Este documento resume um filme de ficção científica chamado Inception que explora como as emoções humanas podem afetar nossas ações, mesmo quando tentamos controlá-las. O filme segue um ladrão que extrai informações dos sonhos das pessoas e é contratado para plantar uma ideia na mente de alguém. Isso ilustra como as emoções como ansiedade e desespero podem levar a decisões impulsivas, apesar de nossas melhores intenções.
1. Escola
Secundária
Garcia
de
Orta
Ano
lectivo
2010/2011
Professora
Joana
Inês
Pontes
Emoções e o seu grande impacto
Será possível controlá-las?
Sílvia
Afonso
nº25
12ºB
Porto,
05
de
Março
de
20
2. Introdução
O
filme
Inception
(A
Origem
em
Portugal),
é
um
filme
de
ficção
científica
lançado
em
2010.
Escrito,
dirigido
e
produzido
pelo
britânico
Christopher
Nolan,
que
tem
com
elenco
Leonardo
DiCaprio,
Ken
Watanabe,
Joseph
Gordon-‐Levitt,
Marion
Cotillard,
Ellen
Page,
Tom
Hardy,
Cillian
Murphy,
Dileep
Rao,
Tom
Berenger
e
Michael
Caine.
A
história
retrata
um
ladrão
especializado
em
extrair
informações
do
inconsciente
dos
seus
alvos
durante
o
sonho.
Incapaz
de
visitar
seus
filhos,
Cobb
tem
a
oportunidade
de
vê-‐los
em
troca
de
um
último
trabalho:
fazer
a
inserção,
plantar
a
origem
de
uma
ideia
na
mente
de
um
rival
de
seu
cliente.
Neste
filme
é
retratada
fundamentalmente
a
mente
e
o
inconsciente
humano,
porém
também
retrata
de
certa
maneira
o
impacto
que
determinadas
emoções
têm
no
ser
humano,
sendo
estas
positivas
ou
negativas.
As
emoções
são
fundamentais
na
vida
do
ser
humano,
visto
que
estas
ajudam
a
que
os
outros
entendem
aquele
que
estamos
a
sentir
ou
ser
nós
agrada
a
situação
ou
não;
sem
elas
era
provável
vivermos
num
de
robots,
da
qual
o
mundo
seria
uma
confusão,
pois
não
existia
decisões
sensatas
e
correctas.
Existem
componentes
e
ou
reacções
da
emoção
que
ajudam
a
perceber
o
que
o
outro
sente
ou
pretende
transmitir,
nomeadamente
as
reacções
fisiológicas
e
comportamentais
e
reacções
expressivas.
Toda
a
gente
se
apercebe
das
alterações
orgânicas
que
as
pessoas
se
manifestam
e
independentemente
da
emoção,
esta
faz-‐se
acompanhar
de
uma
serie
de
reacções
corporais
ou
fisiológicas,
por
exemplo,
a
tristeza
leva
ao
choro,
o
medo
á
fuga,
quando
agúem
está
nervoso
o
seu
ritmo
cardíaco
é
maior.
Contudo,
as
emoções
traduzem-‐se
por
uma
atitude
corporal
que
se
exterioriza
por
gestos,
pelo
olhar,
pela
voz
e
por
determinados
sinais
do
rosto
que
permitem
às
pessoas
reconhecer
a
emoção
a
que
o
sujeito
está
a
passar,
por
exemplo,
um
sorriso
na
cara
pode
querer
dizer
o
sujeito
está
alegre
ou
feliz
(reacções
positivas).
Com
este
filme
é
possível
verificar
estas
mesmas
componentes
e
de
como
é
difícil
controlar
as
emoções,
visto
que
em
situações
específicas
estas
controlam
os
nossos
actos,
ou
seja,
para
ser
feliz
e
alcançar
o
que
sempre
quisemos,
deixa-‐nos
num
estado
de
ansiedade
e
até
mesmo
de
desespero,
o
que
vai
afectar
as
acções
pouco
sensatas
da
personagem
principal
que
tem
como
objectivo
superar
uma
das
magoas
da
vida
e
ir
finalmente
para
o
lado
de
quem
mais
ama.
3. O
criador
neste
filme
tem
realizado
muitos
filmes
únicos
e
revolucionários,
da
qual
cada
um
deles
retrata
um
determinado
género
e
especifica
um
dado
tema.
A
verdade
é
que
todos
os
filmes
realizados
de
Nolan
sempre
tiveram
fortes
proporções
incompreendidas,
Inception
é
o
seu
primeiro
filme
claramente
sobre
a
ficção
científica.
Porém,
o
enredo
resume-‐se
aos
sonhos,
como
os
trailers
e
os
posters
faziam
prever.
Não
há
criaturas
sobrenaturais,
extraterrestres
e
coisas
do
género.
Tudo
ocorre
na
Terra
e
com
pessoas
normais,
como
no
nosso
dia-‐a-‐dia.
É
um
mundo
onde
as
pessoas,
como
Dom
Cobb
(Leonardo
DiCaprio),
têm
a
capacidade
de
ultrapassar
realidades,
ou
seja
esta
personagem
é
como
uma
espécie
de
ladrão,
cujo
trabalho
especializado
é
extrair
informações
do
inconsciente
dos
seus
alvos
durante
o
sonho
ou
seja
envolve
a
obtenção
de
informações
valiosas,
extraídas
das
mentes
dos
seus
alvos
enquanto
estes
sonham.
Para
tal
recorrem
a
‘arquitectos’,
que
criam
os
mundos
em
que
esses
subconscientes
se
refugiam
e
onde
guardam
os
seus
segredos
mais
preciosos.
Fig.1-‐
mundo
criado
por
dos
arquitectos
do
subconsciente
O
termo
‘Inception”
(no
contexto
deste
filme)
dá
a
ideia
de
um
acto
de
colocar
uma
ideia
no
subconsciente
de
um
pessoa,
ao
invés
de
a
extrair,
tarefa
para
a
qual
Saito,
um
homem
de
negócios,
contrata
Cobb.
Um
acto
complexo
e
praticamente
impossível,
este
consiste
em
essencialmente
utilizar
o
poder
obsessivo
de
uma
ideia
(comparado
por
Cobb
a
um
vírus)
para
influenciar
o
comportamento
de
uma
pessoa.
Cobb,
perseguido
pelo
assassínio
da
sua
esposa,
afirma
que
é
possível
e
forma
uma
equipa
de
especialistas
que
inclui
a
arquitecta
Adriadne,
responsável
pela
criação
dos
designados
‘cenários’
onde
tentarão
implantar
a
ideia
na
sua
vítima,
Robert
Fischer,o
forjador
Eames,
que
possui
a
capacidade
de
assumir
qualquer
identidade
no
mundo
do
sonho,
o
químico
Yusuf,
responsável
pelas
substâncias
que
os
permitirão
manter-‐se
4. num
estado
de
sono
profundo
durante
um
largo
período
de
tempo,
e
Arthur,
o
braço
direito
de
Cobb.
Com
esta
pequena
parte
do
filme,
repara-‐se
o
quanto
as
emoções
afectam
um
pessoa;
por
exemplo,
a
personagem
principal,
Cobb
é
levada
de
certa
maneira
a
efectuar
o
trabalho
que
o
homem
de
negócios
pretende,
porém
apesar
de
ser
uma
tarefa
praticamente
impossível,
Cobb
realiza-‐a
visto
que
sofre
ainda
pela
trágica
perda
da
mulher
e
se
conseguir
finalizar
o
trabalho
poderá
regressar
para
os
filhos,
como
tanto
deseja.
Também
se
verifica
como
“o
jogo
psicológico”
funciona,
desencadeando
diferentes
emoções
e
estados
de
espírito
num
individuo,
neste
filme
é
retratada
a
emoção
de
desespero,
de
ansiedade
e
curiosidade,
na
medida
em
que
a
personagem
principal
realiza
as
suas
funções
em
função
daquilo
que
pretende
no
futuro
e
quando
a
“nova”
arquitecta
“entra”
no
mundo
dos
sonhos,
não
sabendo
inicialmente
o
que
realmente
está
a
ocorrer.
Fig.2-‐
Acção
improvável
na
realidade,
esta
acção
é
possível
realizar
no
sonho
devido
aos
cenários
efectuados
pelos
arquitectos.
Neste
filme
é
visível
o
quanto
as
personagens
não
conseguem
controlar
as
emoções,
como
a
maioria
das
pessoas,
deixando
assim
afectar
as
suas
acções
que
deveriam
ser
sensatas
e
simples.
É
necessário
ter
um
grande
controlo
das
emoções,
senão
não
teremos
controlo
daquilo
que
queremos
na
realidade,
deixando
assim
as
emoções
“escolher”
a
vida
que
querem
tomar.
Em
Inception,
as
personagens
ao
levarem-‐se
pelas
emoções,
ficam
de
certa
maneira
não
sabendo
o
que
é
real
ou
não,
deixando
assim
a
dúvida
persistir,
lembrando
um
grande
filme
do
mesmo
autor
que
relata
comportamentos
psicológicos
e
emoções,
Memento.
5. Existe
várias
partes
distintas
no
filme,
onde
é
possível
verificar
o
quanto
as
emoções
“afectam”
de
certa
maneira
a
nossa
maneira
de
racionalizar,
ou
seja,
nós
queremos
fazer
algo
que
achamos
correcto,
mas
na
verdade
a
componente
dos
sentimentos
“fala”
mais
alto
e
aí
as
nossas
decisões
mudam,
apenas
porque
o
ser
humano
vive
muito
as
emoções
e
por
vezes
não
as
consegue
controlar.
Uma
das
partes,
já
foi
referida,
é
quando
a
personagem
principal
é
levada
a
realizar
algo
que
acha
impossível,
mas
o
desejo,
a
vontade
e
o
desespero
da
morte
e
das
saudades
dos
filhos,
levam-‐no
a
realiza-‐lo
na
mesma.
A
outra
parte
do
filme
que
comprova
exactamente
isto
é
quando,
a
equipa
que
pretende
implantar
a
ideia,
decide
investigar
a
sua
relação
com
o
pai
(donos
da
empresa)
para
que
seja
mais
fácil
colocar
a
ideia
na
sua
mente
e
parecer
que
este
teve
a
ideia
sozinho,
sem
ajuda.
Nesta
parte
do
filme,
leva
a
uma
discussão
de
argumentos,
das
quais
destaca-‐se:
“
o
subconsciente
é
motivado
pela
emoção
e
não
pela
razão”
(Cobb),
esta
personagem
tem
como
objectivo
traduzir
a
ideia
num
conceito
emocional,
neste
caso
traduzir
uma
estratégia
comercial
em
emoção.
Cobb,
para
realizar
o
seu
propósito,
descobre
que
a
relação
do
filho
como
o
pai
é
tensa,
e
para
isso
necessitam
que
o
filho
(Robert)
tenha
uma
reacção
emocional
positiva
a
tudo
isto,
pois
as
emoções
positivas
suplantam
as
emoções
negativas.
No
entanto,
o
filme
têm
uma
grande
carga
emocional,
nomeadamente
quando
se
descobre
que
a
mulher
de
Cobb
morreu
devido
á
ideia
que
este
implantou
na
cabeça
da
amada,
o
que
levou-‐a
a
confundir
a
realidade
e
consequentemente
a
matar-‐se.
Também
ocorre
uma
parte
bastante
emotiva
quando
a
personagem
principal
e
a
sua
equipa
conclui
o
trabalho,
que
por
sua
vez
foi
bem
sucedido,
e
assim
este
pode
voltar
para
casa,
para
junto
dos
seus
filhos.
As
emoções
são
fundamentais
para
um
bom
funcionamento
do
ser
humano,
pois
sem
elas
seriamos
praticamente
robôs,
contudo
se
não
controlas-‐mos
as
nossas
emoções,
poderão
seguir-‐se
consequências
devastadoras,
e
este
filme
é
um
grande
exemplo
disso.
Fig.3-‐“totem”,
uma
espécie
de
amuleto
que
ajuda
as
personagens
a
não
confundir
o
sonho
com
a
realidade,
é
uma
espécie
de
objecto
pessoal.
6. Conclusão
Após
a
visualização
deste
filme,
verifica-‐se
a
grande
influencia
que
as
emoções
têm
na
vida
do
ser
humano.
Todas
as
nossas
acções
e
decisões
derivam
da
mesma
e
tudo
é
proveniente
do
nosso
subconsciente.
Todas
as
nossas
experiências
diferentes
reflectem
pensamentos
diferentes
e
transmitem
emoções
diferentes,
como
acontece
neste
filme,
ou
seja,
quando
a
personagem
principal
realiza
o
trabalho
para
que
este
seja
o
ultimo
e
volte
novamente
para
os
seus
filhos,
porém
muitas
das
acções
que
este
tem
no
enredo
provem
da
morte
da
mulher.
E
assim
podemos
verificar
o
quanto
as
emoções
afectam
a
vida
de
um
ser
humano
e
o
quanto
estas
afectam
as
nossas
acções,
visto
que
a
maior
parte
da
pessoas
não
as
controlam
deixando
a
sua
vida
em
função
das
emoções
que
tem
das
diversas
situações
que
enfrentam.
Assim,
é
possível
responder
à
questão
inicial,
de
que
sim
é
possível
controlar
as
emoções,
mas
por
outro
lado,
somos
“apanhados”
em
momentos
frágeis
e
vulneráveis
deixando
assim
a
nossa
ser
vida
ser
controlada
por
as
emoções;
mas
dependendo
das
pessoas
é
possível
esconde-‐las
dos
outros,
também
dependo
da
pessoa
que
a
observa,
ou
seja,
se
for
uma
pessoa
muito
próxima
do
sujeito
facilmente
entende
o
que
se
passa,
se
for
uma
pessoa
totalmente
desconhecida
é
provável
que
não
se
aperceba
que
haja
algo
de
errado.
Inception
é
um
filme
revolucionário
e
magnífico,
na
medida
em
que
a
história
é
cativante
que
retrata
diversas
emoções
e
como
estas
podem
descontrolar-‐se
e
afectar
a
nossa
vida
totalmente,
por
outro
lado,
avalia
o
poder
que
a
mente
e
o
subconsciente
de
cada
um
de
nós,
sem
eles
nada
éramos
e
nada
seriamos.
Um
factor
que
contribuí
para
a
visualização
do
filme
é
os
efeitos
especiais,
nomeadamente
quando
os
designados
arquitectos
desenham
as
coisas
no
mundo
da
mente,
da
qual
tudo
é
possível,
nada
se
opõe
ao
que
se
deseja.
Mas
coloca-‐se
uma
questão:
Mente
e
emoções,
um
“conjugação
perigosa”?
7. Bibliografia
Wikipédia,
a
inciclopédia
livre
(s/
data),”A
Origem”,
in
http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Origem
Jornal
de
Noticias,
jornal
online
(25
de
Fevereiro),”Melhor
filme:
Inception-‐
A
Origem”
(consultado
02/03/2011),
in
http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1793206&seccao=Cin
ema