4. • O Antigo Império Gana teve seu apogeu entre os
anos 700 e 1200 d.C. Acredita-se que o
florescimento desse império remonte ao século
IV. Fundado por povos berberes, segundo uns, e
por outros, por negros mandeus, mandês ou
mandingas, do grupo soninkê ou soninké. O
antigo nome desse império era Uagadu, que
ocupava uma área tão vasta quanto à da
moderna Nigéria e, incluía os territórios que hoje
constituem o Mali ocidental e o sudeste da
Mauritânia.
5. • Kumbi Saleh foi uma das suas últimas capitais.
Segundo relatos históricos, o Antigo Império
de Gana era tão rico em ouro, que seu
imperador, adepto da religião tradicional
africana, tal como seus súditos, eram
denominados “o senhor de ouro”.
6. • Com a concorrência de outras potências no
comércio do ouro, o Antigo Império Gana
começou a declinar. Até que, por volta de
1076 d.C., em nome de uma fé islâmica
ortodoxa, os berberes da dinastia dos
almorávidas, vindos do Magrebe (norte da
África – África Branca), atacam e conquista
Kumbi Saleh, capital do Império de Gana.
7.
8. • Gana foi provavelmente fundado durante os anos
300. Desde essa data até 770 os seus governantes
constituíram a dinastia dos Magas, uma família
berbere, apesar do povo ser constituído por
negros das tribos Soninque. Em 770 os Magas
foram derrubados pelos Soninques, e o império
expandiu-se grandemente sob o domínio de Kaya
Maghan Sisse, que foi rei cerca de 790.Nessa
altura o Gana começou a adquirir uma reputação
de ser uma terra de ouro. Atingiu o máximo da
sua glória durante os anos 900 e atraiu a atenção
dos Árabes.
9. • Depois de muitos anos de luta, a dinastia dos
Almorávidas berberes subiu ao poder, embora
não o tenha conservado durante muito
tempo. O império entrou em declínio e em
1240 foi destruído pelo povo de Mali.Os
soninkés habitavam a região ao sul do deserto
do Saara.
10. • Este povo estava organizado em tribos que
constituíam um grande império. Este império
era comandado por reis conhecidos como
caia-maga. Viviam da criação de animais, da
agricultura e da pesca. Habitavam uma região
com grandes reservas de ouro. Extraíam o
ouro para trocar por outros produtos com os
povos do deserto (bérberes). A região de
Gana, tornou-se com o tempo, uma área de
intenso comércio
11.
12.
13. • Os habitantes do império deviam pagar
impostos para a nobreza, que era formada
pelo caia-maga, seus parentes e amigos. Um
exército poderoso fazia a proteção das terras e
do comércio que era praticado na região.
Além de pagar impostos, as aldeias deviam
contribuir com soldados e lavradores, que
trabalhavam nas terras da nobreza.
17. • O Reino de Mali era, no começo, uma região
do Império de Gana habitada pelos
mandingas. Era composto por 12 reinos
menores ligados entre si, e tinha como capital
Kangaba. Os mandingas chamavam seu
território de Manden (= terra dos mandingas).
18. • Após anos de guerras entre os soninquês de Gana e os
almorávidas (século Xi), e depois das guerras com os
sossos (século XII), Mali conseguiu sua independência e
adotou o islamismo. E, apesar de passar por um
período de crise política e econômica, conseguiu se
restabelecer e, em 1235, os mandingas de Mali
conquistaram o território do antigo Império de Gana,
sob a liderança de Maghan Sundiata, que recebeu o
título de Mansa, que na língua mandinga significa
"imperador".
19.
20.
21. • Ao contrário do Império de Gana, que
somente se preocupava em manter os povos
dominados, a fim de controlar o comércio
regional, o Império de Mali se impôs de forma
centralista, estabelecendo fronteiras bem
definidas e formulando leis por meio de uma
assembleia chamada Gbara, composta por
diversos povos do império.
22.
23. • A aplicação da justiça era implacável, tanto
que vários viajantes se referiam aos povos
negros como "os que mais odeiam as
injustiças - e seu imperador não perdoa
ninguém que seja acusado de injusto".
Acredita-se que o Império de Mali tivesse a
extensão da Europa Ocidental.
24.
25. • O Império de Mali se tornou herdeiro do Império
de Gana, pois passou a controlar todo o comércio
local. O ouro extraído por Mali sustentava grande
parte do comércio no Mediterrâneo. Conta-se
que, entre 1324 e 1325, Mansa Mussa, em
peregrinação a Meca, parou para uma visita ao
Cairo e teria presenteado tantas pessoas com
ouro, que o valor desse metal se desvalorizou por
mais de 10 anos.
31. • Também sob o reinado de Mussa, a cidade de
Timbuktu (ou Tombuctu) se tornou uma das mais ricas
e importantes da região. Sua universidade era um dos
maiores centros de cultura muçulmana da época, e
produziu várias traduções de textos gregos que ainda
circulavam nos séculos 14 e 15. A grandiosidade de
Timbuktu atravessou os tempos e, no século 19,
exploradores europeus se embrenharam pelos
caminhos africanos, seguindo o rio Níger, em busca da
lendária cidade.
32. • O Império de Mali entrou em decadência a
partir do final do século 14, em função das
disputas políticas internas e das incursões dos
tuaregues (povo berbere), sendo
conquistado, no século 15, pelos songais
(povo africano até então dominado por Mali).
Foi nesse mesmo século que os
portugueses, em pleno processo de expansão
marítima, conheceram o já decadente Mali.
41. • Este era o nome de um grande império que,
muito antes da chegada dos portugueses,
ocupava a região do atual Zimbabue e que
estendia as suas relações até às costas de
Sofala e de Moçambique. Com o
desenvolvimento do comércio costeiro, a
população autóctone começou a explorar os
depósitos de cobre e de ouro da região. A
exploração mineira tornou-se, assim, a sua
principal atividade econômica.
42.
43.
44. • A importância do ouro do Monomotapa no
comércio da costa oriental africana constituiu,
durante século XII, um fator primordial para a
fixação de mercadores árabes vindos da região
do Golfo Pérsico. Depois, no final do século
XVI, foi o mesmo ouro que levou os
portugueses para as terras de Sofala e de
Moçambique.
45. • As famosas ruínas do Grande Zimbábue, perto
da moderna cidade de Masvingo (que já se
chamou de Forte Vitória), simbolizam uma das
mais notáveis transformações . Elas são
famosas tanto pela excelência de sua
arquitetura quanto pelas teorias extravagantes
que cercam sua origem.
46. • Hoje, todos os estudiosos sérios consideram que
o Grande Zimbábue foi uma realização
essencialmente africana, construído com material
e segundo princípios arquitetônicos
desenvolvidos durante muitos séculos. Por outro
lado, porém, as causas últimas para o surgimento
da organização econômica, política e religosa que
deu origem a este sítio, e outros análogos
existentes entre os rios Zambeze e
Limpopo, permanecem envoltas em mistério.
47.
48. • Os vestígios da ocupação do Grande Zimbábue
no começo da Idade do Ferro limitam-se aos
estratos inferiores da longa seqüência cultural
que aparece na colina chamada Acrópole
(Acropolis Hill), que domina o Grande Cercado
(Great Enclosure), certamente a mais
impressionante das construções do Grande
Zimbábue, e a mais uns restos de cerâmica
espalhados pelo vale que fica abaixo.
49.
50.
51. • Nas ruínas, distinguem-se três importantes construções:
um templo oval cercado por uma muralha de 2,5 km com
9m de altura e 4,5m de largura; no interior da muralha
erguem-se duas torres, a maior, com 10m de altura; e
mais, uma fortaleza e casas. A pesquisa arqueológica e
histórica também encontrou objetos de ouro, cobre,
bronze, jóias, marfim e gemas preciosas, alguns destes,
oriundos da Índia e da China, esculturas de pedra e
desenhos. Havia 58 cidades de pedra espalhadas por todo
o império. Os Monomotapa haviam alcançado uma
sofisticada técnica de construção em pedra e os objetos
de origem estrangeira indica que havia intercâmbio com
povos muito distantes
59. • Também chamado Songai, ou Sonrai, é um
antigo reino da África Ocidental que se
estendia pelas margens do Níger. Foi fundado
por um chefe berbere da Líbia, Za el-
Ayamen, no século VII na região de Gao, ao
fugir dos árabes, tendo-se estabelecido em
Kukia (a sul de Gao) e impondo a sua
autoridade às populações
autóctones, pescadores e caçadores.
60.
61. • A partir do século XI (c. 1010), os reis que
viviam em Kukia estabeleceram-se em Gao e
converteram-se ao islamismo, ainda que a
maior parte dos súditos permanecesse pagã
até ao final do século XV.
No século XI, este reino estendia-se ao longo
do rio (de Timbuctu a Niamey), passando no
final do século XIII a ser dominado pelo
Império do Mali.
62.
63.
64. • No século XV, a decadência do império Mali
permitiu o ressurgimento do reino Songhai,
que invadiram a capital capital do Mali em
1400, sob o comando do rei de Kukia, Ma
Dogo, permitindo, no final do século XV, que o
novo reino de Songhai conhecesse um grande
desenvolvimento levado a cabo por dois reis:
Sonni Ali (1464) e por Ali Ber (1492).
65. • Pouco adepto do islamismo, Ali Ber persseguiu os
Peules e os Tuaregues para defender a civilização
dos negros africanos contra os estrangeiros.
Apoderou-se de Timbuctu, Djenné e da região
dos Lagos e controlou as minas auríferas do Bito
e a navegabilidade do Níger. Morreu em
combate, sendo seu sucessor um dos seus
generais, Mohammed Touré (1493-1528),
fundador da dinastia muçulmana dos Askias,
convertendo, finalmente desta forma, o reino
Songhai ao islamismo.
66. • ao islamismo.
Em 1496 este rei organizou uma peregrinação
a Meca, onde obteve o título de califa.
Foi durante o seu reinado que o reino Songhai
alcançou o seu apogeu.
Em 1591, este reino acabou por desaparecer
nas mãos do sultão de Marrocos Ahmed el-
Mansur que se instalou em Timbuctu e
acabou com o reino Songhai.