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DEUS É O ÚNICO SENHOR DA HISTÓRIA E DAS PESSOAS 
Pe. José Bortoline – Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007 
* LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * 
ANO: A – TEMPO LITÚRGICO: 29° DOMINGO TEMPO COMUM – COR: VERDE 
I. INTRODUÇÃO GERAL 
1. “Creio em Deus Pai todo-poderoso, Criador do céu e da 
terra, e em Jesus Cristo… nosso Senhor… Creio no Espírito 
Santo”. Essa profissão de fé assume, neste dia, dimensões 
concretas nas lutas das comunidades. Nossa fé nos leva a “de-volver 
a César o que é de César”, isto é, a não admitirmos 
nenhum tipo de dominação, pois o Deus em quem acreditamos 
é o Deus da história que quer liberdade e vida para todos. 
Nossa fé nos leva a “devolver a Deus o que é de Deus”, ou 
seja, a reconhecer que somente ele e seu Filho Jesus são o 
Senhor de nossas vidas e da humanidade como um todo. 
2. Celebramos comunitariamente a fé, cujo fruto maduro 
são relações de amor e fraternidade, projetando nossa cami-nhada 
na esperança rumo ao horizonte de nossa história. 
II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS 
1ª leitura (Is 45,1.4-6): Deus é o Senhor da história 
3. Um profeta anônimo, que costumamos chamar de Se-gundo- 
Isaías (Is 40-55), encontra-se junto aos exilados em 
Babilônia a fim de devolver-lhes esperança no Deus que liber-ta 
e dá vida. O que lemos na liturgia deste domingo pertence a 
um oráculo de investidura real. Mas não se trata de nenhum rei 
de Israel. Pelo contrário, o profeta está falando de Ciro, que 
governou os persas de 557 a 529 a.C. No ano 538, depois de 
conquistar Babilônia, Ciro permitiu que os judeus voltassem à 
própria terra e começassem a reconstruir o Templo e a cidade 
de Jerusalém. 
4. O profeta vê nesses acontecimentos a mão de Deus agin-do 
na história do seu povo e da humanidade como um todo. 
Ciro é chamado “ungido de Javé” (v. 1a), expressão que se 
aplicava somente aos reis de Israel. Vencendo Babilônia e 
concedendo liberdade aos exilados, esse pagão está sendo 
instrumento escolhido por Deus para o estabelecimento da 
justiça na história (parafraseando o evangelho, está “devol-vendo 
a Deus o que é de Deus”). 
5. Deus escolheu um pagão para realizar a justiça na histó-ria, 
vencendo a nação opressora e concedendo liberdade aos 
prisioneiros: “Tomei-o pela mão direita, para que ele esmague 
as nações em sua presença e desarme completamente os reis, 
de modo que se abram para ele de par em par as portas, e os 
portões não lhe sejam trancados” (v. 1b). O v. 4 apresenta o 
motivo pelo qual Deus age assim: “Em razão a meu servo Jacó 
e a Israel, meu eleito”. O povo oprimido é o centro da atenção 
de Deus, mas não seu limite. De fato, para exercer a justiça na 
história Deus pode se servir de quem não pertence ao povo 
escolhido. No exílio não havia Templo, nem religião oficial, 
nem instituição. Isso contudo não era impedimento para que 
Deus atuasse seu projeto de liberdade, mesmo que para isso 
tivesse que chamar de “ungido” (messias) a um pagão que não 
o conhecia (cf. vv. 4.5). 
6. Os vv. 4-5 são uma espécie de rito de investidura: temos 
aí o chamado (“eu te chamei por teu nome”), o título (“dei-te 
um título honroso”) e a entrega das insígnias reais (“eu te dei o 
poder real”). Mas o poder político é simples instrumento de 
Deus para a realização da justiça na história. De fato, os vv. 4- 
5 trazem duas vezes a expressão “embora não me conheces-ses”, 
e encontramos também duas vezes a expressão “eu sou o 
Senhor” (vv. 5.6). A ignorância de Ciro contrasta com o proje-to 
calculado de Javé, e o poder do rei dos persas submete-se a 
Javé, o único Deus verdadeiro capaz de fazer justiça na histó-ria. 
Evangelho (Mt 22,15-21): Deus é o único Senhor da histó-ria 
e das pessoas 
7. O conflito entre o Mestre da Justiça e as lideranças injus-tas 
chega ao ponto máximo. Os que mantêm a sociedade injus-ta 
(no evangelho de hoje são os fariseus e os do partido de 
Herodes) põem cerco em torno de Jesus com o objetivo de 
apanhá-lo nas palavras (v. 15) para, em seguida, ter como 
condená-lo. Desse confronto descobrimos quem é quem diante 
do Mestre da Justiça, pois, mediante parábolas e debates, Jesus 
vai mostrando a sentença que pesa sobre os que dão sustenta-ção 
à sociedade fundada na injustiça. 
8. Os fariseus são muito espertos e não querem se expor 
diretamente. Por isso instruem seus discípulos que, junto com 
alguns do partido de Herodes, propõem a Jesus a questão da 
liceidade do imposto ao imperador. 
9. Sabemos que os do partido de Herodes apoiavam a do-minação 
dos romanos na Palestina. Os fariseus, por sua vez, 
ficavam em cima do muro, pois haviam encontrado uma saída 
acomodada: somos dominados, mas isso não impede que con-tinuemos 
sendo fiéis a Deus, pois temos uma Lei, e se formos 
fiéis a ela estaremos sendo fiéis a Deus. 
10. Esse grupo heterogêneo se apresenta a Jesus elogiando-lhe 
a fidelidade na interpretação da Lei e a liberdade com que 
age em relação às pessoas: “Mestre, sabemos que és verdadei-ro 
e que, de fato, ensinas o caminho de Deus. Não te deixas 
influenciar pela opinião dos outros, pois não julgas um homem 
pelas aparências” (v. 16b). O elogio revela uma verdade, em-bora 
tenha sido feito com a intenção de apanhar Jesus em 
alguma palavra. 
11. Os discípulos dos fariseus e os do partido de Herodes 
querem um conselho autorizado de Jesus a respeito do imposto 
cobrado pelos dominadores: “Dize-nos, pois, o que pensas: É 
lícito ou não pagar imposto a César?” (v. 17). 
12. O imposto, ou tributo, era o maior sinal de dominação. 
Os que mantêm a sociedade injusta montaram contra o Mestre 
da Justiça uma armadilha quase infalível: se Jesus responder 
que se deve pagar o imposto cobrado pelo imperador, estará 
traindo as expectativas populares por liberdade e vida e legi-timando, 
por aquilo que havia de mais sagrado, a opressão. Se 
ele afirmar que não se deve pagar, certamente será preso e 
condenado como subversivo da “paz romana”. 
13. Jesus responde em dois momentos. Em primeiro lugar, 
desmascara a falsidade dos discípulos dos fariseus e dos parti-dários 
de Herodes: “Ele percebeu a maldade deles e disse: 
‘Hipócritas! Por que me preparam uma armadilha?’ ” (v. 18). 
“Preparar uma armadilha”, em grego, se diz peirazein. É a 
mesma palavra que Mateus usa para falar das ações do diabo 
quando tenta Jesus no deserto (cf. 4,1). Jesus não pode esperar 
outra coisa dos que sustentam uma sociedade injusta senão 
ações que, apesar de maquiladas com verniz de religião, são 
expressão da própria ação do diabo. 
14. Em seguida, Jesus pede que lhe mostrem uma moeda do 
imposto (v. 19). Interrogados, os que pretendiam armar uma 
cilada ao Mestre da Justiça caem na contradição ao reconhece-rem 
que o dono daquela moeda é o imperador (v. 21a). O 
judeu piedoso tinha horror disso, pois a moeda trazia o rosto
de César com seus títulos divinos. A imagem do imperador 
nas moedas transgredia o primeiro mandamento, assim descri-to 
em Ex 20,4: “Não faça para você ídolos, nenhuma represen-tação 
daquilo que existe no céu e na terra, ou nas águas que 
estão debaixo da terra” (cf. também Dt 6,4: “Ouça, Israel! Javé 
nosso Deus é o único Javé”). Não sabemos se foi coincidência, 
mas os adversários de Jesus tinham uma moeda, sinal de que 
estavam comprometidos com o sistema… 
15. Jesus não aprova a dominação do imperador sobre o 
povo. E pede que “devolvam a César o que é de César, e de-volvam 
a Deus o que é de Deus” (v. 21b). Os adversários de 
Jesus perguntam se é lícito pagar. O Mestre da Justiça respon-de 
que é preciso devolver (o verbo devolver traduz melhor o 
sentido do que o verbo dar) a cada um o que lhe pertence. O 
povo pertence a Deus, pois o ser humano foi feito à sua ima-gem 
e semelhança (cf. Gn 1,27). Só Deus pode ser considera-do 
Senhor das pessoas e do mundo, e ninguém mais, pois em 
cada um foi estampada a imagem do Deus da liberdade e da 
vida. 
16. Os que mantêm a sociedade injusta crêem que é possível 
ser fiel a Deus conservando-se ligados a um sistema que opri-me. 
E por meio de pretextos tentam legitimar suas posições. 
Querem saber do Mestre da Justiça se é lícito ou não pagar. 
Ele, porém, responde que é necessário não só deixar de pagar, 
mas também sair da dependência econômica. Se os que susten-tam 
a sociedade injusta não reconhecerem o imperador como 
senhor, não terão necessidade de lhe pagar tributos. 
17. Com certeza aquela moeda não apareceu por acaso. Os 
fariseus e partidários de Herodes estavam comprometidos com 
o sistema opressor e dele se beneficiavam. Era-lhes vantajoso 
o povo continuar dependente do poder romano. Em nome de 
Deus legitimavam a exploração econômica do povo por sabe-rem 
tirar vantagens disso. “Quando forem capazes de renunci-ar 
a esse dinheiro e à riqueza de que estão interessados, então 
poderão ser fiéis a Deus, a quem devem devolver o povo que 
lhe roubaram” (J. Mateos-F. Camacho). 
18. Disso tudo deduzimos que a opressão dos romanos sobre 
o povo judeu não se faz sem a colaboração dos dirigentes 
apegados à ambição e ganância pelo lucro fácil. E por isso 
pesa sobre eles o julgamento de Deus. Portanto, o que signifi-ca 
seguir o Mestre da Justiça numa sociedade onde poucos 
dominam e mantêm cativa a maioria do povo? “Cristão é a-quele 
que denuncia todo regime, pessoa ou estrutura que im-pede 
ao homem ser ele próprio, isto é, ‘imagem de Deus’ na 
liberdade e na justiça” (G. Ravasi). Devolver a César o que é 
de César é, portanto, dizer não a todo poder que se absolutiza, 
gerando exploração e dominação. E devolver a Deus o que é 
de Deus é lutar para que todos tenham liberdade e vida, sejam 
quais forem as formas de dominação e de morte. 
2ª leitura (1Ts 1,1-5): Povo organizado em torno de Deus 
Pai e do Senhor Jesus Cristo 
19. 1Ts é o primeiro livro escrito do Novo Testamento. A 
carta foi escrita por Paulo com a colaboração de Silvano e 
Timóteo na cidade de Corinto em torno do ano 51 da nossa 
era. Paulo teve que fugir de Tessalônica para salvar a própria 
vida. Pouco tempo depois, enviou para lá Timóteo a fim de 
saber como estavam os que haviam abraçado o Evangelho por 
ele anunciado. Timóteo voltou com boas notícias e isso levou 
Paulo a escrever o primeiro texto do Novo Testamento. 
20. Os tessalonicenses são chamados de Igreja, e essa pala-vra 
significa uma comunidade organizada e unida em torno de 
objetivos claros e de lutas específicas. De fato, estudos recen-tes 
afirmam que a maioria dos fiéis de Tessalônica eram pes-soas 
empobrecidas e exploradas. O Evangelho é, para eles, a 
boa notícia da libertação em Jesus Cristo. 
21. A comunidade de Tessalônica se organizou a partir da 
catequese fundamental de Paulo e seus companheiros. O cen-tro 
de sua organização é o projeto de Deus manifestado na 
pessoa de Jesus morto e ressuscitado. É por isso que Paulo 
chama os tessalonicenses de “Igreja em Deus Pai e no Senhor 
Jesus Cristo”, desejando-lhes graça e paz, isto é, a plenitude da 
presença de Deus que gera vida em abundância para o povo (v. 
1). Os líderes dessa comunidade que gera o novo na história 
são o Pai e Jesus, proclamado Senhor, em oposição a César, 
que se faz passar por Deus. 
22. Os versículos seguintes (2-4) fazem parte de uma ação de 
graças. É o modo como Paulo começa a maioria de suas car-tas. 
Descobrimos que ele agradece a Deus a fé, o amor e a 
esperança dos tessalonicenses. Encontramos aí a síntese da 
vida cristã. Em primeiro lugar a fé que é, fundamentalmente, a 
adesão a Jesus morto e ressuscitado. A seguir vem o amor 
(caridade) que é a forma como a fé se traduz na vida de uma 
comunidade: ela gera novas relações entre as pessoas, e essas 
relações têm como eixo o amor que transforma a realidade. 
Por fim vem a esperança, que não fecha a comunidade em si 
mesma; pelo contrário, projeta-a no horizonte da história, ao 
encontro da realização plena do projeto de Deus. A esperança 
é a mística que anima a caminhada dos tessalonicenses e de 
todas as comunidades. 
23. O último versículo da leitura deste domingo (v. 5) fala da 
presença do Espírito que anima a catequese e o progresso da 
evangelização. Se levarmos em conta o que nos relatam os 
Atos dos Apóstolos, Paulo e Silvano chegaram a Tessalônica 
com as marcas das torturas sofridas em Filipos. O que levou os 
tessalonicenses a acreditar nas palavras de pessoas que se 
apresentam dessa forma? Para Paulo, é evidente que o Espírito 
Santo vai conduzindo a evangelização, sensibilizando as pes-soas 
e dando credibilidade à palavra de quem, à primeira vista, 
não merecia consideração. É o Espírito quem dá força e confe-re 
eficácia ao Evangelho. 
III. PISTAS PARA REFLEXÃO 
24. Deus é o único Senhor da história e das pessoas, e se serve de pessoas para criar uma sociedade onde 
todos possam ter liberdade e vida (cf. 1ª leitura, (Is 45,1.4-6). Ele não quer opressões, pois o ser humano foi 
feito à sua imagem e semelhança (cf. evangelho, Mt 22,15-21). “Cristão é aquele que denuncia todo regi-me, 
pessoa ou estrutura que impede ao homem ser ele próprio, isto é, ‘imagem de Deus’ na liberdade e na 
justiça”. O que significa, hoje, “devolver a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”? 
25. Ser Igreja é ser povo organizado e unido em torno de objetivos claros e lutas específicas (cf. 2ª leitura, 
1Ts 1,1-5). Quais são as realidades que exigem organização e luta? Cremos que Deus Pai, Jesus e o Espíri-to 
Santo caminham conosco sustentando nossa esperança? Em que consiste a nossa missão de cristãos no 
mundo atual? Já conseguimos traduzir a fé em atos de amor?

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Comentário: 29° Domingo do Tempo Comum - Ano A

  • 1. DEUS É O ÚNICO SENHOR DA HISTÓRIA E DAS PESSOAS Pe. José Bortoline – Roteiros Homiléticos Anos A, B, C Festas e Solenidades - Paulos, 2007 * LIÇÃO DA SÉRIE: LECIONÁRIO DOMINICAL * ANO: A – TEMPO LITÚRGICO: 29° DOMINGO TEMPO COMUM – COR: VERDE I. INTRODUÇÃO GERAL 1. “Creio em Deus Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra, e em Jesus Cristo… nosso Senhor… Creio no Espírito Santo”. Essa profissão de fé assume, neste dia, dimensões concretas nas lutas das comunidades. Nossa fé nos leva a “de-volver a César o que é de César”, isto é, a não admitirmos nenhum tipo de dominação, pois o Deus em quem acreditamos é o Deus da história que quer liberdade e vida para todos. Nossa fé nos leva a “devolver a Deus o que é de Deus”, ou seja, a reconhecer que somente ele e seu Filho Jesus são o Senhor de nossas vidas e da humanidade como um todo. 2. Celebramos comunitariamente a fé, cujo fruto maduro são relações de amor e fraternidade, projetando nossa cami-nhada na esperança rumo ao horizonte de nossa história. II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS 1ª leitura (Is 45,1.4-6): Deus é o Senhor da história 3. Um profeta anônimo, que costumamos chamar de Se-gundo- Isaías (Is 40-55), encontra-se junto aos exilados em Babilônia a fim de devolver-lhes esperança no Deus que liber-ta e dá vida. O que lemos na liturgia deste domingo pertence a um oráculo de investidura real. Mas não se trata de nenhum rei de Israel. Pelo contrário, o profeta está falando de Ciro, que governou os persas de 557 a 529 a.C. No ano 538, depois de conquistar Babilônia, Ciro permitiu que os judeus voltassem à própria terra e começassem a reconstruir o Templo e a cidade de Jerusalém. 4. O profeta vê nesses acontecimentos a mão de Deus agin-do na história do seu povo e da humanidade como um todo. Ciro é chamado “ungido de Javé” (v. 1a), expressão que se aplicava somente aos reis de Israel. Vencendo Babilônia e concedendo liberdade aos exilados, esse pagão está sendo instrumento escolhido por Deus para o estabelecimento da justiça na história (parafraseando o evangelho, está “devol-vendo a Deus o que é de Deus”). 5. Deus escolheu um pagão para realizar a justiça na histó-ria, vencendo a nação opressora e concedendo liberdade aos prisioneiros: “Tomei-o pela mão direita, para que ele esmague as nações em sua presença e desarme completamente os reis, de modo que se abram para ele de par em par as portas, e os portões não lhe sejam trancados” (v. 1b). O v. 4 apresenta o motivo pelo qual Deus age assim: “Em razão a meu servo Jacó e a Israel, meu eleito”. O povo oprimido é o centro da atenção de Deus, mas não seu limite. De fato, para exercer a justiça na história Deus pode se servir de quem não pertence ao povo escolhido. No exílio não havia Templo, nem religião oficial, nem instituição. Isso contudo não era impedimento para que Deus atuasse seu projeto de liberdade, mesmo que para isso tivesse que chamar de “ungido” (messias) a um pagão que não o conhecia (cf. vv. 4.5). 6. Os vv. 4-5 são uma espécie de rito de investidura: temos aí o chamado (“eu te chamei por teu nome”), o título (“dei-te um título honroso”) e a entrega das insígnias reais (“eu te dei o poder real”). Mas o poder político é simples instrumento de Deus para a realização da justiça na história. De fato, os vv. 4- 5 trazem duas vezes a expressão “embora não me conheces-ses”, e encontramos também duas vezes a expressão “eu sou o Senhor” (vv. 5.6). A ignorância de Ciro contrasta com o proje-to calculado de Javé, e o poder do rei dos persas submete-se a Javé, o único Deus verdadeiro capaz de fazer justiça na histó-ria. Evangelho (Mt 22,15-21): Deus é o único Senhor da histó-ria e das pessoas 7. O conflito entre o Mestre da Justiça e as lideranças injus-tas chega ao ponto máximo. Os que mantêm a sociedade injus-ta (no evangelho de hoje são os fariseus e os do partido de Herodes) põem cerco em torno de Jesus com o objetivo de apanhá-lo nas palavras (v. 15) para, em seguida, ter como condená-lo. Desse confronto descobrimos quem é quem diante do Mestre da Justiça, pois, mediante parábolas e debates, Jesus vai mostrando a sentença que pesa sobre os que dão sustenta-ção à sociedade fundada na injustiça. 8. Os fariseus são muito espertos e não querem se expor diretamente. Por isso instruem seus discípulos que, junto com alguns do partido de Herodes, propõem a Jesus a questão da liceidade do imposto ao imperador. 9. Sabemos que os do partido de Herodes apoiavam a do-minação dos romanos na Palestina. Os fariseus, por sua vez, ficavam em cima do muro, pois haviam encontrado uma saída acomodada: somos dominados, mas isso não impede que con-tinuemos sendo fiéis a Deus, pois temos uma Lei, e se formos fiéis a ela estaremos sendo fiéis a Deus. 10. Esse grupo heterogêneo se apresenta a Jesus elogiando-lhe a fidelidade na interpretação da Lei e a liberdade com que age em relação às pessoas: “Mestre, sabemos que és verdadei-ro e que, de fato, ensinas o caminho de Deus. Não te deixas influenciar pela opinião dos outros, pois não julgas um homem pelas aparências” (v. 16b). O elogio revela uma verdade, em-bora tenha sido feito com a intenção de apanhar Jesus em alguma palavra. 11. Os discípulos dos fariseus e os do partido de Herodes querem um conselho autorizado de Jesus a respeito do imposto cobrado pelos dominadores: “Dize-nos, pois, o que pensas: É lícito ou não pagar imposto a César?” (v. 17). 12. O imposto, ou tributo, era o maior sinal de dominação. Os que mantêm a sociedade injusta montaram contra o Mestre da Justiça uma armadilha quase infalível: se Jesus responder que se deve pagar o imposto cobrado pelo imperador, estará traindo as expectativas populares por liberdade e vida e legi-timando, por aquilo que havia de mais sagrado, a opressão. Se ele afirmar que não se deve pagar, certamente será preso e condenado como subversivo da “paz romana”. 13. Jesus responde em dois momentos. Em primeiro lugar, desmascara a falsidade dos discípulos dos fariseus e dos parti-dários de Herodes: “Ele percebeu a maldade deles e disse: ‘Hipócritas! Por que me preparam uma armadilha?’ ” (v. 18). “Preparar uma armadilha”, em grego, se diz peirazein. É a mesma palavra que Mateus usa para falar das ações do diabo quando tenta Jesus no deserto (cf. 4,1). Jesus não pode esperar outra coisa dos que sustentam uma sociedade injusta senão ações que, apesar de maquiladas com verniz de religião, são expressão da própria ação do diabo. 14. Em seguida, Jesus pede que lhe mostrem uma moeda do imposto (v. 19). Interrogados, os que pretendiam armar uma cilada ao Mestre da Justiça caem na contradição ao reconhece-rem que o dono daquela moeda é o imperador (v. 21a). O judeu piedoso tinha horror disso, pois a moeda trazia o rosto
  • 2. de César com seus títulos divinos. A imagem do imperador nas moedas transgredia o primeiro mandamento, assim descri-to em Ex 20,4: “Não faça para você ídolos, nenhuma represen-tação daquilo que existe no céu e na terra, ou nas águas que estão debaixo da terra” (cf. também Dt 6,4: “Ouça, Israel! Javé nosso Deus é o único Javé”). Não sabemos se foi coincidência, mas os adversários de Jesus tinham uma moeda, sinal de que estavam comprometidos com o sistema… 15. Jesus não aprova a dominação do imperador sobre o povo. E pede que “devolvam a César o que é de César, e de-volvam a Deus o que é de Deus” (v. 21b). Os adversários de Jesus perguntam se é lícito pagar. O Mestre da Justiça respon-de que é preciso devolver (o verbo devolver traduz melhor o sentido do que o verbo dar) a cada um o que lhe pertence. O povo pertence a Deus, pois o ser humano foi feito à sua ima-gem e semelhança (cf. Gn 1,27). Só Deus pode ser considera-do Senhor das pessoas e do mundo, e ninguém mais, pois em cada um foi estampada a imagem do Deus da liberdade e da vida. 16. Os que mantêm a sociedade injusta crêem que é possível ser fiel a Deus conservando-se ligados a um sistema que opri-me. E por meio de pretextos tentam legitimar suas posições. Querem saber do Mestre da Justiça se é lícito ou não pagar. Ele, porém, responde que é necessário não só deixar de pagar, mas também sair da dependência econômica. Se os que susten-tam a sociedade injusta não reconhecerem o imperador como senhor, não terão necessidade de lhe pagar tributos. 17. Com certeza aquela moeda não apareceu por acaso. Os fariseus e partidários de Herodes estavam comprometidos com o sistema opressor e dele se beneficiavam. Era-lhes vantajoso o povo continuar dependente do poder romano. Em nome de Deus legitimavam a exploração econômica do povo por sabe-rem tirar vantagens disso. “Quando forem capazes de renunci-ar a esse dinheiro e à riqueza de que estão interessados, então poderão ser fiéis a Deus, a quem devem devolver o povo que lhe roubaram” (J. Mateos-F. Camacho). 18. Disso tudo deduzimos que a opressão dos romanos sobre o povo judeu não se faz sem a colaboração dos dirigentes apegados à ambição e ganância pelo lucro fácil. E por isso pesa sobre eles o julgamento de Deus. Portanto, o que signifi-ca seguir o Mestre da Justiça numa sociedade onde poucos dominam e mantêm cativa a maioria do povo? “Cristão é a-quele que denuncia todo regime, pessoa ou estrutura que im-pede ao homem ser ele próprio, isto é, ‘imagem de Deus’ na liberdade e na justiça” (G. Ravasi). Devolver a César o que é de César é, portanto, dizer não a todo poder que se absolutiza, gerando exploração e dominação. E devolver a Deus o que é de Deus é lutar para que todos tenham liberdade e vida, sejam quais forem as formas de dominação e de morte. 2ª leitura (1Ts 1,1-5): Povo organizado em torno de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo 19. 1Ts é o primeiro livro escrito do Novo Testamento. A carta foi escrita por Paulo com a colaboração de Silvano e Timóteo na cidade de Corinto em torno do ano 51 da nossa era. Paulo teve que fugir de Tessalônica para salvar a própria vida. Pouco tempo depois, enviou para lá Timóteo a fim de saber como estavam os que haviam abraçado o Evangelho por ele anunciado. Timóteo voltou com boas notícias e isso levou Paulo a escrever o primeiro texto do Novo Testamento. 20. Os tessalonicenses são chamados de Igreja, e essa pala-vra significa uma comunidade organizada e unida em torno de objetivos claros e de lutas específicas. De fato, estudos recen-tes afirmam que a maioria dos fiéis de Tessalônica eram pes-soas empobrecidas e exploradas. O Evangelho é, para eles, a boa notícia da libertação em Jesus Cristo. 21. A comunidade de Tessalônica se organizou a partir da catequese fundamental de Paulo e seus companheiros. O cen-tro de sua organização é o projeto de Deus manifestado na pessoa de Jesus morto e ressuscitado. É por isso que Paulo chama os tessalonicenses de “Igreja em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo”, desejando-lhes graça e paz, isto é, a plenitude da presença de Deus que gera vida em abundância para o povo (v. 1). Os líderes dessa comunidade que gera o novo na história são o Pai e Jesus, proclamado Senhor, em oposição a César, que se faz passar por Deus. 22. Os versículos seguintes (2-4) fazem parte de uma ação de graças. É o modo como Paulo começa a maioria de suas car-tas. Descobrimos que ele agradece a Deus a fé, o amor e a esperança dos tessalonicenses. Encontramos aí a síntese da vida cristã. Em primeiro lugar a fé que é, fundamentalmente, a adesão a Jesus morto e ressuscitado. A seguir vem o amor (caridade) que é a forma como a fé se traduz na vida de uma comunidade: ela gera novas relações entre as pessoas, e essas relações têm como eixo o amor que transforma a realidade. Por fim vem a esperança, que não fecha a comunidade em si mesma; pelo contrário, projeta-a no horizonte da história, ao encontro da realização plena do projeto de Deus. A esperança é a mística que anima a caminhada dos tessalonicenses e de todas as comunidades. 23. O último versículo da leitura deste domingo (v. 5) fala da presença do Espírito que anima a catequese e o progresso da evangelização. Se levarmos em conta o que nos relatam os Atos dos Apóstolos, Paulo e Silvano chegaram a Tessalônica com as marcas das torturas sofridas em Filipos. O que levou os tessalonicenses a acreditar nas palavras de pessoas que se apresentam dessa forma? Para Paulo, é evidente que o Espírito Santo vai conduzindo a evangelização, sensibilizando as pes-soas e dando credibilidade à palavra de quem, à primeira vista, não merecia consideração. É o Espírito quem dá força e confe-re eficácia ao Evangelho. III. PISTAS PARA REFLEXÃO 24. Deus é o único Senhor da história e das pessoas, e se serve de pessoas para criar uma sociedade onde todos possam ter liberdade e vida (cf. 1ª leitura, (Is 45,1.4-6). Ele não quer opressões, pois o ser humano foi feito à sua imagem e semelhança (cf. evangelho, Mt 22,15-21). “Cristão é aquele que denuncia todo regi-me, pessoa ou estrutura que impede ao homem ser ele próprio, isto é, ‘imagem de Deus’ na liberdade e na justiça”. O que significa, hoje, “devolver a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”? 25. Ser Igreja é ser povo organizado e unido em torno de objetivos claros e lutas específicas (cf. 2ª leitura, 1Ts 1,1-5). Quais são as realidades que exigem organização e luta? Cremos que Deus Pai, Jesus e o Espíri-to Santo caminham conosco sustentando nossa esperança? Em que consiste a nossa missão de cristãos no mundo atual? Já conseguimos traduzir a fé em atos de amor?