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PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO E
                        DESENVOLVIMENTO




AS PERCEPÇÕES E ATITUDES DOS ESPECTADORES
     FACE AO DOPING E A ASSISTÊNCIA AOS
        ESPECTÁCULOS DE CICLISMO




                             JOÃO OLIVEIRA 2011
Instituto Politécnico de Santarém

        ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR



AS PERCEPÇÕES E ATITUDES DOS ESPECTADORES FACE AO
    DOPING E A ASSISTÊNCIA AOS ESPECTÁCULOS DE
                      CICLISMO


                                          Por

                               Nº 28.164, João Oliveira


Docentes:
Prof. Alfredo Silva (Orientador)
Prof. Paulo Sousa
Prof. Pedro Raposo
Profª. Sónia Morgado


                Trabalho realizado no âmbito da unidade curricular de

                       Projecto de Investigação e Desenvolvimento

                Licenciatura em Gestão das Organizações Desportivas




                           Rio Maior, 8 de Novembro de 2011




                                       Página 2
ÍNDICE




Índice
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ....................................................................................... 6
   OBJECTIVO GERAL.............................................................................................................................. 8
   OBJECTIVOS ESPECIFICOS ................................................................................................................ 8

REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................................ 9
FORMULAÇÃO DAS HIPÓTESES DE PESQUISA................................................... 16
ÂMBITO DO ESTUDO ................................................................................................. 19
PRESSUPOSTOS E LIMITAÇÕES .............................................................................. 19
PERTINÊNCIA DO ESTUDO ...................................................................................... 20
METODOLOGIA........................................................................................................... 21
   1.     SELECÇÃO DA AMOSTRA ....................................................................................................... 21
   2.     INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTO A UTILIZAR ................................................................ 21
   3.     VALIDADE E FIABILIDADE DOS INSTRUMENTOS ............................................................ 22
   4.     ORGANIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS .............................................................................. 22
   5.     TÉCNICAS UTILIZADAS ........................................................................................................... 23
   6.     OBJECTIVIDADE E TREINO DAS TÉCNICAS ....................................................................... 23
   7.     MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ..................................................................................................... 23
   8.     RECOLHA DE DADOS ............................................................................................................... 23
   9.     TRATAMENTO E ANÁLISE ESTATISTICA DE DADOS ....................................................... 24

ORÇAMENTO ............................................................................................................... 25
CRONOGRAMA ........................................................................................................... 26
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 28
ANEXOS ........................................................................................................................ 31




                                                                Página 3
INTRODUÇÃO

       Este estudo tem como foco estudar as percepções e atitudes dos espectadores
face ao doping e a sua assistência aos espectáculos de ciclismo. Será que o consumo de
doping no ciclismo, faz com que haja mais/menos espectadores a acompanhar as provas
oficiais desta mesma modalidade, tanto ao vivo como por meios de comunicação? Isto é
uma das questões que se coloca e que serve de ponto de partida para este estudo.
       Segundo a Agência Mundial Anti-Doping (1999). “O termo doping tem origem
na palavra “doop”, que significa um sumo viscoso obtido do ópio utilizado já desde o
tempo dos gregos. A definição actual é standard, mas está sempre a evoluir tendo em
conta os avanços da ciência. É geralmente aceite pelas diversas organizações mundiais
de saúde e desporto a seguinte: o uso de qualquer substância proibida pela
regulamentação desportiva, tendo por fim melhorar o desempenho físico e/ou mental,
por meios artificiais”.
       Segunda a Agência Mundial Anti-Doping (1999). “Ao longo dos tempos que os
atletas têm usado substâncias e métodos artificiais para aumentar o seu rendimento e
possuírem vantagem desportiva”.
       Segundo a Agência Mundial Anti-Doping (1999). “Já desde o século III a.C. que
os gregos usavam cogumelos alucinogénicos para aumentar a sua performance
desportiva. Também os romanos tomavam estimulantes para enfrentar as provas
desportivas, sendo que muitos atletas usavam cafeína, nitroglicerina, álcool, ópio e
inclusive estricnina”.
       Segundo a Agencia Mundial Anti-Doping (1999). “O primeiro caso de doping
relatado passou-se em 1886, em que um ciclista inglês morreu de overdose por
“trimetil” numa corrida em Bordéus – Paris. No entanto só no inicio dos anos 60 é que
se começou a controlar o uso de substâncias dopantes em humanos no desporto,
anteriormente já se realizavam controlos mas em cavalos de corrida. Uma das datas
mais marcantes sobre este tema foi em 1965, quando o Cientista Arnold Becker aplicou
técnicas de cromatografia de gás para detectar substâncias dopantes e em 1966 já a
FIFA controlava os atletas, sendo que em 1968, nos olímpicos de Inverno, já havia uma
lista elaborada com substâncias ilícitas”.
       Segundo o Instituto de Desporto Portugal (2011), o recurso ao doping para
melhorar a performance desportiva tem aumentado ao longo dos últimos anos em
diversas modalidades desportivas, mas falando mais propriamente na modalidade


                                        Página 4
desportiva em questão o ciclismo, nesta muitas vezes os ciclistas recorrem ao doping
para melhorarem a sua performance desportiva, muitas vezes devido à pressão dos seus
chefes de equipa que querem obter resultados desportivos e muitas vezes recorrem ao
uso de substâncias dopantes para estas serem consumidas pelos seus ciclistas, outras
vezes por mera opção dos ciclistas que muitas vezes escondem que tomam substâncias
dopantes aos seus chefes de equipa de modo a atingirem os objectivos desportivos que
foram estipulados para estes de uma forma mais fácil, nestes casos quando os chefes de
equipa descobrem que os seus ciclista tomam substâncias dopantes estes excluem ou
suspendem os ciclistas em questão da equipa, pois estão a prejudicar a mesma não
sendo exemplo também para os outros colegas da modalidade. Mas o uso de substâncias
dopantes tem o seu senão, no artigo de Stewart. Bob et al. (2010). Player and Athlete
attitudes to drugs in Australian sport: implications for policy development, Savulescu et
al. (2004, p.67), Parisotto (2006, p.67), mencionam que os atletas recorrem a
substâncias dopantes para aumentar as chances de optarem um pódio, mas isso também
aumenta o risco de sofrer impactos negativos à sua saúde, incluindo a morte prematura
ou súbita. Em todos estes casos existe sempre o perigo de serem apanhados pelos
controlos anti-doping que se realizam antes das provas, mas preferem correr esse perigo,
pois muitas vezes quem consome substâncias dopantes não é chamada a esses controlos
e outras são, pois o sorteio é feito de modo aleatório nos controlos anti-doping, logo
muitos conseguem escapar a assim participar em provas de ciclismo dopados e assim
obtêm melhores resultados desportivos o que é uma injustiça para quem compete sem o
uso dessa substâncias.
       No artigo de Stewart. Bob et al. (2010). Player and Athlete attitudes to drugs in
Australian sport: implications for policy development, Waddington (2000, p.81),
menciona que existe um grande problema com a política actual de gestão das drogas
(substâncias dopantes) no desporto, com a sua própria estrutura e operacionalização
incentiva em muitos casos a exigência de usar drogas para alcançar bons resultados
desportivos.
       No artigo de Stewart. Bob et al. (2010). Player and Athlete attitudes to drugs in
Australian sport: implications for policy development, Pawson (2006, p.81), menciona
que no entanto, com o crescente nível de investigação sobre o problema do doping no
desporto, agora é apropriado dar maior peso às evidências baseadas nas políticas
correntes “intervenções” e opções políticas são sistematicamente revistas e uma
variedade de modelos são avaliados.


                                       Página 5
Com isto gostaríamos de perceber se a audiência directa (ao vivo) e indirecta
(pelos meios de comunicação), dos espectáculos de ciclismo é maior ou menor quando
surgem notícias de o ciclista x ou y foi apanhado com doping na prova z de ciclismo. Se
para eles é indiferente e continuam a ir com muita frequência a espectáculos de ciclismo
com casos de doping ou se reconhecem que isto são atitudes incorrectas por parte dos
ciclistas e deixam de ir definitivamente ou com menos frequência a espectáculos de
ciclismo.
        À necessidade de realizar este estudo porque é importante saber quais são as
atitudes e percepções das pessoas sobre o uso de substãncias dopantes por parte de
ciclistas, pois é uma atitude ilegal dos mesmos e anti-desportiva e se as pessoas não se
importam que os seus “ídolos” da modalidade recorram a estas substâncias dopantes
para terem melhores resultados desportivos, e se continuam a assistir a esses mesmos
espectáculos de ciclismo pelas diversas vias é mau, tanto para a modalidade ciclismo
como para o desporto no geral.
        Ao longo deste estudo falamos de atitudes de espectadores face ao doping e a
espectáculos de ciclismo, desde já ficam já a saber que as atitudes de uma pessoa para
um dado caso que presenciaram podem sofrer transformações. No artigo de Borkowski,
Nancy. (2005). Organizational Behavior in Health Care (Paperback). Chapter 3
Attitudes and Perceptions by Jeffrey, Moore (2003, p.50), menciona que a
transformação de uma atitude leva tempo, esforço e determinação, mas pode ser feito. É
importante não estar à espera que as atitudes de uma pessoa mudem rapidamente. Os
gestores precisam de entender que a mudança de atitude leva tempo e não deve criar
expectativas irreais para uma mudança rápida.




                        DEFINIÇÃO DO PROBLEMA


        O problema do estudo é que com o crescente número de casos de doping em
provas de ciclismo oficiais e de renome, os espectadores das mesmas têm algumas
atitudes e percepções diferentes uns dos outros, bem como, diferentes impactos para os
espectáculos de ciclismo em si, como deixarem de assistir a esses mesmos espectáculos
desportivos, assistirem com menos frequência ou ser-lhes indiferente e continuarem a
assistir.




                                      Página 6
À necessidade de realizar este estudo porque é importante saber quais são as
atitudes e percepções das pessoas sobre o uso de substâncias dopantes por parte de
ciclistas, pois é uma atitude ilegal dos mesmos e anti-desportiva e se as pessoas não se
importam que os seus “ídolos” da modalidade recorram a estas substâncias dopantes
para terem melhores resultados desportivos é mau, tanto para a modalidade ciclismo
como para o desporto no geral.
       Este problema é centrado nas audiências dos espectáculos de ciclismo e não no
doping em si. O doping é a variável independente, enquanto que as audiências são a
variável dependente.
       O doping é um problema que afecta não só o ciclismo mas outras modalidades,
como o exemplo do atletismo, mas sendo no ciclismo onde se verifica mais casos de
doping.
       Segundo uma notícia publicada no Jornal Desportivo Português Record a 5 de
Outubro de 2010 sobre Bernhard Kohl, ciclista austríaco que em 2008 foi suspenso por
acusar doping no Tour de France este disse que “É impossível ganhar o Tour sem
doping” disse Kohl durante uma conferência da Agência Anti-Doping norte-americana
realizada em Leesburg (Virgínia), em declarações publicadas no New York Times.
Outras das afirmações do mesmo que causaram polémica foram “Podemos dizer isso
olhando logo para a velocidade da prova. Em todos os anos é sempre cerca de 40km por
hora. É a mesma em que fui e do ano em que Floyd Landis ganhou [acusaria depois
doping e seria suspenso]. Mostra que os ciclistas continuam a dopar-se”; “Fui testado
por 200 vezes durante a minha carreira e em 100 delas estava com drogas no meu corpo.
Fui apanhado, mas nas outras 99 vezes ninguém detectou nada”; “São 3.000Km. O
equivalente a escalar o Evereste quatro vezes. Sem ajuda é impossível. Fez esta última
afirmação no site da Internet Fanhouse.com.
       Com o consumo de doping no ciclismo existe maior ou menor audiência nas
provas de ciclismo ao vivo e por meios de comunicação, ou os espectadores não se
interessam que os ciclistas e até os seus ídolos da mesma modalidade recorram ao uso
de substâncias dopantes para obter bons resultados, e continuem a acompanhar o
ciclismo com frequência por qualquer uma das vias existentes não se importando que os
mesmos recorram a substâncias dopantes, ou seja, que para os espectadores isto seja
indiferente.




                                      Página 7
OBJECTIVOS


       Face ao problema levantado e à revisão da literatura desenvolvida, são
objectivos do presente trabalho:



OBJECTIVO GERAL


       Constitui-se objectivo geral deste estudo estudar as percepções e atitudes dos
espectadores face a casos de doping nas provas de ciclismo e a audiência nos mesmos.



OBJECTIVOS ESPECIFICOS


            Identificar as atitudes e percepções das pessoas quando deparadas com
             diversos casos de doping no ciclismo;
            Averiguar se há intenção das pessoas em assistir a provas oficiais de
             ciclismo com o aumento dos casos de doping em ciclistas de renome nessas
             mesmas provas;



    O Doping existe, é do senso -
      comum que se sabe que os                                      Público (audiências em
   atletas recorrem ao doping para                                 espectáculos de ciclismo),
     melhorar a sua performance                                 intenção dos espectadores face
              desportiva.                                            a casos de doping em
   Casos de doping numa certa e                                   espectáculos de ciclismo, a
   determinada prova de ciclismo                                  muita ou pouca audiência.

           Doping = Variável
             Independente                                           Audiência = Variável
                                                                        Dependente



                                                                    Vai depender
                                           Atitudes:
                                    Indiferença (continuam
                                     a ir aos espectáculos de
                                     ciclismo);
                                    Deixarem de ir
                                     definitivamente;
                                    Deixarem de ir com
                                     tanta frequência.




                                           Página 8
REVISÃO DA LITERATURA


       No artigo de Carreira, Francisco et al. (2005). A avaliação da atitude dos
profissionais de contabilidade face à ética: um estudo empírico. Este aborda o conceito
de atitude, definições do mesmo de diversos especialistas, bem como, a sua utilização
em alguns casos.
       De acordo com o artigo de Carreira, Francisco et al. (2005). A avaliação da
atitude dos profissionais de contabilidade face à ética: um estudo empírico, Ajzen
(1988, p.115) diz que atitudes é “uma predisposição para responder de forma favorável
ou desfavorável a um objecto, pessoa, instituição ou acontecimento”, Ainda no mesmo
artigo Leyens (1994, p.116) atitudes são “um instrumento conceptual integrativo
elaborado a título de hipótese para explicar uma estrutura relativamente estável num
indivíduo”, ou seja, são experiências subjectivas porque traduzem hipóteses, relativas a
um objecto (pessoas, acontecimento), de elementos avaliativos (considero bem ou mal),
afectivos (gosto ou não gosto de algo) e conativos (quero ou não quero fazer tal coisa).
Existirão tantas atitudes quanto indivíduos, dado que todos têm experiências subjectivas
distintas, aprendidas de forma individual e intransmissível, o que se reflecte na resposta
perante um objecto, pessoa ou acontecimento com uma predisposição de aceitação ou
rejeição. No mesmo artigo Lima (1996, p.116) diz que atitudes são comparativamente
“mais maleáveis, mais sujeitas a transformação por via da informação ou da experiência
do indivíduo”,”…atitudes possuírem sempre uma componente avaliativa e serem
dirigidas a um objecto específico”.
       Este artigo destaca a importância do conceito atitude, onde este é importante ao
nível interpessoal das relações. Esta relação interpessoal (profissional, com clientes,
fornecedores, colegas, etc.), deve guiar-se por padrões éticos, não podendo estar
desassociada da ética pessoal pois só é possível se as pessoas que vivem em sociedade
se comportarem de uma certa maneira enquanto cidadãos.
       A importância das atitudes para os indivíduos prende-se com um conjunto
relevante de funções: motivacionais, cognitivas, sociais e orientadas para a acção.
       A definição do conceito de atitude não é consensual entre os investigadores,
variando a sua definição com o crescimento da psicologia social e com a corrente
científica com a qual o investigador se identifica. Contudo apresenta um conjunto de
elementos comuns.




                                       Página 9
No artigo de Raquel Ventura, Maria. (2004). Consumer Perceptions and
Attitudes towards Food Safety in Portugal. Este aborda os consumidores, as suas
tomadas de decisão de compra, as atitudes em direcção a um produto, e que estas
atitudes, segundo Padberg et al. (1997, p.2), “dependem fortemente da sua percepção do
produto”.
          No artigo mencionado no parágrafo anterior Ajzen e Fishbein (1980, p.3),
mencionam que “As atitudes desempenham um papel fundamental no campo do
comportamento do consumidor, porque determina a sua disposição para responder
positivamente ou negativamente a uma instituição, pessoa, acontecimento, objecto ou
produto”.
          O objectivo deste estudo passou por aumentar o conhecimento sobre percepções
e atitudes dos consumidores portugueses face à segurança alimentar, apresentando-se
resultados de pesquisas empíricas voltadas para estes problemas. Concentra-se na
preocupação dos consumidores com a crise alimentar, a sua opinião sobre segurança dos
produtos alimentares e a avaliação de diferentes práticas de redução dos riscos
alimentares. Também são estudados o papel dos rótulos dos produtos e os vários canais
de informação dos mesmos.
          Nas percepções dos consumidores a percepção é o processo pelo qual as
sensações físicas são seleccionadas, organizadas e interpretadas. Nos escândalos
alimentares, diferentes estímulos têm importância na percepção dos consumidores na
segurança alimentar. Muitos consumidores estão sujeitos a alterações de percepção
causados por inúmeros escândalos alimentares destacados nos media.
          O que é abordado nos resultados deste estudo é a atitude dos consumidores em
relação à nutrição e saúde dos produtos alimentares; atitudes em relação aos preços dos
produtos; Atitude dos consumidores em relação ao sistema de produção de alimentos e
seu impacto no meio ambiente; Percepção dos consumidores na segurança alimentar em
diferentes alimentos; Percepção de segurança alimentar relacionados a diferentes
tratamentos e métodos de processamento; Percepção de segurança alimentar na cadeia
de suprimentos; Percepção de diferentes práticas para diminuir os riscos de segurança
alimentar, Percepções dos consumidores na qualidade de informação do rótulo entre
outros.
          Os factores de medição de estilos de vida, especialmente aqueles relacionados
com a segurança e experiência de consumo, parecem ser os principais aspectos que
explicam a percepção dos consumidores portugueses sobre segurança alimentar.


                                        Página 10
No artigo de Stamm, Hanspeter et al. (2007). The public perception of doping in
sport in Switzerland, 1995 – 2004. Este aborda o doping na Suíça, onde neste mesmo
país tem havido vários casos de doping nos últimos anos em atletas de alto nível e em
equipas e que têm influenciado a discussão sobre doping no desporto.
       No artigo mencionado no parágrafo anterior Houlihan (2003, p.235) menciona
que uma luta eficaz contra o doping é dependente de factores tais como: a
disponibilidade de conhecimentos especializados, laboratórios, recursos organizacionais
e financeiros, a vontade das autoridades para lutar eficazmente contra o doping, e apoio
do público para o estabelecimento de medidas de anti-doping.
       A prevenção do doping pode ser dificultada com a ignorância por parte do
público em relação a este problema e por outro lado por um conflito de valores onde a
vitoria em grandes competições e alcance de bons registos faz esquecer a justiça do jogo
ou competição, a igualdade de oportunidades e a saúde dos atletas. A falta de
sensibilização do público e a aceitação mais ou menos explícita do doping só
prejudicam o desenvolvimento e o sucesso de uma estratégia eficaz de combate ao
doping. Onde aqui podemos relacionar com a assistência a espectáculos de ciclismo
quando existe o uso de doping por parte dos ciclistas, onde alguns espectadores podem
ignorar o consumo de doping dos mesmos, interessando-se sim, em que estes atinjam
vitórias nas provas e alcancem bons registos, logo existe muita aderência a estes
espectáculos, ignorando então o consumo de doping por parte dos ciclistas e colocando
em causa a igualdade, e a justiça na competição.
       Este artigo analisa as mudanças na percepção do doping e as estratégias suíças
de anti-doping ao longo dos últimos dez anos a nível do público em geral, bem como
atletas de alto nível. O estudo é baseado em pesquisas repetidas de percepções da
população em geral sobre as questões do doping realizadas entre 1995 e 2004.
       Como resultados, a consciência de público sobre o doping, ou seja, a
importância que o público atribuiu ao doping cresceu entre 1995 e 2004. Onde em 1995,
47% da população concordou que o doping é um problema muito grave a nível
desportivo e mais de 38% viram o doping como um problema bastante sério. No entanto
13% dos entrevistados não acreditam que o doping seja um grande problema. Em 2004
o cenário mudou drasticamente onde dois terços dos inquiridos subscreveu que o doping
é um problema muito sério, outros 30% apoiaram a opinião de que é um pouco um
problema sério, 4% acham o doping um pequeno problema e 1% diz que não é um


                                      Página 11
problema. Este artigo num dos gráficos que dispõe também mostra que houve uma
grande mudança nas atitudes em relação ao anti-doping nos últimos anos. Onde houve
um aumento de concordância da população em que o doping deve ser expressamente
proibido, e que a população não concorda com o doping sob supervisão medica e do
doping livremente disponível.
       Neste estudo sugerem que a sensibilização do público em questões de doping
tem aumentado substancialmente na Suíça entre 1995 e 2004. Actualmente parece haver
um forte consenso para uma estratégia que combina a estrita proibição do doping com
os esforços informativos e educativos.
       Este consenso não só levou à diminuição de diferenças sociais na percepção do
problema do doping como também levou às actuais medidas anti-doping e os esforços
adoptados pelo sector público e autoridades privadas, nomeadamente o Gabinete
Federal dos Desportos e a Associação Olímpica Suíça. Os resultados indicam a
convergência de atitudes públicas, bem como, a convergência das interpretações
públicas e oficiais do problema do doping.
       Ainda no artigo de Stamm, Hanspeter et al. (2007). The public perception of
doping in sport in Switzerland, 1995 – 2004. Gamper (2000, p.241) menciona que uma
atitude mais liberal, por vezes defendida pelos meios de comunicação no final de 1990 e
inicio de 2000 têm sido “roubadas” em grande parte por este novo consenso.
       Assim parece que as estratégias oficiais de informações juntamente com o
crescente número de relatórios dos media em questões relacionadas com o doping têm
tido um impacto sobre a percepção do público. Além disso, a evolução da sociedade
como, por exemplo, alterando atitudes em relação ao abuso de drogas, também pode ter
desempenhado um papel importante para a tendência de preferência pelo “desporto
limpo”.
       Apesar do aumento da proporção da população que apoia a actual estratégia de
combate ao doping, a contínua monitorização das percepções do público é uma parte
importante de um conjunto de documentos de estratégias de anti-doping, pois pode
informar as autoridades de mudanças na percepção pública de que têm de ser abordadas
no futuro.


       No artigo de Carreira, Francisco et al. (2005). A avaliação da atitude dos
profissionais de contabilidade face à ética: um estudo empírico. Ajzen (1988, p.115),
Leyens (1994, p.116) e Lima (1996, p.116) estes definem o conceito de atitude de forma


                                         Página 12
correcta conseguindo-se relacionar o problema em estudo As percepções e atitudes dos
espectadores face ao doping e a assistência aos espectáculos de ciclismo. Os
espectadores    de   espectáculos    de     ciclismo    respondem   favoravelmente     ou
desfavoravelmente a um acontecimento que neste caso poderá ser o uso de doping no
ciclismo, sendo as consequências a presença ou não de espectadores nestes espectáculos
de ciclismo, as atitudes são experiencias subjectivas traduzindo hipóteses relativas a um
objecto, elementos avaliativos, afectivos e conativos, onde os espectadores têm uma
atitude perante o uso de doping por parte de uma pessoa (ex: o seu ciclista preferido), ou
do uso de doping no ciclismo no geral, avaliando também as suas atitudes se
consideram bem ou mal o que eles fazem, se gostam ou não gostam, através disto vai
haver uma atitude por parte dos espectadores em que aderem ou não a assistência aos
espectáculos de ciclismo. No entanto, as suas atitudes podem ser alteradas, ou seja,
maleáveis por via de fontes de informação e experiência dos indivíduos.


       No artigo de Raquel Ventura, Maria. (2004). Consumer Perceptions and
Attitudes towards Food Safety in Portugal. O que Padberg et al. (1997, p.2) e Ajzen e
Fishbein (1980, p.3) abordaram sobre atitudes e percepções no relaciona-se com o
problema em estudo, o comportamento do consumidor que são os espectadores de
ciclismo no meu caso, é determinado por emoções, motivações e atitudes, que
provocam nestes uma consequência em relação à assistência a espectáculos de ciclismo,
atitudes positivas ou negativas por parte dos ciclistas influenciam o comportamento dos
espectadores relativamente à assistência ao ciclismo.
       As tomadas de decisão dos espectadores, ou seja, as atitudes destes face ao
doping no ciclismo, dependem fortemente da sua percepção do doping, podendo isto se
relacionar com a afirmação de Padberg et al. (1997, p.2).
       Experiência de consumo, ou seja, a assistência a espectáculos de ciclismo é que
explicam a percepção dos espectadores sobre o doping nesta mesma modalidade.


       No artigo de Stamm, Hanspeter et al. (2007). The public perception of doping in
sport in Switzerland, 1995 – 2004. A compreensão da consciência pública sobre o
doping e a sua percepção na população é importante para uma estratégia eficaz de anti-
doping. A percepção é a forma como se vê, se julga e se qualifica as coisas no mundo e
em nós mesmos. A população desta forma, tem que saber julgar, saber ver e saber




                                          Página 13
qualificar o doping, sendo que cada pessoa percepciona o doping de maneiras
diferentes, cada pessoa tem uma opinião diferente relativamente ao doping.
       Sendo o estudo deste artigo baseado em pesquisas repetidas de percepções da
população sobre o doping entre 1995 e 2004 na Suíça. Onde o público atribuiu grande
importância às questões do doping entre estes anos. Também entre 1995 e 2004 houve
mudanças nas atitudes do público em relação ao doping, onde estes concordaram que o
doping devia ser expressamente proibido.
       Os resultados deste estudo indicaram que houve uma convergência das atitudes e
interpretações públicas e oficiais do problema do doping, ou seja as pessoas ao longo
destes anos têm dado grande importância ao doping, o que se pode traduzir em atitudes
destas na assistência aos espectáculos de ciclismo por exemplo. Com a evolução da
sociedade provocou também alterações nas atitudes em relação ao uso de drogas no
desporto, onde a sociedade tem optado pela existência de “desporto limpo”, sem
recorrer ao uso de substâncias dopantes.
       Apesar de o público concordar com as actuais medidas de controlo anti-doping,
é necessário haver monitorização das percepções por parte dos mesmos, pois podem
existir mudanças nas percepções no futuro. E ao existir essas mudanças nas percepções
pode provocar a mudança de opinião em relação ao doping pelo público, e como
consequência tratar a questão do doping de forma errada por exemplo, podendo o
consumo de doping pelos ciclistas ser aceite no público e estes irem assistir a
espectáculos de ciclismo ignorando a questão do doping, a justiça na competição e a
igualdade de oportunidades.


       No artigo de Grinberg, Cassio (2000), A percepção. Kotler (1998, p.2),
menciona que “Percepção é o processo pelo qual uma pessoa selecciona, organiza e
interpreta as informações para criar um quadro significativo do mundo”, ou seja, para
cada indivíduo ter uma percepção do doping tem primeiro de possuir conhecimento na
área, receber e tratar informação, interpretá-la e depois sim criar uma opinião, saber ver
e saber julgar o doping.
       No artigo de Borkowski, Nancy. (2005). Organizational Behavior in Health Care
(Paperback). Chapter 3 Attitudes and Perceptions by Jeffrey Pickens. Allport (1935,
p.44), define atitude como “Um estado mental ou neural de prontidão, organizado
através da experiência, exercendo uma directiva ou influência dinâmica sobre a resposta
do indivíduo a todos os objectos e situações no qual ele está relacionado”, ou seja, este


                                       Página 14
estado exerce uma influência na resposta do indivíduo a uma pessoa ou acontecimento,
por exemplo um ciclista recorrer ao doping ou o uso de doping no geral, gerando isto,
atitudes dos espectadores positivas ou negativas, como a aderência aos espectáculos de
ciclismo ou não.
       No artigo de Borkowski, Nancy. (2005). Organizational Behavior in Health Care
(Paperback). Chapter 3 Attitudes and Perceptions by Jeffrey Pickens. Lindsay &
Norman (1977, p.52), mencionam que “Percepção está intimamente relacionada com as
atitudes. A percepção é o processo pelo qual os organismos interpretam e organizam a
sensação de produzir uma experiência significativa sobre o mundo”.
       Segundo a Agência Mundial Anti - doping, esta define o doping como “qualquer
mecanismo capaz de aumentar a capacidade física ou mental de forma artificial”.
       De acordo com o Programa Anti-Doping da Confederação Brasileira de
Culturismo e Musculação, o doping segundo Juan António Samaranch antigo presidente
do Comité Olimpico Internacional “…transgride a ética tanto do desporto quanto da
ciência médica. O doping consiste da administração de substâncias pertencentes às
classes de agentes farmacológicos proibidos e/ou do uso de vários métodos proibidos. A
campanha anti-doping é fundamentada em três princípios básicos: respeito à ética
médica e desportiva, protecção da saúde dos atletas e a certeza de um campo de jogo
igual para todos os atletas durante a competição”.
       Ao longo dos anos habituamo-nos a conhecer o doping como o uso de
substâncias ilicitas por parte dos ciclistas. Agora pensa-se que exista um outro tipo de
doping, o doping mecanico.
       De acordo com uma noticia publicada no site da Eurosport por Gonçalo Moreira
a 01 Junho 2010, com o titulo Doping Mecânico: Cancellara a motor? Este novo tipo de
doping consiste num mecanismo com o nome de Gruber Assist, um aparelho (micro-
motor) que é inserido no quadro da bicicleta que poderá pesar cerca de 1900 gramas,
mas o rendimento obtido traduz-se numa poupança energética de até 100 watts. Pensa-
se que alguns ciclistas de renome como por exemplo Fabian Cancellara já tenham
recorrido a este novo tipo de doping, mas ainda não existem provas concretas.
       Cada vez mais deparamo-nos com o aparecimento de mais novas substancias
dopantes e novos tipos de doping, seria interessante saber quais as atitudes e percepções
dos espectadores de espectaculos de ciclismo face a isto. Atitutes e percepções essas que
foram mencionadas nos artigos desta revisão de literatura, onde diversos autores deram
a sua definição e opinião sobre estes dois conceitos.


                                       Página 15
FORMULAÇÃO DAS HIPÓTESES DE PESQUISA


           As hipóteses deste estudo de acordo com a relação entre as duas variáveis são
3:
        Primeira hipótese - os espectadores assíduos de ciclismo que assistiram ao
         Tour de France de 2006 tanto ao vivo como pelos meios de comunicação terem
         tido atitudes e percepções de ver os casos de doping que se registaram neste
         Tour de deixarem de ir ou acompanhar pelos diversos meios de comunicação as
         provas de ciclismo de renome de daqui em diante, devido a alguns dos seus
         ídolos ou equipas de ciclismo estarem envolvidos nestes casos de doping, de
         mudarem de opinião em relação aos mesmos, pela negativa, de manifestarem a
         sua frustração por estes casos terem acontecido à comunicação social, tendo isto
         consequências negativas tanto para o Tour de France como para a modalidade
         ciclismo no geral.
        Segunda hipótese - os espectadores terem tido uma atitude e percepção de
         indiferença perante estes casos de doping e de continuarem a assistir aos Tour de
         France seguintes, tanto ao vivo como pelos diversos meios de comunicação, bem
         como, a outras provas de ciclismo oficiais de renome, de não verem o recurso ao
         doping como de negativo lhes ser indiferente.
        Terceira hipótese - os espectadores terem tido uma atitude e percepção, de
         mudarem de opinião em relação aos ciclistas envolvidos, de manifestarem a sua
         frustração por estes casos terem acontecido à comunicação social e a
         consequência ser estes deixarem de ir ou acompanhar pelos diversos meios de
         comunicação com tanta frequência a Tour’s de France futuros, não serem
         presença assídua aos mesmos como eram anteriormente.


         Nestas 3 hipóteses ditas anteriormente, uns espectadores vêem o doping como
uma droga e uma pratica anti-ética por parte dos ciclistas, outros têm uma opinião
contrária e outros de indiferença.
         Os media também têm uma palavra a dizer sobre os casos de doping que
ocorrem em diversas provas de ciclismo, estes muitas vezes transmitem informação
errada ou dita de forma a causar outro impacto na sociedade, impacto esse negativo,
persuadindo com essas informações certos espectadores tendo desta forma,



                                        Página 16
consequências como por exemplo deixarem de assistir às provas de ciclismo ou a irem
com menos frequência a estas, outros a informação transmitida ser-lhes indiferente e
continuarem a assistir às provas de ciclismo na mesma. “O jornalista deve ouvir sempre,
antes da divulgação dos fatos, todas as pessoas objecto de acusações não comprovadas,
feitas por terceiros e não suficientemente demonstradas ou verificadas” Fenaj –
Federação Nacional dos Jornalistas. Art.14. Código de Ética dos jornalistas Brasileiros.
Congresso Nacional dos Jornalistas, (1987).
        No artigo de Maluly, Victor. (2003). O Doping e a Cobertura Jornalística.
Luciano Maluly (2003, p.12) menciona que “A cobertura jornalística nos casos de
doping passa pelas mesmas fases de uma reportagem desportiva, ou seja, por meio da
pesquisa e entrevistas, o repórter selecciona os dados e constrói a matéria de maneira
mais próxima da verdade”. Mas muitas vezes ao construir essa matéria leva aos leitores
ou ouvintes interpretarem a informação de diferentes maneiras e daí tirarem diferentes
conclusões, tendo por vezes consequências negativas nos diferentes casos de doping que
são postos na imprensa desportiva.
        No artigo de Maluly, Victor. (2003). O Doping e a Cobertura Jornalística.
Luciano Maluly (2003, p.13) menciona que “A luta contra o doping continua, desde que
a carreira ou a vida de um atleta seja preservada, seja ele culpado ou não. Caso
contrário, teremos sempre entre muitos condenados, atletas inocentes taxados
publicamente como drogados, com as carreiras marcadas pelo resto da vida”.
        Também é necessário ter em consideração que todos os ciclistas envolvidos na
Operação Puerto efectuada dois meses antes do inicio do Tour de France de 2006, foram
impedidos de participarem no mesmo, devido a estarem envolvidos neste escândalo de
doping, ciclistas esses famosos tais como Ivan Basso, Ian Ullrich, Francisco Mancebo
entre outros, estes ciclistas possuem muitos fãs, e que os acompanhavam ao vivo em
diversas provas de renome, estes ao serem impedidos de participarem neste Tour,
também levou a algumas consequências para este, tais como, terem menos espectadores
neste Tour devido a alguns dos seus ídolos estarem impedidos de participar, ou estarem
indiferentes a estes casos e irem assistir à mesma ao Tour de France 2006, ou deixarem
de ir definitivamente a estes tipos de espectáculos desportivos por não aceitarem este
tipo de atitudes por parte de ciclistas ao terem consumido substâncias dopantes para
melhorar a performance desportiva, acharem isto anti-ético. Consequências estas
negativas para o Tour de France, pois teriam menos audiências directas e indirectas.




                                       Página 17
Os inquiridos do questionário deste estudo podem ter tido atitudes e percepções
negativas ou positivas antes, durante e depois do Tour de France de 2006, antes por
exemplo ao saberem da Operação Puerto um escândalo de doping que envolveu alguns
ciclistas de renome, teria influenciado a sua ida ou não ao Tour de France de 2006, ou
acompanhamento do mesmo pelos meios de comunicação, durante o mesmo Tour
também assistirem com mais ou menos frequência e depois do Tour de France ao
ficarem a saber de todos estes casos, incluindo também o do vencedor Floyd Landis que
também acusou positivo num controlo anti-doping e assim lhe foi retirado o titulo de
vencedor do Tour de France de 2006, deixarem de assistir aos Tour’s de France
seguintes, ou outras provas de renome como o Giro de Itália ou a Vuelta de Espanha,
devido a todos estes casos de doping envolvendo diversos ciclistas, e deixarem mesmo
de ser fãs dos mesmos por tudo isto, ou a outros espectadores de ciclismo estes
escândalos de doping lhe ser indirente e acompanharem à mesmas o Tour de France de
2006, bem como, os outros Tour’s de anos seguintes e outros provas de renome na
modalidade de ciclismo.
        Foram aqui mencionadas algumas das atitudes e percepções dos espectadores
face ao doping e aos espectáculos de ciclismo, mais propriamente no Tour de France de
2006.
        Estas hipóteses serão comprovadas ou não por via de questionários a serem
preenchidos pelos inquiridos, só assim ficaremos a saber se as hipóteses aqui levantadas
são válidas.
        Com todos estes casos de doping passados antes e durante o Tour de France de
2006 será que tiveram consequências negativas no Tour de France de 2007 e noutras
provas de renome do ciclismo? Menos audiência directa e indirecta por todos estes
casos de doping no Tour de France 2006 e nas outras provas de ciclismo de renome nos
anos seguintes? Através da metodologia escolhida pela equipa deste estudo vamos obter
algumas informações que conseguem ajudar a responder a estas questões.




                                      Página 18
ÂMBITO DO ESTUDO


       Este estudo pretende fundamentalmente saber quais as atitudes e percepções dos
espectadores face ao doping e a sua assistência aos espectáculos de ciclismo. Hoje em
dia existem muitos casos de doping em diversas provas oficiais de ciclismo, como o
Tour de France por exemplo. Com o estudo em causa deseja-se saber qual a intenção
dos espectadores em assistir aos espectáculos de ciclismo com casos de doping, saber se
para eles isto é-lhes indiferente, se deixam de assistir definitivamente ou se deixam de
assistir com menos frequência a estes espectáculos.
       Quanto a limitações identificam-se algumas como ao nível dos conteúdos
temáticos, algumas dificuldades no acesso a artigos, livros e jornais específicos da área
em estudo.
       Este problema pensa-se que nunca foi estudado e assim o material de apoio para
levar este estudo avante será escasso, mas com todo o esforço e empenho da equipa
deste estudo levaremos o mesmo avante e com conclusões de qualidade.




                       PRESSUPOSTOS E LIMITAÇÕES

            Como pressupostos e limitações inerentes ao estudo salientamos o facto de o
estudo ser possivelmente pioneiro e de não existirem referencias sistematizadas sobre as
percepções e atitudes de espectadores face ao doping e a assistência aos espectáculos de
ciclismo.
       As limitações práticas que detectamos neste estudo poderão estar relacionadas
com o tempo, recursos e pessoal. No que toca ao tempo, estipulámos que todas as
acções deste estudo até à elaboração de um relatório final tinham a duração mínima de 6
meses (mais especificado no cronograma), o que achamos muito tempo, mas é o que é o
mínimo necessário na nossa opinião para a conclusão deste estudo. Em relação a
recursos necessitaremos de adquirir 2 computadores, software SPSS para o tratamento
dos dados dos questionários entre outros recursos, mas este serão os que terão custos
mais avultados andará por volta dos 2500€ estes recursos ditos anteriormente, valor este
muito difícil conseguir, devido à crise financeira que o nosso país atravessa. Em termos



                                        Página 19
de limitações de pessoal, seremos 3 pessoas a contar comigo neste estudo, estipulou-se
este número de pessoas por achar o mínimo necessário para levar este estudo avante
durante 6 meses e se esse número acrescesse os custos com os honorários seria muito
avultado, e nos tempos de hoje como já se disse anteriormente não podemos cometer
excessos. São estas as limitações que encontramos neste estudo.




                            PERTINÊNCIA DO ESTUDO


       A utilidade dos resultados práticos do trabalho e a sua aplicação e interesse
potencial para os diferentes destinatários será de extrema importância para as pessoas
pertencentes a organizações de renome do mundo do ciclismo, tais como, Federações de
Ciclismo de diversos Países, União Ciclista Internacional (UCI), Equipas de Ciclismo, e
elementos que trabalhem em organizações de mundo do ciclismo.
       É útil para as organizações ditas anteriormente ficarem a saber se tanto os
espectadores que vêem ao vivo as provas oficiais de ciclismo como pelos diversos
meios de comunicação deixam de assistir definitivamente ou com menos regularidade a
essas provas, quando durante as mesmas são detectados casos de doping em alguns
ciclistas entre os quais os seus favoritos, ou seja, quais serão as suas percepções e
atitudes sobre este tema.
       Será importante para as pessoas do topo da pirâmide do mundo do ciclismo
ficarem a saber quais as atitudes e percepções dos espectadores nas provas ciclismo
quando existe casos de doping nas mesmas, e desta forma, saber se será necessário
realizar controlos anti-doping mais rígidos de forma aos controlos positivos serem
praticamente nulos e assim a audiência nas provas de ciclismo ser maior ou igual a
provas anteriores, pois se uma das atitudes e percepções das pessoas quando existem
casos de doping em provas de ciclismo de renome ser deixar de ir às mesmas, isso é
muito mau, para quem patrocina o evento, para as equipas que competem nas mesmas, e
para a imagem da modalidade no geral, pois envolve muito dinheiro e interesses.




                                      Página 20
METODOLOGIA


1. SELECÇÃO DA AMOSTRA

          Em relação à primeira variável, Doping no Ciclismo (VI), a amostra
  seleccionada será de 1068 inquiridos, tendo em conta um universo de 100.000
  indivíduos e uma margem de erro de 3%, residentes em Portugal. Relativamente
  à segunda variável audiência em espectáculos de ciclismo (VD), definimos a
  amostra baseando-nos na Volta à França em Bicicleta de 2006, ano com alguns
  casos de doping conhecidos.



2. INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTO A UTILIZAR


          Ao nível dos instrumentos a utilizar, pretende-se aplicar aos
  espectadores de ciclismo de Portugal um inquérito por questionário, via internet,
  onde este será colocado em blog’s e sites portugueses relativos a ciclismo e será
  preenchido pelos amantes desta modalidade e que acompanham diversas provas
  oficiais da mesma. Antes dos inquiridos preencherem o questionário em questão
  terão que preencher antes um outro questionário com perguntas que requerem
  alguma cultura sobre a modalidade de ciclismo, algumas delas relacionadas com
  o Tour de France de 2006, também por via internet e inserido em certos blog’s e
  sites portuguesas relativos a ciclismo, como já mencionado anteriormente, de
  seguida, se após o preenchimento deste questionário tiverem mais de 80% das
  respostas correctas, já poderão ter acesso ao preenchimento do questionário
  principal deste estudo, se tiverem menos de 80% não poderão preencher o
  mesmo. Estipulou-se este procedimento de modo a salvaguardar a viabilidade do
  estudo. O número mínimo de inquiridos será de 1067.
          Será também construído outro instrumento que consiste numa base de
  dados criada em SPSS, que reúna todos os dados recolhidos no sentido de
  facultar o trabalho realizado em futuras investigações, programas e estudos desta
  área.
          Utilizaremos também como instrumento de estudo uma entrevista semi-
  estruturada junto do Presidente da Federação de Ciclismo de Portugal, onde




                                 Página 21
procuramos que sejam dadas respostas no âmbito da pergunta de partida e de
  algumas das perguntas decorrentes da mesma e anteriormente referenciadas.
          No questionário principal deste estudo usar-se-á a escala de Likert de 7
  níveis (escala de atitudes) em 12 dos 25 itens que constituirão este questionário
  principal, agrupados em seis dimensões, em que se pedirá ao inquirido para
  manifestar o seu grau de concordância desde o discordo totalmente até ao
  concordo totalmente. Medindo-se depois as atitudes dos inquiridos somando ou
  calculando a média, do nível seleccionado para cada pergunta em que se use a
  escala de Likert de 7 níveis.



3. VALIDADE E FIABILIDADE DOS INSTRUMENTOS


          Não existem limitações de validade e fiabilidade dos instrumentos, visto
  estes serem questionários de fácil preenchimento com perguntas fechadas e
  simples. Relativamente à sua fiabilidade ela, será avaliada após a execução do
  pré-teste aos questionários previamente elaborados.



4. ORGANIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS


           A organização dos procedimentos será executada da seguinte forma:
  Será elaborado o questionário principal e insere-se os dados no programa SPSS
  19, seguidamente serão colocados em blog’s e sites Portugueses relativos a
  ciclismo, de forma, a serem preenchidos pelos amantes da modalidade de
  ciclismo e espectadores assíduos de provas oficiais. Antes dos inquiridos
  preencherem o questionário em questão (principal) terão que preencher antes um
  outro questionário com perguntas que requerem alguma cultura sobre a
  modalidade de ciclismo, algumas delas relacionadas com o Tour de France
  2006, também por via internet e inserido em blog’s e sites portugueses relativos
  a ciclismo, como já mencionado anteriormente, de seguida, se após o
  preenchimento deste questionário tiverem mais de 80% das respostas correctas,
  já poderão ter acesso ao preenchimento do questionário principal deste estudo,
  se tiverem menos de 80% não poderão preencher o mesmo. Estipulou-se este
  procedimento de modo a salvaguardar a viabilidade do estudo. Em conclusão,



                                  Página 22
será elaborada a base de dados com a introdução dos dados que sofrerão a
  respectiva análise e por último será realizado o relatório final.
          Realizaremos também uma entrevista ao Presidente da Federação
  Portuguesa de Ciclismo.



5. TÉCNICAS UTILIZADAS


          As técnicas utilizadas na investigação serão a análise documental,
  através de artigos científicos e jornais especializados de modo a entender melhor
  os conceitos de atitudes e percepções, bem como, o fenómeno do doping.
          A outra técnica é a do questionário do tipo semiaberto apresentando um
  misto de questões abertas e fechadas, onde se saberá quais as atitudes e
  percepções dos inquiridos perante o problema em estudo.



6. OBJECTIVIDADE E TREINO DAS TÉCNICAS


           Não considero necessário o treino de técnicas, visto que os
  questionários apenas serão preenchidos pelos inquiridos e enviados para a
  equipa deste estudo, não sendo necessária qualquer interacção adicional com o
  inquirido.



7. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO


           Este estudo é quantitativo do tipo descritivo – correlacional, explora e
  descreve relações entre as variáveis.
           Relativamente aos questionários, serão registados os resultados através
  do SPSS 19, após a aplicação dos mesmos.



8. RECOLHA DE DADOS


           A recolha de dados será realizada através de um questionário carregado
  em blog’s e sites prestigiados portugueses da modalidade de ciclismo, haverá
  uma interacção indirecta com os inquiridos, e após o seu preenchimento estes


                                   Página 23
serão enviados pelos mesmos para a equipa que constitui este estudo, neste
  processo de recebimento dos questionários preenchidos pelos inquiridos será
  usado uma plataforma apropriada para enviar os questionários por parte dos
  inquiridos para a equipa do estudo.
         Não esquecendo que o acesso ao questionário principal está dependente
  do número de respostas correctas ao questionário secundário que dá acesso ao
  preenchimento do questionário principal, este questionário secundário também
  será carregado em blog’s e sites prestigiados portugueses da modalidade de
  ciclismo, sendo estes também enviados para a equipa do estudo. Será a equipa
  deste Estudo que corrigirá o Questionário Secundário, pois as perguntas
  escolhidas para este, tivemos em atenção qual a resposta adequada para essas
  mesmas perguntas, tendo recorrido a fontes fidedignas.



9. TRATAMENTO E ANÁLISE ESTATISTICA DE DADOS


          O tratamento dos dados será feito através do software SPSS (versão 19),
  como já foi referido anteriormente. Para a elaboração do relatório final será
  utilizado os softwares Microsoft Office Word e Excel 2007.




                                 Página 24
ORÇAMENTO


     Rúbricas       Quantidade      Preço      I.V.A.    Total
 Equipamento de         1            ---         ---      ---
    Transporte
 (viatura própria)
   Equipamento          2          800.00€     23,00%   984.00€
  Administrativo
       FSE
Software SPSS 19        1          1.550.00€   23,00%   1906.50€
      Electricidade     1           150.00€     8,00%    162.00€
     Combustíveis       1           100.00€    23,00%    123.00€
          (gasóleo)
Material de
Escritório
           Canetas      6           4.79€      23,00%    5.89.€
   1 Resma Folhas       1           2.84€      23,00%    3.49€
                A4
        Impressora      1           56.10€     23,00%    69.00€
      Multifunções
  Custos Pessoal
        Honorários      2          300.00€       ---     3600€

                                               TOTAL    6853.88€




                                   Página 25
CRONOGRAMA

          Meses       Mês 1  Mês 2  Mês 3              Mês 4      Mês 5       Mês 6
Acções               Semana Semana Semana             Semana     Semana      Semana
   Elaboração do
  Questionário de
     acesso ao
  Questionário do
       Estudo
   (Questionário
    Secundário)
   Elaboração do
    Questionário
     Principal
   Elaboração do
     Guião da
     Entrevista
     Entrevista
 Levantamento de
   Sites e Blog’s
 Negociação com
   Sites e Blog’s
  Acordo com os
   Sites e Blog’s
  Reajustamentos
 aos questionários
  Elaboração dos
   questionários
    Versão Final
  Inserção Dados
      SPSS 19
   Aplicação dos
 Questionários (o
  Secundário e o
    Principal do
      Estudo)
   Elaboração da
  Base de Dados
Análise dos Dados
     Análise da
     Entrevista
  Relatório Final


Para uma melhor percepção e sistematização do estudo, as acções foram divididas por 6
meses considerando 4 semanas cada mês. No enquadramento destas acções, e para além
dos questionários a serem preenchidos pelos inquiridos, será também realizada uma
entrevista ao Presidente da Federação de Ciclismo de Portugal, com o intuito de saber a


                                      Página 26
opinião deste face ao problema em estudo, e com os dados recolhidos desta entrevista,
ajudar na consolidação do estudo referente à produção do relatório final.




                                       Página 27
BIBLIOGRAFIA

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                                        Página 30
ANEXOS


  Questionário Principal do Estudo;
  Questionário Secundário do Estudo (de acesso ao questionário principal);
  Guião da Entrevista para a entrevista ao Presidente da Federação Portuguesa de
    Ciclismo.




                                  Página 31

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Pid joão oliveira

  • 1. PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO AS PERCEPÇÕES E ATITUDES DOS ESPECTADORES FACE AO DOPING E A ASSISTÊNCIA AOS ESPECTÁCULOS DE CICLISMO JOÃO OLIVEIRA 2011
  • 2. Instituto Politécnico de Santarém ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR AS PERCEPÇÕES E ATITUDES DOS ESPECTADORES FACE AO DOPING E A ASSISTÊNCIA AOS ESPECTÁCULOS DE CICLISMO Por Nº 28.164, João Oliveira Docentes: Prof. Alfredo Silva (Orientador) Prof. Paulo Sousa Prof. Pedro Raposo Profª. Sónia Morgado Trabalho realizado no âmbito da unidade curricular de Projecto de Investigação e Desenvolvimento Licenciatura em Gestão das Organizações Desportivas Rio Maior, 8 de Novembro de 2011 Página 2
  • 3. ÍNDICE Índice INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ....................................................................................... 6 OBJECTIVO GERAL.............................................................................................................................. 8 OBJECTIVOS ESPECIFICOS ................................................................................................................ 8 REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................................ 9 FORMULAÇÃO DAS HIPÓTESES DE PESQUISA................................................... 16 ÂMBITO DO ESTUDO ................................................................................................. 19 PRESSUPOSTOS E LIMITAÇÕES .............................................................................. 19 PERTINÊNCIA DO ESTUDO ...................................................................................... 20 METODOLOGIA........................................................................................................... 21 1. SELECÇÃO DA AMOSTRA ....................................................................................................... 21 2. INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTO A UTILIZAR ................................................................ 21 3. VALIDADE E FIABILIDADE DOS INSTRUMENTOS ............................................................ 22 4. ORGANIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS .............................................................................. 22 5. TÉCNICAS UTILIZADAS ........................................................................................................... 23 6. OBJECTIVIDADE E TREINO DAS TÉCNICAS ....................................................................... 23 7. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ..................................................................................................... 23 8. RECOLHA DE DADOS ............................................................................................................... 23 9. TRATAMENTO E ANÁLISE ESTATISTICA DE DADOS ....................................................... 24 ORÇAMENTO ............................................................................................................... 25 CRONOGRAMA ........................................................................................................... 26 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 28 ANEXOS ........................................................................................................................ 31 Página 3
  • 4. INTRODUÇÃO Este estudo tem como foco estudar as percepções e atitudes dos espectadores face ao doping e a sua assistência aos espectáculos de ciclismo. Será que o consumo de doping no ciclismo, faz com que haja mais/menos espectadores a acompanhar as provas oficiais desta mesma modalidade, tanto ao vivo como por meios de comunicação? Isto é uma das questões que se coloca e que serve de ponto de partida para este estudo. Segundo a Agência Mundial Anti-Doping (1999). “O termo doping tem origem na palavra “doop”, que significa um sumo viscoso obtido do ópio utilizado já desde o tempo dos gregos. A definição actual é standard, mas está sempre a evoluir tendo em conta os avanços da ciência. É geralmente aceite pelas diversas organizações mundiais de saúde e desporto a seguinte: o uso de qualquer substância proibida pela regulamentação desportiva, tendo por fim melhorar o desempenho físico e/ou mental, por meios artificiais”. Segunda a Agência Mundial Anti-Doping (1999). “Ao longo dos tempos que os atletas têm usado substâncias e métodos artificiais para aumentar o seu rendimento e possuírem vantagem desportiva”. Segundo a Agência Mundial Anti-Doping (1999). “Já desde o século III a.C. que os gregos usavam cogumelos alucinogénicos para aumentar a sua performance desportiva. Também os romanos tomavam estimulantes para enfrentar as provas desportivas, sendo que muitos atletas usavam cafeína, nitroglicerina, álcool, ópio e inclusive estricnina”. Segundo a Agencia Mundial Anti-Doping (1999). “O primeiro caso de doping relatado passou-se em 1886, em que um ciclista inglês morreu de overdose por “trimetil” numa corrida em Bordéus – Paris. No entanto só no inicio dos anos 60 é que se começou a controlar o uso de substâncias dopantes em humanos no desporto, anteriormente já se realizavam controlos mas em cavalos de corrida. Uma das datas mais marcantes sobre este tema foi em 1965, quando o Cientista Arnold Becker aplicou técnicas de cromatografia de gás para detectar substâncias dopantes e em 1966 já a FIFA controlava os atletas, sendo que em 1968, nos olímpicos de Inverno, já havia uma lista elaborada com substâncias ilícitas”. Segundo o Instituto de Desporto Portugal (2011), o recurso ao doping para melhorar a performance desportiva tem aumentado ao longo dos últimos anos em diversas modalidades desportivas, mas falando mais propriamente na modalidade Página 4
  • 5. desportiva em questão o ciclismo, nesta muitas vezes os ciclistas recorrem ao doping para melhorarem a sua performance desportiva, muitas vezes devido à pressão dos seus chefes de equipa que querem obter resultados desportivos e muitas vezes recorrem ao uso de substâncias dopantes para estas serem consumidas pelos seus ciclistas, outras vezes por mera opção dos ciclistas que muitas vezes escondem que tomam substâncias dopantes aos seus chefes de equipa de modo a atingirem os objectivos desportivos que foram estipulados para estes de uma forma mais fácil, nestes casos quando os chefes de equipa descobrem que os seus ciclista tomam substâncias dopantes estes excluem ou suspendem os ciclistas em questão da equipa, pois estão a prejudicar a mesma não sendo exemplo também para os outros colegas da modalidade. Mas o uso de substâncias dopantes tem o seu senão, no artigo de Stewart. Bob et al. (2010). Player and Athlete attitudes to drugs in Australian sport: implications for policy development, Savulescu et al. (2004, p.67), Parisotto (2006, p.67), mencionam que os atletas recorrem a substâncias dopantes para aumentar as chances de optarem um pódio, mas isso também aumenta o risco de sofrer impactos negativos à sua saúde, incluindo a morte prematura ou súbita. Em todos estes casos existe sempre o perigo de serem apanhados pelos controlos anti-doping que se realizam antes das provas, mas preferem correr esse perigo, pois muitas vezes quem consome substâncias dopantes não é chamada a esses controlos e outras são, pois o sorteio é feito de modo aleatório nos controlos anti-doping, logo muitos conseguem escapar a assim participar em provas de ciclismo dopados e assim obtêm melhores resultados desportivos o que é uma injustiça para quem compete sem o uso dessa substâncias. No artigo de Stewart. Bob et al. (2010). Player and Athlete attitudes to drugs in Australian sport: implications for policy development, Waddington (2000, p.81), menciona que existe um grande problema com a política actual de gestão das drogas (substâncias dopantes) no desporto, com a sua própria estrutura e operacionalização incentiva em muitos casos a exigência de usar drogas para alcançar bons resultados desportivos. No artigo de Stewart. Bob et al. (2010). Player and Athlete attitudes to drugs in Australian sport: implications for policy development, Pawson (2006, p.81), menciona que no entanto, com o crescente nível de investigação sobre o problema do doping no desporto, agora é apropriado dar maior peso às evidências baseadas nas políticas correntes “intervenções” e opções políticas são sistematicamente revistas e uma variedade de modelos são avaliados. Página 5
  • 6. Com isto gostaríamos de perceber se a audiência directa (ao vivo) e indirecta (pelos meios de comunicação), dos espectáculos de ciclismo é maior ou menor quando surgem notícias de o ciclista x ou y foi apanhado com doping na prova z de ciclismo. Se para eles é indiferente e continuam a ir com muita frequência a espectáculos de ciclismo com casos de doping ou se reconhecem que isto são atitudes incorrectas por parte dos ciclistas e deixam de ir definitivamente ou com menos frequência a espectáculos de ciclismo. À necessidade de realizar este estudo porque é importante saber quais são as atitudes e percepções das pessoas sobre o uso de substãncias dopantes por parte de ciclistas, pois é uma atitude ilegal dos mesmos e anti-desportiva e se as pessoas não se importam que os seus “ídolos” da modalidade recorram a estas substâncias dopantes para terem melhores resultados desportivos, e se continuam a assistir a esses mesmos espectáculos de ciclismo pelas diversas vias é mau, tanto para a modalidade ciclismo como para o desporto no geral. Ao longo deste estudo falamos de atitudes de espectadores face ao doping e a espectáculos de ciclismo, desde já ficam já a saber que as atitudes de uma pessoa para um dado caso que presenciaram podem sofrer transformações. No artigo de Borkowski, Nancy. (2005). Organizational Behavior in Health Care (Paperback). Chapter 3 Attitudes and Perceptions by Jeffrey, Moore (2003, p.50), menciona que a transformação de uma atitude leva tempo, esforço e determinação, mas pode ser feito. É importante não estar à espera que as atitudes de uma pessoa mudem rapidamente. Os gestores precisam de entender que a mudança de atitude leva tempo e não deve criar expectativas irreais para uma mudança rápida. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA O problema do estudo é que com o crescente número de casos de doping em provas de ciclismo oficiais e de renome, os espectadores das mesmas têm algumas atitudes e percepções diferentes uns dos outros, bem como, diferentes impactos para os espectáculos de ciclismo em si, como deixarem de assistir a esses mesmos espectáculos desportivos, assistirem com menos frequência ou ser-lhes indiferente e continuarem a assistir. Página 6
  • 7. À necessidade de realizar este estudo porque é importante saber quais são as atitudes e percepções das pessoas sobre o uso de substâncias dopantes por parte de ciclistas, pois é uma atitude ilegal dos mesmos e anti-desportiva e se as pessoas não se importam que os seus “ídolos” da modalidade recorram a estas substâncias dopantes para terem melhores resultados desportivos é mau, tanto para a modalidade ciclismo como para o desporto no geral. Este problema é centrado nas audiências dos espectáculos de ciclismo e não no doping em si. O doping é a variável independente, enquanto que as audiências são a variável dependente. O doping é um problema que afecta não só o ciclismo mas outras modalidades, como o exemplo do atletismo, mas sendo no ciclismo onde se verifica mais casos de doping. Segundo uma notícia publicada no Jornal Desportivo Português Record a 5 de Outubro de 2010 sobre Bernhard Kohl, ciclista austríaco que em 2008 foi suspenso por acusar doping no Tour de France este disse que “É impossível ganhar o Tour sem doping” disse Kohl durante uma conferência da Agência Anti-Doping norte-americana realizada em Leesburg (Virgínia), em declarações publicadas no New York Times. Outras das afirmações do mesmo que causaram polémica foram “Podemos dizer isso olhando logo para a velocidade da prova. Em todos os anos é sempre cerca de 40km por hora. É a mesma em que fui e do ano em que Floyd Landis ganhou [acusaria depois doping e seria suspenso]. Mostra que os ciclistas continuam a dopar-se”; “Fui testado por 200 vezes durante a minha carreira e em 100 delas estava com drogas no meu corpo. Fui apanhado, mas nas outras 99 vezes ninguém detectou nada”; “São 3.000Km. O equivalente a escalar o Evereste quatro vezes. Sem ajuda é impossível. Fez esta última afirmação no site da Internet Fanhouse.com. Com o consumo de doping no ciclismo existe maior ou menor audiência nas provas de ciclismo ao vivo e por meios de comunicação, ou os espectadores não se interessam que os ciclistas e até os seus ídolos da mesma modalidade recorram ao uso de substâncias dopantes para obter bons resultados, e continuem a acompanhar o ciclismo com frequência por qualquer uma das vias existentes não se importando que os mesmos recorram a substâncias dopantes, ou seja, que para os espectadores isto seja indiferente. Página 7
  • 8. OBJECTIVOS Face ao problema levantado e à revisão da literatura desenvolvida, são objectivos do presente trabalho: OBJECTIVO GERAL Constitui-se objectivo geral deste estudo estudar as percepções e atitudes dos espectadores face a casos de doping nas provas de ciclismo e a audiência nos mesmos. OBJECTIVOS ESPECIFICOS  Identificar as atitudes e percepções das pessoas quando deparadas com diversos casos de doping no ciclismo;  Averiguar se há intenção das pessoas em assistir a provas oficiais de ciclismo com o aumento dos casos de doping em ciclistas de renome nessas mesmas provas; O Doping existe, é do senso - comum que se sabe que os Público (audiências em atletas recorrem ao doping para espectáculos de ciclismo), melhorar a sua performance intenção dos espectadores face desportiva. a casos de doping em Casos de doping numa certa e espectáculos de ciclismo, a determinada prova de ciclismo muita ou pouca audiência. Doping = Variável Independente Audiência = Variável Dependente Vai depender Atitudes:  Indiferença (continuam a ir aos espectáculos de ciclismo);  Deixarem de ir definitivamente;  Deixarem de ir com tanta frequência. Página 8
  • 9. REVISÃO DA LITERATURA No artigo de Carreira, Francisco et al. (2005). A avaliação da atitude dos profissionais de contabilidade face à ética: um estudo empírico. Este aborda o conceito de atitude, definições do mesmo de diversos especialistas, bem como, a sua utilização em alguns casos. De acordo com o artigo de Carreira, Francisco et al. (2005). A avaliação da atitude dos profissionais de contabilidade face à ética: um estudo empírico, Ajzen (1988, p.115) diz que atitudes é “uma predisposição para responder de forma favorável ou desfavorável a um objecto, pessoa, instituição ou acontecimento”, Ainda no mesmo artigo Leyens (1994, p.116) atitudes são “um instrumento conceptual integrativo elaborado a título de hipótese para explicar uma estrutura relativamente estável num indivíduo”, ou seja, são experiências subjectivas porque traduzem hipóteses, relativas a um objecto (pessoas, acontecimento), de elementos avaliativos (considero bem ou mal), afectivos (gosto ou não gosto de algo) e conativos (quero ou não quero fazer tal coisa). Existirão tantas atitudes quanto indivíduos, dado que todos têm experiências subjectivas distintas, aprendidas de forma individual e intransmissível, o que se reflecte na resposta perante um objecto, pessoa ou acontecimento com uma predisposição de aceitação ou rejeição. No mesmo artigo Lima (1996, p.116) diz que atitudes são comparativamente “mais maleáveis, mais sujeitas a transformação por via da informação ou da experiência do indivíduo”,”…atitudes possuírem sempre uma componente avaliativa e serem dirigidas a um objecto específico”. Este artigo destaca a importância do conceito atitude, onde este é importante ao nível interpessoal das relações. Esta relação interpessoal (profissional, com clientes, fornecedores, colegas, etc.), deve guiar-se por padrões éticos, não podendo estar desassociada da ética pessoal pois só é possível se as pessoas que vivem em sociedade se comportarem de uma certa maneira enquanto cidadãos. A importância das atitudes para os indivíduos prende-se com um conjunto relevante de funções: motivacionais, cognitivas, sociais e orientadas para a acção. A definição do conceito de atitude não é consensual entre os investigadores, variando a sua definição com o crescimento da psicologia social e com a corrente científica com a qual o investigador se identifica. Contudo apresenta um conjunto de elementos comuns. Página 9
  • 10. No artigo de Raquel Ventura, Maria. (2004). Consumer Perceptions and Attitudes towards Food Safety in Portugal. Este aborda os consumidores, as suas tomadas de decisão de compra, as atitudes em direcção a um produto, e que estas atitudes, segundo Padberg et al. (1997, p.2), “dependem fortemente da sua percepção do produto”. No artigo mencionado no parágrafo anterior Ajzen e Fishbein (1980, p.3), mencionam que “As atitudes desempenham um papel fundamental no campo do comportamento do consumidor, porque determina a sua disposição para responder positivamente ou negativamente a uma instituição, pessoa, acontecimento, objecto ou produto”. O objectivo deste estudo passou por aumentar o conhecimento sobre percepções e atitudes dos consumidores portugueses face à segurança alimentar, apresentando-se resultados de pesquisas empíricas voltadas para estes problemas. Concentra-se na preocupação dos consumidores com a crise alimentar, a sua opinião sobre segurança dos produtos alimentares e a avaliação de diferentes práticas de redução dos riscos alimentares. Também são estudados o papel dos rótulos dos produtos e os vários canais de informação dos mesmos. Nas percepções dos consumidores a percepção é o processo pelo qual as sensações físicas são seleccionadas, organizadas e interpretadas. Nos escândalos alimentares, diferentes estímulos têm importância na percepção dos consumidores na segurança alimentar. Muitos consumidores estão sujeitos a alterações de percepção causados por inúmeros escândalos alimentares destacados nos media. O que é abordado nos resultados deste estudo é a atitude dos consumidores em relação à nutrição e saúde dos produtos alimentares; atitudes em relação aos preços dos produtos; Atitude dos consumidores em relação ao sistema de produção de alimentos e seu impacto no meio ambiente; Percepção dos consumidores na segurança alimentar em diferentes alimentos; Percepção de segurança alimentar relacionados a diferentes tratamentos e métodos de processamento; Percepção de segurança alimentar na cadeia de suprimentos; Percepção de diferentes práticas para diminuir os riscos de segurança alimentar, Percepções dos consumidores na qualidade de informação do rótulo entre outros. Os factores de medição de estilos de vida, especialmente aqueles relacionados com a segurança e experiência de consumo, parecem ser os principais aspectos que explicam a percepção dos consumidores portugueses sobre segurança alimentar. Página 10
  • 11. No artigo de Stamm, Hanspeter et al. (2007). The public perception of doping in sport in Switzerland, 1995 – 2004. Este aborda o doping na Suíça, onde neste mesmo país tem havido vários casos de doping nos últimos anos em atletas de alto nível e em equipas e que têm influenciado a discussão sobre doping no desporto. No artigo mencionado no parágrafo anterior Houlihan (2003, p.235) menciona que uma luta eficaz contra o doping é dependente de factores tais como: a disponibilidade de conhecimentos especializados, laboratórios, recursos organizacionais e financeiros, a vontade das autoridades para lutar eficazmente contra o doping, e apoio do público para o estabelecimento de medidas de anti-doping. A prevenção do doping pode ser dificultada com a ignorância por parte do público em relação a este problema e por outro lado por um conflito de valores onde a vitoria em grandes competições e alcance de bons registos faz esquecer a justiça do jogo ou competição, a igualdade de oportunidades e a saúde dos atletas. A falta de sensibilização do público e a aceitação mais ou menos explícita do doping só prejudicam o desenvolvimento e o sucesso de uma estratégia eficaz de combate ao doping. Onde aqui podemos relacionar com a assistência a espectáculos de ciclismo quando existe o uso de doping por parte dos ciclistas, onde alguns espectadores podem ignorar o consumo de doping dos mesmos, interessando-se sim, em que estes atinjam vitórias nas provas e alcancem bons registos, logo existe muita aderência a estes espectáculos, ignorando então o consumo de doping por parte dos ciclistas e colocando em causa a igualdade, e a justiça na competição. Este artigo analisa as mudanças na percepção do doping e as estratégias suíças de anti-doping ao longo dos últimos dez anos a nível do público em geral, bem como atletas de alto nível. O estudo é baseado em pesquisas repetidas de percepções da população em geral sobre as questões do doping realizadas entre 1995 e 2004. Como resultados, a consciência de público sobre o doping, ou seja, a importância que o público atribuiu ao doping cresceu entre 1995 e 2004. Onde em 1995, 47% da população concordou que o doping é um problema muito grave a nível desportivo e mais de 38% viram o doping como um problema bastante sério. No entanto 13% dos entrevistados não acreditam que o doping seja um grande problema. Em 2004 o cenário mudou drasticamente onde dois terços dos inquiridos subscreveu que o doping é um problema muito sério, outros 30% apoiaram a opinião de que é um pouco um problema sério, 4% acham o doping um pequeno problema e 1% diz que não é um Página 11
  • 12. problema. Este artigo num dos gráficos que dispõe também mostra que houve uma grande mudança nas atitudes em relação ao anti-doping nos últimos anos. Onde houve um aumento de concordância da população em que o doping deve ser expressamente proibido, e que a população não concorda com o doping sob supervisão medica e do doping livremente disponível. Neste estudo sugerem que a sensibilização do público em questões de doping tem aumentado substancialmente na Suíça entre 1995 e 2004. Actualmente parece haver um forte consenso para uma estratégia que combina a estrita proibição do doping com os esforços informativos e educativos. Este consenso não só levou à diminuição de diferenças sociais na percepção do problema do doping como também levou às actuais medidas anti-doping e os esforços adoptados pelo sector público e autoridades privadas, nomeadamente o Gabinete Federal dos Desportos e a Associação Olímpica Suíça. Os resultados indicam a convergência de atitudes públicas, bem como, a convergência das interpretações públicas e oficiais do problema do doping. Ainda no artigo de Stamm, Hanspeter et al. (2007). The public perception of doping in sport in Switzerland, 1995 – 2004. Gamper (2000, p.241) menciona que uma atitude mais liberal, por vezes defendida pelos meios de comunicação no final de 1990 e inicio de 2000 têm sido “roubadas” em grande parte por este novo consenso. Assim parece que as estratégias oficiais de informações juntamente com o crescente número de relatórios dos media em questões relacionadas com o doping têm tido um impacto sobre a percepção do público. Além disso, a evolução da sociedade como, por exemplo, alterando atitudes em relação ao abuso de drogas, também pode ter desempenhado um papel importante para a tendência de preferência pelo “desporto limpo”. Apesar do aumento da proporção da população que apoia a actual estratégia de combate ao doping, a contínua monitorização das percepções do público é uma parte importante de um conjunto de documentos de estratégias de anti-doping, pois pode informar as autoridades de mudanças na percepção pública de que têm de ser abordadas no futuro. No artigo de Carreira, Francisco et al. (2005). A avaliação da atitude dos profissionais de contabilidade face à ética: um estudo empírico. Ajzen (1988, p.115), Leyens (1994, p.116) e Lima (1996, p.116) estes definem o conceito de atitude de forma Página 12
  • 13. correcta conseguindo-se relacionar o problema em estudo As percepções e atitudes dos espectadores face ao doping e a assistência aos espectáculos de ciclismo. Os espectadores de espectáculos de ciclismo respondem favoravelmente ou desfavoravelmente a um acontecimento que neste caso poderá ser o uso de doping no ciclismo, sendo as consequências a presença ou não de espectadores nestes espectáculos de ciclismo, as atitudes são experiencias subjectivas traduzindo hipóteses relativas a um objecto, elementos avaliativos, afectivos e conativos, onde os espectadores têm uma atitude perante o uso de doping por parte de uma pessoa (ex: o seu ciclista preferido), ou do uso de doping no ciclismo no geral, avaliando também as suas atitudes se consideram bem ou mal o que eles fazem, se gostam ou não gostam, através disto vai haver uma atitude por parte dos espectadores em que aderem ou não a assistência aos espectáculos de ciclismo. No entanto, as suas atitudes podem ser alteradas, ou seja, maleáveis por via de fontes de informação e experiência dos indivíduos. No artigo de Raquel Ventura, Maria. (2004). Consumer Perceptions and Attitudes towards Food Safety in Portugal. O que Padberg et al. (1997, p.2) e Ajzen e Fishbein (1980, p.3) abordaram sobre atitudes e percepções no relaciona-se com o problema em estudo, o comportamento do consumidor que são os espectadores de ciclismo no meu caso, é determinado por emoções, motivações e atitudes, que provocam nestes uma consequência em relação à assistência a espectáculos de ciclismo, atitudes positivas ou negativas por parte dos ciclistas influenciam o comportamento dos espectadores relativamente à assistência ao ciclismo. As tomadas de decisão dos espectadores, ou seja, as atitudes destes face ao doping no ciclismo, dependem fortemente da sua percepção do doping, podendo isto se relacionar com a afirmação de Padberg et al. (1997, p.2). Experiência de consumo, ou seja, a assistência a espectáculos de ciclismo é que explicam a percepção dos espectadores sobre o doping nesta mesma modalidade. No artigo de Stamm, Hanspeter et al. (2007). The public perception of doping in sport in Switzerland, 1995 – 2004. A compreensão da consciência pública sobre o doping e a sua percepção na população é importante para uma estratégia eficaz de anti- doping. A percepção é a forma como se vê, se julga e se qualifica as coisas no mundo e em nós mesmos. A população desta forma, tem que saber julgar, saber ver e saber Página 13
  • 14. qualificar o doping, sendo que cada pessoa percepciona o doping de maneiras diferentes, cada pessoa tem uma opinião diferente relativamente ao doping. Sendo o estudo deste artigo baseado em pesquisas repetidas de percepções da população sobre o doping entre 1995 e 2004 na Suíça. Onde o público atribuiu grande importância às questões do doping entre estes anos. Também entre 1995 e 2004 houve mudanças nas atitudes do público em relação ao doping, onde estes concordaram que o doping devia ser expressamente proibido. Os resultados deste estudo indicaram que houve uma convergência das atitudes e interpretações públicas e oficiais do problema do doping, ou seja as pessoas ao longo destes anos têm dado grande importância ao doping, o que se pode traduzir em atitudes destas na assistência aos espectáculos de ciclismo por exemplo. Com a evolução da sociedade provocou também alterações nas atitudes em relação ao uso de drogas no desporto, onde a sociedade tem optado pela existência de “desporto limpo”, sem recorrer ao uso de substâncias dopantes. Apesar de o público concordar com as actuais medidas de controlo anti-doping, é necessário haver monitorização das percepções por parte dos mesmos, pois podem existir mudanças nas percepções no futuro. E ao existir essas mudanças nas percepções pode provocar a mudança de opinião em relação ao doping pelo público, e como consequência tratar a questão do doping de forma errada por exemplo, podendo o consumo de doping pelos ciclistas ser aceite no público e estes irem assistir a espectáculos de ciclismo ignorando a questão do doping, a justiça na competição e a igualdade de oportunidades. No artigo de Grinberg, Cassio (2000), A percepção. Kotler (1998, p.2), menciona que “Percepção é o processo pelo qual uma pessoa selecciona, organiza e interpreta as informações para criar um quadro significativo do mundo”, ou seja, para cada indivíduo ter uma percepção do doping tem primeiro de possuir conhecimento na área, receber e tratar informação, interpretá-la e depois sim criar uma opinião, saber ver e saber julgar o doping. No artigo de Borkowski, Nancy. (2005). Organizational Behavior in Health Care (Paperback). Chapter 3 Attitudes and Perceptions by Jeffrey Pickens. Allport (1935, p.44), define atitude como “Um estado mental ou neural de prontidão, organizado através da experiência, exercendo uma directiva ou influência dinâmica sobre a resposta do indivíduo a todos os objectos e situações no qual ele está relacionado”, ou seja, este Página 14
  • 15. estado exerce uma influência na resposta do indivíduo a uma pessoa ou acontecimento, por exemplo um ciclista recorrer ao doping ou o uso de doping no geral, gerando isto, atitudes dos espectadores positivas ou negativas, como a aderência aos espectáculos de ciclismo ou não. No artigo de Borkowski, Nancy. (2005). Organizational Behavior in Health Care (Paperback). Chapter 3 Attitudes and Perceptions by Jeffrey Pickens. Lindsay & Norman (1977, p.52), mencionam que “Percepção está intimamente relacionada com as atitudes. A percepção é o processo pelo qual os organismos interpretam e organizam a sensação de produzir uma experiência significativa sobre o mundo”. Segundo a Agência Mundial Anti - doping, esta define o doping como “qualquer mecanismo capaz de aumentar a capacidade física ou mental de forma artificial”. De acordo com o Programa Anti-Doping da Confederação Brasileira de Culturismo e Musculação, o doping segundo Juan António Samaranch antigo presidente do Comité Olimpico Internacional “…transgride a ética tanto do desporto quanto da ciência médica. O doping consiste da administração de substâncias pertencentes às classes de agentes farmacológicos proibidos e/ou do uso de vários métodos proibidos. A campanha anti-doping é fundamentada em três princípios básicos: respeito à ética médica e desportiva, protecção da saúde dos atletas e a certeza de um campo de jogo igual para todos os atletas durante a competição”. Ao longo dos anos habituamo-nos a conhecer o doping como o uso de substâncias ilicitas por parte dos ciclistas. Agora pensa-se que exista um outro tipo de doping, o doping mecanico. De acordo com uma noticia publicada no site da Eurosport por Gonçalo Moreira a 01 Junho 2010, com o titulo Doping Mecânico: Cancellara a motor? Este novo tipo de doping consiste num mecanismo com o nome de Gruber Assist, um aparelho (micro- motor) que é inserido no quadro da bicicleta que poderá pesar cerca de 1900 gramas, mas o rendimento obtido traduz-se numa poupança energética de até 100 watts. Pensa- se que alguns ciclistas de renome como por exemplo Fabian Cancellara já tenham recorrido a este novo tipo de doping, mas ainda não existem provas concretas. Cada vez mais deparamo-nos com o aparecimento de mais novas substancias dopantes e novos tipos de doping, seria interessante saber quais as atitudes e percepções dos espectadores de espectaculos de ciclismo face a isto. Atitutes e percepções essas que foram mencionadas nos artigos desta revisão de literatura, onde diversos autores deram a sua definição e opinião sobre estes dois conceitos. Página 15
  • 16. FORMULAÇÃO DAS HIPÓTESES DE PESQUISA As hipóteses deste estudo de acordo com a relação entre as duas variáveis são 3:  Primeira hipótese - os espectadores assíduos de ciclismo que assistiram ao Tour de France de 2006 tanto ao vivo como pelos meios de comunicação terem tido atitudes e percepções de ver os casos de doping que se registaram neste Tour de deixarem de ir ou acompanhar pelos diversos meios de comunicação as provas de ciclismo de renome de daqui em diante, devido a alguns dos seus ídolos ou equipas de ciclismo estarem envolvidos nestes casos de doping, de mudarem de opinião em relação aos mesmos, pela negativa, de manifestarem a sua frustração por estes casos terem acontecido à comunicação social, tendo isto consequências negativas tanto para o Tour de France como para a modalidade ciclismo no geral.  Segunda hipótese - os espectadores terem tido uma atitude e percepção de indiferença perante estes casos de doping e de continuarem a assistir aos Tour de France seguintes, tanto ao vivo como pelos diversos meios de comunicação, bem como, a outras provas de ciclismo oficiais de renome, de não verem o recurso ao doping como de negativo lhes ser indiferente.  Terceira hipótese - os espectadores terem tido uma atitude e percepção, de mudarem de opinião em relação aos ciclistas envolvidos, de manifestarem a sua frustração por estes casos terem acontecido à comunicação social e a consequência ser estes deixarem de ir ou acompanhar pelos diversos meios de comunicação com tanta frequência a Tour’s de France futuros, não serem presença assídua aos mesmos como eram anteriormente. Nestas 3 hipóteses ditas anteriormente, uns espectadores vêem o doping como uma droga e uma pratica anti-ética por parte dos ciclistas, outros têm uma opinião contrária e outros de indiferença. Os media também têm uma palavra a dizer sobre os casos de doping que ocorrem em diversas provas de ciclismo, estes muitas vezes transmitem informação errada ou dita de forma a causar outro impacto na sociedade, impacto esse negativo, persuadindo com essas informações certos espectadores tendo desta forma, Página 16
  • 17. consequências como por exemplo deixarem de assistir às provas de ciclismo ou a irem com menos frequência a estas, outros a informação transmitida ser-lhes indiferente e continuarem a assistir às provas de ciclismo na mesma. “O jornalista deve ouvir sempre, antes da divulgação dos fatos, todas as pessoas objecto de acusações não comprovadas, feitas por terceiros e não suficientemente demonstradas ou verificadas” Fenaj – Federação Nacional dos Jornalistas. Art.14. Código de Ética dos jornalistas Brasileiros. Congresso Nacional dos Jornalistas, (1987). No artigo de Maluly, Victor. (2003). O Doping e a Cobertura Jornalística. Luciano Maluly (2003, p.12) menciona que “A cobertura jornalística nos casos de doping passa pelas mesmas fases de uma reportagem desportiva, ou seja, por meio da pesquisa e entrevistas, o repórter selecciona os dados e constrói a matéria de maneira mais próxima da verdade”. Mas muitas vezes ao construir essa matéria leva aos leitores ou ouvintes interpretarem a informação de diferentes maneiras e daí tirarem diferentes conclusões, tendo por vezes consequências negativas nos diferentes casos de doping que são postos na imprensa desportiva. No artigo de Maluly, Victor. (2003). O Doping e a Cobertura Jornalística. Luciano Maluly (2003, p.13) menciona que “A luta contra o doping continua, desde que a carreira ou a vida de um atleta seja preservada, seja ele culpado ou não. Caso contrário, teremos sempre entre muitos condenados, atletas inocentes taxados publicamente como drogados, com as carreiras marcadas pelo resto da vida”. Também é necessário ter em consideração que todos os ciclistas envolvidos na Operação Puerto efectuada dois meses antes do inicio do Tour de France de 2006, foram impedidos de participarem no mesmo, devido a estarem envolvidos neste escândalo de doping, ciclistas esses famosos tais como Ivan Basso, Ian Ullrich, Francisco Mancebo entre outros, estes ciclistas possuem muitos fãs, e que os acompanhavam ao vivo em diversas provas de renome, estes ao serem impedidos de participarem neste Tour, também levou a algumas consequências para este, tais como, terem menos espectadores neste Tour devido a alguns dos seus ídolos estarem impedidos de participar, ou estarem indiferentes a estes casos e irem assistir à mesma ao Tour de France 2006, ou deixarem de ir definitivamente a estes tipos de espectáculos desportivos por não aceitarem este tipo de atitudes por parte de ciclistas ao terem consumido substâncias dopantes para melhorar a performance desportiva, acharem isto anti-ético. Consequências estas negativas para o Tour de France, pois teriam menos audiências directas e indirectas. Página 17
  • 18. Os inquiridos do questionário deste estudo podem ter tido atitudes e percepções negativas ou positivas antes, durante e depois do Tour de France de 2006, antes por exemplo ao saberem da Operação Puerto um escândalo de doping que envolveu alguns ciclistas de renome, teria influenciado a sua ida ou não ao Tour de France de 2006, ou acompanhamento do mesmo pelos meios de comunicação, durante o mesmo Tour também assistirem com mais ou menos frequência e depois do Tour de France ao ficarem a saber de todos estes casos, incluindo também o do vencedor Floyd Landis que também acusou positivo num controlo anti-doping e assim lhe foi retirado o titulo de vencedor do Tour de France de 2006, deixarem de assistir aos Tour’s de France seguintes, ou outras provas de renome como o Giro de Itália ou a Vuelta de Espanha, devido a todos estes casos de doping envolvendo diversos ciclistas, e deixarem mesmo de ser fãs dos mesmos por tudo isto, ou a outros espectadores de ciclismo estes escândalos de doping lhe ser indirente e acompanharem à mesmas o Tour de France de 2006, bem como, os outros Tour’s de anos seguintes e outros provas de renome na modalidade de ciclismo. Foram aqui mencionadas algumas das atitudes e percepções dos espectadores face ao doping e aos espectáculos de ciclismo, mais propriamente no Tour de France de 2006. Estas hipóteses serão comprovadas ou não por via de questionários a serem preenchidos pelos inquiridos, só assim ficaremos a saber se as hipóteses aqui levantadas são válidas. Com todos estes casos de doping passados antes e durante o Tour de France de 2006 será que tiveram consequências negativas no Tour de France de 2007 e noutras provas de renome do ciclismo? Menos audiência directa e indirecta por todos estes casos de doping no Tour de France 2006 e nas outras provas de ciclismo de renome nos anos seguintes? Através da metodologia escolhida pela equipa deste estudo vamos obter algumas informações que conseguem ajudar a responder a estas questões. Página 18
  • 19. ÂMBITO DO ESTUDO Este estudo pretende fundamentalmente saber quais as atitudes e percepções dos espectadores face ao doping e a sua assistência aos espectáculos de ciclismo. Hoje em dia existem muitos casos de doping em diversas provas oficiais de ciclismo, como o Tour de France por exemplo. Com o estudo em causa deseja-se saber qual a intenção dos espectadores em assistir aos espectáculos de ciclismo com casos de doping, saber se para eles isto é-lhes indiferente, se deixam de assistir definitivamente ou se deixam de assistir com menos frequência a estes espectáculos. Quanto a limitações identificam-se algumas como ao nível dos conteúdos temáticos, algumas dificuldades no acesso a artigos, livros e jornais específicos da área em estudo. Este problema pensa-se que nunca foi estudado e assim o material de apoio para levar este estudo avante será escasso, mas com todo o esforço e empenho da equipa deste estudo levaremos o mesmo avante e com conclusões de qualidade. PRESSUPOSTOS E LIMITAÇÕES Como pressupostos e limitações inerentes ao estudo salientamos o facto de o estudo ser possivelmente pioneiro e de não existirem referencias sistematizadas sobre as percepções e atitudes de espectadores face ao doping e a assistência aos espectáculos de ciclismo. As limitações práticas que detectamos neste estudo poderão estar relacionadas com o tempo, recursos e pessoal. No que toca ao tempo, estipulámos que todas as acções deste estudo até à elaboração de um relatório final tinham a duração mínima de 6 meses (mais especificado no cronograma), o que achamos muito tempo, mas é o que é o mínimo necessário na nossa opinião para a conclusão deste estudo. Em relação a recursos necessitaremos de adquirir 2 computadores, software SPSS para o tratamento dos dados dos questionários entre outros recursos, mas este serão os que terão custos mais avultados andará por volta dos 2500€ estes recursos ditos anteriormente, valor este muito difícil conseguir, devido à crise financeira que o nosso país atravessa. Em termos Página 19
  • 20. de limitações de pessoal, seremos 3 pessoas a contar comigo neste estudo, estipulou-se este número de pessoas por achar o mínimo necessário para levar este estudo avante durante 6 meses e se esse número acrescesse os custos com os honorários seria muito avultado, e nos tempos de hoje como já se disse anteriormente não podemos cometer excessos. São estas as limitações que encontramos neste estudo. PERTINÊNCIA DO ESTUDO A utilidade dos resultados práticos do trabalho e a sua aplicação e interesse potencial para os diferentes destinatários será de extrema importância para as pessoas pertencentes a organizações de renome do mundo do ciclismo, tais como, Federações de Ciclismo de diversos Países, União Ciclista Internacional (UCI), Equipas de Ciclismo, e elementos que trabalhem em organizações de mundo do ciclismo. É útil para as organizações ditas anteriormente ficarem a saber se tanto os espectadores que vêem ao vivo as provas oficiais de ciclismo como pelos diversos meios de comunicação deixam de assistir definitivamente ou com menos regularidade a essas provas, quando durante as mesmas são detectados casos de doping em alguns ciclistas entre os quais os seus favoritos, ou seja, quais serão as suas percepções e atitudes sobre este tema. Será importante para as pessoas do topo da pirâmide do mundo do ciclismo ficarem a saber quais as atitudes e percepções dos espectadores nas provas ciclismo quando existe casos de doping nas mesmas, e desta forma, saber se será necessário realizar controlos anti-doping mais rígidos de forma aos controlos positivos serem praticamente nulos e assim a audiência nas provas de ciclismo ser maior ou igual a provas anteriores, pois se uma das atitudes e percepções das pessoas quando existem casos de doping em provas de ciclismo de renome ser deixar de ir às mesmas, isso é muito mau, para quem patrocina o evento, para as equipas que competem nas mesmas, e para a imagem da modalidade no geral, pois envolve muito dinheiro e interesses. Página 20
  • 21. METODOLOGIA 1. SELECÇÃO DA AMOSTRA Em relação à primeira variável, Doping no Ciclismo (VI), a amostra seleccionada será de 1068 inquiridos, tendo em conta um universo de 100.000 indivíduos e uma margem de erro de 3%, residentes em Portugal. Relativamente à segunda variável audiência em espectáculos de ciclismo (VD), definimos a amostra baseando-nos na Volta à França em Bicicleta de 2006, ano com alguns casos de doping conhecidos. 2. INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTO A UTILIZAR Ao nível dos instrumentos a utilizar, pretende-se aplicar aos espectadores de ciclismo de Portugal um inquérito por questionário, via internet, onde este será colocado em blog’s e sites portugueses relativos a ciclismo e será preenchido pelos amantes desta modalidade e que acompanham diversas provas oficiais da mesma. Antes dos inquiridos preencherem o questionário em questão terão que preencher antes um outro questionário com perguntas que requerem alguma cultura sobre a modalidade de ciclismo, algumas delas relacionadas com o Tour de France de 2006, também por via internet e inserido em certos blog’s e sites portuguesas relativos a ciclismo, como já mencionado anteriormente, de seguida, se após o preenchimento deste questionário tiverem mais de 80% das respostas correctas, já poderão ter acesso ao preenchimento do questionário principal deste estudo, se tiverem menos de 80% não poderão preencher o mesmo. Estipulou-se este procedimento de modo a salvaguardar a viabilidade do estudo. O número mínimo de inquiridos será de 1067. Será também construído outro instrumento que consiste numa base de dados criada em SPSS, que reúna todos os dados recolhidos no sentido de facultar o trabalho realizado em futuras investigações, programas e estudos desta área. Utilizaremos também como instrumento de estudo uma entrevista semi- estruturada junto do Presidente da Federação de Ciclismo de Portugal, onde Página 21
  • 22. procuramos que sejam dadas respostas no âmbito da pergunta de partida e de algumas das perguntas decorrentes da mesma e anteriormente referenciadas. No questionário principal deste estudo usar-se-á a escala de Likert de 7 níveis (escala de atitudes) em 12 dos 25 itens que constituirão este questionário principal, agrupados em seis dimensões, em que se pedirá ao inquirido para manifestar o seu grau de concordância desde o discordo totalmente até ao concordo totalmente. Medindo-se depois as atitudes dos inquiridos somando ou calculando a média, do nível seleccionado para cada pergunta em que se use a escala de Likert de 7 níveis. 3. VALIDADE E FIABILIDADE DOS INSTRUMENTOS Não existem limitações de validade e fiabilidade dos instrumentos, visto estes serem questionários de fácil preenchimento com perguntas fechadas e simples. Relativamente à sua fiabilidade ela, será avaliada após a execução do pré-teste aos questionários previamente elaborados. 4. ORGANIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS A organização dos procedimentos será executada da seguinte forma: Será elaborado o questionário principal e insere-se os dados no programa SPSS 19, seguidamente serão colocados em blog’s e sites Portugueses relativos a ciclismo, de forma, a serem preenchidos pelos amantes da modalidade de ciclismo e espectadores assíduos de provas oficiais. Antes dos inquiridos preencherem o questionário em questão (principal) terão que preencher antes um outro questionário com perguntas que requerem alguma cultura sobre a modalidade de ciclismo, algumas delas relacionadas com o Tour de France 2006, também por via internet e inserido em blog’s e sites portugueses relativos a ciclismo, como já mencionado anteriormente, de seguida, se após o preenchimento deste questionário tiverem mais de 80% das respostas correctas, já poderão ter acesso ao preenchimento do questionário principal deste estudo, se tiverem menos de 80% não poderão preencher o mesmo. Estipulou-se este procedimento de modo a salvaguardar a viabilidade do estudo. Em conclusão, Página 22
  • 23. será elaborada a base de dados com a introdução dos dados que sofrerão a respectiva análise e por último será realizado o relatório final. Realizaremos também uma entrevista ao Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo. 5. TÉCNICAS UTILIZADAS As técnicas utilizadas na investigação serão a análise documental, através de artigos científicos e jornais especializados de modo a entender melhor os conceitos de atitudes e percepções, bem como, o fenómeno do doping. A outra técnica é a do questionário do tipo semiaberto apresentando um misto de questões abertas e fechadas, onde se saberá quais as atitudes e percepções dos inquiridos perante o problema em estudo. 6. OBJECTIVIDADE E TREINO DAS TÉCNICAS Não considero necessário o treino de técnicas, visto que os questionários apenas serão preenchidos pelos inquiridos e enviados para a equipa deste estudo, não sendo necessária qualquer interacção adicional com o inquirido. 7. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Este estudo é quantitativo do tipo descritivo – correlacional, explora e descreve relações entre as variáveis. Relativamente aos questionários, serão registados os resultados através do SPSS 19, após a aplicação dos mesmos. 8. RECOLHA DE DADOS A recolha de dados será realizada através de um questionário carregado em blog’s e sites prestigiados portugueses da modalidade de ciclismo, haverá uma interacção indirecta com os inquiridos, e após o seu preenchimento estes Página 23
  • 24. serão enviados pelos mesmos para a equipa que constitui este estudo, neste processo de recebimento dos questionários preenchidos pelos inquiridos será usado uma plataforma apropriada para enviar os questionários por parte dos inquiridos para a equipa do estudo. Não esquecendo que o acesso ao questionário principal está dependente do número de respostas correctas ao questionário secundário que dá acesso ao preenchimento do questionário principal, este questionário secundário também será carregado em blog’s e sites prestigiados portugueses da modalidade de ciclismo, sendo estes também enviados para a equipa do estudo. Será a equipa deste Estudo que corrigirá o Questionário Secundário, pois as perguntas escolhidas para este, tivemos em atenção qual a resposta adequada para essas mesmas perguntas, tendo recorrido a fontes fidedignas. 9. TRATAMENTO E ANÁLISE ESTATISTICA DE DADOS O tratamento dos dados será feito através do software SPSS (versão 19), como já foi referido anteriormente. Para a elaboração do relatório final será utilizado os softwares Microsoft Office Word e Excel 2007. Página 24
  • 25. ORÇAMENTO Rúbricas Quantidade Preço I.V.A. Total Equipamento de 1 --- --- --- Transporte (viatura própria) Equipamento 2 800.00€ 23,00% 984.00€ Administrativo FSE Software SPSS 19 1 1.550.00€ 23,00% 1906.50€ Electricidade 1 150.00€ 8,00% 162.00€ Combustíveis 1 100.00€ 23,00% 123.00€ (gasóleo) Material de Escritório Canetas 6 4.79€ 23,00% 5.89.€ 1 Resma Folhas 1 2.84€ 23,00% 3.49€ A4 Impressora 1 56.10€ 23,00% 69.00€ Multifunções Custos Pessoal Honorários 2 300.00€ --- 3600€ TOTAL 6853.88€ Página 25
  • 26. CRONOGRAMA Meses Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Acções Semana Semana Semana Semana Semana Semana Elaboração do Questionário de acesso ao Questionário do Estudo (Questionário Secundário) Elaboração do Questionário Principal Elaboração do Guião da Entrevista Entrevista Levantamento de Sites e Blog’s Negociação com Sites e Blog’s Acordo com os Sites e Blog’s Reajustamentos aos questionários Elaboração dos questionários Versão Final Inserção Dados SPSS 19 Aplicação dos Questionários (o Secundário e o Principal do Estudo) Elaboração da Base de Dados Análise dos Dados Análise da Entrevista Relatório Final Para uma melhor percepção e sistematização do estudo, as acções foram divididas por 6 meses considerando 4 semanas cada mês. No enquadramento destas acções, e para além dos questionários a serem preenchidos pelos inquiridos, será também realizada uma entrevista ao Presidente da Federação de Ciclismo de Portugal, com o intuito de saber a Página 26
  • 27. opinião deste face ao problema em estudo, e com os dados recolhidos desta entrevista, ajudar na consolidação do estudo referente à produção do relatório final. Página 27
  • 28. BIBLIOGRAFIA Agência Mundial Anti - Doping (1999). História e definição do Doping. Retrieved 26 Outubro 2011, from http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0405/Nandrolona/Doping.htm and http://www.wada-ama.org Barrera. Manuel et al. (2007). Orçamento para projectos de organizações de base. Retrieved 01 Novembro 2011, from http://www.redeamerica.org/Portals/0/Documentos%20gral/ManualOr.pdf Borkowski, Nancy. (2005). Organizational Behavior in Health Care (Paperback). Chapter 3 Attitudes and Perceptions by Jeffrey Pickens. 1st Edition. Miami, Florida, U.S.A: Jones and Bartlett Publishers, Inc. Brothersoft (2011). Preço do Software SPSS 19. Retrieved 29 Outubro 2011, from http://www.brothersoft.com/spss-72110.html Carreira, Francisco et al. (2005). A avaliação da atitude dos profissionais de contabilidade face à ética: um estudo empírico. Contabilidade e Gestão, Nº 5, pp. 111- 137. Retrieved from http://www.otoc.pt/downloads/files/1219661132_111-137.pdf Confederação Brasileira de Culturismo e Musculação (2001). Programa Anti-Doping – 05. Definição de Doping. Retrieved 01 Novembro 2011, from http://www.cbcm.com.br/modulos/canais/descricao.php?cod=67&codcan=8 Grinberg, Cassio (2000). A Percepção, pp.1-7. Retrieved from http://www.grinbergconsulting.com.br/admin/content/artigos/arquivos/artigo_0307_024 3.pdf Instituto do Desporto de Portugal (2011). Doping e Dados Estatísticos em Portugal. Retrieved 03 Novembro 2011, from http://www.idesporto.pt/conteudo.aspx?id=33&idMenu=7 and http://www.idesporto.pt/conteudo.aspx?id=77&idMenu=7 Página 28
  • 29. Jansson, Krista. (2007). Attitudes, perceptions and Risks of Crime: Supplementary Volume 1 to Crime In England and Wales 2006/2007. Retrieved from http://webarchive.nationalarchives.gov.uk/20110218135832/rds.homeoffice.gov.uk/rds/ pdfs07/hosb1907.pdf Jornal Record (2010). Impossível ganhar Tour sem Doping por Bernhard Kohl. Retrieved 23 Novembro 2010, from http://www.record.xl.pt/Modalidades/Ciclismo/interior.aspx?content_id=466704 Kendall, Lawrence et al. (2007). Perceptions Of Elite Coaches And Sports Scientists Of The Research Needs For Elite Coaching Practice. Journal of Sports Sciences, Vol. 25: 14, pp. 1577-1586. Retrieved from http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/02640410701245550. doi:10.1080/02640410701245550 Maluly, Victor. (2003). O Doping e a Cobertura Jornalística. INTERCOM – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, pp. 1-15. Retrieved from http://galaxy.intercom.org.br:8180/dspace/handle/1904/4304 Moreira, Gonçalo. (2010, Updated 03 Junho 2010). Doping Mecânico: Cancellara a motor? Retrieved 04 Outubro 2011, from http://tv.eurosport.pt/cycling/storynews_sto2347635.shtml Parrish, R. (2007). Acess to Major Events on Television under European Law. Journal Of Consumer Policy, Springer Science + Business Media, Vol. 31, pp. 79-98. Retrieved from http://www.springerlink.com/content/0681qj1n86615174/. doi:10.1007/s10603- 007-9058-x Radler, F. (2000). O Papel do Atleta na Sociedade e o Controle de dopagem no Esporte. Revista Brasileira de Medicina no Esporte, Vol. 7, Nº4, pp. 138-148. Retrieved from http://www.scielo.br/pdf/rbme/v7n4/v7n4a05.pdf Página 29
  • 30. Raquel Ventura, Maria. (2004). Consumer Perceptions and Attitudes towards Food Safety in Portugal. Universidade de Évora – Dep. Gestão de Empresas, Paper prepared for presentation at the 84th EAAE Seminar “Food Safety in a Dynamic Worl”, Zeist, The Netherlands, February 8-11, 2004. Retrieved from http://ageconsearch.umn.edu/bitstream/24986/1/sp04lu01.pdf Richard Romancini (2011). Exemplos de Cronogramas de Pesquisa. Retrieved 02 Novembro 2011, from http://pt.scribd.com/doc/55780206/Exemplos-de-Cronogramas- de-Pesquisa-1226984184429806-8 Stamm, Hanspeter et al. (2007). The public perception of doping in sport in Switzerland, 1995 – 2004. Journal of Sports Sciences, Vol. 26:3, pp. 235-242. Retrieved from http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/02640410701552914?url_ver=Z39.88- 2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%3dpubmed. doi:10.1080/02640410701552914 Stewart. Bob et al. (2010). Player and Athlete attitudes to drugs in Australian sport: implications for policy development. International Journal of Sport Policy, Vol. 2, Nº1, pp. 65-84. Retrieved from http://www.aaronctsmith.com/Article%20PDFs/Stewart%20IJSP%202010.pdf Tom Goldman (2006). Tour Champ Landis Failed Doping Test in Comeback. Retrieved 04 Novembro 2011, from http://www.npr.org/templates/story/story.php?storyId=5587579 Página 30
  • 31. ANEXOS  Questionário Principal do Estudo;  Questionário Secundário do Estudo (de acesso ao questionário principal);  Guião da Entrevista para a entrevista ao Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo. Página 31