3. MASSAS DO DESFILADEIRO TORÁCICO
Se evidenciam comumente como massas cervicais ou por
sintomas de obstrução das vias aéreas superiores por
compressão da traquéia.
Massas da tireóide, linfonodos linfomatosos e linfangiomas são
as massas mais comuns.
4. MASSAS DA TIREÓIDE
Podem ocorrer devido a bócio, condições malignas ou
decorrentes de tireoidite.
Os bócios penetram anteriormente à traquéia em 80 % dos
casos e postero-lateralmente em 20 %.
Calcificações grosseiras e aglomeradas são comuns nos
bócios.
A TC mostra : margens bem definidas, continuidade da
massa com a tireóide cervical, calcificações
grosseiras,atenuação TC basal elevada e intensificação
forte ( > 25 H ).
5. Setas mostrando massa em mediastino superior. Nas imagens de TC vê-se
glândula tireóide se estendendo retrotraquealmente e cranialmente;
continuidade com o lobo direito da tireóide.
6. MASSAS DA PARATIREÓIDE
Podem ocorrer por : Adenoma, hiperplasia e carcinoma.
2% dos pacientes a glândula não se separa do timo e desce
com este até o desfiladeiro torácico.
Deve ser pesquisada em pacientes com
hiperparatireoidismo persistente após paratireóidectomia.
7. Seta mostrando um nódulo mediastinal pré vascular, seta curva imagem de
cintilografia mostrando aumento de atividade correspondendo ao nódulo
na TC.
8. linfangiomas
São tumores incomuns constituídos de canais linfáticos
dilatados.
O higroma cístico é descoberta no período neonatal e se
associa a trissomias ( 13, 18 e 21 ).
A TC demonstra uma massa cística em desfiladeiro
torácico ou mediastino superior.
A RM mostra uma massa de sinal forte em T2.
9.
10. MASSAS MEDIASTINAIS ANTERIORES
TIMOMAS
São a segunda neoplasia mediastinal primária
São divididos em Timomas (benignos) e Carcinoma tímicos
(malignos).
A OMS recentemente classificou essas neoplasias em : A, AB, B1,
B2, B3 e C, sendo a A Timoma e C Carcinoma tímico.
A idade do diagnóstico fica entre 45 e 50 anos.
Os tumores B3 e C apresentam maior tamanho, margens
irregulares, intensificação heterogênea, áreas de necrose e
calcificações.
Apresentam forte associação com Miastenia Graves, mas podem
estar associadas a outras doenças auto imunes ( Graves,
Hipogamaglobulinemia e síndrome de Sjogren )
12. Cistos tímicos
Podem ser congênitos ou adquiridos.
Congênitos : São lesões raras e são formadas por
remanescentes do ducto timofaríngeo.
Adquiridos : São multinoculados e tem origem pós-
inflamatória e foram associados a AIDS, radioterapia,
cirurgias prévias,condições auto-imunes ( Sjogren,
miastenia grave e anemia plásica ).
13.
14. TIMOLIPOMAS
São neoplasias benignas de ocorrência rara, que consistem
principalmente de tecido adiposo e tecido tímico normal
entremeado a ele.
São assintomáticos e apresentam grande tamanho ao
diagnóstico.
A ressecção da massa é curativa.
15.
16. CARCINÓIDE TÍMICO
São neoplasias neuroendócrinas raras , sendo originadas na
crista neural ( células de kulchitski )
Lesão indistinguível dos timomas no RX e na TC.
Pacientes com esse tumor irão apresentar uma síndrome de
Cushing em 40 % dos casos.
17.
18. HIPERPLASIA TÍMICA
Aumento do tamanho do timo sem alterações
histopatológicas.
Ocorre principalmente em crianças como um efeito rebote
ao estresse anterior ( quimioterapia prévia ou tratamento de
hipercortisolismo ).
Apresenta uma associação com a doença de Graves.
Se nos estudos de seguimento se observar diminuição do
tumor , elimina-se a necessidade de biópsia.
19. Seta mostrando hiperplasia tímica em criança de 12 anos, após
3 meses de quimioterapia para rabdomiossarcoma.
20. LINFOMAS
Neoplasia mais comum do mediastino.
Acomete o tórax em 85% dos pacientes com linfoma de
Hodgkin.
Apenas 25 % dos pacientes tem doença limitada ao tórax ao
diagnóstico.
Os linfomas ñ Hodgkin ( LNH ) afetam o tórax em 40 %
dos casos e apenas 10 % estão limitados ao mediastino.
Os linfomas de Hodgkin apresentam um padrão de
disseminação previsível enquanto que os LNH apresentam
padrão imprevisível.
A presença de calcificações ou uma massa mediastinasl
deve nos levar a pensar em outro diagnóstico.
21. Radiografia em homem com 35 anos mostrando massa
mediastinal lobulada . TC com contraste mostrando massa
mediastinal anterior e média. ( LH )
22. Massa mediastinal invadindo o lobo superior direito e a
parede anterior do tórax, na biópsia se observou linfoma
difuso de células B.
23. NEOPLASIA DE CÉLULAS GERMINATIVAS
Incluem os teratomas, seminomas, coriocarcinomas, tumores do
seio endodérmico e carcinoma de células embrionárias.
O diagnóstico de uma neoplasia de células germinativas no
mediastino, torna necessário afastar um tumor primário em
gônadas.
Os teratomas constituem 60 a 70 % das NCG.
A maioria ocupa o mediastino anterior, mas 10 % delas podem
ocupar o mediastino posterior.
Lesões benignas são redondas ou ovais e com contornos
regulares. Margens irregulares , lobuladas ou indistintas sugerem
um tumor maligno. Calcificações ocorrem em até 50 % dos
casos, mas só são especificas se tiverem a forma de um dente.
24. Setas na radiografia mostrando nódulos discretos no pulmão
direito.
Na tomografia se observa grande massa em mediastino
anterior invadindo a veia cava superior ( seta ), alguns nódulos
no pulmão direito e um derrame pelural. ( Coriocarcinoma ).
25. TUMORES MESENQUIMAIS.
Os lipomas são massas bem definidas com atenuação
adiposa uniforme ( -50 H U ).
Lipossarcomas geralmente apresentam invasão de
estruturas vizinhas no momento do diagnóstico.
Hemangiomas são tumores benignos constituídos de
canais vasculares um sinal patognomônico nas radiografias
de tórax é a presença de flebólitos numa massa de tecido
mole , regular ou lobulada.
Angiossarcomas são raras neoplasias vasculares malignas
Leiomiomas são raras neoplasias benignas que se originam
do músculo liso no mediastino.
29. MASSAS MEDIASTINAIS MÉDIAS
Massas linfonodais médias muitas vezes são malignas,
constituindo metástase de carcinoma broncogênico ou um
linfoma.
Massas benignas podem ser observadas em doenças como
a sarcoidose , infecções fúngicas ou micobactéwrias,
heperplasia linfonodalangiofolicular (doença de castleman),
linfadenopatia angioimuniblástica.
Sempre que se encontrar massas mediastinais essas devem
ser melhor investigados com TC ou RM.
A associação americana de tórax padronizou um sistema de
classificação padronizado para os linfonodos hilares.
30. DENSIDADE DE LINFONODOS MEDIASTINAIS E
HILARES À TC
CALCIFICAÇÕES :
Centrais Micobactérias e fungos
Periféricas ( casca de ovo ) Silicose, Sarcoidose
Hipervasculares Tumor carcinóide, carcinose
de pequenas células,
sarcoma de kaposi,
metástases ( renais , tiróide
) doença de castleman.
Micobactérias, fungos,
Necrose metástases ( carcinomea
de células escamosas,
seminoma, linfoma )
31. A fonte mais comum de metástase aos linfonodos
mediastinais é o carcinoma broncogênito.
Condições malignas extratorácicas podem levar a aumento
de linfonodos mediastinais , sendo as mais comuns ;
carcinoma de tireóide, tumores de cabeça e pescoço,
carcinoma de células renais ou testicular, condições
malignas GI, carcinoma de mama, melanoma e sarcoma de
kaposi .
Na sarcoidose há aumento de linfonodos mediastinais em
60 a 90 % dos pacientes em algum momento da doença.
Esses linfonodos não coalescem dando um aspecto
lobulado ao mediastino.
33. DOENÇA DE CASTLEMAN
Aumento de linfonodos mediastinais em andar médio e
posterior.
O tipo vascular hialino é o mais comum
Por sua natureza vascular apresentam forte intensificação
na TC.
34. CISTOS DO TRATO DIGESTIVO ANTERIOR E DO MESOTÉLIO
CISTOS BRONCOGÊNICOS : decorrem da brotação
anômala da árvore traqueobrônquica.
Se originam do mediastino próximo a carina traqueal em 80
a 90 %.
Em geral são assintomáticos, mas podem gerar sintomas
de compressão traqueobrônquica, como : dispnéia ,
disfagia, roncos e sibilos.
A calcificação da parede do cisto não é comum.
Na RM há um característico sinal fraco em T1 e sinal forte
em T2.
35. Seta mostrando cisto broncogênico com baixa atenuação e
que não apresenta aumento de atenuação com o uso do
contraste.
36. cisto pericárdico
São duas vezes mais comuns a direita.
Se manifestam como massas arredondadas ou ovais assintomáticas,
descobertas acidentalmente.
Podem ser vistos a US subxifóide como cistos simples.
37. OUTRAS MASSAS DO EDIASTINO MÉDIO
Massas da traquéia e dos brônquios centrais
Hérnias diafragmáticas
Lesões vasculares
Lesões neurogênicas
38. MASSAS DO MEDIASTINO POSTERIOR
TUMORES NEUROGÊNICOS
São classificados de acordo com sua origem
• nervos intercostais: neurofibroma
schwanoma
• gânglios simpáticos: ganglioneuroma
ganglioneuroblastoma
neuroblastoma
• células paraganglionares: feocromocitoma
quemodectoma
São mais freqüentes em jovens.
39. Seta na radiografia de tórax mostrando massa em mediastino superior
esquerdo. Na TC confirmação da massa paravertebral ( neuroblastoma )
40. Setas na radiografia de tórax mostrando massa mediastinal ovalado e
orientada verticalmente. A TC mostra massa mediastinal posterior de
baixa atenuação ( ganglioneuroma )
41. LESÕES ESOFÁGICAS
Ocorrem no terço médio e inferior do esôfago.
A maioria das lesões neoplásicas acometem a junção esofagogástrica e
são carcinoma de células escamosas.
Geralmente quando são vistas a radiografia já estão causando sintomas.
A ausência de serosa e por terem pra onde crescer sem causar
sintomas, sào as causas de ao diagnóstico estes tumores já estarem em
estágio avançado. A sobrevida em 5 anos é de 20 %.
Podem causar desvio da traquéia, alargamento do
mediastino,espessamento da tira traqueoesofágica.
O diagnóstico geralmente é feito com exame contrastado.
A TC pode mostrar : massa intraluminal, espessamento da parede e
perda dos planos adiposos entre o esôfago e as estruturas mediastinais.
46. ANORMALIDADES VERTEBRAIS
Processos neoplásicos, infecciosos,traumáticos ou degenerativos
podem podem produzir uma massa paraespinhal.
Os processos neoplásicos são identificados facilmente pela expansão e
destruição dos corpos vertebrais.
Os carcinomas broncogênicos, carcinoma de mama e carcinoma de
células renais são os principais sítios de metástases.
A espondilite infecciosa diferncia-se dos processos neoplásicos por se
apresentar como uma massa centrada no ponto de destruição máxima.
A hematopoiese extramedular é vista quando a produção de eritrócitos
é ineficaz ou excessiva , como acorre na talassemia major, anemia
falciforme e esferocitose congênita.
Cistos pancreáticos também podem formar massas no mediastino
posterior ao se estenderem cefálicamente pelo retroperitônio.
47. Imagem de um linfoma causando destruição de vertebra
torácica.
50. Setas mostrando pseudocisto pancreático. Figura B mostrando massa
cística mediastinal de paredes grossas. Figura C . Mostrando comunicação
dos componentes abdominal e torácico do pseudocisto.
51. DOENÇAS MEDIASTINAIS DIFUSAS
Mediastinite aguda é causada por infecção bacteriana
geralmente após perfuração esofágica ou complicações de
cirurgias torácicas.
A perfuração esofágica pode ocorrer por instrumentação
esofágica, traumas torácicos penetrantes, carcinoma esofágico
ou ingestão de substâncias corrosivas. Pode ocorrer
espontaneamente por vômitos intensos ( síndrome de
Boerhaave ).
O quadro clínico é dramático e caracteriza-se por dor forte
retroesternal, febre, calafrios e disfagia, podendo ser
acompanhada de choque séptico.
54. MEDIASTINITE ESCLEROSANTE POR
HISTOPLASMOSE
Radiografia mostrando alargamento lobulado do mediastino superior.
Setas mostrando dilatação da veia intercostal superior esquerda, um
material com alta atenuação em torno da veia cava superior.
55. Radiografia mostrando alargamento acentuado de
mediastino. A figura B. mostra uma dilatação
aneurismática da aorta descendente com
extravasamento ativo ( seta ) em um grande
hematoma mediastinal.
56. Radiografia mostrando alargamento de mediastino superior,
especialmente a direita ( seta ). Na TC mostra abundância
de tecido adiposo mediastinal, responsável pelo aumento
mediastinal ( lipomatose mediastinal ).
57. Setas mostrando pneumomediastino se deslocando até o
desfiladeiro torácico. Após a ruptura alveolar o ar acumula-se
no interstício broncoalveolar e depois disseca o hilo e o
mediastino ( efeito Macklin ).