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EIXO 2. Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida | 2.2 Educação e Formação de Adultos
Um DJ cadeirante enfrenta preconceito
Adailton Anselmo afirma que os
deficientes físicos ainda precisam superar
muitas adversidades nos municípios da
região.
Quem costuma frequentar as melhores
baladas da região não imagina chegar á
festa e encontrar um DJ sentado numa
cadeira de rodas, utilizando o mixer
(controladores de áudio utilizados pelos
DJs) com as melhores músicas.
Preconceito, sentimento de desprezo pela
situação, negligência.
A vida do jovem Adailton Vieira deficientes físicos. “Os lugares, as ruas...
Anselmo, de Braço do Norte, começou a As pessoas precisam parar com isso.
mudar quando, segundo ele, por Somos iguais às outras. Precisamos de
incompetência de um motorista que respeito”, alerta um outro cadeirante de
invadiu a pista em que ele estava, ocorreu Tubarão.·
um grave acidente de moto. “Acredito
que a justiça deveria ser mais severa com Quando o assunto é enfrentar o
quem comete este tipo de delito”, afirma. preconceito das pessoas, Adailton é
contundente. “Todos nós, de uma maneira
Nem mesmo o facto de ficar o resto da geral, sentimos algum tipo de
vida em uma cadeira de rodas e conviver preconceito. Para quem está na cadeira é
quase que diariamente com o preconceito mais do que isso. É um desrespeito total”,
tiram de Adailton a vontade de trabalhar. afirma.·
Há 14 anos, ele começou a batalhar numa
rádio. “Nesse tempo de rádio, fui Para ouvir o som do DJ Adailton, é só
animador, vendedor, productor, DJ, ficar atento nos melhores eventos da
externa, operador de áudio, entre outras região. Actualmente, ele trabalha em uma
actividades. Fiz cursos de produção e rádio de Braço do Norte. “No meu caso
edicção de áudio. A música e a profissão especificamente, faço e agito como
sempre estiveram na minha vida. Faço qualquer outro DJ que não está na cadeira
tudo com dedicação”, conta de rodas, pois conheço muito bem de
Adailton não está sozinho na luta para música. Não é à toa que trabalho com isso
garantir melhores condições de vida e na há 14 anos e com muito prazer”, destaca
diminuição do preconceito contra os Adailton