O documento descreve o Turbo Pascal, incluindo seus componentes principais como o editor de programas e compilador. Também explica como verificar e executar programas no Turbo Pascal, além de apresentar noções básicas sobre a linguagem Pascal como cabeçalhos, declarações, instruções, tipos de dados e estruturas de controle.
2. Turbo Pascal
Existem versões do turbo Pascal para o Dos e
para o Windows.
Em qualquer dos casos, os seus componentes
principais são:
- Editor de programas – onde se escrevem e
testam os programas.
- Compilador – Faz a tradução do programa, isto
é, traduz o código-fonte em código executável
3. Para trabalhar com o programa Turbo Pascal,
basta entrar no ambiente de trabalho e
seleccionar a opção que se pretende.
File – Open
- Save, etc.
Para verificar se o programa está bem escrito,
de acordo com as regras de sintaxe da
linguagem e do compilador, podemos fazer um
teste de compilação ou tentar correr o programa
Turbo Pascal
4. Verificar, compilar e correr o programa
Para compilar o programa, sem o fazer correr,
utiliza-se o comando Compile ou F9.
Para correr o programa, utiliza-se o comando
Run ou Ctrl F9.
O programa só começa a correr se não existir
nenhum erro, se existir o compilador pára no
primeiro erro que encontrar e indica uma
mensagem correspondente ao erro encontrado
5. Para correr no Turbo Pascal para Windows um
programa criado no turbo pascal para ms-dos,
deve escrever-se no inicio do programa a
seguinte declaração:
Uses WinCrt;
Esta declaração é imprescindível para o programa
poder utilizar as janelas próprias do windows, na sua
escrita de mensagens e interacção com o utilizador no
ecrã do computador
6. Noções básicas de Pascal
Um cabeçalho – constituído pela palavra
Program seguido do nome do programa
Declarações – constituído pela declaração de
variáveis e outros elementos necessários ao
programa
Instruções – Este é o bloco principal do
programa, é constituído pelas instruções,
estruturas de controlo e sub-programas.
Um programa é constituido por:
7. Instruções básicas
Cabeçalho
Program nome
Parte declarativa
Var nome_das_variáveis : Tipo_variável;
Parte de instruções
Um programa em Pascal começa com a palavra Begin e
termina com a palavra End
Dentro deste define-se todas as instruções
necessárias para executar o programa.
8. Instruções de escrita – Começam com a
palavra Write (escrever)
Instruções de leitura – Começam com a
palavra Read (ler)
Instruções de atribuição – Estas instruções
utilizam o operador := (operador de atribuição,
equivalente ao sinal igual numa operação
matemática)
Instruções de escrita, leitura e atribuição
9. Caracteres especiais
Lista dos caracteres mais frequentes:
; (ponto e virgula) – é um dos caracteres
utilizados com maior frequência num
programa, como indicador de separação entre
duas instruções;
, (virgula) – tem função de separar diferentes
elementos dentro de uma lista de
identificadores ou argumentos.
( ) (parênteses) – Servem para englobar o/ou
os argumentos a considerar.
10. ‘ (apóstrofe) – usado para delimitar caracteres ou
uma string;
{ } (chavetas) – para incluir comentários no
programa;
(* …*) (parênteses e asterisco) – caracteres que
também podem ser usados para incluir
comentários num programa;
:= (dois pontos e igual) – operador de atribuição;
+ - * / operadores aritméticos.
NOTA : Nos programas devemos sempre utilizar
comentários, pois isso facilita a sua leitura.
11. Exemplo de um programa em Pascal
Programa, em Pseudocódigo, que calcula a área
de um rectângulo.
Inicio
Escrever (“Qual o comprimento”);
Ler (comp);
Escrever (“Qual a largura”);
Ler (larg);
area comp * larg;
escrever (“area = “, area);
fim
12.
13. Exercícios
Converta para Pascal os seguintes algoritmos:
1 - Calcula o dobro de um número.
2 – Soma 2 números e multiplica o resultado pelo
primeiro número.
3 – calcula a média de 4 notas.
17. Constantes e Variáveis
Constantes – É um valor definido no inicio do
programa, esse é inalterado ao longo de todo o
programa.
Sintaxe:
Const nome=valor;
Ex: Const Pi=3.14;
Variáveis – Estas como já vimos são muito
importantes nos programas pois é através delas
que as instruções manipulam os valores que
podem variar com o decurso das operações
18. Sintaxe: VAR nome_variavel : tipo_variavel;
Exemplos:
Var nome:string;
idade:integer;
peso,altura:real;
Neste caso definimos três tipos de variáveis:
Nome é do tipo string – aceita uma cadeia de caracteres
Idade é do tipo inteiro – aceita números inteiros
Peso e altura é do tipo real – aceita números reais
Nome:=“Maria”;
Idade:=4;
Peso:=22.0;
Altura:=0.64;
Instruções de atribuição às
variáveis declaradas.
19. Tipos de dados
Integer – É um subconjunto dos inteiros (que
constituem como se sabe um conjunto infinito).Os
inteiros deste conjunto utilizam 2 bytes para a sua
representação e variam entre [-32 768, +32 767].
Para definir um inteiro padrão em Pascal utilizam-se
2 bytes, ou 16 bits. Se fizermos as contas com 16
bits podemos codificar 2 elevado a 16 números, ou
seja 65 536. Dividindo em 2 partes uma para
negativa e outra para positiva não esquecendo do
zero dá-nos o intervalo apresentado
20. Longint – Um tipo de inteiros maior que utiliza 4
bytes ( em vez dos 2 anteriores) o que permite
definir 2 elevado a 32 (32 é o nº de bits
correspondente a 4 bytes), isto traduz-se no
intervalo:
- 2 147 483 647 a + 2 147 483 647
Word – Um conjunto de inteiros definido por 2
bytes, que só aceita os números positivos:
o intervalo vai de:
0 a +65 535
21. Shortint – um tipo inteiro menor, que utiliza
apenas 1 byte. O intervalo vai de: -127 a +128
Byte – também só utiliza 1 byte, e é constituído
só por 0 e nº positivos. O intervalo vai de:
0 a +255
Estes tipos de dados utilizam-se para
economizar memória, e só devem ser utilizados
quando sabemos que os valores que vamos
utilizar não ultrapassam esses limites.
22. Real – Este tipo representa números que podem
utilizar partes decimais e expoentes. O intervalo
varia de :
-38 38
2.9 x 10 a 1.7 x 10 (para positivos)
-39 38
-2.9 x 10 a 1.7 X 10 (para negativos)
23. Char – Corresponde a caracteres individuais. Os
caracteres disponíveis são todos os caracteres
da tabela ASCII.
Este tipo de dado aceita qualquer tipo de
caracter, mas apenas um de cada vez.
Existe uma função em Pascal que converte um
nº inteiro para o caracter da tabela ASCII é a
função CHR.
Exemplo:
writeln (chr(65));
Escreve no ecrã a letra A .
24. String – Estas variáveis utilizam uma cadeia de
caracteres. São mais adequadas ao
manuseamento do texto, a instruções de leitura,
escrita e atribuição.
Exemplo:
nome := ‘maria’;
Booleano – Estes dados assumem apenas dois
valores verdadeiro ou falso (True ou False).
25. Instruções de escrita
Write ou writeln – Têm como função escrever no
ecrã do computador uma determinada
mensagem.
Write – O cursor permanece na mesma linha
depois da mensagem introduzida.
Writeln – O cursor muda para uma nova linha
depois da mensagem introduzida
Se digitar writeln sem nenhum argumento o
cursor escreve uma linha em branco.
26. Exemplos da instrução Write:
write (‘ola’); escreve olá
write (‘área = ’ , area); escreve area=valor
write (‘área = ‘, comp*larg); escreve area=valor
(esse resulta da multiplicação dos valores lidos)
write (‘área =’ , area:5:2); escreve area=valor ,o 5:2
indica que a variável é escrita em 5 espaços,
incluindo 2 casas decimais
27. Instruções de leitura
Read ou readln – Aqui incluem-se os valores
das variáveis introduzidas pelo utilizador e que o
programa vai ler.
Se utilizar readln sem qualquer variável obriga o
utilizador a digitar Enter para poder continuar.
Não se esqueça que o read ou readln não aceita
mensagens, apenas variáveis.
28. Instruções de atribuição
Uma instrução de atribuição – é uma instrução
que faz com que uma variável receba um valor
directamente por código e não por input do
utilizador. Representa-se por :=
29. Expressões, operadores e operandos em
Pascal
Operadores aritméticos:
+ , - , * , / , div e mod
Operadores relacionais ou comparativos:
= , < , > , >=, <=, <> e IN (incluido em)
Operadores lógicos:
not, and e or
30. Algumas funções predefinidas no Pascal
Funções Designação Tipo de
argumento
Tipo de
resultado
Sqr (x) Quadrado de x Inteiro ou
real
Inteiro ou
real
Sqrt(x) Raiz quadrada
de
Inteiro ou
real
real
Exp(x) Exponencial de
x
Inteiro ou
real
real
Odd (x) Avalia se x é
impar
inteiro booleano
31. Funções Designação Tipo de
argumento
Tipo de
resultado
Ord (x) Determina o
ordinal de x
ordinal inteiro
Chr (x) Carácter ascii inteiro caracter
Eoln (x) Avalia o fim de
linha
booleano
Eof(x) Avalia fim do
ficheiro
booleano
maxint Indica maximo
inteiro
inteiro
32. Funções Designação Tipo de
argumento
Tipo de
resultado
Abs (x) Valor absoluto
de x
Inteiro ou
real
Inteiro ou
real
Round (x) Valor
arredondado de
x
real interiro
Trunc (x) Valor truncado
de x
real inteiro
Pred (x) Predecessor de
x
ordinal ordinal
Succ (x) Sucessor de x ordinal ordinal
33. Exercícios
Elabore um programa que indique o valor absoluto,
arredondado e o truncado de
a = -1.25 e b = 1.74
Elabore um programa que calcule o quadrado de 3,
a raiz quadrada de 9, este só poderá aceitar 5
espaços sendo um deles uma casa decimal
Elabore um programa que indica qual o caracter da
tabela ascii com o nº 65, e indica qual o ordinal,o
caracter anterior e o posterior e indica também o
maior inteiro.
39. Estruturas de controlo
São poucos os programas que só utilizam instruções
básicas ou comandos simples. Em programação
necessitamos de outros tipos de comandos ou
instruções, que nos permitem fazer programas com
maiores potencialidades.
As estruturas de controlo permitem-nos controlar o
fluxo das acções de um programa.
São elas que por exemplo decidem que acções
podemos executar entre 2 ou mais alternativas, ou
então executar repetidamente uma determinada
acção ou conjunto de acções.
40. As estruturas de controlo dividem-se em:
Estruturas de decisão ou selecção
Com base numa condição (IF…THEN…ELSE)
Com base num selector (CASE…OF…)
Estruturas de repetição ou ciclos
Com base numa condição no inicio ou no final do ciclo
(WHILE…DO…) (REPEAT…UNTIL…);
Com base num contador (FOR…TO…DO…)
Estruturas de controlo