1. 25/03/2012
A Aurora do Humano
Prof. Jorge Miklos
Março/2012
• UNIVERSO: 7 BILHÕES DE ANOS
• TERRA: 5 BILHÕES DE ANOS
• VIDA: 2 BILHÕES E MEIO
• VERTEBRADOS: 600 MILHÕES DE ANOS
• RÉPTEIS: 300 MILHÕES DE ANOS
• MAMÍFEROS: 200 MILHÕES DE ANOS
• ANTROPÓIDES: 10 MILHÕES DE ANOS
• HOMINÍDEOS: 4 MILHÕES DE ANOS
• HOMO SAPIENS: 100.000 A 50.000 ANOS
• CIVILIZAÇÃO: 10.000 ANOS
• FILOSOFIA: 2.500 ANOS
• CIÊNCIA: 500 ANOS
História Natural, História Social
• O animal homem
• Ponto de vista Natural: o ser humano é
inadequado
• Do ponto de vista cultural: o mais poderoso
de todos os animais
• Na história humana no lugar de pêlos,
garras,presas, e instintos os seres humanos
usam roupas, ferramentas, armas.
1
2. 25/03/2012
História Natural, História Social
• Principal questão:
• Como nos tornamos humanos,como
evoluímos ou involuímos até chegar
as sociedades complexas que temos
hoje?
Criacionismo
Os Mitos de Criação
2
3. 25/03/2012
Evolucionismo
• Foi a partir de Darwin,
criador de uma
sofisticada teoria
evolucionista e de
escavações e
descobertas de fósseis
que começou-se a
responder às questões
do tipo como nos
tornamos humanos e
como evoluímos.
Transformações
• O grande mérito de
Darwin foi o de ter
desafiado a visão
religiosa e rompido
com a teoria
Criacionista que
defendia que todas as
espécies foram criadas
por Deus, e
permaneciam imutáveis
no decorrer do tempo.
Viagem de Circunavegação
1831-1836
• Darwin por meio de
pesquisas, observações
a viagens adquiriu a
convicção que as
espécies seriam
passíveis de
transformações.
• Darwin defendia a
Seleção Natural.
3
4. 25/03/2012
Seleção Natural
• A teoria da seleção natural está baseada na idéia da
competição entres os seres vivos diferentes por
alimento e na reprodução dos mais aptos e por
conseguinte na não reprodução dos menos aptos.
• O grupo mais nutrido torna-se dominante e com
mais chances de se reproduzir.
• De alguma forma a teoria darwinista reflete o que
aconteceu com nossos ancestrais.
Marx e Darwin
• Marx quis dedicar a Darwin
a versão inglesa de sua
grande obra, O capital, mas
Darwin não aceitou.
Quando Marx morreu, um
ano depois de Darwin, seu
amigo Friedrich Engels
disse: “Assim como Darwin
descobriu a lei da evolução
da natureza orgânica, Marx
descobriu a lei da evolução
da história humana”.
Como Marx compreende o trabalho, consequentemente,
desvelando a relação homem—natureza:
• O trabalho é, em primeiro lugar, um processo
de que participam igualmente o homem e a
natureza, e no qual o homem
espontâneamente inicia, regula e controla as
relações materiais entre si próprio e a
natureza.
4
5. 25/03/2012
Como Marx compreende o trabalho,
consequentemente, desvelando a relação homem—
natureza:
• Ele se opõe à natureza como uma de suas próprias
forças, pondo em movimento braços e pernas, as
forças naturais de seu corpo, a fim de apropriar-se
das produções da natureza de forma ajustada a suas
próprias necessidades. Pois, atuando assim sobre o
mundo exterior e modificando-o, ao mesmo tempo
ele modifica a sua própria natureza. Ele desenvolve
seus poderes inativos e compele-os a agir em
obediência à sua própria autoridade.
Como Marx compreende o trabalho,
consequentemente, desvelando a relação homem—
natureza:
• Não estamos lidando agora com aquelas
formas primitivas de trabalho que nos
recordam apenas o mero animal. Um intervalo
de tempo imensurável separa o estado de
coisas em que o homem leva a força de seu
trabalho humano ainda se encontrava em sua
etapa instintiva inicial. Pressupomos o
trabalho em uma forma que caracteriza como
exclusivamente humano.
Como Marx compreende o trabalho, consequentemente,
desvelando a relação homem—natureza:
• Uma aranha leva a cabo operações que
lembram as de um tecelão, e uma abelha
deixa envergonhados muitos arquitetos na
construção de suas colmeias. Mas o que
distingue o pior arquiteto da melhor das
abelhas é que o arquiteto ergue a construção
em sua mente antes de a erguer na
realidade.
5
6. 25/03/2012
Naturalismo
• Marx havia dito que a consciência humana era
um produto da base material (confronto
Homem X Natureza) de uma sociedade.
• Darwin mostrou que o homem era o produto
de uma longa evolução biológica.
• Freud deixou claro que as ações dos homens
freqüentemente são devidas a certos impulsos
ou instintos “animais”, próprios de sua
natureza.
Controvérsias
• Em 1859 foi a data de publicação
da Origem das Espécies, sendo
colocada a primeira dúvida do
papel de Deus na criação do
mundo, como consta no Livro do
Gênesis. Uma guerra se inicia
contra tal teoria. Até mesmo o
primeiro professor a lecionar o
evolucionismo nos EUA foi preso
e multado. A palavra que
afirmava sobre a existência de
cada um devia-se a um milagre
divino, era mantida. Mas tratava
de estudos científicos, e não á um
“ataque” à religião.
Posição oficial da I. Católica
• Em 1998 o papa João Paulo II aceitou
oficialmente, em nome da Igreja, a Teoria da
Evolução, identificada hoje ao nome de
Charles Darwin.
• O papa não mais considera a Evolução com
uma mera hipótese, mas como um postulado
científico incontrovertido.
• Encíclica Fides et Ratio
6
7. 25/03/2012
Fides et Ratio
• “A fé e a razão (fides et ratio) constituem
como que as duas asas pelas quais o espírito
humano se eleva para a contemplação da
verdade. Foi Deus quem colocou no coração
do homem o desejo de conhecer a verdade e,
em última análise, de O conhecer a Ele, para
que, conhecendo-O e amando-O, possa
chegar também à verdade plena sobre si
próprio.”
História Natural, História Social
• Ramapithecus – o patriarca
• 12 milhões de anos
• Viviam em florestas - árvores
• Afastaram-se das árvores e foram viver em
savanas
• Bípedes
• Pisaragarrar
• Postura ereta - liberar as mãos
• Utilizavam pedras e pedaços de pau
7
8. 25/03/2012
História Natural, História Social
• 3 milhões de anos
– Australopithecus africanus
– Australopithecus bolsei
– Homo habilis
Australopithecus africanus
Australopithecus africanus
8
10. 25/03/2012
Homo habilis
Homo habilis
História Natural, História Social
• Por que a linha Homo obteve sucesso e a
linhagem Australopithecus desapareceu?
• Não há resposta
?
10
11. 25/03/2012
História Natural, História Social
• 1 milhão de anos
• Descendente do Homo habilis
• Homo erectus
• Marcha – da África para a Ásia e Europa
Homo erectus
Homo erectus
11
12. 25/03/2012
A aventura humana
• O que o fez sair da África?
• Questão antropológica e filosófica
A aventura humana
• O Homo erectus que saiu da África oriental
não será, com certeza um telespectador
padrão de Silvio Santos.
• Viver para ele era ousar, ousadia própria.
• Simone de Beauvoir em Todos os homens são
mortais demonstra que a consciência da
morte não deve ser uma limitação à vida, mas
sua própria razão de ser
A aventura humana
• Nossos ancestrais não leram Simone de
Beauvoir, mas não estavam dispostos a perder
a vida pensando nos seus riscos
• Saíram para a aventura humana, a própria
razão de ser da vida.
• Vida perecível – vida com intensidade.
12
13. 25/03/2012
A aventura humana
• Sugestão de leituras:
• Tempo de Transcendência: O Ser Humano
como um Projeto Infinito de Leonardo Boff.
• A Alma Imoral – de Nilton Bonder
Caçadores e Coletores
• Perigos do etnocentrismo e do eurocentrismo
• O Homo erectus:
• Homo neanderthalensis
– Desapareceu 30 mil anos
• Homo sapiens sapiens
• 30 mil anos
• Domínio do Fogo
LINGUAGENS
SISTEMAS E CÓDIGOS DE
COMUNICAÇÃO SOCIAL
REPRRESENTAÇÕES
13
14. 25/03/2012
LOCUS
Caverna de ALTAMIRA, Espanha,
quase uma centena de desenhos
feitos a 14.000 anos, foram os
primeiros desenhos descobertos,
em 1868. Sua autenticidade,
porém, só foi reconhecida em
1902.
http://museodealtamira.mcu.es/
Caverna de LASCAUX, França, suas pinturas
foram achadas em 1942, têm 17.000 anos. A
cor preta, por exemplo, contém carvão moído
e dióxido de manganês.
http://www.lascaux.culture.fr/
Caverna de CHAUVET, França, há ursos,
panteras, cavalos, mamutes, hienas, dezenas
de rinocerontes peludos e animais diversos,
descoberta em 1994.
http://www.culture.gouv.fr/culture/arcnat/chau
vet/fr/
14
15. 25/03/2012
PARQUE NACIONAL SERRA DA CAPIVARA -
Sudeste do Estado do Piauí, ocupando áreas
dos municípios de São Raimundo Nonato,
João Costa, Brejo do Piauí e Coronel José Dias.
Nessa região encontra-se uma densa
concentração de sítios arqueológicos, a
maioria com pinturas e gravuras rupestres.
http://www.fumdham.org.br/parque.asp
Pinturas Rupestres
ALTAMIRA
15
16. 25/03/2012
Pinturas Rupestres
ALTAMIRA
Este costume de se exprimir
graficamente é uma manifestação do
sistema de comunicação social.
Pinturas Rupestres
ALTAMIRA
Como tal, a representação gráfica é
portadora de uma mensagem cujo
significado só pode ser compreendido no
contexto social no qual foi formulado.
Pinturas Rupestres - CHAUVET
Trata-se de uma verdadeira linguagem, na
qual o suporte material é composto por
elementos icônicos, cuja completa
significação perdeu-se definitivamente no
tempo por não conhecermos o código
social dos grupos que o fizeram.
16
17. 25/03/2012
Pinturas Rupestres - CHAUVET
Não podendo decifrar este código, resta
uma possibilidade de se conhecer mais
sobre os grupos étnicos da pré-história
através da identificação dos componentes
do sistema gráfico próprio de cada grupo e
de suas regras de funcionamento.
Pinturas Rupestres
CHAUVET
Efetivamente, cada grupo étnico possui um
sistema de comunicação gráfico diferente,
com características próprias.
Pinturas Rupestres - CHAUVET
Fica então excluída qualquer possibilidade
de interpretação de significados, pois toda
afirmação se situaria em um plano de
natureza conjectural.
17
23. 25/03/2012
Pinturas Rupestres
Parque Nacional Serra da Capivara
Pinturas Rupestres
Parque Nacional Serra da Capivara
Pinturas Rupestres
Parque Nacional Serra da Capivara
23
24. 25/03/2012
Pinturas Rupestres
Parque Nacional Serra da Capivara
Pinturas Rupestres
Parque Nacional Serra da Capivara
Pinturas Rupestres
Parque Nacional Serra da Capivara
24
25. 25/03/2012
Pinturas Rupestres
Parque Nacional Serra da Capivara
Pinturas Rupestres
Parque Nacional Serra da Capivara
Pinturas Rupestres
Parque Nacional Serra da Capivara
25
27. 25/03/2012
A experiência da grande arte é o
significado da existência humana.
Caçadores
e coletores
A reconstrução do passado
A reconstrução do passado
• Como refazer seus passos?
• Como recompor seu cotidiano, imaginar suas
práticas, conhecer seus valores?
• Como saber se esses homens viviam isolados ou em
grupos, formavam famílias, desenvolviam crenças?
• Como chegar a seres tão distantes no tempo,
considerando que só de poucos milênios para cá o
homem inventou a escrita?
27
28. 25/03/2012
A reconstrução do passado
• Cientistas e pensadores contemporâneos têm
tentado responder a essas questões através de,
basicamente, três formas, isoladas ou combinadas:
1. o raciocínio lógico e a teoria;
2. escavações e análise de vestígios;
3. observação de grupos contemporâneos que,
supostamente, tenham padrões de existência
semelhantes.
Etnocentrismo
• Durante muito tempo chegou-se a comparar o
homem "primitivo“ a uma criança, no sentido
de que sua mente era pré-lógica. Segundo
alguns, a lógica seria uma criação dos gregos,
momento de ruptura entre civilização e
barbárie...
Etnocentrismo
• Hoje, porém, quando questionamos as
conseqüências desse progresso, que
aparentemente tinha como meta a felicidade
humana, não podemos continuar repetindo a
mesma divisão.
28
29. 25/03/2012
Etnocentrismo
• Sabemos que riqueza técnica e progresso
material não representam, necessariamente,
garantia de riqueza espiritual ou artística, ou
de organização social.
• E que dizer da felicidade de seus membros,
objetivo final de qualquer grupo?
• Ou não será essa a meta das sociedades
humanas?
Etnocentrismo
• Será que a evolução da humanidade, em
termos materiais e de teorias, cada vez mais
sofisticadas, vem garantindo à grande massa
da humanidade uma boa qualidade de vida? E
mesmo entre aqueles que possuem
batedeiras e videocassete e moram em
apartamentos com sauna e guarita, vive-se
uma vida sem tensões e competitividade,
plena de paz, compreensão e solidariedade?
Etnocentrismo
• O perigo das grandes teorias é que, quando
confrontadas com fatos, tomam aparência de
dogmas de fé. Entre a teoria imaginada e fatos
comprovados, os místicos da ciência abstraia
decidem, sem dó: pior para os fatos; quem
mandou eles ousarem enfrentar nossa bela
concepção teórica?
29
30. 25/03/2012
Etnocentrismo
• De repente, os ocidentais "civilizados"
passaram a se perguntar a respeito dos
"primitivos".
Etnocentrismo
• Seriam eles tão primitivos assim? Em vista
dessas interrogações, cientistas resolveram
fazer observações sistemáticas, tanto em
grupos de primatas, como chimpanzés, gorilas
e gibões, como em algumas tribos que
sobrevivem como caçadoras-coletoras, forma
de existência que se pretende tenha sido
universal desde 1 milhão até pouco mais de
10 mil anos atrás.
Etnocentrismo
• O caso mais interessante talvez seja o dos
• pesquisadores da Universidade de Harvard em
uma comunidade dos !Kung, coletores-
caçadores que vivem no deserto de Calaari
entre Angola, Namíbia e Botsuana.
30
31. 25/03/2012
Etnocentrismo
• Por que o autor afirma que o estilo de vida
dos Kung não é inferior ao nosso, mas ao
contrário, revela um estilo de vida muito
positivo?
Etnocentrismo
• Etnocentrismo é um conceito antropológico,
segundo o qual a visão ou avaliação que um
indivíduo ou grupo de pessoas faz de um
grupo social diferente do seu é apenas
baseada nos valores, referências e padrões
adotados pelo grupo social ao qual o próprio
indivíduo ou grupo fazem parte.
Etnocentrismo
• Essa avaliação é, por definição,
preconceituosa, feita a partir de um ponto de
vista específico. Basicamente, encontramos
em tal posicionamento um grupo étnico
considerar-se como superior a outro. Do
ponto de vista intelectual, etnocentrismo é a
dificuldade de pensar a diferença, de ver o
mundo com os olhos dos outros.
31
32. 25/03/2012
Etnocentrismo
• O fato de que o ser humano vê o mundo
através de sua cultura tem como
consequência a propensão em considerar o
seu modo de vida como o mais correto e o
mais natural. Tal tendência, denomindada
etnocentrismo, é responsável em seus casos
extremos pela ocorrência de numerosos
conflitos sociais.
Etnocentrismo
• Não existem grupos superiores ou inferiores,
mas grupos diferentes. Um grupo pode ter
menor desenvolvimento tecnológico, se
comparado a outro mas, possivelmente, é
mais adaptado a determinado ambiente, além
de não possuir diversos problemas que esse
grupo "superior" possui.
Etnocentrismo
• A tendência do ser humano nas sociedades é
de repudiar ou negar tudo que lhe é diferente
ou não está de acordo com suas tendências,
costumes e hábitos. Na civilização grega, o
bárbaro, era o que "transgredia" toda a lei e
costumes da época; este termo é, portanto,
etimologicamente semelhante ao selvagem na
sociedade ocidental.
32
33. 25/03/2012
Recomendação
• O filme se passa na Austrália e
mostra um grupo de uma
multinacional que pretende explorar
o solo a procura de urânio. Mas o
impasse maior é de convencer os
aborígenes que lá vivem. A partir o
que vemos é o choque de cultura, o
raciocínio, o abismo enorme criado e
a natural prepotência do homem
branco. É um filme sobre as coisas
pequenas e simples que vão além de
qualquer ganância ou providência
que o dinheiro pode tomar.
Recomendação
Recomendação
33
34. 25/03/2012
A Revolução Agrícola
E o surgimento das civilizações
A Revolução Agrícola
• O período que abrange o aparecimento dos
primeiros hominídeos até a invenção da
escrita em torno de 3.500 a.C.,
convencionamos chamar de Pré- História.
Esse longo período está divido em duas fases:
• PALEOLÍTICO - (Inferior e Superior) 4.000.000
a.C. A 10.000 a.C.
• NEOLÍTICO - 10.000 a.C. A 3.500 a.C.
Neolítico - Revolução Agrícola
• Sobre o surgimento da agricultura - e seu uso
intensivo pelo homem - pode-se afirmar que
ocorreu, em tempos diferentes, no Oriente Próximo
(Egito e Mesopotâmia), na Ásia (Índia e China) e na
América (México e Peru).
34
35. 25/03/2012
Neolítico - Revolução Agrícola
• Além disso é preciso ressaltar que a passagem
da atividade coletora para a agrícola foi lenta
cujas raízes são multifatoriais, dependendo do
tempo e do espaço.
• Há quem afirme que a convivência entre a
agricultura e a coleta foi um fenômeno
comum durante muito tempo.
Neolítico - Revolução Agrícola
• Qual o impacto da Revolução Agrícola
para o homem?
• O primeiro desdobramento foi a gradual
sedentarização, isto é, a fixação dos
grupos humanos em locais apropriados.
Neolítico - Revolução Agrícola
• Locomovendo-se menos, usando mão de obra
numerosa para a agricultura e tendo um
maior suprimento alimentar, os homens
passam a se reproduzir mais, provocando o
primeiro grande crescimento demográfico
registrado na história
35
36. 25/03/2012
Neolítico - Revolução Agrícola
• Estima-se que no ano 8.000 a.C. a população
humana era de aproximadamente 10 milhões
e que, logo após a Revolução Agrícola, ela se
multiplicou indo para 300 milhões no primeiro
século da era cristã.
Neolítico - Revolução Agrícola
• Outro grande efeito da Revolução Neolítica foi
a domesticação de animais.
• Segundo a avaliação dos especialistas os
animais teriam se aproximado das primeiras
comunidades agrícolas em busca de alimentos
e proteção, transformando-se em atividade
complementar a agricultura.
Revolução Urbana
• Por volta de 6.000 a.C., alguns grupos
humanos descobriram a técnica de produção
de cerâmica pelo aquecimento da argila.
• Na mesma época aprenderam a converter
fibras naturais em fios e estes em tecidos.
• Aos poucos começaram a trabalhar com
metais para produzir instrumentos.
36
37. 25/03/2012
Revolução Urbana
• Os indivíduos que trabalhavam com cerâmica,
metais e tecelagem tornaram-se artesãos.
Eram os primeiros sinais de mais uma divisão
social do trabalho (antes apenas entre
homens e mulheres).
Revolução Urbana
• A diversidade na produção, a especialização
do trabalho e as novas funções na sociedade
contribuíram para que algumas comunidades
de agricultores se transformassem em vilas e
cidades, constituindo o que alguns
historiadores chamaram de Revolução
Urbana.
Revolução Urbana
• Em geral, as vilas desenvolveram-se em
regiões onde os solos eram férteis e propícios
à agricultura.
• Elas tinham inúmeras funções.
• Na América, por exemplo, estavam associadas
a cultos religiosos, mas podiam também servir
de abrigo para artesãos e de espaço de troca
de produtos.
37
38. 25/03/2012
Revolução Urbana
• Dessa forma, o surgimento das vilas e cidades
facilitou a prática do comércio e o
desenvolvimento de novas técnicas, como a
olaria (fabricação de peças de barro) e da
metalúrgica (fabricação de peças de metais).
Revolução Urbana
• Assim, percebe-se que o processo de
consolidação das vilas está associado ao
aumento da organização social.
• Em outras palavras, está relacionado com a
prática da religião e do comércio, com o
aumento da população e com a diversificação
das atividades produtivas.
Cidades
• As cidades representam a
segunda grande revolução
da humanidade. Elas
permitem o trabalho
organizado de um grande
número de pessoas, sob
uma liderança que vai
adquirindo tamanha
legitimidade,a ponto de
estabelecer sanções para os
que se recusam a cumprir
as tarefas estabelecidas.
38
39. 25/03/2012
Rios e Vales
• Desde o inicio da Pré História, o homem tem
procurado os rios para se orientar no espaço e
obter água.
• Foi ao longo dos rios que floresceram, no
começo da História, as civilizações agrícolas,
as primeiras a submeterem o espaço terrestre
e a natureza a seus desígnios.
Rios e Vales
• E foi junto aos grandes rios da Antiguidade
que se desenvolveram as civilizações que
deram um novo rumo à História da
humanidade, por vezes chamadas de
Civilizações Fluviais, por que foram os rios o
fator decisivo para o desenvolvimento
agrícola.
Rios e Vales
• As grandes civilizações fluviais, que eram
economicamente dependentes das culturas
irrigadas e contavam com uma população
numerosa e em grande parte urbanizada,
floresceram nas planícies aluviais formadas
pelas enchentes de um dos dois grandes rios.
39
40. 25/03/2012
Rios e Vales
• Assim, os berços das civilizações chinesa,
indiana, sumério-babilônica e egípcia foram,
respectivamente, os rios Amarelo e Azul Indo
e Ganges, Tigre e Eufrates e Nilo
Rios e Vales
• A primeiras plantações agrícolas se deram,
portanto, nos vales, as regiões férteis que
margeiam os rios.
• Cidades como Çatal Huyuk, Dura Europos, Ur,
Urak e muitas outras das primeiras sociedades
sedentárias se formaram ao longo de rios,
devido à necessidade da fertilidade do solo
para as práticas agrícolas.
40
42. 25/03/2012
civilização
• Deriva do latim civita que
designa cidade e civile (civil) o
seu habitante.
civilização
• Durante muito tempo, e por inspiração
dos filósofos racionalistas do século XVIII,
a palavra civilização significou um
conjunto de instituições capazes de
instaurar a ordem, a paz e a felicidade,
favorecendo o progresso intelectual e
moral da humanidade.
civilização
• Dessa forma, haveria um corte nítido entre
pré-civilizados e civilizados, sendo que os
primeiros, por terem comportamento muito
distinto do nosso (enquanto ocidentais e
europeus), seriam uma espécie de homens
inferiores, criando sociedades primitivas e à
margem da lei.
42
43. 25/03/2012
civilização
• O importante é despir essa palavra
de conotações valorativas.
• Evitando isso, poderemos
estabelecer com maior facilidade e
precisão as características que
definem uma civilização.
civilização
• Uma civilização, via de regra, implica
uma organização política formal com
regras estabelecidas para
governantes (mesmo que
autoritários e injustos e governados;
civilização
• implica projetos amplos que demandem
trabalho conjunto e administração
centralizada (como canais de irrigação,
grandes templos, pirâmides, portos, etc.);
43
44. 25/03/2012
civilização
• implica a criação de um corpo de
sustentação do poder (como a
burocracia de funcionários públicos
ligados ao poder central, militares,
etc.);
civilização
• implica a incorporação das crenças
por uma religião vinculada ao poder
central, direta ou indiretamente (os
sacerdotes egípcios, o templo de
Jerusalém, etc.);
civilização
• implica uma produção artística que tenha
sobrevivido ao tempo e ainda nos encante (o
passado não existe em si, senão pelo fato de
nós o reconstruirmos;
44
45. 25/03/2012
civilização
• implica a criação ou incorporação de um
sistema de escrita (os incas não preenchem
esse quesito, e nem por isso deixam de ser
civilizados); implica, finalmente, mas não por
último, a criação de cidades.
Civilização não é cultura
• Cultura: é o atributo fundamental da humanidade. É
ao mesmo tempo a característica mais elementar de
qualquer grupo humano (sem importar o seu
tamanho), e que diferencia a qualquer ser humano
dos animais. A arte, a escritura, a ciência, as
instituições (Estado, escola, família), o pensamento e
atos mágicos só existem na sociedade humana.
Somos os únicos seres dotados de pensamento
simbólico.
civilização
• Podemos dizer que o indígena brasileiro
tinha cultura, mas não tinha civilização.
• Os “civilizados” europeus destruíram,
dizimaram e empreenderam o genocídio
e o etnocídio.
• Eles eram melhores?
45
46. 25/03/2012
civilização
• Sem cidades não há civilização.
• A civilização não apenas decorre de um
determinado grau de desenvolvimento das
técnicas e do conhecimento humano, em
geral.
• A civilização também impele a espécie
humana a crescer.
Referências
• ENGELS, Friedrich. Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em
homem:
• _____. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. São Paulo, Global, 1984.
• FENTON, Edwin. A importância da Revolução Neolítica. In: 32 problemas na história
universal: leituras básicas e interpretações. São Paulo: Edart, 1974.
• FISCHER, Steven Roger. Uma breve história da linguagem: introdução à origem das línguas.
Tradução: Flávia Coimbra. São Paulo: Novo Século Editora, 2009.
• LARAIA, Roque de Barros. Cultura, um Conceito Antropológico. Jorge Zahar Editor. 22ª
edição. Rio de Janeiro, 2001.
• LEACKEY, Richard. A evolução da humanidade. São Paulo/Brasília, Melhoramentos/Círculo do
Livro/Ed. da Univ. de Brasília, 1981.
• MARCO, Nélio. O que é Darwinismo. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1987
• MORIN, Edgar. O enigma do homem. 2a ed. Rio de Janeiro, Zahar, 1979.
• PINSKY, Jaime. As primeiras civilizações. São Paulo: Atual, 1994 (Discutindo a História).
• RIBEIRO, Darcy. O processo civilízatóno. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1968.
• ROCHA, Everardo. O que é etnocentrismo. São Paulo: Brasiliense, 1998.
• SANTOS, José Luiz dos. O que é Cultura. São Paulo: Brasiliense, 1991.
46