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TIPOGRAFIA
RENASCENTISTA
Durante os séculos XIV e XV, as cidades italianas como, por exemplo,
Gênova, Veneza e Florença, passaram a acumular grandes riquezas
provenientes do comércio. Estes ricos comerciantes, conhecidos como
mecenas, começaram a investir nas artes, aumentando assim o
desenvolvimento artístico e cultural. Por isso, a Itália é conhecida como o
berço do Renascentismo. Porém, este movimento cultural não se limitou à
Península Itálica. Espalhou-se para outros países europeus como, por exemplo,
Inglaterra, Espanha, Portugal, França, Polônia e Países Baixos.
A invenção da prensa móvel, feita pelo inventor alemão Gutenberg em 1439,
revolucionou o sistema de produção de livros no século XV. Com este sistema,
que substituiu o método manuscrito, os livros passaram a ser feitos de forma
mais rápida e barata. A invenção foi de extrema importância para o aumento
da circulação de conhecimentos e ideias no Renascimento.
Resgate de textos ancestrais relativos à antiguidade clássica e copiaram tudo o
que conseguiram encontrar. Os documentos encontrados, apesar de referentes
à antiguidade clássica, eram registros do tempo do Sacro Império Romano,
escritos em letra carolíngia
clareza e sobriedade, atributos ausentes
da letra gótica vigente, adotaram
a minúscula carolíngia como base de uma
nova escrita que melhor representava o
pensamento e os valores que eles defendiam.
http://www.suapesquisa.com/renascimento/
Gótica Carolíngea
Giovanni Francesco Poggio Bracciolini (1380–1459)criador da littera antiqua
formata
Desaparece a inclinação da minúscula carolíngia – que proporciona à escrita
uma aparência natural e vívida – foi abandonada em favor da verticalização
sistemática dos caracteres.
Dotadas de serifas pronunciadas, as letras
tornaram-se mais rigorosas e estáveis.
Também nesta época, o “g” minúsculo,
que até então era aberto, torna-se fechado
em sua parte superior e no laço descendente,
assim como a letra “V” se torna
distinguível do “U”.
HUMANÍSTICA REDONDA
Híbrido – entre modelos góticos e humanísticos –
precursor do que se tornou conhecido como tipo “romano”. As caixas altas
que acompanhavam as minúsculas humanísticas foram baseadas nas
capitulares romanas.
Criado por
Sweynheym e Pannartz
1464 e 1465
TIPO ROMANO
Nicolas Jenson –trabalhou na criação de um novo tipo que se tornou modelo
de alfabeto romano conhecido até hoje. Nicolas eliminou as irregularidades
típicas do manuscrito em littera antiqua formata – ainda presentes no híbrido
de Sweynheym e Pannartz – e deu a seus glifos características lapidares das
maiúsculas romanas, as serifas das caixas altas lapidares foram introduzidas nas
minúsculas e harmonizadas no conjunto do alfabeto
http://blogs.anhembi.br/congressodesign/anais/artigos/69775.pdf
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Tipografia renascentista

  • 2. Durante os séculos XIV e XV, as cidades italianas como, por exemplo, Gênova, Veneza e Florença, passaram a acumular grandes riquezas provenientes do comércio. Estes ricos comerciantes, conhecidos como mecenas, começaram a investir nas artes, aumentando assim o desenvolvimento artístico e cultural. Por isso, a Itália é conhecida como o berço do Renascentismo. Porém, este movimento cultural não se limitou à Península Itálica. Espalhou-se para outros países europeus como, por exemplo, Inglaterra, Espanha, Portugal, França, Polônia e Países Baixos. A invenção da prensa móvel, feita pelo inventor alemão Gutenberg em 1439, revolucionou o sistema de produção de livros no século XV. Com este sistema, que substituiu o método manuscrito, os livros passaram a ser feitos de forma mais rápida e barata. A invenção foi de extrema importância para o aumento da circulação de conhecimentos e ideias no Renascimento.
  • 3. Resgate de textos ancestrais relativos à antiguidade clássica e copiaram tudo o que conseguiram encontrar. Os documentos encontrados, apesar de referentes à antiguidade clássica, eram registros do tempo do Sacro Império Romano, escritos em letra carolíngia clareza e sobriedade, atributos ausentes da letra gótica vigente, adotaram a minúscula carolíngia como base de uma nova escrita que melhor representava o pensamento e os valores que eles defendiam.
  • 5. Giovanni Francesco Poggio Bracciolini (1380–1459)criador da littera antiqua formata Desaparece a inclinação da minúscula carolíngia – que proporciona à escrita uma aparência natural e vívida – foi abandonada em favor da verticalização sistemática dos caracteres. Dotadas de serifas pronunciadas, as letras tornaram-se mais rigorosas e estáveis. Também nesta época, o “g” minúsculo, que até então era aberto, torna-se fechado em sua parte superior e no laço descendente, assim como a letra “V” se torna distinguível do “U”. HUMANÍSTICA REDONDA
  • 6. Híbrido – entre modelos góticos e humanísticos – precursor do que se tornou conhecido como tipo “romano”. As caixas altas que acompanhavam as minúsculas humanísticas foram baseadas nas capitulares romanas. Criado por Sweynheym e Pannartz 1464 e 1465 TIPO ROMANO
  • 7. Nicolas Jenson –trabalhou na criação de um novo tipo que se tornou modelo de alfabeto romano conhecido até hoje. Nicolas eliminou as irregularidades típicas do manuscrito em littera antiqua formata – ainda presentes no híbrido de Sweynheym e Pannartz – e deu a seus glifos características lapidares das maiúsculas romanas, as serifas das caixas altas lapidares foram introduzidas nas minúsculas e harmonizadas no conjunto do alfabeto