Ao longo da evolução humana, aconteceu apropriação e transformação da natureza: Satisfazer suas necessidades;
Em fusão a intensidade das atividades, produze-se perda ou redução de suas propriedades.
DEGRADAÇÃO DO SOLO NO BRASIL: CAUSAS, CONSEQÜÊNCIAS E SOLUÇÕES
1. DEGRADAÇÃO DO SOLO NO BRASIL: CAUSAS,
CONSEQÜÊNCIAS E SOLUÇÕES
Prof. Dr. Antônio Cesar Silva Lima
Mestrando: Hipolito Murga Orrillo
Orientador: Dr. Wellington F. Araújo
Co-orientador: Dr. Valdinar Ferreira Melo
2. INTRODUÇÃO
Um solo de qualidade dentro de um ecossistema, sustenta:
o A produtividade biológica;
o Qualidade do meio ambiente;
o Promove a saúde das plantas e dos animais.
2
3. Ao longo da evolução humana, aconteceu apropriação e
transformação da natureza: Satisfazer suas necessidades;
Em fusão a intensidade das atividades, produze-se perda ou
redução de suas propriedades. (CARVALHO e NETO, 2011)
Pressão antrópica
intensiva
Ação do homem
3
4. Cerri e Amaral (1998)
DEGRADAÇÃO
DO SOLO
Fatores
exógenos
Fatores
endógenos
Textura e
estrutura
Ações
antrópicas
EconômicoSocialBióticoMeio físico
IMPACTOS
Condições
climáticas
INTERAÇÃO
4
5. o Perda da fertilidade natural do solo;
o Contaminação de aqüíferos;
o Obstrução de cursos de água;
o Perda da capacidade de armazenamento de água;
o Etc. (GUERRA e JORGE, 2012).
Impactos
5
6. Guerra e Jorge (2012) No Brasil, se inicia com:
Processos de degradação
6
7. Guerra e Jorge (2012), abrange uma série de processos
complexos:
o Erosão hídrica e eólica (de desertificação);
o Movimentos de massa;
o Contaminação dos solos, (acidificação e salinização).
Processos de degradação
7
8. o Proporcionar informação sobre os efeitos ao longo do
tempo das ações antrópicas ocasionastes do processo de
degradação do solo, e as atuações repressivas adotadas até
o atualidade por parte do Brasil.
8
OBJETIVO
10. Mahar (1979), forças indutoras décadas 1970-1980:
o Pressões econômicas e demográficas dos fazendeiros;
o Incentivos fiscais;
o Os subsídios: Superintendência para o Desenvolvimento
da Amazônia (SUDAM).
Margulis (2003), depois de 1984:
o Mas em 1987, houve lucro da pastagem (carne bovina);
o Incentivos pelo governo escassos.
Desmatamento: 1970-1987
10
11. o A recessão econômica;
o Collor de Melo, confisca contas bancárias (03/1990);
o Liberado em pequenas prestações (posteriormente).
Desmatamento: 1987-1991
11FONTE: INPE, 2009
0
5
10
15
20
25
30
78 80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 00 02 04 06 08
Desmatamento(103km2ano-1)
ANOS (1978-2008)
12. Eleições municipais, em 1994 (reformas):
o Aumento de crédito agrícola;
o Recuperação econômica (1995);
o Alto índice da inflação (1996 e 1997).
Desmatamento: 1991-1997
12
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78 80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 00 02 04 06 08
Desmatamento(103km2ano-1)
ANOS (1978-2008)FONTE: INPE, 2009
13. Kaimowitz et al. (2004), em 2002, mercado internacional:
o Criação de gado (carne);
o Cultivo de soja;
o Implementação de políticas meio ambientais.
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78 80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 00 02 04 06 08
Desmatamento(103km2ano-1)
ANOS (1978-2008)FONTE: INPE, 2009
Desmatamento: 1997-2008
13
14. Equivale a 584 600 Km2 (7% do território total de Brasil )
Desmatamento acumulado
14
20.4
584.6
0
100
200
300
400
500
600
700
78 80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 00 02 04 06 08
103km2
ANOS (1978-2008)FONTE: INPE, 2009
15. Laurance et al. (2001), Cenários: Otimista 25%; pessimista
42%.
Prognósticos para o ano 2020
15
16. Nepstad et al. (2004), as aberturas no dossel, com à
ação do sol-vento:
o Resulta microclimas mais secos;
o Depois de várias queimadas, a área fica devastada.
Barbosa e Fearnside (1999), fenômeno El Niño, em
1997-1998, Roraima queimou aprox. 13.928 km2 .
Corte seletivo e queimada da floresta
16
19. Kichel et al. (1997), processo evolutivo de perda de vigor,
de produtividade, tornando-a incapaz de sustentar os níveis
de produção e qualidade exigidos pelos animais.
Degradação de pastagem
19
20. A baixa capacidade de suporte no período de estiagem,
contribui para acelerar o processo de degradação (SILVA et
al., 2004).
Degradação de pastagem
20
21. o Schaefer et al. (2002), ocorre perda de matéria orgânica,
e nutrientes como P, K, e Mg;
o Plantas mais superficiais, diminui as raízes: susceptível
a déficits hídricos e baixa capacidade de absorver
nutrientes.
Degradação de pastagem
21
22. O pastejo realizado em condições de umidade elevada,
maximiza a degradação física do solo (BETTERIDGE et
al., 1999).
Degradação de pastagem
22
23. Pastagem- Cabeças de gado
Segundo MAPA (2010):
163 milhões de ha de pastagem:
o 106 milhões de ha cultivadas;
o 57 milhões de ha nativas.
230 milhões de cabeças:
o 160 a 200 milhões de bovinos;
o 14 a 16 milhões de ovinos.
Estimativa de 20 a 40 milhões de ha
degradadas (EMBRAPA, 2011).
23
27. Angelini (2012), Por ocupação urbana e agrícola, no Brasil há
uma estimativa de que 200 milhões de ha estão degradadas;
MMA (2012), 140 milhões de ha de terras brasileiras estão
degradadas, da atividade agrícola e pecuária.
Degradação: Agropecuárias - Urbano
27
28. o A erosão acelerada é preocupação mundial, por
acarretarem enormes prejuízos de ordem física,
financeira e social;
o É o desprendimento, transporte e deposição das
partículas do solo: agentes a água e o vento;
o Brasil perde 30 milhões de dólares ao ano;
o A erosividade no Brasil: 3.116 - 20.035 mm ha-1h-1ano-1
Degradação: Pela erosão
28
(OLIVEIRA et al., 2010)
29. A mais comum no Brasil, é a forma mais prejudicial de
degradação, capaz de tornar insustentáveis os sistemas de
produção agrícola. (GUERRA e JORGE, 2012)
Erosão Hídrica
29
30. Cunha e Guerra ( 2006), condicionado por cinco fatores:
o Chuva;
o Solo;
o Cobertura e manejo;
o Topografia;
o Práticas.
A combinação desses fatores determina a intensidade e as
variações nas taxas de perda de solo.
Fatores da erosão hídrica
30
33. Movimento coletivo de solo e rocha, pela força da
gravidade (CROZIER, 1986);
Guerra e Jorge ( 2012), Fenômenos naturais, e induzidos
por ações antrópicas.
Tipos de erosão hídrica
33
Deslocamentos de massas
34. Processo de densificação, devido a que uma pressão
exterior é aplicada sobre o solo (VEIGA et al., 2007);
O tráfego de maquinarias agrícolas e pisoteio de animais
som as fontes geradoras dessas pressões.
COMPACTAÇÃO DO SOLO
34
35. Capacidade de campo é aumentado, mas a aeração, a
infiltração são reduzidas;
É por estas alterações, se gera a resistência do solo à
penetração das raízes (REICHERT et al., 2009).
Dinâmica da solo-água-planta
35
37. Em resultado dos conflitos de uso da terra, por atividades
que não respeitam a capacidade de uso do solo;
Surge o Sistema de Capacidade de Uso das Terras
(SCUT), por Klingebiel e Montgomery (1961):
o Para o Serviço de Conservação do Solo dos EUA.
Sistema de capacidade de uso das terras
37
38. No Brasil, foi adaptado e divulgado por Lepsch (1983).
Telles et al. (2011), para isso é importante investigar:
o Tipo de solo;
o Localização;
o Extensão;
o Planejamento e adequação de uso;
o Identificação dos efeitos do mau uso.
SCUT : No Brasil
38
39. Campos et al. (2010), ferramenta que imprime caráter
seletivo, racionalizador e de orientação ao uso das terras;
Pode garantir ao alto retorno financeiro, além de proteger
os recursos naturais da degradação.
SCUT: No Brasil
39
40. Controlado pela repressão, através de
licenças, fiscalizações e multas;
EMBRAPA (2011), no 2000 Fundação Estadual do Meio
Ambiente Mato Grosso (FEMA). incluindo a impressão
de imagens de satélite e multas.
Desaceleração do desmatamento
40
42. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(INCRA), nas décadas 1980 e 1990, exige que os novos
assentamentos sejam alocados em áreas desmatadas
(FEARNSIDE, 2001).
Título e reformas de assentamento
42
43. o Protocolo de Kyoto, em
1997;
o Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo
(CDM) compromisso do
protocolo (2008-2012).
Serviços ambientais
A manutenção da biodiversidade, o estoque de carbono e a
ciclagem da água:
43
44. Gráfico. Evolução do Financiamento Rural (em R$ bilhões)
Fonte. Plano Agrícola e Pecuário: 2012-2013
Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR)
44
45. o Agricultura de Baixo Carbono (ABC);
o Programa de Modernização da Agricultura e
Conservação dos Recursos Naturais (MODERAGRO);
o Programa de Desenvolvimento Cooperativo para
Agregação de Valor à Produção Agropecuária
(PRODECOOP)
Plano Agrícola e Pecuário: 2012- 2013
Políticas de produção sustentável
45
46. Compromisso do Brasil na Conferência da ONU sobre
Mudanças Climáticas, 2009 – Copenhague:
o Governo estimula à implantação e ao desenvolvimento
de sistemas produtivos agrícolas ambientalmente
sustentáveis: Priorizando Programa a recuperação de
áreas e pastagens degradadas.
46
47. Contempla objetivos para a safra 2012-2013, no valor
de R$ 3,4 bilhões.
o Preservação e recomposição de áreas de preservação
permanente e de reserva legal;
o Implantação de sistemas orgânicos de produção
agropecuária;
o Redução do desmatamento, mediante a ampliação
das atividades agropecuária e agroflorestal em áreas
degradadas ou em processo de recuperação. 47
49. Conta com R$ 2 bilhões para apoio financeiro:
o Produção;
o Beneficiamento;
o Industrialização e armazenagem (produtos) ;
o Adequação sanitária; e
o Recuperação de solos.
49
50. o A heterogeneidade das crescentes necessidades e
procuração da satisfação destas mesmas, o homem faz
pressão desatinada sobre o único ativo que tem a
humanidade que é nosso planeta, provocando muitas
vezes alterações irreversíveis;
o As atividades agropecuárias sem planejamento adequado
em um pais como o Brasil, com condições edafo-
climáticas especiais, é suscetível á degradação de solos de
maneira progressiva.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
50
51. o Os conhecimentos sobre à degradação de solos no Brasil, é
relevante, pois possibilita geração de instrumentos de
planejamento estratégico e gestão adequados ao território;
o A implementação das políticas publicas de recuperação das
áreas degradadas com suporte financeiro são essenciais, no
uso razoável e sustentável dos solos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
51
52. o BRASIL. Decreto nº 97.632, de 10 de abril de 1989. Dispõe sobre a regulamentação do artigo 2º, Incisso VII, da
Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Brasília, 1989. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D97632.htm>. Acesso em: 16 jun 2012.
o CARVAJAL, G. F. Análise da relação chuva-escorregamento em regiões tropicaismontanhosas urbanas, caso de
estudo Rio de Janeiro, Brasil. Universidade de Brasília. Brasília, p. 136. 2011.
o EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUARIA. Manual de Métodos de Análise de Solo. 2ª. ed.
Rio de Janeiro: [s.n.], 2012.
o FERREIRA, V. M. et al. Influência antrópica e atributos do solo: inter -relações em ambientes de voçorocas na
mesorregião Campos das Vertentes, MG. Geografia, Rio Claro, v. 36, p. 209-219, jan/abr 2011.
o GUERRA, A. J. T.; JORGE, M. D. C. O. Geomorfologia do Cotidiano - A degradação dos solos. Revista
Geonorte, Manaus, v. 4, n. Especial, p. 116-135, junho 2012.
o INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Mapa Político -administrativo do
Brasil. Escala 1:5.000.000. 2004. Disponível
em<ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas_tematicos/mapas_murais/brasil_2004.pdf> . Acesso em 27 ago 2012.
o INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS (IBAMA). Vegetação Nativa
do Estado de Minas Gerais. Escala 1:1.000.000. 2007. Disponível em <
http://siscom.ibama.gov.br/index.php?page=inicio>. Acesso em 27 ago 2012.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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