1. A SOCIOLOGIA NO BRASIL
Um olhar sobre o desenvolvimento
sociológico brasileiro
2. OS PRIMEIROS TEMPOS
• Carta de Pero Vaz de Caminha – primeiros
relatos escritos sobre o Brasil – mostra
aspectos geográficos, mas também apresenta
algumas características dos povos contatados.
• A educação servia, no período colonial, para
repassar e reafirmar a cultura e os valores
europeus,marcado pela religião,
principalmente com a presença dos jesuítas.
3. OS PRIMEIROS TEMPOS
• O desenvolvimento do pensamento
sociológico no Brasil obedeceu às condições
de desenvolvimento do capitalismo e da
inserção do país na ordem mundial,como
resultado de um longo processo que teve
como suporte as condições sócio-históricas do
capitalismo na Europa, a partir do
Renascimento.
4. Período Colonial
• A cultura religiosa foi um importante instrumento de
colonização.
• Implantou-se uma Cultura Erudita e Religiosa.
• Dominação da cultura européia.
• Presença da análise social na literatura e nos
desenhos e pinturas.
• Cultura Erudita e Religiosa - baseado na retórica e
em princípios universalizantes, seus efeitos foram
aniquilar a cultura indígena, submeter as populações
escravas e distinguir as camadas cultas
5. A cultura e as classes intermediárias no
século XVIII
• Surgiram novas ocupações:
• -comerciantes, artífices,criadores de
animais,funcionários da administração que
controlavam a extração de minérios e sua
exportação, e outras.
• Essa camada intermediária livre e sem
propriedades,precede o surgimento da burguesiaconsumidora da erudição da cultura européia.
6. A cultura da corte e o século XIX
• Destinava-se a descrever a colônia por meio de
estudos naturalistas, que recebiam o nome genérico
de história natural,e a recrutar, as classes
intermediárias, intelectuais, dispostos a servir à corte
e às classes dominantes.
• Continuava sendo uma cultura alienada, ditada pelas
formas européias, além de garantir o domínio do
poder imperial.
7. A cultura da corte e o século XIX
• Apesar dos movimentos intelectuais e
literários que tratavam de questões políticas e
sociais no Brasil, a terra e a nação surgiram
como objeto, como tema, nunca como
pensamento crítico desenvolvido a partir das
condições próprias da nação,caracterizava
uma forma de alienação, responsável pelo
tardio desenvolvimento da ciência no Brasil.
8. A contribuição literária no século
XIX
• Havia uma crítica social, busca de compreensão
da sociedade brasileira.
• Escritores como Castro Alves – descrevendo a
questão da escravidão; Machado de Assis com
uma releitura da sociedade urbana nascente;
mas o principal foi Euclides da Cunha, com a obra
Os Sertões, na qual descreve em uma análise
crítica, a região, o homem e a guerra de Canudos
como resultado do confronto entre o sertão e a
região litorânea.
9. DÉCADA DE 1930
• Surge como instituição científica com as primeiras publicações
específicas sobre a realidade brasileira.
• Fundação da Universidade de São Paulo - USP.
• O mundo passa pela crise econômica de 1929.
• Dualidade científica da visão sociológica: de um lado o interesse na
descoberta da brasilidade em oposição ao etnocentrismo europeu;
por outro, o desenvolvimento do nacionalismo como estudo das
diferentes situações sociais brasileiras e a valorização do
cientificismo.
• A Sociologia começou a ganhar uma identidade brasileira com a
publicação de trabalhos como Casa Grande & Senzala de Gilberto
Freyre, Formação Econômica do Brasil Contemporâneo de Caio
Prado Junior e também obras de Fernando de Azevedo e Sérgio
Buarque de Holanda.
10. A GERAÇÃO DE 30
• A década de 30 se norteou por algumas
preocupações gerais entre a intelectualidade:
• Interesse pela descoberta do Brasil verdadeiro, em
oposição ao Brasil colonizado e estudado sob a visão
etnocêntrica da Europa
• O desenvolvimento do nacionalismo, como
sentimento capaz de unir as diversas camadas
sociais.
12. A GERAÇÃO DE 30
• Surgiram os pensadores de direita, ideólogos
do integralismo, tais como Plínio Salgado, que
via com desconfiança não só o movimento
modernizador da sociedade como também o
liberalismo e o marxismo.
• Suas idéias conservadoras exaltavam a ordem,
a disciplina e a tradição, bem como o
autoritarismo do Estado.
13. A DÉCADA DE 40
• Na década de 40, o país adquiria consciência de sua
complexidade e de sua particularidade.
• Tudo favorecia a superação de uma cultura que
buscara sempre se identificar com as metrópoles
econômicas e culturais européias.
• As artes, a ciência se debruçava sobre o Brasil,
valorizando seus aspectos mais específicos e
minoritários.
14. A DÉCADA DE 40
• O pensamento sociológico, como forma de pensar a
nação brasileira e desenvolver uma consciência
crítica sobre nossa realidade, adquiriu nessa década
uma importância cada vez maior. As análises sobre
as desigualdades sociais, etnias, políticas
indigenistas, regionalismos, tradições, transição e
mudança extrapolaram os limites da disciplina e
foram incorporadas pela geografia, pela história e
até pela filosofia.
15. A DÉCADA DE 50
• A década de 50 é marcada por dois
importantes pensadores, responsáveis pela
formação de duas grandes correntes do
pensamento social brasileiro:
• -Florestan Fernandes
• Celso Furtado
16. A DÉCADA DE 50
• Florestan Fernandes, unia a teoria à prática, sendo o
que ele próprio chamava de “sociólogo militante”,
foi influenciado por Marx.
• Segundo Florestan, a sociedade podia ser estudada
pelos padrões ou estrutura, isto é, os fundamentos
da organização social pelos dilemas (conjunturas
históricas), que eram contradições geradas pela
dinâmica interna da estrutura.
17. A DÉCADA DE 50
• Florestan Fernandes é o principal ele entre uma
geração de importantes catedráticos e uma nova
geração que surgia nos anos 50.
• Suas grandes preocupações, no campo da sociologia,
além da reflexão teórica, foram o estudo das
relações sociais e da estrutura de classes da
sociedade brasileira, o capitalismo dependente e o
papel do intelectual.
18. A DÉCADA DE 50
• Celso Furtado foi o grande inovador do pensamento
econômico, não só no Brasil, como também em toda
a América Latina. É apontado como o fundador da
economia política brasileira.
• Propõe uma interpretação histórica da realidade
econômica e, em especial, do subdesenvolvimento,
entendidos como fruto de relações internacionais.
19. A DÉCADA DE 50
• Celso Furtado foi defensor da idéia de que o
subdesenvolvimento não correspondia a uma etapa
histórica das sociedades rumo ao capitalismo, mas se
tratava de uma formação econômica gerada pelo
próprio capitalismo internacional.
• A principal crítica que se faz a seu pensamento é ter
servido de ideologia para a burguesia nacional, em
especial, durante a política desenvolvimentista
adotada por Juscelino Kubitschek.
20. DARCY RIBEIRO E A QUESTÃO INDÍGENA
• Romancista, etnólogo e político, Darcy superou sua
formação acadêmica.
• Em seus estudos, a questão indígena relacionava-se
a uma ampla análise do desenvolvimento industrial e
do processo civilizatório a partir dos centros
hegemônicos, quer dentro do próprio país, quer a
partir das relações internacionais
21. DARCY RIBEIRO E A QUESTÃO INDÍGENA
• Sua atuação foi sempre a de um antropólogo
militante que, seguindo a linha marxista,
condenou toda ortodoxia, buscou as raízes
históricas da situação das populações
indígenas e procurou saídas estratégicas.
22. O GOLPE DE 1964
• O golpe militar de 1964 – implantou nova ditadura
no Brasil e teve como ideário o desenvolvimento
capitalista, o apoio ao capitalismo norte-americano e
a repressão às tentativas de transformação da ordem
estabelecida-teve duras repercussões junto ao
desenvolvimento das ciências sociais e à
estruturação desses cursos universitários no País.
• Vários pensadores foram proibidos de atuar,
exilados, presos, perseguidos. A Sociologia passou a
ser uma ciência proibida.
• Destaque para Fernando Henrique Cardoso
23. AS CIÊNCIAS SOCIAIS PÓS-64
• Nos anos 80, com a abertura política, surgem outros
partidos e antigas alianças se reproduzem sob nova
roupagem.
• Muitos cientistas sociais decidem deixar a cátedra
para ingressar na política propriamente dita.
• O PT ( Partido dos Trabalhadores) foi o que mais se
beneficiou com essa nova atuação de nossos
cientistas.
24. A SOCIOLOGIA NO ENSINO MÉDIO
• Desde de LDB 9394/96, última legislação da
educação brasileira, a Sociologia passou a
fazer parte do currículo escolar como
disciplina obrigatória, sofrendo algumas
alterações de carga horária.
• O objetivo é ampliar o conhecimento sobre a
realidade social, capacitando os jovens para
uma análise mais crítica da realidade,
fornecendo instrumentos científicos.