações da I II CONAES; c) elaborar diretrizes temáticas ou setoriais para subsidiar a elaboração do Plano Nacional de Economia Solidária; e d) oferecer subsídios para as conferências municipais, territoriais, estaduais e nacional. 3.2 Planejamento e Convocação de Conferência Temática Livre As conferências temáticas e livres poderão ser propostas pela Comissão Organizadora Nacional da III CONAES, pelos Comitês Temáticos do Conselho Nacional de Economia Solidária ou por outras orga- nizações e segmentos interessados em realizar uma conferência para aprofundamento de um tema específico ou mobilizar um segmento específico da sociedade. A realização da Conferência Temática deverá ser validada pela Comissão Organizadora Nacional da III CONAES. 3.3 O Passo-a-passo das Conferências Temáticas Livres 1 Comissão organizadora da Conferência Temática Para a realização da Conferência, deverá ser constituída uma COMISSÃO ORGANIZADORA TEMÁTICA com a participação de representantes dos diversos segmentos, com as seguintes atribuições: a) elaborar metodologia e programação da conferência, adequando a proposta deste guia; b) constituir subcomissões de trabalho para auxiliar na execução de suas atribuições; c) mobilizar e articular a participação dos Empreendimentos Econômicos Solidários, suas organi- zações, governos, parlamentares, entidades, organizações da sociedade civil e movimentos sociais na respectiva conferência; d) promover estratégias de captação de recursos e viabilização da infraestrutura necessária para a realização da respectiva conferência; e) articular-se com a Comissão Organizadora Nacional para a mobilização de moderadores de grupos de trabalho e palestrantes; f) definir o número de participantes para a conferência, levando-se em consideração a dispo- nibilidade de recursos financeiros e os critérios de representatividade e diversidade, de forma a assegurar a participação dos principais segmentos da economia solidária; g) preparar o material didático para a conferência com o Texto de Referência da III CONAES, có- pias do regimento interno e outros materiais necessários; e h) promover a sistematização da redação do Documento Final da conferência e remeter à Comis- são Organizadora Nacional. 2 Mobilização dos Participantes
  • 25. 25Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária A Comissão Organizadora Temática deverá mobilizar os empreendimentos econômicos solidários, as entidades da sociedade civil e os órgãos e entidades públicas para contribuir com a organização e participar ativamente da conferência. Além de participar ativamente da Comissão Organizadora, o Conselho Nacional de Economia Solidária e o Fórum Brasileiro de Economia Solidária são fundamentais para o processo de mobilização. A Conferência Temática deverá ter a participação proporcional dos seguintes segmentos: a) representantes do Poder Público: gestores, administradores públicos, poder legislativo, poder judiciário (25% dos participantes); b) organizações da sociedade civil: entidades de fomento e apoio à economia solidária, outras organizações da sociedade civil e movimentos sociais e populares (25% dos participantes); e c) empreendimentos Econômicos Solidários e suas organizações de representação (50% dos par- ticipantes). Além da representação dos segmentos, conforme o regulamento geral da III CONAES, deve ser consi- derado os seguintes critérios adicionais: participação proporcional de homens e de mulheres; presen- ça de povos e populações tradicionais e outros critérios específicos definidos pelas comissões organi- zadoras considerando questões étnicas e de geração, sobretudo de jovens, garantindo a participação das diversas formas de expressão da economia solidária. 3 Planejamento da Infraestrutura A Comissão Organizadora da Conferência Temática deverá promover estratégias de captação de re- cursos e viabilização da infraestrutura necessária para a realização da respectiva conferência: trans- porte, hospedagem, refeições, espaço físico, material didático. Os apoios devem ser buscados junto aos órgãos governamentais federais, com organizações da so- ciedade civil, com os empreendimentos econômicos solidários e com outras organizações públicas e privadas interessadas em promover a economia solidária. A construção da conferência temática pode se transformar em um grande mutirão, ampliando o apoio e à adesão à economia solidária. Além disso, recomenda-se que sejam aproveitados momentos e atividades nacionais já programa- das para realização da conferência temática, tais como: feiras de economia solidária, seminários dos projetos ou programas em execução etc. Dessa forma, pode-se otimizar recursos e garantir o maior número de participantes na conferência. 4 Realização - Roteiro Metodológico Apresentamos a seguir um roteiro metodológico para a Conferência Temática que será realizada em 03 dias, com 24 horas de duração. 1º Momento: Credenciamento: • Sugere-se que o credenciamento seja feito desde o dia anterior à realização da conferência e du-
  • 26. 26 Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária rante todo o primeiro dia da conferência, até o momento das deliberações para aproveitar o máximo do tempo. 2º Momento: Abertura da conferência, boas vindas, saudações e apresentação dos participantes. • Recomenda-se que seja um momento alegre e festivo com algum tipo de apresentação cultural. • Nesse momento também pode-se organizar uma mesa de abertura para saudação dos organi- zadores aos participantes. 3º Momento: Leitura e aprovação do regimento interno da conferência com objetivos, metodologia e procedimento para apreciação das propostas, conforme minuta apresentada pela Comissão Organi- zadora da Conferência Temática. 4º Momento: Apresentação e debate do Texto de Referência da III Conferência Nacional de Economia Solidária. • A Comissão Organizadora deverá apresentar o texto ou solicitar que palestrantes convidados façam esta apresentação. • Promover o debate com o máximo de participação e envolvimento. 5º Momento: Painéis sobre a Temática da Conferência. • Os painéis deverão resgatar os acúmulos sobre a temática, sobretudo nos Anais da I e II Confe- rência Nacional de Economia Solidária. • Também devem ser realizados balanços dos avanços e desafios sobre a implementação das es- tratégias e ações propostas pelas Conferências Nacionais; • Formular, a partir de diferentes perspectivas de análise, questões e provocações para aprofun- damento na Conferência Temática. 6º Momento: Grupos de Trabalho para aprofundamento e construção das proposições. Os participantes da Conferência deverão ser organizados em grupos de trabalho para debater as perguntas formuladas pela Comissão Organizadora. Seguem algumas questões que podem ajudar a orientar a construção de um plano nacional de economia solidária: a) Quais as forças e as fraquezas da economia solidária no Brasil para promover ... (ver temática específica)? b) Quais as oportunidades para fortalecer a economia solidária no Brasil? O que ameaça ou limita o seu fortalecimento? c) Quais as prioridades para fomentar atividades de .... (ver temática)? d) Como potencializar as iniciativas econômicas solidárias para promover o desenvolvimento na- cional sustentável e solidário? 7º Momento: Plenária final - Apresentação das Sínteses dos diagnósticos e deliberação sobre as proposições dos Grupos de Trabalho. • Cada Grupo de Trabalho apresenta a síntese do diagnóstico. • As proposições formuladas pelos Grupos de Trabalho devem ser projetadas para todos os par- ticipantes. • Os participantes debatem e aprovam as propostas prioritárias para enviar como contribuição para a Conferência Nacional de Economia Solidária.
  • 27. 27Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária 8º Momento: Encerramento da Conferência Temática. • Recomenda-se que seja um momento alegre e festivo com algum tipo de apresentação cultural. • Nesse momento também pode-se organizar uma mesa de encerramento com os organizadores da conferência e seus apoiadores para apresentação de compromissos com a continuidade do processo. 5 Elaboração do Documento Temático Cada conferencia temática devera elaborar o documento, contendo uma síntese dos temas deba- tidos e as proposições formuladas. A Comissão Organizadora da Conferência Temática deverá sistematizar o documento final e re- meter à Comissão Organizadora Nacional junto com a relação dos participantes da conferência temática. O documento deverá ser enviado em até 30 dias após a realização da Conferência Te- mática. Recomenda-se que o documento final da conferência temática seja elaborado considerando que o mesmo servirá de subsídio para as demais etapas da III CONAES. Por isso deverá ser sucinto com linguagem clara e objetiva e com as propostas organizadas por tópicos ou subtemas, quando for o caso. IV - CONFERÊNCIAS ESTADUAIS 4.1 Objetivos São objetivos específicos das conferências estaduais: a) promover a elaboração de planos estaduais de desenvolvimento da economia solidária; b) oferecer subsídios para o plano nacional de economia solidária que será debatido na confe- rências nacional; e c) eleger delegados e delegadas para a Conferência Nacional de Economia Solidária considerando que a realização de Conferências Estaduais é fator indispensável para a participação de delegados na etapa nacional da III CONAES. 4.2 Planejamento e Convocação das Conferências Estaduais A Conferência Estadual será convocada: a) preferencialmente, pelo respectivo conselho estadual de economia solidária quando existir; b) pelo respectivo governo estadual; e c) quando não existir conselho estadual de economia solidária e quando o governo estadual não convocar a conferência no prazo previsto, a conferência estadual poderá ser convocada pela Su- perintendência Regional (SRTE) do Ministério do Trabalho e Emprego, por meio de ato formal, juntamente com o respectivo Fórum Estadual de Economia Solidária.
  • 28. 28 Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária 4.3 O Passo-a-passo das Conferências Estaduais 1 Comissão Organizadora Estadual Para a realização da Conferência Estadual, deverá ser constituída uma COMISSÃO ORGANIZADORA ESTADUAL com a participação de representantes dos diversos segmentos da economia solidária, com as seguintes atribuições: a) planejar e convocar as conferências territoriais, inclusive considerando aqueles territórios com índices mais elevados de pobreza; b) definir a necessidade de realização de conferências municipais eletivas, quando por motivos de distância ou impossibilidades conjunturais, não for possível a realização de conferências ter- ritoriais ou intermunicipais; c) definir o número de delegados e delgadas eleitos para a conferência estadual nas etapas ter- ritoriais e municipais; d) elaborar orientações específicas para as conferências territoriais e municipais no âmbito da abrangência da respectiva UF; e) definir o número de participantes para a conferência estadual, levando em consideração a dis- ponibilidade de recursos financeiros e os critérios de representatividade e diversidade, de forma a assegurar a participação dos principais segmentos da economia solidária no estado; f) elaborar metodologia e programação da conferência estadual; g) sistematizar os resultados das conferências territoriais e municipais (eletivas) para compor um documento de referência para a etapa estadual; h) mobilizar e articular a participação dos empreendimentos econômicos solidários, suas orga- nizações, governos, parlamentares, organizações da sociedade civil e movimentos sociais nas conferências preparatórias e na etapa estadual; i) promover estratégias de captação de recursos e viabilização da infraestrutura necessária para a realização da conferência estadual; j) elaborar proposta de divulgação e a estratégia de comunicação das conferências preparatórias e da conferência estadual; k) constituir subcomissões de trabalho para auxiliar na execução de suas atribuições; l) preparar o material didático para a conferência com o Texto de Referência da III CONAES, cópias do regimento interno e outros materiais necessários; m) remeter à Comissão Organizadora Nacional a relação dos delegados e delegadas eleitos/as na etapa estadual para participar na Conferência Nacional de Economia Solidária; e n) promover a sistematização da redação do Documento Final da conferência estadual e remeter à Comissão Organizadora Nacional.
  • 29. 29Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária 2 Mobilização dos Participantes A Comissão Organizadora Estadual deverá mobilizar os empreendimentos econômicos solidários, as entidades da sociedade civil e os órgãos e entidades públicas para contribuir com a organização e participar ativamente da Conferência Estadual. Os fóruns estaduais de economia solidária serão fun- damentais para esse processo de mobilização. Sugere-se a realização de reuniões ou outros tipos de atividades preparatórias para debater a reali- dade da economia solidária e a importância de construir um plano estadual para o desenvolvimento da mesma. As reuniões de mobilização também devem servir para construir as condições para par- ticipação da delegação do estado na conferência nacional, tais como, a organização de transporte, da hospedagem etc. A Conferência Estadual deverá ter a participação proporcional dos seguintes segmentos: a) Representantes do Poder Público: gestores, administradores públicos, poder legislativo, poder judiciário (25% dos participantes); b) Organizações da sociedade civil: entidades de fomento e apoio à economia solidária, outras organizações da sociedade civil e movimentos sociais e populares (25% dos participantes); e c) Empreendimentos Econômicos Solidários e suas organizações de representação (50% dos par- ticipantes). Além da representação dos segmentos, conforme o regulamento geral da III CONAES, deve ser con- siderado os seguintes critérios adicionais: participação proporcional de homens e de mulheres; pre- sença de povos e populações tradicionais e outros critérios específicos definidos pelas comissões or- ganizadoras estaduais considerando questões étnicas e de geração, sobretudo de jovens, garantindo a participação das diversas formas de expressão da economia solidária no território. A Comissão Organizadora Estadual poderá prever também, com base em critérios, a participação de observadores e convidados na etapa estadual, bem como os direitos e deveres dos mesmos. 3 Planejamento da Infraestrutura A Comissão Organizadora Estadual deve promover estratégias de captação de recursos e viabilização da infraestrutura necessária para a realização da respectiva conferência: transporte, hospedagem, refeições, espaço físico, material didático. Os apoios devem ser buscados junto aos órgãos governamentais estaduais e federais, com organiza- ções da sociedade civil, com os empreendimentos econômicos solidários e com outras organizações públicas e privadas interessadas em promover o desenvolvimento da economia solidária no estado. A construção da conferência estadual pode se transformar em um grande mutirão, ampliando o apoio e à adesão à economia solidária.
  • 30. 30 Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária 4 Sistematização das Proposições das Conferências Preparatórias (territoriais e municipais) As Comissões Organizadoras Estaduais deverão sistematizar todas as proposições encaminhadas pelas conferências preparatórias (territoriais e municipais) na respectiva UF e elaborar o Documento Base da Conferência Estadual. O processo de sistematização tem por finalidade organizar as proposições por temas ou questões visando facilitar os debates na etapa estadual. Recomenda-se, no entanto, que sejam identificadas as origens das proposições (ou seja, de qual conferência preparatória é originária). O Documento de Referência Estadual deverá ser impresso com antecedência e distribuído aos parti- cipantes da etapa estadual no momento do credenciamento. 5 Realização - Roteiro Metodológico Apresentamos a seguir um roteiro metodológico para a Conferência Estadual que será realizada em 03 dias, com 24 horas de duração. O roteiro poderá ser adaptado pela Comissão Organizadora Estadual. 1º Momento: Credenciamento: • A Comissão Organizadora Estadual deverá ter preparado, previamente, a lista dos delegados e delegadas, titulares e suplentes, eleitos/as nas conferências preparatórias (territoriais e munici- pais) para participar da conferência estadual. • O credenciamento é a confirmação da presença de delegados e delegadas na conferência. • Sugere-se que o credenciamento seja feito desde o dia anterior à realização da conferência e durante todo o primeiro dia da conferência, até o momento das deliberações (votação das propos- tas e eleição de delegados/as) para aproveitar o máximo do tempo. • No ato do credenciamento, cada participante deverá escolher os Grupos Temáticos (ver Passo Metodológico 4º), conforme limite máximo definido pela Comissão Organizadora Estadual. 2º Momento: Abertura da conferência, boas vindas, saudações e apresentação dos participantes. • Recomenda-se que seja um momento alegre e festivo com algum tipo de apresentação cultural regional. • Nesse momento deve-se organizar uma mesa de abertura para saudação dos organizadores aos participantes. 3º Momento: Leitura e aprovação do regimento interno da conferência estadual com objetivos, me- todologia, procedimento para apreciação das propostas e forma de escolha de delegados e delegadas do estado para a Conferência Nacional de Economia Solidária. • A Comissão Organizadora Estadual deverá propor uma minuta para regimento da conferência estadual. • O regimento deverá ser lido item a item, com debate dos destaques apresentados pelos partici-
  • 31. 31Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária pantes e votado pelos presentes. • A definição de número de delegados e delegadas de cada Unidade da Federação para a etapa nacional da III CONAES foi previamente definido no Regulamento Geral; • Os critérios de escolha de delegados e delegadas, titulares e suplentes, para participar da Con- ferência Nacional são aqueles definidos no Regulamento Geral da III CONAES e os acessórios definidos pela Comissão Organizadora Estadual. 4º Momento: Apresentação e debate do Texto de Referência da III Conferência Nacional de Economia Solidária e do Documento Base da Conferência Estadual. • Um representante da Comissão Organizadora Nacional deverá apresentar o Texto de Referência da III CONAES. • A Comissão Organizadora Estadual deverá apresentar o texto ou solicitar que palestrantes con- vidados façam esta apresentação. • Promover o debate com o máximo de participação e envolvimento. 5º Momento: Painel(is) para apresentação e debate do Tema da III Conferência Nacional de Economia Solidária. • Os painéis deverão resgatar os acúmulos da economia solidária na Unidade da Federação a par- tir das resoluções da I e II Conferências Estaduais e Nacionais de Economia Solidária. • Também devem ser realizados balanços dos avanços e desafios sobre a implementação das es- tratégias e ações propostas pelas conferências estaduais e nacionais de economia solidária; • Formular, a partir de diferentes perspectivas de análise, questões e provocações para aprofun- damento nas Plenárias Temáticas. • Promover o debate com o máximo de participação e envolvimento. 6º Momento: Plenárias Temáticas para debate e construção das proposições. • Os participantes da Conferência deverão ser organizados em, pelo menos, 04 (quatro) Plenárias Temáticas para debater perguntas que ajudam a orientar a construção de um plano estadual de economia solidária. • As Plenárias Temáticas são: • Plenária Temática 01 - Produção, Comercialização e Consumo Sustentáveis; • Plenária Temática 02 - Financiamento: crédito e finanças solidárias; • Plenária Temática 03 - Conhecimentos: educação, formação e assessoramento; e • Plenária Temática 04 - Ambiente institucional: legislação e integração de políticas pú- blicas. • Além dessas 04 Plenárias Temáticas, a Comissão Organizadora poderá propor outra(s) que deem conta de debater conteúdos ou temáticas específicas da realidade estadual. Questões de Diagnóstico, considerando os acú- mulos das Conferências preparatórias territo- riais e municipais - Documento Base Estadual. Questõespropositivas,considerandoosacú- mulosdasConferênciaspreparatóriasterri- toriaisemunicipais-Doc.BaseEstadual. Plenária Temática: Produção, comercialização e consumo.
  • 32. 32 Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária Questões de Diagnóstico, considerando os acú- mulos das Conferências preparatórias territo- riais e municipais - Documento Base Estadual. Questõespropositivas,considerandoosacú- mulosdasConferênciaspreparatóriasterri- toriaisemunicipais-Doc.BaseEstadual. 1. Quais as forças e as fraquezas da economia so- lidária em âmbito estadual para promover produ- ção, comercialização e consumo sustentáveis? 2. Quais as oportunidades para fortalecer a eco- nomia solidária em âmbito estadual? 3. O que ameaça ou limita o fortalecimento da pro- dução, comercialização e consumo sustentáveis em âmbito estadual? 4. Quais as prioridades para fomentar ativi- dades de produção, comercialização e con- sumo sustentáveis em âmbito estadual? 5. Como potencializar as forças próprias da economia solidária e as oportunidades exis- tentes para promover a produção, a comer- cialização e o consumo na perspectiva do desenvolvimento sustentável? Plenária Temática: Financiamento: crédito e finanças solidárias 1. Quais as forças e as fraquezas da economia so- lidária em âmbito estadual para acessar financia- mento e promover as iniciativas de finanças soli- dárias? 2. Quais as oportunidades para fortalecer a eco- nomia solidária em âmbito estadual com acesso ao financiamento e promoção das iniciativas de finanças solidárias? 3. O que ameaça ou limita o acesso ao financia- mento e a promoção das iniciativas de finanças so- lidárias em âmbito estadual? 4. Quais as prioridades para financiamento dos empreendimentos econômicos solidários e para promoção das iniciativas de finanças soli- dárias em âmbito estadual? 5. Como potencializar as forças próprias da economia solidária e as oportunidades exis- tentes para o acesso ao financiamento dos empreendimentos econômicos solidários e para promover as iniciativas de finanças so- lidárias na perspectiva do desenvolvimento sustentável? Plenária Temática: Conhecimentos: educação, formação e assessoramento 1. Quais as forças e as fraquezas da economia so- lidária para acessar conhecimentos necessários ao fortalecimento das iniciativas econômicas so- lidárias e ao desenvolvimento e disseminação dos seus princípios, valores e práticas no âmbito es- tadual? 2. Quais as oportunidades existentes para forta- lecer o acesso aos conhecimentos necessários ao fortalecimento das iniciativas econômicas soli- dárias e ao desenvolvimento e disseminação dos seus princípios, valores e práticas no âmbito es- tadual? 3. O que ameaça ou limita o acesso aos conheci- mentos necessários ao fortalecimento das inicia- tivas econômicas solidárias e ao desenvolvimento e disseminação dos seus princípios, valores e prá- ticas em âmbito estadual? 4. Quais as prioridades e estratégias para acessar conhecimentos necessários ao for- talecimento das iniciativas econômicas soli- dárias e ao desenvolvimento e disseminação dos seus princípios, valores e práticas em âmbito estadual? 5. Como potencializar as forças próprias da economia solidária e as oportunidades exis- tentes para acessar conhecimentos neces- sários ao fortalecimento das iniciativas eco- nômicas solidárias e ao desenvolvimento e disseminação dos seus princípios, valores e práticas na perspectiva do desenvolvimento sustentável?
  • 33. 33Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária Questões de Diagnóstico, considerando os acú- mulos das Conferências preparatórias territo- riais e municipais - Documento Base Estadual. Questõespropositivas,considerandoosacú- mulosdasConferênciaspreparatóriasterri- toriaisemunicipais-Doc.BaseEstadual. Plenária Temática: Ambiente Institucional: legislação e integração de políticas públicas 1. Quais as forças e as fraquezas da economia so- lidária para promover um ambiente institucional favorável ao seu desenvolvimento com a demo- cratização do acesso e a melhoria das políticas públicas em âmbito estadual? 2. Quais as oportunidades para criar ou fortalecer um ambiente institucional favorável ao desenvol- vimento da economia solidária em âmbito esta- dual? 3. O que ameaça ou limita o reconhecimento, o desenvolvimento e o fortalecimento da economia solidária em âmbito estadual? 4. Quais as políticas públicas prioritárias para o fomento e o fortalecimento das iniciativas econômicas solidárias em âmbito estadual? 5. Como construir um ambiente institucio- nal favorável ao desenvolvimento e forta- lecimento da economia solidária em âmbito estadual? 6. Como potencializar as forças próprias da economia solidária e as oportunidades exis- tentes para criar ou fortalecer um ambien- te institucional favorável ao seu desenvol- vimento com a democratização do acesso e a melhoria das políticas públicas em âmbito estadual? • Nas Plenárias Temáticas, os participantes deverão também indicar até 10 (dez) proposições que deverão seguir para deliberação da plenária final para envio como contribuição para a etapa nacional da III CONAES. 7º Momento: Sistematização das proposições elaboradas nas Plenárias Temáticas para elaborar o Documento de Deliberação da Plenária Final. • Cada Plenária Temática designará uma pessoa responsável pela sistematização dos resultados dos debates. • Os sistematizadores das Plenárias Temáticas juntamente com a Comissão Organizadora da Con- ferência Estadual deverão sistematizar o Documento de Deliberação da Plenária Final. • O processo de sistematização tem por finalidade organizar as proposições por temas ou ques- tões visando facilitar os debates na plenária final. Recomenda-se, no entanto, que sejam iden- tificadas as origens das proposições (ou seja, de qual plenária temática é originária a proposta). • Nesse momento também deverão ser sistematizadas e organizadas as 10 (dez) propostas de cada plenária temática para deliberação e encaminhamento para a etapa nacional da III CONAES. • O documento deverá ser entregue impresso a todos os participantes e projetado em telão para leitura e visualização da deliberação. 8º Momento: Plenária final a) Apresentação de sínteses das Plenárias Temáticas e deliberação sobre o documento final da con- ferência estadual. • Cada Plenária Temática apresenta a síntese dos debates realizados, sobretudo sobre os diag- nósticos. • O documento com a sistematização das proposições formuladas pelas Plenárias Temáticas deve
  • 34. 34 Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária ser projetado para todos os participantes. • Os participantes debatem e deliberam sobre todas as proposições, conforme definido no regi- mento interno da conferência estadual. • Ao final, os participantes indicam 10 (dez) proposições que deverão ser encaminhadas para a etapa nacional da III CONAES. b) Eleição de delegados e delegados, titulares e suplentes, para representar a Unidade da Federação na III Conferência Nacional de Economia Solidária. • As regras e critérios para eleição deverão estar definidos no regimento interno. • Lembrar que além da proporcionalidade dos segmentos (50% de empreendimentos, 25% de entidades de apoio e 25% de gestores públicos), o regulamento geral da III CONAES estabeleceu outros critérios e proporcionalidades: • garantia de, no mínimo, 50% de mulheres; • garantia de representação de povos e populações tradicionais, conforme critérios defini- dos pelas comissões organizadoras estaduais; e • outros critérios específicos definidos pelas comissões organizadoras estaduais conside- rando questões étnicas e de geração, sobretudo de jovens, garantindo a participação das diversas formas de expressão da economia solidária na respectiva UF. c) Delegação ao Conselho Estadual, quando houver, ou constituição de Comissão Estadual para ela- boração do Plano Estadual de Economia Solidária. • Debater e definir estratégias para continuidade do processo. • Se o estado já tiver um Plano Estadual de Economia Solidária a estratégia deve ser de atualiza- ção do mesmo. • Quando existir Conselho Estadual de Economia Solidária, o mesmo deverá assumir a tarefa de dar continuidade à elaboração do plano estadual. • Quando não existir Conselho Estadual de Economia Solidária, deverá ser escolhida uma Comis- são para continuar animando o processo de formulação do plano estadual. 9º Momento: Encerramento da Conferência Estadual. • Recomenda-se que seja um momento alegre e festivo com algum tipo de apresentação cultural regional. • Nesse momento deve-se organizar uma mesa de encerramento com os organizadores da con- ferência e seus apoiadores para apresentação de compromissos com a continuidade do processo. 6 Após a Conferências Estadual: Construir um Plano Estadual para o For- talecimento da Economia Solidária A Comissão Organizadora da Conferência Estadual deverá remeter à Comissão Organizadora Nacional os seguintes documentos, nos prazos previstos no Regulamento Geral da III CONAES:
  • 35. 35Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária a) relação dos participantes da conferência estadual; b) relação e ficha de inscrição dos delegados e delegadas, titulares e suplentes, eleitos/as para a etapa nacional; c) relatório síntese da conferência estadual com todas as proposições aprovadas e mais as 10 (dez) propostas prioritárias aprovadas pela Conferência Estadual de Economia Solidária como contribuição para a etapa nacional da III CONAES. O Conselho Estadual de Economia Solidária, quando houver, ou a Comissão Estadual escolhida ao final da Conferência Estadual deverá reunir e traçar um cronograma para a continuidade da elabora- ção do Plano Estadual da Economia Solidária. O ideal é que os Planos Estaduais sejam elaborados até março de 2015 para subsidiar a elaboração dos Planos Plurianuais estaduais e nacional. Como sugerido anteriormente, se o Estado já tiver um Plano de Desenvolvimento Estadual da Econo- mia Solidária, deve-se apenas buscar aperfeiçoá-lo inserindo as estratégias e prioridades aprovadas na Conferência. Para construção do Plano, sugere-se a realização de seminários estaduais, apresentando os resulta- dos da Conferência Estadual e dialogando sobre os mesmos. Da mesma forma, propõe-se a realiza- ção de reuniões com segmentos (poder público, entidades e movimentos sociais e empreendimentos) para aprofundar as questões específicas. Para conclusão do processo, sugere-se a realização de uma atividade estadual onde o Conselho Esta- dual de Economia Solidária ou a Comissão Estadual responsável pelo processo possa apresentar um esboço do Plano e definir os próximos passos. Considerando que o Plano não é algo estático (parado no tempo), deve haver um cronograma para acompanhar sua execução e para o aperfeiçoamento (atualização, correção) do mesmo. Anexos ANEXO I – REGULAMENTO GERAL DA III CONAES Resolução nº. 01/2013 de 24 de julho de 2013 Aprova o Regulamento Geral da III Conferência Nacional de Eco- nomia Solidária A Comissão Organizadora da III Conferência Nacional de Eco- nomia Solidária, no uso das atribuições previstas no art. 4° da Resolução/CNES, nº 05, de 19 de junho de 2013, resolve: Art. 1º - Aprovar o Regulamento Geral da III Conferência Nacional de Economia Solidária. Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data da publicação. Comissão Organizadora Nacional da III CONAES
  • 36. 36 Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária REGULAMENTO GERAL DA III CONAES I – OBJETIVOS DA III CONAES 1. Realizar um balanço sobre os avanços, limites e desafios da Economia Solidária considerando as deliberações das Conferências Nacionais de Economia Solidária; 2. Promover o debate sobre o processo de integração das ações de apoio à economia solidária fomen- tadas pelos governos e pela sociedade civil; 3. Elaborar planos municipais, territoriais e estaduais de economia solidária; e 4. Elaborar um Plano Nacional de Economia Solidária contendo visão de futuro, diagnóstico, eixos estratégicos de ação; programas e projetos estratégicos e modelo de gestão para o fortalecimento da economia solidária no país. II – TEMÁRIO DA III CONAES 1. A III Conferência Nacional de Economia Solidária terá como Tema: “Construindo um Plano Nacional da Economia Solidária para promover o direito de produzir e viver de forma associativa e sustentável” 2. O tema da IIIª Conferência Nacional de Economia Solidária deverá ser desenvolvido de modo a articular e integrar as diferentes políticas públicas que abrangem a economia solidária, garantindo a abordagem a partir dos seguintes eixos: EIXO I - CONTEXTUALIZAÇÃO DO PLANO: análise das forças e fraquezas (internas) e das opor- tunidades e ameaças (externas) para o desenvolvimento da economia solidária no atual contexto socioeconômico, político, cultural e ambiental nacional e internacional. EIXO II - OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS DO PLANO: definições estratégicas considerando a análise do contexto, as demandas dos empreendimentos econômicos solidários, à luz dos princípios, prá- ticas e valores da economia solidária. EIXO III - LINHAS DE AÇÃO E DIRETRIZES OPERACIONAIS DO PLANO: elaboração de diretrizes operacionais a partir de eixos estratégicos de ação que ofereçam subsídios para a formulação de metas e atividades. 3. Os eixos serão orientadores das conferências preparatórias que terão como objetivos específicos a elaboração dos respectivos planos municipais, territoriais e estaduais de economia solidária, ofere- cendo subsídios para a formulação do plano nacional. 4. Os eixos serão orientadores das conferências temáticas e livres que terão como objetivos específi- cos a elaboração de diretrizes temáticas ou setoriais para subsidiar a formulação dos planos munici- pais territoriais, estaduais e nacional. III - ROTEIROS E DOCUMENTOS DA III CONAES 1. A Comissão Organizadora Nacional elaborará o ROTEIRO ORIENTADOR para a realização das con- ferências preparatórias (municipais, territoriais, estaduais e temáticas) a partir do temário da III CO- NAES e dos EIXOS acima especificados. 2. Os DOCUMENTOS SÍNTESES RESULTADOS DE CONFERÊNCIAS TEMÁTICAS OU LIVRES serão disse- minados pela Comissão Organizadora Nacional da III CONAES como subsídios para as conferências municipais, territoriais, estaduais e nacional. 3. As Conferências Estaduais debaterão e deliberarão sobre documento referencial com propostas
  • 37. 37Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária para o plano estadual de economia solidária com os subsídios das conferências municipais, territo- riais, temáticas e livres preparatórias. 4. Para a Etapa Nacional, a Comissão Organizadora Nacional da III CONAES elaborará um documento referencial com proposta de plano nacional da economia solidária contendo os subsídios das confe- rências estaduais, temáticas e livres. 5. A Comissão Organizadora Nacional sistematizará o relatório final e os anais da III Conferência Na- cional de Economia Solidária, submetendo-os ao Conselho Nacional de Economia Solidária. 6. O Conselho Nacional de Economia Solidária elaborará e definirá estratégias de inclusão do plano nacional de economia solidaria com base nas resoluções da III CONAES, no Plano Plurianual do Go- verno Federal e na Política Nacional de Economia Solidária. IV – ETAPAS E DIRETRIZES METODOLÓGICAS 1. A CONFERÊNCIA NACIONAL será antecedida de conferências preparatórias: municipais, territoriais ou intermunicipais; estaduais; temáticas e livres. 2. As CONFERÊNCIAS TERRITORIAIS elaborarão planos territoriais de economia solidária e oferecerão subsídios para os planos estaduais que serão debatidos nas conferências estaduais. 3. As Conferências Territoriais são supramunicipais e infraestaduais, definidas a partir de agrupa- mento de municípios, tais como as microrregiões, as regiões metropolitanas, os consórcios municipais de desenvolvimento, os territórios da cidadania, os territórios de desenvolvimento rural sustentável, entre outros exemplos. 4. A realização de Conferências municipais e/ou territoriais é fator indispensável para a participação de delegados nas Conferências Estaduais. 5. As Conferências Territoriais ou Regionais poderão ser antecedidas de conferências municipais con- vocadas pelo executivo municipal ou pelo conselho municipal de economia solidária quando houver. A participação nas conferências municipais não é exigência ou requisito obrigatório para participação nas conferências territoriais ou regionais. 6. A comissão organizadora estadual definirá a necessidade de realizar conferências municipais ele- tivas, quando, por motivos objetivos de distância ou impossibilidades conjunturais, não for possível a realização de conferências territoriais. 7. As CONFERÊNCIAS ESTADUAIS elaborarão planos estaduais de economia solidária e oferecerão subsídios para o plano nacional que será debatido na conferência nacional. 8. A realização de conferência estadual é fator indispensável para a participação de delegados da res- pectiva UF na etapa nacional da III CONAES. 9. As CONFERÊNCIAS TEMÁTICAS elaborarão diretrizes temáticas ou setoriais e oferecerão subsídios para as conferências municipais, territoriais, estaduais e nacional. 10. As CONFERÊNCIAS LIVRES elaborarão diretrizes especiais como subsídios para as demais etapas da III CONAES. 11. As Conferências Temáticas e livres NÃO SERÃO ELETIVAS e terão caráter de sensibilização, mo- bilização, articulação, promoção do debate em seus temas específicos no processo de construção da Conferência Nacional. 12. As conferências temáticas e livres deverão ser validadas pela Comissão Organizadora Nacional. 13. As conferências temáticas e livres poderão ser presenciais ou à distância com utilização de siste- mas de videoconferência.
  • 38. 38 Caderno de Orientações Metodológicas III Conaes - Conferência Nacional de Economia Solidária IV - COMISSÕES ORGANIZADORAS IV.1 – COMISSÃO ORGANIZADORA NACIONAL A III CONAES será coordenada por uma COMISSÃO ORGANIZADORA NACIONAL designada pelo Con- selho Nacional de Economia Solidária com as seguintes atribuições: a) coordenar, supervisionar e promover a realização da III Conferência Nacional de Economia So- lidária, atendendo aos aspectos técnicos, políticos e administrativos; b) elaborar regulamento geral da Conferência Nacional e regimento para a Plenária; c) elaborar documentos de referência, metodologia e programação; d) promover a sistematização da redação do Documento Final da III CONAES; e) mobilizar e articular a participação dos Empreendimentos Econômicos Solidários, suas orga- nizações, governos, parlamentares, organizações da sociedade civil e movimentos sociais nas Conferências preparatórias e na Conferência Nacional; f) promover estratégias de captação de recursos e viabilização da infraestrutura necessária para a realização da Conferência; g) promover ou convocar conferências temáticas; h) registrar e analisar para fins de validação as propostas de realização de conferências temáticas e livres; i) elaborar proposta de divulgação e a estratégia de comunicação; e j) constituir subcomissões de trabalho para auxiliar na execução de suas atribuições. IV.2 – COMISSÃO ORGANIZADORA ESTADUAL 1. Para a realização das etapas estaduais deverão ser constituídas COMISSÕES ORGANIZADORAS ESTADUAIS com a participação de representantes de todos os segmentos que compõem a III CONAES. 2. As Comissões Organizadoras Estaduais serão designadas juntamente com a convocação da etapa estadual da III CONAES: a) preferencialmente, pelo respectivo conselho estadual de economia solidária quando existir; b) pelo respectivo governo estadual; e c) quando não existir conselho estadual de economia solidária e quando o governo estadual não convocar a conferência no prazo previsto, a conferência estadual poderá ser convocada pela Su- perintendência Regional (SRTE) do Ministério do Trabalho e Emprego, por meio de ato formal, juntamente com o respectivo Fórum Estadual de Economia Solidária. 3. As Comissões Organizadoras Estaduais terão as seguintes atribuições: a) planejar e convocar as conferências territoriais, inclusive considerando aqueles territórios com índices mais elevados de pobreza; b) definir a necessidade de realização de conferências municipais eletivas, quando por motivos de distância ou impossibilidades conjunturais, não for possível a realização de conferências ter- ritoriais ou intermunicipais;