Este documento fornece uma classificação taxonômica e descrição dos principais aspectos dos peixes cartilaginosos, incluindo tubarões, raias e quimeras. Apresenta informações sobre sua anatomia, hábitos alimentares, reprodução e ameaças que enfrentam.
3. Chondrichthyes:
1000 (+ ou -) espécies atuais;
Representantes: tubarões, raias e quimeras;
Notocorda persistente e vértebras completas e
separadas;
Caixa craniana sólida;
Mandíbulas presentes;
Cinturas peitoral e pélvica presentes.
4. Registro geológico:
•
•
•
•
Filogenia dos peixes
cartilaginosos não é muito
clara;
Siluriano Superior: registro
fóssil
Triássico: 1 representantes da
radiação moderna
Chondrichthyes basais:
dentes tricúspides, com
pequeno desenvolvimento da
raiz.
7. Tubarões
11 ordens e 34 famílias;
Bentônicos ou pelágicos;
Brânquias lamelares;
Cinese craniana (movimentação do crânio – mandíbula
protrátil);
5 a 7 fendas branquiais nas laterais das cabeças;
Corpo fusiforme ;
Esqueleto cartilaginoso calcificado (organizado);
Corpo tubarão: armadura, flexível e protetora;
Escamas placóides (escamas recobertas por esmalte e
uma placa basal de dentina no interior da derme).
10. Dentição
• Dentes implantados na carne, não na mandíbula
• O formato dos dentes revela os hábitos alimentares
.
dos animais;
• Dentes pontiagudos e serrilhados nos tubarões:
agarrar e cortar;
19. Sistema nervoso
Sistema nervoso é bastante desenvolvido, conta com dez
pares de nervos cranianos.
A medula espinhal é protegida pelos arcos neurais.
Órgãos dos sentidos estão presentes.
Lóbulos olfativos bastante desenvolvidos – cheiro
Ouvido – vibração sensorial (mecano-recepção)
Visão
20. Ampollas de Lorenzini
São pequenas bolsas gelatinosas
contendo células sensitivas
ligadas a fibras nervosas;
Contem eletrorreceptores que
captam a “Bioeletricidade” –
0,001 mv
Sentem variações de 0,001ºC.
21. Linha Lateral
• Fino sulco ao longo do
.
corpo desses animais
contendo aberturas que se
comunicam com células
nervosas sensoriais
(neuromastosmecanorreceptores).
22. IMOBILIDADE TÔNICA:
•A mergulhadora italiana Cristina Zanato
desenvolve uma técnica pouco conhecida
para "adormecer" tubarões chamada de
Imobilização Tônica.
•Muitos animais, tais como o tubarão, as
cobras, escaravelhos e até as gambás
praticam a denominada imobilidade tônica, ou
seja, aparentam um estado de morte, ficam
temporariamente paralisados, tal qual
estivessem inanimados.
•As razões para esta morte fictícia advêm de
fatores que ainda são incógnitos. Existem
diversas teorias que tentam solucionar todas
as dúvidas. Pensa-se que poderá ser uma
ação reflexa, um mecanismo de
defesa, ou, no caso dos tubarões, poderá
estar relacionado com os métodos de
reprodução.
24. “Finning”
• Através dos pratos de culinária que
utilizam o tubarão fazendo uma sopa –
de barbatanas – tida como afrodisíaca
que faz parte da culinária oriental.
28. As raias, arraias ou peixes batóides
são peixes cartilaginosos. Na sua grande
maioria sedentários, vivendo enterrados
ou sobre fundo de areia ou lodo. São
predominantemente marinhos vivendo na
zona bentônica, mas existem algumas
espécies mais adaptadas à vida
pelágica, como por exemplo, a raia
manta. Algumas ainda são encontradas
em água doce, sendo vistas sobre tudo
em cursos de rio. Possuem fósseis
datados da era mesozóica.
29. corpo achatado dorso-ventralmente
fendas
branquias encontram-se na
região ventral (característica que as
separa dos tubarões)
nadadeiras peitorais largas e delgadas
aspecto discóide
cauda em forma de chicote com
espinho dorsal grande e serrilhado
pele rigida coberta por escamas
placóides e glândulas mucosas
30. na parte dorsal –
aberturas que levam água às
cavidades branquias
olhos bem desenvolvidos, porém
incapazes de enxergar colorido
muitas espécies possuem ferrões
venenosos na cauda
dentes
formam
várias
fileiras, transformados em placas
serrilhadas
possuem mandíbulas móveis
Espiráculos
32. Subclasse: Elasmobranchii
Algumas raias têm uma cauda alongada, a qual
sustenta 2 nadadeiras dorsais e 1 caudal terminal;
Cauda em forma de chicote – espinho dorsal grande
e serrilhado
Reprodução:
Machos com cláspers;
Fecundação interna;
Vivípara ou Ovípara
37. As raias possuem o formato ideal para
viverem no fundo dos oceanos, a até 3 mil
metros de profundidade. Possuem
tamanhos variados, a menor é a arraiaelétrica, com 10 cm e a maior é a arraiajamanta que chega até 7metros.
Normalmente são mansas atacando só
quando se sentem ameaçadas. Algumas
espécies de raias têm sobre a pele um tipo
de gosma que ajuda a diminuir o atrito
com a água e aumenta a velocidade na
natação.
39. Os peixes-serra são os representantes da
ordem
Pristiformes
e
da
família
Pristidae, classificado entre os peixes
batoides, em outras palavras, as raias.
Apresentam como principal característica a
maxila bem alongada, com dentes também
alongados inseridos regularmente nos
bordos exteriores. A serra possui poros que
são sensíveis ao movimento e à eletricidade.
O peixe-serra utiliza essa serra para
procurar alimento nos fundos arenosos ou
lodosos.
40. encontrados em áreas tropicais e sub
tropicais
vivem
na
água
rasa,
enlameada,
podendo
ser
encontrado em água doce e e salgada
alimentam-se de pequenos peixes e
crustáceos
cabeça achatada dorsoventralmente
corpo comprido e alongado de cor
cinza-azulada
41. nadadeiras
triangulares atrás da
cabeça e nadadeira dorsal dupla
animais noturnos, dormem durante o
dia e cação a noite
vivem em torno de 20 a 25 anos
são ovivíparos, dão à luz a mais de 20
filhotes
já
completamente
formados, inclusive armados com uma
pequena serra
42. Sua carne, assim como a dos tubarões, é
considerada saborosa. Todas as espécies de
peixe-serra são consideradas criticamente
em perigo, sendo que seu comércio
internacional está proibido. A captura
acidental em redes de pesca é comum, além
de serem caçados por causa de suas
barbatanas que são consumidas como uma
iguaria e seu óleo de fígado para uso em
medicamentos tornou-se uma espécie
ameaçada de extinção.
44. Nadadeiras
A nadadeira caudal impulsiona o corpo para frente;
Nadadeiras peitoral e pélvica: direcionamento vertical;
1-2 nadadeiras dorsais, em alguns casos uma
anal, estabiliza o peixe na água e orienta na
movimentação horizontal.
45. Sistema digestório
Esôfago curto, liga-se ao estômago em forma de J
com duas porções (pilórica e cardíaca). Segue o
intestino que termina na cloaca.
Fígado 60% da cavidade abdominal (dois lobos)
com grande concentração de óleo (flutuabilidade)
Vesícula biliar esverdeada
O pâncreas situa-se entre o estomago e o intestino
46. Sistema respiratório
Abrindo e fechando a boca, os tubarões aspiram e expelem
água através das fendas branquiais e espiráculos;
Os tubarões apresentam de 5 a 7 fendas branquiais;
50. Subclasse Holocephali
Sinapomorfias
Suspensão hiostílica da mandíbula;
Arcos branquiais abaixo da caixa craniana;
Nadadeira peitoral com dois elementos basais;
Nadadeira dorsal articula-se com os elementos craniais do esqueleto axial.
Relações filogenéticas dos Gnatostomados.
51. Anatomia
•
•
As placas dentígeras duram por toda a vida;
Algumas espécies apresentam, como estruturas de defesa, uma glândula de veneno
associada a um espinho dorsal robusto e, também, um clásper cefálico, de forma
similar a um bastão, nos machos.
52. Ecologia
Geralmente encontrados abaixo dos 80 metros de profundidade, dirigindo-se
a águas rasas para depositar seus ovos;
A maioria das espécies se alimenta de camarões, gastrópodes e ouriços-domar;
Registro dos locais de coleta de holocéfalos (fonte: eol.org)
53. Diversidade:
•
44 espécies, dividas em 1 ordem e 3 famílias.
“peixe-elefante”
Hydrolagus colliei
Cápsula de ovo de um holocéfalo.
Hydrolagus alberti
55. Sistema circulatório
•O coração situa-se abaixo da região branquial em uma bolsa, o
pericárdio.
•Consiste em seio venoso, átrio, ventrículo e cone arterial.
•Coração com 2 câmaras (átrio e ventrículo) por onde corre apenas o
sangue venoso;
•A circulação simples e fechada;
•O átrio recebe sangue venoso oriundo do fígado;
•Do ventrículo o sangue irá para as brânquias(pelas artérias
branquiais)onde ocorrerá hematose;
•Através do cone da aorta o sangue seguirá até a cauda;
•O cone arterioso impede o refluxo sanguíneo de volta ao coração;
•Antes de retornar ao coração o sangue será filtrado pelos rins e pelo
fígado.
•As hemáceas são nucleadas e elipticas.
56. Sistema excretor
Sistema reprodutor e excretor separados.
Os condrictes possuem capacidade de conservar alta
concentração de dejetos nitrogenados em forma de ureia
na corrente sanguínea. A grande quantidade de ureia
eleva a pressão osmótica no corpo, aproximando-a do
meio marinho, evitando assim a desidratação das células.
Os condrictes de água doce, a glândula retal auxilia os
rins na regulação de sais.
58. Sistema reprodutor
Há em algumas espécies um esboço de placenta
funcional. A mãe fornece oxigênio ao embrião
através dos vasos sanguíneos do útero. Pelos
vasos do saco vitelínico vem o alimento.
Algumas espécies de tubarões, quimeras e raias
são ovíparas, depositando no interior de uma
capsula o ovo. As cápsulas possuem filamentos
que prendem a alga.
Período de gestação de tubarões pode variar de
16 a 24 meses, das quimera de 9 a 12 meses.
59. Nos machos, os dois órgãos copuladores são
denominados de cláspers, por onde sai o sêmen. Na
hora da cópula, apenas um é introduzido na cloaca
da fêmea.
Um tubarão nasceu entre nós
Em um zoológico de Omaha, Nebraska, EUA, em
2001, uma fêmea de tubarão-martelo deu à luz a um
saltitante macho. O que há de tão diferente nisso? A
mãe não havia tido nenhum contato com um tubarão
macho por três anos. Após algumas pesquisas
com DNA, concluiu-se que a mãe havia fertilizado
seus próprios óvulos e teve um parto genuinamente
virgem. Algumas espécies de pássaros, cobras e
outros répteis têm esta capacidade, chamada de
partenogênese, mas não se sabia que os tubarões
também eram capazes de fazê-lo. Algumas fêmeas
de tubarões têm a capacidade de manter esperma
em seus corpos por até cinco meses, mas isso não
foi relevante nesse caso. O que aconteceu com o
filhote milagroso? Ele foi morto por uma raia
algumas horas após ter nascido.
60. “Uma vez atingidos pelo feitiço do mar nunca
deixamos de nos maravilhar com ele.”
Jacques Cousteau