1. Regras de Utilização das Mochilas
Na sequência do trabalho publicado na última edição da revista "The Lancet",
Stefano Negrini e os seus colegas desenvolveram uma série de recomendações para utilização saudável
das mochilas.
Escolher a mochila:
Uma mochila é como uma peça de vestuário: certifique-se de que não fica grande
Uma mochila grande significa, provavelmente, uma carga grande
As mochilas que abrem como concertinas são mais volumosas e podem colocar o seu corpo numa má
posição
Nas mochilas que não possuem costas rígidas há uma maior concentração da carga no fundo (pense num
saco de batatas)
Não se esqueça que o peso da mochila vazia influencia o peso da mochila cheia
Escolha alças largas e almofadadas
Tente encontrar uma mochila com um cinto
Escolha uma mochila que também tenha uma pega resistente e fácil de agarrar
Utilizar uma mochila:
As mochilas devem encher-se em altura em vez de em largura
Encha a mochila começando pelo fundo rígido e pelos objectos maiores e mais pesados, acrescentando
depois os mais pequenos e mais leves
Para pôr a mochila às costas, coloque-a primeiro numa mesa, dobre os joelhos (não a coluna), coloque as
alças e mantenha a carga próximo de si
Uma mochila deve sempre ser usada nas duas alças
Garanta que as alças ficam bem ajustadas
Garanta que o cinto está a ser utilizado e que está bem apertado
A parte rígida da mochila deve senmpre ser usada junto às costas
O fundo da mochila não deve ultrapassar a cintura
Desde que não esteja muito pesada, a mochila pode também ser carregada à mão
Nunca:
Utilize a mochila num só ombro
Carregue a mochila com material desnecessário
Apanhe uma mochila rapidamente
Corra com a mochila às costas
Puxe a mochila de um amigo, enquanto ele a traz às costas
Conselhos para acampar devidamente:
A escolha do terreno é importante quando se vai acampar. Deve ser o mais compacto possível, num plano
elevado e ligeiramente inclinado, para que a água da chuva não fique estancada.
É preferível fugir das zonas com muita vegetação pois os ramos podem cair em cima da tenda, se houver
vento ou se a árvores estiverem secas. Perto de rios ou lagos também não é muito seguro, pois, se chover
em abundância, pode haver cheias.
Antes de montar a tenda é conveniente limpar o terreno, pois uma pequena pedra ou galho pode rasgar o
2. chão impermeável. A experiência diz que aquela pedrinha que nos esquecemos de tirar fica sempre debaixo
do sítio mais doloroso do corpo.
Especialmente em tempo frio é importante reforçar o isolamento do tapete do chão, espalhando pela terra
uma camada espessa de folhas ou ervas secas; os fetos dão um resultado perfeito, assim como a urze ou
folhas de pinheiro.
O vento também pode estragar a estrutura da tenda, por isso é conveniente protegê-la do impacto directo
do vento, montando-a com a retaguarda voltada para o lado de onde sopra o vento. Para protecção
suplementar utiliza-se algum tipo de vegetação, muro de neve, pedras ou um pára-vento; inclusivamente
podem usar-se reforços cruzados sobre o duplo tecto e por baixo dele. Se o vento incidir sobre um ângulo
de 45º, reduz consideravelmente a sua força.
Se a tenda for montada nas horas de maior calor, não é aconselhável esticar demasiado as espias, pois a
humidade nocturna produz uma força da tensão, que se for excessiva, corre-se o risco de esforçar
demasiado as costuras, pano ou mesmo fazer com que as estacas se soltem. Isto é particularmente
importante para as tendas de lona!
Certifiquemo-nos de que o tecido fica completamente esticado e que não há rugas. A resistência ao vento e
a impermeabilidade dependem da correcta tensão do tecido.
As estacas da tenda devem geralmente ser colocadas num ângulo de 45º em relação ao solo. O
comprimento das estacas depende de tipo de solo onde se vão cravar. Os solos de terra mole e com muita
vegetação , requerem estacas compridas. Para solos de areia ou de nevadas, a colocação deve-se fazer de
forma especial para que a superfície que as suporta, seja a maior possível.
Um bom método consiste em fazer uma cruz de madeira com 2 paus de 30 centímetro de comprimento
cada; atam-se um ao outro e enterram-se num buraco de outros 30 centímetros de comprimento, excepto a
parte superior da corda que deve ficar de for a para se poder atar aos elásticos da tenda. É claro que
podemos sempre reforçar as espias ou a fixação com a ajuda de pedras, sacos de areia, de um aterro de
areia ou neve, atando as espias a árvores, arbustos, etc.
Outra solução para fixar melhor a tenda é pôs outra estaca em frente da que já está cravada, de forma a
que a força fique repartida pelas duas, aumentando a estabilidade da tenda.
As espias devem manter-se sempre esticadas, independentemente das condições atmosféricas (vento,
chuva) pois caso contrário a tenda começa a deformar-se.
Uma vez montada a tenda e sobretudo se o tempo se apresentar chuvoso, é conveniente fazer um rego a
toda a volta da tenda para que a água vá escorrendo. A profundidade adequada para o rego deve ser de 10
centímetros para chuvas moderadas e de 20 centímetros para chuvas torrenciais. Fazê-lo sempre por baixo
da beira do duplo tecto, por onde a água irá escorrer. Se a tenda for de lona, sem duplo tecto, é importante
nunca tocar nas suas paredes quando estiver a chover, pois isso vai provocar forte infiltração de água.
É importante que se tenha em consideração que, no campo, se pode atingir níveis muito razoáveis de
conforto, desde que se trabalhe com afinco e dedicação. Uma montagem escrupulosa e uma manutenção
permanente do campo são deveres essenciais do escoteiro. Mesas, cozinhas, latrinas eficazes, estruturas
para material e outras são o orgulho do bom escoteiro e o que o distingue do primitivismo rude e paleolítico
dos campistas balneares.
Os Sacos-Cama são quentes porque o seu acolchoado guarda ar que é aquecido pelo próprio corpo e
conserva a temperatura graças ao efeito isolante do material. Para tirar o melhor partido de um saco-cama
há que o desdobrar antes de nos deitarmos, para que ele ganhe a sua forma e se encha de ar, para depois,
ao entrarmos nele, o aquecermos ao transmitir-lhe o calor do nosso corpo. Uma boa maneira de
3. procedermos é metermo-nos lá dentro vestidos, despindo-nos uns momentos depois, quando o saco-cama
já estiver quente.
O vertiginoso aumento da utilização dos espaços verdes, mais ou menos isolados pelo homem, como
alternativa ao desempenho de exercício físico, exploração ou simplesmente para descanso do stress
citadino, obriga ao estabelecimento de uma série de normas de conduta pessoal a que devemos obedecer,
para melhor conservarmos as suas características iniciais sem prejuízo da própria natureza.
Toma atenção:
Obter a devida autorização de utilização.
Respeitar as normas locais.
Informar previamente as forças de segurança da tua presença (GNR, Polícia Florestal, etc.)
Utilizar caixotes do lixo.
Não alterar o estado do solo, água e vegetação.
Evitar cortar plantas, mover rochas, etc.
Evitar acender fogo sem ter em conta as medidas de protecção adequadas.
Circular de preferência a pé (sem a utilização de veículos)
Não acampar perto de ninhos.
Reduzir o emprego de sabões e detergentes.
Jamais utilizar aparelhagens sonoras.
E no fim:
Deixar o local melhor do que o encontraste.
(Ex.: deixando-o impecavelmente limpo e com toda a madeira arrumada)
Agradecer a autorização de utilização