O documento discute conceitos estéticos da Idade Média, incluindo definições de arte, beleza e criatividade por pensadores como Tomás de Aquino e Agostinho de Hipona. A beleza era vista como proporção, número e ordem que imitam a perfeição da criação divina. A arte buscava representar conceitos espirituais por meio de símbolos visuais em obras como manuscritos iluminados e vitrais de catedrais.
2. • Arte Evangelho Ebo, São Marco, S.IX De techne a artifex Aspecto cognoscitivo e produtivo: “ a arte é o princípio do fazer e da reflexão sobre as coisas a fazer.” (Eco, 2010) Tomás de Aquino, S. XIII: reto ordenamento da razão Scoto Erigena, S. IX: reta ideia daquilo que vai se produzir (Tatarkiewicz, p. 86 1996) Saleiro, metade S.XIII, França Saltério de Ultrech, 813-35 realizado em Reims, Poeta ou santo recebe inspiração divina
7. Novo Testamento João, Monastério de São Martin, Tour, S. IX, Detalhe de nicho em mesquita de Isfahan, 1618 Iran A imagem como representação da palavra
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9. Livro de Kells, 806, monastério de Kells Iona Irlanda sobre os 4 evangelhos Boecio, S. VI: beleza é commensuratio partium Agostinho: “ só a beleza agrada e na beleza, as formas e nas formas, as proporções e nas proporções, os números .” Modus, species et ordo – número, espécie e ordem Roberto Grosseteste: toda beleza consiste na identidade das proporções. Música: Hugo de São Vitor, S. XII “ todos os ritmos são agradáveis e o movimento rítmico surge exclusivamente do número ” Ideia de perfectum : Pulchurm et perfectum idem est O Cânon de Policleto tornou-se dogma Galeno, S. II: “o belo surge pouco a pouco de muitos números” ( Viperiano, 1579, Tratado de poética) (Tatarkiewicz, p. 159, 1996)
10. Fra Angelico Anunciação, 1450, afresco San Marco, Florença Simoni Martini, detalhe Anunciação, 1333 Beleza aparência do Bem: metafísica, transcendental Kalokagatia – ético e estético Grosseteste: bem e belo diferem in ratione (lógicamente) Summa Fratis Alexandri (1245): bem e belo diferem in intetione : O bem é causa final - ético O belo causa formal – estético Os valores éticos se fundamentam em valores estéticos ECO,2010, Leitura pag. 36-38 Beleza quantitativa: qualidade abstrata Beleza transcendental
11. Opus Anglicanum, S. XV, Inglaterra Aquamanile, 1400, Nuremberg Alemanha Beleza da adequação ao fim, funcional e simbólico ECO, 2010, leitura p. 88
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13. “ Com a distinção entre arquétipo e imagem, ele (o ícone) oferece o modelo de uma economia distributiva. Esse é o gesto que o poeta de Aristóteles imita , e é o gesto que o artesão de ícones reproduz em seu trabalho. Desse modo a mediação de Cristo, imagem natural é fundadora do ícone, imagem artificial. Hierarquia de signos sem a qual nenhuma mimese seria possível” (Cauquelin, 2007, p. 72-73) Cristopantocrator, mosaico, Igreja Dormition, 1080 Grécia
14. Espelho das Virgens, manuscrito s. XIII Tomás de Aquino: Uma obra da natureza parece obra de uma inteligência, porque através de certos meios aspira a certos fins, e nisso, precisamente, a arte a imita”. (Phys. II.4, apud TATARKIEWITCZ, 1996)
15. Pietro Lorenzetti, monges carmelitas, Pinacoteca Siena, Itália, metade S. XIV A representação fica cada vez mais complexa em termos de espaço e temporalização
19. Da poética pintada à pintura poética Giotto, A entrada em Jerusalém, Capela Scrovegni, Padua, 1305
20. Bibliografia CAUQUELIN, Anne. Teorias da arte . São Paulo: Martins Fontes, 2005. CAUQUELIN, Anne. A invenção da Paisagem . São Paulo: Martins Fontes, 2007. GOMBRICH, E. H. A História da Arte. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1999. 16ª ed. JANSON, H. W. História Geral da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 2001. HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura . São Paulo: Martins Fontes, 2000. ECO, U. Arte e Beleza na Estética Medieval . Editora Record, 2010. ___, _. História da Beleza . Editora Record, 2005. TATARKIEWCZ, W. Historia de seis ideas . Madrid: Tecnos, 1996. Webteca Victoria and Albert Museum, vídeo dos Evangelhos de Lorsch . Série de vídeos sobre a geometria sagrada (em inglês)