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Mitologia e Literatura Sagrada                                                           165


GLOSSOLALIA, SÍMBOLO DE PODER NA IGREJA DE CORINTO
Israel Serique dos Santos1



           Desde o surgimento das ciências sociais as lentes pelas quais o
homem via o mundo deixaram de ser aquelas da ingênua leitura da harmonia
social, e passou-se para a percepção de esquemas de poder, dominação,
alienação e relações conflituosas entre classes sócias, gêneros, etnias, etc. E no
avançar desta nova percepção surge o modelo conflitual de análise dos textos
sagrados cristãos. Entre os acadêmicos que tem se utilizado desta ferramenta
para melhor elucidar os textos da religião cristã temos Joel Antônio Ferreira que,
em sua obra “Paulo, Jesus e os marginalizados – Leitura conflitual do Novo
Testamento”, afirma:

               Este modelo olha a sociedade não tanto como unidade estrutural estável mas
               como estrutura em tensão. A sociedade esta, na realidade, composta por uma
               pluralidade de grupos, cada um dos quais tende a conseguir seus próprios
               objetivos, protegendo os interesses específicos e de seus membros ... O modelo
               conflitual parte de uma visão dinâmica da sociedade. Ao contemplar os
               interesses das pessoas e dos grupos, este modelo leva a reconhecer a mudança
               e o conflito como fatores permanentes da sociedade. (FERREIRA, 2009, p. 49)


            Por esta perspectiva busca-se encontrar elementos que tragam à
tona a real situação histórica no qual o cristianismo originário estava envolvido, a
fim de que – pela análise das tramas de poder, dominação e alienação – os
pobres, as mulheres, os estrangeiros, os escravos, e toda sorte de classes de
pessoas, sejam evidenciados e os esquemas de exploração e inviabilização
social sejam denunciados, a partir dos exemplos bíblicos.
            Nossa pesquisa, portanto, fundamenta-se nestes pressupostos e
visa analisar a glossolalia, na comunidade cristã de Corinto, como símbolo de
poder e exclusão social; bem como evidenciar a proposta paulina como solução
para tal problema.




1
    Teólogo e mestrando em Ciências da religião pela PUC-GO.


Goiânia, v.1, n.1, p. 165-171,2010.
166     Anais do III Congresso Internacional em Ciências da Religião da PUC Goiás


2. A pessoa do Apóstolo Paulo

           O apóstolo Paulo era um homem de seu tempo. Judeu por
descendência e romano por nascimento, visto ter nascido na cidade romana de
Tarso; carregava consigo um cabedal eclético de conhecimento que fazia
intersecção entre a cultura judaica, grega e romana.
            Como judeu estudou na escola rabínica de Jerusalém aos pés de
Gamaliel, um dos mais importantes rabinos de sua época, e aprendeu toda a
tradição da lei mosaica em suas mais diferentes vertentes de interpretação e
especialmente pelas lentes do farisaísmo. Entretanto, como pessoa, cujo corpo
e mente estavam abertos para o mundo greco-romano, tal apóstolo estava
familiarizado tanto com as escolas de pensamentos filosóficos de seu tempo
- como é o caso do estoicismo, como com as mais variadas expressões
religiosas e seus respectivos mitos (como era o caso dos oráculos proferidos por
meio de glossolalia pelas pitonizas de Delfos).
             Neste contexto, portanto, Paulo, ao se corresponder com a
comunidade cristã de Corinto, para tratar sobre a questão da glossolalia, tinha
consigo duas ferramentas que poderia muito bem usar com o fim de dirimir as
dúvidas existentes naquela igreja e ajustar sua vida comunitária. A primeira
ferramenta era o seu conhecimento e simpatia para com a filosofia estóica, a
qual pregava a igualdade entre os homens, uma vez serem estes membros do
Uno2 -, e a segunda era sua ciência sobre as práticas glossolálicas existentes
em outras expressões religiosas de seu tempo, o que, possivelmente,
possibilitou-o a fazer análises e comparações com aquilo que estava presente
na comunidade corintiana.



3. A igreja de Corinto

           A comunidade cristã de Corinto, nos seus primeiros anos de
formação, passou por grandes desafios que militaram contra sua unidade
orgânica e espiritual. A linguagem na qual Paulo formata sua epístola mostra
não poucos pontos de tensão existente e que mereciam a devida atenção da
parte deste apóstolo.


2
  O problema do Uno e do Múltiplo não é tema exclusivo das obras paulinas, das Teologias ou
religiões, mas foi inaugurado por Platão e percorreu os debates entre universalistas e
nominalistas na história da filosofia ocodental. Pode-se verificar esses embates entre Platão e
Sofistas, Agostinho e os nominalistas de sua época, Descartes e Hume, analíticos e
hegelianos contemporâneos.


                                                          Goiânia, v. 1, n.1, p.165-171, 2010.
Mitologia e Literatura Sagrada                                                            167


            Em sua epístola ele faz citação às divisões (BÍLBIA SAGRADA,
1Co1,10, 1993) existentes no seio da comunidade; ao partidarismo (BÍLBIA
SAGRADA, 1Co 1,12; 3,3-6, 1993); à super valorização de atos miraculosos
(BÍLBIA SAGRADA, 1Co 1,22, 1993) e da filosofia (BÍLBIA SAGRADA, 1Co
1,22, 1993), em detrimento da mensagem da cruz (BÍLBIA SAGRADA, 1Co
1,23-24); às dissensões entre os irmãos – ao ponto de alguns levarem outros
diante do tribunal secular (BÍLBIA SAGRADA, 1Co 6,1-8, 1993) –; e várias
práticas consideradas não apropriadas aqueles que professavam a nova fé em
Cristo (BÍLBIA SAGRADA, 1Co 5,6; 6,9-11, 1993).3


4. A Questão Glossolálica

            Entretanto, além destas questões muito sérias, o apóstolo dos
gentios faz referências claras e enfáticas à glossolalia como sendo fomentadora
de dificuldades na comunidade ao ponto de ser necessário, aos olhos do
apóstolo, uma formatação litúrgica nos termos daquilo que ele mesmo orientou
em 1 Co 14:26-28.
             26 Que fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina,
             este traz revelação, aquele, outra língua, e ainda outro, interpretação. Seja tudo
             feito para edificação. 27 No caso de alguém falar em outra língua, que não
             sejam mais do que dois ou quando muito três, e isto sucessivamente, e haja
             quem interprete. 28 Mas, não havendo intérprete, fique calado na igreja, falando
             consigo mesmo e com Deus.

            Fenômeno semelhante já se fazia presente na religião greco-romana,
na qual, por meio de suas mitologias, atribuía-se a determinadas mulheres,
poderes de proferirem profecias através de sons desarticulados, sob a
inspiração do deus Apolo. Tais mulheres eram denominadas de pitonizas e suas
palavras eram tomadas como autoritativas, pois eram consideradas como vindas
do próprio deus Apolo aquele que viera à Delfos para pedir orientação.




3
  Deve-se observar que em I Co 6:9 a expressão “não vos enganeis”, no texto grego, está
vazada em uma estrutura gramatical (partícula negativa + verbo no tempo presente do
imperativo) cujo sentido do texto deve ser melhor entendido como sendo uma ordem para se
parar um ação em progresso, ou seja, “parem de se enganar”.


Goiânia, v. 1, n.1, p.165-171, 2010
168     Anais do III Congresso Internacional em Ciências da Religião da PUC Goiás



No cristianismo primitivo a glossolalia terá sua própria caminhada.
Primeiramente aparece como sendo símbolo da universal graça divina (BÍBLIA
SAGRADA, At 2,1-11); porém, num segundo momento, no escrito paulino de I
Coríntios, como um símbolo de poder que impunha a vontade e a personalidade
de uma classe seleta sobre os demais cristãos que não podiam arrogar-se como
sendo possuidores de tal carisma divino. Ora, essa polissemia que se encontra
na glossolalia faz parte da própria natureza do símbolo, tal como afirma Croatto:


             O símbolo é, então, um elemento desse mundo fenomênico (desde uma coisa
             até uma pessoa ou um acontecimento [grifo nosso]) que foi “transfigurado”,
             enquanto significa algo além de seu próprio sentido primário. (CROATTO, 2001
             p.87)




           Essa possibilidade de pluralidade de significados no símbolo é
decorrente da realidade que o homo religiosus interage com o mundo
fenomênico e atribui a seus seres aqueles significados que melhor se harmoniza
com os seus propósitos. Noutras palavras, o valor e o significado do símbolo não
têm sua origem em si mesmo, mas no homem4 que, como ser que faz cultura,
constrói um cosmos que lhe seja plausível e lhe ofereça significado.
             Como símbolo, também, a glossolalia cumpria uma função relacional
(CROATO, 2001, p. 107) visto que por meio dele certas pessoas se
solidarizavam e reconheciam-se como iniciadas em algo que os fazia distintos
do restantes das pessoas comuns com as quais interagiam cotidianamente.
Nisto, então, como símbolo de poder, a glossolalia, em Corinto, positivamente
destacava um certo grupo concedendo aos seus partícipes o status de maior
espiritualidade, maior proximidade e comunhão com o deus cristão. Em segundo
lugar, ela negativamente – com quanto não se



4
  Cabe ressaltar que a questão do homem como primeiro princípio do significado das coisas
foi introduzida por Protágoras, inaugurando o período sofístico e socrático da cultura
ocidental. Para Protágoras, “o homem é a medida de todas as coisas”. Esta mesma tese é,
resguardando as devidas proporções histórico-filosóficas, retomada pelos filósofos modernos:
René descartes (1596-1650), David Hume (1711-1776) e Immanuel Kant (1724-1804). No
aspecto teórico da modernidade, o critério do Eu – anteriormente definido por Protágoras
como homem – está na base de qualquer conhecimento e, portanto, é quem estabelece,
mediante símbolos, o significado de todas as coisas.



                                                        Goiânia, v. 1, n.1, p.165-171, 2010.
Mitologia e Literatura Sagrada                                                            169


manifestava em outro grupo – desqualificava aqueles que não manifestavam tal
experiência mística. Noutras palavras, a superioridade de determinadas pessoas
e o poder que elas exerciam sobre a comunidade corintiana era viabilizada e
legitimada pela glossolalia; esta era o sinal que validava e justificava qualquer
ingerência de terminadas pessoas nas questões eclesiásticas em Corinto e até,
possivelmente, como ainda hoje ocorre, na vida privada daqueles que
pertencem à mesma comunidade religiosa.
             Evidência desta relação entre glossolalia e poder podemos identificar
no texto de I Co 12:12-31 (Cf. BÍBLIA SAGRADA, 1993) quando Paulo cita
determinadas expressões como: “não podem os olhos dizer às mãos: não
precisamos de ti...” (BÍBLIA SAGRADA, 1Co 12,21, 1993), “... os membros do
corpo que parecem mais fracos” (BÍBLIA SAGRADA, 1Co 12, 1993) e “... e os
que nos parecem menos dignos” (BÍBLIA SAGRADA, 1Co 12,23, 1993). Por
estas três expressões percebemos, em linhas gerais, os sentimentos de
autosuficiência e superioridade que residia naqueles que se consideravam mais
espirituais por possuírem determinados tipos de dons; e entre eles, a glossolalia
(BÍBLIA SAGRADA, 1Co 12,30, 1993).



5. A PROPOSTA DE PAULO

          Diante do quadro supracitado, Paulo expõe aos cristãos de Corinto
uma proposta de solução aquele sistema de coisas, que muito se assemelhava
ao pensamento do estóico Sêneca nos seguintes pontos:5
             a. Primeiramente pelo uso, por analogia, da igreja como sendo o
             “corpo de Cristo” e o corpo humano como sendo um organismo
             harmônico cujas partes, em suas mais variadas funções, completam-
             se e, em equilíbrio, trabalham em uma relação vital no qual todos são
             beneficiados (I Co 12).
             b. Em segundo lugar, como conseqüência do primeiro enunciado, a
             dignidade e igualdade entre os homens, visto que todos procediam
             da razão (logos) divina (BÍBLIA SAGRADA, I Co 12, 1993; ZANELA,
             2009).


5
 10 E embora não haver registro histórico de um encontro entre o estóico Sêneca e o cristão
Paulo, fica evidente, pelos escritos paulinos que, possivelmente, houve uma relativa influência
do primeiro sobre o segundo, uma vez que encontramos nos escritos deste apóstolo preceitos
que muito bem se harmonizam com o estoicismo.


Goiânia, v. 1, n.1, p.165-171, 2010.
170    Anais do III Congresso Internacional em CiÊncias da Religião da PUC Goiás


           c. E, em terceiro lugar, na ênfase ao amor como virtude a ser
           cultivada e lei pela qual as ações humanas devam ser conduzidas
           (BÍBLIA SAGRADA, 1Co 13, 2009).

           No primeiro elemento, Paulo afirma as diferenças e mostra sua
utilidade dentro do contexto de um “corpo” que possui as mais variadas
necessidade a serem supridas. Neste contexto, o ensino apostólico caminha
pela via das diferenças que proporcionam o bem-estar de todos. Ou seja, havia
a necessidade do EU e do TU com vistas a uma mútua cooperação na qual
todos seriam supridos e o corpo seria são.
           No segundo, o apóstolo apela à comunidade corintiana que
considerasse atentamente para o fato de que a sabedoria divina havia disposto
cada membro em seu devido lugar, e que, portanto, ninguém deveria pensar de
si além do que convinha e nem prejulgar o seu próximo como sendo de pouco
ou de nenhum valor por não estar na mesma posição ou possuir a mesma
função na comunidade eclesiástica. Ora, se todos haviam sido alocados por
Deus, então, certamente, todos eram igualmente úteis à causa do Evangelho e a
comunidade, visto que todas as ações divinas são acompanhadas pela
sabedoria.
           Por fim, no terceiro, o pensamento paulino se organiza rumo ao
ápice de todo seu pensamento teológico e ético; ou seja, rumo ao amor (agape),
no qual todas as coisas que realmente tem valor permanente e são virtuosas se
mantêm. Pelo agape todas as querelas poderiam ser resolvidas visto ser ele o
dom supremo que possibilitava o bom uso dos demais carismas e uma vida
comunitária mais harmoniosa. Nas palavras de Paulo em 1Co 13:408:

           “...O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não
           se ensoberbece, 5 não se conduz inconvenientemente, não procura os seus
           interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; 6 não se alegra com a
           injustiça, mas regozija-se com a verdade; 7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera,
           tudo suporta. 8 O amor jamais acaba...” (BÍBLIA SAGRADA, 1993).




REFERÊNCIAS

BÍBLIA SAGRADA: Antigo e Novo Testamento. Traduzida em português por
João Ferreira de Almeida. 2. ed. Ver. Atual. São Paulo: Sociedade Bíblica do
Brasil, 1993.
                                                      Goiânia, v. 1, n.1, p.165-171, 2010.
Mitologia e Literatura Sagrada                                                           171



CHAVE LINGUÍSTICA DO NOVO TESTAMENTO. São Paulo: Vida nova, 1995.
DICIONÁRIO INTERNACIONAL DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO. 2
ed. São Paulo: Vida Nova,2.
O NOVO TESTAMENTO EM GREGO ANALÍTICO. 1. ed. em português. São
Paulo: Vida Nova, 1987.
O NOVO TESTAMENTO INTERLINEAR. São Paulo: Sociedade bíblica do
Brasil, 2004.
CHAMPLIN, Norman. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO
POR VERSÍCULO. São Paulo: A voz bíblica. Guaratinguetá, V. IV
CROATO, José Severino. As linguagens           da experiência religiosa: uma
introdução à fenomenologia da religião. São Paulo: Paulinas, 2001.
FERREIRA, Joel Antônio. Paulo, Jesus e os marginalizados: Leitura conflitual do
Novo Testamento. Goiânia: UCG, 2009.
MIRANDA, Marcos Vinícius Fernandes; OLIVEIRA Terezinha, O pórtico e a cruz:
uma análise do diálogo entre o estoicismo romano e o cristianismo. Disponível
em: http://cj.uenp.edu.br/ch/anpuh/textos/091.pdf. Acessado em 08/11/09.
TILLICH, Paul. História do pensamento cristão. Trad. Jaci Maraschin. 3. ed. São
Paulo: ASTE, 2004.
ZANELA, Diego Carlos. O cosmopolitismo estóico. Disponível                               em:
http://www.pucrs.br/edipucrs/IVmostra/IV_MOSTRA_PDF/Filosofia/71646-
DIEGO_CARLOS_ZANELLA.pdf. Acessado em 08/11/09.




Texto não presente na obra
Resumo: A comunidade cristã corintiana, por volta do ano 55 a.D., estava passando por uma
crise orgânica sem precedentes, uma vez que havia em seu seio questões relacionadas à
ética, moral, liderança comunitária, partidos eclesiásticos, usos e costumes que careciam de
uma orientação apostólica equilibrada e fomentadora de concórdia, tolerância e amor. Nesta
conjuntura, há no texto paulino, a citação da glossolalia como mais uma das tantas questões
conflituais existentes na igreja de Corinto e que evidencia um processo de anomia coletivo e
individual que estava se estabelecendo naquele cristianismo originário. Neste contexto, então,
Paulo propõe o ágape como meio condutor através do qual o carismata glossolálico poder ser
conduzido para aquele fim primeiro idealizado pelo Deus cristão, ou seja, a mútua edificação
do corpo congregacional.

Palavras-chave: Glossolalia; Ágape; Carismata; Conflitos; Corpo


Goiânia, v. 1, n.1, p.165-171, 2010.

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Glossolalia, símbolo de poder na igreja de Corinto

  • 1.
  • 2. Mitologia e Literatura Sagrada 165 GLOSSOLALIA, SÍMBOLO DE PODER NA IGREJA DE CORINTO Israel Serique dos Santos1 Desde o surgimento das ciências sociais as lentes pelas quais o homem via o mundo deixaram de ser aquelas da ingênua leitura da harmonia social, e passou-se para a percepção de esquemas de poder, dominação, alienação e relações conflituosas entre classes sócias, gêneros, etnias, etc. E no avançar desta nova percepção surge o modelo conflitual de análise dos textos sagrados cristãos. Entre os acadêmicos que tem se utilizado desta ferramenta para melhor elucidar os textos da religião cristã temos Joel Antônio Ferreira que, em sua obra “Paulo, Jesus e os marginalizados – Leitura conflitual do Novo Testamento”, afirma: Este modelo olha a sociedade não tanto como unidade estrutural estável mas como estrutura em tensão. A sociedade esta, na realidade, composta por uma pluralidade de grupos, cada um dos quais tende a conseguir seus próprios objetivos, protegendo os interesses específicos e de seus membros ... O modelo conflitual parte de uma visão dinâmica da sociedade. Ao contemplar os interesses das pessoas e dos grupos, este modelo leva a reconhecer a mudança e o conflito como fatores permanentes da sociedade. (FERREIRA, 2009, p. 49) Por esta perspectiva busca-se encontrar elementos que tragam à tona a real situação histórica no qual o cristianismo originário estava envolvido, a fim de que – pela análise das tramas de poder, dominação e alienação – os pobres, as mulheres, os estrangeiros, os escravos, e toda sorte de classes de pessoas, sejam evidenciados e os esquemas de exploração e inviabilização social sejam denunciados, a partir dos exemplos bíblicos. Nossa pesquisa, portanto, fundamenta-se nestes pressupostos e visa analisar a glossolalia, na comunidade cristã de Corinto, como símbolo de poder e exclusão social; bem como evidenciar a proposta paulina como solução para tal problema. 1 Teólogo e mestrando em Ciências da religião pela PUC-GO. Goiânia, v.1, n.1, p. 165-171,2010.
  • 3. 166 Anais do III Congresso Internacional em Ciências da Religião da PUC Goiás 2. A pessoa do Apóstolo Paulo O apóstolo Paulo era um homem de seu tempo. Judeu por descendência e romano por nascimento, visto ter nascido na cidade romana de Tarso; carregava consigo um cabedal eclético de conhecimento que fazia intersecção entre a cultura judaica, grega e romana. Como judeu estudou na escola rabínica de Jerusalém aos pés de Gamaliel, um dos mais importantes rabinos de sua época, e aprendeu toda a tradição da lei mosaica em suas mais diferentes vertentes de interpretação e especialmente pelas lentes do farisaísmo. Entretanto, como pessoa, cujo corpo e mente estavam abertos para o mundo greco-romano, tal apóstolo estava familiarizado tanto com as escolas de pensamentos filosóficos de seu tempo - como é o caso do estoicismo, como com as mais variadas expressões religiosas e seus respectivos mitos (como era o caso dos oráculos proferidos por meio de glossolalia pelas pitonizas de Delfos). Neste contexto, portanto, Paulo, ao se corresponder com a comunidade cristã de Corinto, para tratar sobre a questão da glossolalia, tinha consigo duas ferramentas que poderia muito bem usar com o fim de dirimir as dúvidas existentes naquela igreja e ajustar sua vida comunitária. A primeira ferramenta era o seu conhecimento e simpatia para com a filosofia estóica, a qual pregava a igualdade entre os homens, uma vez serem estes membros do Uno2 -, e a segunda era sua ciência sobre as práticas glossolálicas existentes em outras expressões religiosas de seu tempo, o que, possivelmente, possibilitou-o a fazer análises e comparações com aquilo que estava presente na comunidade corintiana. 3. A igreja de Corinto A comunidade cristã de Corinto, nos seus primeiros anos de formação, passou por grandes desafios que militaram contra sua unidade orgânica e espiritual. A linguagem na qual Paulo formata sua epístola mostra não poucos pontos de tensão existente e que mereciam a devida atenção da parte deste apóstolo. 2 O problema do Uno e do Múltiplo não é tema exclusivo das obras paulinas, das Teologias ou religiões, mas foi inaugurado por Platão e percorreu os debates entre universalistas e nominalistas na história da filosofia ocodental. Pode-se verificar esses embates entre Platão e Sofistas, Agostinho e os nominalistas de sua época, Descartes e Hume, analíticos e hegelianos contemporâneos. Goiânia, v. 1, n.1, p.165-171, 2010.
  • 4. Mitologia e Literatura Sagrada 167 Em sua epístola ele faz citação às divisões (BÍLBIA SAGRADA, 1Co1,10, 1993) existentes no seio da comunidade; ao partidarismo (BÍLBIA SAGRADA, 1Co 1,12; 3,3-6, 1993); à super valorização de atos miraculosos (BÍLBIA SAGRADA, 1Co 1,22, 1993) e da filosofia (BÍLBIA SAGRADA, 1Co 1,22, 1993), em detrimento da mensagem da cruz (BÍLBIA SAGRADA, 1Co 1,23-24); às dissensões entre os irmãos – ao ponto de alguns levarem outros diante do tribunal secular (BÍLBIA SAGRADA, 1Co 6,1-8, 1993) –; e várias práticas consideradas não apropriadas aqueles que professavam a nova fé em Cristo (BÍLBIA SAGRADA, 1Co 5,6; 6,9-11, 1993).3 4. A Questão Glossolálica Entretanto, além destas questões muito sérias, o apóstolo dos gentios faz referências claras e enfáticas à glossolalia como sendo fomentadora de dificuldades na comunidade ao ponto de ser necessário, aos olhos do apóstolo, uma formatação litúrgica nos termos daquilo que ele mesmo orientou em 1 Co 14:26-28. 26 Que fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina, este traz revelação, aquele, outra língua, e ainda outro, interpretação. Seja tudo feito para edificação. 27 No caso de alguém falar em outra língua, que não sejam mais do que dois ou quando muito três, e isto sucessivamente, e haja quem interprete. 28 Mas, não havendo intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus. Fenômeno semelhante já se fazia presente na religião greco-romana, na qual, por meio de suas mitologias, atribuía-se a determinadas mulheres, poderes de proferirem profecias através de sons desarticulados, sob a inspiração do deus Apolo. Tais mulheres eram denominadas de pitonizas e suas palavras eram tomadas como autoritativas, pois eram consideradas como vindas do próprio deus Apolo aquele que viera à Delfos para pedir orientação. 3 Deve-se observar que em I Co 6:9 a expressão “não vos enganeis”, no texto grego, está vazada em uma estrutura gramatical (partícula negativa + verbo no tempo presente do imperativo) cujo sentido do texto deve ser melhor entendido como sendo uma ordem para se parar um ação em progresso, ou seja, “parem de se enganar”. Goiânia, v. 1, n.1, p.165-171, 2010
  • 5. 168 Anais do III Congresso Internacional em Ciências da Religião da PUC Goiás No cristianismo primitivo a glossolalia terá sua própria caminhada. Primeiramente aparece como sendo símbolo da universal graça divina (BÍBLIA SAGRADA, At 2,1-11); porém, num segundo momento, no escrito paulino de I Coríntios, como um símbolo de poder que impunha a vontade e a personalidade de uma classe seleta sobre os demais cristãos que não podiam arrogar-se como sendo possuidores de tal carisma divino. Ora, essa polissemia que se encontra na glossolalia faz parte da própria natureza do símbolo, tal como afirma Croatto: O símbolo é, então, um elemento desse mundo fenomênico (desde uma coisa até uma pessoa ou um acontecimento [grifo nosso]) que foi “transfigurado”, enquanto significa algo além de seu próprio sentido primário. (CROATTO, 2001 p.87) Essa possibilidade de pluralidade de significados no símbolo é decorrente da realidade que o homo religiosus interage com o mundo fenomênico e atribui a seus seres aqueles significados que melhor se harmoniza com os seus propósitos. Noutras palavras, o valor e o significado do símbolo não têm sua origem em si mesmo, mas no homem4 que, como ser que faz cultura, constrói um cosmos que lhe seja plausível e lhe ofereça significado. Como símbolo, também, a glossolalia cumpria uma função relacional (CROATO, 2001, p. 107) visto que por meio dele certas pessoas se solidarizavam e reconheciam-se como iniciadas em algo que os fazia distintos do restantes das pessoas comuns com as quais interagiam cotidianamente. Nisto, então, como símbolo de poder, a glossolalia, em Corinto, positivamente destacava um certo grupo concedendo aos seus partícipes o status de maior espiritualidade, maior proximidade e comunhão com o deus cristão. Em segundo lugar, ela negativamente – com quanto não se 4 Cabe ressaltar que a questão do homem como primeiro princípio do significado das coisas foi introduzida por Protágoras, inaugurando o período sofístico e socrático da cultura ocidental. Para Protágoras, “o homem é a medida de todas as coisas”. Esta mesma tese é, resguardando as devidas proporções histórico-filosóficas, retomada pelos filósofos modernos: René descartes (1596-1650), David Hume (1711-1776) e Immanuel Kant (1724-1804). No aspecto teórico da modernidade, o critério do Eu – anteriormente definido por Protágoras como homem – está na base de qualquer conhecimento e, portanto, é quem estabelece, mediante símbolos, o significado de todas as coisas. Goiânia, v. 1, n.1, p.165-171, 2010.
  • 6. Mitologia e Literatura Sagrada 169 manifestava em outro grupo – desqualificava aqueles que não manifestavam tal experiência mística. Noutras palavras, a superioridade de determinadas pessoas e o poder que elas exerciam sobre a comunidade corintiana era viabilizada e legitimada pela glossolalia; esta era o sinal que validava e justificava qualquer ingerência de terminadas pessoas nas questões eclesiásticas em Corinto e até, possivelmente, como ainda hoje ocorre, na vida privada daqueles que pertencem à mesma comunidade religiosa. Evidência desta relação entre glossolalia e poder podemos identificar no texto de I Co 12:12-31 (Cf. BÍBLIA SAGRADA, 1993) quando Paulo cita determinadas expressões como: “não podem os olhos dizer às mãos: não precisamos de ti...” (BÍBLIA SAGRADA, 1Co 12,21, 1993), “... os membros do corpo que parecem mais fracos” (BÍBLIA SAGRADA, 1Co 12, 1993) e “... e os que nos parecem menos dignos” (BÍBLIA SAGRADA, 1Co 12,23, 1993). Por estas três expressões percebemos, em linhas gerais, os sentimentos de autosuficiência e superioridade que residia naqueles que se consideravam mais espirituais por possuírem determinados tipos de dons; e entre eles, a glossolalia (BÍBLIA SAGRADA, 1Co 12,30, 1993). 5. A PROPOSTA DE PAULO Diante do quadro supracitado, Paulo expõe aos cristãos de Corinto uma proposta de solução aquele sistema de coisas, que muito se assemelhava ao pensamento do estóico Sêneca nos seguintes pontos:5 a. Primeiramente pelo uso, por analogia, da igreja como sendo o “corpo de Cristo” e o corpo humano como sendo um organismo harmônico cujas partes, em suas mais variadas funções, completam- se e, em equilíbrio, trabalham em uma relação vital no qual todos são beneficiados (I Co 12). b. Em segundo lugar, como conseqüência do primeiro enunciado, a dignidade e igualdade entre os homens, visto que todos procediam da razão (logos) divina (BÍBLIA SAGRADA, I Co 12, 1993; ZANELA, 2009). 5 10 E embora não haver registro histórico de um encontro entre o estóico Sêneca e o cristão Paulo, fica evidente, pelos escritos paulinos que, possivelmente, houve uma relativa influência do primeiro sobre o segundo, uma vez que encontramos nos escritos deste apóstolo preceitos que muito bem se harmonizam com o estoicismo. Goiânia, v. 1, n.1, p.165-171, 2010.
  • 7. 170 Anais do III Congresso Internacional em CiÊncias da Religião da PUC Goiás c. E, em terceiro lugar, na ênfase ao amor como virtude a ser cultivada e lei pela qual as ações humanas devam ser conduzidas (BÍBLIA SAGRADA, 1Co 13, 2009). No primeiro elemento, Paulo afirma as diferenças e mostra sua utilidade dentro do contexto de um “corpo” que possui as mais variadas necessidade a serem supridas. Neste contexto, o ensino apostólico caminha pela via das diferenças que proporcionam o bem-estar de todos. Ou seja, havia a necessidade do EU e do TU com vistas a uma mútua cooperação na qual todos seriam supridos e o corpo seria são. No segundo, o apóstolo apela à comunidade corintiana que considerasse atentamente para o fato de que a sabedoria divina havia disposto cada membro em seu devido lugar, e que, portanto, ninguém deveria pensar de si além do que convinha e nem prejulgar o seu próximo como sendo de pouco ou de nenhum valor por não estar na mesma posição ou possuir a mesma função na comunidade eclesiástica. Ora, se todos haviam sido alocados por Deus, então, certamente, todos eram igualmente úteis à causa do Evangelho e a comunidade, visto que todas as ações divinas são acompanhadas pela sabedoria. Por fim, no terceiro, o pensamento paulino se organiza rumo ao ápice de todo seu pensamento teológico e ético; ou seja, rumo ao amor (agape), no qual todas as coisas que realmente tem valor permanente e são virtuosas se mantêm. Pelo agape todas as querelas poderiam ser resolvidas visto ser ele o dom supremo que possibilitava o bom uso dos demais carismas e uma vida comunitária mais harmoniosa. Nas palavras de Paulo em 1Co 13:408: “...O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, 5 não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; 6 não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; 7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 8 O amor jamais acaba...” (BÍBLIA SAGRADA, 1993). REFERÊNCIAS BÍBLIA SAGRADA: Antigo e Novo Testamento. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. 2. ed. Ver. Atual. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993. Goiânia, v. 1, n.1, p.165-171, 2010.
  • 8. Mitologia e Literatura Sagrada 171 CHAVE LINGUÍSTICA DO NOVO TESTAMENTO. São Paulo: Vida nova, 1995. DICIONÁRIO INTERNACIONAL DE TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO. 2 ed. São Paulo: Vida Nova,2. O NOVO TESTAMENTO EM GREGO ANALÍTICO. 1. ed. em português. São Paulo: Vida Nova, 1987. O NOVO TESTAMENTO INTERLINEAR. São Paulo: Sociedade bíblica do Brasil, 2004. CHAMPLIN, Norman. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. São Paulo: A voz bíblica. Guaratinguetá, V. IV CROATO, José Severino. As linguagens da experiência religiosa: uma introdução à fenomenologia da religião. São Paulo: Paulinas, 2001. FERREIRA, Joel Antônio. Paulo, Jesus e os marginalizados: Leitura conflitual do Novo Testamento. Goiânia: UCG, 2009. MIRANDA, Marcos Vinícius Fernandes; OLIVEIRA Terezinha, O pórtico e a cruz: uma análise do diálogo entre o estoicismo romano e o cristianismo. Disponível em: http://cj.uenp.edu.br/ch/anpuh/textos/091.pdf. Acessado em 08/11/09. TILLICH, Paul. História do pensamento cristão. Trad. Jaci Maraschin. 3. ed. São Paulo: ASTE, 2004. ZANELA, Diego Carlos. O cosmopolitismo estóico. Disponível em: http://www.pucrs.br/edipucrs/IVmostra/IV_MOSTRA_PDF/Filosofia/71646- DIEGO_CARLOS_ZANELLA.pdf. Acessado em 08/11/09. Texto não presente na obra Resumo: A comunidade cristã corintiana, por volta do ano 55 a.D., estava passando por uma crise orgânica sem precedentes, uma vez que havia em seu seio questões relacionadas à ética, moral, liderança comunitária, partidos eclesiásticos, usos e costumes que careciam de uma orientação apostólica equilibrada e fomentadora de concórdia, tolerância e amor. Nesta conjuntura, há no texto paulino, a citação da glossolalia como mais uma das tantas questões conflituais existentes na igreja de Corinto e que evidencia um processo de anomia coletivo e individual que estava se estabelecendo naquele cristianismo originário. Neste contexto, então, Paulo propõe o ágape como meio condutor através do qual o carismata glossolálico poder ser conduzido para aquele fim primeiro idealizado pelo Deus cristão, ou seja, a mútua edificação do corpo congregacional. Palavras-chave: Glossolalia; Ágape; Carismata; Conflitos; Corpo Goiânia, v. 1, n.1, p.165-171, 2010.