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Com Teresa de Saldanha no Externato de São Domingos:
um modo próprio de educar?

Helena Ribeiro de Castro, PhD
Fátima, 24 Novembro 2013

Com Teresa de Saldanha no Externato de São Domingos: um modo próprio de educar?

A ocasião…
… um aniversário!

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CELEBRAR A VIDA
LER O CAMINHO
PERCORRIDO
FAZER MEMÓRIA

IDENTIFICAR OS
DESAFIOS
RECONHECER AS
LINHAS ORIENTADORAS

PROJECTAR O FUTURO
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O Externato de São Domingos é

• Insere-se no Sistema
Educativo Português;

uma Escola portuguesa

• Rege-se pela legislação
do Estado Português.

Lei de Bases do Sistema Educativo
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JESUS CRISTO

uma Escola Católica
das Irmãs Dominicanas

de Santa

São Domingos

Catarina de Sena,

fundadas por Teresa de Saldanha

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Teresa de Saldanha




de Santa

Catarina de Sena,


• Relação
• Modelo

PRINCÍPIOS

JESUS CRISTO


• EVANGELHO
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de Santa

Catarina de Sena,


• Oração
• Estudo
• Comunidade
→PREGAÇÃO

São Domingos
PESSOA


PRINCÍPIOS


• Modelo
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?

• Modelo

de Santa

Catarina de Sena,


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Teresa de Saldanha

Teresa de Saldanha
(Lisboa, 1837-1916)

…um projeto
que vem de
longe…
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• Bacharel em Direito;
• Secretário-geral do distrito de Leiria (1851), onde fundou o Centro Promotor de
Instrução Popular;
• Ministro do 1.º Ministério da Instrução Pública;
• Autor da Reforma da Instrução Primária de 1870;
• Defensor da educação feminina e da formação de professores.
Pedagogo e escritor:
 Necessidade de um Ministério da instrução pública
 Auroras da instrução pela iniciativa particular
 História da instrução popular em Portugal desde a fundação da Monarquia até aos
nossos dias
António da Costa de Sousa de Macedo
(1824-1892)
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• Político;

• Par do Reino (1826-1872);
• Governador Civil de Coimbra (1854);
• Vereador e presidente da Câmara Municipal de Lisboa (18581859);
• Procurador à Junta Geral do Distrito de Lisboa;
• Colaborava com a Condessa nalgumas das suas actividades de
beneficência;
• Ficou conhecido pelo seu “espirito liberal e patriótico” (Diário da Câmara
dos Pares do Reino, 3 Jan 1873).

João Maria do Sacramento de Saldanha de Oliveira Juzarte Figueira e Sousa, Conde de Rio Maior
(1811-1872)
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António José Luís de Saldanha de Oliveira
Juzarte Figueira e Sousa, Marquês de Rio Maior
(1836-1891)

• Bacharel em Direito;
• Presidente da Câmara de Lisboa por duas vezes;
• Deputado eleito em várias legislaturas;
• Par do Reino por morte do pai;
• Adido honorário à legação de Portugal em Paris;
• 4.º provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (1869-1888) depois de ter sido
provedor-adjunto;
• Escreveu diversos textos importantes. Para além dos discursos: “Teoria da cumplicidade
aplicada ao Código Penal”; “Uma opinião sobre os expostos da Santa Casa da Misericórdia de
Lisboa”; “Relatório sobre a aula externa para rapazes pobres na freguesia de S. Sebastião da
Pedreira”;
• Sócio e colaborador activo da Associação de Escolas-Asilos para Rapazes Pobres.
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• Formado em Matemática e em Filosofia pela Universidade de Coimbra;
• Distinguiu-se pelo espírito de grande cultura e actividade científica, tendo estado em Paris a
estudar Química e Mineralogia;
• Deputado eleito em duas legislaturas;
• Membro do primeiro Partido Católico;
• Director da Casa da Moeda;
• Orador reconhecido com diversos discursos publicados. Entre outros: Escravatura Branca; Da
necessidade da liberdade de associação religiosa em Portugal; A questão operária.
José Luís de Saldanha Oliveira e Sousa
(1839-1912)
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• Fundadora, com a Imperatriz, da Associação dos
Órfãos Desvalidos da Cholera Morbus e da Febre
Amarela;
• Responsável pela vinda para Portugal das Irmãs
Francesas de S. Vicente de Paulo;
• Membro da Associação de Nossa Senhora
Consoladora dos Aflitos, de que foi presidente desde
1854 até à morte.

Isabel Maria José dos Prazeres de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos,
Condessa de Rio Maior
(1812-1890)
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“(...) é uma daquelas pessoas para quem a caridade é o
pensamento dominante, que vestem por baixo das galas o
burel das missionárias santas, que não recuam diante dos
sacrifícios, do tédio, do trabalho às vezes rude e fastidioso,
para consolarem os pobres, para darem a esmola aos
famintos, o socorro aos enfermos; uma daquelas, enfim, que
estendem, sorrindo, a mão às companheiras das salas, e lhes
dão, em troca, do ouro que recebem, a flor perfumada, que as
paga de sobejo, e guardam para si todos os espinhos desse
mister sagrado.”
(Alexandre Herculano)

Isabel Maria José dos Prazeres de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos,
Condessa de Rio Maior
(1812-1890)
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• Sócia da Associação Protectora de Meninas Pobres;
• Fundadora da Associação Protectora de Escolas-Asilos para Rapazes Pobres (1866) e sua
presidente;
• Co-fundadora da Congregação das Irmãs Terceiras de S. Domingos;
• Dama da Rainha D. Maria Pia;
• Sócia da Sociedade Protectora das Cozinhas Económicas, de que foi vice-presidente;
• Ditou as suas memórias à escritora Branca de Gonta Colaço.
Maria Isabel d’Anunciação de Lemos Roxas Carvalho e Meneses de Saint Léger, Marquesa de Rio Maior
(1841-1920)
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• Sócia da Associação de Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos;
• Fundadora da Associação Protectora de Meninas Pobres com mais 6 companheiras
(1859);
• Presidente da mesma associação desde 1860 até 1916;
• Fundadora da Congregação das Irmãs Terceiras de S. Domingos (1868);
• Fundou, dirigiu (directa ou indirectamente) ou subsidiou, mais de 50 escolas;
• Imprimiu à grandiosa obra educativa desenvolvida, a que dedicou inteiramente toda a
vida, um cunho pedagógico próprio e de linhas inovadoras para a época.

Teresa Rosa Fernanda de Saldanha Oliveira e Sousa
(1837-1916)

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Anticongreganismo

MONARQUIA
1837
1833-34

1859

APMP

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1916

1868
1901
1891

1862

REPÚBLICA

1910

1911

IDSCS

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Palácio de S. Domingos de Benfica,
1877 - 1910


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“São uns trapalhões!”
“Não vou para o céu com a
casa atrás de mim.”


“Fazer o bem sempre…”

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“Bem pobres estamos, mas é bom isto nas Associações de Caridade e em que
se trabalha só por amor de Deus. Agora se vê (...) a diferença que há entre
filantropia e caridade!”
(ADSCS, C 0719, de TS a Maria Augusta Campos, [1876])

“Estou como a mamã sem pachorra para a quermesse. (...) um espírito
diferente do nosso, os nomes das barracas, tudo acho filantropia pura.”
(ADSCS, C 4097, de TS à mãe, 18 Maio [1884], sublinhado no original)

“Vê-se agora tanta coisa que ataca os nervos. O tal bazar nos jardins do Conde
de Burnay, presidindo a Princesa, a favor do hospital das crianças, também
acho uma coisa que encanita. Li um artigo no Ilustrado, escrito pela [Guiomar]
Torresão, elogiando a C[ondessa] de Ficalho, a sua caridade, faz a descrição do
hospital, etc. Filantropia e não caridade.”
(ADSCS, C 5411, de TS à mãe, 19 Maio 1888)

“Fazer o bem sempre…”

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Teresa
(APMP, Irmãs Dominicanas, influência social)

Maria, Marquesa de Rio Maior
(APEARP, Paço da Rainha, influência social)

Isabel, Condessa de Rio Maior
(ANSCA, influência social e política)

António, Marquês de Rio Maior
(SCML, Câmara dos Pares, influência política
e social)
José
(Câmara dos Deputados, influência social e política)

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Teresa
(APMP, Irmãs Dominicanas, influência social)

Isabel, Condessa de Rio Maior
(ANSCA, influência social e política)

ACÇÃO SOCIAL

CARIDADE
Maria, Marquesa de Rio Maior
(APEARP, Paço da Rainha, influência social)

António, Marquês de Rio Maior
(SCML, Câmara dos Pares, influência política
e social)

José
(Câmara dos Deputados, influência social e política)
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AGIR

(Pre)ocupações

“socorrer as pequenas pobres e as aulas

sociais

pedagógicas

externas e ensinar as ricas a tratar de
coisas sérias”

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AGIR

(Pre)ocupações

sociais

pedagógicas

Olhar à volta; Ver/Ler a realidade;
Procurar caminhos para resolver problemas
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A educação, nas escolas de Teresa de Saldanha, desenvolve-se em três
grandes áreas:

a) conhecimento científico, para a compreensão do mundo;
b) expressões artísticas, como meio de comunicar sentimentos e
convicções ou de apreender a beleza da vida;

c) exercício da cidadania, através da responsabilização individual
pelos próprios deveres na vida quotidiana e, especialmente, através
da responsabilização pessoal pelos outros.
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 O respeito pela pessoa, na sua individualidade, confere-lhe o direito
a ser conhecida e tratada pelo seu nome próprio e que se acredite nas
suas capacidades e competências;
 A educação tem de ser integral, considerar o educando como um
todo e, ao mesmo tempo, como pessoa única;
 Uma educação de qualidade exige relações interpessoais de
qualidade;
 As atividades lectivas carecem de adequada preparação e terão em
conta as características próprias daqueles a quem se destinam.
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 a proposta de valores: gosto pelo estudo e pelo trabalho, alegria,
amizade, criatividade, exigência, disciplina, procura da verdade,
capacidade de acolhimento, estabelecimento de relações cordiais...;
 ...uma pedagogia guiada pela afectividade e pelas relações
interpessoais de confiança e de amizade.

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Com Teresa de Saldanha no Externato de São Domingos:
um modo próprio de educar?

Helena Ribeiro de Castro, PhD
hribeiro.castro@gmail.com

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