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Origem do calor terrestre
   Calor primitivo gerado aquando da
    formação do planeta Terra por
    acreção de corpos mais pequenos
    que compunham a nébula primitiva.
   Contracção gravitacional das
    camadas internas da Terra.
   Decaimento radioactivo de isótopos instáveis. Este processo
    ainda se encontra activo e é, actualmente, a principal fonte
    de energia.




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Modelos de Convecção Mantélica




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Modelos de Convecção Mantélica
   Fluxo térmico
O fluxo de energia na Terra, sob a forma de
calor (fluxo térmico), pode ocorrer por três
mecanismos distintos: radiação, convecção e
condução.




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Modelos de Convecção Mantélica
Fluxo térmico
   A radiação apenas ocorre à superfície e
    corresponde à perda de energia sob a
    forma de radiação infravermelha.
   Nas camadas internas encontram-se activos
    fenómenos de convecção e condução de
    energia.
   A convecção é o principal mecanismo
    responsável pelo fluxo de energia na Terra
    e pode ser visualizada experimentalmente.
   Na convecção, a transferência de calor
    processa-se pelo movimento de material
    fundido, ou parcialmente fundido, que
    pode comportar-se como um fluido.
                   Prof(a). Isabel Henriques     8
Modelos de Convecção Mantélica
A convecção ocorre em função de
diversos factores, nomeadamente:
 expansão térmica - o aquecimento de
  um fluido provoca o aumento do seu
  volume por expansão, com decréscimo
  da densidade;
 gravidade - é essencial para atrair
  ("puxar") os materiais mais densos
  para o fundo;
 fluidez - o material necessita de ser
  fluido, para que possa criar uma
  célula convectiva. O material sólido
  apresenta elevada resistência à
  deslocação.

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Modelos de Convecção Mantélica
Em 1928, Arthur Holmes propõe a hipótese de movimentos de
convecção no manto como motor da deriva dos continentes.
Arthur Holmes foi o primeiro cientista a relacionar a tectónica
de placas com a existência de convecção mantélica.
Segundo este cientista, ocorre a ascensão de magma do
manto, que é expelido ao nível dos riftes.




                                                 Arthur Holmes
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Modelos de Convecção
Mantélica
   A expansão dos fundos oceânicos é
    compensada com a subducção da
    placa oceânica nas fossas.
   A placa oceânica fria e densa
    mergulha no manto, onde sofre
    aquecimento e posterior fusão.
   O movimento lateral das correntes
    convectivas na base da litosfera
    permite a deslocação das placas.



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Modelos de Convecção Mantélica
   Os riftes encontram-se acima do ramo ascendente da célula de
    convecção, enquanto as fossas oceânicas estão associadas ao
    ramo descendente.
   As correntes de convecção organizam riftes à superfície e
    consequente divisão do supercontinente Pangea em fragmentos
    que derivam para diferentes posições.




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Modelos de Convecção Mantélica
   Harry Hess, em 1962, elaborou a
    hipótese da expansão dos fundos
    oceânicos.
   Sugeriu que o mecanismo para
    esta expansão estaria associado a
    movimentos convectivos de
    material no manto.
   O modelo apresentado por Hess é
    muito semelhante ao de Holmes,
    divulgado em 1928.




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Modelos de Convecção Mantélica
Modelo a um nível (Holmes)
 O modelo de Holmes não consegue
  explicar as diferentes composições dos
  basaltos.
 Estudos de geoquímica permitiram
  verificar que a composição dos basaltos
  emitidos nos riftes é semelhante a nível
  global, mas distinta dos basaltos
  gerados nos pontos quentes.
 Estes dados apontam para a existência de duas origens
  distintas para os magmas basálticos.
 Além disso, não se adequam a um modelo em que os
  materiais são continuamente reciclados em células que se
  expandem por todo o manto e que o tornariam homogéneo.
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Modelos de Convecção Mantélica
Modelo a dois níveis
 O primeiro nível convectivo ocorre nos riftes onde se
  formam os basaltos que resultam da actividade de células
  convectivas finas que circulam da base da astenosfera até
  aos 670 km de profundidade.
 Nas Zonas de rifte o material sofre uma diminuição da
  pressão ocorre a fusão parcial do material, que contribui
  para a expansão dos fundos oceânicos.
   Ao nível das zonas de subducção, a
    litosfera oceânica submerge, sofrendo
    aquecimento, (aos 670 a 700 km)
    sofrendo fusão e o material é
    reciclado.
                  Prof(a). Isabel Henriques         15
Modelos de Convecção Mantélica
Modelo a dois níveis
   O segundo nível convectivo ocorre no
    manto dos 670 aos 2900 km de
    profundidade.
   Este nível é responsável pela
    movimentação das células convectivas
    do nível superior.
   A natureza geoquímica distinta das
    camadas do manto impede que ocorra a
    mistura de materiais.
   Este modelo considera que os pontos
    quentes resultam da ascensão de
    plumas mantélicas, de material a
    elevadas temperaturas, que se formam
    no limite do núcleo externo com o
    manto inferior.
                  Prof(a). Isabel Henriques   16
Modelos de Convecção Mantélica
Modelo a dois níveis – Modelo Penetrativo
 O aperfeiçoamento de
  instrumentos
  sismográficos permitiu
  verificar que a placa
  litosférica quando sofre
  subducção, ultrapassa os
  700 km de profundidade,        Modelo penetrativo
  podendo atingir a base
  do manto.
 Este movimento provoca
  a mistura de material do
  manto e é explicado
  pelo modelo
  penetrativo.


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Modelos de Convecção Mantélica
Modelo a dois níveis – Modelo Penetrativo
   Na base do manto ocorre
    a formação de uma
    camada com estrutura
    complexa de material
    ascende à superfície sob
    a forma de plumas.
   Este modelo é suportado                    Modelo penetrativo
    por dados geoquímicos
    (existência de dois
    reservatórios de magma
    distintos no manto) e
    por dados sísmicos
    (afundamento profundo
    da placa litosférica).


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Modelos de Convecção Mantélica




 Modelo a um nível (Holmes)
                                                  Modelo penetrativo




     Modelo a dois níveis

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Movimentos Verticais da Litosfera.
Equilíbrio Isostático.
   A capacidade de o manto superior próximo
    da crusta e da astenosfera permitir
    movimentos verticais é um princípio
    fundamental para compreendermos os
    movimentos verticais da litosfera, que
    afectam a gravidade num dado local da
    Terra.
   Embora o manto superior se encontre no
    estado sólido, permite a ocorrência de
    movimentos muito lentos, ao longo de
    milhões de anos.


                  Prof(a). Isabel Henriques    20
Movimentos Verticais da Litosfera.
Equilíbrio Isostático.
   O estudo da atracção gravitacional tem
    fornecido dados importantes para a
    compreensão da estrutura interna da Terra.
   A gravidade pode ser definida como a
    atracção da massa entre dois blocos.
   Quanto maior é a massa, maior é a força
    gravítica.
   Os cientistas verificaram que a atracção
    gravítica não é constante à superfície da
    Terra.
   O uso de gravímetros permitiu detectar
    pequenas diferenças na gravidade.


                   Prof(a). Isabel Henriques     21
Movimentos Verticais da
Litosfera. Equilíbrio Isostático.
   No século XIX, Georges Everest (que
    deu o nome ao monte Everest), ao
    estudar a gravidade em várias regiões
    na Índia, verificou que os Himalaias      Georges Everest
    exerciam uma atracção gravítica
    inferior ao esperado.
   Como a gravidade é proporcional à
    massa, concluiu que as montanhas
    possuíam uma massa inferior ao
    esperado.
   Este dado indica que as regiões
    montanhosas são formadas por material
    menos denso.
                  Prof(a). Isabel Henriques          22
Movimentos Verticais da Litosfera.
Equilíbrio Isostático.




             Prof(a). Isabel Henriques   23
Movimentos Verticais da Litosfera. Equilíbrio
Isostático.
   No século XIX começou a surgir a ideia de que a crusta menos
    densa estaria a flutuar sobre o manto superior mais denso e
    seria capaz de sofrer deformação lenta ao longo do tempo.
   A crusta e o manto encontram-se num balanço gravitacional
    permanente, designado por isostasia.
   As anomalias isostáticas podem ser positivas e negativas.




                   Prof(a). Isabel Henriques          24
Movimentos Verticais da Litosfera. Equilíbrio
Isostático.
   Numa anomalia isostática positiva, a gravidade é superior
    ao valor médio medido ao nível do mar e indica que há um
    excesso de massa nessa secção da Terra, em resultado da
    maior densidade.
   São comuns nas regiões oceânicas, pois a crusta oceânica é
    formada essencialmente por basaltos, mais densos que as
    rochas graníticas.




                   Prof(a). Isabel Henriques          25
Movimentos Verticais da
Litosfera. Equilíbrio
Isostático.
   Nos materiais com baixa densidade,
    diminui a atracção gravítica e origina
    uma anomalia isostática negativa.
   Estas anomalias são frequentes nas
    regiões montanhosas, o que poderá
    indicar que possuem "raízes" profundas,
    formando uma espessa mas pouco
    densa coluna de material crustal.
   Assim, os continentes apresentam
    altitudes superiores, pois são
    compostos por rochas menos densas
    (principalmente granitos).
                    Prof(a). Isabel Henriques   26
Movimentos Verticais da
Litosfera. Equilíbrio Isostático.
   A isostasia também pode ser comparada
    com a flutuação dos icebergues nos
    oceanos.
   A água salgada é mais densa do que o
    gelo permitindo que este flutue.
   No entanto, a maior parte do gelo
    encontra-se imerso, sendo essencial
    para estabilizar o icebergue.




                  Prof(a). Isabel Henriques   27
Movimentos Verticais da
Litosfera.
Equilíbrio Isostático.
   O ajustamento isostático ocorre
    quando se adiciona ou remove
    material da crusta, originando
    movimentos verticais que visam
    equilibrar o nível de
    compensação isostático
    (profundidade na qual o peso por
    unidade de área é igual em toda
    a Terra).


                   Prof(a). Isabel Henriques   28
Movimentos Verticais da Litosfera.
Equilíbrio Isostático.      Quando a actividade
                                          tectónica diminuir na região
                                          dos Himalaias, o efeito da
                                          gravidade sobrepor-se-á,
                                          acelerando o afundamento
                                          da crusta no manto.




              Prof(a). Isabel Henriques                   29
Movimentos Verticais da
Litosfera. Equilíbrio
Isostático.
   O Princípio da Isostasia é bem
    ilustrado pelos efeitos da última
    glaciação que terminou há
    aproximadamente 12 000 anos.
   Durante esta glaciação,
    acumularam-se, nos actuais países
    nórdicos e continente norte-
    americano, grandes massas de gelo
    com espessuras superiores a 2-3 km.
   Esta acumulação de gelo, e o seu
    posterior degelo, ilustram os
    ajustamentos isostáticos.

                   Prof(a). Isabel Henriques   30
Movimentos Verticais da
Litosfera. Equilíbrio
Isostático.
   Com o degelo rápido no final
    da glaciação, os blocos
    crustais tornaram-se mais
    leves e, para atingir o
    equilíbrio isostático e
    recuperar a posição inicial
    (antes da glaciação).




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Professora Isabel
                                  Henriques
                            Disciplina de Geologia
                                    12º Ano
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Tema I - Teoria Tectónica de Placas 2ª parte

  • 5. Origem do calor terrestre  Calor primitivo gerado aquando da formação do planeta Terra por acreção de corpos mais pequenos que compunham a nébula primitiva.  Contracção gravitacional das camadas internas da Terra.  Decaimento radioactivo de isótopos instáveis. Este processo ainda se encontra activo e é, actualmente, a principal fonte de energia. Prof(a). Isabel Henriques 5
  • 6. Modelos de Convecção Mantélica Prof(a). Isabel Henriques 6
  • 7. Modelos de Convecção Mantélica  Fluxo térmico O fluxo de energia na Terra, sob a forma de calor (fluxo térmico), pode ocorrer por três mecanismos distintos: radiação, convecção e condução. Prof(a). Isabel Henriques 7
  • 8. Modelos de Convecção Mantélica Fluxo térmico  A radiação apenas ocorre à superfície e corresponde à perda de energia sob a forma de radiação infravermelha.  Nas camadas internas encontram-se activos fenómenos de convecção e condução de energia.  A convecção é o principal mecanismo responsável pelo fluxo de energia na Terra e pode ser visualizada experimentalmente.  Na convecção, a transferência de calor processa-se pelo movimento de material fundido, ou parcialmente fundido, que pode comportar-se como um fluido. Prof(a). Isabel Henriques 8
  • 9. Modelos de Convecção Mantélica A convecção ocorre em função de diversos factores, nomeadamente:  expansão térmica - o aquecimento de um fluido provoca o aumento do seu volume por expansão, com decréscimo da densidade;  gravidade - é essencial para atrair ("puxar") os materiais mais densos para o fundo;  fluidez - o material necessita de ser fluido, para que possa criar uma célula convectiva. O material sólido apresenta elevada resistência à deslocação. Prof(a). Isabel Henriques 9
  • 10. Modelos de Convecção Mantélica Em 1928, Arthur Holmes propõe a hipótese de movimentos de convecção no manto como motor da deriva dos continentes. Arthur Holmes foi o primeiro cientista a relacionar a tectónica de placas com a existência de convecção mantélica. Segundo este cientista, ocorre a ascensão de magma do manto, que é expelido ao nível dos riftes. Arthur Holmes Prof(a). Isabel Henriques 10
  • 11. Modelos de Convecção Mantélica  A expansão dos fundos oceânicos é compensada com a subducção da placa oceânica nas fossas.  A placa oceânica fria e densa mergulha no manto, onde sofre aquecimento e posterior fusão.  O movimento lateral das correntes convectivas na base da litosfera permite a deslocação das placas. Prof(a). Isabel Henriques 11
  • 12. Modelos de Convecção Mantélica  Os riftes encontram-se acima do ramo ascendente da célula de convecção, enquanto as fossas oceânicas estão associadas ao ramo descendente.  As correntes de convecção organizam riftes à superfície e consequente divisão do supercontinente Pangea em fragmentos que derivam para diferentes posições. Prof(a). Isabel Henriques 12
  • 13. Modelos de Convecção Mantélica  Harry Hess, em 1962, elaborou a hipótese da expansão dos fundos oceânicos.  Sugeriu que o mecanismo para esta expansão estaria associado a movimentos convectivos de material no manto.  O modelo apresentado por Hess é muito semelhante ao de Holmes, divulgado em 1928. Prof(a). Isabel Henriques 13
  • 14. Modelos de Convecção Mantélica Modelo a um nível (Holmes)  O modelo de Holmes não consegue explicar as diferentes composições dos basaltos.  Estudos de geoquímica permitiram verificar que a composição dos basaltos emitidos nos riftes é semelhante a nível global, mas distinta dos basaltos gerados nos pontos quentes.  Estes dados apontam para a existência de duas origens distintas para os magmas basálticos.  Além disso, não se adequam a um modelo em que os materiais são continuamente reciclados em células que se expandem por todo o manto e que o tornariam homogéneo. Prof(a). Isabel Henriques 14
  • 15. Modelos de Convecção Mantélica Modelo a dois níveis  O primeiro nível convectivo ocorre nos riftes onde se formam os basaltos que resultam da actividade de células convectivas finas que circulam da base da astenosfera até aos 670 km de profundidade.  Nas Zonas de rifte o material sofre uma diminuição da pressão ocorre a fusão parcial do material, que contribui para a expansão dos fundos oceânicos.  Ao nível das zonas de subducção, a litosfera oceânica submerge, sofrendo aquecimento, (aos 670 a 700 km) sofrendo fusão e o material é reciclado. Prof(a). Isabel Henriques 15
  • 16. Modelos de Convecção Mantélica Modelo a dois níveis  O segundo nível convectivo ocorre no manto dos 670 aos 2900 km de profundidade.  Este nível é responsável pela movimentação das células convectivas do nível superior.  A natureza geoquímica distinta das camadas do manto impede que ocorra a mistura de materiais.  Este modelo considera que os pontos quentes resultam da ascensão de plumas mantélicas, de material a elevadas temperaturas, que se formam no limite do núcleo externo com o manto inferior. Prof(a). Isabel Henriques 16
  • 17. Modelos de Convecção Mantélica Modelo a dois níveis – Modelo Penetrativo  O aperfeiçoamento de instrumentos sismográficos permitiu verificar que a placa litosférica quando sofre subducção, ultrapassa os 700 km de profundidade, Modelo penetrativo podendo atingir a base do manto.  Este movimento provoca a mistura de material do manto e é explicado pelo modelo penetrativo. Prof(a). Isabel Henriques 17
  • 18. Modelos de Convecção Mantélica Modelo a dois níveis – Modelo Penetrativo  Na base do manto ocorre a formação de uma camada com estrutura complexa de material ascende à superfície sob a forma de plumas.  Este modelo é suportado Modelo penetrativo por dados geoquímicos (existência de dois reservatórios de magma distintos no manto) e por dados sísmicos (afundamento profundo da placa litosférica). Prof(a). Isabel Henriques 18
  • 19. Modelos de Convecção Mantélica Modelo a um nível (Holmes) Modelo penetrativo Modelo a dois níveis Prof(a). Isabel Henriques 19
  • 20. Movimentos Verticais da Litosfera. Equilíbrio Isostático.  A capacidade de o manto superior próximo da crusta e da astenosfera permitir movimentos verticais é um princípio fundamental para compreendermos os movimentos verticais da litosfera, que afectam a gravidade num dado local da Terra.  Embora o manto superior se encontre no estado sólido, permite a ocorrência de movimentos muito lentos, ao longo de milhões de anos. Prof(a). Isabel Henriques 20
  • 21. Movimentos Verticais da Litosfera. Equilíbrio Isostático.  O estudo da atracção gravitacional tem fornecido dados importantes para a compreensão da estrutura interna da Terra.  A gravidade pode ser definida como a atracção da massa entre dois blocos.  Quanto maior é a massa, maior é a força gravítica.  Os cientistas verificaram que a atracção gravítica não é constante à superfície da Terra.  O uso de gravímetros permitiu detectar pequenas diferenças na gravidade. Prof(a). Isabel Henriques 21
  • 22. Movimentos Verticais da Litosfera. Equilíbrio Isostático.  No século XIX, Georges Everest (que deu o nome ao monte Everest), ao estudar a gravidade em várias regiões na Índia, verificou que os Himalaias Georges Everest exerciam uma atracção gravítica inferior ao esperado.  Como a gravidade é proporcional à massa, concluiu que as montanhas possuíam uma massa inferior ao esperado.  Este dado indica que as regiões montanhosas são formadas por material menos denso. Prof(a). Isabel Henriques 22
  • 23. Movimentos Verticais da Litosfera. Equilíbrio Isostático. Prof(a). Isabel Henriques 23
  • 24. Movimentos Verticais da Litosfera. Equilíbrio Isostático.  No século XIX começou a surgir a ideia de que a crusta menos densa estaria a flutuar sobre o manto superior mais denso e seria capaz de sofrer deformação lenta ao longo do tempo.  A crusta e o manto encontram-se num balanço gravitacional permanente, designado por isostasia.  As anomalias isostáticas podem ser positivas e negativas. Prof(a). Isabel Henriques 24
  • 25. Movimentos Verticais da Litosfera. Equilíbrio Isostático.  Numa anomalia isostática positiva, a gravidade é superior ao valor médio medido ao nível do mar e indica que há um excesso de massa nessa secção da Terra, em resultado da maior densidade.  São comuns nas regiões oceânicas, pois a crusta oceânica é formada essencialmente por basaltos, mais densos que as rochas graníticas. Prof(a). Isabel Henriques 25
  • 26. Movimentos Verticais da Litosfera. Equilíbrio Isostático.  Nos materiais com baixa densidade, diminui a atracção gravítica e origina uma anomalia isostática negativa.  Estas anomalias são frequentes nas regiões montanhosas, o que poderá indicar que possuem "raízes" profundas, formando uma espessa mas pouco densa coluna de material crustal.  Assim, os continentes apresentam altitudes superiores, pois são compostos por rochas menos densas (principalmente granitos). Prof(a). Isabel Henriques 26
  • 27. Movimentos Verticais da Litosfera. Equilíbrio Isostático.  A isostasia também pode ser comparada com a flutuação dos icebergues nos oceanos.  A água salgada é mais densa do que o gelo permitindo que este flutue.  No entanto, a maior parte do gelo encontra-se imerso, sendo essencial para estabilizar o icebergue. Prof(a). Isabel Henriques 27
  • 28. Movimentos Verticais da Litosfera. Equilíbrio Isostático.  O ajustamento isostático ocorre quando se adiciona ou remove material da crusta, originando movimentos verticais que visam equilibrar o nível de compensação isostático (profundidade na qual o peso por unidade de área é igual em toda a Terra). Prof(a). Isabel Henriques 28
  • 29. Movimentos Verticais da Litosfera. Equilíbrio Isostático. Quando a actividade tectónica diminuir na região dos Himalaias, o efeito da gravidade sobrepor-se-á, acelerando o afundamento da crusta no manto. Prof(a). Isabel Henriques 29
  • 30. Movimentos Verticais da Litosfera. Equilíbrio Isostático.  O Princípio da Isostasia é bem ilustrado pelos efeitos da última glaciação que terminou há aproximadamente 12 000 anos.  Durante esta glaciação, acumularam-se, nos actuais países nórdicos e continente norte- americano, grandes massas de gelo com espessuras superiores a 2-3 km.  Esta acumulação de gelo, e o seu posterior degelo, ilustram os ajustamentos isostáticos. Prof(a). Isabel Henriques 30
  • 31. Movimentos Verticais da Litosfera. Equilíbrio Isostático.  Com o degelo rápido no final da glaciação, os blocos crustais tornaram-se mais leves e, para atingir o equilíbrio isostático e recuperar a posição inicial (antes da glaciação). Prof(a). Isabel Henriques 31
  • 62. Professora Isabel Henriques Disciplina de Geologia 12º Ano Prof(a). Isabel Henriques 62