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Editorial| O Brasil rebaixado
26 de março de 20141
A avaliação externa da situação do país apenas ratifica a percepção generalizada de falhas que só o
governo não reconhece.
O rebaixamento da nota de crédito internacional do Brasil pela agência de classificação de risco Standard
& Poor’s é um retrocesso que exige mais do que a reação inconformada da área econômica do governo. É
previsível que o Planalto tenha procurado desqualificar a avaliação, com o argumento de que a nota seria
inconsistente com as condições da economia e contraditória com o que define como “a solidez e os
fundamentos” do país. Os indicadores que a agência avaliou vêm sendo acompanhados internamente por
especialistas em contas públicas e há muito tempo não trazem boas notícias. A avaliação independente
externa apenas ratifica a percepção generalizada de que o governo descuidou do controle fiscal e não
consegue reorientar a economia para que volte a crescer.
A combinação de quase estagnação, de sobressaltos da inflação e de desequilíbrio das contas públicas
sustenta a nota, conforme declarações de economistas da própria agência. Há especial preocupação com
um dado recente, referente aos custos das compensações que bancarão as perdas do setor elétrico.
Especula-se que os subsídios a serem repassados ao setor, na tentativa de evitar um colapso no
fornecimento, podem envolver até mesmo aumento de impostos. Interrompe-se com a nova avaliação um
período de uma década de elevações na nota atribuída ao Brasil, sempre citado entre as economias com
maior potencial de desenvolvimento. Foi pelas virtudes de nação emergente que o país conquistou aos
poucos a confiança dos investidores internacionais. Perdê-la agora, quando poderia ampliar a atração de
projetos e recursos, é desalentador em todos os sentidos.
Mesmo que os mercados não tenham, de imediato, reagido negativamente à nova avaliação, há um abalo
evidente na imagem do Brasil. Agências de percepção de risco existem para orientar a movimentação dos
capitais mundiais e, apesar de falhas pontuais, são consideradas cada vez mais importantes para a
compreensão da economia globalizada. Ao tentar refutar a análise da Standard & Poor’s, o governo
apenas continua se comportando como se estivesse indiferente a uma realidade que preocupa a todos, em
especial quem produz. Há indícios de que o descontrole fiscal não é passageiro e de que o país ainda
enfrentará, como agravante, os desdobramentos da fragilização da Petrobras, cuja gestão vinha sendo
marcada por decisões desastradas.
A correção de rumo deve começar pela admissão das autoridades de que os fundamentos da economia
não são tão sólidos como o governo apregoa. A imagem do Brasil no Exterior depende de gestos
decididos de quem governa e formula as políticas orientadoras das decisões econômicas públicas e
privadas, e não de respostas retóricas. Ficou claro, com esse rebaixamento, que o discurso otimista
apresentado pela presidente Dilma em Davos foi insuficiente para conter a desconfiança internacional. O
país precisa reagir com pragmatismo, principalmente na área fiscal, para preservar a credibilidade
ameaçada.
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Postado por Editoria de Opinião, às 0:06
Categorias: Editoriais
Editorial| Responsabilidade de todos
26 de março de 20141
Agiu corretamente a Assembleia Legislativa ao garantir viabilidade para a construção das estruturas
temporárias exigidas pela Fifa para a realização de jogos da Copa do Mundo no Beira-Rio. Isenção fiscal
é dinheiro público, sim, mas os gaúchos, como todos os brasileiros, estão comprometidos com o Mundial
desde que nossos representantes políticos pleitearam a organização do evento. Agora é tarde para voltar
atrás.
Os inconformados têm todo o direito de protestar _ e ontem eles estiveram representados no parlamento
gaúcho pelos deputados que votaram contra o projeto de isenção do ICMS para as empresas interessadas
na operação. Alguns, é verdade, se colocaram contra apenas por razões políticas e para fazer média com a
turma do contra. Mas isso é parte do processo democrático. Como a maioria decidiu pela aprovação do
projeto, agora a responsabilidade é de todos _ políticos, governantes, empresários, cidadãos _ no sentido
de que façamos uma Copa inesquecível e deixemos legados positivos para a sociedade.

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  • 1. Editorial| O Brasil rebaixado 26 de março de 20141 A avaliação externa da situação do país apenas ratifica a percepção generalizada de falhas que só o governo não reconhece. O rebaixamento da nota de crédito internacional do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s é um retrocesso que exige mais do que a reação inconformada da área econômica do governo. É previsível que o Planalto tenha procurado desqualificar a avaliação, com o argumento de que a nota seria inconsistente com as condições da economia e contraditória com o que define como “a solidez e os fundamentos” do país. Os indicadores que a agência avaliou vêm sendo acompanhados internamente por especialistas em contas públicas e há muito tempo não trazem boas notícias. A avaliação independente externa apenas ratifica a percepção generalizada de que o governo descuidou do controle fiscal e não consegue reorientar a economia para que volte a crescer. A combinação de quase estagnação, de sobressaltos da inflação e de desequilíbrio das contas públicas sustenta a nota, conforme declarações de economistas da própria agência. Há especial preocupação com um dado recente, referente aos custos das compensações que bancarão as perdas do setor elétrico. Especula-se que os subsídios a serem repassados ao setor, na tentativa de evitar um colapso no fornecimento, podem envolver até mesmo aumento de impostos. Interrompe-se com a nova avaliação um período de uma década de elevações na nota atribuída ao Brasil, sempre citado entre as economias com maior potencial de desenvolvimento. Foi pelas virtudes de nação emergente que o país conquistou aos poucos a confiança dos investidores internacionais. Perdê-la agora, quando poderia ampliar a atração de
  • 2. projetos e recursos, é desalentador em todos os sentidos. Mesmo que os mercados não tenham, de imediato, reagido negativamente à nova avaliação, há um abalo evidente na imagem do Brasil. Agências de percepção de risco existem para orientar a movimentação dos capitais mundiais e, apesar de falhas pontuais, são consideradas cada vez mais importantes para a compreensão da economia globalizada. Ao tentar refutar a análise da Standard & Poor’s, o governo apenas continua se comportando como se estivesse indiferente a uma realidade que preocupa a todos, em especial quem produz. Há indícios de que o descontrole fiscal não é passageiro e de que o país ainda enfrentará, como agravante, os desdobramentos da fragilização da Petrobras, cuja gestão vinha sendo marcada por decisões desastradas. A correção de rumo deve começar pela admissão das autoridades de que os fundamentos da economia não são tão sólidos como o governo apregoa. A imagem do Brasil no Exterior depende de gestos decididos de quem governa e formula as políticas orientadoras das decisões econômicas públicas e privadas, e não de respostas retóricas. Ficou claro, com esse rebaixamento, que o discurso otimista apresentado pela presidente Dilma em Davos foi insuficiente para conter a desconfiança internacional. O país precisa reagir com pragmatismo, principalmente na área fiscal, para preservar a credibilidade ameaçada. Share on facebookShare on twitterShare on emailShare on pinterest_shareMore Sharing Services0 Postado por Editoria de Opinião, às 0:06 Categorias: Editoriais Editorial| Responsabilidade de todos 26 de março de 20141 Agiu corretamente a Assembleia Legislativa ao garantir viabilidade para a construção das estruturas temporárias exigidas pela Fifa para a realização de jogos da Copa do Mundo no Beira-Rio. Isenção fiscal é dinheiro público, sim, mas os gaúchos, como todos os brasileiros, estão comprometidos com o Mundial desde que nossos representantes políticos pleitearam a organização do evento. Agora é tarde para voltar atrás. Os inconformados têm todo o direito de protestar _ e ontem eles estiveram representados no parlamento gaúcho pelos deputados que votaram contra o projeto de isenção do ICMS para as empresas interessadas na operação. Alguns, é verdade, se colocaram contra apenas por razões políticas e para fazer média com a turma do contra. Mas isso é parte do processo democrático. Como a maioria decidiu pela aprovação do projeto, agora a responsabilidade é de todos _ políticos, governantes, empresários, cidadãos _ no sentido de que façamos uma Copa inesquecível e deixemos legados positivos para a sociedade.