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Boletim do Mercado de Trabalho




     Número 2 – Fevereiro – 2012


                                   1
Governo do Estado do Pará

                          Simão Robison Oliveira Jatene
                                    Governador

                             Helenilson Cunha Pontes

Vice-Governador do Estado do Pará / Secretário Especial De Estado De Gestão – Seges




      Instituto do Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará


                          Maria Adelina Guglioti Braglia
                                   Presidente

                           Cassiano Figueiredo Ribeiro
       Diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural

                                Sérgio Castro Gomes
              Diretor de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação

                               Jonas Bastos da Veiga
                     Diretor de Pesquisas e Estudos Ambientais

                               Elaine Cordeiro Felix
                Diretora de Planejamento, Administração e Finanças




                                                                                      2
Boletim do Mercado de Trabalho




      Número 2 – Fevereiro – 2012

                                    4
Expediente
Diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural:
Cassiano Figueiredo Ribeiro

Coordenadoria Técnica de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas:
Rosinete das Graças Farias Nonato Navegantes

Coordenação de Núcleo de Análise Conjuntural:
Sílvia Ferreira Nunes

Elaboração Técnica:
David Costa Correia Silva
Jorge Eduardo Macedo Simões

Colaboração:
Marcus Vinicius Palheta
Celeste Ferreira Lourenço

Revisão Técnica:
Edson da Silva e Silva
Rosinete das Graças Farias Nonato Navegantes
Silvia Ferreira Nunes

Comissão Editorial
Anna Márcia Muniz
Cassiano Figueiredo Ribeiro
Glauber Ribeiro
Raimundo Sérgio Rodrigues Fernandes

Normalização:
Glauber Ribeiro



         BOLETIM DO MERCADO DE TRABALHO, 2012. Belém: Instituto de
  Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará, 2012.

           Mensal

         49 p. (Boletim do Mercado de trabalho, 2)

       1. Mercado de trabalho. 2. Trabalho formal. 3. Pará (Estado). Instituto do
  Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará.

                                                                    CDD. 331.12098115



Instituto do Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP
Rua Municipalidade 1461. Bairro do Umarizal
CEP: 66.050-350 – Belém/Pará
Tel: (91)1. Mercado/ de trabalho. 2. Trabalho formal. 3. Pará (Estado). Instituto
          3321-0600 Fax: (91) 3321-0610
E-mail: comunicação@idesp.pa.gov.br
   do Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará.
Disponível em:
                                                        CDD. 331.12098115




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SUMÁRIO



APRESENTAÇÃO ......................................................................................................... 4

PARTE 1.......................................................................................................................... 5

1.1 NOTAS METODOLÓGICAS.....................................................................................5

1.2 O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DO PARÁ EM FEVEREIRO

DE 2012........................................................................................................................... 6
1.2.1 Comportamento do emprego segundo setores de atividade econômica ............7

1.2.2 Ocupações com maiores saldos de emprego e salário médio de admissão ........9

1.2.3 Admissões e desligamentos por tipo de movimentação .....................................10

1.2.4 Evolução do emprego no comparativo entre fevereiro de 2011 e 2012............ 11

1.2.5 Comportamento do emprego na região metropolitana de Belém e demais
municípios ...................................................................................................................... 11

REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 148

PARTE 2...................................................................................................................... 159

Emprego Formal no Pará: Aspectos da Dinâmica Regional .................................... 16

2.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 16

2.2 O COMPORTAMENTO DO EMPREGO FORMAL ENTRE 2001 E 2010 .......... 16

2.3 A DINÂMICA DA ESPACIALIZAÇÃO DO EMPREGO FORMAL NO PARÁ . 18

2.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 30

REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 31

ANEXOS ........................................................................................................................ 32

1 PAINEL DE INDICADORES .................................................................................. 38

1.1 P1. MOVIMENTAÇÃO DE MÃO DE OBRA ....................................................... 38

1.2 P2. REMUNERAÇÃO DA MÃO DE OBRA ......................................................... 38

P1. MOVIMENTAÇÃO DE MÃO DE OBRA ............................................................. 39

P2. REMUNERAÇÃO DA MÃO DE OBRA ............................................................... 47


                                                                                                                                       6
APRESENTAÇÃO

O Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP), autarquia
vinculada a Secretaria Especial de Estado de Gestão (SEGES) tem entre seus objetivos a
produção, sistematização e análise de informações sobre a conjuntura socioeconômica do
estado do Pará.
         Neste sentido, dentro da ação intitulada Rede de Monitoramento do Trabalho e Renda,
acompanha o desempenho do mercado paraense, com o propósito de subsidiar o planejamento
de políticas governamentais para a geração de trabalho e renda, a serem desenvolvidas no
Estado.
         Entre as atividades que compõem essa ação do IDESP, está a elaboração mensal do
Boletim do Mercado de Trabalho Paraense, o qual apresenta como tema central, uma análise
conjuntural do emprego celetista com registro em carteira, a partir dos dados divulgados pelo
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), tendo como fonte o Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (CAGED).
        Este Boletim compõe-se de três partes: a primeira traz uma breve exposição dos
procedimentos metodológicos adotados na análise mensal do emprego no estado do Pará; na
sequência, é apresentada uma análise do comportamento do mercado de trabalho formal
paraense, tendo como referência o mês de fevereiro de 2012. A segunda parte é destinada a
artigos, estudos e notas técnicas, neste mês traz o artigo intitulado “Emprego Formal no Pará:
Aspectos da Dinâmica Regional”, no qual são tratadas questões referentes às mudanças na
estrutura dos empregos no Estado, com destaque para as regiões de integração; A última parte
constitui-se de um painel de indicadores, cuja finalidade é disponibilizar aos leitores, séries
históricas estatísticas do mercado de trabalho formal nacional e estadual, permitindo o
acompanhamento da evolução dos principais indicadores de emprego e renda no Brasil e no
Pará.




                                                                                             4
PARTE 1

1.1 NOTAS METODOLÓGICAS

       O Boletim do Mercado de Trabalho Paraense toma como referência as estatísticas
sobre a evolução do emprego formal no Estado do Pará, tendo com fonte de dados o Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) divulgado pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE).
       O CAGED é um Registro Administrativo de âmbito nacional e de periodicidade
mensal, que reúne informações sobre a flutuação do emprego (movimentação das admissões e
desligamentos em determinado período), desagregadas por setores econômicos do IBGE e
classificadas por Unidade de Federação (UF), principais regiões metropolitanas e municípios
com mais de 10.000 habitantes, no caso do estado de São Paulo, e com 30.000 habitantes para
os demais Estados.
       Neste sentido, o CAGED apresenta as seguintes finalidades: i) fiscalizar e acompanhar
o processo de admissão e dispensa dos trabalhadores; ii) viabilizar a construção de ações de
combate ao desemprego; iii) permitir a assistência aos desempregados; iv) ter em vista a
reciclagem profissional e a recolocação dos desempregados no mercado de trabalho; e, v)
gerar estatísticas para acompanhamento do mercado formal de trabalho.
       Desta forma, os conceitos utilizados na análise mensal do mercado de trabalho
estadual são definidos a seguir:
           saldo mensal: indica a diferença entre admissões e desligamentos no mês atual;
           saldo acumulado no ano: resulta da diferença entre admissões e desligamentos no
           período de janeiro até o mês de atual;
           saldo acumulado nos últimos 12 meses: resulta da diferença entre admissões e
           desligamentos no período de doze meses tendo como referência o mês atual;
           variação mensal do emprego: é a relação entre o saldo do mês atual e o estoque
           de emprego do primeiro dia deste mesmo mês;
           variação acumulada no ano: toma como referência os estoques do mês atual e do
           mês de dezembro do ano t-1, ambos com ajustes;
           variação acumulada nos últimos 12 meses: toma como referência os estoques do
           mês atual e do mesmo mês do ano anterior, ambos com ajustes.




                                                                                            5
1.2 O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DO PARÁ EM FEVEREIRO DE 2012

       De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(CAGED) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o saldo de emprego com carteira
assinada no mês de fevereiro de 2012 foi de 150.600 novos postos de trabalho em todo Brasil.
Esse resultado foi equivalente à expansão de 0,40% no estoque de assalariados com carteira
assinada na comparação ao mês anterior, sendo superior ao mês de janeiro, ocasião em que
foram abertas 143.387 vagas.
       Nos últimos doze meses, o montante de empregos gerados atingiu 1.724.817 postos de
trabalho, correspondendo a um aumento de 4,73% no contingente de empregados celetistas do
país. No acumulado do ano, o emprego cresceu 0,78%, representando um acréscimo de
293.987 postos de trabalho.

      GRÁFICO 1. Saldo de empregos formais. Brasil, Região Norte e Pará – Fevereiro de 2012.


                   1.800.000
                   1.600.000
                   1.400.000
                   1.200.000
                   1.000.000
                      800.000
                      600.000
                      400.000
                      200.000
                           0
                                    Brasil           Região Norte            Pará
             Fev./2012             150.600              3.965                2.137
             Últimos 12 meses     1.724.817            112.123              47.918
             No ano                293.987              6.241                3.580

     Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/CAGED.
     Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.

       Acompanhando a tendência de ampliação do mercado de trabalho brasileiro, a Região
Norte e o estado do Pará registraram a geração de 3.965 e 2.137 ocupações formais em
fevereiro, equivalente à expansão 0,23% e 0,31%, respectivamente, em relação ao estoque de
assalariados com carteira assinada do mês anterior.
       O resultado alcançado pelo Pará é o 4º melhor de toda a série histórica do CAGED
para o período de fevereiro desde 2003. No ranking mensal do saldo de empregos formais da
Região Norte, o Pará situa-se na 1º posição, seguido dos Estados de Tocantins e Rondônia que
fecharam o mês com 1.181 e 873 novos postos de trabalho, respectivamente.



                                                                                               6
No acumulado dos últimos doze meses, a variação de empregos no mercado de
trabalho paraense foi de 7,40%, o equivalente a 47.918 novos empregos para o Estado. Esse
resultado, em números absolutos, reservou novamente ao Pará, a primeira colocação no
ranking de geração de empregos formais no Norte do País (Ver Gráfico 2). Os estados do
Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará e Tocantins totalizaram 112.123 novos
empregos, no acumulado dos últimos 12 meses, registrando um crescimento de 7,04% no
emprego formal na Região Norte.
        No ano a Região Norte e o Estado do Pará registraram a criação de 6.241 e 3.580
novos empregos celetistas respectivamente, o que representou um acréscimo de 0,37% e
0,52% em relação ao mesmo período do ano anterior.
       O Gráfico 2, a seguir, apresenta o saldo de empregos de todos os estados da Região
Norte, no mês de fevereiro, nos últimos doze meses (março de 2011 a fevereiro de 2012) e no
acumulado do ano.

 GRÁFICO 2. Saldo de empregos formais no mês, nos últimos 12 meses e acumulado no ano. Região Norte
 por Unidade da Federação.
            120.000

            100.000

                80.000

                60.000

                40.000

                20.000

                     0

                -20.000
                          REGIÃO    Rondônia   Acre    Amazonas   Roraima   Pará     Amapá   Tocantins
                          NORTE
    Fev./2012              3.965      873       61       -472       183     2.137      2       1.181
    Acumulado no ano       6.241     1.884      2       -1.611      -67     3.580     156      2.297
    Últimos 12 meses      112.123    8.239     4.075    33.601     2.048    47.918   7.518     8.724
 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/CAGED.
 Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.


1.2.1 Comportamento do emprego segundo setores de atividade econômica

        No mês de análise, com exceção da indústria de transformação, agropecuária e
administração pública que eliminaram, respectivamente, 711, 70 e 2 postos de trabalho, todos
os demais setores apresentaram saldos positivos (Tabela 1). Deste modo, os destaques de
fevereiro quanto à contribuição para saldo de emprego foram: serviços, com a criação de

                                                                                                         7
1.111 novos empregos e crescimento de 0,47%; o setor da construção civil, com a geração de
1.029 postos de trabalho; e o setor do comércio, com saldo de 421 empregos formais. Na
sequência, aparecem os setores extrativo mineral, cujo saldo de 357 empregos rendeu
crescimento de 2,12% frente ao mês anterior, serviços industriais de utilidade pública, com a
criação de 2 postos de trabalho, o que equivale à expansão 0,03%.

  TABELA 1. Comportamento do emprego por setor de atividade econômica no Pará – Fevereiro de 2012.

                                                                                       Variação do
                                        Total de        Total de
         Setores de Atividade                                              Saldo       Emprego (%)
                                       Admissões      Desligamentos
                                                                                         Fev/Jan

  Extrativa Mineral                       508              151              357             2,12
  Indústria de Transformação             3.141            3.852            -711             -0,77
  Serviços Indust. De Util. Pública       131              129               2              0,03
  Construção Civil                       6.068            5.039            1.029            1,33
  Comércio                               6.468            6.047             421             0,23
  Serviços                               8.142            7.031            1.111            0,47
  Administração Pública                    12               14               -2             -0,01
  Agropecuária                           2.500            2.570             -70             -0,14
  Total                                   26.970          24.833            2.137           0,31
  Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/CAGED.
  Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.


     Serviços: o melhor desempenho na criação de postos de trabalho com carteira
assinada, com saldo de 1.111 novos postos, as maiores contribuições originaram-se dos
subsetores “ensino” (600); “serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção”
(300 postos), “serviços médicos, odontológicos e veterinários” (161 postos).
     Construção Civil: devido à retomada do ritmo de construções públicas e privadas no
Pará, mais expressamente as obras da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no
setor foram criados 1.029 postos de trabalho.
     Comércio: apresentou saldo positivo de 421 postos, puxado pelo “comércio varejista”,
com 327 empregos, e com a contribuição de 94 postos do “comércio atacadista”.
     Extrativa Mineral: este setor obteve atuação positiva na criação de postos de trabalho
com carteira assinada, apresentando saldo de 357 empregos formais.
     Serviços Industriais de Utilidade Pública: o saldo de 2 postos de trabalho no mês
resultou da admissão de 131 pessoas, contra o desligamento de 129 trabalhadores.
     Administração Pública: este setor registrou perda de 2 postos de trabalho, decorrente
da admissão de 12 pessoas contra o desligamento de 14 funcionários.



                                                                                                     8
 Agropecuária: apresentou saldo negativo de 70 empregos formais, em virtude de
2.500 admissões contra 2.570 desligamentos.
     Indústria de Transformação: o setor apresentou o pior saldo de empregos entre os
setores (-711), em decorrência das perdas de emprego nos subsetores “indústria da madeira e
do mobiliário” (-541 postos) e “indústria metalúrgica” (com -136 postos).


1.2.2 Ocupações com maiores saldos de emprego e salário médio de admissão

        Na Tabela 2 abaixo, são apresentadas as trinta ocupações com maiores saldos de
emprego em fevereiro de 2012, e seus respectivos salários médios de admissão.

 TABELA 2. Ocupações com maiores saldos de emprego no Pará – Fevereiro de 2012.
                                                                                       Salário Médio
             Ocupações                   Admissão       Desligamento       Saldo
                                                                                       Admissão (R$)
 Servente de Obras                          3.018             2.316          702           661,02
 Auxiliar de Escritório, em Geral           1.352              916           436           673,74
 Ajustador Mecânico                          270               55            215          1.114,55
 Trab. Agropecuário em Geral                 528               400           128           682,13
 Vigilante                                   363               246           117           874,42
 Mec. de Man. de Maquinas                    188               90             98          1.281,37
 Carpinteiro                                 377               281            96           941,69
 Alim. de Linha de Produção                  634               542            92           655,06
 Montador de Maquinas                        174               89             85          1.307,30
 Recepcionista, em Geral                     304               220            84           680,95
 Produtor Agrícola Polivalente                87               12             75             675
 Vendedor em Comercio Atacadista             165               96             69           826,57
 Mec. Man. de Maquinas                        81               22             59          1.147,57
 Mec. de Man. Veículos Similares             125               67             58           795,5
 Prof. de Nível Sup. Ens. Fund.               75               20             55           812,72
 Técnico de Enfermagem                       134               80             54           914,7
 Motorista Operacional de Guincho            112               58             54          1.397,05
 Pescador Industrial                          56                3             53           874,43
 Assistente Administrativo                   357               304            53          1.092,96
 Prof. Ens. Sup. de Prat. de Ensino           62               13             49           540,45
 Inst. Elétrico                               59               11             48          1.254,95
 Assistente de Vendas                        107               60             47           533,38
 Promotor de Vendas                          256               212            44           668,89
 Topografo                                    91               50             41          1.233,62
 Prof. de Ens. Sup. de Orientação             43                2             41           619,23
 Manutenção de Edificações                   116               75             41           641,52
 Cobrador Interno                             62               25             37           659,21
 Vigia                                       202               166            36           715,65
 Zelador de Edifício                         135               99             36           640,36
 Prof. da Edu. de Ens. Fundamental            51               17             34           791,43
 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/CAGED.
 Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.

       Essas ocupações apresentaram saldo total de 3.037, a maior parte desses empregos foi
originada nos setores de Serviços, Construção Civil e Comércio. As profissões que
apresentaram os maiores saldos foram: Servente de Obras (702), Auxiliar de Escritório (436)


                                                                                                       9
e Ajustador Mecânico (215). Tendo em vista que o salário mínimo estabelecido em 2012 é de
R$ 622,00, apenas quatro profissões recebem mais do que dois salários mínimos: Instalador
de Linhas Elétricas (R$ 1.254,95); Mecânico de Manutenção de Máquinas (R$ 1.281,37);
Montador de Máquinas (R$ 1.307,30); e Motorista Operacional de Guincho (R$ 1.397,05).

1.2.3 Admissões e desligamentos por tipo de movimentação

       Na Tabela 3 é possível verificar os tipos de movimentação registrados nas admissões e
desligamentos no mês de fevereiro. Neste cenário verifica-se que: o principal tipo de
admissão foi o reemprego, ou seja, o trabalhador que já esteve empregado em um momento
anterior (19.638), em seguida, com 6.942, destaca-se o primeiro emprego sinalizando para as
jovens oportunidades de inserção no mercado de trabalho. Assim, as admissões de reemprego
e o primeiro emprego constituem os principais destaques representando 98,55%, do total de
trabalhadores admitidos. Em seguida, enumeram-se as admissões ocorridas por meio de
contrato de trabalho por prazo determinado (374) e reintegração (16).
       O número de desligamentos alcançou a somatória de 24.833, sendo que deste total,
16.822 trabalhadores       foram     dispensados     sem    justa causa,      4.696    se desligaram
espontaneamente, 2.368 por término do contrato de trabalho e com prazo determinado, 342
por justa causa, 71 por morte e 14 por aposentadoria.

       TABELA 3. Admissões e desligamentos por tipos de movimentação no Pará – Fevereiro 2012.

                                                             Número de           Participação Relativa
                Admissões e Desligamentos
                                                           trabalhadores                  (%)

        ADMISSÕES                                             26.970                    100,00
        Reemprego                                              19.638                    72,81
        Primeiro Emprego                                       6.942                     25,74
        Contrato Trabalho Prazo Determinado                     374                       1,39
        Reintegração                                             16                       0,06
        DESLIGAMENTOS                                          24.833                    100,00
        Dispensado sem Justa Causa                             16.822                    67,73
        Desligamento à Pedido                                  4.696                     18,91
        Desligamento por Término de Contrato                   2.368                      9,54
        Término Contrato Trabalho Prazo
        Determinado                                             520                       2,09
        Dispensado com Justa Causa                              342                       1,38
        Desligamento por Morte                                   71                       0,29
        Aposentadoria                                            14                       0,06
        Saldo (Admissões - Desligamentos)                       2.137                       -
       Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/CAGED.
       Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.

                                                                                                     10
1.2.4 Evolução do emprego no comparativo entre fevereiro de 2011 e 2012

       O Gráfico 3 faz uma comparação do desempenho dos setores da economia paraense no
mês de fevereiro de 2011 e 2012. Nesse contexto, verifica-se que nos dois períodos os setores
de Serviços, Comércio, Construção Civil e Extrativo Mineral tiveram resultados positivos,
enquanto a Indústria de Transformação amargou resultados negativos em ambos os anos.
Ainda sobre o Gráfico 3, cabe verificar que a Agropecuária e a Administração Pública que em
2011 haviam conseguido resultados positivos, em 2012 obtiveram perdas de postos de
trabalho.

 GRÁFICO 3. Saldo de Empregos Formais por Setores Econômicos do Estado do Pará.

                     Agropecuária                                    628
                                           -70
            Administração Pública                             284
                                               -2
                          Serviços                                                  1.934
                                                                            1.111
                         Comércio                                           1.173
                                                               421
                                                                                                Fev./2011
                  Construção Civil                             399
                                                                           1.029                Fev./2012
  Serviços Indust. De Util. Pública                      67
                                                        2
                                    -537
       Indústria de Transformação -711

                 Extrativa Mineral                            260
                                                               357
                                 -1.000 -500        0         500     1.000 1.500 2.000 2.500
 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/CAGED.
 Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.

1.2.5 Comportamento do emprego na região metropolitana de Belém e demais
municípios

       A Região Metropolitana de Belém (RMB) alcançou, no mês de fevereiro, a geração de
304 novos empregos celetistas, o equivalente a 14% do total gerado em todo o estado do Pará.
Os setores da atividade com maior destaque positivo foram: Serviços, com 636 postos;
Agropecuária, com 222 postos; e Serviços Industrial de Utilidade Pública, com 14 postos. No
contraponto os setores da atividade com maior destaque negativo foram: Comércio, com -263
postos de trabalho e a Construção Civil, com -195 postos.




                                                                                                            11
TABELA 4. Saldo do emprego na RMB e demais municípios – Fevereiro de
              2012.
                    Setores de Atividade                      Demais       Estado do
                                                   RMB
                        Econômica                            Municípios      Pará
               Extrativa Mineral                     -2          359          357
               Indústria de Transformação           -106         -605         -711
               Serv. Industriais de Utilidade
                                                     14          -12            2
               Pública
               Construção Civil                     -195        1.224         1.029
               Comércio                             -263         684          421
               Serviços                             636          475          1.111
               Administração Pública                 -2           0            -2
               Agropecuária                         222          -292          -70
               Total                                 304        1.833        2.137
              Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/CAGED.
              Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do
              Pará – IDESP.

       O comportamento do emprego no âmbito municipal no mês de fevereiro de 2012 pode
ser acompanhado no Gráfico 4, o qual mostra os dez municípios paraenses com os maiores
gerações de novos postos de trabalho, bem como os dez com os menores no mesmo período.
        Entre os dez municípios com maiores saldos de emprego em fevereiro, o município de
Altamira obteve o primeiro lugar no ranking no estado do Pará com 1.417, impulsionado,
sobretudo, pela construção civil que contribuiu 1.303 novas contratações. A cidade de
Parauapebas contribuiu com o saldo positivo de 773 postos de trabalho sendo o setor extrativo
mineral e a construção civil os que mais colaboraram com 268 e 240 novos empregos
respectivamente. Já Belém obteve resultado de 341 no saldo de postos de trabalho, sendo que
a capital paraense teve seu volume de empregos puxado pelo setor de Serviços (834), esse
setor foi de suma importância, visto que o Comércio e a Construção Civil, com resultados de -
318 e -295 postos respectivamente, sofreram com a sazonalidade do período.
        O setor de Serviços (80 de saldo), Indústria de Transformação (71 de saldo) e
Agropecuário (68 de saldo) foram os destaques de Moju que foi a quarta colocada no ranking
com saldo de 202 empregos. Castanhal foi a quinta cidade que mais criou novos empregos no
estado, um saldo total de 184, sendo o Comércio (154) e a Indústria de Transformação (77) os
setores que mais contribuíram. Canaã dos Carajás contribuiu com o saldo positivo de 122
postos de trabalho. Redenção com saldo 110 postos foi a sétima cidade paraense que mais
gerou postos de trabalho, e os setores que mais se destacaram foram Serviços (com 51 de
saldo) e Comércio (49 de saldo). Santarém obteve saldo de 97 postos, a maior contribuição
proveio do setor Comercial com 141 novos postos. Capanema foi a nona colocada entre as
cidades paraense que mais geraram empregos no Pará, 94 novos postos foram criados, esses
49 postos vieram do Comércio, 26 da Indústria de Transformação e 23 dos serviços. E, por


                                                                                          12
fim, Benevides, situada na Região Metropolitana de Belém, gerou 82 novos postos, sendo 40
no Comércio, 20 nos Serviços e 18 na Construção Civil.

  GRÁFICO 4. Os 10 municípios com maiores e menores saldo de emprego no Pará - Fevereiro de2012.

              Altamira                                                                      1.417
           Parauapebas                                                           773
                 Belém                                                    341
                  Moju                                              202
             Castanhal                                              184
      Canaã dos Carajás                                         122
              Redenção                                         110
              Santarém                                         97
             Capanema                                          94
              Benevides                                        82
              Marituba                               -57
            Ananindeua                               -63
               Marabá                               -77
                 Portel                             -83
    Santana do Araguaia                             -86
            Dom Eliseu                         -116
               Jacundá                        -140
              Almeirim                        -170
           Paragominas                       -208
             Barcarena         -570

                      -1.000          -500                 0               500     1.000   1.500    2.000

  Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/CAGED.
  Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.

       Dentre as cidades paraenses que mais perderam postos de trabalho, o pior resultado no
saldo de empregos foi registrado pela cidade de Barcarena, totalizando uma perda de 570
postos de trabalho em fevereiro: os destaques destas perdas foram os setores Construção Civil
(-251), Indústria de Transformação (-202) e Serviços (-104). Paragominas obteve o segundo
pior saldo de empregos do estado (-208), o destaque negativo ficou com Construção Civil (-
136), Indústria de Transformação (-102). Almeirim teve em fevereiro saldo de -170 postos de
trabalho, sendo o setor agropecuário o que mais contribuiu para o resultado negativo com a
perda de 145 postos.
       A Indústria de Transformação de Jacundá foi a principal responsável pelo saldo
negativo do município que teve um saldo total de -140 postos de trabalho. A cidade de Dom
Eliseu obteve saldo negativo de -116 empregos, destes 91 foram provenientes da
Agropecuária. Santana do Araguaia perdeu 86 postos de trabalho, os destaques negativos
foram os Serviços Industriais de Utilidade Pública (-41) e a Indústria de Transformação (-37).

                                                                                                            13
Portel foi a sétima cidade que mais perdeu empregos no Pará, um total de 83, destes 78 foram
oriundos da Indústria de Transformação. O município de Marabá obteve saldo -77, a maioria
das perdas na Construção Civil (-116), vale ressaltar que os setores com saldo positivo:
Extrativo Mineral (39), Comércio (18) e Indústria de Transformação (15) impediram uma
queda mais acentuada. Ananindeua, cidade situada na Região Metropolitana de Belém, teve
resultado negativo no saldo de emprego (-63), afetado principalmente pelo setor de Serviços
(-211 de saldo). Todavia, os setores de Construção Civil com 102 e Agropecuária com 75 de
saldo amenizaram uma queda ainda maior. Marituba foi à décima cidade com pior resultado
no estado do Pará, com saldo de -57, as maiores perdas ocorreram nos setores de Indústria de
Transformação e Construção Civil, ambos com perdas de 25 postos de trabalho.




                                                                                         14
REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Programa de disseminação de Estatística do
trabalho. [S.l.]: 2012. Disponível em: <http://www.mte.gov.br/pdet > Acesso em: jan. 2012.




                                                                                         15
PARTE 2

                     Emprego Formal no Pará: Aspectos da Dinâmica Regional


                                                                             Celeste Ferreira Lourenço1


2.1 INTRODUÇÃO

           O mercado de trabalho paraense, seguindo uma tendência nacional, passa por um
processo de formalização do emprego, sobretudo nos últimos anos. Tomando por base os
dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD) verifica-se que, entre 2005 e
2009, a participação de empregados formais (assalariados e trabalhadores domésticos com
carteira de trabalho assinada, militares e funcionários públicos estatutários), passou de 26,2%
para 28,8% do total de ocupados no estado do Pará.
           Entre os fatores que têm concorrido para esse comportamento, podem ser citados: a) a
expansão e descentralização de serviços públicos universalizantes, tais como o atendimento
básico em saúde e em educação, demandando a contratação de profissionais nessas áreas
sociais; b) políticas de transferência de renda e de valorização do Salário Mínimo,
estimulando a demanda por bens e serviços; c) o aumento e diversificação do crédito
financeiro tanto para famílias quanto para empresas; d) implantação do SIMPLES voltado às
micro e pequenas empresas, favorecendo a formalização e a criação de empreendimentos; e)
maior atuação do Ministério do Trabalho e Emprego, na fiscalização das contratações de mão
de obra.
           Paralelo ao crescimento da formalização do emprego verifica-se outra tendência no
mercado de trabalho local, que é a de descentralização espacial do emprego formal a partir da
observação de forte crescimento na participação de vários municípios do interior no total de
empregos gerados no Estado, relativizando a importância da capital, Belém.
           Baseado nesse contexto busca-se analisar neste artigo, alguns aspectos da dinâmica do
mercado de trabalho paraense, entre 2001 e 2010, a partir da sistematização de dados da
Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

2.2 O COMPORTAMENTO DO EMPREGO FORMAL ENTRE 2001 E 2010




1
    Economista do Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP).

                                                                                                    16
De acordo com os dados da RAIS, o número de trabalhadores com vínculos formais
ativos alcançou, em 2010, o total de 44.068.355 em todo o Brasil. Comparando-se ao estoque
existente em primeiro de janeiro de 2001, representou uma expansão de 62,1%, o equivalente
a 16.878.741 novos vínculos. Nesse mesmo período, o estado do Pará registrou um
crescimento percentual de 94,8% portanto, acima da média brasileira, elevando a participação
desse Estado no total de empregos, de 1,8% para 2,2%. Quanto a sua participação na Região
Norte, verifica-se a ocorrência de uma queda de 42,0% em 2001 para 39,5% em 2010 em
decorrência, principalmente, dos crescimentos verificados nos estados do Amazonas
(115,4%), Amapá (132,0%), Rondônia (122,1%) e Roraima (192,7%), com taxas acima da
média da Região. Entretanto, convém ressaltar que, em termos absolutos, o Pará é o estado
nortista com o maior número de empregos formais, alcançando em 2010 951.235
trabalhadores, seguido do Amazonas com 575.739 pessoas.

TABELA 1: Comportamento do estoque de empregos formais por nível geográfico – 2001/2010.
                                              Variação        Variação         Participação do Pará
   Regiões        2001           2010         Absoluta       Percentual         2001          2010
 Brasil               27.189.614    44.068.355      16.878.741           62,1           1,8       2,2
 Região Norte          1.161.780     2.408.182       1.246.402          107,3         42,0       39,5
 Pará                    488.368       951.235         462.867           94,8             -         -
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2001 e 2010.
Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.

Em que pese a crise econômica internacional, as informações segundo o recorte setorial
mostram um dinamismo em todos os grandes setores de atividades, tanto em nível de Brasil
quanto de Região Norte e estado do Pará. O bom desempenho apresentado tem relação, com
diversos fatores, destacando-se o fortalecimento do consumo interno em função do aumento
real da massa salarial, da redução de impostos como o IPI em produtos selecionados, e da
expansão do crédito financeiro tanto para bens de consumo quanto para investimentos.
        Uma análise comparativa entre os dados de 2010 e 2001 mostrou que os setores de
Extrativa Mineral, de Construção Civil e do Comércio, foram os que apresentaram maiores
dinamismo no período, registrando taxas de crescimento acima das médias de cada região
geográfica abordada, conforme destaque a seguir:

                Brasil: Construção Civil (121,4%), Comércio (86,8%), Extrativa Mineral
                (79,5%) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (63,5%), todos com taxas
                de crescimento superiores a média brasileira de 62,1%.
                Região Norte: Extrativa mineral (297,0%), Construção Civil (177,0%),
                Agropecuária, Ext. Vegetal, Caça e Pesca (168,1%) e Comércio (133,0%).

                                                                                                      17
Esses setores também registraram taxas de crescimento superiores a da média
                da Região Norte (107,3%).
                Estado do Pará: Extrativa mineral (388,5%), Agropecuária, Ext. Vegetal, Caça
                e Pesca (176,6%), Comércio (131,9%) e Administração Pública (98,0%), cujas
                variações ultrapassaram a média estadual de 95,8%.

        O gráfico 1 dispõe um comparativo do desempenho de todos os grandes setores por
nível geográfico, a partir das variações relativas do estoque de empregos formais entre 2001 e
2010.

GRÁFICO 1: Variação relativa do estoque de emprego formal por setor econômico e nível geográfico
2001/2010.

                                                      79,5
                       Extrativa Mineral                              297,0
                                                                              388,5
                                                   58,5
             Indústria de Transformação              84,7
                                                  56,2
                                                35,5
   Serv. Industriais de Utilidade Pública          59,2
                                                35,4
                                                        121,4
                       Construção Civil                       177,0                       Brasil
                                                      104,0
                                                     86,8                                 R. Norte
                               Comércio                   133,0
                                                          131,9                           Pará
                                                  63,5
                                Serviços              90,2
                                                  70,6
                                                 41,2 101,7
                 Administração Pública
                                                      98,0
                                                 29,8      168,1
 Agropec., Extrat. Vegetal, Caça e Pesca
                                                              176,6
                                            0   50 100 150 200 250 300 350 400 450
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2001 e 2010
Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.

        Contudo, em que pese o forte crescimento relativo dos setores anteriormente
destacados, os que mais contribuíram em termos absolutos foram: em nível de Brasil, o setor
Serviços com a geração de 5.571.205 novos empregos formais e, em nível de Região Norte e
Pará, a Administração Pública com 456.206 e 169.570 novos empregos formais,
respectivamente, o equivalente a 37% dos vínculos empregatícios gerados entre 2001 e 2010.

2.3 A DINÂMICA DA ESPACIALIZAÇÃO DO EMPREGO FORMAL NO PARÁ

        Ao analisar as informações referentes ao mercado de trabalho do estado do Pará entre
2001 e 2010, um dos aspectos que mais chama a atenção, é o processo de descentralização
espacial da geração de empregos formais. Ainda que Belém seja o município paraense com o


                                                                                                     18
maior número de trabalhadores formalizados, a sua importância relativa vem diminuindo em
detrimento de um aumento considerável na abertura de postos de trabalho no conjunto de
municípios do interior. Assim, no período em análise, enquanto Belém registrou um
incremento de 47,3% na criação de novos empregos formais, os demais municípios cresceram
51,4%, resultando numa elevação de aproximadamente 13 pontos na participação do conjunto
de municípios do interior no total de vínculos empregatícios gerados no Estado.

   GRÁFICO 2: Distribuição espacial do emprego formal no Pará – 2001/2010.




                                                                             58,9
                                     54,4
                              60,0              45,6              41,1
              Em percentual




                              40,0

                              20,0

                               0,0
                                     2.001                        2.010

                                            Belém      Demais municípios
   Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2001 e 2010.
   Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.

       Comparando os empregos formais existentes em 2001 e 2010, verifica-se que, dos 143
municípios paraenses, apenas em 4 foram registradas quedas no número de vínculos. São eles:
Augusto Corrêa (-538 vínculos), Bom Jesus do Tocantins (-509 vínculos), Bujaru (-89) e
Senador José Porfírio (-31).
       Entretanto, em que pese o aumento generalizado do emprego nos municípios do
interior do Estado, quando se consideram os dados absolutos, verifica-se que ainda há um
cenário de grande concentração, onde um grupo pequeno de municípios destaca-se dos
demais. Nesse contexto, apenas 12 municípios contribuíram com mais da metade (51,0%) do
total dos empregos formais existentes no mercado paraense, excetuando a capital. São eles,
por ordem de importância: Ananindeua, Marabá, Parauapebas, Santarém, Castanhal,
Paragominas, Barcarena, Marituba, Tucuruí, Redenção, Altamira e Tailândia, como pode ser
visualizado no Gráfico 3 a seguir.




                                                                                             19
GRÁFICO 3: Participação dos doze municípios com os maiores estoques de emprego formal em 2010.
                         Altamira Tailândia
                                     2%               Demais
                           2%
                  Redenção                           municípios
                    2%                                 49%
    Tucuruí
      2% Marituba
            2%    Barcarena
                     3%
                  Paragominas
                      3%
                                                                             Ananindeua
                       Castanhal                           Marabá               10%
                         5%                                 7%
                            Santarém
                              6%
                                   Parauapebas
                                       7%
  Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010
  Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
  Nota: Exceto Belém

       Comparando-se o desempenho desses municípios no período em estudo, algumas
movimentações merecem destaque, como o crescimento expressivo da participação de
Marabá e Parauapebas que, em 2001 ocupavam o quinto e o sétimo lugares, respectivamente,
passando para o segundo e terceiro lugares. Ou, numa trajetória oposta, a queda significativa
do sexto lugar em 2001 para o décimo em 2010, da participação de Tucuruí em função,
principalmente, do término das obras da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, cuja construção
impulsionou a geração de empregos no referido município, na década analisada.
        TABELA 2: Comportamento do estoque de empregos formais por nível geográfico – 2001/2010

         Municípios com maiores                   Participação no total    Ranking no estoque
                                    Empregos
          número de empregos                          de estoque de           de empregos
                                     em 2010
                formais                                empregos (1)
                                                   2001          2010        2001       2010
        Ananindeua                       56.418         12,7        10,1         1º          1º
        Marabá                           41.745          5,3         7,5         4º          2º
        Parauapebas                      38.030          4,3         6,8         6º          3º
        Santarém                         33.400          6,6         6,0         2º          4º
        Castanhal                        28.783          5,7         5,1         3º          5º
        Paragominas                      17.833          3,6         3,2         7º          6º
        Barcarena                        17.337          3,3         3,1         8º          7º
        Marituba                         13.300          1,8         2,4        13º          8º
        Tucuruí                          12.163          4,5         2,2         5º          9º
        Redenção                         10.644          2,0         1,9        11º         10º
        Altamira                         10.178          1,8         1,8        12º         11º
        Tailândia                         8.780          0,9         1,6        24º         12º
        Total                           288.611            -        51,7          -           -
       Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2001 e 2010
       Elaboração: IDESP
       Nota: Exceto Belém

                                                                                                    20
No caso de Marabá e Parauapebas o crescimento do emprego formal está vinculado
principalmente ao extrativismo mineral, setor que dinamiza também, atividades ligadas ao
comércio, serviços e construção civil. Esses municípios pertencem a Região de Integração
Carajás, responsável pelo maior número de vínculos empregatícios existentes no Estado em
2010, conforme pode ser visto no gráfico 4 a seguir, contendo informações sobre a
participação das doze Regiões de Integração do Estado.

    GRÁFICO 4: Composição do estoque de emprego formal do Estado por Regiões de Integração -2010.
                                     Tapajós; 14.146      Tocantins; 56.336

                 Rio Capim; 53.165                                 Xingu; 20.839

           Rio Caeté; 22.177                                             Araguaia; 46.784


            Metropolitana;
                                                                               Baixo Amazonas;
               77.286
                                                                                    66.105



              Marajó; 20.930

                  Lago de Tucuruí;                                  Carajás; 95.876
                      29.425
                                         Guamá; 56.998

    Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010.
    Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
    Nota: Exceto Belém

       Conforme se observa, em 2010 a RI Carajás concentrava o maior número de empregos
formais, com 95.876 vínculos, seguida da Metropolitana e do Baixo Amazonas com 77.286 e
66.105 vínculos empregatícios respectivamente. A menor contribuição foi registrada pela RI
Tapajós, cujo estoque era de 14.146 empregos, o equivalente a 2,5% do total do Estado,
excetuando Belém. Contudo, esse resultado quando comparado aos dados de 2001, mostra
que essa RI foi a que apresentou o maior crescimento relativo, correspondente a 276,4%,
superior a média estadual de 151,3% no período analisado.
       Na tabela 3 a seguir, observa-se o desempenho das RI na geração de empregos formais
no Estado entre 2001 e 2010, as quais estão organizadas por ordem decrescente das variações
relativas ocorridas no período em foco. Dessa forma, verifica-se que as seis Regiões mais
dinâmicas na geração de empregos formais, registrando crescimentos relativos superiores à
média estadual, foram: Tapajós (276,4%), Carajás (260,1%), Tocantins (206,9%), Araguaia
(193,4%), Marajó (170,6%) e Xingu (167,0). Em consequência, aumentaram sua participação
no estoque de empregos do Estado, destacando-se a RI Carajás que passou de 11,9% em 2001


                                                                                                    21
para 17,1% em 2010. O oposto foi registrado nas RI Caeté, Baixo Amazonas, Metropolitana,
Rio Capim, Guamá e Lago de Tucuruí.

TABELA 3: Comportamento do estoque de empregos formais no Pará por Região de Integração – 2001/2010.
                                                            Variação                Participação no
       Regiões de                                                                      Estado (1)
                             2001         2010
       Integração                                  Absoluta       Relativa         2001        2010
                                                                  (%)
 Tapajós                        3.758      14.146        10.388         276,4          1,7          2,5
 Carajás                       26.626      95.876        69.250         260,1        11,9          17,1
 Tocantins                     18.358      56.336        37.978         206,9          8,2         10,1
 Araguaia                      15.943      46.784        30.841         193,4          7,2          8,4
 Marajó                         7.735      20.930        13.195         170,6          3,5          3,7
 Xingu                          7.804      20.839        13.035         167,0          3,5          3,7
 TOTAL DO                    222.823      560.067       337.244         151,3       100,0         100,0
 ESTADO(1)
 Rio Caeté                      9.725      22.177        12.452         128,0          4,4          4,0
 Baixo Amazonas                29.702      66.105        36.403         122,6        13,3          11,8
 Metropolitana                 35.147      77.286        42.139         119,9        15,8          13,8
 Rio Capim                     24.296      53.165        28.869         118,8        10,9           9,5
 Guamá                         27.402      56.998        29.596         108,0        12,3          10,2
 Lago de Tucuruí               16.327      29.425        13.098          80,2          7,3          5,3
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010
Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
(1): Exceto Belém

       Analisando as informações dos municípios que compõem cada RI, pontuam-se como
aspectos mais relevantes:

RI Tapajós:

    Essa região, formada pelos municípios de Aveiro, Itaituba, Jacareacanga, Novo
    Progresso, Rurópolis e Trairão, contabilizava, em 2010, a menor participação na geração
    de empregos formalizados, registrando 14.146 vínculos empregatícios, correspondendo a
    2,5% do total do Estado.
    Desse número, o município de Itaituba concentrava 59,1%. A seguir, os municípios de
    Novo Progresso e Rurópolis com participações de 16,1% e de 11,4% respectivamente.
     Os setores econômicos que mais contribuíram com o estoque de empregos formais foram
    a Administração Pública com uma participação de 45,3%, constituindo-se no principal
    empregador em todos os municípios da RI; o Comércio com 20,5%, destacando-se a
    comercialização de combustíveis, de bebidas e mercadorias em geral, no varejo; e a
    Indústria de Transformação com 12,6%, com um bom desempenho da indústria do
    cimento e de desdobramento da madeira.


                                                                                                      22
RI Carajás:

   Formada pelos municípios de Bom Jesus do Tocantins, Brejo Grande do Araguaia, Canaã
   dos Carajás, Curionópolis, Eldorado dos Carajás, Marabá, Palestina do Pará,
   Parauapebas, Piçarra, São Domingos do Araguaia, São Geraldo do Araguaia e São João
   do Araguaia, a RI Carajás, em comparação as demais, possuía em 2010 o maior
   contingente de empregos formais: 95.876 vínculos, o equivalente a 17,1% do total do
   Estado.
   Em termos absolutos, essa RI foi a que mais cresceu, passando do quarto para o primeiro
   lugar em termos participativos no estoque de empregos do Estado, no período 2001-2010.
   Apesar de ser constituída por doze municípios, 83,2% dos empregos formais concentram-
   se em Marabá e Parauapebas, que sediam grandes empreendimentos de mineração,
   sobretudo na exploração de ferro e manganês.
   Os setores econômicos que mais contribuíram na geração de empregos formais em 2010,
   foram a Administração Pública, o Comércio e o setor Serviços que, em conjunto, são
   responsáveis por 61% dos vínculos empregatícios gerados. Contudo, na década em
   análise, o maior dinamismo foi registrado no setor de Extrativa Mineral, o qual dobrou
   sua taxa de participação nos empregos gerados na Região, passando de 4,5% para 8,3% e,
   na Construção Civil, cujas atividades estão diretamente relacionadas ao setor mineral, o
   qual registrou crescimento de 7,1% para 15,3% em sua participação.

RI Tocantins:

   Constituída pelos municípios de Abaetetuba, Acará, Baião, Barcarena, Cametá, Igarapé-
   Miri, Limoeiro do Ajuru, Mocajuba, Moju, Oeiras do Pará e Tailândia, essa Região em
   2010, era a responsável por 10,1% dos empregos gerados no Estado, o equivalente a
   56.336 vínculos.
   A composição do emprego por setores econômicos mostra a importância do setor público
   alcançando 47,0% dos vínculos empregatícios existentes na RI, sendo o principal
   empregador em todos os municípios que a constituem. Além deste, destaca-se a indústria
   de transformação, com atividades relacionadas aos gêneros metalurgia e química,
   produção de alumínio e alumina e produção de dendê e, ainda, os setores do Comércio e
   de Serviços.




                                                                                        23
Dos municípios que a compõe, os mais importantes na geração de empregos formais
   foram: Abaetetuba, Barcarena, Moju e Tailândia que, em conjunto, somaram 70% dos
   vínculos gerados.
   Por ordem de importância, Barcarena é o primeiro com uma participação de 31,0% do
   estoque de empregos em 2010, em grande parte vinculados a industrialização,
   beneficiamento e exportação de caulim, alumina, alumínio e à produção de cabos para
   transmissão de energia elétrica. A seguir vem o município de Tailândia com uma
   participação de 15,0% decorrente, sobretudo, de intensa exploração madeireira e, ainda,
   da produção de dendê e atividades pecuárias. Os municípios de Moju e de Abaetetuba,
   com participações semelhantes (12,0%) vêm na seqüência com destaque para as
   atividades ligadas à pecuária e a produção de dendê no caso de Moju, e de Comércio e
   Serviços em Abaetetuba.

RI Araguaia:

   A RI Araguaia, localizada ao sudoeste do estado do Pará, compõe-se de 15 municípios:
   Água Azul do Norte, Bannach, Conceição do Araguaia, Cumaru do Norte, Floresta do
   Araguaia, Ourilândia do Norte, Pau d’Arco, Redenção, Rio Maria, Santa Maria das
   Barreiras, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu, Sapucaia, Tucumã e Xinguara. Em
   conjunto, esses municípios possuíam em 2010, um estoque de 46.784 empregos formais,
   o que representou um crescimento percentual de 193,4% na década em análise. Essa
   expansão, acima da média estadual (151,3%), proporcionou um aumento da participação
   desta RI no total de empregos do Estado, passando de 7,2% em 2001 para 8,4% em 2010.
   As informações sobre o estoque de emprego formal por município dão destaque para
   apenas seis municípios que, em conjunto, agregaram 73,0% dos empregos da RI:
   Redenção, Xinguara, Ourilândia do Norte, São Félix do Xingu, Santana do Araguaia e
   Tucumã.
   O município de Redenção que, mesmo apresentando uma queda de 5,8 pontos entre 2001
   e 2010 é o que registrou a maior participação (22,8%) no estoque de empregos formais da
   Região. Xinguara vem a seguir, com uma participação de 13,2% e, a exemplo de
   Redenção, registrou queda em relação ao ano inicial considerado nesta análise.
   Ourilândia do Norte que ocupou a terceira maior participação no estoque de empregos da
   RI Araguaia, foi o município que mais aumentou a sua participação na RI, passando de
   nono para terceiro colocado entre 2001 e 2010. O quarto município mais participativo foi
   São Félix do Xingu com 4.664 vínculos empregatícios em 2010, correspondendo a 10,0%

                                                                                        24
do total da RI Araguaia, contra 6,5% em 2001. Com esse resultado, aumentou sua
    participação estadual de 0,5% para 0,8%. Santana do Araguaia vem a seguir,
    apresentando um crescimento participativo bem menos impactante que o do município
    anterior, passando de 7,9% para 8,7% no total de empregos formais da RI em análise. Por
    fim, o município de Tucumã que, em 2010 gerou 6,5% dos empregos da RI Araguaia,
    registrando queda de 1 ponto em relação a sua participação em 2001.
    A composição do emprego por segmento econômico aponta a Administração pública
    como o setor com o maior número de vínculos empregatícios (13.503 empregos)
    correspondendo a 31,7% do estoque da Região. A exceção de Conceição do Araguaia,
    Ourilândia do Norte, Redenção e Tucumã, este setor é o maior empregador nos
    municípios que formam essa RI. A seguir, vem o setor de Agropecuária e extração
    vegetal com uma participação de 20,6% cuja importância se dá por meio de uma forte
    expansão da pecuária de corte e da implantação de agroindústria animal, destacando-se os
    municípios de São Félix do Xingu, Santana do Araguaia, Xinguara, Cumaru do Norte,
    Água Azul do Norte e Santa Maria das Barreiras. O extrativismo mineral, com ênfase na
    exploração de níquel e cobre no município de Ourilândia do Norte, vem dinamizando os
    setores do Comércio (17,4%), Serviços (8,8%) e Construção civil (4,6%).

RI Marajó:

    Essa RI é constituída dos seguintes por 16 municípios: Afuá, Anajás, Bagre, Breves,
    Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras,
    Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista e Soure.
Uma das menores em geração de empregos formais, a RI Marajó contabilizava, em 2010, em
total de 20.930 vínculos empregatícios, contribuindo com 3,7% para o total de empregos do
conjunto de municípios do interior do Estado.
    A composição do emprego por setores econômicos mostra a importância do setor público
    alcançando 77,4% dos vínculos empregatícios existentes na RI, sendo o principal
    empregador em todos os municípios que a constituem. A seguir vem a Indústria de
    transformação, com atividades relacionadas à produção madeireira e de alimentação,
    sobretudo os alimentos em conserva e o processamento de frutas.
Dos municípios que a compõe, os mais importantes na geração de empregos formais foram:
Breves, Portel, Afuá e Gurupá que, em conjunto, somaram 54,0 % dos vínculos gerados.




                                                                                         25
RI Xingu:

   Dez municípios compõem a RI Xingu: Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia,
   Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu os quais
   geraram 20.839 vínculos empregatícios em 2010, contra 7.804 em 2001. O crescimento
   percentual de 187,0% no período em análise elevou a participação dessa Região no total
   do estoque de empregos formais, de 3,5% para 3,7%.
   Segundo os dados da RAIS para 2010, o município de Altamira concentrou 48,8% dos
   empregos existentes na RI seguido, de longe, pelos municípios de Uruará e Pacajá, com
   participações respectivas de 14,1% e de 7,9%. Ressalta-se que, em decorrência da
   construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, a participação de Altamira deva
   apresentar, na RAIS 2011, uma concentração ainda maior.
   A composição do estoque de empregos formais na RI Xingu em 2010 registra a
   hegemonia da Administração Pública, setor que congrega 45,7% dos vínculos
   empregatícios, o maior empregador em todos os municípios desta RI. A seguir, estão os
   setores Comércio, com uma participação de 20,8% e o de Serviços, com 12,2%. A
   Indústria de Transformação com 9,2% do total de empregos concentra-se nos municípios
   de Altamira, Anapu, Pacajá e Uruará com destaque para a fabricação de produtos
   alimentícios e o beneficiamento da madeira. A Construção Civil que, entre 2001 e 2010
   cresceu 221,5%, deve ser um dos setores que mais contribuirá para a geração de
   empregos formais na Região, em função da construção da UH de Belo Monte cujas obras
   iniciaram em 2011.

RI Rio Caeté:

   Formado pelos municípios de Augusto Corrêa, Bonito, Bragança, Cachoeira do Piriá,
   Capanema, Nova Timboteua, Peixe Boi, Primavera, Quatipuru, Salinópolis, Santa Luzia
   do Pará, Santarém Novo, São João de Pirabas, Tracuateua e Viseu, a Região Caeté era
   responsável, em 2010, por 4,0% do estoque de empregos formais existentes no Estado,
   com exceção de Belém, o equivalente a 22.177 vínculos empregatícios.
   Dos municípios que a compõe, os que mais contribuíram na geração do estoque de
   empregos existentes na Região, foram: Capanema, com participação de 24,6%, Bragança
   com 23,8%, Salinópolis com 10,7% e Viseu com 10,5%. Em conjunto, somam 69,6% do
   total.



                                                                                       26
A composição segundo setores da economia registrou, em 2010, uma concentração de
   89,0% dos empregos formais no setor de Administração Pública, seguido de 20,2% no
   Comércio e 12,6% nas atividades do setor Serviços. A Indústria de Transformação com
   uma participação de 6,8% concentra-se nos municípios de Capanema, Bragança e Bonito,
   vinculada a Produção de cimento e de gêneros alimentícios.

RI Baixo Amazonas:

   A RI Baixo Amazonas constitui-se de 12 municípios: Alenquer, Almeirim, Belterra,
   Curuá, Faro, Juruti, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Prainha, Santarém e Terra Santa,
   contribuindo com 11,8% do estoque de empregos formais que existiam no Estado em
   2010 (exceto Belém), equivalendo a um total de 66.105 vínculos empregatícios. Esse
   número, quando comparado ao estoque de 2001 representa um crescimento relativo de
   122,6%, abaixo da média estadual de 151,3%, determinando uma diminuição na taxa de
   participação dessa RI que, em 2001 era de 13,3%.
   O baixo dinamismo econômico dessa Região configura-se na concentração dos vínculos
   empregatícios na Administração Pública, cuja participação em 2010 alcançou 41,8%,
   além de ter sido o setor que mais cresceu em relação a 2001. É o maior empregador nessa
   RI, apresentando taxas muito altas de participação em alguns municípios, tais como:
   98,5% dos empregos formais existentes em 2010 no município de Curuá; 97,4% em Faro;
   90,3% em Terra Santa; 84,1% em Alenquer e 81,4% em Monte Alegre. Com menores
   expressões, os setores Serviços e Comércio vêm a seguir com taxas de participação de
   19,2% e de 16,7% respectivamente. A Indústria de Transformação com participação
   relativa de 9,4% está concentrada nos municípios de Almeirim, Oriximiná e Santarém
   onde se destacam a exploração de bauxita, celulose, madeira e produtos alimentícios.

RI Metropolitana:

   A Região Metropolitana, nesta análise representada sem a participação da capital, Belém,
   é formada pelos municípios de Ananindeua, Benevides, Marituba e Santa Bárbara. É a
   segunda RI mais importante na geração de empregos formais alcançando, em 2010 um
   contingente de 77.286 trabalhadores, 119,9% a mais que o existente em 2001. Essa taxa,
   contudo, situou-se abaixo da média estadual, concorrendo para uma queda na
   participação desta RI na composição do estoque do Estado, de 15,8% em 2001 para
   13,8% em 2010.


                                                                                          27
Essa RI apresenta, entre todas, a maior concentração de empregos formais com o
   município de Ananindeua alcançando em 2010, uma participação de 73,0% do estoque
   existente na Região.
   Quanto à composição por setores de atividades econômicas, os dados mostram maior
   diversificação, destacando-se o Comércio que em 2010 acumulou 26,9% dos empregos
   formais, seguido do setor Serviços com uma participação de 25,8%. Ao contrário das
   demais RI, o setor da Administração Pública não tem o mesmo destaque, mesmo
   contribuindo com 20,4% do total de vínculos.

RI Rio Capim:

   Formada pelos municípios de Abel Figueiredo, Aurora do Pará, Bujaru, Capitão Poço,
   Concórdia do Pará, Dom Eliseu, Garrafão do Norte, Ipixuna do Pará, Irituia, Mãe do Rio,
   Nova Esperança do Piriá, Ourém, Paragominas, Rondon do Pará, Tomé Açu e
   Ulianópolis, essa RI em 2010 congregava 9,5% do total de empregos formais do Estado
   do Pará, o equivalente a 53.165 vínculos. Embora aumentando o seu estoque de empregos
   em 118,8% na década em estudo, essa Região diminui a sua participação no total do
   Estado, de 10,9% em 2001 para 9,5% em 2010, em função de seu crescimento relativo ter
   sido menor que o da média estadual.
   Os municípios que, em 2010, mais contribuíram com a geração de empregos formais na
   Região foram: Paragominas com 33,5%, Tomé-Açu com 12,4%, Dom Eliseu com 10,1%
   e Rondon do Pará com 8,8% os quais somaram 64,8% do estoque da RI em análise.
   Quanto à distribuição por setor de atividade econômica destaca-se, mais uma vez, a
   Administração Pública, com uma participação de 34,0% no total de empregos formais da
   RI. A exceção dos municípios de Dom Eliseu, Ipixuna do Pará, Paragominas e
   Ulianópolis, nos outros 12 municípios, esse setor era o principal empregador. Em
   seguida, vem a Indústria de Transformação com 18,8% e a Agropecuária com 14,0%,
   destacando-se a produção de bovinos, beneficiamento de alimentos e da madeira e ainda,
   a indústria de vestuário.

RI Guamá:

   Essa Região congrega o maior número de municípios. São 18: Castanhal, Colares,
   Curuçá, Igarapé Açu, Inhangapi, Magalhães Barata, Maracanã, Marapanim, Santa Isabel
   do Pará, Santa Maria do Pará, Santo Antônio do Tauá, São Caetano de Odivelas, São


                                                                                       28
Domingos do Capim, São Francisco do Pará, São João da Ponta, São Miguel do Guamá,
   Terra Alta e Vigia que, em conjunto, contribuíram com 10,2% do total de vínculos
   empregatícios existente no Estado em 2010. Em números absolutos representou 56.998,
   contra 27.402 existentes em 2001, representando um crescimento percentual de 108,0%
   na década em análise.
   O baixo dinamismo econômico dessa Região é traduzido pela concentração de empregos
   no município de Castanhal com a expressiva participação de 50,5% em 2010.
   A Administração Pública aparece como o setor mais importante, registrando uma
   participação de 33,8% no estoque de empregos existentes em 2010. É o maior
   empregador à exceção dos municípios de Castanhal, Santa Isabel do Pará e São Miguel
   do Guamá. Em seguida, vêm os setores do Comércio (23,5%0 e da Indústria de
   Transformação (18,5%), com maior expressividade nos municípios de Castanhal, Santa
   Isabel do Pará e São Miguel do Guamá.

Lago de Tucuruí:

   Os sete municípios que formam essa Região são os seguintes: Breu Branco, Goianésia do
   Pará, Itupiranga, Jacundá, Nova Ipixuna, Novo Repartimento e Tucuruí que, em conjunto,
   geraram um estoque de 29.425 empregos formais em 2010, sendo a Região que registrou
   o menor crescimento relativo na década analisada, ao alcançar. Com esse resultado, a sua
   participação no total do Estado, foi de 5,3% contra 7,3% em 2001.
   O emprego formal nessa RI estava concentrado no município de Tucuruí que detinha
   41,3% do estoque da Região.
   Outra característica do baixo dinamismo econômico dessa RI, é a alta participação da
   Administração Pública na geração de empregos formais, cuja participação alcançou
   46,0% do estoque existente em 2010, sendo a principal empregadora em todos os
   municípios da Região variando entre os 34,9% em Jacundá a 70,8 em Itupiranga. Além
   deste setor econômico, as atividades ligadas ao Comércio e à Indústria de
   Transformações podem ser citadas, com participações de 19,0% e de 13,9%
   respectivamente. A Construção Civil, com grande concentração no município de Tucuruí,
   vem perdendo importância, após a conclusão das eclusas da Usina Hidrelétrica de
   Tucuruí.




                                                                                        29
2.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

       A diversificação da atividade econômica no estado do Pará, em decorrência
principalmente de grandes projetos de mineração, da construção de usinas hidrelétricas, bem
como da expansão da produção agropecuária, reflete o processo de descentralização espacial
na geração de postos de trabalho que vem sendo observado no mercado paraense ao longo dos
últimos anos. Na década compreendida entre 2001 e 2010, segundo dados da RAIS, a
participação de Belém, principal centro gerador de empregos, cai de 54,4% para 45,6%.
       Excetuando Belém e, agrupando-se os demais municípios nas 12 Regiões de
Integração do Estado, verificou-se que a Região de Integração Carajás foi a que mais cresceu
em termos absolutos, gerando 17,1% do total de empregos formais existentes no Estado, com
destaque para os municípios de Marabá e Parauapebas. Em contrapartida, a Região onde se
registrou o menor crescimento relativo do emprego formal, foi a de Tucuruí. Esse resultado
em parte, vem sendo influenciado pela conclusão da construção das eclusas da Usina
Hidrelétrica de Tucuruí, afetando principalmente o setor da Construção Civil.




                                                                                         30
REFERÊNCIAS


BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Relações Administrativas de Informações
Sociais 2001 e 2010. Brasília (DF): MTE, [2011].
________. Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios – PNAD. 2005 e 2009.
Brasília(DF): MTE, [2010].

PARÁ. Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças. Plano Plurianual 2012
– 2015. Belém: SEPOF, 2011.

________. Perfis Regionais. Belém: SEPOF, 2011.




                                                                                    31
ANEXOS

TABELA 1: Comparativos do estoque de empregos formais, variações e participações municipais na RI
Araguaia e no Estado – 2001 e 2010
                                                                  Variação                Participação            Participação no
        Municípios            2001          2010                                           na Região                 Estado (1)
                                                       Absoluta         Relativa (%)      2001         2010       2001     2010
 Água Azul do Norte                499       1.304                805          161,3        3,1          2,8        0,2      0,2
 Bannach                            49         452                403          822,4        0,3          1,0        0,0      0,1
 Conceição do Araguaia           1.642       2.885           1.243                 75,7    10,3          6,2         0,7      0,5
 Cumaru do Norte                   383       1.823           1.440                376,0        2,4       3,9         0,2      0,3
 Floresta do Araguaia              506       1.307             801                158,3        3,2       2,8         0,2      0,2
 Ourilândia do Norte               535       5.522           4.987             932,1           3,4      11,8         0,2      1,0
 Pau D’Arco                         49         702             653           1.332,7           0,3       1,5         0,0      0,1
 Redenção                        4.553      10.644           6.091                133,8    28,6         22,8         2,0      1,9
 Rio Maria                         690       2.086           1.396                202,3     4,3          4,5         0,3      0,4
 Santa Maria das                   298       1.438           1.140                382,6        1,9       3,1         0,1      0,3
 Barreiras
 Santana do Araguaia             1.265       4.056           2.791                220.6        7,9       8,7         0,6      0,7
 São Félix do Xingu              1.039       4.664           3.625                348,9        6,5      10,0         0,5      0,8
 Sapucaia                          575         694             119                 20,7        3,6       1,5         0,3      0,1
 Tucumã                          1.191       3.047           1.856                155,8        7,5       6,5         0,5      0,5
 Xinguara                        2.669       6.160           3.491                130,8    16,7         13,2         1,2      1,1
 TOTAL DA REGIÃO                15.943      46.784          30.841                193,4       -            -         7,2      8,4
 TOTAL DO ESTADO(1)          222.823       560.067         337.244                151,3          -            -        -        -

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010.
Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
(1): Exceto Belém

TABELA 2: Comparativos do estoque de empregos formais, variações e participações municipais na RI Baixo
Amazonas e no Estado – 2001 e 2010
                                                           Variação                   Participação na             Participação no
     Municípios          2001            2010                                             Região                     Estado (1)
                                                     Absoluta       Perc. (%)         2001           2010         2001      2010
Alenquer                     880           2.997         2.117           240,6           3,0            4,5          0,4       0,5
Almeirim                   5.127           7.889         2.762             53,9         17,3           11,9          2,3       1,4
Belterra                     443             941           498           112,4           1,5            1,4          0,2       0,2
Curuá                         27             866           839         3.107,4           0,1            1,3          0,0       0,2
Faro                         150             580           430           286,7           0,5            0,9          0,1       0,1
Juruti                       593           4.948         4.355           734,4           2,0            7,5          0,3       0,9
Monte Alegre               1.487           2.682         1.195             80,4          5,0            4,1          0,7       0,5
Óbidos                       850           2.767         1.917           225,5           2,9            4,2          0,4       0,5
Oriximiná                  5.032           7.139         2.107             41,9         16,9           10,8          2,3       1,3
Prainha                      302             991           689           228,1           1,0            1,5          0,1       0,2
Santarém                  14.787          33.400        18.613           125,9          49,8           50,5          6,6       6,0
Terra Santa                   24             905           881         3.670,8           0,1            1,4          0,0       0,2
TOTAL DA REGIÃO           29.702          66.105        36.403           122,6             -              -         13,3      11,8
TOTAL DO                 222.823         560.067       337.244           151,3             -              -            -         -
ESTADO(1)
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010
Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
(1): Exceto Belém




                                                                                                                               32
TABELA 3: Comparativos do estoque de empregos formais, variações e participações municipais na RI
Carajás e no Estado – 2001 e 2010
                                                             Variação             Participação na   Participação no
           Municípios           2001        2010                                      Região           Estado (1)
                                                      Absoluta     Perc. (%)      2001     2010     2001     2010
 Bom Jesus do Tocantins          2.333        1.824        -509          -21,8      8,8      1,9      1,0      0,3


 Brejo Grande do                   351          496          145          41,3       1,3      0,5      0,2      0,1
 Araguaia
 Canaã dos Carajás                 249        4.972        4.723        1.896,8      0,9      5,2      0,1      0,9
 Curionópolis                      371        1.138          767          206,7      1,4      1,2      0,2      0,2
 Eldorado dos Carajás              125        2.181        2.056        1.644,8      0,5      2,3      0,1      0,4
 Marabá                         11.795       41.745       29.950          253,9     44,3     43,5      5,3      7,5
 Palestina do Pará                 152          371          219         144,1       0,6      0,4      0,1      0,1
 Parauapebas                     9.559       38.030       28.471         297,8      35,9     39,7      4,3      6,8
 Piçarra                           160        1.243        1.083         676,9       0,6      1,3      0,1      0,2
 São Domingos do                   459        1.372          913         198,9       1,7      1,4      0,2      0,2
 Araguaia
 São Geraldo do Araguaia         1.070        2.041          971         90,7        4,0      2,1      0,5      0,4
 São João do Araguaia                2          463          461     23.050,0        0,0      0,5      0,0      0,1
 TOTAL DA REGIÃO                26.626       95.876       69.250        260,1          -        -     11,9     17,1
 TOTAL DO ESTADO(1)            222.823      560.067      337.244         151,3         -        -        -        -
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010
Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
(1): Exceto Belém


TABELA 4: Comparativos do estoque de empregos formais, variações e participações municipais na RI Guamá e no Estado
– 2001 e 2010
                                                             Variação              Participação     Participação
         Municípios          2001         2010                                      na Região       no Estado (1)
                                                    Absoluta      Perc. (%)       2001     2010    2001     2010
   Castanhal                  12.693       28.783       16.090           126,8     46,3     50,5      5,7      5,1
   Colares                         7          320           313        4.471,4      0,0      0,6      0,0      0,1
   Curuçá                        477        1.259           782          163,9      1,7      2,2      0,2      0,2
   Igarapé-Açu                   793        2.780        1.987           250,6      2,9      4,9      0,4      0,5
   Inhangapi                     363          685           322            88,7     1,3      1,2      0,2      0,1
   Magalhães Barata              193          221            28            14,5     0,7      0,4      0,1      0,0
   Maracanã                      511        1.816        1.305           255,4      1,9      3,2      0,2      0,3
   Marapanim                   1.033        1.035             2             0,2     3,8      1,8      0,5      0,2
   Santa Isabel do Pará        3.709        6.986        3.277             88,4    13,5     12,3      1,7      1,2
   Santa Maria do Pará           739        1.195           456            61,7     2,7      2,1      0,3      0,2
   Santo Antônio do Tauá       1.444        1.825           381            26,4     5,3      3,2      0,6      0,3
   São Caetano de                349          695           346            99,1     1,3      1,2      0,2      0,1
   Odivelas
   São Domingos do               768        1.250           482            62,8     2,8      2,2      0,3      0,2
   Capim
   São Francisco do Pará         400          790           390            97,5     1,5      1,4      0,2      0,1
   São João da Ponta             170          309           139            81,8     0,6      0,5      0,1      0,1
   São Miguel do Guamá         2.318        3.712        1.394             60,1     8,5      6,5      1,0      0,7
   Terra Alta                    253          613           360          142,3      0,9      1,1      0,1      0,1
   Vigia                       1.182        2.724        1.542           130,5      4,3      4,8      0,5      0,5
   TOTAL DA REGIÃO            27.402       56.998       29.596           108,0        -         -    12,3     10,2
   TOTAL DO ESTADO(1)        222.823     560.067       337.244           151,3        -         -       -         -
 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010
 Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
 (1): Exceto Belém


                                                                                                                 33
TABELA 5: Comparativos do estoque de empregos formais, variações e participações municipais na RI
   Lago de Tucuruí e no Estado – 2001 e 2010
                                                            Variação              Participação           Participação no
          Municípios             2001       2010                                    na Região               Estado (1)
                                                      Absoluta     Perc. %)       2001    2010            2001     2010
    Breu Branco                  1.033       2.896        1.863        180,3        6,3      9,8             0,5       0,5
    Goianésia do Pará            1.018       3.110        2.092        205,5        6,2     10,6             0,5       0,6
    Itupiranga                     672       2.361        1.689        251,3        4,1      8,0             0,3       0,4
    Jacundá                      1.867       4.553        2.686        143,9       11,4     15,5             0,8       0,8
    Nova Ipixuna                    95         812          717        754,7        0,6      2,8             0,0       0,1
    Novo Repartimento            1.530       3.530        2.000        130,7        9,4     12,0             0,7       0,6
    Tucuruí                     10.112      12.163        2.051          20,3      61,9     41,3             4,5       2,2
    TOTAL DA REGIÃO             16.327      29.425       13.098          80,2         -        -             7,3       5,3
    TOTAL DO ESTADO(1)         222.823     560.067      337.244        151,3          -        -               -         -
   Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010
   Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
   (1): Exceto Belém

TABELA 6: Comparativos do estoque de empregos formais, variações e participações municipais na RI Marajó e no Estado
– 2001 e 2010
                                                            Variação              Participação     Participação no
         Municípios           2001       2010                                      na Região           Estado (1)
                                                      Absoluta      Perc.(%)         2001    2010           2001      2010
Afuá                                611       1.766        1.155          189,0        7,9     8,4            0,3        0,3
Anajás                               21         878          857       4.081,0         0,3     4,2            0,0        0,2
Bagre                               108        302           194          179,6        1,4         1,4         0,0           0,1
Breves                            2.747       5.606        2.859          104,1       35,5     26,8            1,2           1,1
Cachoeira do Arari                  449        795           346           77,1        5,8         3,8         0,2           0,1
Chaves                              287        658           371          129,3        3,7         3,1         0,1           0,1
Curralinho                          123        810           687          558,5        1,6         3,9         0,1           0,1
Gurupá                              210       1.511        1.301          619,5        2,7         7,2         0,1           0,3
Melgaço                              10        884           874        8.740,0        0,1         4,2         0,0           0,2
Muaná                               379         946          567          149,6        4,9         4,5         0,2           0,2
Ponta de Pedras                     462       1.038          576          124,7        6,0         5,0         0,2           0,2
Portel                            1.023       2.411        1.388          135,7       13,2     11,5            0,5           0,4
Salvaterra                          629       1.033          404           64,2        8,1         4,9         0,3           0,2
Santa Cruz do Arari                  30        262           232          773,3        0,4         1,3         0,0           0,0
S. Sebastião da Boa Vista            29        903           874        3.013,8        0,4         4,3         0,0           0,2


Soure                               617       1.127          510           82,7        8,0         5,4         0,3           0,2
TOTAL DA REGIÃO                   7.735     20.930        13.195          170,6          -           -         3,5           3,7
                       (1)
TOTAL DO ESTADO                 222.823    560.067       337.244          151,3          -           -           -             -
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010
Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
(1): Exceto Belém




                                                                                                                             34
TABELA 7: Comparativos do estoque de empregos formais, variações e participações municipais na RI
Metropolitana e no Estado – 2001 e 2010.
                                                                   Variação              Participação na        Participação
       Municípios          2001             2010                                             Região             no Estado (1)
                                                          Absoluta       Perc. (%)        2001       2010      2001      2010
 Ananindeua                 28.371           56.418          28.047             98,9        80,7      73,0       12,7     10,1
 Benevides                   1.912            6.263           4.351           227,6          5,4       8,1        0,9      1,1
 Marituba                    4.082           13.300           9.218           225,8         11,6      17,2        1,8      2,4
 Santa Bárbara                 782            1.305             523             66,9         2,2       1,7        0,4      0,2
 TOTAL DA REGIÃO            35.147           77.286          42.139           119,9            -         -       15,8     13,8
 TOTAL DO                  222.823          560.067         337.244           151,3            -         -          -        -
 ESTADO(1)
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010
Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
(1): Exceto Belém


  TABELA 8: Comparativos do estoque de empregos formais, variações e participações municipais na RI
  Rio Caeté e no Estado – 2001 e 2010.
                                                              Variação                 Participação na       Participação
         Municípios       2001           2010                                              Região            no Estado (1)
                                                   Absoluta        Perc. (%)           2001        2010      2001    2010
    Augusto Corrêa           653            115             -538            -82,4         6,7        0,5      0,3       0,0
    Bonito                    28            875              847          3.025,0         0,3        3,9      0,0       0,2
    Bragança               1.358          5.270            3.912            288,1        14,0       23,8      0,6       0,9
    Cachoeira do Piriá       15             50               35               233,3       0,2        0,2      0,0       0,0
    Capanema               2.760          5.462            2.702               97,9      28,4       24,6      1,2       1,0
    Nova Timboteua           537            797              260               48,4       5,5        3,6      0,2       0,1
    Peixe Boi               174            416              242               139,1       1,8        1,9      0,1       0,1
    Primavera               308            466              158                51,3       3,2        2,1      0,1       0,1
    Quatipuru               191            603              412               215,7       2,0        2,7      0,1       0,1
    Salinópolis            1.276          2.364            1.088               85,3      13,1       10,7      0,6       0,4
    Santa Luzia do Pará     403           1.044             641               159,1       4,1        4,7      0,2       0,2
    Santarém Novo           237            463              226                95,4       2,4        2,1      0,1       0,1
    São João de Pirabas     336            746              410               122,0       3,5        3,4      0,2       0,1
    Tracuateua              252           1.169             917               363,9       2,6        5,3      0,1       0,2
    Viseu                  1.197          2.337            1.140               95,2      12,3       10,5      0,5       0,4
    TOTAL DA REGIÃO        9.725         22.177           12.452              128,0           -        -      4,4       4,0
    TOTAL DO              222.82     560.067           337.244                151,3           -        -        -            -
    ESTADO(1)                  3
  Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010
  Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.
  (1): Exceto Belém

TABELA 9: Comparativos do estoque de empregos formais, variações e participações municipais na RI Rio
Capim e no Estado – 2001 e 2010.
                                                                    Variação              Participação na       Participação
        Municípios           2001               2010                                          Região            no Estado (1)
                                                            Absoluta      Perc. (%)       2001      2010        2001    2010
 Abel Figueiredo                   360              559           199           55,3         1,5       1,1        0,2     0,1
 Aurora do Pará                    528            1.134           606         114,8          2,2       2,1        0,2     0,2
 Bujaru                            389              300           -89          -22,9         1,6       0,6        0,2     0,1
 Capitão Poço                    1.017            2.714         1.697         166,9          4,2       5,1        0,5     0,5
 Concórdia do Pará                 831            2.113         1.282         154,3          3,4       4,0        0,4     0,4


                                                                                                                                 35
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  • 1. Boletim do Mercado de Trabalho Número 2 – Fevereiro – 2012 1
  • 2. Governo do Estado do Pará Simão Robison Oliveira Jatene Governador Helenilson Cunha Pontes Vice-Governador do Estado do Pará / Secretário Especial De Estado De Gestão – Seges Instituto do Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará Maria Adelina Guglioti Braglia Presidente Cassiano Figueiredo Ribeiro Diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural Sérgio Castro Gomes Diretor de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação Jonas Bastos da Veiga Diretor de Pesquisas e Estudos Ambientais Elaine Cordeiro Felix Diretora de Planejamento, Administração e Finanças 2
  • 3. Boletim do Mercado de Trabalho Número 2 – Fevereiro – 2012 4
  • 4. Expediente Diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural: Cassiano Figueiredo Ribeiro Coordenadoria Técnica de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas: Rosinete das Graças Farias Nonato Navegantes Coordenação de Núcleo de Análise Conjuntural: Sílvia Ferreira Nunes Elaboração Técnica: David Costa Correia Silva Jorge Eduardo Macedo Simões Colaboração: Marcus Vinicius Palheta Celeste Ferreira Lourenço Revisão Técnica: Edson da Silva e Silva Rosinete das Graças Farias Nonato Navegantes Silvia Ferreira Nunes Comissão Editorial Anna Márcia Muniz Cassiano Figueiredo Ribeiro Glauber Ribeiro Raimundo Sérgio Rodrigues Fernandes Normalização: Glauber Ribeiro BOLETIM DO MERCADO DE TRABALHO, 2012. Belém: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará, 2012. Mensal 49 p. (Boletim do Mercado de trabalho, 2) 1. Mercado de trabalho. 2. Trabalho formal. 3. Pará (Estado). Instituto do Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará. CDD. 331.12098115 Instituto do Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP Rua Municipalidade 1461. Bairro do Umarizal CEP: 66.050-350 – Belém/Pará Tel: (91)1. Mercado/ de trabalho. 2. Trabalho formal. 3. Pará (Estado). Instituto 3321-0600 Fax: (91) 3321-0610 E-mail: comunicação@idesp.pa.gov.br do Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará. Disponível em: CDD. 331.12098115 5
  • 5. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ......................................................................................................... 4 PARTE 1.......................................................................................................................... 5 1.1 NOTAS METODOLÓGICAS.....................................................................................5 1.2 O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DO PARÁ EM FEVEREIRO DE 2012........................................................................................................................... 6 1.2.1 Comportamento do emprego segundo setores de atividade econômica ............7 1.2.2 Ocupações com maiores saldos de emprego e salário médio de admissão ........9 1.2.3 Admissões e desligamentos por tipo de movimentação .....................................10 1.2.4 Evolução do emprego no comparativo entre fevereiro de 2011 e 2012............ 11 1.2.5 Comportamento do emprego na região metropolitana de Belém e demais municípios ...................................................................................................................... 11 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 148 PARTE 2...................................................................................................................... 159 Emprego Formal no Pará: Aspectos da Dinâmica Regional .................................... 16 2.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 16 2.2 O COMPORTAMENTO DO EMPREGO FORMAL ENTRE 2001 E 2010 .......... 16 2.3 A DINÂMICA DA ESPACIALIZAÇÃO DO EMPREGO FORMAL NO PARÁ . 18 2.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 30 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 31 ANEXOS ........................................................................................................................ 32 1 PAINEL DE INDICADORES .................................................................................. 38 1.1 P1. MOVIMENTAÇÃO DE MÃO DE OBRA ....................................................... 38 1.2 P2. REMUNERAÇÃO DA MÃO DE OBRA ......................................................... 38 P1. MOVIMENTAÇÃO DE MÃO DE OBRA ............................................................. 39 P2. REMUNERAÇÃO DA MÃO DE OBRA ............................................................... 47 6
  • 6. APRESENTAÇÃO O Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP), autarquia vinculada a Secretaria Especial de Estado de Gestão (SEGES) tem entre seus objetivos a produção, sistematização e análise de informações sobre a conjuntura socioeconômica do estado do Pará. Neste sentido, dentro da ação intitulada Rede de Monitoramento do Trabalho e Renda, acompanha o desempenho do mercado paraense, com o propósito de subsidiar o planejamento de políticas governamentais para a geração de trabalho e renda, a serem desenvolvidas no Estado. Entre as atividades que compõem essa ação do IDESP, está a elaboração mensal do Boletim do Mercado de Trabalho Paraense, o qual apresenta como tema central, uma análise conjuntural do emprego celetista com registro em carteira, a partir dos dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), tendo como fonte o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Este Boletim compõe-se de três partes: a primeira traz uma breve exposição dos procedimentos metodológicos adotados na análise mensal do emprego no estado do Pará; na sequência, é apresentada uma análise do comportamento do mercado de trabalho formal paraense, tendo como referência o mês de fevereiro de 2012. A segunda parte é destinada a artigos, estudos e notas técnicas, neste mês traz o artigo intitulado “Emprego Formal no Pará: Aspectos da Dinâmica Regional”, no qual são tratadas questões referentes às mudanças na estrutura dos empregos no Estado, com destaque para as regiões de integração; A última parte constitui-se de um painel de indicadores, cuja finalidade é disponibilizar aos leitores, séries históricas estatísticas do mercado de trabalho formal nacional e estadual, permitindo o acompanhamento da evolução dos principais indicadores de emprego e renda no Brasil e no Pará. 4
  • 7. PARTE 1 1.1 NOTAS METODOLÓGICAS O Boletim do Mercado de Trabalho Paraense toma como referência as estatísticas sobre a evolução do emprego formal no Estado do Pará, tendo com fonte de dados o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O CAGED é um Registro Administrativo de âmbito nacional e de periodicidade mensal, que reúne informações sobre a flutuação do emprego (movimentação das admissões e desligamentos em determinado período), desagregadas por setores econômicos do IBGE e classificadas por Unidade de Federação (UF), principais regiões metropolitanas e municípios com mais de 10.000 habitantes, no caso do estado de São Paulo, e com 30.000 habitantes para os demais Estados. Neste sentido, o CAGED apresenta as seguintes finalidades: i) fiscalizar e acompanhar o processo de admissão e dispensa dos trabalhadores; ii) viabilizar a construção de ações de combate ao desemprego; iii) permitir a assistência aos desempregados; iv) ter em vista a reciclagem profissional e a recolocação dos desempregados no mercado de trabalho; e, v) gerar estatísticas para acompanhamento do mercado formal de trabalho. Desta forma, os conceitos utilizados na análise mensal do mercado de trabalho estadual são definidos a seguir: saldo mensal: indica a diferença entre admissões e desligamentos no mês atual; saldo acumulado no ano: resulta da diferença entre admissões e desligamentos no período de janeiro até o mês de atual; saldo acumulado nos últimos 12 meses: resulta da diferença entre admissões e desligamentos no período de doze meses tendo como referência o mês atual; variação mensal do emprego: é a relação entre o saldo do mês atual e o estoque de emprego do primeiro dia deste mesmo mês; variação acumulada no ano: toma como referência os estoques do mês atual e do mês de dezembro do ano t-1, ambos com ajustes; variação acumulada nos últimos 12 meses: toma como referência os estoques do mês atual e do mesmo mês do ano anterior, ambos com ajustes. 5
  • 8. 1.2 O MERCADO DE TRABALHO FORMAL DO PARÁ EM FEVEREIRO DE 2012 De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o saldo de emprego com carteira assinada no mês de fevereiro de 2012 foi de 150.600 novos postos de trabalho em todo Brasil. Esse resultado foi equivalente à expansão de 0,40% no estoque de assalariados com carteira assinada na comparação ao mês anterior, sendo superior ao mês de janeiro, ocasião em que foram abertas 143.387 vagas. Nos últimos doze meses, o montante de empregos gerados atingiu 1.724.817 postos de trabalho, correspondendo a um aumento de 4,73% no contingente de empregados celetistas do país. No acumulado do ano, o emprego cresceu 0,78%, representando um acréscimo de 293.987 postos de trabalho. GRÁFICO 1. Saldo de empregos formais. Brasil, Região Norte e Pará – Fevereiro de 2012. 1.800.000 1.600.000 1.400.000 1.200.000 1.000.000 800.000 600.000 400.000 200.000 0 Brasil Região Norte Pará Fev./2012 150.600 3.965 2.137 Últimos 12 meses 1.724.817 112.123 47.918 No ano 293.987 6.241 3.580 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/CAGED. Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. Acompanhando a tendência de ampliação do mercado de trabalho brasileiro, a Região Norte e o estado do Pará registraram a geração de 3.965 e 2.137 ocupações formais em fevereiro, equivalente à expansão 0,23% e 0,31%, respectivamente, em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. O resultado alcançado pelo Pará é o 4º melhor de toda a série histórica do CAGED para o período de fevereiro desde 2003. No ranking mensal do saldo de empregos formais da Região Norte, o Pará situa-se na 1º posição, seguido dos Estados de Tocantins e Rondônia que fecharam o mês com 1.181 e 873 novos postos de trabalho, respectivamente. 6
  • 9. No acumulado dos últimos doze meses, a variação de empregos no mercado de trabalho paraense foi de 7,40%, o equivalente a 47.918 novos empregos para o Estado. Esse resultado, em números absolutos, reservou novamente ao Pará, a primeira colocação no ranking de geração de empregos formais no Norte do País (Ver Gráfico 2). Os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará e Tocantins totalizaram 112.123 novos empregos, no acumulado dos últimos 12 meses, registrando um crescimento de 7,04% no emprego formal na Região Norte. No ano a Região Norte e o Estado do Pará registraram a criação de 6.241 e 3.580 novos empregos celetistas respectivamente, o que representou um acréscimo de 0,37% e 0,52% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Gráfico 2, a seguir, apresenta o saldo de empregos de todos os estados da Região Norte, no mês de fevereiro, nos últimos doze meses (março de 2011 a fevereiro de 2012) e no acumulado do ano. GRÁFICO 2. Saldo de empregos formais no mês, nos últimos 12 meses e acumulado no ano. Região Norte por Unidade da Federação. 120.000 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000 0 -20.000 REGIÃO Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins NORTE Fev./2012 3.965 873 61 -472 183 2.137 2 1.181 Acumulado no ano 6.241 1.884 2 -1.611 -67 3.580 156 2.297 Últimos 12 meses 112.123 8.239 4.075 33.601 2.048 47.918 7.518 8.724 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/CAGED. Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. 1.2.1 Comportamento do emprego segundo setores de atividade econômica No mês de análise, com exceção da indústria de transformação, agropecuária e administração pública que eliminaram, respectivamente, 711, 70 e 2 postos de trabalho, todos os demais setores apresentaram saldos positivos (Tabela 1). Deste modo, os destaques de fevereiro quanto à contribuição para saldo de emprego foram: serviços, com a criação de 7
  • 10. 1.111 novos empregos e crescimento de 0,47%; o setor da construção civil, com a geração de 1.029 postos de trabalho; e o setor do comércio, com saldo de 421 empregos formais. Na sequência, aparecem os setores extrativo mineral, cujo saldo de 357 empregos rendeu crescimento de 2,12% frente ao mês anterior, serviços industriais de utilidade pública, com a criação de 2 postos de trabalho, o que equivale à expansão 0,03%. TABELA 1. Comportamento do emprego por setor de atividade econômica no Pará – Fevereiro de 2012. Variação do Total de Total de Setores de Atividade Saldo Emprego (%) Admissões Desligamentos Fev/Jan Extrativa Mineral 508 151 357 2,12 Indústria de Transformação 3.141 3.852 -711 -0,77 Serviços Indust. De Util. Pública 131 129 2 0,03 Construção Civil 6.068 5.039 1.029 1,33 Comércio 6.468 6.047 421 0,23 Serviços 8.142 7.031 1.111 0,47 Administração Pública 12 14 -2 -0,01 Agropecuária 2.500 2.570 -70 -0,14 Total 26.970 24.833 2.137 0,31 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/CAGED. Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP.  Serviços: o melhor desempenho na criação de postos de trabalho com carteira assinada, com saldo de 1.111 novos postos, as maiores contribuições originaram-se dos subsetores “ensino” (600); “serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção” (300 postos), “serviços médicos, odontológicos e veterinários” (161 postos).  Construção Civil: devido à retomada do ritmo de construções públicas e privadas no Pará, mais expressamente as obras da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no setor foram criados 1.029 postos de trabalho.  Comércio: apresentou saldo positivo de 421 postos, puxado pelo “comércio varejista”, com 327 empregos, e com a contribuição de 94 postos do “comércio atacadista”.  Extrativa Mineral: este setor obteve atuação positiva na criação de postos de trabalho com carteira assinada, apresentando saldo de 357 empregos formais.  Serviços Industriais de Utilidade Pública: o saldo de 2 postos de trabalho no mês resultou da admissão de 131 pessoas, contra o desligamento de 129 trabalhadores.  Administração Pública: este setor registrou perda de 2 postos de trabalho, decorrente da admissão de 12 pessoas contra o desligamento de 14 funcionários. 8
  • 11.  Agropecuária: apresentou saldo negativo de 70 empregos formais, em virtude de 2.500 admissões contra 2.570 desligamentos.  Indústria de Transformação: o setor apresentou o pior saldo de empregos entre os setores (-711), em decorrência das perdas de emprego nos subsetores “indústria da madeira e do mobiliário” (-541 postos) e “indústria metalúrgica” (com -136 postos). 1.2.2 Ocupações com maiores saldos de emprego e salário médio de admissão Na Tabela 2 abaixo, são apresentadas as trinta ocupações com maiores saldos de emprego em fevereiro de 2012, e seus respectivos salários médios de admissão. TABELA 2. Ocupações com maiores saldos de emprego no Pará – Fevereiro de 2012. Salário Médio Ocupações Admissão Desligamento Saldo Admissão (R$) Servente de Obras 3.018 2.316 702 661,02 Auxiliar de Escritório, em Geral 1.352 916 436 673,74 Ajustador Mecânico 270 55 215 1.114,55 Trab. Agropecuário em Geral 528 400 128 682,13 Vigilante 363 246 117 874,42 Mec. de Man. de Maquinas 188 90 98 1.281,37 Carpinteiro 377 281 96 941,69 Alim. de Linha de Produção 634 542 92 655,06 Montador de Maquinas 174 89 85 1.307,30 Recepcionista, em Geral 304 220 84 680,95 Produtor Agrícola Polivalente 87 12 75 675 Vendedor em Comercio Atacadista 165 96 69 826,57 Mec. Man. de Maquinas 81 22 59 1.147,57 Mec. de Man. Veículos Similares 125 67 58 795,5 Prof. de Nível Sup. Ens. Fund. 75 20 55 812,72 Técnico de Enfermagem 134 80 54 914,7 Motorista Operacional de Guincho 112 58 54 1.397,05 Pescador Industrial 56 3 53 874,43 Assistente Administrativo 357 304 53 1.092,96 Prof. Ens. Sup. de Prat. de Ensino 62 13 49 540,45 Inst. Elétrico 59 11 48 1.254,95 Assistente de Vendas 107 60 47 533,38 Promotor de Vendas 256 212 44 668,89 Topografo 91 50 41 1.233,62 Prof. de Ens. Sup. de Orientação 43 2 41 619,23 Manutenção de Edificações 116 75 41 641,52 Cobrador Interno 62 25 37 659,21 Vigia 202 166 36 715,65 Zelador de Edifício 135 99 36 640,36 Prof. da Edu. de Ens. Fundamental 51 17 34 791,43 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/CAGED. Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. Essas ocupações apresentaram saldo total de 3.037, a maior parte desses empregos foi originada nos setores de Serviços, Construção Civil e Comércio. As profissões que apresentaram os maiores saldos foram: Servente de Obras (702), Auxiliar de Escritório (436) 9
  • 12. e Ajustador Mecânico (215). Tendo em vista que o salário mínimo estabelecido em 2012 é de R$ 622,00, apenas quatro profissões recebem mais do que dois salários mínimos: Instalador de Linhas Elétricas (R$ 1.254,95); Mecânico de Manutenção de Máquinas (R$ 1.281,37); Montador de Máquinas (R$ 1.307,30); e Motorista Operacional de Guincho (R$ 1.397,05). 1.2.3 Admissões e desligamentos por tipo de movimentação Na Tabela 3 é possível verificar os tipos de movimentação registrados nas admissões e desligamentos no mês de fevereiro. Neste cenário verifica-se que: o principal tipo de admissão foi o reemprego, ou seja, o trabalhador que já esteve empregado em um momento anterior (19.638), em seguida, com 6.942, destaca-se o primeiro emprego sinalizando para as jovens oportunidades de inserção no mercado de trabalho. Assim, as admissões de reemprego e o primeiro emprego constituem os principais destaques representando 98,55%, do total de trabalhadores admitidos. Em seguida, enumeram-se as admissões ocorridas por meio de contrato de trabalho por prazo determinado (374) e reintegração (16). O número de desligamentos alcançou a somatória de 24.833, sendo que deste total, 16.822 trabalhadores foram dispensados sem justa causa, 4.696 se desligaram espontaneamente, 2.368 por término do contrato de trabalho e com prazo determinado, 342 por justa causa, 71 por morte e 14 por aposentadoria. TABELA 3. Admissões e desligamentos por tipos de movimentação no Pará – Fevereiro 2012. Número de Participação Relativa Admissões e Desligamentos trabalhadores (%) ADMISSÕES 26.970 100,00 Reemprego 19.638 72,81 Primeiro Emprego 6.942 25,74 Contrato Trabalho Prazo Determinado 374 1,39 Reintegração 16 0,06 DESLIGAMENTOS 24.833 100,00 Dispensado sem Justa Causa 16.822 67,73 Desligamento à Pedido 4.696 18,91 Desligamento por Término de Contrato 2.368 9,54 Término Contrato Trabalho Prazo Determinado 520 2,09 Dispensado com Justa Causa 342 1,38 Desligamento por Morte 71 0,29 Aposentadoria 14 0,06 Saldo (Admissões - Desligamentos) 2.137 - Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/CAGED. Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. 10
  • 13. 1.2.4 Evolução do emprego no comparativo entre fevereiro de 2011 e 2012 O Gráfico 3 faz uma comparação do desempenho dos setores da economia paraense no mês de fevereiro de 2011 e 2012. Nesse contexto, verifica-se que nos dois períodos os setores de Serviços, Comércio, Construção Civil e Extrativo Mineral tiveram resultados positivos, enquanto a Indústria de Transformação amargou resultados negativos em ambos os anos. Ainda sobre o Gráfico 3, cabe verificar que a Agropecuária e a Administração Pública que em 2011 haviam conseguido resultados positivos, em 2012 obtiveram perdas de postos de trabalho. GRÁFICO 3. Saldo de Empregos Formais por Setores Econômicos do Estado do Pará. Agropecuária 628 -70 Administração Pública 284 -2 Serviços 1.934 1.111 Comércio 1.173 421 Fev./2011 Construção Civil 399 1.029 Fev./2012 Serviços Indust. De Util. Pública 67 2 -537 Indústria de Transformação -711 Extrativa Mineral 260 357 -1.000 -500 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/CAGED. Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. 1.2.5 Comportamento do emprego na região metropolitana de Belém e demais municípios A Região Metropolitana de Belém (RMB) alcançou, no mês de fevereiro, a geração de 304 novos empregos celetistas, o equivalente a 14% do total gerado em todo o estado do Pará. Os setores da atividade com maior destaque positivo foram: Serviços, com 636 postos; Agropecuária, com 222 postos; e Serviços Industrial de Utilidade Pública, com 14 postos. No contraponto os setores da atividade com maior destaque negativo foram: Comércio, com -263 postos de trabalho e a Construção Civil, com -195 postos. 11
  • 14. TABELA 4. Saldo do emprego na RMB e demais municípios – Fevereiro de 2012. Setores de Atividade Demais Estado do RMB Econômica Municípios Pará Extrativa Mineral -2 359 357 Indústria de Transformação -106 -605 -711 Serv. Industriais de Utilidade 14 -12 2 Pública Construção Civil -195 1.224 1.029 Comércio -263 684 421 Serviços 636 475 1.111 Administração Pública -2 0 -2 Agropecuária 222 -292 -70 Total 304 1.833 2.137 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/CAGED. Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. O comportamento do emprego no âmbito municipal no mês de fevereiro de 2012 pode ser acompanhado no Gráfico 4, o qual mostra os dez municípios paraenses com os maiores gerações de novos postos de trabalho, bem como os dez com os menores no mesmo período. Entre os dez municípios com maiores saldos de emprego em fevereiro, o município de Altamira obteve o primeiro lugar no ranking no estado do Pará com 1.417, impulsionado, sobretudo, pela construção civil que contribuiu 1.303 novas contratações. A cidade de Parauapebas contribuiu com o saldo positivo de 773 postos de trabalho sendo o setor extrativo mineral e a construção civil os que mais colaboraram com 268 e 240 novos empregos respectivamente. Já Belém obteve resultado de 341 no saldo de postos de trabalho, sendo que a capital paraense teve seu volume de empregos puxado pelo setor de Serviços (834), esse setor foi de suma importância, visto que o Comércio e a Construção Civil, com resultados de - 318 e -295 postos respectivamente, sofreram com a sazonalidade do período. O setor de Serviços (80 de saldo), Indústria de Transformação (71 de saldo) e Agropecuário (68 de saldo) foram os destaques de Moju que foi a quarta colocada no ranking com saldo de 202 empregos. Castanhal foi a quinta cidade que mais criou novos empregos no estado, um saldo total de 184, sendo o Comércio (154) e a Indústria de Transformação (77) os setores que mais contribuíram. Canaã dos Carajás contribuiu com o saldo positivo de 122 postos de trabalho. Redenção com saldo 110 postos foi a sétima cidade paraense que mais gerou postos de trabalho, e os setores que mais se destacaram foram Serviços (com 51 de saldo) e Comércio (49 de saldo). Santarém obteve saldo de 97 postos, a maior contribuição proveio do setor Comercial com 141 novos postos. Capanema foi a nona colocada entre as cidades paraense que mais geraram empregos no Pará, 94 novos postos foram criados, esses 49 postos vieram do Comércio, 26 da Indústria de Transformação e 23 dos serviços. E, por 12
  • 15. fim, Benevides, situada na Região Metropolitana de Belém, gerou 82 novos postos, sendo 40 no Comércio, 20 nos Serviços e 18 na Construção Civil. GRÁFICO 4. Os 10 municípios com maiores e menores saldo de emprego no Pará - Fevereiro de2012. Altamira 1.417 Parauapebas 773 Belém 341 Moju 202 Castanhal 184 Canaã dos Carajás 122 Redenção 110 Santarém 97 Capanema 94 Benevides 82 Marituba -57 Ananindeua -63 Marabá -77 Portel -83 Santana do Araguaia -86 Dom Eliseu -116 Jacundá -140 Almeirim -170 Paragominas -208 Barcarena -570 -1.000 -500 0 500 1.000 1.500 2.000 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - MTE/CAGED. Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. Dentre as cidades paraenses que mais perderam postos de trabalho, o pior resultado no saldo de empregos foi registrado pela cidade de Barcarena, totalizando uma perda de 570 postos de trabalho em fevereiro: os destaques destas perdas foram os setores Construção Civil (-251), Indústria de Transformação (-202) e Serviços (-104). Paragominas obteve o segundo pior saldo de empregos do estado (-208), o destaque negativo ficou com Construção Civil (- 136), Indústria de Transformação (-102). Almeirim teve em fevereiro saldo de -170 postos de trabalho, sendo o setor agropecuário o que mais contribuiu para o resultado negativo com a perda de 145 postos. A Indústria de Transformação de Jacundá foi a principal responsável pelo saldo negativo do município que teve um saldo total de -140 postos de trabalho. A cidade de Dom Eliseu obteve saldo negativo de -116 empregos, destes 91 foram provenientes da Agropecuária. Santana do Araguaia perdeu 86 postos de trabalho, os destaques negativos foram os Serviços Industriais de Utilidade Pública (-41) e a Indústria de Transformação (-37). 13
  • 16. Portel foi a sétima cidade que mais perdeu empregos no Pará, um total de 83, destes 78 foram oriundos da Indústria de Transformação. O município de Marabá obteve saldo -77, a maioria das perdas na Construção Civil (-116), vale ressaltar que os setores com saldo positivo: Extrativo Mineral (39), Comércio (18) e Indústria de Transformação (15) impediram uma queda mais acentuada. Ananindeua, cidade situada na Região Metropolitana de Belém, teve resultado negativo no saldo de emprego (-63), afetado principalmente pelo setor de Serviços (-211 de saldo). Todavia, os setores de Construção Civil com 102 e Agropecuária com 75 de saldo amenizaram uma queda ainda maior. Marituba foi à décima cidade com pior resultado no estado do Pará, com saldo de -57, as maiores perdas ocorreram nos setores de Indústria de Transformação e Construção Civil, ambos com perdas de 25 postos de trabalho. 14
  • 17. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Programa de disseminação de Estatística do trabalho. [S.l.]: 2012. Disponível em: <http://www.mte.gov.br/pdet > Acesso em: jan. 2012. 15
  • 18. PARTE 2 Emprego Formal no Pará: Aspectos da Dinâmica Regional Celeste Ferreira Lourenço1 2.1 INTRODUÇÃO O mercado de trabalho paraense, seguindo uma tendência nacional, passa por um processo de formalização do emprego, sobretudo nos últimos anos. Tomando por base os dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD) verifica-se que, entre 2005 e 2009, a participação de empregados formais (assalariados e trabalhadores domésticos com carteira de trabalho assinada, militares e funcionários públicos estatutários), passou de 26,2% para 28,8% do total de ocupados no estado do Pará. Entre os fatores que têm concorrido para esse comportamento, podem ser citados: a) a expansão e descentralização de serviços públicos universalizantes, tais como o atendimento básico em saúde e em educação, demandando a contratação de profissionais nessas áreas sociais; b) políticas de transferência de renda e de valorização do Salário Mínimo, estimulando a demanda por bens e serviços; c) o aumento e diversificação do crédito financeiro tanto para famílias quanto para empresas; d) implantação do SIMPLES voltado às micro e pequenas empresas, favorecendo a formalização e a criação de empreendimentos; e) maior atuação do Ministério do Trabalho e Emprego, na fiscalização das contratações de mão de obra. Paralelo ao crescimento da formalização do emprego verifica-se outra tendência no mercado de trabalho local, que é a de descentralização espacial do emprego formal a partir da observação de forte crescimento na participação de vários municípios do interior no total de empregos gerados no Estado, relativizando a importância da capital, Belém. Baseado nesse contexto busca-se analisar neste artigo, alguns aspectos da dinâmica do mercado de trabalho paraense, entre 2001 e 2010, a partir da sistematização de dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 2.2 O COMPORTAMENTO DO EMPREGO FORMAL ENTRE 2001 E 2010 1 Economista do Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP). 16
  • 19. De acordo com os dados da RAIS, o número de trabalhadores com vínculos formais ativos alcançou, em 2010, o total de 44.068.355 em todo o Brasil. Comparando-se ao estoque existente em primeiro de janeiro de 2001, representou uma expansão de 62,1%, o equivalente a 16.878.741 novos vínculos. Nesse mesmo período, o estado do Pará registrou um crescimento percentual de 94,8% portanto, acima da média brasileira, elevando a participação desse Estado no total de empregos, de 1,8% para 2,2%. Quanto a sua participação na Região Norte, verifica-se a ocorrência de uma queda de 42,0% em 2001 para 39,5% em 2010 em decorrência, principalmente, dos crescimentos verificados nos estados do Amazonas (115,4%), Amapá (132,0%), Rondônia (122,1%) e Roraima (192,7%), com taxas acima da média da Região. Entretanto, convém ressaltar que, em termos absolutos, o Pará é o estado nortista com o maior número de empregos formais, alcançando em 2010 951.235 trabalhadores, seguido do Amazonas com 575.739 pessoas. TABELA 1: Comportamento do estoque de empregos formais por nível geográfico – 2001/2010. Variação Variação Participação do Pará Regiões 2001 2010 Absoluta Percentual 2001 2010 Brasil 27.189.614 44.068.355 16.878.741 62,1 1,8 2,2 Região Norte 1.161.780 2.408.182 1.246.402 107,3 42,0 39,5 Pará 488.368 951.235 462.867 94,8 - - Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2001 e 2010. Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. Em que pese a crise econômica internacional, as informações segundo o recorte setorial mostram um dinamismo em todos os grandes setores de atividades, tanto em nível de Brasil quanto de Região Norte e estado do Pará. O bom desempenho apresentado tem relação, com diversos fatores, destacando-se o fortalecimento do consumo interno em função do aumento real da massa salarial, da redução de impostos como o IPI em produtos selecionados, e da expansão do crédito financeiro tanto para bens de consumo quanto para investimentos. Uma análise comparativa entre os dados de 2010 e 2001 mostrou que os setores de Extrativa Mineral, de Construção Civil e do Comércio, foram os que apresentaram maiores dinamismo no período, registrando taxas de crescimento acima das médias de cada região geográfica abordada, conforme destaque a seguir: Brasil: Construção Civil (121,4%), Comércio (86,8%), Extrativa Mineral (79,5%) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (63,5%), todos com taxas de crescimento superiores a média brasileira de 62,1%. Região Norte: Extrativa mineral (297,0%), Construção Civil (177,0%), Agropecuária, Ext. Vegetal, Caça e Pesca (168,1%) e Comércio (133,0%). 17
  • 20. Esses setores também registraram taxas de crescimento superiores a da média da Região Norte (107,3%). Estado do Pará: Extrativa mineral (388,5%), Agropecuária, Ext. Vegetal, Caça e Pesca (176,6%), Comércio (131,9%) e Administração Pública (98,0%), cujas variações ultrapassaram a média estadual de 95,8%. O gráfico 1 dispõe um comparativo do desempenho de todos os grandes setores por nível geográfico, a partir das variações relativas do estoque de empregos formais entre 2001 e 2010. GRÁFICO 1: Variação relativa do estoque de emprego formal por setor econômico e nível geográfico 2001/2010. 79,5 Extrativa Mineral 297,0 388,5 58,5 Indústria de Transformação 84,7 56,2 35,5 Serv. Industriais de Utilidade Pública 59,2 35,4 121,4 Construção Civil 177,0 Brasil 104,0 86,8 R. Norte Comércio 133,0 131,9 Pará 63,5 Serviços 90,2 70,6 41,2 101,7 Administração Pública 98,0 29,8 168,1 Agropec., Extrat. Vegetal, Caça e Pesca 176,6 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2001 e 2010 Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. Contudo, em que pese o forte crescimento relativo dos setores anteriormente destacados, os que mais contribuíram em termos absolutos foram: em nível de Brasil, o setor Serviços com a geração de 5.571.205 novos empregos formais e, em nível de Região Norte e Pará, a Administração Pública com 456.206 e 169.570 novos empregos formais, respectivamente, o equivalente a 37% dos vínculos empregatícios gerados entre 2001 e 2010. 2.3 A DINÂMICA DA ESPACIALIZAÇÃO DO EMPREGO FORMAL NO PARÁ Ao analisar as informações referentes ao mercado de trabalho do estado do Pará entre 2001 e 2010, um dos aspectos que mais chama a atenção, é o processo de descentralização espacial da geração de empregos formais. Ainda que Belém seja o município paraense com o 18
  • 21. maior número de trabalhadores formalizados, a sua importância relativa vem diminuindo em detrimento de um aumento considerável na abertura de postos de trabalho no conjunto de municípios do interior. Assim, no período em análise, enquanto Belém registrou um incremento de 47,3% na criação de novos empregos formais, os demais municípios cresceram 51,4%, resultando numa elevação de aproximadamente 13 pontos na participação do conjunto de municípios do interior no total de vínculos empregatícios gerados no Estado. GRÁFICO 2: Distribuição espacial do emprego formal no Pará – 2001/2010. 58,9 54,4 60,0 45,6 41,1 Em percentual 40,0 20,0 0,0 2.001 2.010 Belém Demais municípios Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2001 e 2010. Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. Comparando os empregos formais existentes em 2001 e 2010, verifica-se que, dos 143 municípios paraenses, apenas em 4 foram registradas quedas no número de vínculos. São eles: Augusto Corrêa (-538 vínculos), Bom Jesus do Tocantins (-509 vínculos), Bujaru (-89) e Senador José Porfírio (-31). Entretanto, em que pese o aumento generalizado do emprego nos municípios do interior do Estado, quando se consideram os dados absolutos, verifica-se que ainda há um cenário de grande concentração, onde um grupo pequeno de municípios destaca-se dos demais. Nesse contexto, apenas 12 municípios contribuíram com mais da metade (51,0%) do total dos empregos formais existentes no mercado paraense, excetuando a capital. São eles, por ordem de importância: Ananindeua, Marabá, Parauapebas, Santarém, Castanhal, Paragominas, Barcarena, Marituba, Tucuruí, Redenção, Altamira e Tailândia, como pode ser visualizado no Gráfico 3 a seguir. 19
  • 22. GRÁFICO 3: Participação dos doze municípios com os maiores estoques de emprego formal em 2010. Altamira Tailândia 2% Demais 2% Redenção municípios 2% 49% Tucuruí 2% Marituba 2% Barcarena 3% Paragominas 3% Ananindeua Castanhal Marabá 10% 5% 7% Santarém 6% Parauapebas 7% Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010 Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. Nota: Exceto Belém Comparando-se o desempenho desses municípios no período em estudo, algumas movimentações merecem destaque, como o crescimento expressivo da participação de Marabá e Parauapebas que, em 2001 ocupavam o quinto e o sétimo lugares, respectivamente, passando para o segundo e terceiro lugares. Ou, numa trajetória oposta, a queda significativa do sexto lugar em 2001 para o décimo em 2010, da participação de Tucuruí em função, principalmente, do término das obras da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, cuja construção impulsionou a geração de empregos no referido município, na década analisada. TABELA 2: Comportamento do estoque de empregos formais por nível geográfico – 2001/2010 Municípios com maiores Participação no total Ranking no estoque Empregos número de empregos de estoque de de empregos em 2010 formais empregos (1) 2001 2010 2001 2010 Ananindeua 56.418 12,7 10,1 1º 1º Marabá 41.745 5,3 7,5 4º 2º Parauapebas 38.030 4,3 6,8 6º 3º Santarém 33.400 6,6 6,0 2º 4º Castanhal 28.783 5,7 5,1 3º 5º Paragominas 17.833 3,6 3,2 7º 6º Barcarena 17.337 3,3 3,1 8º 7º Marituba 13.300 1,8 2,4 13º 8º Tucuruí 12.163 4,5 2,2 5º 9º Redenção 10.644 2,0 1,9 11º 10º Altamira 10.178 1,8 1,8 12º 11º Tailândia 8.780 0,9 1,6 24º 12º Total 288.611 - 51,7 - - Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2001 e 2010 Elaboração: IDESP Nota: Exceto Belém 20
  • 23. No caso de Marabá e Parauapebas o crescimento do emprego formal está vinculado principalmente ao extrativismo mineral, setor que dinamiza também, atividades ligadas ao comércio, serviços e construção civil. Esses municípios pertencem a Região de Integração Carajás, responsável pelo maior número de vínculos empregatícios existentes no Estado em 2010, conforme pode ser visto no gráfico 4 a seguir, contendo informações sobre a participação das doze Regiões de Integração do Estado. GRÁFICO 4: Composição do estoque de emprego formal do Estado por Regiões de Integração -2010. Tapajós; 14.146 Tocantins; 56.336 Rio Capim; 53.165 Xingu; 20.839 Rio Caeté; 22.177 Araguaia; 46.784 Metropolitana; Baixo Amazonas; 77.286 66.105 Marajó; 20.930 Lago de Tucuruí; Carajás; 95.876 29.425 Guamá; 56.998 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010. Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. Nota: Exceto Belém Conforme se observa, em 2010 a RI Carajás concentrava o maior número de empregos formais, com 95.876 vínculos, seguida da Metropolitana e do Baixo Amazonas com 77.286 e 66.105 vínculos empregatícios respectivamente. A menor contribuição foi registrada pela RI Tapajós, cujo estoque era de 14.146 empregos, o equivalente a 2,5% do total do Estado, excetuando Belém. Contudo, esse resultado quando comparado aos dados de 2001, mostra que essa RI foi a que apresentou o maior crescimento relativo, correspondente a 276,4%, superior a média estadual de 151,3% no período analisado. Na tabela 3 a seguir, observa-se o desempenho das RI na geração de empregos formais no Estado entre 2001 e 2010, as quais estão organizadas por ordem decrescente das variações relativas ocorridas no período em foco. Dessa forma, verifica-se que as seis Regiões mais dinâmicas na geração de empregos formais, registrando crescimentos relativos superiores à média estadual, foram: Tapajós (276,4%), Carajás (260,1%), Tocantins (206,9%), Araguaia (193,4%), Marajó (170,6%) e Xingu (167,0). Em consequência, aumentaram sua participação no estoque de empregos do Estado, destacando-se a RI Carajás que passou de 11,9% em 2001 21
  • 24. para 17,1% em 2010. O oposto foi registrado nas RI Caeté, Baixo Amazonas, Metropolitana, Rio Capim, Guamá e Lago de Tucuruí. TABELA 3: Comportamento do estoque de empregos formais no Pará por Região de Integração – 2001/2010. Variação Participação no Regiões de Estado (1) 2001 2010 Integração Absoluta Relativa 2001 2010 (%) Tapajós 3.758 14.146 10.388 276,4 1,7 2,5 Carajás 26.626 95.876 69.250 260,1 11,9 17,1 Tocantins 18.358 56.336 37.978 206,9 8,2 10,1 Araguaia 15.943 46.784 30.841 193,4 7,2 8,4 Marajó 7.735 20.930 13.195 170,6 3,5 3,7 Xingu 7.804 20.839 13.035 167,0 3,5 3,7 TOTAL DO 222.823 560.067 337.244 151,3 100,0 100,0 ESTADO(1) Rio Caeté 9.725 22.177 12.452 128,0 4,4 4,0 Baixo Amazonas 29.702 66.105 36.403 122,6 13,3 11,8 Metropolitana 35.147 77.286 42.139 119,9 15,8 13,8 Rio Capim 24.296 53.165 28.869 118,8 10,9 9,5 Guamá 27.402 56.998 29.596 108,0 12,3 10,2 Lago de Tucuruí 16.327 29.425 13.098 80,2 7,3 5,3 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010 Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. (1): Exceto Belém Analisando as informações dos municípios que compõem cada RI, pontuam-se como aspectos mais relevantes: RI Tapajós: Essa região, formada pelos municípios de Aveiro, Itaituba, Jacareacanga, Novo Progresso, Rurópolis e Trairão, contabilizava, em 2010, a menor participação na geração de empregos formalizados, registrando 14.146 vínculos empregatícios, correspondendo a 2,5% do total do Estado. Desse número, o município de Itaituba concentrava 59,1%. A seguir, os municípios de Novo Progresso e Rurópolis com participações de 16,1% e de 11,4% respectivamente. Os setores econômicos que mais contribuíram com o estoque de empregos formais foram a Administração Pública com uma participação de 45,3%, constituindo-se no principal empregador em todos os municípios da RI; o Comércio com 20,5%, destacando-se a comercialização de combustíveis, de bebidas e mercadorias em geral, no varejo; e a Indústria de Transformação com 12,6%, com um bom desempenho da indústria do cimento e de desdobramento da madeira. 22
  • 25. RI Carajás: Formada pelos municípios de Bom Jesus do Tocantins, Brejo Grande do Araguaia, Canaã dos Carajás, Curionópolis, Eldorado dos Carajás, Marabá, Palestina do Pará, Parauapebas, Piçarra, São Domingos do Araguaia, São Geraldo do Araguaia e São João do Araguaia, a RI Carajás, em comparação as demais, possuía em 2010 o maior contingente de empregos formais: 95.876 vínculos, o equivalente a 17,1% do total do Estado. Em termos absolutos, essa RI foi a que mais cresceu, passando do quarto para o primeiro lugar em termos participativos no estoque de empregos do Estado, no período 2001-2010. Apesar de ser constituída por doze municípios, 83,2% dos empregos formais concentram- se em Marabá e Parauapebas, que sediam grandes empreendimentos de mineração, sobretudo na exploração de ferro e manganês. Os setores econômicos que mais contribuíram na geração de empregos formais em 2010, foram a Administração Pública, o Comércio e o setor Serviços que, em conjunto, são responsáveis por 61% dos vínculos empregatícios gerados. Contudo, na década em análise, o maior dinamismo foi registrado no setor de Extrativa Mineral, o qual dobrou sua taxa de participação nos empregos gerados na Região, passando de 4,5% para 8,3% e, na Construção Civil, cujas atividades estão diretamente relacionadas ao setor mineral, o qual registrou crescimento de 7,1% para 15,3% em sua participação. RI Tocantins: Constituída pelos municípios de Abaetetuba, Acará, Baião, Barcarena, Cametá, Igarapé- Miri, Limoeiro do Ajuru, Mocajuba, Moju, Oeiras do Pará e Tailândia, essa Região em 2010, era a responsável por 10,1% dos empregos gerados no Estado, o equivalente a 56.336 vínculos. A composição do emprego por setores econômicos mostra a importância do setor público alcançando 47,0% dos vínculos empregatícios existentes na RI, sendo o principal empregador em todos os municípios que a constituem. Além deste, destaca-se a indústria de transformação, com atividades relacionadas aos gêneros metalurgia e química, produção de alumínio e alumina e produção de dendê e, ainda, os setores do Comércio e de Serviços. 23
  • 26. Dos municípios que a compõe, os mais importantes na geração de empregos formais foram: Abaetetuba, Barcarena, Moju e Tailândia que, em conjunto, somaram 70% dos vínculos gerados. Por ordem de importância, Barcarena é o primeiro com uma participação de 31,0% do estoque de empregos em 2010, em grande parte vinculados a industrialização, beneficiamento e exportação de caulim, alumina, alumínio e à produção de cabos para transmissão de energia elétrica. A seguir vem o município de Tailândia com uma participação de 15,0% decorrente, sobretudo, de intensa exploração madeireira e, ainda, da produção de dendê e atividades pecuárias. Os municípios de Moju e de Abaetetuba, com participações semelhantes (12,0%) vêm na seqüência com destaque para as atividades ligadas à pecuária e a produção de dendê no caso de Moju, e de Comércio e Serviços em Abaetetuba. RI Araguaia: A RI Araguaia, localizada ao sudoeste do estado do Pará, compõe-se de 15 municípios: Água Azul do Norte, Bannach, Conceição do Araguaia, Cumaru do Norte, Floresta do Araguaia, Ourilândia do Norte, Pau d’Arco, Redenção, Rio Maria, Santa Maria das Barreiras, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu, Sapucaia, Tucumã e Xinguara. Em conjunto, esses municípios possuíam em 2010, um estoque de 46.784 empregos formais, o que representou um crescimento percentual de 193,4% na década em análise. Essa expansão, acima da média estadual (151,3%), proporcionou um aumento da participação desta RI no total de empregos do Estado, passando de 7,2% em 2001 para 8,4% em 2010. As informações sobre o estoque de emprego formal por município dão destaque para apenas seis municípios que, em conjunto, agregaram 73,0% dos empregos da RI: Redenção, Xinguara, Ourilândia do Norte, São Félix do Xingu, Santana do Araguaia e Tucumã. O município de Redenção que, mesmo apresentando uma queda de 5,8 pontos entre 2001 e 2010 é o que registrou a maior participação (22,8%) no estoque de empregos formais da Região. Xinguara vem a seguir, com uma participação de 13,2% e, a exemplo de Redenção, registrou queda em relação ao ano inicial considerado nesta análise. Ourilândia do Norte que ocupou a terceira maior participação no estoque de empregos da RI Araguaia, foi o município que mais aumentou a sua participação na RI, passando de nono para terceiro colocado entre 2001 e 2010. O quarto município mais participativo foi São Félix do Xingu com 4.664 vínculos empregatícios em 2010, correspondendo a 10,0% 24
  • 27. do total da RI Araguaia, contra 6,5% em 2001. Com esse resultado, aumentou sua participação estadual de 0,5% para 0,8%. Santana do Araguaia vem a seguir, apresentando um crescimento participativo bem menos impactante que o do município anterior, passando de 7,9% para 8,7% no total de empregos formais da RI em análise. Por fim, o município de Tucumã que, em 2010 gerou 6,5% dos empregos da RI Araguaia, registrando queda de 1 ponto em relação a sua participação em 2001. A composição do emprego por segmento econômico aponta a Administração pública como o setor com o maior número de vínculos empregatícios (13.503 empregos) correspondendo a 31,7% do estoque da Região. A exceção de Conceição do Araguaia, Ourilândia do Norte, Redenção e Tucumã, este setor é o maior empregador nos municípios que formam essa RI. A seguir, vem o setor de Agropecuária e extração vegetal com uma participação de 20,6% cuja importância se dá por meio de uma forte expansão da pecuária de corte e da implantação de agroindústria animal, destacando-se os municípios de São Félix do Xingu, Santana do Araguaia, Xinguara, Cumaru do Norte, Água Azul do Norte e Santa Maria das Barreiras. O extrativismo mineral, com ênfase na exploração de níquel e cobre no município de Ourilândia do Norte, vem dinamizando os setores do Comércio (17,4%), Serviços (8,8%) e Construção civil (4,6%). RI Marajó: Essa RI é constituída dos seguintes por 16 municípios: Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista e Soure. Uma das menores em geração de empregos formais, a RI Marajó contabilizava, em 2010, em total de 20.930 vínculos empregatícios, contribuindo com 3,7% para o total de empregos do conjunto de municípios do interior do Estado. A composição do emprego por setores econômicos mostra a importância do setor público alcançando 77,4% dos vínculos empregatícios existentes na RI, sendo o principal empregador em todos os municípios que a constituem. A seguir vem a Indústria de transformação, com atividades relacionadas à produção madeireira e de alimentação, sobretudo os alimentos em conserva e o processamento de frutas. Dos municípios que a compõe, os mais importantes na geração de empregos formais foram: Breves, Portel, Afuá e Gurupá que, em conjunto, somaram 54,0 % dos vínculos gerados. 25
  • 28. RI Xingu: Dez municípios compõem a RI Xingu: Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu os quais geraram 20.839 vínculos empregatícios em 2010, contra 7.804 em 2001. O crescimento percentual de 187,0% no período em análise elevou a participação dessa Região no total do estoque de empregos formais, de 3,5% para 3,7%. Segundo os dados da RAIS para 2010, o município de Altamira concentrou 48,8% dos empregos existentes na RI seguido, de longe, pelos municípios de Uruará e Pacajá, com participações respectivas de 14,1% e de 7,9%. Ressalta-se que, em decorrência da construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, a participação de Altamira deva apresentar, na RAIS 2011, uma concentração ainda maior. A composição do estoque de empregos formais na RI Xingu em 2010 registra a hegemonia da Administração Pública, setor que congrega 45,7% dos vínculos empregatícios, o maior empregador em todos os municípios desta RI. A seguir, estão os setores Comércio, com uma participação de 20,8% e o de Serviços, com 12,2%. A Indústria de Transformação com 9,2% do total de empregos concentra-se nos municípios de Altamira, Anapu, Pacajá e Uruará com destaque para a fabricação de produtos alimentícios e o beneficiamento da madeira. A Construção Civil que, entre 2001 e 2010 cresceu 221,5%, deve ser um dos setores que mais contribuirá para a geração de empregos formais na Região, em função da construção da UH de Belo Monte cujas obras iniciaram em 2011. RI Rio Caeté: Formado pelos municípios de Augusto Corrêa, Bonito, Bragança, Cachoeira do Piriá, Capanema, Nova Timboteua, Peixe Boi, Primavera, Quatipuru, Salinópolis, Santa Luzia do Pará, Santarém Novo, São João de Pirabas, Tracuateua e Viseu, a Região Caeté era responsável, em 2010, por 4,0% do estoque de empregos formais existentes no Estado, com exceção de Belém, o equivalente a 22.177 vínculos empregatícios. Dos municípios que a compõe, os que mais contribuíram na geração do estoque de empregos existentes na Região, foram: Capanema, com participação de 24,6%, Bragança com 23,8%, Salinópolis com 10,7% e Viseu com 10,5%. Em conjunto, somam 69,6% do total. 26
  • 29. A composição segundo setores da economia registrou, em 2010, uma concentração de 89,0% dos empregos formais no setor de Administração Pública, seguido de 20,2% no Comércio e 12,6% nas atividades do setor Serviços. A Indústria de Transformação com uma participação de 6,8% concentra-se nos municípios de Capanema, Bragança e Bonito, vinculada a Produção de cimento e de gêneros alimentícios. RI Baixo Amazonas: A RI Baixo Amazonas constitui-se de 12 municípios: Alenquer, Almeirim, Belterra, Curuá, Faro, Juruti, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Prainha, Santarém e Terra Santa, contribuindo com 11,8% do estoque de empregos formais que existiam no Estado em 2010 (exceto Belém), equivalendo a um total de 66.105 vínculos empregatícios. Esse número, quando comparado ao estoque de 2001 representa um crescimento relativo de 122,6%, abaixo da média estadual de 151,3%, determinando uma diminuição na taxa de participação dessa RI que, em 2001 era de 13,3%. O baixo dinamismo econômico dessa Região configura-se na concentração dos vínculos empregatícios na Administração Pública, cuja participação em 2010 alcançou 41,8%, além de ter sido o setor que mais cresceu em relação a 2001. É o maior empregador nessa RI, apresentando taxas muito altas de participação em alguns municípios, tais como: 98,5% dos empregos formais existentes em 2010 no município de Curuá; 97,4% em Faro; 90,3% em Terra Santa; 84,1% em Alenquer e 81,4% em Monte Alegre. Com menores expressões, os setores Serviços e Comércio vêm a seguir com taxas de participação de 19,2% e de 16,7% respectivamente. A Indústria de Transformação com participação relativa de 9,4% está concentrada nos municípios de Almeirim, Oriximiná e Santarém onde se destacam a exploração de bauxita, celulose, madeira e produtos alimentícios. RI Metropolitana: A Região Metropolitana, nesta análise representada sem a participação da capital, Belém, é formada pelos municípios de Ananindeua, Benevides, Marituba e Santa Bárbara. É a segunda RI mais importante na geração de empregos formais alcançando, em 2010 um contingente de 77.286 trabalhadores, 119,9% a mais que o existente em 2001. Essa taxa, contudo, situou-se abaixo da média estadual, concorrendo para uma queda na participação desta RI na composição do estoque do Estado, de 15,8% em 2001 para 13,8% em 2010. 27
  • 30. Essa RI apresenta, entre todas, a maior concentração de empregos formais com o município de Ananindeua alcançando em 2010, uma participação de 73,0% do estoque existente na Região. Quanto à composição por setores de atividades econômicas, os dados mostram maior diversificação, destacando-se o Comércio que em 2010 acumulou 26,9% dos empregos formais, seguido do setor Serviços com uma participação de 25,8%. Ao contrário das demais RI, o setor da Administração Pública não tem o mesmo destaque, mesmo contribuindo com 20,4% do total de vínculos. RI Rio Capim: Formada pelos municípios de Abel Figueiredo, Aurora do Pará, Bujaru, Capitão Poço, Concórdia do Pará, Dom Eliseu, Garrafão do Norte, Ipixuna do Pará, Irituia, Mãe do Rio, Nova Esperança do Piriá, Ourém, Paragominas, Rondon do Pará, Tomé Açu e Ulianópolis, essa RI em 2010 congregava 9,5% do total de empregos formais do Estado do Pará, o equivalente a 53.165 vínculos. Embora aumentando o seu estoque de empregos em 118,8% na década em estudo, essa Região diminui a sua participação no total do Estado, de 10,9% em 2001 para 9,5% em 2010, em função de seu crescimento relativo ter sido menor que o da média estadual. Os municípios que, em 2010, mais contribuíram com a geração de empregos formais na Região foram: Paragominas com 33,5%, Tomé-Açu com 12,4%, Dom Eliseu com 10,1% e Rondon do Pará com 8,8% os quais somaram 64,8% do estoque da RI em análise. Quanto à distribuição por setor de atividade econômica destaca-se, mais uma vez, a Administração Pública, com uma participação de 34,0% no total de empregos formais da RI. A exceção dos municípios de Dom Eliseu, Ipixuna do Pará, Paragominas e Ulianópolis, nos outros 12 municípios, esse setor era o principal empregador. Em seguida, vem a Indústria de Transformação com 18,8% e a Agropecuária com 14,0%, destacando-se a produção de bovinos, beneficiamento de alimentos e da madeira e ainda, a indústria de vestuário. RI Guamá: Essa Região congrega o maior número de municípios. São 18: Castanhal, Colares, Curuçá, Igarapé Açu, Inhangapi, Magalhães Barata, Maracanã, Marapanim, Santa Isabel do Pará, Santa Maria do Pará, Santo Antônio do Tauá, São Caetano de Odivelas, São 28
  • 31. Domingos do Capim, São Francisco do Pará, São João da Ponta, São Miguel do Guamá, Terra Alta e Vigia que, em conjunto, contribuíram com 10,2% do total de vínculos empregatícios existente no Estado em 2010. Em números absolutos representou 56.998, contra 27.402 existentes em 2001, representando um crescimento percentual de 108,0% na década em análise. O baixo dinamismo econômico dessa Região é traduzido pela concentração de empregos no município de Castanhal com a expressiva participação de 50,5% em 2010. A Administração Pública aparece como o setor mais importante, registrando uma participação de 33,8% no estoque de empregos existentes em 2010. É o maior empregador à exceção dos municípios de Castanhal, Santa Isabel do Pará e São Miguel do Guamá. Em seguida, vêm os setores do Comércio (23,5%0 e da Indústria de Transformação (18,5%), com maior expressividade nos municípios de Castanhal, Santa Isabel do Pará e São Miguel do Guamá. Lago de Tucuruí: Os sete municípios que formam essa Região são os seguintes: Breu Branco, Goianésia do Pará, Itupiranga, Jacundá, Nova Ipixuna, Novo Repartimento e Tucuruí que, em conjunto, geraram um estoque de 29.425 empregos formais em 2010, sendo a Região que registrou o menor crescimento relativo na década analisada, ao alcançar. Com esse resultado, a sua participação no total do Estado, foi de 5,3% contra 7,3% em 2001. O emprego formal nessa RI estava concentrado no município de Tucuruí que detinha 41,3% do estoque da Região. Outra característica do baixo dinamismo econômico dessa RI, é a alta participação da Administração Pública na geração de empregos formais, cuja participação alcançou 46,0% do estoque existente em 2010, sendo a principal empregadora em todos os municípios da Região variando entre os 34,9% em Jacundá a 70,8 em Itupiranga. Além deste setor econômico, as atividades ligadas ao Comércio e à Indústria de Transformações podem ser citadas, com participações de 19,0% e de 13,9% respectivamente. A Construção Civil, com grande concentração no município de Tucuruí, vem perdendo importância, após a conclusão das eclusas da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. 29
  • 32. 2.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A diversificação da atividade econômica no estado do Pará, em decorrência principalmente de grandes projetos de mineração, da construção de usinas hidrelétricas, bem como da expansão da produção agropecuária, reflete o processo de descentralização espacial na geração de postos de trabalho que vem sendo observado no mercado paraense ao longo dos últimos anos. Na década compreendida entre 2001 e 2010, segundo dados da RAIS, a participação de Belém, principal centro gerador de empregos, cai de 54,4% para 45,6%. Excetuando Belém e, agrupando-se os demais municípios nas 12 Regiões de Integração do Estado, verificou-se que a Região de Integração Carajás foi a que mais cresceu em termos absolutos, gerando 17,1% do total de empregos formais existentes no Estado, com destaque para os municípios de Marabá e Parauapebas. Em contrapartida, a Região onde se registrou o menor crescimento relativo do emprego formal, foi a de Tucuruí. Esse resultado em parte, vem sendo influenciado pela conclusão da construção das eclusas da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, afetando principalmente o setor da Construção Civil. 30
  • 33. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Relações Administrativas de Informações Sociais 2001 e 2010. Brasília (DF): MTE, [2011]. ________. Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios – PNAD. 2005 e 2009. Brasília(DF): MTE, [2010]. PARÁ. Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças. Plano Plurianual 2012 – 2015. Belém: SEPOF, 2011. ________. Perfis Regionais. Belém: SEPOF, 2011. 31
  • 34. ANEXOS TABELA 1: Comparativos do estoque de empregos formais, variações e participações municipais na RI Araguaia e no Estado – 2001 e 2010 Variação Participação Participação no Municípios 2001 2010 na Região Estado (1) Absoluta Relativa (%) 2001 2010 2001 2010 Água Azul do Norte 499 1.304 805 161,3 3,1 2,8 0,2 0,2 Bannach 49 452 403 822,4 0,3 1,0 0,0 0,1 Conceição do Araguaia 1.642 2.885 1.243 75,7 10,3 6,2 0,7 0,5 Cumaru do Norte 383 1.823 1.440 376,0 2,4 3,9 0,2 0,3 Floresta do Araguaia 506 1.307 801 158,3 3,2 2,8 0,2 0,2 Ourilândia do Norte 535 5.522 4.987 932,1 3,4 11,8 0,2 1,0 Pau D’Arco 49 702 653 1.332,7 0,3 1,5 0,0 0,1 Redenção 4.553 10.644 6.091 133,8 28,6 22,8 2,0 1,9 Rio Maria 690 2.086 1.396 202,3 4,3 4,5 0,3 0,4 Santa Maria das 298 1.438 1.140 382,6 1,9 3,1 0,1 0,3 Barreiras Santana do Araguaia 1.265 4.056 2.791 220.6 7,9 8,7 0,6 0,7 São Félix do Xingu 1.039 4.664 3.625 348,9 6,5 10,0 0,5 0,8 Sapucaia 575 694 119 20,7 3,6 1,5 0,3 0,1 Tucumã 1.191 3.047 1.856 155,8 7,5 6,5 0,5 0,5 Xinguara 2.669 6.160 3.491 130,8 16,7 13,2 1,2 1,1 TOTAL DA REGIÃO 15.943 46.784 30.841 193,4 - - 7,2 8,4 TOTAL DO ESTADO(1) 222.823 560.067 337.244 151,3 - - - - Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010. Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. (1): Exceto Belém TABELA 2: Comparativos do estoque de empregos formais, variações e participações municipais na RI Baixo Amazonas e no Estado – 2001 e 2010 Variação Participação na Participação no Municípios 2001 2010 Região Estado (1) Absoluta Perc. (%) 2001 2010 2001 2010 Alenquer 880 2.997 2.117 240,6 3,0 4,5 0,4 0,5 Almeirim 5.127 7.889 2.762 53,9 17,3 11,9 2,3 1,4 Belterra 443 941 498 112,4 1,5 1,4 0,2 0,2 Curuá 27 866 839 3.107,4 0,1 1,3 0,0 0,2 Faro 150 580 430 286,7 0,5 0,9 0,1 0,1 Juruti 593 4.948 4.355 734,4 2,0 7,5 0,3 0,9 Monte Alegre 1.487 2.682 1.195 80,4 5,0 4,1 0,7 0,5 Óbidos 850 2.767 1.917 225,5 2,9 4,2 0,4 0,5 Oriximiná 5.032 7.139 2.107 41,9 16,9 10,8 2,3 1,3 Prainha 302 991 689 228,1 1,0 1,5 0,1 0,2 Santarém 14.787 33.400 18.613 125,9 49,8 50,5 6,6 6,0 Terra Santa 24 905 881 3.670,8 0,1 1,4 0,0 0,2 TOTAL DA REGIÃO 29.702 66.105 36.403 122,6 - - 13,3 11,8 TOTAL DO 222.823 560.067 337.244 151,3 - - - - ESTADO(1) Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010 Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. (1): Exceto Belém 32
  • 35. TABELA 3: Comparativos do estoque de empregos formais, variações e participações municipais na RI Carajás e no Estado – 2001 e 2010 Variação Participação na Participação no Municípios 2001 2010 Região Estado (1) Absoluta Perc. (%) 2001 2010 2001 2010 Bom Jesus do Tocantins 2.333 1.824 -509 -21,8 8,8 1,9 1,0 0,3 Brejo Grande do 351 496 145 41,3 1,3 0,5 0,2 0,1 Araguaia Canaã dos Carajás 249 4.972 4.723 1.896,8 0,9 5,2 0,1 0,9 Curionópolis 371 1.138 767 206,7 1,4 1,2 0,2 0,2 Eldorado dos Carajás 125 2.181 2.056 1.644,8 0,5 2,3 0,1 0,4 Marabá 11.795 41.745 29.950 253,9 44,3 43,5 5,3 7,5 Palestina do Pará 152 371 219 144,1 0,6 0,4 0,1 0,1 Parauapebas 9.559 38.030 28.471 297,8 35,9 39,7 4,3 6,8 Piçarra 160 1.243 1.083 676,9 0,6 1,3 0,1 0,2 São Domingos do 459 1.372 913 198,9 1,7 1,4 0,2 0,2 Araguaia São Geraldo do Araguaia 1.070 2.041 971 90,7 4,0 2,1 0,5 0,4 São João do Araguaia 2 463 461 23.050,0 0,0 0,5 0,0 0,1 TOTAL DA REGIÃO 26.626 95.876 69.250 260,1 - - 11,9 17,1 TOTAL DO ESTADO(1) 222.823 560.067 337.244 151,3 - - - - Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010 Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. (1): Exceto Belém TABELA 4: Comparativos do estoque de empregos formais, variações e participações municipais na RI Guamá e no Estado – 2001 e 2010 Variação Participação Participação Municípios 2001 2010 na Região no Estado (1) Absoluta Perc. (%) 2001 2010 2001 2010 Castanhal 12.693 28.783 16.090 126,8 46,3 50,5 5,7 5,1 Colares 7 320 313 4.471,4 0,0 0,6 0,0 0,1 Curuçá 477 1.259 782 163,9 1,7 2,2 0,2 0,2 Igarapé-Açu 793 2.780 1.987 250,6 2,9 4,9 0,4 0,5 Inhangapi 363 685 322 88,7 1,3 1,2 0,2 0,1 Magalhães Barata 193 221 28 14,5 0,7 0,4 0,1 0,0 Maracanã 511 1.816 1.305 255,4 1,9 3,2 0,2 0,3 Marapanim 1.033 1.035 2 0,2 3,8 1,8 0,5 0,2 Santa Isabel do Pará 3.709 6.986 3.277 88,4 13,5 12,3 1,7 1,2 Santa Maria do Pará 739 1.195 456 61,7 2,7 2,1 0,3 0,2 Santo Antônio do Tauá 1.444 1.825 381 26,4 5,3 3,2 0,6 0,3 São Caetano de 349 695 346 99,1 1,3 1,2 0,2 0,1 Odivelas São Domingos do 768 1.250 482 62,8 2,8 2,2 0,3 0,2 Capim São Francisco do Pará 400 790 390 97,5 1,5 1,4 0,2 0,1 São João da Ponta 170 309 139 81,8 0,6 0,5 0,1 0,1 São Miguel do Guamá 2.318 3.712 1.394 60,1 8,5 6,5 1,0 0,7 Terra Alta 253 613 360 142,3 0,9 1,1 0,1 0,1 Vigia 1.182 2.724 1.542 130,5 4,3 4,8 0,5 0,5 TOTAL DA REGIÃO 27.402 56.998 29.596 108,0 - - 12,3 10,2 TOTAL DO ESTADO(1) 222.823 560.067 337.244 151,3 - - - - Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010 Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. (1): Exceto Belém 33
  • 36. TABELA 5: Comparativos do estoque de empregos formais, variações e participações municipais na RI Lago de Tucuruí e no Estado – 2001 e 2010 Variação Participação Participação no Municípios 2001 2010 na Região Estado (1) Absoluta Perc. %) 2001 2010 2001 2010 Breu Branco 1.033 2.896 1.863 180,3 6,3 9,8 0,5 0,5 Goianésia do Pará 1.018 3.110 2.092 205,5 6,2 10,6 0,5 0,6 Itupiranga 672 2.361 1.689 251,3 4,1 8,0 0,3 0,4 Jacundá 1.867 4.553 2.686 143,9 11,4 15,5 0,8 0,8 Nova Ipixuna 95 812 717 754,7 0,6 2,8 0,0 0,1 Novo Repartimento 1.530 3.530 2.000 130,7 9,4 12,0 0,7 0,6 Tucuruí 10.112 12.163 2.051 20,3 61,9 41,3 4,5 2,2 TOTAL DA REGIÃO 16.327 29.425 13.098 80,2 - - 7,3 5,3 TOTAL DO ESTADO(1) 222.823 560.067 337.244 151,3 - - - - Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010 Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. (1): Exceto Belém TABELA 6: Comparativos do estoque de empregos formais, variações e participações municipais na RI Marajó e no Estado – 2001 e 2010 Variação Participação Participação no Municípios 2001 2010 na Região Estado (1) Absoluta Perc.(%) 2001 2010 2001 2010 Afuá 611 1.766 1.155 189,0 7,9 8,4 0,3 0,3 Anajás 21 878 857 4.081,0 0,3 4,2 0,0 0,2 Bagre 108 302 194 179,6 1,4 1,4 0,0 0,1 Breves 2.747 5.606 2.859 104,1 35,5 26,8 1,2 1,1 Cachoeira do Arari 449 795 346 77,1 5,8 3,8 0,2 0,1 Chaves 287 658 371 129,3 3,7 3,1 0,1 0,1 Curralinho 123 810 687 558,5 1,6 3,9 0,1 0,1 Gurupá 210 1.511 1.301 619,5 2,7 7,2 0,1 0,3 Melgaço 10 884 874 8.740,0 0,1 4,2 0,0 0,2 Muaná 379 946 567 149,6 4,9 4,5 0,2 0,2 Ponta de Pedras 462 1.038 576 124,7 6,0 5,0 0,2 0,2 Portel 1.023 2.411 1.388 135,7 13,2 11,5 0,5 0,4 Salvaterra 629 1.033 404 64,2 8,1 4,9 0,3 0,2 Santa Cruz do Arari 30 262 232 773,3 0,4 1,3 0,0 0,0 S. Sebastião da Boa Vista 29 903 874 3.013,8 0,4 4,3 0,0 0,2 Soure 617 1.127 510 82,7 8,0 5,4 0,3 0,2 TOTAL DA REGIÃO 7.735 20.930 13.195 170,6 - - 3,5 3,7 (1) TOTAL DO ESTADO 222.823 560.067 337.244 151,3 - - - - Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010 Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. (1): Exceto Belém 34
  • 37. TABELA 7: Comparativos do estoque de empregos formais, variações e participações municipais na RI Metropolitana e no Estado – 2001 e 2010. Variação Participação na Participação Municípios 2001 2010 Região no Estado (1) Absoluta Perc. (%) 2001 2010 2001 2010 Ananindeua 28.371 56.418 28.047 98,9 80,7 73,0 12,7 10,1 Benevides 1.912 6.263 4.351 227,6 5,4 8,1 0,9 1,1 Marituba 4.082 13.300 9.218 225,8 11,6 17,2 1,8 2,4 Santa Bárbara 782 1.305 523 66,9 2,2 1,7 0,4 0,2 TOTAL DA REGIÃO 35.147 77.286 42.139 119,9 - - 15,8 13,8 TOTAL DO 222.823 560.067 337.244 151,3 - - - - ESTADO(1) Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010 Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. (1): Exceto Belém TABELA 8: Comparativos do estoque de empregos formais, variações e participações municipais na RI Rio Caeté e no Estado – 2001 e 2010. Variação Participação na Participação Municípios 2001 2010 Região no Estado (1) Absoluta Perc. (%) 2001 2010 2001 2010 Augusto Corrêa 653 115 -538 -82,4 6,7 0,5 0,3 0,0 Bonito 28 875 847 3.025,0 0,3 3,9 0,0 0,2 Bragança 1.358 5.270 3.912 288,1 14,0 23,8 0,6 0,9 Cachoeira do Piriá 15 50 35 233,3 0,2 0,2 0,0 0,0 Capanema 2.760 5.462 2.702 97,9 28,4 24,6 1,2 1,0 Nova Timboteua 537 797 260 48,4 5,5 3,6 0,2 0,1 Peixe Boi 174 416 242 139,1 1,8 1,9 0,1 0,1 Primavera 308 466 158 51,3 3,2 2,1 0,1 0,1 Quatipuru 191 603 412 215,7 2,0 2,7 0,1 0,1 Salinópolis 1.276 2.364 1.088 85,3 13,1 10,7 0,6 0,4 Santa Luzia do Pará 403 1.044 641 159,1 4,1 4,7 0,2 0,2 Santarém Novo 237 463 226 95,4 2,4 2,1 0,1 0,1 São João de Pirabas 336 746 410 122,0 3,5 3,4 0,2 0,1 Tracuateua 252 1.169 917 363,9 2,6 5,3 0,1 0,2 Viseu 1.197 2.337 1.140 95,2 12,3 10,5 0,5 0,4 TOTAL DA REGIÃO 9.725 22.177 12.452 128,0 - - 4,4 4,0 TOTAL DO 222.82 560.067 337.244 151,3 - - - - ESTADO(1) 3 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) – RAIS 2010 Elaboração: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará – IDESP. (1): Exceto Belém TABELA 9: Comparativos do estoque de empregos formais, variações e participações municipais na RI Rio Capim e no Estado – 2001 e 2010. Variação Participação na Participação Municípios 2001 2010 Região no Estado (1) Absoluta Perc. (%) 2001 2010 2001 2010 Abel Figueiredo 360 559 199 55,3 1,5 1,1 0,2 0,1 Aurora do Pará 528 1.134 606 114,8 2,2 2,1 0,2 0,2 Bujaru 389 300 -89 -22,9 1,6 0,6 0,2 0,1 Capitão Poço 1.017 2.714 1.697 166,9 4,2 5,1 0,5 0,5 Concórdia do Pará 831 2.113 1.282 154,3 3,4 4,0 0,4 0,4 35