O documento discute as contribuições de James Wertsch para a teoria sociocultural da mente. Wertsch explicou como a linguagem e o discurso mediam o pensamento humano e promoveram a aprendizagem em contextos socioculturais. Ele analisou como as "vozes" de outros são apropriadas em diferentes contextos e como instrumentos mediacionais podem facilitar a aprendizagem colaborativa online.
Gêneros do discurso o que os pcns dizem e o que a prática escolar revela
Curso de ead unirio aprendizagem
1. CURSO DE CAPACITAÇAÕ EM EAD
Elaboração e Produção de Material
Didático em EAD da UNIRIO
Maria Inez Bernardes do Amaral
2. James Wertsch é Professor em Artes e Ciências, Vice-reitor de
Relações Internacionais, Diretor McDonnell Internacional Scholars
Academy, Professor de Antropologia Sociocultural do Programa
de Estudos Internacionais. Washington University in St. Louis
“Os seres humanos são basicamente animais que usam signos, e as formas
de ação que desenvolvem especialmente o falar e pensar envolvem uma
combinação não redutível de um agente ativo e uma ferramenta cultural “.
(WERTSCH, 2002 .COMUNICAÇÃO acima, 2010, p. 123).
3. Além de ocupar o cargo de professor do Departamento de
Antropologia, Wertsch também é professor afiliado no
Departamento de Psicologia e no Departamento de Educação
dessa mesma universidade. Wertsch graduou-se bacharel em
Psicologia na Universidade de Illinois em Urbana e obteve seu
título de Mestre em Educação na Northwestern University.
Após se doutorar em Psicologia da Educação na
Universidade de Chicago em 1975, Wertsch realizou um ano de
pós-doutorado em Moscou, onde trabalhou em colaboração com
grandes nomes da psicologia russa, como: Luria, Leontiev,
Zinchenko, entre outros.
4. Suas pesquisas atuais investigam a formação da
identidade e memória coletiva nos Estados Unidos, assim
como em países como Rússia, Estônia, República da Geórgia
e outros que formavam a antiga União Soviética. Seu interesse
está centrado em como as escolas e outras instituições do
Estado são utilizadas para criar e manter a memória coletiva
oficial.
Ao explicar e estender a teoria de Vygotsky, Wertsch
recorreu às ideias de diversos outros teóricos, em especial, aos
estudos de Mikhail M. Bakhtin (1981, 1986) sobre translinguís-
tica.
Wertsch utilizou as noções de "gêneros discursivos",
definidos como tipos de enunciados produzidos em situações
típicas de comunicação verbal, e de "linguagens sociais",
relativas aos tipos de falante (WERTSCH, 1991b).
Ele também fez uso da noção de "voz", definida como o
ponto de vista ou a perspectiva geral adotada pelo falante, com
as perspectivas construtivistas de aprendizagem e com uma
visão mais ampla sobre o sentido
5. Há uma relação íntima entre a linguagem e o
desenvolvimento do pensamento, ou seja, é por meio
da estruturação da linguagem que se concebe um
significado, e por meio das articulações desses
significados que a aprendizagem se dá em relação ao
mundo.
Esse pensamento é amplamente discutido e
aceito desde meados da década de 1960 com a linha
de estudo da cognição humana chamada de
"construtivismo", de caráter sociointeracionista
exatamente pela necessidade de os sujeitos
colocarem suas linguagens em torno de um objeto de
conhecimento e negociarem os significados para ele.
Dessa linha de pensamento emerge a
necessidade de se estudarem as interações que
ocorrem em sala de aula e a forma como alunos e
professores constroem um sentido para um conceito
6. • Um caso em questão é a análise de Wertsch de "voz",
que exemplifica a natureza colaborativa do seu
esforço. Embora alguns tenham visto entidades
lingüísticas abstratas, como palavras isoladas e
frases, como o mecanismo de formação de
pensamento humano, Wertsch vira para Bakhtin, que
demonstrou a necessidade de analisar o discurso em
termos de como "apropria-se" as vozes dos outros em
contextos socioculturais concretos .
• Essas vozes apropriadas podem ser aqueles de alto-
falantes específicos, como os pais, ou podem assumir
a forma de "linguagens sociais" característica de uma
categoria de alto-falantes, como uma comunidade
étnica ou nacional.
7. Instrumentos mediacionais que evite a subjetivação individual da
internalização.
• Fóruns
• Chats
• Solicitar aos alunos que criem, compartilhem e mediem tópicos
a serem discutidos
• Construção de pequenos textos coletivos
• Troca de experiências
• Skype
• Montagem de uma página colaborativa na internet.
Os instrumentos ou as mediações incluídos no
comportamento alteram e modulam tanto o fluxo como a
estrutura das funções mentais, quem se educam no meio
digital já não têm mais o pensamento linear das gerações que
os antecederam.