O documento discute engenharia de software baseada em componentes, definindo componentes e comparando-a à engenharia de software tradicional. Aborda também o mercado de componentes de software e tendências para o Brasil, com oportunidades como ganhos de produtividade, mas também desafios como falta de cultura de reuso.
2. Componente
" Um componente é um pacote coerente de artefatos de
software que pode ser independetemente desenvolvido e
distribuído como uma unidade e que pode ser composto, sem
alterações, com outros componentes para construir algo
maior."
Motivação: REÚSO.
Processo natural que ocorre em muitas indústrias.
3. Características de Componentes
Comparação com peças do brinquedo Lego:
• São intercambiáveis.
• São reutizáveis.
• Alguns são mais específicos, outros mais gerais.
• Interagem com outros componentes.
4. Engenharia de Software Baseada em
Componentes
A ESBC estuda:
• as práticas necessárias para o desenvolvimento baseado
em componentes.
• vantagens e desvantagens da adoção de componentes
6. ES x ESBC
ES ESBC
O reúso existe, mas
ocorre na fase de
desenvolvimento.
Geralmente envolve
reutilização de trechos
de código.
O reúso é feito na
montagem, sem custos
de desenvolvimento,
sem mudar a
implementação dos
componentes.
Atualização e extensão
do sistema são feitas
dinamicamente.
Componentização.
7. ES x ESBC
ES ESBC
• Análise dos requisitos.
• Especificação do sistema.
• Aprovação da especificação
pelo cliente.
• Análise dos requisitos.
• Especificação do sistema.
• Aprovação da especificação
pelo cliente.
• Projeto de Arquitetura do
Software.
• Implementação.
• Busca e Seleção de
Componentes.
• Desenvolvimento de partes não
atendidas por componentes já
existentes.
• Integração.
• Testes • Testes de integração.
• Implantação • Implantação
8. Mercado de Componentes de Software
Obtenção de software:
• Pacote
• Sob Encomenda
ESBC oferece o melhor dos dois modelos e ainda
atende reconhecidamente a duas grandes demandas
do mercado de TI:
• Diminuição do tempo de chegada ao mercado
• Aumento de produtividade
9. Mercado de Componentes de Software
Estrutura Produtiva
• Desenvolvedores de componentes
• Integradores
• Clientes/usuários de software baseado em
componentes
• Intermediários
• Certificadores de qualidade
• Fornecedores de ferramentas de desenvolvimento
10. Mercado de Componentes de Software
Economia de componentes
• Mercados de componentes individuais e linhas de
produtos
• Mercado de Integração
• Mercado de infra-estrutura
• Mercado de intermediação
• Mercado de Certificação
• Mercado de Treinamento/Capacitação
12. Mercado de Componentes de Software
Barreiras e riscos
• Pouco conhecida
• Faltam padrões
• Poucos fornecedores e compradores de componentes
• Dificuldade em encontrar (ou operacionalizar) outros
modos de comercialização mais adequados que a
venda de licenças
• Alguns modelos de negócio são muito sofisticados para
um mercado ainda não firmado
13. Mercado de Componentes de Software
Problemas em aberto
• Descrição de componentes
• Confiabilidade
• Responsabilidade por falhas
• Combinação de componentes
• Modelos de negócios
• Atualizações
• Suporte a longo prazo
• Propriedade Intelectual
14. Tendências do Desenvolvimento e uso
da ESBC no Brasil
Estímulos positivos e negativos para a escolha do modelo
ESBC
o Fatores técnicos positivos:
Positivos a qualidade do software, facilidade de
manutenção, confiança e evolução da arquitetura orientada
a serviços.
o Fatores técnicos negativos
O baixo grau de maturidade da tecnologia é uma barreira
grande.
15. Tendências do Desenvolvimento e uso
da ESBC no Brasil
Os estímulos econômicos tiveram uma percepção mais
positiva que os técnicos.
o Fatores econômicos positivos:
Os principais foram a produtividade, "time to market" e a
geração de oportunidades de negócios.
o Fatores econômicos negativos
O custo da migração para o novo modelo e a falta de
recursos humanos para o processo.
16. Tendências do Desenvolvimento e uso
da ESBC no Brasil
Os modelos de negócio mais atrativos e viáveis para o
mercado brasileiro atualmente (2005).
Obtiveram maior destaque os modelos Integrador, Venda de
Componentes e Ferramentas.
Em contrapartida, os modelos Broker e Certificação foram os
classificados como mais incertos.
Um fato interessante é verificar a falta de capacitação para
todos os modelos.
17. Tendências do Desenvolvimento e uso
da ESBC no Brasil
Intensidade de uso do modelo ESBC atualmente (2005) e
projeção para o futuro (2010), para vários dominios disponíveis
no mercado.
20. Cenário para desenvolvimento e uso de componentes na
Indústria Brasileira de Software e Serviços
Metodologia de cenários:
• adequada para tratar incertezas
Exercício de cenários:
• identificar cenários futuros para o desenvolvimento de componentes
Pontos de discussão:
• em que medida a ESBC vai transformar a base técnica e comercial da
indústria mundial de software?
• quais os modelos de negócio criados ou potencializados?
• sendo um mercado internacional em potencial, quais as possibilidades de
inserção do Brasil?
21. Cenário para desenvolvimento e uso de componentes na
Indústria Brasileira de Software e Serviços
Resultados:
• a evolução do reuso não é uma incerteza, é uma tendência!
• incerteza quanto a ESBC tornar-se principal tecnologia nessa trajetória.
Cenários:
• Vento em Popa - ESBC é a trajetória principal de reuso e Brasil acompanha
• Calmaria - ESBC não avança significativamente
• a ver Navios - ESBC avança, torna-se dominante, mas Brasil fica de fora
22. Considerações Finais
Pontos fortes
• política nacional de software livre
• mercado interno de porte
significativo e com poder de
alavancagem
• boa base acadêmica
• política industrial voltada para
software
Pontos fracos
• falta de cultura de reuso
• falta de recurso humano
capacitado
• limitação de recursos financeiros
• relativo atraso em intensidade de
uso
• baixa inserção do Brasil no
mercado internacional
23. Considerações Finais
Oportunidades
• vantagens técnicas
• ganhos de produtividade e
redução de prazos de entrega
• oportunidade de empresas
brasileiras participarem no
mercado internacional de software
• expansão do modelo de negócio
integrador
• diversificação de produtos e
soluções
Ameaças
• perda de competitividade global
• tendência que não se compre
componentes brasileiros a curto
prazo (carece de confiança)
• Brasil corre risco de ter que
importar (China e Índia)
• falta de certificação específica
dificulta entrada no mercado
internacional
24. Considerações Finais
Em resumo:
• reuso e intercambialidade são razões principais do
desenvolvimento da ESBC, mas não se sabe se essa será sua
principal trajetória
• necessidade da criação da cultura de uso de componentes,
formação de pessoal qualificado, financiar a melhoria e maturidade
do processo de desenvolvimento e formular políticas para lidar com
direitors de propriedade intelectual.