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Volume 3‫ ׀‬Número 2‫׀‬Abril-Junho de 2013

REVISTA CITINO

Periódico da Associação Nacional Hestia de
Ciência, Tecnologia, Inovação e Oportunidade
Abril-Junho de 2013
Volumes publicados
Edição: Volume 3‫ ׀‬Número 2‫ ׀‬Abril-Junho de 2013

Abril - Junho de 2013

Neste lançamento, artigos de revisão e textos originais em
fármacos e medicamentos e embalagens. A figura da capa é
uma simulação 3D, desenvolvida no software Sketchup.
Refere se a uma embalagem vítrea para capsicum baccatum
inspirada nas formas da Pimenta Cambuci. Esta imagem foi
obtida na Universidade do Estado de Mato Grosso,
UNEMAT, pelos pesquisadores Carlos Eduardo Soldá e Ana
Paula Livero Sampaio.
Abril-Junho de 2013

Revista aberta,
organizada pela
Associação Nacional
Instituto Hestia de Ciência e Tecnologia

Abril - Junho de 2013

Revista Citino
Associação Nacional Hestia
Travessa Campo Grande, 138- Bucarein
CEP 89202-202 – Joinville – SC – BRASIL
Fax: 47 4009-9002
e-mail: citino@hestia.org.br
CONSELHO EDITORIAL
CORPO EDITORIAL
Prof. Dr. Etney Neves – HESTIA e UNEMAT
Editor
Profª. Luciana Reginato Dias – UFSC
Revisora da redação em Língua Portuguesa
Profª. Judith Abi Rached Cruz – UNEMAT
Revisora da redação em Língua Inglesa
Prof. Marcelo Franco Leão – IFMT e UNEMAT
Assessor de Arte Final em Textos e Ilustrações
Ana Paula Lívero Sampaio – HESTIA
Assessora de Arte Final em Gráficos e Figuras
CONSULTORES EDITORIAIS
Prof. MSc. Adauto Farias Bueno – UFMT
Prof. Dr. Alexandre Mikowski – UFSC
Dra. Claudia Cristiane Camilo – USP
Profa. Dr. Claudia Roberta Gonçalves – IFMT
Prof. MSc. Cristiano José de Andrade – UNICAMP
Eng. Eduardo Soares Gonçalves – UNEMAT
Prof. Dr. Fabrício Schwanz da Silva – UNEMAT
Profa. Dr. Karla Regina Pereira – HESTIA
Prof. MSc. Luciano Matheus Tamiozzo – UNEMAT
Prof. Dr. Luiz Carlos Ferracin – HESTIA
Profa. Dra. Mariana Beraldo Masutti – CPEA
Eng. Osny do Amaral Filho – HESTIA
Prof. MSc. Paulo Sérgio Costa Lino – UNEMAT
Esp. Soraia Cristine Lenzi – HESTIA
Profa MSc. Thereza Cristina Utsunomiya Alves – IFMT

Abril - Junho de 2013

Prof. Dr. Rodrigo Tognotti Zauberas – UNIMONTE
GLOSSÁRIO
SEÇÃO EMBALAGENS – design e marketing associados à ciência e tecnologia de
materiais para embalagens inovadoras de alimentos, estudo de efeitos protetores da
embalagem ao alimento ou reações químicas do material ou alimento correlacionado
com sua embalagem.

Abril - Junho de 2013

SEÇÃO FÁRMACOS E MEDICAMENTOS – subdividida em princípios ativos da
fauna e flora.
SUMÁRIO
Pág.
1-5

EDITORIAL

ARTIGOS
SEÇÃO EMBALAGENS

07

Design e simulação de uma embalagem vítrea para Capsicum Baccatum

23

Design e simulação de uma bandeja termoformada com duas cavidades

32

SEÇÃO FÁRMACOS E MEDICAMENTOS

33

Plantas do gênero bauhinia e suas potencialidades Hipoglicemiante e
Antidiabética: um estudo analítico

Abril - Junho de 2013

06
Volume 3‫ ׀‬Número 2‫ ׀‬Abril-Junho de 2013

REVISTA CITINO

SEÇÃO EMBALAGENS
PACKAGING SECTION

Abril - Junho de 2013

Pág.
07. DESIGN E SIMULAÇÃO DE UMA EMBALAGEM VÍTREA PARA
CAPSICUM BACCATUM
23. DESIGN E SIMULAÇÃO DE UMA BANDEJA TERMOFORMADA COM
DUAS CAVIDADES
Vol. 3, No. 2,
Abril-Junho de 2013

ORIGINAL ARTICLE

DESIGN AND SIMULATION OF A PACKAGING
FOR GLASS CAPSICUMS BACCATUM
Carlos

Eduardo Soldá¹ e Etney Neves2,3

¹ Departamento de Engenharia de Alimentos, Universidade do Estado de Mato Grosso, Barra
do Bugres (MT), Brasil, Campus Rene Barbour, Brasil. Rua A, CEP 78390-000.
2
Professor Visitante do Departamento de Engenharia de Alimentos, UNEMAT.- Universidade
do Estado de Mato Grosso, Campus Barra do Bugres - MT.
3
Pesquisador Associado a Associação Nacional Instituto Hestia de Ciência e Tecnologia,
HESTIA.- Brasil.

Abstract
Widely used for obtaining sauces and jellies, pepper Cambuci presents in its
composition, compounds of high nutritional value, which in addition to providing a
healthy food intake, gives the characteristic flavor to food. The glass packaging for a
colloidal dispersion rich in Capsicum bacatum must, on all their assignments, preserve
and guarantee the quality of the packaged product. Therefore, it is necessary to know
the physico-chemical and rheological jelly, which will serve as a basis to adjust the
product, the material that condition food. The glass for display behavior of an inert
material, is the most suitable to contain this product. In this work, it is the process to
obtain and manufacture of sodo-calcico glass, as well as the criteria for filling and
closing of the pack and colloidal dispersion phase of labeling. The glass container has
proposed a 200 ml volume and mass storage capacity according to the density of gel is
330 g. The design is equipped with certain features to minimize effort during
consumption of its contents by the shape and the absence of corners in the package, but
also the appropriateness of the proposed design features pot natural Cambuci pepper
fruit.
Keywords: pepper cambuci, sodo-calcico, jellies.



kadu3ng@hotmail.com
Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 7
Vol. 3, No. 2,
Abril-Junho de 2013

ARTIGO ORIGINAL

DESIGN E SIMULAÇÃO DE UMA EMBALAGEM VÍTREA
PARA CAPSICUM BACCATUM
Carlos Eduardo Soldá¹ e Etney Neves2,3



¹ Departamento de Engenharia de Alimentos, Universidade do Estado de Mato Grosso, Barra do
Bugres (MT), Brasil, Campus Rene Barbour, Brasil. Rua A, CEP 78390-000.
2
Professor Visitante do Departamento de Engenharia de Alimentos, UNEMAT.- Universidade do
Estado de Mato Grosso, Campus Barra do Bugres - MT.
3
Pesquisador Associado a Associação Nacional Instituto Hestia de Ciência e Tecnologia, HESTIA.Brasil.

Resumo
Utilizada para obtenção de molhos e geleias, a pimenta Cambuci apresenta em sua
composição, compostos de alto valor nutricional, que além de proporcionar a ingestão
de um produto saudável, confere ao alimento sabor característico. A embalagem de
vidro, para uma dispersão coloidal rica em Capsicum bacatum, deve sobre todas as suas
atribuições preservar e garantir a qualidade do produto embalado. Sendo assim, faz-se
necessário conhecer as características físico-químicas e reológicas da geleia, que
servirão como base para adequação do produto ao material que a acondicionará. O
vidro, por apresentar comportamento de um material inerte, é o mais indicado para
projeto e fabricação de embalagens para o produto especificado. Este trabalho trata então
da simulação do processo de obtenção e manufatura do vidro sódo-cálcico, assim como
também dos critérios de enchimento e fechamento da embalagem com dispersão
coloidal e a fase de rotulagem. A embalagem de vidro em sua proposição de design e
simulação tem o volume de projeto de 200 ml e a capacidade projetada de
armazenamento de massa é de 330 g. O design objetiva funcionalidades determinadas
para minimizar esforços durante o consumo do conteúdo, através do formato e
ausência de cantos no interior da embalagem, como também, a proposta de adequação
do design do pote às características naturais do fruto da pimenta Cambuci.
Palavras-chaves: pimenta cambuci, sódo-cálcico, geléia.

1. Introdução
Ao longo dos tempos, o setor industrial de alimentos vem sofrendo constantes
mudanças para se adaptar às crescentes exigências dos consumidores. Com papel
fundamental na manutenção da qualidade de alimentos, as embalagens são uma parte


kadu3ng@hotmail.com
Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 8
importante de todas as operações de seu processamento. Por definição é o meio de se
obter a distribuição segura de produtos em condições adequadas para o consumidor
final com o menor custo, como também uma função técnico-econômica para otimização
dos custos de distribuição de mercadorias enquanto maximiza vendas e lucros. 1
No ato de aquisição de um produto, as embalagens podem desempenhar grande
relevância, agregando valor a ponto de promover a diferenciação de outros produtos. Um
dos seus papéis é o design e os atributos visuais, diretamente ligados ao estímulo à
compra. Assim, cabe à embalagem atrair a atenção do consumidor através da definição
de cores, padronização e um a s p e c t o gráfico chamativo. A má utilização destes
recursos podem resultar em um desempenho de vendas inferior para o produto.2
O universo das embalagens está diretamente ligado ao produto, à indústria e ao
marketing, onde todas as funcionalidades empregadas no design têm o papel de
representar tudo àquilo que o consumidor não vê. Por traz disso, representa-se o grande
esforço produtivo e de marketing que a indústria moderna tem que oferecer.3
O sucesso da embalagem está diretamente relacionado com o desenvolvimento de
um projeto, onde deve ser realizado u m e s t u d o d o contexto em que o produto
está inserido, sendo o produto e a embalagem uma unidade integrada, para assim
trabalhar o projeto como um todo. Desta forma, se todos os parâmetros forem
seguidos, a embalagem deve apresentar níveis mínimos possíveis de interação física e
química com o produto e o ambiente em que está inserida. 4
Dentre as matérias- primas para a obtenção de embalagens para alimentos, o
vidro vem sendo reconhecido como um dos materiais que sintetiza todas as qualidades
requeridas. Respondendo positivamente a duas características essenciais de embalagens
modernas, embalagens em vidro proporcionam a proteção ao meio ambiente, relacionado
ao bom aproveitamento na reciclagem, como também a proteção ao consumidor, pela
exposição da qualidade do produto pelas paredes transparentes e a não interação com o
alimento durante o armazenamento. 2
Os recipientes utilizados para o acondicionamento de geleias em geral,
apresentam grande variedade de tamanhos e formas, assim como também, podem ser
elaborados a partir de ligas metálicas ou em vidro.5 Sendo o vidro, o mais indicado
devido às características organolépticas das geleias, o que torna este meio mais propício a
interação com o material da embalagem.
Este trabalho tem o intuito de apresentar o processo de desenvolvimento e
projeto de uma embalagem especial, com design e funcionalidades específicas para
geleia de pimenta Cambuci (Capsicum baccatum), bem como os principais aspectos do
material, manufatura e critérios do processo de enchimento e rotulagem.
2. O vidro
O vidro tem os seus primeiros relatos datados nos anos de 9.000 a.C, é formado
basicamente de alguns tipos de rochas fundidas em elevadas temperaturas, e em seguida,
são resfriadas rapidamente. Inicialmente seu uso era restrito e sua utilidade era apenas
para a fabricação de peças de decoração.6 Hoje em contrapartida, representa um setor
importante para a indústria brasileira, que produziu cerca de 3,1 milhões de toneladas de
vidros no ano de 2006.7
Com o domínio de tecnologias, hoje as indústrias de vidros produzem frascos e
garrafas do mais alto padrão de qualidade. Sua constituição baseia-se em 73% de areia,
com concentração de 99% de sílica, de 15 a 30% de vidros quebrados, soda barrilha
(Na2CO3) e calcário (CaCO3.MgCO3), fundem-se a t e m p e r a t u r a s entre 1.350 a
1.600°C. Deste modo, pode-se optar pelo uso de agentes refinadores, que reduzem o
tempo e a temperatura de fusão e eliminam as bolhas formadas, corantes, como óxido
Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 9
crômico, enxofre e carbono, e o cristal, responsável por mascarar e eliminar impurezas
que sejam produzidas no decorrer do processo.1
Da mesma forma que os minerais, os vidros sílicados não são compostos por
moléculas discretas, porém são formados a partir de redes tridimensionalmente
conectadas. A unidade básica da rede de sílica é o tetraedro silício-oxigênio, no qual o
átomo de silício está ligado a quatro átomos de oxigênio maiores. Os átomos de oxigênio
arranjam-se espacialmente, dando o formato de um tetraedro.2
O vidro utilizado para a produção de contenedores, frascos e jarras geralmente são
elaborados a partir de sopro mecânico e devem apresentar propriedades específicas, tais
como:6
Deve ser barato, quando produzido em larga escala;
Resistir ao choque sem se deformar;
Ser reutilizado ou reciclado;
Resistir à incidência de altas temperaturas;
Não apresentar a interação com odores, sabores e substâncias tóxicas.
Outro fator de extrema importância é a degradação do vidro quando descartado
junto ao lixo doméstico. Frente a isto, está a indústria de reciclagem do vidro que cada
vez mais procura tirar da natureza a matéria prima descartada. O aproveitamento chega a
100%, no que se refere a 1 kg de vidro reciclado produzir 1 kg de novas embalagens.
Além de economizar no consumo de matéria-prima virgem, combina-se também a
redução no consumo de energia na produção. Levando em consideração a facilidade na
limpeza e esterilização de recipientes de vidro, destaca-se ainda a reutilização em
indústrias de bebidas ou como utilitário doméstico.8
3. Embalagem de vidro para alimentos
A função básica das embalagens é proteger e conservar os alimentos, mantendo-se
sem consideradas alterações em sua composição e qualidades sensoriais, assim como
também reduzir a ação de fenômenos que diminuem a vida de prateleira.
Na teoria, as embalagens para alimentos, devem proporcionar uma barreira
entre o alimento e o ambiente. Além de não poder influenciar no produto, a embalagem
controla a transmissão de calor, umidade e de gases e o movimento dos
microrganismos ou insetos. A embalagem deve obedecer a outros requisitos adicionais,
tais como a operação sem problemas; eficiente e econômica na linha de produção;
resistência a danos; rompimentos, rasgões ou amassamento causados por injúrias
mecânicas durante o processamento e armazenamento. Não menos importante é
imprescindível que ao final apresentem um custo total baixo.1
O vidro é um dos materiais mais indicados para acondicionar alimentos por
uma série de fatores. O fato de serem impermeáveis a agentes internos e externos,
inertes e não reagirem com os alimentos, confere certa preferência aos demais. Diferindose de materiais plásticos, por exemplo, que durante a vida de prateleira transferem
componentes da embalagem, podendo causar contaminação toxicológica ou sensorial ao
produto.9
A água e as soluções aquosas reagem com o vidro à temperatura ambiente a
uma velocidade extremamente baixa. Nesta reação, ocorre a substituição de algum
hidrogênio da água pela quantidade equivalente de sódio, originando então hidróxido
de sódio e proporcionando uma alcalinidade muito pequena na água, que pode ser
insignificante nas condições normais mesmo para períodos bastante prolongados. Esta
reação pode ser acelerada em altas temperaturas e quando submetidas a repetidas
esterilizações, o que aumenta a taxa de transferência de sódio da embalagem para o
Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 10
meio.10
As embalagens podem ter papel fundamental durante o processamento do
alimento. Na pasteurização e esterilização, muitos alimentos são processados já dentro da
embalagem, sob a incidência de altas temperaturas e diferentes níveis de pressão, estas
embalagens não devem apresentar deformações. Os vidros se tratados de maneira correta
são apropriados ao processamento pelo calor, quando hermeticamente fechados, assim
podendo garantir a não deformação durante o processo.
O vidro destaca-se também quanto a sua funcionalidade quando utilizado para
embalar alimentos. O que permite a otimização da capacidade para executar o preparo
dos alimentos. É permeável a micro-ondas, o que permite que o alimento possa ser
consumido na temperatura ideal, ainda envolvido pela própria embalagem. Após o
consumo do produto, a embalagem de vidro poderá ser reutilizada ou reciclada. Se
dotadas de dispositivos de fechamento, pode facilmente se adequar para embalar outros
alimentos através do fechamento hermético. Devido a sua transparência, é possível
observar a qualidade do conteúdo na embalagem.1
Salvo as suas restrições, o vidro é considerado um ótimo meio de
acondicionamento para alimentos. O mais indicado para alimentos é o Sodo cálcico,
sendo a família de vidros mais antiga e largamente utilizada para a obtenção de potes,
garrafas, frascos e tubos de lâmpadas.2
Devido a sua rede estrutural, a tentativa de se expressar a composição química do
vidro em termos de uma única formula não tem sentido prático. Porém, existe um
sistema para descrever a sua composição. Assim, listam-se as quantidades relativas de
óxidos provenientes das matérias primas na formulação da composição, a despeito do
fato de que esses óxidos não existam por si só na estrutura do vidro. Para efeito de
fabricação, os valores relativos são expressos em porcentagem de peso. Sendo o caso
do vidro sodo-cálcico, contém normalmente de 8 a 12% em peso de óxido de cálcio e de
12 a 17% de óxido alcalino.2
4. Manufatura da embalagem de vidro
O processo de manufatura do vidro se inicia com a mistura e fusão das matérias
primas utilizadas a temperatura de 1350 a 1600°C. Mas, antes mesmo de iniciar-se o
processo é necessária a seleção das matérias-primas, cálculo das proporções relativas
de cada componente e a pesagem dos componentes para obtenção de um material
homogêneo.
No processo de obtenção do fundido, as matérias-primas passam por uma série
de transformações físico-químicas. Para que seja transformado em um líquido
homogêneo, pode-se utilizar durante o processamento, técnicas que melhorem a
qualidade, tais como a remoção de componentes não fundidos, impurezas e bolhas.11
Após a fundição, a produção de vidros comerciais requer sua obtenção em formatos
específicos. Os recipientes de gargalos estreitos são feitos pelo processo sopro-sopro,
onde uma porção de vidro a 1000°C é colocada em um molde oco, formando uma bolha e
o molde do gargalo. O molde oco é então, invertido e o corpo é formado por sopro de ar
comprimido no molde. Os recipientes de boca mais larga, como no caso dos potes de
vidro para geleias, são formados pelo processo prensa- sopro, em que a porção de vidro
toma a forma em um molde oco e a borda do gargalo é moldada pelo movimento
ascendente de um pistão. Passando assim para a moldagem a ar como uno processo
sopro-sopro.1
Quando as garrafas saem dos moldes, a temperatura está em torno de 450°C.
Devido a sua baixa condutividade térmica, se as garrafas resfriarem sozinhas, sua parte
interna resfriará mais lentamente que a parte externa. Assim, esta diferença entre taxas de
Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 11
transferência térmica causa estresse interno fazendo com que o vidro se torne instável. De
modo geral, os vidros depois de moldados passam pelo processo de recozimento ou
tempera. Esta técnica tem por finalidade remover as tensões que podem ser criadas na
moldagem. O vidro que não passar pelo processo de recozimento, pode estilhaçar-se
devido a resultante do resfriamento desigual. O recozimento deve ocorrer a faixas de
temperaturas inferiores a temperatura de transição vítrea. Assim a embalagem pode ser
encaminhada ao resfriamento, sob condições cuidadosamente controladas, através do
fluxo de ar frio ou imersão em óleo.8
5. Dispersão coloidal rica em Capsicum baccatum
Dispersões coloidais são misturas homogêneas, onde as partículas dispersas não
sedimentam e nem podem ser filtradas por método comum. Esta denominação descreve o
comportamento físico-químico de vários produtos que conhecemos tais como o leite,
maionese, queijo, creme chantilly e as geleias. 12
Segundo a legislação brasileira, resolução normativa n°15/78 de 1987, se define
geleia como o produto obtido pela cocção de frutas inteiras ou em pedaços, polpas ou
sucos de frutas, com açúcar e água, e concentrado até a consistência gelatinosa. Uma
geleia de boa qualidade tecnológica deve conservar-se bem sem sofrer alterações,
mantendo as características pré-estabelecidas sob a legislação. 5
A pimenta Cambuci (Capsicum baccatum) conhecida como chapéu-de-frade, não
apresenta pungência e é considerada de sabor agradável pelos apreciadores de pimentas.
Pode ser consumida fresca, em saladas, cozidos ou conservas, tendo também potencial
para a obtenção de geleias.13,14 Apesar do crescente interesse industrial do cultivo de
pimentas, a maior parte da produção caseira de sementes ou comercialização dos frutos
maduros, são em mercados e feiras. Estas pimentas além de serem consumidas in natura,
podem ser processadas e utilizadas em diversas linhas de produtos na indústria de
alimentos, além de ser alternativa para agregar valor aos produtos da agricultura
familiar.15
As pimentas Cambuci, apresentam consideráveis concentrações de antioxidantes,
ricos em flavonoides e vitamina C, compostos que diminuem o risco de doenças crônicas
como câncer de próstata, catarata e diabetes, também pelo efeito desintoxicante do
sangue, tendo os capsaicinóides o princípio ativo mais importante.16 Dentre eles podese destacar a capsaicina, diidrocapsaicina, homocapsaicina, homodiidrocapsaicina e a
nordiidrocapsaicina. A estrutura molecular de cada uma delas está descrita na figura
01.
Levando em consideração a sociedade moderna e a crescente exigência por
alimentos saudáveis, a geleia de pimenta Cambuci, além de potencial econômico,
apresenta ainda maior relevância por se enquadrar nos moldes de um alimento funcional
e pronto para o consumo.

Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 12
Figura 01. Estrutura química de alguns capsaicinóides: (a) Capsaicina,
(b) Diidrocapsaicina, (c) Homocapsaicina, (d) Homodiidrocapsaicina,
(d) Nordiidrocapsaicina. Fonte:DAVIS et al., 2007.

6. Geleia de pimenta Cambuci
Geleias são misturas semissólidas de açúcar e frutas inteiras, pedaços ou suco,
suficientemente firmes para manterem a sua forma. Foi desenvolvida ao longo do
tempo com o intuito de preservar a fruta através da acidez e a diminuição da atividade de
água com a adição de açúcar. As condições de cozimento da mistura ácida com açúcar e
água levam a formação do gel, tendo como base desse processo a presença de pectinas.
Estes componentes polímeros são componentes naturais dos vegetais e especialmente de
frutas, tendo a sua variação de acordo com a espécie.17 Portanto, os fatores
determinantes para a formação da geleia, são as frutas ácidas ou adição de ácidos,
substâncias pécticas, açúcar e a água.
6.1. Processo produtivo
A combinação adequada dos elementos utilizados e a quantidade deles definirão a
qualidade de uma geleia, bem como a sua ordem sequencial de adição durante o
18

processamento.
De acordo com a resolução normativa n°15/78 de 1987, em caso de deficiência de
substância de origem da fruta, poderá adicionar, por exemplo, acidulantes ou pectina. O
gel se forma apenas em pH em torno de 3. Em faixas de pH superiores a 3,5 não acontece
a formação de gel. O ponto ótimo de açúcar está ao redor de 67,5%, porém é possível
fazer a geleia com alto teor de pectina e ácido com menos de 60% de açúcar.
O processamento acontece basicamente da mesma forma para os mais variados
tipos de frutas, tendo pequenas alterações dependendo a característica da matéria
prima. O processamento da fruta in natura acontece de acordo com a Figura 02, baseado
Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 13
em conceitos do Manual para a Produção de Geleias de Frutas em Escala Industrial da
Fruta in natura, desenvolvido pela EMBRAPA. 5
Na recepção é realizada a seleção cuidadosa, com a retirada de sujidades ainda
aderidas a fruta, procedendo a uma pré-lavagem por imersão ou aspersão de água
clorada. Antes do descascamento, as frutas devem ser pesadas para o controle do
rendimento. A retirada da casca varia de acordo com o tipo da fruta a ser processada. Não
se deve adicionar água às frutas para o processamento de geleias, a não ser em casos que
a fruta necessite de um pré-cozimento, sendo no máximo 20% do total. A faixa de açúcar
não deverá ser superior a 65%. Sendo aconselhável a adição de glicose ou açúcar
invertido para o processamento a vácuo ou melhorar a cor e reduzir o sabor doce. A
adição de pectina e ácido é realizada sob as concentrações originais das frutas, assim
fazendo a calibração para o ponto ideal.
As temperaturas e o tempo de cozimento são tabelados em função da
concentração de sólidos solúveis e do grau de inversão da sacarose. As geleias
processadas a pressão atmosférica devem ser resfriadas a temperatura de 85°C, de modo
a conseguir o padrão de geleia satisfatório. As tampas metálicas devem ser internamente
envernizadas e providas de anéis vedantes, por necessitarem de maior aderência à
embalagem de vidro e proporcionarem o fechamento hermético. Após o tratamento, o
produto está pronto para ser rotulado, empacotado e enviado para estocagem e
distribuição.18

Figura 02. Fluxograma do processo produtivo para obtenção
De geleia de pimenta Cambuci. Fonte: Autor, 2013.

Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 14
6.2. Caracterização da geleia de pimenta Cambuci
No início do processo de obtenção da geleia é necessário que se faça o teste de
pectina. Este indica se há a necessidade de adicionar intencionalmente mais substancias
pécticas para melhorar a qualidade do gel formado. Em um trabalho realizado para
obtenção experimental de geleia, notou-se a baixa concentração de pectinas, através do
teste com álcool. Sendo necessária a adição de pectina convencional (1% p/v) para
compensar a deficiência natural da pimenta.
Análises físico-químicas determinaram que a geleia de pimenta é composta por
42,53% de água, 0,81% de cinzas, 0% de lipídios, 1,61% de proteínas, 55,05% de
carboidratos totais, sendo 7,48% de açúcares redutores e 47,55% de açucares nãoredutores. Além disso, 4,8 de pH, 58° Brix, e 0,36% de acidez, em ácido cítrico.
Apesar de apresentar o pH superior e concentração de sólidos solúveis inferior ao
ideal, não houve qualquer prejuízo na formação do gel.
O valor nutricional foi calculado a partir da concentração de carboidratos, visto
que os demais compostos (teores de proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas,
gorduras trans e sódio) não foram significativos na porção. O valor energético foi de
40,6 Kcal/20g o que corresponde a 10% do valor referente (VDR) a uma dieta de 2000
Kcal.19
7. Critério do processo de enchimento e fechamento
Para evitar a contaminação das embalagens comercialmente limpas, elas chegam
até a indústria em pallets envolvidas em filmes encolhíveis ou esticáveis. São retirados e
invertidos sobre jatos de vapor ou água para higienizá-los, permanecendo invertidos até
que aconteça o envase, evitando assim a recontaminação.
A máquina de enchimento apropriada depende da natureza do produto e da taxa
de produção requerida. Para alimentos pastosos e semi-líquidos, como no caso da
geleia de pimenta Cambuci, são indicados enchedores volumétricos. Seus bicos de
enchimento funcionam tanto para linha quanto para arranjo rotativo.
Todos os envasadores devem adicionar produto a embalagem de forma cuidadosa
sem que ocorra derramamento e sem contaminação do fecho. Devem ser dotados de um
sistema “sem recipiente, sem enchimento” e ser facilmente cambiáveis para se ajustarem
de maneira prática aos diferentes formatos das embalagens.
No caso de enchimento em alta temperatura o fechamento hermético é o mais
apropriado, portanto as embalagens não podem ser completamente cheias. É necessário
um espaço livre, entre o alimento e a tampa, para a formação do vácuo parcial. Sendo
este um fator fundamental para reduzir o processo de deterioração oxidativa durante a
estocagem, além de reduzir a mudança de pressão dentro do recipiente durante o
processamento. Este espaço livre é padronizado e seu tamanho varia ente 6 a 10% do
volume do recipiente sob as temperaturas normais de enchimento. Deve-se atentar
quando envasar alimentos sólidos ou pastosos, para evitar que ar seja retido junto ao
produto, o que diminuiria o vácuo no espaço livre.
Os recipientes de vidro podem ser fechados por três tipos de tampas, as tampas
sob pressão, tampas comuns e tampas à vácuo. As geleias são embaladas sob
temperaturas altas e ainda passam pelo processo de pasteurização/esterilização. Para
aproveitar a formação de vapor e por consequência o potencial de formação de vácuo, as
tampas utilizadas para este produtos são as a vácuo, que funcionam com o sistema
rosquear para fechar e girar para abrir.
Um dos principais problemas dos frascos é a facilidade de abrir e fechar o que
possibilita a facilidade de adulteração. Embora não seja possível uma proteção mais
efetiva, uma embalagem anti-violação retarda o acesso ao interior das embalagens. Em
Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 15
caso de evidenciarem adulteração, indicam se houve a violação. Pode ser utilizado como
lacre da tampa na embalagem de vidro capas de cloreto de polivinila termo-encolhível
para os gargalos ou anéis de vedação para recipientes de boca larga, onde o recipiente
não poderá ser aberto sem que se quebre ou remova o anel. 1
8. Processo de rotulagem
8.1. O rótulo e suas características fundamentais
O rótulo é o pedaço de papel, madeira, metal, tecido, plástico, ou até mesmo à
própria pintura da embalagem cumprindo as funções de identificar o produto ou marca;
classificar o produto em tipos de categorias; informar os aspectos do produto, como,
quem, onde e quando foi feito, o seu conteúdo, como se usa, e quais as normas de
segurança do produto embalado; e a função de promover o produto mediante a um
design atrativo.20
O rótulo é na maioria das vezes o fator determinante para a venda do produto,
sendo encarregado de ilustrar a imagem do produto e de seu fabricante. A ANVISA
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) define rotulagem, pela resolução RDC M°
259, de 20 de setembro de 2002 “como toda inscrição, legenda, imagem ou
toda matéria descritiva ou gráfica, escrita, impressa, estampada, gravada em relevo
ou litografada ou colada sobre a embalagem do alimento”.21
Tendo o rótulo como ferramenta fundamental na interface consumidor e
fornecedor, é necessário que se apresente informações básicas em sua estrutura, sendo
elas: 22

Marca ou nome fantasia do produto.

Identificação de lote e data de validade.

Lista de ingredientes.

Condições de armazenamento.

Instruções de uso.

Quantidade do produto.
Informações nutricionais obrigatórias.

Identificação da procedência.

Nome do fabricante ou produtor.

Conter advertência sobre substancias como o glúten.

Endereço, município e país em que foi produzido.

Ressaltar o uso de matéria prima orgânica ou transgênica.

8.2. Processo de rotulagem
Esta etapa do processamento da geleia de pimenta Cambuci em embalagem de
vidro pode ser feita manualmente ou de forma totalmente automatizada, cabendo ao
potencial de aquisição que a empresa possuir. Visto a gama de produtos que uma
indústria pode produzir e as características físicas que as suas embalagens possam ter, as
rotuladoras devem ser as mais adaptáveis possíveis.
Analisando as propriedades desejáveis ao produto a ser inserido na linha de
produção, busca-se um sistema de rotulagem que além de garantir a qualidade do
produto, se adeque as necessidades técnicas de produção e de inovação. Dentre os
mais variados tipos de rotuladoras, destacamos as auto-adesivas.23
Estas possuem capacidade de produção contínua e controlam automaticamente o
fluxo de entrada e saída de recipientes da máquina. Os frascos são coletados no
transportador por uma rosca de alimentação, que ajusta o passo dos recipientes que são
Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 16
então transferidos pela estrela de alimentação para o carrossel de frascos. Após a
rotulagem são transferidos para a estrela de saída, que os deposita no transportador de
saída. É flexível quanto a sua implantação, pois possui um sistema de configuração
adaptável ao espaço disponível. Esta unidade de rotulagem é indicada para embalagens
de vidro e PET, bem como para outros materiais transparentes. É facilmente ajustável a
mudanças de formato das embalagens, permitindo assim o uso de designs inovadores e de
formatos irregulares. A rotulagem autoadesiva é sensível à pressão e são utilizadas em
numerosos tipos e tamanhos de frascos. Sendo ela completamente automática é ideal pra
velocidades baixas e médias, bem como a aplicação de alta qualidade de rótulos
transparentes sem a aparência de rótulo, permitindo desta forma, a visualização do
produto em seu real estado de acondicionamento através da embalagem de vidro.
O sistema autoadesivo, pode também utilizar rótulos wash-off, que são facilmente
retiráveis dos recipientes, o que garante a sua reutilização tanto pelo consumidor quanto
para o retorno a indústria.23
9. Design e aspectos técnicos
A exposição das características da embalagem faz compreender os aspectos
funcionais que são proporcionados a toda a cadeia produtiva como também destaca a sua
importância, desde o processamento até o ato do consumo.
9.1. Software
A partir das dimensões e as características estéticas da embalagem definidas,
foi desenvolvido um processo de simulação em software, o SketchUp, produto gratuito
da empresa Trimble Buildings.
O SketchUp é rápido e facilita a criação de objetos e estudo volumétricos. O
programa traz uma interface original, que permite a criação, manipulação e a edição de
arquivos 3D. Todos os objetos são formados por linhas e faces, portanto uma face só
existe se estiver totalmente envolvida por linhas que devem estar em um mesmo plano,
ou até mesmo selecionando várias linhas e faces, dando origem a um objeto
tridimensional.
A simulação acontece em escalas exatas através da entrada de medidas no
momento de criação do protótipo.24 O SketchUp é um software bastante maleável,
entretanto limitou a eliminação dos cantos perpendiculares externos na parte superior e
inferior da embalagem, o que para embalagens de vidro, são considerados fatores de risco
a resistência mecânica do material.
9.2. Aspectos técnicos
O material escolhido para a embalagem de geleia de pimenta Cambuci é o
vidro, mais especificamente o sódo-calcico, visto que esta variedade é a mais indicada
para potes de acondicionamento para alimentos.
Levando em consideração a densidade específica de geleias em geral de 1100
kg/m3 [25] e o volume desejável de 200 ml foi possível através da Equação 1, calcular a
massa de produto a ser embalado.

(1)
Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 17
Para a massa determinada de 330g e a altura desejável de 4,5 cm para a secção
interna da embalagem, realizou-se através da Equação 2, o cálculo do raio.
(2)
O raio calculado foi de 3,8 cm, que remete a 7,6 cm de diâmetro interno do
cilindro, onde será adicionada a geleia. Considerando as dimensões das embalagens, a
espessura do vidro será de 0,25 cm nas regiões mais próximas ao cilindro interno e
mais espessas nas extremidades, visto aos formatos assimétricos. Na Figura 03 o desenho
técnico com as dimensões utilizadas, bem como os ângulos das embalagens, podem ser
observados no aspecto físico proposto.

Figura 03. Desenho técnico com dimensões físicas de diâmetro (mm), alturas (mm),
espessura de parede (mm) e ângulos da embalagem. Fonte: Autor, 2013.

O design da embalagem para pimenta Cambuci (Figura 06.b) remete a
aparência natural do fruto. Em seu formato real, a parte inferior da pimenta apresenta
quatro gomos, o que justifica os quatro relevos que contornam o cilindro interior.

(a)

( b)

Figura 04. (A) Vista 3D da embalagem, com destaque para os
semicírculos externos da embalagem. (B) Variedade vermelha de
Pimenta Cambuci (Capsicum baccatum). Fonte: Autor, 2013.
Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 18
A ausência de cantos no interior da embalagem é necessária para que seja
facilitada a retirada do produto com o auxílio de colheres, sendo este formato que
agrega ainda mais funcionalidade ao produto.

Figura 05. Vistas 3D da embalagem. (A) Vista frontal, (B) Vista superior,
(C) Vista inferior e (D) Vista isométrica. Fonte: Autor, 2013.

10. Considerações Finais
O vidro em seu universo de possibilidades, se adequa de forma abrangente as
condições de necessidades básicas no armazenamento de alimentos. Salvo as suas
propriedades frágeis, se tomados os devidos cuidados é possível desenvolver a partir
desta matéria-prima, embalagens inovadoras e sem riscos para o produto e ao
consumidor.
As embalagens de vidro destinadas para conter alimentos devem resistir ao
choque sem se deformar, ser reutilizado ou reciclado, resistir a incidência de altas
temperaturas, e não apresentar interação com odores, sabores e substâncias tóxicas, sendo
assim, mantendo a qualidade e a integridade do alimento.
O software utilizado para a simulação do recipiente foi o SketchUp, sendo a base
fundamental na demonstração física da embalagem. Esta foi desenvolvida e
apropriada para geleia de pimenta Cambuci, com o seu design inovador baseado nas
formas naturais do fruto. As curvas localizadas na parte exterior da embalagem simulam
os quatro gomos localizados na base do fruto de pimenta. O pote tem alto potencial
para o reuso para inúmeros fins depois de consumida a geleia.
Para a produção comercial, os vidros devem assumir formatos regulares devido à
má condutividade térmica que poderá ocasionar trincas quando o material for submetido
a diferenças de temperatura. Nos processos de enchimento, fechamento e rotulagem do
recipiente devem ser levadas em consideração todas as características do vidro e do
produto a ser embalado, sendo primordial para a inovação de embalagem, assegurar o
consumidor quanto à garantia das propriedades do alimento, bem como promover o
conteúdo perante a um design chamativo.
No pote para geleia projetado, poderá ser envasado 330g da dispersão coloidal em
um volume de 200 ml, sendo esta proporção baseada nas porções de produtos que já
Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 19
estão em comercialização.
Levando em consideração todos os processos envolvidos na formulação da geleia
de pimenta Cambuci, como também o alto potencial de atratividade da embalagem,
pode se concluir que o novo produto apresenta características mercadológicas positivas
para a sua inserção no mercado. Entretanto, necessita-se, de maiores investimentos em
pesquisas, relacionadas à viabilidade econômica da sua produção.
11. Referências bibliográficas
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Práticas. São Paulo: Artmed, 2006, 2 ed., cap. 24.
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de elaboração do vidro – CETEV,
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12 de maio de 2013.
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Books, 2.ed, 2002.
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desenvolvimento de projetos de embalagem. São Paulo – SP: Novatec Editora, 1 ed.,
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[5] EMBRAPA. Manual para a produção de geleias de frutas em escala industrial,
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Indústria do Vidro no Brasil: Minerais não-metálicos. BNDES Setorial, Rio de
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[8] SANTOS, A.M.P.; YOSHIDA, C.M.P. Técnico em alimentos: Embalagens.
Recife: UFRPE, 2011.
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palstificantes do tipo DEHA e DEHP do filme PVC. Brasília: Universidade de
Brasília, 2009. Disponível em: <http://bdm.bce.unb.br/bitstream/10483/1029/1/2009_
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[10] GERMANO, P.M.L.; GERMANO, M.I.S. Higiene e vigilância sanitária de
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Encontro nacional do agronegócio de pimentas (Capsicum), 1., Mostra nacional de
pimentas e produtos derivados. 1., 2004, Brasília, Anais. Brasília: EMBRAPA
Hortaliças, 2004. 1 CD-ROM.
[16] DAVIS, C.B. et al. Determination of Capsaicinoids in Habanero Peppers by
Chemometric Analysis of UV spectral data. Journal of Agricultural and Food
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[17] FÁBRICA DE CIÊNCIA VIVA: As geleias e as compotas. Aveiro – Portugual.
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<:http://www.cienciaviva.pt/projectos/scienceduc/scencmatapoioivonnecompota1.pdf>
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[18] BRASIL. Ministério da Agricultura: EMBRAPA. Manual para a produção de
geleiras de frutas em escala industrial. Rio de Janeiro – RJ, 1998. Disponível em: <
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/doc291998_000gc3pmnuc02wx5o
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Revista Verde, v.6, p 283-288, 2012.
[20] GIOVANNETTI, D.V. El mundo del envase: Manual para el deseño y
producción de envases y embalajes. México: Ediciones G. Gili, 1995.
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regulamento técnico sobre rotulagem de alimentos embalados. Diário Oficial da
União. 23 de setembro de 2002.
[22] MARTINEZ, L.P.G.; PAULA, J.N.L. Estudo sobre a rotulagem de alimentos
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[23] SIDEL – Soluções de Rotulagem: Uma vasta gama de tecnologias para todos os
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embalagens.
Disponível
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<http://www.sidel.pt/media/2321963/sidel_labeling_solutions_br.pdf> Acesso em: 08
de junho de 2013.
Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 21
[24] GASPAR, J. Google SketchUp Pró 8: Passo a passo. São Paulo: VectorPró,
2010.
Disponível
em:
<http://www.livrosketchup.com.br/areaexclusiva/LivroSketchUp-8-capitulo-1.pdf> Acesso em: 11 de junho de 2013.
[25] MARTIM, E.; RUDEK, M.; WOLUPECK, A. Projeto integrado de disciplinas
de graduação – Produção de polpa de morango. Revista de Ensino de Engenharia,
v.26, n.1, p. 3-8, 2007.

Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 22
Vol. 3, No. 2,
Abril-Junho de 2013

ORIGINAL ARTICLE

DESIGN AND SIMULATION OF A TRAY
THERMOFORMED WITH TWO WELL
Alexandre

Peripolli1 e Etney Neves2

¹ Acadêmico do Curso de Engenharia de Alimentos, UNEMAT-Universidade do Estado de Mato Grosso,
Campus Barra do Bugres – MT, Brasil. Rua Florianópolis, JD Elite II, CEP 78390000.
2
.Professor Visitante do Departamento de Engenharia de Alimentos, UNEMAT.- Universidade do Estado
de Mato Grosso, Campus Barra do Bugres - MT.
3
Pesquisador Associado a Associação Nacional Instituto Hestia de Ciência e Tecnologia, HESTIA.Brasil.

Abstract
The project intended to present a differentiated packaging to meet the consumer
demands in the highly competitive current market. The use of the PS (polystyrene)
polymer gains more field by taking into account its versatility to adopt numerous
moldable forms. Thus raising a brief study detailing its aspects, emphasizing its use in
the food industry focus on analyzing the fruit Theobroma grandiflorum (cupuaçu)
through its features in formation with fermented milk.
Keywords: packaging; fermented milk; polystyrene (ps), theobroma grandiflorum
(cupuaçu).



alexandre_peripolli@hotmail.com
Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 23
Vol. 3, No. 2,
Abril-Junho de 2013

ARTIGO ORIGINAL

DESIGN E SIMULAÇÃO DE UMA BANDEJA
TERMOFORMADA COM DUAS CAVIDADES
Alexandre

Peripolli1 e Etney Neves2

¹ Acadêmico do Curso de Engenharia de Alimentos, UNEMAT-Universidade do Estado de Mato Grosso,
Campus Barra do Bugres – MT, Brasil. Rua Florianópolis, JD Elite II, CEP 78390000.
2
.Professor Visitante do Departamento de Engenharia de Alimentos, UNEMAT.- Universidade do Estado
de Mato Grosso, Campus Barra do Bugres - MT.
3
Pesquisador Associado a Associação Nacional Instituto Hestia de Ciência e Tecnologia, HESTIA.Brasil.

Resumo
O presente artigo tem como proposta apresentar a simulação e geração de cenários para
uma embalagem de material polímero poliestireno (PS), apresentando um breve estudo
e detalhando aspectos físicos da embalagem, ressaltando ainda seu uso na área
alimentícia com foco na análise do acondicionamento de derivados do fruto Theobroma
Grandiflorum (cupuaçu) com leite fermentado.
Palavras-chaves: embalagem,
grandiflorum (cupuaçu).

leite

fermentado,

poliestireno

(ps),

theobroma

1. Introdução
A concorrência no âmbito do mercado geral de laticínios nos últimos anos faz
com que as indústrias venham a procurar melhorias nas características organolépticas,
sensoriais e na estética das embalagens.
A grande variedade de frutos de origem da Amazônia, muito apreciada em
culinárias típicas, por conter sua propriedade nutricional com alta concentração de
vitaminas faz com que seu consumo seja cada vez mais conhecido e procurado nas
demais regiões do Brasil e em outros países.1
Alimentos perecíveis requerem consumo rápido. Diante dessa necessidade, os
polímeros são altamente recomendados como base material constituintes de embalagens
de alimentos por apresentarem leveza e baixo custo na produção, sendo que o seu
descarte é totalmente reciclado. Os polímeros são macromoléculas caraterizadas por sua
estrutura química, tamanho e características intra e intermoleculares. Suas unidades
químicas fazem ligação covalente repetida ao longo de sua estrutura. O nome



alexandre_peripolli@hotmail.com
Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 24
termoplástico tem origem grega, plastikus de significado material adequado à
moldagem. São encontradas de formas naturais como em seda, fibras de algodão,
celulose, etc., e também sintética tais como o polipropileno, o poli (tereftalato de
etileno), o polietileno, o poli (cloreto de vinila) (PVC), etc.9
Os plásticos são materiais que, embora sólidos à temperatura ambiente em seu
estado final, quando aquecidos acima da temperatura de “amolecimento” tornam-se
fluidos e passíveis de serem moldados por ação isolada ou conjunta de calor e pressão.
1,9
. Alguns exemplos de termoplásticos são o PP, o PE, o PET, o PVC e o poliestireno
(PS).9
2. Embalagem de Poliestireno
O surgimento do poliestireno se dá em meados dos anos 30, onde sua produção
comercial iniciou-se por volta de 1936, na Alemanha, este material possui como
principais características a flexibilidade e maleabilidade em conjunto com o calor. Por
apresentar características semelhantes ao vidro, este material é muito utilizado por
apresentar custos reduzidos ao transporte, comparado a vidro e metais, fácil
maleabilidade a temperatura de 300ºC, moldes de precisão e formas mais amplas,
resistente à pressão e choques físicos, fechamento fácil e maior resistência química do
que metais. No entanto eles não possuem resistência a altas temperaturas e são menos
rígidos comparados a vidro e metais. 1
Por ser um material de baixo custo, acaba sendo um dos principais materiais
utilizados em produtos descartáveis, e tendo como uma das formas a reciclagem
química, sendo reutilizados para outros fins.2
2.1. Embalagens PS Termoformada
O poliestireno é originário da reação entre o estireno com benzeno, que na
presença de cloreto de alumínio tem como resultado o etilbenzeno, que sendo
hidrogenado forma o estireno, sendo representado pela seguinte formula estrutural:
H2C=CHC6H5.3
O processo de moldagem do poliestireno consiste no aquecimento de uma chapa
de resina termoplástica, que se posiciona em molde fixado sobre uma prensa, onde é
acionada e molda o produto. A moldagem pode ser feita a partir de ar quente na qual se
aplica vácuo sugando o material para dentro, tomando assim a forma desejada,
conforme representado na Figura 1.3
(a) Fixação do poliestireno

(c) Moldagem a vácuo

(b) Aquecimento da chapa

(d) Extração do produto

Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 25
Figura 1. Conformação a vácuo de uma chapa termoplástica (PS), (a) Fixação da chapa de
poliestireno sobre o molde; (b) Aplicação de calor sobre a chapa; (c) Aplicação de sucção a vácuo
sobre a chapa aquecida tomando a forma do molde; (d) A extração do produto pode ser manual ou
mecânica, ejetando ar comprimido separando o produto do molde. Fonte: FILHO, 2010.

2.2. Embalagem de PS termoformada para alimentos
De forma que o alimento que entra em contato direto com a embalagem requer
que esta seja quimicamente inerte, totalmente atóxica, não podendo reagir com o
produto. Deste modo o poliestireno é altamente qualificado devido a natureza ácida, as
embalagens baseadas em poliestireno são muito utilizadas nas indústrias lácteas com
tampa em folhas de alumínio ou até mesmo em outros tipos de polímeros com sistema
abre fácil.4
3. Cupuaçu como alimento
O cupuaçu (Theobroma grandiflorum) é um fruto encontrado naturalmente na
região amazônica, em florestas tropicais úmidas e adjacentes. Sua poupa é muito
apreciada na culinária típica norte brasileira, suas qualidades peculiares fazem com que
o fruto possua usos em doce, azeda e agridoce, tal elaborada em compotas, geleias,
licores, sucos, sorvetes, iogurte e diversos outros doces. A amêndoa do cupuaçu
também é muito utilizada, onde após um processo de fermentação e torrificação pode
ser obtido um produto análogo ao chocolate, também de sua amêndoa pode ser extraído
o seu óleo, uma gordura altamente digestível e compostos de manteiga vegetal, tais
como manteiga de cacau muito usado em preparo de chocolate.4,5,6
Seus principais compostos: Umidade 81,1 a 83,2%; Brix 12,6 a 14,4; pH 2,9 a
3,2; acidez titulável em % de acido cítrico 1,9 a 2,8; nitrogênio 10,6 g.kg-1; fosforo 11,6
g.kg-1; potássio 23,5 g.kg-1; cálcio 0,6 g.kg-1; magnésio 0,9 g.kg-1; boro 8,1 mg.kg-1;
cobre 4 mg.kg-1; ferro 78,6 mg.kg-1; manganês 20 mg.kg-1; zinco 10,6 mg.kg-1.
Apresenta vitamina C 23,12 mg; pectina 0,39%; voláteis 89,0%; açucares redutores
3,03%; sólidos totais 11%; extrato etéreo 0,53%. 6
4. Industrialização e conservação de Leite Fermentado
As bebidas lácteas fermentadas são produtos que contêm leite fermentado ou
iogurte, soro de leite, polpa ou suco de frutas, outras matérias-primas e aditivos
permitidos. Os principais microrganismos utilizado na fermentação em meio de cultura
são os Streptococcus thermophillus, Lactobacillus delbrueckii subsp. Lacobacillus
acidophilus e bifidobacterium. A prática atual para fabricação de leite fermentado
consiste em adicionar bactérias convencionais ao iogurte, tais como L. bulgaricus e S.
thermophillus que auxilia no processo, facilitando a fermentação. No entanto existe a
formação de acido lático durante o armazenamento formado pelo microrganismo L.
bulgaricus, este processo é denominado como pós-acidificação, por ser conhecida por
afetar a viabilidade das bactérias probióticas.
Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 26
O uso de culturas probióticas associadas à outra de suporte compostas, de
preferência, de S. thermophilus ou, outra de cultura de iogurte, com diferentes variações
de cepas de Lactococcus é recomendável. É utilizado em determinados casos, a
combinação de cepas de cultura probióticas como de iogurte que resulta na redução de
contagem de probióticas durante a vida de prateleira, enquanto nos outros produtos essa
diminuição não ocorre. Isto mostra que cada seleção de cultura diferentes apropriada
para cada cultura probiótica é de extrema importância para adquirir um produto final
fresco com fermentação de qualidade, obtendo ainda uma boa sobrevivência de cultura
microbiota, prolongando sua vida de prateleira. 4
5. Fabricação de iogurte com adição de Cupuaçu e processo de acondicionamento
do produto
Na pós-fermentação do leite pode-se adicionar polpas e frutas frescas, porém
com uma queda na produção frutífera em determinadas regiões do Brasil, a elevação dos
preços em ciclos sazonais, distâncias dos mercados e a falta de padrão de qualidade, fez
com que as indústrias usem as populares conservas de fruta, visando manter as
qualidades sensoriais, com o objetivo de satisfazer as especificações do público alvo. 4
Para que a mistura fique homogênea é necessário um misturador continuo de três
unidades distintas:
 Medidor de fluxo para dosagem da quantidade correta de polpa;
 Dispositivo para medir a quantidade correta de produto;
 Dispositivo que permite a mistura homogênea da polpa da fruta com o produto;
Saída do produto com a polpa

Misturador

Entrada da polpa

Entrada do produto

Figura 2. Sistema de misturador continua de polpa. Fonte: FILHO,2010.

O aroma e sabor típicos de leite fermentado devem-se principalmente pela
presença do acetaldeído, os lactobacilos produzem o aldeído acético que confere o
aroma. A formação de produtos aromáticos pode ser desprezada na produção com
adição de frutas, mas seu uso é indispensável para fabricação de outras bebidas lácteas
sem adição de fruta (natural).4
O tratamento no preparado de fruta, pode causar a perda do seu aroma natural,
esse motivo faz com que frequentemente se adicione agentes aromatizantes para se
reparar este efeito.4,7
A adição de corante em bebidas com frutas tem como objetivo aumentar a
atração do produto. As substâncias utilizadas podem ser naturais ou sintéticas, sabendo
que o Regulamento Técnico de identidade e Qualidade de Bebidas Lácteas estabeleceu
quais as concentrações de corante podem ser utilizados na fabricação.4
Após todo o processo, o produto é levado a recipientes onde através de bicos
injetores é embalado em um material onde não reaja com o produto, sendo o PS muito
Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 27
utilizado de modo que sua embalagem moldada e vedada a partir de uma lâmina
termosselante de alumínio com verniz (considerada universal, que ao ser aquecido
promove a selagem em variados tipos de polímeros - PP, OS, PET, PVC, entre outros)
que tem a função de proteger o alumínio de choques externos (oxidação) e também pode
ser feita a estampagem do produto como meio de marketing, expondo as qualidades do
produto. No término da embalagem, o produto deve ser mantido resfriado a temperatura
abaixo de 10ºC até o seu consumo.8

Bobina de
plástico para
formação da
embalagem

Datagem

Bobina do filme
Cobertura (alumínio,
poliéster, mix-paper)

Dosagem

Aquecimento

Formagem
Selagem

Corte

Figura 3. Fluxo do processo em moldagem, envase e selagem de uma embalagem.
Fonte: Catálogo de Bandeja de Iogurte, 2013.

6. Design e Aspectos Técnicos
A proposta de embalagem para o produto de leite fermentado com polpa de
cupuaçu visa o aspecto fino e flexível, permitindo que consumidor a pressione,
reduzindo seu tamanho e fazendo que seu consumo seja completo sem auxílio de colher,
apresentando manuseio agradável.11

Figura 4. Ilustração das embalagens separadas, selada e aberta com
seu design, vista inclinada.

Embalagem termoformada PS de duas cavidades é apresentada na Figura 5, essa
embalagem é vedada em uma folha de alumino verniz em suas bordas com 0,1 cm em
espessura. Cada câmara de acondicionamento foi calculada para receber 118 cm³ de
produto, conforme especificado a seguir.

Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 28
Figura 5. Ilustraçao de cotas da embalagem; (a) corte lateral (medidas
tecnicas); (b) lacre vista superior com design ilustrativo.

O lacre em folha de alumínio com verniz e polímeros é altamente termosselante,
tendo a borda inferior esquerda destacada, utilizado para “puxe” no sistema abre fácil,
representado na Figura 6.

Figura 6. Ilustração da embalagem com vista superior com as
duas cavidades agrupada

Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 29
Figura 7. Lacre em sistema de laminados formfill-seal (Alumínio, verniz e polímero).

A divisão das embalagens é simples, no processo de termoformagem aplica-se
uma leve pressão no molde ainda quente entre as formas causando uma fenda, tornandoa quebradiça a movimentos de sentido vertical.
7. Conclusão
Um fator ligado a qualidade do produto é sua embalagem, que deve apresentar
em seu projeto praticidade, leveza e mantém o produto preservado, com suas
características organolépticas até o consumo. Frutas com sabores inconfundíveis, como
o cupuaçu são ricos em proteínas, quando utilizados em produtos práticos fazem a
diferença nos mercado moderno, o modelo projetado da embalagem se guia por um
projeto de simulação, descartando o uso de talheres. Seu descarte é totalmente reciclado,
assim diminuindo a degradação ao meio ambiente.
8. Referências bibliográficas
[1] FELLOWS, P.J. Tecnologia do Processamento de Alimentos. Rio Grande do Sul:
Artmed. 2006
[2] CORRENTE, Natália G.; FILHO, Guimes R.; ASSUNÇÃO, Rosana M.N. Estudo
da sulfonação homogênea de poliestireno a partir de bandeja de alimentos
descartada. Disponível em:
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junho de 2013.
[3] MANO, Eloisa Biasotto; Introdução a Polímeros. Rio de Janeiro: Editora Edgard
Blücher LTDA. 1985
[4] FILHO, Waldemar G. V. Bebidas não Alcoolicas. São Paulo: Editora Blucher.
Volume 2, 2010.
[5] LOPES, Alessandra Santos. Estudo químico e nutricional de amêndoas de cacau
(Theobroma cacao L.) e cupuaçu (Theobroma grandiflorum Schum) em função do
processamento. Disponivel em: <http://www.scielo.br/pdf/cta/v28n4/a35v28n4.pdf>.
Acessado em: 8 de junho de 2013

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[6] SOUZA, Aparecida G.C. Fruteiras da Amazonia. Brasilia: Embrapa. 1996
[7] RODAS, Maria A. de Brito; RODRIGUES, Regina M. M. Silva; SAKUMA,
Harumi; TAVARES, Lana Zanetti; SGARBI, Cassia Regina; LOPES, Welitania C.C..
Caracterização físico-química, histológica e viabilidade de bactéria lácticas em
iogurte com frutas. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/%0D/cta/v21n3/8547.pdf>. Acessado em8de junho de 2013
[8]VOTORANTIM METAIS. Folhas. Disponível em: http://www.vmetais.com.br/ptBR/Negocios/Aluminio/Documents/Cat%C3%A1logo%20Folhas%20de%20Alum%C3
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[9] SPINACÉ, Marcia A. da Silva; PAOLI, Marco Aurelio. A TECNOLOGIA DA
RECICLAGEM
DE
POLÍMEROS.
Disponivel
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http://www.scielo.br/pdf/qn/v28n1/23041>. Acessado 22 de maio de 2013
[10] CARVALHO, Ana V.; GARCÍA, Nelson H. Pezoa; FARFÁN, Jaime Amaya.
Proteínas da semente de cupuaçu e alterações devidas à fermentação e à torração.
Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/cta/v28n4/a35v28n4.pdf>. Acessado 10 de
julho de 2013.
[11] CAMARGO, Luiz Antônio; MADALOZO, Luiz Fernando; SOUZA; Pedro Felipe.
EMBALAGEM DE IOGURTE COMO FATOR NA HORA DA COMPRA DO
PRODUTO. Disponivel em: <http://www.slideshare.net/LuizFernando3/embalagensde-iogurte-como-fator-de-deciso-na-hora-da-compra-do-produto>. Acessado 09 de
julho de 2013

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Volume 3‫ ׀‬Número 2‫ ׀‬Abril-Junho de 2013

REVISTA CITINO

SEÇÃO FÁRMACOS E MEDICAMENTOS
DRUGS AND MEDICINES SECTION
PRINCÍPIOS ATIVOS DA FAUNA E FLORA
ACTIVE PRINCIPLES OF FAUNA AND FLORA

Abril - Junho de 2013

Pág.
33. PLANTAS DO GÊNERO BAUHINIA E SUAS POTENCIALIDADES
HIPOGLICEMIANTE E ANTIDIABÉTICA: UM ESTUDO ANALÍTICO
Vol. 3, No. 2,
Abril-Junho de 2013

ORIGINAL ARTICLE

BAUHINIA GENDER PLANTS AND HYPOGLYCEMIC AND
ANTIDIABETIC POTENTIAL: AN ANALYTICAL STUDY
Thaís

Martins dos Santos¹ e Arno Rieder²

¹ Mestranda no Programa de Pós Graduação stricto sensu em Ciências Ambientais, UNEMAT Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus de Cáceres - MT. CELBE (Centro de Pesquisa de
Limnologia, Biodiversidade e Etnobiologia do Pantanal) Av. Santos Dumont, s/nº(65-3223-0113),
Bairro: Santos Dumont–Cidade Universitária-Cáceres/MT-CEP:78.200-000.
² Professor Doutor do Departamento de Agronomia, UNEMAT – Universidade do Estado de Mato
Grosso, Campus de Cáceres - MT, Brasil. Av. Tancredo Neves, 1095 - Cavalhada II
78200-000 - Cáceres - Mato Grosso PABX +55 (65) 3221-0000.

Abstract
The species of Bauhinia are used for the control of Diabetes Mellitus. Aimed to analyze
studies on glucose-activity (hypoglycemic and antihyperglycemic) and antidiabetic
plants of the genus Bauhinia listing the most used and studied, the plant part used, mode
of preparation and the chemical components found. To fetch data we used Google
scholar getting texts from various electronic databases of scientific papers in the period
May to October 2012. We used the Chi-Square (², α = 1%). The species most used and
studied was the B. forficata, the most used the sheet, how to prepare the tea most
mentioned, most compounds found in phytochemical and pharmacological studies were
flavonoids. The available studies focus on few species of Bauhinia. The scientific
validation of folkways could stimulate alternative treatment at a lower cost to diabetic
patients.
Keywords: medicinal plants, diabetes mellitus, pata-de-vaca, herbal medicine,
bioactivity.



thaisms.enf@hotmail.com
Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 33
Vol. 3, No. 2,
Abril-Junho de 2013

ARTIGO ORIGINAL

PLANTAS DO GÊNERO BAUHINIA E SUAS POTENCIALIDADES
HIPOGLICEMIANTE E ANTIDIABÉTICA: UM ESTUDO
ANALÍTICO
Thaís

Martins dos Santos¹ e Arno Rieder²

¹ Mestranda no Programa de Pós Graduação stricto sensu em Ciências Ambientais, UNEMAT Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus de Cáceres - MT. CELBE (Centro de Pesquisa de
Limnologia, Biodiversidade e Etnobiologia do Pantanal) Av. Santos Dumont, s/nº(65-3223-0113),
Bairro: Santos Dumont–Cidade Universitária-Cáceres/MT-CEP:78.200-000.
² Professor Doutor do Departamento de Agronomia, UNEMAT – Universidade do Estado de Mato
Grosso, Campus de Cáceres - MT, Brasil. Av. Tancredo Neves, 1095 - Cavalhada II
78200-000 - Cáceres - Mato Grosso PABX +55 (65) 3221-0000.

Resumo
As espécies do gênero Bauhinia são utilizadas para o controle do Diabetes Mellitus.
Objetivou-se analisar estudos sobre atividade glicemiante (hipoglicemiante e
antihiperglicemiante) e antidiabética das plantas do gênero Bauhinia listando as mais
usadas e estudadas, a parte utilizada da planta, o modo de preparo e os componentes
químicos encontrados. Para a busca dos dados utilizou-se o Google Acadêmico obtendo
textos de várias bases eletrônicas de trabalhos científicos no período de maio a outubro
de 2012. Aplicou-se o teste Qui-Quadrado (², α = 1%). A espécie mais usada e
estudada foi a B. forficata; a parte mais usada a folha; a forma de preparo mais
mencionada o chá; os compostos mais encontrados nos estudos fitoquímicos e
farmacológicos foram os flavonoides. Os estudos disponíveis se concentram em poucas
espécies de Bauhinia. A validação científica dos usos populares poderia estimular o
tratamento alternativo a um custo mais baixo dos pacientes diabéticos.
Palavras-chaves: plantas medicinais, diabetes mellitus, pata-de-vaca, fitoterapia,
bioatividade.

1. Introdução
O Diabetes Mellitus (DM) é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas
por hiperglicemia e associadas a complicações. Pode resultar de defeitos de secreção ou
ação da insulina¹. É um problema de importância crescente em saúde pública. Sua
incidência e prevalência estão aumentando, alcançando proporções epidêmicas. Está


thaisms.enf@hotmail.com
Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 34
associado a complicações que comprometem a produtividade, a qualidade de vida e a
sobrevida dos indivíduos. Além disso, acarreta altos custos para seu controle metabólico
e tratamento de suas complicações².
O uso de fitoterápicos é uma forma opcional de tratamento aos pacientes
diabéticos, considerando ser um tratamento de menor custo, cujos benefícios se somam
aos da terapia convencional³.
As plantas do gênero Bauhinia, conhecidas popularmente como pata-de-vaca,
pertencem à família Fabaceae, e compreendem aproximadamente 300 espécies4, são
amplamente utilizadas em forma de chás para o tratamento do DM.
O uso de fitoterápicos é uma forma opcional de tratamento aos pacientes
diabéticos, considerando ser um tratamento de menor custo, cujos benefícios se somam
aos da terapia convencional³.
Estudos fitoquímicos e farmacológicos realizados com espécies do gênero
Bauhinia revelaram que os principais metabólitos secundários por elas produzidos são
em geral flavonoides, triterpenoides e glicosídeos esteroidais5. Muitas destas espécies
têm sido estudadas com relação à sua constituição química, e várias classes químicas e
substâncias de interesse medicinal foram isoladas e relatadas nesses últimos anos,
embora muito pouco se conheça a respeito do potencial farmacológico desses
compostos5.
Desta forma, é importante que se realizem estudos que comprovem de fato a
bioatividade e o potencial hipoglicemiante e antidiabético das plantas do gênero
Bauhinia, o que daria respaldo ao uso das mesmas proporcionando à população
diabética um tratamento alternativo, de baixo custo e de maior acessibilidade, além de
diminuir os efeitos colaterais dos hipoglicemiantes orais e até mesmo podendo substituir
algumas injeções diárias de insulina, evitando dor e desconforto no tratamento.
Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo realizar uma análise de
estudos disponíveis online, de acesso livre, que tratavam da atividade glicemiante
(hipoglicemiante, antihiperglicemiante) e antidiabética das plantas do gênero Bauhinia.
Foram identificados tipos de estudos, as espécies mais usadas e estudadas, a distribuição
das espécies por regiões de coleta, a parte utilizada da planta, o modo de preparo, os
extratores utilizados e as substâncias químicas encontradas.
2. Materiais e métodos
O estudo é analítico utilizando-se de fontes secundárias encontradas na literatura
acadêmica sobre o tema em pauta. A proposta deste trabalho deriva do Projeto
PLAMEDIA II (Estudo de plantas utilizadas no controle de diabetes em MT- Fase II),
grupo de pesquisa Flobio (Flora Bioativa) CNPq/UNEMAT.
Foram utilizados os estudos já publicados que avaliavam atividades glicemiantes
(hipoglicemiante, antihiperglicemiante) e antidiabéticas de espécies do gênero Bauhinia.
Neste sentido, foram compilados textos etnobotânicos, etnofarmacológicos,
fitoquímicos e farmacológicos, que relacionavam a utilização das espécies do gênero
Bauhinia como fonte potencial para o tratamento e/ou controle do diabetes.
As espécies abordadas foram selecionadas com base em estudos anteriores6
sobre as plantas medicinais utilizadas para o controle do diabetes em Mato Grosso,
Brasil, sendo elas: Bauhinia cheilantha, Bauhinia forficata, Bauhinia glabra, Bauhinia
longifolia, Bauhinia longipétala, Bauhinia nítida, Bauhinia rufa, Bauhinia splendens,
Bauhinia ungulata e Bauhinia rubiginosa.
As fontes secundárias utilizadas foram obtidas através de buscas pelo Google
acadêmico e em várias bases eletrônicas de trabalhos científicos. O procedimento de

Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 35
busca utilizou as seguintes palavras chaves: “nome científico da planta”, “diabetes”,
“abstract”. A pesquisa foi realizada no período de maio a outubro de 2012. Foram
contemplados 39 textos, tendo como tipos de publicações artigos, teses, dissertações,
trabalho de conclusão de curso e resumos em eventos, sendo estes publicados do
período de 2002 a 2012.
As informações coletadas foram armazenadas em um banco de dados no
programa Microsoft Excel® 2007, especialmente confeccionado para o lançamento dos
dados pertinentes retirados dos textos lidos. Posteriormente este banco foi utilizado para
as avaliações necessárias. Para a análise estatística utilizou-se o programa Microsoft
Office Excel® 2010, sendo realizada a partir da codificação por tabulação simples,
distribuição de frequências relativas e absolutas em gráficos e aplicação do teste
estatístico Qui-Quadrado (²) com nível de significância de 1% (α = 0,01).
O teste do ² foi utilizado para comparar proporções, isto é, as possíveis
divergências entre as frequências observadas e esperadas para um certo evento com base
na hipótese de nulidade. Evidentemente, pode-se dizer que dois grupos se comportam
de forma semelhante se as diferenças entre as frequências observadas e as esperadas em
cada categoria forem muito pequenas, próximas à zero7.
3. Resultados e Discussão
Entre todos os textos disponibilizados para as 10 espécies, diante do recurso de
busca utilizado, foram aproveitados 39 que relacionavam as espécies do gênero
Bauhinia estudadas como plantas medicinais usadas no controle do DM. Inúmeros
autores já relataram o potencial farmacológico das plantas deste gênero, e vários deles
citam em especial, sua atividade antidiabética e hipoglicemiante8,9,10,11,12,13,14,15,16.
Entretanto, alguns autores17 não encontraram diferença significativa nos níveis
de glicose e de insulina entre os grupos de pacientes diabéticos do tipo 2 que receberam
o placebo (Imperata brasiliensis, “sapé”) e o chá das folhas de B. forficata durante um
tratamento agudo (0 a 6 horas) e crônico (1 a 56 dias). Isto mostra a importância de se
investigar tal atividade, para que esta seja comprovada cientificamente e de forma
significante, dando respaldo ao uso indicado na medicina popular.
3.1. Tipos de estudos analisados
Na análise realizada para verificar quais os tipos de estudos mais
utilizados, destacaram-se os etnobotânicos representando 42% dos trabalhos analisados,
seguidos dos etnofarmacológicos com 24% (Figura 1). O teste estatístico ², confirma
tal informação, pois conforme o resultado obtido para esta análise, as proporções dos
tipos de estudos que indicam as plantas do gênero Bauhinia para o tratamento do
Diabetes, não foram similares (²c = 28,34; GL= 2; α < 0,01).
Estes dados revelam a grande importância e o interesse da comunidade científica
que tem sido atribuídos aos estudos etnobotânicos e etnofarmacológicos, pois estes são
importantes instrumentos para levantar, compreender e registrar os dados sobre o
conhecimento popular do uso das plantas em uma determinada comunidade18, e estes
conhecimentos de base empírica desenvolvidos por muitos séculos são comprovados
cientificamente, o que habilita a extensão dos usos indicados na medicina popular às
indústrias farmacêuticas contribuindo para a descoberta de novos fármacos, através da
realização de estudos farmacológicos19,20,21. Sem contar também a forma de exploração
dos recursos pelos povos tradicionais que pode nos fornecer subsídios para estratégias
de manejo e exploração de forma sustentável19.

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Em contraste aos estudos de etnoconhecimento estão os farmacológicos e
fítoquímicos, representando respectivamente 15% e 13% dos trabalhos analisados,
revelando um baixo índice de publicação livremente acessíveis para estes tipos de
investigações (Figura 1).

Figura 1. Tipos de estudos encontrados sobre as espécies do gênero Bauhinia
utilizadas no controle do Diabetes Mellitus em Mato Grosso (MT), Brasil, 2012.
Fonte: Dados da pesquisa. SANTOS, T.M, 2012.

Há um grande avanço científico envolvendo os estudos químicos e
farmacológicos de plantas medicinais que visam obter novos compostos com
propriedades terapêuticas e isto pôde ser claramente observado pelo aumento de
trabalhos publicados nesta área, tanto em congressos como em periódicos nacionais e
internacionais, além do surgimento de novos periódicos específicos sobre produtos
naturais ativos22.
No entanto, pouco se conhece a respeito da atividade farmacológica das plantas
do gênero Bauhinia12, isto se deve a falta de estudos farmacológicos e fitoquímicos para
a avaliação do potencial terapêutico destas plantas, como pôde ser percebido na análise
deste trabalho. Este é um fato preocupante, pois as plantas do gênero Bauhinia são
amplamente utilizadas pela população no tratamento de inúmeras enfermidades e estes
estudos são imprescindíveis para a obtenção de princípios naturais ativos e para a
comprovação da eficácia das plantas medicinais utilizadas na medicina popular22.
3.2. Proporção das espécies do gênero Bauhinia nos estudos analisados
A proporção de estudos encontrados que indicam as plantas do gênero Bauhinia
para o tratamento do Diabetes é distinta entre as espécies comparadas (²c = 43,48;
GL= 2; α < 0,01; n=39).
A espécie que possui maior número de estudos é a B. forficata (54%), seguida da
B. cheilantha (31%), B. nitida (7,5%), B. rufa (2,5%), B. longifolia (2,5%) e B. glabra
(2,5%). Para as espécies B. splendens, B. longipetala, B. ungulata e B. rubiginosa não
foi encontrado nenhum estudo que citasse diretamente sua ação hipoglicemiante ou
antidiabética, considerando as palavras chaves, o período e o recurso de busca utilizados
em fontes de acesso livre (Figura 2).

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Figura 2. Proporção das espécies do gênero Bauhinia referidas nos estudos analisados
sobre a utilização das mesmas no controle do Diabetes Mellitus em Mato Grosso (MT),
Brasil, 2012. Fonte: Dados da pesquisa. SANTOS, T.M, 2012.

Inúmeros autores afirmam que a B. forficata é a espécie que apresenta maior
número de estudos que comprovam sua atividade hipoglicemiante10,11,12. É considerada,
muitas vezes pela comunidade rural, como pata-de-vaca verdadeira, assim como muito
usada na forma de chás e outras preparações fitoterápicas, sendo encontrada facilmente
no mercado farmacêutico12. Esta espécie apresenta atividade insulinomimética e mesmo
em diferentes formas de preparo e secagem das folhas não ocorrem alterações na
eficácia antidiabética23.
As demais espécies de Bauhinia utilizadas como antidiabéticas em Mato Grosso
apresentam poucos estudos químicos e farmacológicos de verificação de atividade
hipoglicemiante24. Há referência de estudos pontuais para B. cheilantha25 e para outras
não listadas no estudo em Mato Grosso para o diabetes. Sendo assim, mais estudos são
necessários para as espécies utilizadas assim como para outras do gênero Bauhinia que
possam eventualmente possuir bioatividade desejada. Isto se faz necessário, visto que há
uma grande dificuldade da população em distinguir quais são as espécies realmente
indicadas para tratar o DM, devido à semelhança entre as folhas e flores, o que pode
causar efeitos colaterais prejudiciais à saúde e ineficácia no tratamento.
3.3. Distribuição das espécies do gênero Bauhinia por região de coleta
Pode-se verificar que os estudos com a espécie B. cheilantha tiveram maior
número de coleta na região Nordeste (10 estudos), a B. forficata no Sul (10), a B. nitida
no Centro-Oeste (2), a B. rufa no Nordeste (1), B. glabra no Centro-Oeste (1) e a B.
longifolia no Norte (1) (Figura 3). Ainda tiveram estudos que não indicaram a região de
coleta da espécie B. forficata (2) e B. nitida (1). Tomando-se ainda, as espécies B.
forficata e B. cheilantha, que apresentaram o maior número de estudos verificou-se que
a distribuição das coletas do material vegetal para a realização dos estudos não foram
similares entre regiões. A B. forficata predominou no Sul e a B. cheilantha no Nordeste
(²c = 14,26; GL= 3; α < 0,01).

Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 38
Figura 3. Distribuição das espécies do gênero Bauhinia por regiões brasileiras, nos estudos
encontrados sobre a utilização das mesmas para o controle do Diabetes Mellitus em Mato
Grosso (MT), Brasil, 2012. Fonte: Dados da pesquisa. SANTOS, T.M, 2012.

A B. cheilantha é distribuída geograficamente na região Nordeste,
Centro-Oeste e Sudeste, e está presente no bioma Caatinga e Cerrado26. Já a B. forficata
está distribuída nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, e encontra-se no bioma Mata
Atlântica. Neste estudo, em conformidade com o descrito por autores26, as espécies de
B. forficata foram coletadas também nas regiões Nordeste e Sul, e em contrapartida não
foram coletadas na região Sudeste e sim na região Centro-Oeste26.
A espécie B. longifolia teve como único local de coleta a região Norte, e esta
distribuída geograficamente em todas as cinco regiões brasileiras26.
Tais dados demonstram que algumas espécies do gênero Bauhinia estão
presentes em muitas regiões brasileiras. Entretanto, mesmo diante da diversidade e
ampla distribuição destas por todo o território brasileiro, poucos são os estudos de livre
acesso disponibilizados que tratam de seu potencial terapêutico.
3.4. Partes das plantas utilizadas em preparações terapêuticas
As proporções das partes utilizadas das plantas mencionadas nos estudos, para o
preparo do produto medicamentoso para o controle do Diabetes, não são semelhantes
(²c = 31,46; GL= 2; α < 0,01).
A parte da planta mais indicada nos estudos analisados foi a folha (53%),
seguida da casca (23%), raiz (10%), flor (8%) e semente (6%) (Figura 4).

Figura 4. Partes das plantas do gênero Bauhinia usadas em preparações terapêuticas
referidas nos estudos analisados sobre a utilização das mesmas para o controle do Diabetes
Mellitus em Mato Grosso (MT), Brasil, 2012. Fonte: Dados da pesquisa. SANTOS, T.M,
2012.

Inúmeros estudos fitoquímicos e farmacológicos isolaram compostos químicos
das folhas das espécies do gênero Bauhinia e identificaram princípios ativos
importantes, tais como flavonoides (canferol e quercetina), taninos, alcaloides, entre
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outros, que agem reduzindo a glicemia em ratos diabéticos, sendo por imitar a ação da
insulina, por estimular a captação da glicose pelos músculos ou tecido adiposo, e até
mesmo inibindo a absorção intestinal da glicose20,23,27,28,29,30,31.
Desta forma, as preparações medicinais com as folhas da espécie B. forficata
tem sido respaldadas em comprovações científicas. Já as outras partes da planta usadas
referidas neste trabalho foram encontradas em estudos do etnoconhecimento, sendo que
não foi encontrado nenhum estudo fitoquímico e farmacológico para essas outras partes
que viessem a comprovar a presença de substâncias bioativas e da ação glicêmica das
mesmas. Esta constatação sugere a realização de estudos que investiguem a composição
química das demais partes da planta (além das folhas), já que também são utilizadas na
medicina popular.
3.5. Formas de preparo das plantas do gênero Bauhinia
As proporções das formas de preparo das plantas do gênero Bauhinia
encontradas nos estudos não foram similares (²c = 11,45; GL= 2; α = < 0,01). A forma
de preparo mais citada foi o chá (45%), sendo que o chá por infusão foi mais indicado
do que o chá por decocção (Figura 5).
A maioria das espécies do gênero Bauhinia utilizadas na medicina popular, por
provocarem redução dos teores de glicose do sangue, são consumidas na forma de chá.
Estudos da medicina popular, confirmam que a população utiliza mais o chá por infusão
as folhas secas como forma de preparo27,32,33,34,35,36,37,38,39.
Os extratos são amplamente utilizados em estudos farmacológicos e
fitoquímicos. No presente trabalho estão utilizados em 14% dos estudos analisados.
Um dos modos de preparo mais utilizado entre os estudos farmacológicos e
fitoquímicos foi extração por maceração de folhas23,30,31,40.

Figura 5. Formas de preparo das plantas do gênero Bauhinia mencionadas nos estudos
analisados sobre a utilização das mesmas no controle do Diabetes Mellitus em Mato Grosso
(MT), Brasil, 2012. Fonte: Dados da pesquisa. SANTOS, T.M, 2012.

3.6. Tipos de extratores utilizados e compostos químicos encontrados nos estudos
fitoquímicos e farmacológicos
A proporção dos tipos de extratores utilizados nos estudos analisados é
semelhante (²c = 2,24 ; GL= 2; α > 0,01), assim como a proporção dos compostos
químicos encontrados (²c = 8,50 ; GL= 2; α > 0,01).
O extrator mais utilizado é o etanólico - EtOH (38%), seguido do extrato
hidroetanólico (15%) e metanólico (15%) (Figura 6). Os compostos químicos mais
encontrados foram os flavonoides (38%), taninos (15%) e esteroides glicosilados (15%)
(Figura 7). O maior número de estudos com extrato etanólico, pode estar relacionado a

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melhor capacidade extrativa que este solvente possui para compostos polifenólicos41, o
que resultou de fato na maior extração de compostos flavonoides.

Figura 6. Tipos de extratores usados nos estudos fitoquímicos e
farmacológicos, encontrados sobre as espécies do gênero Bauhinia
utilizadas no controle do Diabetes Mellitus em Mato Grosso (MT), Brasil,
2012. Fonte: Dados da pesquisa. SANTOS, T.M, 2012.

Figura 7. Compostos químicos presentes nas espécies do gênero
Bauhinia encontrados nos estudos fitoquímicos e/ou presentes em
ensaios farmacológicos sobre a utilização das mesmas no controle do
Diabetes Mellitus em Mato Grosso (MT), Brasil, 2012. Fonte: Dados da
pesquisa. SANTOS, T.M, 2012.

Os estudos fitoquímicos e farmacológicos realizados com as espécies do gênero
Bauhinia indicam que as mesmas são constituídas de diferentes classes de metabólitos
secundários de interesse medicinal incluindo: glicosídeos esteroídicos, triterpenos,
lactonas, flavonoides, terpenoides, esteroides, taninos, quinonas, óleo essencial e
alcaloides5,11,12,42,43,44.
A partir do extrato n-butanólico das folhas de B. forficata foram identificados o
canferol e cinco flavonoides glicosilados contendo as agliconas e quercetina, e que a
fração deste extrato na dose de 500 mg/Kg reduziu em 20,7% os níveis glicêmicos após
1 hora de tratamento e a dose de 600 mg/Kg reduziu a glicemia após 1 e 2 horas de
tratamento, apresentando uma queda máxima de 21,3% após 2 horas de tratamento, em
ratos diabéticos tratados por via oral e intraperitoneal31.
Com a extração etanólica (EtOH), butanólica (BuOH) e acética (AcOEt) das
folhas da espécie B. longifolia, identificou a presença de taninos, flavonoides e
quinonas. As frações do extrato em AcOEt e BuOH mostraram inibição da enzima αamilase de 75,46% e 84, 47%, respectivamente, constatando potencial hipoglicemiante
favorável, entretanto, são necessários mais estudos para a comprovação desta
atividade30.

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Em um estudo identificou-se a presença de compostos com atividade
hipoglicemiante, sendo eles, taninos, flavonas, flavonois, xantonas, flavononois,
insulina nos cloroplastos, flavononas e alcaloides a partir do extrato EtOH das folhas da
espécie B. cheilantha27.
Alguns autores afirmaram ainda não terem encontrado a ação hipoglicemiante
tão esperada, conforme citado na literatura, no extrato EtOH das folhas espécie B.
forficata, embora tenham sido identificados esteroides glicosilados nas folhas desta
espécie16.
Os resultados contraditórios descritos por alguns autores em relação ao efeito
hipoglicêmico e antidiabético das espécies do gênero Bauhinia podem estar
relacionados aos seguintes fatores: diferentes doses utilizadas, método de preparação e
tipos de extratos e/ou frações e a via de administração utilizada31.
Além dos fatores acima citados, há aspectos intrínsecos, ambientais e técnicos
que influenciam na produção de metabólitos secundários pela planta e na utilização
destes na formulação de princípios ativos45. Existem ainda fatores tais como: condições
sazonais, luminosidade, temperatura e clima que podem alterar a composição química
das plantas. Isto explica o fato de inúmeras vezes, uma determinada substância ser
isolada a partir de uma espécie em determinada época e local e depois não ser mais
encontrada46,47.
Apesar de muitos compostos serem conhecidos, pouco se conhece sobre a
atividade farmacológica da maioria das substâncias isoladas do gênero Bauhinia48.
A quercetina, um dos flavonoides encontrados amplamente nas espécies de
Bauhinia, atua na regeneração das ilhotas pancreáticas, aumentando a liberação de
insulina plasmática e induzindo a enzima glicocinase hepática49,50,51. Atua também
como potencial antioxidante, inibindo da lipoperoxidação e sequestrantes de Espécies
Reativas de Oxigênio (ERO), os radicais livres52.
4. Considerações finais
A partir dos resultados obtidos no presente trabalho, pode-se notar que são
poucos os estudos farmacológicos e químicos para a comprovação do uso das várias
espécies do gênero Bauhinia no tratamento do Diabetes, e quando realizados, são
contempladas poucas espécies do gênero, entretanto a população continua as utilizando.
Este é um fato preocupante, uma vez que, a ausência de comprovações sobre o seu
potencial farmacológico, juntamente com a dificuldade da população em distingui-las,
podem conduzir a efeitos colaterais prejudiciais à saúde e ineficácia no tratamento.
A utilização de recursos alternativos para o tratamento do Diabetes, como o uso
de drogas vegetais é uma interessante se usada adequadamente. Esta medida sugere ao
paciente diabético um tratamento complementar mais barato e em geral mais acessível.
Além disto, contribui para diminuir ou evitar as injeções diárias de insulina, que são
invasivas e desconfortáveis no tratamento desta doença que afeta a qualidade de vida de
milhões de pessoas.
Para prestar o suporte eficaz e seguro é necessário que se ampliem os estudos
farmacológicos sobre a ação hipoglicemiante, antihiperglicemiante e antidiabética de
um modo geral sobre estas espécies, principalmente focando mais as mesmas com
poucos estudos. Com isto, o uso destas plantas não seria apenas de cunho empírico, mas
com esclarecimento cientifico.

Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 42
5. Agradecimentos
À UNEMAT, PROBIC e FAPEMAT, pelo financiamento e apoio oferecidos ao
Projeto PLAMEDIA II.
6. Referências bibliográficas
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de atenção básica. Diabetes Mellitus. Caderno de atenção básica nº 16, Série A.
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Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 47
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Design de embalagem de vidro para pimenta Cambuci

  • 1. Volume 3‫ ׀‬Número 2‫׀‬Abril-Junho de 2013 REVISTA CITINO Periódico da Associação Nacional Hestia de Ciência, Tecnologia, Inovação e Oportunidade Abril-Junho de 2013
  • 2. Volumes publicados Edição: Volume 3‫ ׀‬Número 2‫ ׀‬Abril-Junho de 2013 Abril - Junho de 2013 Neste lançamento, artigos de revisão e textos originais em fármacos e medicamentos e embalagens. A figura da capa é uma simulação 3D, desenvolvida no software Sketchup. Refere se a uma embalagem vítrea para capsicum baccatum inspirada nas formas da Pimenta Cambuci. Esta imagem foi obtida na Universidade do Estado de Mato Grosso, UNEMAT, pelos pesquisadores Carlos Eduardo Soldá e Ana Paula Livero Sampaio.
  • 3. Abril-Junho de 2013 Revista aberta, organizada pela Associação Nacional Instituto Hestia de Ciência e Tecnologia Abril - Junho de 2013 Revista Citino Associação Nacional Hestia Travessa Campo Grande, 138- Bucarein CEP 89202-202 – Joinville – SC – BRASIL Fax: 47 4009-9002 e-mail: citino@hestia.org.br
  • 4. CONSELHO EDITORIAL CORPO EDITORIAL Prof. Dr. Etney Neves – HESTIA e UNEMAT Editor Profª. Luciana Reginato Dias – UFSC Revisora da redação em Língua Portuguesa Profª. Judith Abi Rached Cruz – UNEMAT Revisora da redação em Língua Inglesa Prof. Marcelo Franco Leão – IFMT e UNEMAT Assessor de Arte Final em Textos e Ilustrações Ana Paula Lívero Sampaio – HESTIA Assessora de Arte Final em Gráficos e Figuras CONSULTORES EDITORIAIS Prof. MSc. Adauto Farias Bueno – UFMT Prof. Dr. Alexandre Mikowski – UFSC Dra. Claudia Cristiane Camilo – USP Profa. Dr. Claudia Roberta Gonçalves – IFMT Prof. MSc. Cristiano José de Andrade – UNICAMP Eng. Eduardo Soares Gonçalves – UNEMAT Prof. Dr. Fabrício Schwanz da Silva – UNEMAT Profa. Dr. Karla Regina Pereira – HESTIA Prof. MSc. Luciano Matheus Tamiozzo – UNEMAT Prof. Dr. Luiz Carlos Ferracin – HESTIA Profa. Dra. Mariana Beraldo Masutti – CPEA Eng. Osny do Amaral Filho – HESTIA Prof. MSc. Paulo Sérgio Costa Lino – UNEMAT Esp. Soraia Cristine Lenzi – HESTIA Profa MSc. Thereza Cristina Utsunomiya Alves – IFMT Abril - Junho de 2013 Prof. Dr. Rodrigo Tognotti Zauberas – UNIMONTE
  • 5. GLOSSÁRIO SEÇÃO EMBALAGENS – design e marketing associados à ciência e tecnologia de materiais para embalagens inovadoras de alimentos, estudo de efeitos protetores da embalagem ao alimento ou reações químicas do material ou alimento correlacionado com sua embalagem. Abril - Junho de 2013 SEÇÃO FÁRMACOS E MEDICAMENTOS – subdividida em princípios ativos da fauna e flora.
  • 6. SUMÁRIO Pág. 1-5 EDITORIAL ARTIGOS SEÇÃO EMBALAGENS 07 Design e simulação de uma embalagem vítrea para Capsicum Baccatum 23 Design e simulação de uma bandeja termoformada com duas cavidades 32 SEÇÃO FÁRMACOS E MEDICAMENTOS 33 Plantas do gênero bauhinia e suas potencialidades Hipoglicemiante e Antidiabética: um estudo analítico Abril - Junho de 2013 06
  • 7. Volume 3‫ ׀‬Número 2‫ ׀‬Abril-Junho de 2013 REVISTA CITINO SEÇÃO EMBALAGENS PACKAGING SECTION Abril - Junho de 2013 Pág. 07. DESIGN E SIMULAÇÃO DE UMA EMBALAGEM VÍTREA PARA CAPSICUM BACCATUM 23. DESIGN E SIMULAÇÃO DE UMA BANDEJA TERMOFORMADA COM DUAS CAVIDADES
  • 8. Vol. 3, No. 2, Abril-Junho de 2013 ORIGINAL ARTICLE DESIGN AND SIMULATION OF A PACKAGING FOR GLASS CAPSICUMS BACCATUM Carlos Eduardo Soldá¹ e Etney Neves2,3 ¹ Departamento de Engenharia de Alimentos, Universidade do Estado de Mato Grosso, Barra do Bugres (MT), Brasil, Campus Rene Barbour, Brasil. Rua A, CEP 78390-000. 2 Professor Visitante do Departamento de Engenharia de Alimentos, UNEMAT.- Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Barra do Bugres - MT. 3 Pesquisador Associado a Associação Nacional Instituto Hestia de Ciência e Tecnologia, HESTIA.- Brasil. Abstract Widely used for obtaining sauces and jellies, pepper Cambuci presents in its composition, compounds of high nutritional value, which in addition to providing a healthy food intake, gives the characteristic flavor to food. The glass packaging for a colloidal dispersion rich in Capsicum bacatum must, on all their assignments, preserve and guarantee the quality of the packaged product. Therefore, it is necessary to know the physico-chemical and rheological jelly, which will serve as a basis to adjust the product, the material that condition food. The glass for display behavior of an inert material, is the most suitable to contain this product. In this work, it is the process to obtain and manufacture of sodo-calcico glass, as well as the criteria for filling and closing of the pack and colloidal dispersion phase of labeling. The glass container has proposed a 200 ml volume and mass storage capacity according to the density of gel is 330 g. The design is equipped with certain features to minimize effort during consumption of its contents by the shape and the absence of corners in the package, but also the appropriateness of the proposed design features pot natural Cambuci pepper fruit. Keywords: pepper cambuci, sodo-calcico, jellies.  kadu3ng@hotmail.com Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 7
  • 9. Vol. 3, No. 2, Abril-Junho de 2013 ARTIGO ORIGINAL DESIGN E SIMULAÇÃO DE UMA EMBALAGEM VÍTREA PARA CAPSICUM BACCATUM Carlos Eduardo Soldá¹ e Etney Neves2,3  ¹ Departamento de Engenharia de Alimentos, Universidade do Estado de Mato Grosso, Barra do Bugres (MT), Brasil, Campus Rene Barbour, Brasil. Rua A, CEP 78390-000. 2 Professor Visitante do Departamento de Engenharia de Alimentos, UNEMAT.- Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Barra do Bugres - MT. 3 Pesquisador Associado a Associação Nacional Instituto Hestia de Ciência e Tecnologia, HESTIA.Brasil. Resumo Utilizada para obtenção de molhos e geleias, a pimenta Cambuci apresenta em sua composição, compostos de alto valor nutricional, que além de proporcionar a ingestão de um produto saudável, confere ao alimento sabor característico. A embalagem de vidro, para uma dispersão coloidal rica em Capsicum bacatum, deve sobre todas as suas atribuições preservar e garantir a qualidade do produto embalado. Sendo assim, faz-se necessário conhecer as características físico-químicas e reológicas da geleia, que servirão como base para adequação do produto ao material que a acondicionará. O vidro, por apresentar comportamento de um material inerte, é o mais indicado para projeto e fabricação de embalagens para o produto especificado. Este trabalho trata então da simulação do processo de obtenção e manufatura do vidro sódo-cálcico, assim como também dos critérios de enchimento e fechamento da embalagem com dispersão coloidal e a fase de rotulagem. A embalagem de vidro em sua proposição de design e simulação tem o volume de projeto de 200 ml e a capacidade projetada de armazenamento de massa é de 330 g. O design objetiva funcionalidades determinadas para minimizar esforços durante o consumo do conteúdo, através do formato e ausência de cantos no interior da embalagem, como também, a proposta de adequação do design do pote às características naturais do fruto da pimenta Cambuci. Palavras-chaves: pimenta cambuci, sódo-cálcico, geléia. 1. Introdução Ao longo dos tempos, o setor industrial de alimentos vem sofrendo constantes mudanças para se adaptar às crescentes exigências dos consumidores. Com papel fundamental na manutenção da qualidade de alimentos, as embalagens são uma parte  kadu3ng@hotmail.com Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 8
  • 10. importante de todas as operações de seu processamento. Por definição é o meio de se obter a distribuição segura de produtos em condições adequadas para o consumidor final com o menor custo, como também uma função técnico-econômica para otimização dos custos de distribuição de mercadorias enquanto maximiza vendas e lucros. 1 No ato de aquisição de um produto, as embalagens podem desempenhar grande relevância, agregando valor a ponto de promover a diferenciação de outros produtos. Um dos seus papéis é o design e os atributos visuais, diretamente ligados ao estímulo à compra. Assim, cabe à embalagem atrair a atenção do consumidor através da definição de cores, padronização e um a s p e c t o gráfico chamativo. A má utilização destes recursos podem resultar em um desempenho de vendas inferior para o produto.2 O universo das embalagens está diretamente ligado ao produto, à indústria e ao marketing, onde todas as funcionalidades empregadas no design têm o papel de representar tudo àquilo que o consumidor não vê. Por traz disso, representa-se o grande esforço produtivo e de marketing que a indústria moderna tem que oferecer.3 O sucesso da embalagem está diretamente relacionado com o desenvolvimento de um projeto, onde deve ser realizado u m e s t u d o d o contexto em que o produto está inserido, sendo o produto e a embalagem uma unidade integrada, para assim trabalhar o projeto como um todo. Desta forma, se todos os parâmetros forem seguidos, a embalagem deve apresentar níveis mínimos possíveis de interação física e química com o produto e o ambiente em que está inserida. 4 Dentre as matérias- primas para a obtenção de embalagens para alimentos, o vidro vem sendo reconhecido como um dos materiais que sintetiza todas as qualidades requeridas. Respondendo positivamente a duas características essenciais de embalagens modernas, embalagens em vidro proporcionam a proteção ao meio ambiente, relacionado ao bom aproveitamento na reciclagem, como também a proteção ao consumidor, pela exposição da qualidade do produto pelas paredes transparentes e a não interação com o alimento durante o armazenamento. 2 Os recipientes utilizados para o acondicionamento de geleias em geral, apresentam grande variedade de tamanhos e formas, assim como também, podem ser elaborados a partir de ligas metálicas ou em vidro.5 Sendo o vidro, o mais indicado devido às características organolépticas das geleias, o que torna este meio mais propício a interação com o material da embalagem. Este trabalho tem o intuito de apresentar o processo de desenvolvimento e projeto de uma embalagem especial, com design e funcionalidades específicas para geleia de pimenta Cambuci (Capsicum baccatum), bem como os principais aspectos do material, manufatura e critérios do processo de enchimento e rotulagem. 2. O vidro O vidro tem os seus primeiros relatos datados nos anos de 9.000 a.C, é formado basicamente de alguns tipos de rochas fundidas em elevadas temperaturas, e em seguida, são resfriadas rapidamente. Inicialmente seu uso era restrito e sua utilidade era apenas para a fabricação de peças de decoração.6 Hoje em contrapartida, representa um setor importante para a indústria brasileira, que produziu cerca de 3,1 milhões de toneladas de vidros no ano de 2006.7 Com o domínio de tecnologias, hoje as indústrias de vidros produzem frascos e garrafas do mais alto padrão de qualidade. Sua constituição baseia-se em 73% de areia, com concentração de 99% de sílica, de 15 a 30% de vidros quebrados, soda barrilha (Na2CO3) e calcário (CaCO3.MgCO3), fundem-se a t e m p e r a t u r a s entre 1.350 a 1.600°C. Deste modo, pode-se optar pelo uso de agentes refinadores, que reduzem o tempo e a temperatura de fusão e eliminam as bolhas formadas, corantes, como óxido Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 9
  • 11. crômico, enxofre e carbono, e o cristal, responsável por mascarar e eliminar impurezas que sejam produzidas no decorrer do processo.1 Da mesma forma que os minerais, os vidros sílicados não são compostos por moléculas discretas, porém são formados a partir de redes tridimensionalmente conectadas. A unidade básica da rede de sílica é o tetraedro silício-oxigênio, no qual o átomo de silício está ligado a quatro átomos de oxigênio maiores. Os átomos de oxigênio arranjam-se espacialmente, dando o formato de um tetraedro.2 O vidro utilizado para a produção de contenedores, frascos e jarras geralmente são elaborados a partir de sopro mecânico e devem apresentar propriedades específicas, tais como:6 Deve ser barato, quando produzido em larga escala; Resistir ao choque sem se deformar; Ser reutilizado ou reciclado; Resistir à incidência de altas temperaturas; Não apresentar a interação com odores, sabores e substâncias tóxicas. Outro fator de extrema importância é a degradação do vidro quando descartado junto ao lixo doméstico. Frente a isto, está a indústria de reciclagem do vidro que cada vez mais procura tirar da natureza a matéria prima descartada. O aproveitamento chega a 100%, no que se refere a 1 kg de vidro reciclado produzir 1 kg de novas embalagens. Além de economizar no consumo de matéria-prima virgem, combina-se também a redução no consumo de energia na produção. Levando em consideração a facilidade na limpeza e esterilização de recipientes de vidro, destaca-se ainda a reutilização em indústrias de bebidas ou como utilitário doméstico.8 3. Embalagem de vidro para alimentos A função básica das embalagens é proteger e conservar os alimentos, mantendo-se sem consideradas alterações em sua composição e qualidades sensoriais, assim como também reduzir a ação de fenômenos que diminuem a vida de prateleira. Na teoria, as embalagens para alimentos, devem proporcionar uma barreira entre o alimento e o ambiente. Além de não poder influenciar no produto, a embalagem controla a transmissão de calor, umidade e de gases e o movimento dos microrganismos ou insetos. A embalagem deve obedecer a outros requisitos adicionais, tais como a operação sem problemas; eficiente e econômica na linha de produção; resistência a danos; rompimentos, rasgões ou amassamento causados por injúrias mecânicas durante o processamento e armazenamento. Não menos importante é imprescindível que ao final apresentem um custo total baixo.1 O vidro é um dos materiais mais indicados para acondicionar alimentos por uma série de fatores. O fato de serem impermeáveis a agentes internos e externos, inertes e não reagirem com os alimentos, confere certa preferência aos demais. Diferindose de materiais plásticos, por exemplo, que durante a vida de prateleira transferem componentes da embalagem, podendo causar contaminação toxicológica ou sensorial ao produto.9 A água e as soluções aquosas reagem com o vidro à temperatura ambiente a uma velocidade extremamente baixa. Nesta reação, ocorre a substituição de algum hidrogênio da água pela quantidade equivalente de sódio, originando então hidróxido de sódio e proporcionando uma alcalinidade muito pequena na água, que pode ser insignificante nas condições normais mesmo para períodos bastante prolongados. Esta reação pode ser acelerada em altas temperaturas e quando submetidas a repetidas esterilizações, o que aumenta a taxa de transferência de sódio da embalagem para o Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 10
  • 12. meio.10 As embalagens podem ter papel fundamental durante o processamento do alimento. Na pasteurização e esterilização, muitos alimentos são processados já dentro da embalagem, sob a incidência de altas temperaturas e diferentes níveis de pressão, estas embalagens não devem apresentar deformações. Os vidros se tratados de maneira correta são apropriados ao processamento pelo calor, quando hermeticamente fechados, assim podendo garantir a não deformação durante o processo. O vidro destaca-se também quanto a sua funcionalidade quando utilizado para embalar alimentos. O que permite a otimização da capacidade para executar o preparo dos alimentos. É permeável a micro-ondas, o que permite que o alimento possa ser consumido na temperatura ideal, ainda envolvido pela própria embalagem. Após o consumo do produto, a embalagem de vidro poderá ser reutilizada ou reciclada. Se dotadas de dispositivos de fechamento, pode facilmente se adequar para embalar outros alimentos através do fechamento hermético. Devido a sua transparência, é possível observar a qualidade do conteúdo na embalagem.1 Salvo as suas restrições, o vidro é considerado um ótimo meio de acondicionamento para alimentos. O mais indicado para alimentos é o Sodo cálcico, sendo a família de vidros mais antiga e largamente utilizada para a obtenção de potes, garrafas, frascos e tubos de lâmpadas.2 Devido a sua rede estrutural, a tentativa de se expressar a composição química do vidro em termos de uma única formula não tem sentido prático. Porém, existe um sistema para descrever a sua composição. Assim, listam-se as quantidades relativas de óxidos provenientes das matérias primas na formulação da composição, a despeito do fato de que esses óxidos não existam por si só na estrutura do vidro. Para efeito de fabricação, os valores relativos são expressos em porcentagem de peso. Sendo o caso do vidro sodo-cálcico, contém normalmente de 8 a 12% em peso de óxido de cálcio e de 12 a 17% de óxido alcalino.2 4. Manufatura da embalagem de vidro O processo de manufatura do vidro se inicia com a mistura e fusão das matérias primas utilizadas a temperatura de 1350 a 1600°C. Mas, antes mesmo de iniciar-se o processo é necessária a seleção das matérias-primas, cálculo das proporções relativas de cada componente e a pesagem dos componentes para obtenção de um material homogêneo. No processo de obtenção do fundido, as matérias-primas passam por uma série de transformações físico-químicas. Para que seja transformado em um líquido homogêneo, pode-se utilizar durante o processamento, técnicas que melhorem a qualidade, tais como a remoção de componentes não fundidos, impurezas e bolhas.11 Após a fundição, a produção de vidros comerciais requer sua obtenção em formatos específicos. Os recipientes de gargalos estreitos são feitos pelo processo sopro-sopro, onde uma porção de vidro a 1000°C é colocada em um molde oco, formando uma bolha e o molde do gargalo. O molde oco é então, invertido e o corpo é formado por sopro de ar comprimido no molde. Os recipientes de boca mais larga, como no caso dos potes de vidro para geleias, são formados pelo processo prensa- sopro, em que a porção de vidro toma a forma em um molde oco e a borda do gargalo é moldada pelo movimento ascendente de um pistão. Passando assim para a moldagem a ar como uno processo sopro-sopro.1 Quando as garrafas saem dos moldes, a temperatura está em torno de 450°C. Devido a sua baixa condutividade térmica, se as garrafas resfriarem sozinhas, sua parte interna resfriará mais lentamente que a parte externa. Assim, esta diferença entre taxas de Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 11
  • 13. transferência térmica causa estresse interno fazendo com que o vidro se torne instável. De modo geral, os vidros depois de moldados passam pelo processo de recozimento ou tempera. Esta técnica tem por finalidade remover as tensões que podem ser criadas na moldagem. O vidro que não passar pelo processo de recozimento, pode estilhaçar-se devido a resultante do resfriamento desigual. O recozimento deve ocorrer a faixas de temperaturas inferiores a temperatura de transição vítrea. Assim a embalagem pode ser encaminhada ao resfriamento, sob condições cuidadosamente controladas, através do fluxo de ar frio ou imersão em óleo.8 5. Dispersão coloidal rica em Capsicum baccatum Dispersões coloidais são misturas homogêneas, onde as partículas dispersas não sedimentam e nem podem ser filtradas por método comum. Esta denominação descreve o comportamento físico-químico de vários produtos que conhecemos tais como o leite, maionese, queijo, creme chantilly e as geleias. 12 Segundo a legislação brasileira, resolução normativa n°15/78 de 1987, se define geleia como o produto obtido pela cocção de frutas inteiras ou em pedaços, polpas ou sucos de frutas, com açúcar e água, e concentrado até a consistência gelatinosa. Uma geleia de boa qualidade tecnológica deve conservar-se bem sem sofrer alterações, mantendo as características pré-estabelecidas sob a legislação. 5 A pimenta Cambuci (Capsicum baccatum) conhecida como chapéu-de-frade, não apresenta pungência e é considerada de sabor agradável pelos apreciadores de pimentas. Pode ser consumida fresca, em saladas, cozidos ou conservas, tendo também potencial para a obtenção de geleias.13,14 Apesar do crescente interesse industrial do cultivo de pimentas, a maior parte da produção caseira de sementes ou comercialização dos frutos maduros, são em mercados e feiras. Estas pimentas além de serem consumidas in natura, podem ser processadas e utilizadas em diversas linhas de produtos na indústria de alimentos, além de ser alternativa para agregar valor aos produtos da agricultura familiar.15 As pimentas Cambuci, apresentam consideráveis concentrações de antioxidantes, ricos em flavonoides e vitamina C, compostos que diminuem o risco de doenças crônicas como câncer de próstata, catarata e diabetes, também pelo efeito desintoxicante do sangue, tendo os capsaicinóides o princípio ativo mais importante.16 Dentre eles podese destacar a capsaicina, diidrocapsaicina, homocapsaicina, homodiidrocapsaicina e a nordiidrocapsaicina. A estrutura molecular de cada uma delas está descrita na figura 01. Levando em consideração a sociedade moderna e a crescente exigência por alimentos saudáveis, a geleia de pimenta Cambuci, além de potencial econômico, apresenta ainda maior relevância por se enquadrar nos moldes de um alimento funcional e pronto para o consumo. Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 12
  • 14. Figura 01. Estrutura química de alguns capsaicinóides: (a) Capsaicina, (b) Diidrocapsaicina, (c) Homocapsaicina, (d) Homodiidrocapsaicina, (d) Nordiidrocapsaicina. Fonte:DAVIS et al., 2007. 6. Geleia de pimenta Cambuci Geleias são misturas semissólidas de açúcar e frutas inteiras, pedaços ou suco, suficientemente firmes para manterem a sua forma. Foi desenvolvida ao longo do tempo com o intuito de preservar a fruta através da acidez e a diminuição da atividade de água com a adição de açúcar. As condições de cozimento da mistura ácida com açúcar e água levam a formação do gel, tendo como base desse processo a presença de pectinas. Estes componentes polímeros são componentes naturais dos vegetais e especialmente de frutas, tendo a sua variação de acordo com a espécie.17 Portanto, os fatores determinantes para a formação da geleia, são as frutas ácidas ou adição de ácidos, substâncias pécticas, açúcar e a água. 6.1. Processo produtivo A combinação adequada dos elementos utilizados e a quantidade deles definirão a qualidade de uma geleia, bem como a sua ordem sequencial de adição durante o 18 processamento. De acordo com a resolução normativa n°15/78 de 1987, em caso de deficiência de substância de origem da fruta, poderá adicionar, por exemplo, acidulantes ou pectina. O gel se forma apenas em pH em torno de 3. Em faixas de pH superiores a 3,5 não acontece a formação de gel. O ponto ótimo de açúcar está ao redor de 67,5%, porém é possível fazer a geleia com alto teor de pectina e ácido com menos de 60% de açúcar. O processamento acontece basicamente da mesma forma para os mais variados tipos de frutas, tendo pequenas alterações dependendo a característica da matéria prima. O processamento da fruta in natura acontece de acordo com a Figura 02, baseado Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 13
  • 15. em conceitos do Manual para a Produção de Geleias de Frutas em Escala Industrial da Fruta in natura, desenvolvido pela EMBRAPA. 5 Na recepção é realizada a seleção cuidadosa, com a retirada de sujidades ainda aderidas a fruta, procedendo a uma pré-lavagem por imersão ou aspersão de água clorada. Antes do descascamento, as frutas devem ser pesadas para o controle do rendimento. A retirada da casca varia de acordo com o tipo da fruta a ser processada. Não se deve adicionar água às frutas para o processamento de geleias, a não ser em casos que a fruta necessite de um pré-cozimento, sendo no máximo 20% do total. A faixa de açúcar não deverá ser superior a 65%. Sendo aconselhável a adição de glicose ou açúcar invertido para o processamento a vácuo ou melhorar a cor e reduzir o sabor doce. A adição de pectina e ácido é realizada sob as concentrações originais das frutas, assim fazendo a calibração para o ponto ideal. As temperaturas e o tempo de cozimento são tabelados em função da concentração de sólidos solúveis e do grau de inversão da sacarose. As geleias processadas a pressão atmosférica devem ser resfriadas a temperatura de 85°C, de modo a conseguir o padrão de geleia satisfatório. As tampas metálicas devem ser internamente envernizadas e providas de anéis vedantes, por necessitarem de maior aderência à embalagem de vidro e proporcionarem o fechamento hermético. Após o tratamento, o produto está pronto para ser rotulado, empacotado e enviado para estocagem e distribuição.18 Figura 02. Fluxograma do processo produtivo para obtenção De geleia de pimenta Cambuci. Fonte: Autor, 2013. Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 14
  • 16. 6.2. Caracterização da geleia de pimenta Cambuci No início do processo de obtenção da geleia é necessário que se faça o teste de pectina. Este indica se há a necessidade de adicionar intencionalmente mais substancias pécticas para melhorar a qualidade do gel formado. Em um trabalho realizado para obtenção experimental de geleia, notou-se a baixa concentração de pectinas, através do teste com álcool. Sendo necessária a adição de pectina convencional (1% p/v) para compensar a deficiência natural da pimenta. Análises físico-químicas determinaram que a geleia de pimenta é composta por 42,53% de água, 0,81% de cinzas, 0% de lipídios, 1,61% de proteínas, 55,05% de carboidratos totais, sendo 7,48% de açúcares redutores e 47,55% de açucares nãoredutores. Além disso, 4,8 de pH, 58° Brix, e 0,36% de acidez, em ácido cítrico. Apesar de apresentar o pH superior e concentração de sólidos solúveis inferior ao ideal, não houve qualquer prejuízo na formação do gel. O valor nutricional foi calculado a partir da concentração de carboidratos, visto que os demais compostos (teores de proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans e sódio) não foram significativos na porção. O valor energético foi de 40,6 Kcal/20g o que corresponde a 10% do valor referente (VDR) a uma dieta de 2000 Kcal.19 7. Critério do processo de enchimento e fechamento Para evitar a contaminação das embalagens comercialmente limpas, elas chegam até a indústria em pallets envolvidas em filmes encolhíveis ou esticáveis. São retirados e invertidos sobre jatos de vapor ou água para higienizá-los, permanecendo invertidos até que aconteça o envase, evitando assim a recontaminação. A máquina de enchimento apropriada depende da natureza do produto e da taxa de produção requerida. Para alimentos pastosos e semi-líquidos, como no caso da geleia de pimenta Cambuci, são indicados enchedores volumétricos. Seus bicos de enchimento funcionam tanto para linha quanto para arranjo rotativo. Todos os envasadores devem adicionar produto a embalagem de forma cuidadosa sem que ocorra derramamento e sem contaminação do fecho. Devem ser dotados de um sistema “sem recipiente, sem enchimento” e ser facilmente cambiáveis para se ajustarem de maneira prática aos diferentes formatos das embalagens. No caso de enchimento em alta temperatura o fechamento hermético é o mais apropriado, portanto as embalagens não podem ser completamente cheias. É necessário um espaço livre, entre o alimento e a tampa, para a formação do vácuo parcial. Sendo este um fator fundamental para reduzir o processo de deterioração oxidativa durante a estocagem, além de reduzir a mudança de pressão dentro do recipiente durante o processamento. Este espaço livre é padronizado e seu tamanho varia ente 6 a 10% do volume do recipiente sob as temperaturas normais de enchimento. Deve-se atentar quando envasar alimentos sólidos ou pastosos, para evitar que ar seja retido junto ao produto, o que diminuiria o vácuo no espaço livre. Os recipientes de vidro podem ser fechados por três tipos de tampas, as tampas sob pressão, tampas comuns e tampas à vácuo. As geleias são embaladas sob temperaturas altas e ainda passam pelo processo de pasteurização/esterilização. Para aproveitar a formação de vapor e por consequência o potencial de formação de vácuo, as tampas utilizadas para este produtos são as a vácuo, que funcionam com o sistema rosquear para fechar e girar para abrir. Um dos principais problemas dos frascos é a facilidade de abrir e fechar o que possibilita a facilidade de adulteração. Embora não seja possível uma proteção mais efetiva, uma embalagem anti-violação retarda o acesso ao interior das embalagens. Em Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 15
  • 17. caso de evidenciarem adulteração, indicam se houve a violação. Pode ser utilizado como lacre da tampa na embalagem de vidro capas de cloreto de polivinila termo-encolhível para os gargalos ou anéis de vedação para recipientes de boca larga, onde o recipiente não poderá ser aberto sem que se quebre ou remova o anel. 1 8. Processo de rotulagem 8.1. O rótulo e suas características fundamentais O rótulo é o pedaço de papel, madeira, metal, tecido, plástico, ou até mesmo à própria pintura da embalagem cumprindo as funções de identificar o produto ou marca; classificar o produto em tipos de categorias; informar os aspectos do produto, como, quem, onde e quando foi feito, o seu conteúdo, como se usa, e quais as normas de segurança do produto embalado; e a função de promover o produto mediante a um design atrativo.20 O rótulo é na maioria das vezes o fator determinante para a venda do produto, sendo encarregado de ilustrar a imagem do produto e de seu fabricante. A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) define rotulagem, pela resolução RDC M° 259, de 20 de setembro de 2002 “como toda inscrição, legenda, imagem ou toda matéria descritiva ou gráfica, escrita, impressa, estampada, gravada em relevo ou litografada ou colada sobre a embalagem do alimento”.21 Tendo o rótulo como ferramenta fundamental na interface consumidor e fornecedor, é necessário que se apresente informações básicas em sua estrutura, sendo elas: 22  Marca ou nome fantasia do produto.  Identificação de lote e data de validade.  Lista de ingredientes.  Condições de armazenamento.  Instruções de uso.  Quantidade do produto. Informações nutricionais obrigatórias.  Identificação da procedência.  Nome do fabricante ou produtor.  Conter advertência sobre substancias como o glúten.  Endereço, município e país em que foi produzido.  Ressaltar o uso de matéria prima orgânica ou transgênica.  8.2. Processo de rotulagem Esta etapa do processamento da geleia de pimenta Cambuci em embalagem de vidro pode ser feita manualmente ou de forma totalmente automatizada, cabendo ao potencial de aquisição que a empresa possuir. Visto a gama de produtos que uma indústria pode produzir e as características físicas que as suas embalagens possam ter, as rotuladoras devem ser as mais adaptáveis possíveis. Analisando as propriedades desejáveis ao produto a ser inserido na linha de produção, busca-se um sistema de rotulagem que além de garantir a qualidade do produto, se adeque as necessidades técnicas de produção e de inovação. Dentre os mais variados tipos de rotuladoras, destacamos as auto-adesivas.23 Estas possuem capacidade de produção contínua e controlam automaticamente o fluxo de entrada e saída de recipientes da máquina. Os frascos são coletados no transportador por uma rosca de alimentação, que ajusta o passo dos recipientes que são Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 16
  • 18. então transferidos pela estrela de alimentação para o carrossel de frascos. Após a rotulagem são transferidos para a estrela de saída, que os deposita no transportador de saída. É flexível quanto a sua implantação, pois possui um sistema de configuração adaptável ao espaço disponível. Esta unidade de rotulagem é indicada para embalagens de vidro e PET, bem como para outros materiais transparentes. É facilmente ajustável a mudanças de formato das embalagens, permitindo assim o uso de designs inovadores e de formatos irregulares. A rotulagem autoadesiva é sensível à pressão e são utilizadas em numerosos tipos e tamanhos de frascos. Sendo ela completamente automática é ideal pra velocidades baixas e médias, bem como a aplicação de alta qualidade de rótulos transparentes sem a aparência de rótulo, permitindo desta forma, a visualização do produto em seu real estado de acondicionamento através da embalagem de vidro. O sistema autoadesivo, pode também utilizar rótulos wash-off, que são facilmente retiráveis dos recipientes, o que garante a sua reutilização tanto pelo consumidor quanto para o retorno a indústria.23 9. Design e aspectos técnicos A exposição das características da embalagem faz compreender os aspectos funcionais que são proporcionados a toda a cadeia produtiva como também destaca a sua importância, desde o processamento até o ato do consumo. 9.1. Software A partir das dimensões e as características estéticas da embalagem definidas, foi desenvolvido um processo de simulação em software, o SketchUp, produto gratuito da empresa Trimble Buildings. O SketchUp é rápido e facilita a criação de objetos e estudo volumétricos. O programa traz uma interface original, que permite a criação, manipulação e a edição de arquivos 3D. Todos os objetos são formados por linhas e faces, portanto uma face só existe se estiver totalmente envolvida por linhas que devem estar em um mesmo plano, ou até mesmo selecionando várias linhas e faces, dando origem a um objeto tridimensional. A simulação acontece em escalas exatas através da entrada de medidas no momento de criação do protótipo.24 O SketchUp é um software bastante maleável, entretanto limitou a eliminação dos cantos perpendiculares externos na parte superior e inferior da embalagem, o que para embalagens de vidro, são considerados fatores de risco a resistência mecânica do material. 9.2. Aspectos técnicos O material escolhido para a embalagem de geleia de pimenta Cambuci é o vidro, mais especificamente o sódo-calcico, visto que esta variedade é a mais indicada para potes de acondicionamento para alimentos. Levando em consideração a densidade específica de geleias em geral de 1100 kg/m3 [25] e o volume desejável de 200 ml foi possível através da Equação 1, calcular a massa de produto a ser embalado. (1) Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 17
  • 19. Para a massa determinada de 330g e a altura desejável de 4,5 cm para a secção interna da embalagem, realizou-se através da Equação 2, o cálculo do raio. (2) O raio calculado foi de 3,8 cm, que remete a 7,6 cm de diâmetro interno do cilindro, onde será adicionada a geleia. Considerando as dimensões das embalagens, a espessura do vidro será de 0,25 cm nas regiões mais próximas ao cilindro interno e mais espessas nas extremidades, visto aos formatos assimétricos. Na Figura 03 o desenho técnico com as dimensões utilizadas, bem como os ângulos das embalagens, podem ser observados no aspecto físico proposto. Figura 03. Desenho técnico com dimensões físicas de diâmetro (mm), alturas (mm), espessura de parede (mm) e ângulos da embalagem. Fonte: Autor, 2013. O design da embalagem para pimenta Cambuci (Figura 06.b) remete a aparência natural do fruto. Em seu formato real, a parte inferior da pimenta apresenta quatro gomos, o que justifica os quatro relevos que contornam o cilindro interior. (a) ( b) Figura 04. (A) Vista 3D da embalagem, com destaque para os semicírculos externos da embalagem. (B) Variedade vermelha de Pimenta Cambuci (Capsicum baccatum). Fonte: Autor, 2013. Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 18
  • 20. A ausência de cantos no interior da embalagem é necessária para que seja facilitada a retirada do produto com o auxílio de colheres, sendo este formato que agrega ainda mais funcionalidade ao produto. Figura 05. Vistas 3D da embalagem. (A) Vista frontal, (B) Vista superior, (C) Vista inferior e (D) Vista isométrica. Fonte: Autor, 2013. 10. Considerações Finais O vidro em seu universo de possibilidades, se adequa de forma abrangente as condições de necessidades básicas no armazenamento de alimentos. Salvo as suas propriedades frágeis, se tomados os devidos cuidados é possível desenvolver a partir desta matéria-prima, embalagens inovadoras e sem riscos para o produto e ao consumidor. As embalagens de vidro destinadas para conter alimentos devem resistir ao choque sem se deformar, ser reutilizado ou reciclado, resistir a incidência de altas temperaturas, e não apresentar interação com odores, sabores e substâncias tóxicas, sendo assim, mantendo a qualidade e a integridade do alimento. O software utilizado para a simulação do recipiente foi o SketchUp, sendo a base fundamental na demonstração física da embalagem. Esta foi desenvolvida e apropriada para geleia de pimenta Cambuci, com o seu design inovador baseado nas formas naturais do fruto. As curvas localizadas na parte exterior da embalagem simulam os quatro gomos localizados na base do fruto de pimenta. O pote tem alto potencial para o reuso para inúmeros fins depois de consumida a geleia. Para a produção comercial, os vidros devem assumir formatos regulares devido à má condutividade térmica que poderá ocasionar trincas quando o material for submetido a diferenças de temperatura. Nos processos de enchimento, fechamento e rotulagem do recipiente devem ser levadas em consideração todas as características do vidro e do produto a ser embalado, sendo primordial para a inovação de embalagem, assegurar o consumidor quanto à garantia das propriedades do alimento, bem como promover o conteúdo perante a um design chamativo. No pote para geleia projetado, poderá ser envasado 330g da dispersão coloidal em um volume de 200 ml, sendo esta proporção baseada nas porções de produtos que já Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 19
  • 21. estão em comercialização. Levando em consideração todos os processos envolvidos na formulação da geleia de pimenta Cambuci, como também o alto potencial de atratividade da embalagem, pode se concluir que o novo produto apresenta características mercadológicas positivas para a sua inserção no mercado. Entretanto, necessita-se, de maiores investimentos em pesquisas, relacionadas à viabilidade econômica da sua produção. 11. Referências bibliográficas [1] FELLOWS, P.J. Tecnologia do Processamento de alimentos: Princípios e Práticas. São Paulo: Artmed, 2006, 2 ed., cap. 24. [2] AKERMAN, M. Natureza, Estrutura e Propriedades do Vidro. Centro técnico de elaboração do vidro – CETEV, nov. 2000. Disponível em: <http://www.dimensaodigital.com.br/ufpr/cf361/vidro_SaintGobain.pdf>. Acesso em: 12 de maio de 2013. [3] MESTRINER, F. Design de Embalagem: Curso básico. São Paulo –SP: Makron Books, 2.ed, 2002. [4] CARVALHO, M.A. Engenharia de Embalagens: Uma abordagem técnica do desenvolvimento de projetos de embalagem. São Paulo – SP: Novatec Editora, 1 ed., 2008. [5] EMBRAPA. Manual para a produção de geleias de frutas em escala industrial, Rio de Janeiro – RJ, 1998. [6] PEREIRA, A.J.V. Desenvolvimento de Novos Produtos em Vidro Utilizando Tecnologias de Protipagem Rápida. Dissertação de Mestrado. Porto, Faculdade de Engenharia da Universidade de Porto, 2006. Disponível em: < http://repositorioaberto.up.pt/bitstream/10216/12418/2/Texto%20integral.pdf >. Acesso em 18 de maio de 2013. [7] ROSA, S.E.S.; CONSENZA, J.P.; BARROSO, D.V. Considerações Sobre a Indústria do Vidro no Brasil: Minerais não-metálicos. BNDES Setorial, Rio de Janeiro, n. 26, p. 101-138, set 2007. [8] SANTOS, A.M.P.; YOSHIDA, C.M.P. Técnico em alimentos: Embalagens. Recife: UFRPE, 2011. [9] ALVES, S.T. A contaminação de alimentos gordurosos através da migração de palstificantes do tipo DEHA e DEHP do filme PVC. Brasília: Universidade de Brasília, 2009. Disponível em: <http://bdm.bce.unb.br/bitstream/10483/1029/1/2009_ SumaraTeixeiraAlves_.pdf>. Acesso em: 02 de junho de 2013 [10] GERMANO, P.M.L.; GERMANO, M.I.S. Higiene e vigilância sanitária de alimentos: Qualidade das matérias primas, doenças transmitidas por alimentos e treinamento de recursos humanos. Barueri – SP, 4° ed., editora Manole, 2011. [11] ALVEZ, L.O.; GIMENEZ, I.F.; MAZALI, I.O. Vidros: Evolução dos vidros, teoria de formação dos vidros, aplicação dos vidros e reciclagem de vidros. 2001. Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 20
  • 22. [12] SCHIEL, D. Apoio ao estudo da físico-química no ensino fundamental e médio: Colóides. CDCC USP São Carlos – SP. Disponível em: http://educar.sc.usp.br/quimapoio/coloides.html> Acesso em: 08 de junho de 2013. [13] ZANCANARO, R.D. Pimentas: Tipos, utilização na culinária e funções no organismo. Brasília – DF, Universidade de Brasília, 2008. Disponível em: <http://bdm.bce.unb.br/bitstream/10483/361/1/2008_RaquelDaneliczenZancanaro.pdf > Acesso em: 08 de junho de 2013. [14] SORA, G.T.S., et. al. Caracterização reológica de geleia diet de pimenta capsicum baccatum. Revista Tecnológica, ed. Especial, V Simpósio de Engenharia, Ciência e Tecnologia de Alimentos, pp. 43-48, 2011. [15] HENZ, G.P. Perspectivas e potencialidades do mercado de pimentas. In: Encontro nacional do agronegócio de pimentas (Capsicum), 1., Mostra nacional de pimentas e produtos derivados. 1., 2004, Brasília, Anais. Brasília: EMBRAPA Hortaliças, 2004. 1 CD-ROM. [16] DAVIS, C.B. et al. Determination of Capsaicinoids in Habanero Peppers by Chemometric Analysis of UV spectral data. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 2007. [17] FÁBRICA DE CIÊNCIA VIVA: As geleias e as compotas. Aveiro – Portugual. Disponível: <:http://www.cienciaviva.pt/projectos/scienceduc/scencmatapoioivonnecompota1.pdf> Acesso em: 09 de junho de 2013. [18] BRASIL. Ministério da Agricultura: EMBRAPA. Manual para a produção de geleiras de frutas em escala industrial. Rio de Janeiro – RJ, 1998. Disponível em: < http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/doc291998_000gc3pmnuc02wx5o k01dx9lcy4av4k9.pdf> Acesso em: 09 de junho de 2013. [19] NASCIMENTO, K.O.N. Caracterização química e informação nutricional de geleia de pimenta Cambuci orgânica (Capsicum baccatum L.). Mossoró – RN, Revista Verde, v.6, p 283-288, 2012. [20] GIOVANNETTI, D.V. El mundo del envase: Manual para el deseño y producción de envases y embalajes. México: Ediciones G. Gili, 1995. [21] BRASIL. ANVISA. Resolução RDC n° 259, de setembro de 2002b. Aprova regulamento técnico sobre rotulagem de alimentos embalados. Diário Oficial da União. 23 de setembro de 2002. [22] MARTINEZ, L.P.G.; PAULA, J.N.L. Estudo sobre a rotulagem de alimentos no Brasil. Programa de pós-graduação em vigilância sanitária. PUC-GO, 200-?. [23] SIDEL – Soluções de Rotulagem: Uma vasta gama de tecnologias para todos os tipos de embalagens. Disponível em: <http://www.sidel.pt/media/2321963/sidel_labeling_solutions_br.pdf> Acesso em: 08 de junho de 2013. Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 21
  • 23. [24] GASPAR, J. Google SketchUp Pró 8: Passo a passo. São Paulo: VectorPró, 2010. Disponível em: <http://www.livrosketchup.com.br/areaexclusiva/LivroSketchUp-8-capitulo-1.pdf> Acesso em: 11 de junho de 2013. [25] MARTIM, E.; RUDEK, M.; WOLUPECK, A. Projeto integrado de disciplinas de graduação – Produção de polpa de morango. Revista de Ensino de Engenharia, v.26, n.1, p. 3-8, 2007. Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 22
  • 24. Vol. 3, No. 2, Abril-Junho de 2013 ORIGINAL ARTICLE DESIGN AND SIMULATION OF A TRAY THERMOFORMED WITH TWO WELL Alexandre Peripolli1 e Etney Neves2 ¹ Acadêmico do Curso de Engenharia de Alimentos, UNEMAT-Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Barra do Bugres – MT, Brasil. Rua Florianópolis, JD Elite II, CEP 78390000. 2 .Professor Visitante do Departamento de Engenharia de Alimentos, UNEMAT.- Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Barra do Bugres - MT. 3 Pesquisador Associado a Associação Nacional Instituto Hestia de Ciência e Tecnologia, HESTIA.Brasil. Abstract The project intended to present a differentiated packaging to meet the consumer demands in the highly competitive current market. The use of the PS (polystyrene) polymer gains more field by taking into account its versatility to adopt numerous moldable forms. Thus raising a brief study detailing its aspects, emphasizing its use in the food industry focus on analyzing the fruit Theobroma grandiflorum (cupuaçu) through its features in formation with fermented milk. Keywords: packaging; fermented milk; polystyrene (ps), theobroma grandiflorum (cupuaçu).  alexandre_peripolli@hotmail.com Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 23
  • 25. Vol. 3, No. 2, Abril-Junho de 2013 ARTIGO ORIGINAL DESIGN E SIMULAÇÃO DE UMA BANDEJA TERMOFORMADA COM DUAS CAVIDADES Alexandre Peripolli1 e Etney Neves2 ¹ Acadêmico do Curso de Engenharia de Alimentos, UNEMAT-Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Barra do Bugres – MT, Brasil. Rua Florianópolis, JD Elite II, CEP 78390000. 2 .Professor Visitante do Departamento de Engenharia de Alimentos, UNEMAT.- Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus Barra do Bugres - MT. 3 Pesquisador Associado a Associação Nacional Instituto Hestia de Ciência e Tecnologia, HESTIA.Brasil. Resumo O presente artigo tem como proposta apresentar a simulação e geração de cenários para uma embalagem de material polímero poliestireno (PS), apresentando um breve estudo e detalhando aspectos físicos da embalagem, ressaltando ainda seu uso na área alimentícia com foco na análise do acondicionamento de derivados do fruto Theobroma Grandiflorum (cupuaçu) com leite fermentado. Palavras-chaves: embalagem, grandiflorum (cupuaçu). leite fermentado, poliestireno (ps), theobroma 1. Introdução A concorrência no âmbito do mercado geral de laticínios nos últimos anos faz com que as indústrias venham a procurar melhorias nas características organolépticas, sensoriais e na estética das embalagens. A grande variedade de frutos de origem da Amazônia, muito apreciada em culinárias típicas, por conter sua propriedade nutricional com alta concentração de vitaminas faz com que seu consumo seja cada vez mais conhecido e procurado nas demais regiões do Brasil e em outros países.1 Alimentos perecíveis requerem consumo rápido. Diante dessa necessidade, os polímeros são altamente recomendados como base material constituintes de embalagens de alimentos por apresentarem leveza e baixo custo na produção, sendo que o seu descarte é totalmente reciclado. Os polímeros são macromoléculas caraterizadas por sua estrutura química, tamanho e características intra e intermoleculares. Suas unidades químicas fazem ligação covalente repetida ao longo de sua estrutura. O nome  alexandre_peripolli@hotmail.com Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 24
  • 26. termoplástico tem origem grega, plastikus de significado material adequado à moldagem. São encontradas de formas naturais como em seda, fibras de algodão, celulose, etc., e também sintética tais como o polipropileno, o poli (tereftalato de etileno), o polietileno, o poli (cloreto de vinila) (PVC), etc.9 Os plásticos são materiais que, embora sólidos à temperatura ambiente em seu estado final, quando aquecidos acima da temperatura de “amolecimento” tornam-se fluidos e passíveis de serem moldados por ação isolada ou conjunta de calor e pressão. 1,9 . Alguns exemplos de termoplásticos são o PP, o PE, o PET, o PVC e o poliestireno (PS).9 2. Embalagem de Poliestireno O surgimento do poliestireno se dá em meados dos anos 30, onde sua produção comercial iniciou-se por volta de 1936, na Alemanha, este material possui como principais características a flexibilidade e maleabilidade em conjunto com o calor. Por apresentar características semelhantes ao vidro, este material é muito utilizado por apresentar custos reduzidos ao transporte, comparado a vidro e metais, fácil maleabilidade a temperatura de 300ºC, moldes de precisão e formas mais amplas, resistente à pressão e choques físicos, fechamento fácil e maior resistência química do que metais. No entanto eles não possuem resistência a altas temperaturas e são menos rígidos comparados a vidro e metais. 1 Por ser um material de baixo custo, acaba sendo um dos principais materiais utilizados em produtos descartáveis, e tendo como uma das formas a reciclagem química, sendo reutilizados para outros fins.2 2.1. Embalagens PS Termoformada O poliestireno é originário da reação entre o estireno com benzeno, que na presença de cloreto de alumínio tem como resultado o etilbenzeno, que sendo hidrogenado forma o estireno, sendo representado pela seguinte formula estrutural: H2C=CHC6H5.3 O processo de moldagem do poliestireno consiste no aquecimento de uma chapa de resina termoplástica, que se posiciona em molde fixado sobre uma prensa, onde é acionada e molda o produto. A moldagem pode ser feita a partir de ar quente na qual se aplica vácuo sugando o material para dentro, tomando assim a forma desejada, conforme representado na Figura 1.3 (a) Fixação do poliestireno (c) Moldagem a vácuo (b) Aquecimento da chapa (d) Extração do produto Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 25
  • 27. Figura 1. Conformação a vácuo de uma chapa termoplástica (PS), (a) Fixação da chapa de poliestireno sobre o molde; (b) Aplicação de calor sobre a chapa; (c) Aplicação de sucção a vácuo sobre a chapa aquecida tomando a forma do molde; (d) A extração do produto pode ser manual ou mecânica, ejetando ar comprimido separando o produto do molde. Fonte: FILHO, 2010. 2.2. Embalagem de PS termoformada para alimentos De forma que o alimento que entra em contato direto com a embalagem requer que esta seja quimicamente inerte, totalmente atóxica, não podendo reagir com o produto. Deste modo o poliestireno é altamente qualificado devido a natureza ácida, as embalagens baseadas em poliestireno são muito utilizadas nas indústrias lácteas com tampa em folhas de alumínio ou até mesmo em outros tipos de polímeros com sistema abre fácil.4 3. Cupuaçu como alimento O cupuaçu (Theobroma grandiflorum) é um fruto encontrado naturalmente na região amazônica, em florestas tropicais úmidas e adjacentes. Sua poupa é muito apreciada na culinária típica norte brasileira, suas qualidades peculiares fazem com que o fruto possua usos em doce, azeda e agridoce, tal elaborada em compotas, geleias, licores, sucos, sorvetes, iogurte e diversos outros doces. A amêndoa do cupuaçu também é muito utilizada, onde após um processo de fermentação e torrificação pode ser obtido um produto análogo ao chocolate, também de sua amêndoa pode ser extraído o seu óleo, uma gordura altamente digestível e compostos de manteiga vegetal, tais como manteiga de cacau muito usado em preparo de chocolate.4,5,6 Seus principais compostos: Umidade 81,1 a 83,2%; Brix 12,6 a 14,4; pH 2,9 a 3,2; acidez titulável em % de acido cítrico 1,9 a 2,8; nitrogênio 10,6 g.kg-1; fosforo 11,6 g.kg-1; potássio 23,5 g.kg-1; cálcio 0,6 g.kg-1; magnésio 0,9 g.kg-1; boro 8,1 mg.kg-1; cobre 4 mg.kg-1; ferro 78,6 mg.kg-1; manganês 20 mg.kg-1; zinco 10,6 mg.kg-1. Apresenta vitamina C 23,12 mg; pectina 0,39%; voláteis 89,0%; açucares redutores 3,03%; sólidos totais 11%; extrato etéreo 0,53%. 6 4. Industrialização e conservação de Leite Fermentado As bebidas lácteas fermentadas são produtos que contêm leite fermentado ou iogurte, soro de leite, polpa ou suco de frutas, outras matérias-primas e aditivos permitidos. Os principais microrganismos utilizado na fermentação em meio de cultura são os Streptococcus thermophillus, Lactobacillus delbrueckii subsp. Lacobacillus acidophilus e bifidobacterium. A prática atual para fabricação de leite fermentado consiste em adicionar bactérias convencionais ao iogurte, tais como L. bulgaricus e S. thermophillus que auxilia no processo, facilitando a fermentação. No entanto existe a formação de acido lático durante o armazenamento formado pelo microrganismo L. bulgaricus, este processo é denominado como pós-acidificação, por ser conhecida por afetar a viabilidade das bactérias probióticas. Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 26
  • 28. O uso de culturas probióticas associadas à outra de suporte compostas, de preferência, de S. thermophilus ou, outra de cultura de iogurte, com diferentes variações de cepas de Lactococcus é recomendável. É utilizado em determinados casos, a combinação de cepas de cultura probióticas como de iogurte que resulta na redução de contagem de probióticas durante a vida de prateleira, enquanto nos outros produtos essa diminuição não ocorre. Isto mostra que cada seleção de cultura diferentes apropriada para cada cultura probiótica é de extrema importância para adquirir um produto final fresco com fermentação de qualidade, obtendo ainda uma boa sobrevivência de cultura microbiota, prolongando sua vida de prateleira. 4 5. Fabricação de iogurte com adição de Cupuaçu e processo de acondicionamento do produto Na pós-fermentação do leite pode-se adicionar polpas e frutas frescas, porém com uma queda na produção frutífera em determinadas regiões do Brasil, a elevação dos preços em ciclos sazonais, distâncias dos mercados e a falta de padrão de qualidade, fez com que as indústrias usem as populares conservas de fruta, visando manter as qualidades sensoriais, com o objetivo de satisfazer as especificações do público alvo. 4 Para que a mistura fique homogênea é necessário um misturador continuo de três unidades distintas:  Medidor de fluxo para dosagem da quantidade correta de polpa;  Dispositivo para medir a quantidade correta de produto;  Dispositivo que permite a mistura homogênea da polpa da fruta com o produto; Saída do produto com a polpa Misturador Entrada da polpa Entrada do produto Figura 2. Sistema de misturador continua de polpa. Fonte: FILHO,2010. O aroma e sabor típicos de leite fermentado devem-se principalmente pela presença do acetaldeído, os lactobacilos produzem o aldeído acético que confere o aroma. A formação de produtos aromáticos pode ser desprezada na produção com adição de frutas, mas seu uso é indispensável para fabricação de outras bebidas lácteas sem adição de fruta (natural).4 O tratamento no preparado de fruta, pode causar a perda do seu aroma natural, esse motivo faz com que frequentemente se adicione agentes aromatizantes para se reparar este efeito.4,7 A adição de corante em bebidas com frutas tem como objetivo aumentar a atração do produto. As substâncias utilizadas podem ser naturais ou sintéticas, sabendo que o Regulamento Técnico de identidade e Qualidade de Bebidas Lácteas estabeleceu quais as concentrações de corante podem ser utilizados na fabricação.4 Após todo o processo, o produto é levado a recipientes onde através de bicos injetores é embalado em um material onde não reaja com o produto, sendo o PS muito Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 27
  • 29. utilizado de modo que sua embalagem moldada e vedada a partir de uma lâmina termosselante de alumínio com verniz (considerada universal, que ao ser aquecido promove a selagem em variados tipos de polímeros - PP, OS, PET, PVC, entre outros) que tem a função de proteger o alumínio de choques externos (oxidação) e também pode ser feita a estampagem do produto como meio de marketing, expondo as qualidades do produto. No término da embalagem, o produto deve ser mantido resfriado a temperatura abaixo de 10ºC até o seu consumo.8 Bobina de plástico para formação da embalagem Datagem Bobina do filme Cobertura (alumínio, poliéster, mix-paper) Dosagem Aquecimento Formagem Selagem Corte Figura 3. Fluxo do processo em moldagem, envase e selagem de uma embalagem. Fonte: Catálogo de Bandeja de Iogurte, 2013. 6. Design e Aspectos Técnicos A proposta de embalagem para o produto de leite fermentado com polpa de cupuaçu visa o aspecto fino e flexível, permitindo que consumidor a pressione, reduzindo seu tamanho e fazendo que seu consumo seja completo sem auxílio de colher, apresentando manuseio agradável.11 Figura 4. Ilustração das embalagens separadas, selada e aberta com seu design, vista inclinada. Embalagem termoformada PS de duas cavidades é apresentada na Figura 5, essa embalagem é vedada em uma folha de alumino verniz em suas bordas com 0,1 cm em espessura. Cada câmara de acondicionamento foi calculada para receber 118 cm³ de produto, conforme especificado a seguir. Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 28
  • 30. Figura 5. Ilustraçao de cotas da embalagem; (a) corte lateral (medidas tecnicas); (b) lacre vista superior com design ilustrativo. O lacre em folha de alumínio com verniz e polímeros é altamente termosselante, tendo a borda inferior esquerda destacada, utilizado para “puxe” no sistema abre fácil, representado na Figura 6. Figura 6. Ilustração da embalagem com vista superior com as duas cavidades agrupada Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 29
  • 31. Figura 7. Lacre em sistema de laminados formfill-seal (Alumínio, verniz e polímero). A divisão das embalagens é simples, no processo de termoformagem aplica-se uma leve pressão no molde ainda quente entre as formas causando uma fenda, tornandoa quebradiça a movimentos de sentido vertical. 7. Conclusão Um fator ligado a qualidade do produto é sua embalagem, que deve apresentar em seu projeto praticidade, leveza e mantém o produto preservado, com suas características organolépticas até o consumo. Frutas com sabores inconfundíveis, como o cupuaçu são ricos em proteínas, quando utilizados em produtos práticos fazem a diferença nos mercado moderno, o modelo projetado da embalagem se guia por um projeto de simulação, descartando o uso de talheres. Seu descarte é totalmente reciclado, assim diminuindo a degradação ao meio ambiente. 8. Referências bibliográficas [1] FELLOWS, P.J. Tecnologia do Processamento de Alimentos. Rio Grande do Sul: Artmed. 2006 [2] CORRENTE, Natália G.; FILHO, Guimes R.; ASSUNÇÃO, Rosana M.N. Estudo da sulfonação homogênea de poliestireno a partir de bandeja de alimentos descartada. Disponível em: <http://www.ipen.br/biblioteca/cd/cbpol/2005/PDF/395.pdf> . Acessado em: 09 de junho de 2013. [3] MANO, Eloisa Biasotto; Introdução a Polímeros. Rio de Janeiro: Editora Edgard Blücher LTDA. 1985 [4] FILHO, Waldemar G. V. Bebidas não Alcoolicas. São Paulo: Editora Blucher. Volume 2, 2010. [5] LOPES, Alessandra Santos. Estudo químico e nutricional de amêndoas de cacau (Theobroma cacao L.) e cupuaçu (Theobroma grandiflorum Schum) em função do processamento. Disponivel em: <http://www.scielo.br/pdf/cta/v28n4/a35v28n4.pdf>. Acessado em: 8 de junho de 2013 Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 30
  • 32. [6] SOUZA, Aparecida G.C. Fruteiras da Amazonia. Brasilia: Embrapa. 1996 [7] RODAS, Maria A. de Brito; RODRIGUES, Regina M. M. Silva; SAKUMA, Harumi; TAVARES, Lana Zanetti; SGARBI, Cassia Regina; LOPES, Welitania C.C.. Caracterização físico-química, histológica e viabilidade de bactéria lácticas em iogurte com frutas. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/cta/v21n3/8547.pdf>. Acessado em8de junho de 2013 [8]VOTORANTIM METAIS. Folhas. Disponível em: http://www.vmetais.com.br/ptBR/Negocios/Aluminio/Documents/Cat%C3%A1logo%20Folhas%20de%20Alum%C3 %ADnio.pdf>. Acessado em: 7 de junho de 2013. [9] SPINACÉ, Marcia A. da Silva; PAOLI, Marco Aurelio. A TECNOLOGIA DA RECICLAGEM DE POLÍMEROS. Disponivel em: < http://www.scielo.br/pdf/qn/v28n1/23041>. Acessado 22 de maio de 2013 [10] CARVALHO, Ana V.; GARCÍA, Nelson H. Pezoa; FARFÁN, Jaime Amaya. Proteínas da semente de cupuaçu e alterações devidas à fermentação e à torração. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/cta/v28n4/a35v28n4.pdf>. Acessado 10 de julho de 2013. [11] CAMARGO, Luiz Antônio; MADALOZO, Luiz Fernando; SOUZA; Pedro Felipe. EMBALAGEM DE IOGURTE COMO FATOR NA HORA DA COMPRA DO PRODUTO. Disponivel em: <http://www.slideshare.net/LuizFernando3/embalagensde-iogurte-como-fator-de-deciso-na-hora-da-compra-do-produto>. Acessado 09 de julho de 2013 Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 31
  • 33. Volume 3‫ ׀‬Número 2‫ ׀‬Abril-Junho de 2013 REVISTA CITINO SEÇÃO FÁRMACOS E MEDICAMENTOS DRUGS AND MEDICINES SECTION PRINCÍPIOS ATIVOS DA FAUNA E FLORA ACTIVE PRINCIPLES OF FAUNA AND FLORA Abril - Junho de 2013 Pág. 33. PLANTAS DO GÊNERO BAUHINIA E SUAS POTENCIALIDADES HIPOGLICEMIANTE E ANTIDIABÉTICA: UM ESTUDO ANALÍTICO
  • 34. Vol. 3, No. 2, Abril-Junho de 2013 ORIGINAL ARTICLE BAUHINIA GENDER PLANTS AND HYPOGLYCEMIC AND ANTIDIABETIC POTENTIAL: AN ANALYTICAL STUDY Thaís Martins dos Santos¹ e Arno Rieder² ¹ Mestranda no Programa de Pós Graduação stricto sensu em Ciências Ambientais, UNEMAT Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus de Cáceres - MT. CELBE (Centro de Pesquisa de Limnologia, Biodiversidade e Etnobiologia do Pantanal) Av. Santos Dumont, s/nº(65-3223-0113), Bairro: Santos Dumont–Cidade Universitária-Cáceres/MT-CEP:78.200-000. ² Professor Doutor do Departamento de Agronomia, UNEMAT – Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus de Cáceres - MT, Brasil. Av. Tancredo Neves, 1095 - Cavalhada II 78200-000 - Cáceres - Mato Grosso PABX +55 (65) 3221-0000. Abstract The species of Bauhinia are used for the control of Diabetes Mellitus. Aimed to analyze studies on glucose-activity (hypoglycemic and antihyperglycemic) and antidiabetic plants of the genus Bauhinia listing the most used and studied, the plant part used, mode of preparation and the chemical components found. To fetch data we used Google scholar getting texts from various electronic databases of scientific papers in the period May to October 2012. We used the Chi-Square (², α = 1%). The species most used and studied was the B. forficata, the most used the sheet, how to prepare the tea most mentioned, most compounds found in phytochemical and pharmacological studies were flavonoids. The available studies focus on few species of Bauhinia. The scientific validation of folkways could stimulate alternative treatment at a lower cost to diabetic patients. Keywords: medicinal plants, diabetes mellitus, pata-de-vaca, herbal medicine, bioactivity.  thaisms.enf@hotmail.com Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 33
  • 35. Vol. 3, No. 2, Abril-Junho de 2013 ARTIGO ORIGINAL PLANTAS DO GÊNERO BAUHINIA E SUAS POTENCIALIDADES HIPOGLICEMIANTE E ANTIDIABÉTICA: UM ESTUDO ANALÍTICO Thaís Martins dos Santos¹ e Arno Rieder² ¹ Mestranda no Programa de Pós Graduação stricto sensu em Ciências Ambientais, UNEMAT Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus de Cáceres - MT. CELBE (Centro de Pesquisa de Limnologia, Biodiversidade e Etnobiologia do Pantanal) Av. Santos Dumont, s/nº(65-3223-0113), Bairro: Santos Dumont–Cidade Universitária-Cáceres/MT-CEP:78.200-000. ² Professor Doutor do Departamento de Agronomia, UNEMAT – Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus de Cáceres - MT, Brasil. Av. Tancredo Neves, 1095 - Cavalhada II 78200-000 - Cáceres - Mato Grosso PABX +55 (65) 3221-0000. Resumo As espécies do gênero Bauhinia são utilizadas para o controle do Diabetes Mellitus. Objetivou-se analisar estudos sobre atividade glicemiante (hipoglicemiante e antihiperglicemiante) e antidiabética das plantas do gênero Bauhinia listando as mais usadas e estudadas, a parte utilizada da planta, o modo de preparo e os componentes químicos encontrados. Para a busca dos dados utilizou-se o Google Acadêmico obtendo textos de várias bases eletrônicas de trabalhos científicos no período de maio a outubro de 2012. Aplicou-se o teste Qui-Quadrado (², α = 1%). A espécie mais usada e estudada foi a B. forficata; a parte mais usada a folha; a forma de preparo mais mencionada o chá; os compostos mais encontrados nos estudos fitoquímicos e farmacológicos foram os flavonoides. Os estudos disponíveis se concentram em poucas espécies de Bauhinia. A validação científica dos usos populares poderia estimular o tratamento alternativo a um custo mais baixo dos pacientes diabéticos. Palavras-chaves: plantas medicinais, diabetes mellitus, pata-de-vaca, fitoterapia, bioatividade. 1. Introdução O Diabetes Mellitus (DM) é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e associadas a complicações. Pode resultar de defeitos de secreção ou ação da insulina¹. É um problema de importância crescente em saúde pública. Sua incidência e prevalência estão aumentando, alcançando proporções epidêmicas. Está  thaisms.enf@hotmail.com Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 34
  • 36. associado a complicações que comprometem a produtividade, a qualidade de vida e a sobrevida dos indivíduos. Além disso, acarreta altos custos para seu controle metabólico e tratamento de suas complicações². O uso de fitoterápicos é uma forma opcional de tratamento aos pacientes diabéticos, considerando ser um tratamento de menor custo, cujos benefícios se somam aos da terapia convencional³. As plantas do gênero Bauhinia, conhecidas popularmente como pata-de-vaca, pertencem à família Fabaceae, e compreendem aproximadamente 300 espécies4, são amplamente utilizadas em forma de chás para o tratamento do DM. O uso de fitoterápicos é uma forma opcional de tratamento aos pacientes diabéticos, considerando ser um tratamento de menor custo, cujos benefícios se somam aos da terapia convencional³. Estudos fitoquímicos e farmacológicos realizados com espécies do gênero Bauhinia revelaram que os principais metabólitos secundários por elas produzidos são em geral flavonoides, triterpenoides e glicosídeos esteroidais5. Muitas destas espécies têm sido estudadas com relação à sua constituição química, e várias classes químicas e substâncias de interesse medicinal foram isoladas e relatadas nesses últimos anos, embora muito pouco se conheça a respeito do potencial farmacológico desses compostos5. Desta forma, é importante que se realizem estudos que comprovem de fato a bioatividade e o potencial hipoglicemiante e antidiabético das plantas do gênero Bauhinia, o que daria respaldo ao uso das mesmas proporcionando à população diabética um tratamento alternativo, de baixo custo e de maior acessibilidade, além de diminuir os efeitos colaterais dos hipoglicemiantes orais e até mesmo podendo substituir algumas injeções diárias de insulina, evitando dor e desconforto no tratamento. Neste sentido, o presente trabalho teve como objetivo realizar uma análise de estudos disponíveis online, de acesso livre, que tratavam da atividade glicemiante (hipoglicemiante, antihiperglicemiante) e antidiabética das plantas do gênero Bauhinia. Foram identificados tipos de estudos, as espécies mais usadas e estudadas, a distribuição das espécies por regiões de coleta, a parte utilizada da planta, o modo de preparo, os extratores utilizados e as substâncias químicas encontradas. 2. Materiais e métodos O estudo é analítico utilizando-se de fontes secundárias encontradas na literatura acadêmica sobre o tema em pauta. A proposta deste trabalho deriva do Projeto PLAMEDIA II (Estudo de plantas utilizadas no controle de diabetes em MT- Fase II), grupo de pesquisa Flobio (Flora Bioativa) CNPq/UNEMAT. Foram utilizados os estudos já publicados que avaliavam atividades glicemiantes (hipoglicemiante, antihiperglicemiante) e antidiabéticas de espécies do gênero Bauhinia. Neste sentido, foram compilados textos etnobotânicos, etnofarmacológicos, fitoquímicos e farmacológicos, que relacionavam a utilização das espécies do gênero Bauhinia como fonte potencial para o tratamento e/ou controle do diabetes. As espécies abordadas foram selecionadas com base em estudos anteriores6 sobre as plantas medicinais utilizadas para o controle do diabetes em Mato Grosso, Brasil, sendo elas: Bauhinia cheilantha, Bauhinia forficata, Bauhinia glabra, Bauhinia longifolia, Bauhinia longipétala, Bauhinia nítida, Bauhinia rufa, Bauhinia splendens, Bauhinia ungulata e Bauhinia rubiginosa. As fontes secundárias utilizadas foram obtidas através de buscas pelo Google acadêmico e em várias bases eletrônicas de trabalhos científicos. O procedimento de Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 35
  • 37. busca utilizou as seguintes palavras chaves: “nome científico da planta”, “diabetes”, “abstract”. A pesquisa foi realizada no período de maio a outubro de 2012. Foram contemplados 39 textos, tendo como tipos de publicações artigos, teses, dissertações, trabalho de conclusão de curso e resumos em eventos, sendo estes publicados do período de 2002 a 2012. As informações coletadas foram armazenadas em um banco de dados no programa Microsoft Excel® 2007, especialmente confeccionado para o lançamento dos dados pertinentes retirados dos textos lidos. Posteriormente este banco foi utilizado para as avaliações necessárias. Para a análise estatística utilizou-se o programa Microsoft Office Excel® 2010, sendo realizada a partir da codificação por tabulação simples, distribuição de frequências relativas e absolutas em gráficos e aplicação do teste estatístico Qui-Quadrado (²) com nível de significância de 1% (α = 0,01). O teste do ² foi utilizado para comparar proporções, isto é, as possíveis divergências entre as frequências observadas e esperadas para um certo evento com base na hipótese de nulidade. Evidentemente, pode-se dizer que dois grupos se comportam de forma semelhante se as diferenças entre as frequências observadas e as esperadas em cada categoria forem muito pequenas, próximas à zero7. 3. Resultados e Discussão Entre todos os textos disponibilizados para as 10 espécies, diante do recurso de busca utilizado, foram aproveitados 39 que relacionavam as espécies do gênero Bauhinia estudadas como plantas medicinais usadas no controle do DM. Inúmeros autores já relataram o potencial farmacológico das plantas deste gênero, e vários deles citam em especial, sua atividade antidiabética e hipoglicemiante8,9,10,11,12,13,14,15,16. Entretanto, alguns autores17 não encontraram diferença significativa nos níveis de glicose e de insulina entre os grupos de pacientes diabéticos do tipo 2 que receberam o placebo (Imperata brasiliensis, “sapé”) e o chá das folhas de B. forficata durante um tratamento agudo (0 a 6 horas) e crônico (1 a 56 dias). Isto mostra a importância de se investigar tal atividade, para que esta seja comprovada cientificamente e de forma significante, dando respaldo ao uso indicado na medicina popular. 3.1. Tipos de estudos analisados Na análise realizada para verificar quais os tipos de estudos mais utilizados, destacaram-se os etnobotânicos representando 42% dos trabalhos analisados, seguidos dos etnofarmacológicos com 24% (Figura 1). O teste estatístico ², confirma tal informação, pois conforme o resultado obtido para esta análise, as proporções dos tipos de estudos que indicam as plantas do gênero Bauhinia para o tratamento do Diabetes, não foram similares (²c = 28,34; GL= 2; α < 0,01). Estes dados revelam a grande importância e o interesse da comunidade científica que tem sido atribuídos aos estudos etnobotânicos e etnofarmacológicos, pois estes são importantes instrumentos para levantar, compreender e registrar os dados sobre o conhecimento popular do uso das plantas em uma determinada comunidade18, e estes conhecimentos de base empírica desenvolvidos por muitos séculos são comprovados cientificamente, o que habilita a extensão dos usos indicados na medicina popular às indústrias farmacêuticas contribuindo para a descoberta de novos fármacos, através da realização de estudos farmacológicos19,20,21. Sem contar também a forma de exploração dos recursos pelos povos tradicionais que pode nos fornecer subsídios para estratégias de manejo e exploração de forma sustentável19. Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 36
  • 38. Em contraste aos estudos de etnoconhecimento estão os farmacológicos e fítoquímicos, representando respectivamente 15% e 13% dos trabalhos analisados, revelando um baixo índice de publicação livremente acessíveis para estes tipos de investigações (Figura 1). Figura 1. Tipos de estudos encontrados sobre as espécies do gênero Bauhinia utilizadas no controle do Diabetes Mellitus em Mato Grosso (MT), Brasil, 2012. Fonte: Dados da pesquisa. SANTOS, T.M, 2012. Há um grande avanço científico envolvendo os estudos químicos e farmacológicos de plantas medicinais que visam obter novos compostos com propriedades terapêuticas e isto pôde ser claramente observado pelo aumento de trabalhos publicados nesta área, tanto em congressos como em periódicos nacionais e internacionais, além do surgimento de novos periódicos específicos sobre produtos naturais ativos22. No entanto, pouco se conhece a respeito da atividade farmacológica das plantas do gênero Bauhinia12, isto se deve a falta de estudos farmacológicos e fitoquímicos para a avaliação do potencial terapêutico destas plantas, como pôde ser percebido na análise deste trabalho. Este é um fato preocupante, pois as plantas do gênero Bauhinia são amplamente utilizadas pela população no tratamento de inúmeras enfermidades e estes estudos são imprescindíveis para a obtenção de princípios naturais ativos e para a comprovação da eficácia das plantas medicinais utilizadas na medicina popular22. 3.2. Proporção das espécies do gênero Bauhinia nos estudos analisados A proporção de estudos encontrados que indicam as plantas do gênero Bauhinia para o tratamento do Diabetes é distinta entre as espécies comparadas (²c = 43,48; GL= 2; α < 0,01; n=39). A espécie que possui maior número de estudos é a B. forficata (54%), seguida da B. cheilantha (31%), B. nitida (7,5%), B. rufa (2,5%), B. longifolia (2,5%) e B. glabra (2,5%). Para as espécies B. splendens, B. longipetala, B. ungulata e B. rubiginosa não foi encontrado nenhum estudo que citasse diretamente sua ação hipoglicemiante ou antidiabética, considerando as palavras chaves, o período e o recurso de busca utilizados em fontes de acesso livre (Figura 2). Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 37
  • 39. Figura 2. Proporção das espécies do gênero Bauhinia referidas nos estudos analisados sobre a utilização das mesmas no controle do Diabetes Mellitus em Mato Grosso (MT), Brasil, 2012. Fonte: Dados da pesquisa. SANTOS, T.M, 2012. Inúmeros autores afirmam que a B. forficata é a espécie que apresenta maior número de estudos que comprovam sua atividade hipoglicemiante10,11,12. É considerada, muitas vezes pela comunidade rural, como pata-de-vaca verdadeira, assim como muito usada na forma de chás e outras preparações fitoterápicas, sendo encontrada facilmente no mercado farmacêutico12. Esta espécie apresenta atividade insulinomimética e mesmo em diferentes formas de preparo e secagem das folhas não ocorrem alterações na eficácia antidiabética23. As demais espécies de Bauhinia utilizadas como antidiabéticas em Mato Grosso apresentam poucos estudos químicos e farmacológicos de verificação de atividade hipoglicemiante24. Há referência de estudos pontuais para B. cheilantha25 e para outras não listadas no estudo em Mato Grosso para o diabetes. Sendo assim, mais estudos são necessários para as espécies utilizadas assim como para outras do gênero Bauhinia que possam eventualmente possuir bioatividade desejada. Isto se faz necessário, visto que há uma grande dificuldade da população em distinguir quais são as espécies realmente indicadas para tratar o DM, devido à semelhança entre as folhas e flores, o que pode causar efeitos colaterais prejudiciais à saúde e ineficácia no tratamento. 3.3. Distribuição das espécies do gênero Bauhinia por região de coleta Pode-se verificar que os estudos com a espécie B. cheilantha tiveram maior número de coleta na região Nordeste (10 estudos), a B. forficata no Sul (10), a B. nitida no Centro-Oeste (2), a B. rufa no Nordeste (1), B. glabra no Centro-Oeste (1) e a B. longifolia no Norte (1) (Figura 3). Ainda tiveram estudos que não indicaram a região de coleta da espécie B. forficata (2) e B. nitida (1). Tomando-se ainda, as espécies B. forficata e B. cheilantha, que apresentaram o maior número de estudos verificou-se que a distribuição das coletas do material vegetal para a realização dos estudos não foram similares entre regiões. A B. forficata predominou no Sul e a B. cheilantha no Nordeste (²c = 14,26; GL= 3; α < 0,01). Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 38
  • 40. Figura 3. Distribuição das espécies do gênero Bauhinia por regiões brasileiras, nos estudos encontrados sobre a utilização das mesmas para o controle do Diabetes Mellitus em Mato Grosso (MT), Brasil, 2012. Fonte: Dados da pesquisa. SANTOS, T.M, 2012. A B. cheilantha é distribuída geograficamente na região Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, e está presente no bioma Caatinga e Cerrado26. Já a B. forficata está distribuída nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, e encontra-se no bioma Mata Atlântica. Neste estudo, em conformidade com o descrito por autores26, as espécies de B. forficata foram coletadas também nas regiões Nordeste e Sul, e em contrapartida não foram coletadas na região Sudeste e sim na região Centro-Oeste26. A espécie B. longifolia teve como único local de coleta a região Norte, e esta distribuída geograficamente em todas as cinco regiões brasileiras26. Tais dados demonstram que algumas espécies do gênero Bauhinia estão presentes em muitas regiões brasileiras. Entretanto, mesmo diante da diversidade e ampla distribuição destas por todo o território brasileiro, poucos são os estudos de livre acesso disponibilizados que tratam de seu potencial terapêutico. 3.4. Partes das plantas utilizadas em preparações terapêuticas As proporções das partes utilizadas das plantas mencionadas nos estudos, para o preparo do produto medicamentoso para o controle do Diabetes, não são semelhantes (²c = 31,46; GL= 2; α < 0,01). A parte da planta mais indicada nos estudos analisados foi a folha (53%), seguida da casca (23%), raiz (10%), flor (8%) e semente (6%) (Figura 4). Figura 4. Partes das plantas do gênero Bauhinia usadas em preparações terapêuticas referidas nos estudos analisados sobre a utilização das mesmas para o controle do Diabetes Mellitus em Mato Grosso (MT), Brasil, 2012. Fonte: Dados da pesquisa. SANTOS, T.M, 2012. Inúmeros estudos fitoquímicos e farmacológicos isolaram compostos químicos das folhas das espécies do gênero Bauhinia e identificaram princípios ativos importantes, tais como flavonoides (canferol e quercetina), taninos, alcaloides, entre Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 39
  • 41. outros, que agem reduzindo a glicemia em ratos diabéticos, sendo por imitar a ação da insulina, por estimular a captação da glicose pelos músculos ou tecido adiposo, e até mesmo inibindo a absorção intestinal da glicose20,23,27,28,29,30,31. Desta forma, as preparações medicinais com as folhas da espécie B. forficata tem sido respaldadas em comprovações científicas. Já as outras partes da planta usadas referidas neste trabalho foram encontradas em estudos do etnoconhecimento, sendo que não foi encontrado nenhum estudo fitoquímico e farmacológico para essas outras partes que viessem a comprovar a presença de substâncias bioativas e da ação glicêmica das mesmas. Esta constatação sugere a realização de estudos que investiguem a composição química das demais partes da planta (além das folhas), já que também são utilizadas na medicina popular. 3.5. Formas de preparo das plantas do gênero Bauhinia As proporções das formas de preparo das plantas do gênero Bauhinia encontradas nos estudos não foram similares (²c = 11,45; GL= 2; α = < 0,01). A forma de preparo mais citada foi o chá (45%), sendo que o chá por infusão foi mais indicado do que o chá por decocção (Figura 5). A maioria das espécies do gênero Bauhinia utilizadas na medicina popular, por provocarem redução dos teores de glicose do sangue, são consumidas na forma de chá. Estudos da medicina popular, confirmam que a população utiliza mais o chá por infusão as folhas secas como forma de preparo27,32,33,34,35,36,37,38,39. Os extratos são amplamente utilizados em estudos farmacológicos e fitoquímicos. No presente trabalho estão utilizados em 14% dos estudos analisados. Um dos modos de preparo mais utilizado entre os estudos farmacológicos e fitoquímicos foi extração por maceração de folhas23,30,31,40. Figura 5. Formas de preparo das plantas do gênero Bauhinia mencionadas nos estudos analisados sobre a utilização das mesmas no controle do Diabetes Mellitus em Mato Grosso (MT), Brasil, 2012. Fonte: Dados da pesquisa. SANTOS, T.M, 2012. 3.6. Tipos de extratores utilizados e compostos químicos encontrados nos estudos fitoquímicos e farmacológicos A proporção dos tipos de extratores utilizados nos estudos analisados é semelhante (²c = 2,24 ; GL= 2; α > 0,01), assim como a proporção dos compostos químicos encontrados (²c = 8,50 ; GL= 2; α > 0,01). O extrator mais utilizado é o etanólico - EtOH (38%), seguido do extrato hidroetanólico (15%) e metanólico (15%) (Figura 6). Os compostos químicos mais encontrados foram os flavonoides (38%), taninos (15%) e esteroides glicosilados (15%) (Figura 7). O maior número de estudos com extrato etanólico, pode estar relacionado a Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 40
  • 42. melhor capacidade extrativa que este solvente possui para compostos polifenólicos41, o que resultou de fato na maior extração de compostos flavonoides. Figura 6. Tipos de extratores usados nos estudos fitoquímicos e farmacológicos, encontrados sobre as espécies do gênero Bauhinia utilizadas no controle do Diabetes Mellitus em Mato Grosso (MT), Brasil, 2012. Fonte: Dados da pesquisa. SANTOS, T.M, 2012. Figura 7. Compostos químicos presentes nas espécies do gênero Bauhinia encontrados nos estudos fitoquímicos e/ou presentes em ensaios farmacológicos sobre a utilização das mesmas no controle do Diabetes Mellitus em Mato Grosso (MT), Brasil, 2012. Fonte: Dados da pesquisa. SANTOS, T.M, 2012. Os estudos fitoquímicos e farmacológicos realizados com as espécies do gênero Bauhinia indicam que as mesmas são constituídas de diferentes classes de metabólitos secundários de interesse medicinal incluindo: glicosídeos esteroídicos, triterpenos, lactonas, flavonoides, terpenoides, esteroides, taninos, quinonas, óleo essencial e alcaloides5,11,12,42,43,44. A partir do extrato n-butanólico das folhas de B. forficata foram identificados o canferol e cinco flavonoides glicosilados contendo as agliconas e quercetina, e que a fração deste extrato na dose de 500 mg/Kg reduziu em 20,7% os níveis glicêmicos após 1 hora de tratamento e a dose de 600 mg/Kg reduziu a glicemia após 1 e 2 horas de tratamento, apresentando uma queda máxima de 21,3% após 2 horas de tratamento, em ratos diabéticos tratados por via oral e intraperitoneal31. Com a extração etanólica (EtOH), butanólica (BuOH) e acética (AcOEt) das folhas da espécie B. longifolia, identificou a presença de taninos, flavonoides e quinonas. As frações do extrato em AcOEt e BuOH mostraram inibição da enzima αamilase de 75,46% e 84, 47%, respectivamente, constatando potencial hipoglicemiante favorável, entretanto, são necessários mais estudos para a comprovação desta atividade30. Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 41
  • 43. Em um estudo identificou-se a presença de compostos com atividade hipoglicemiante, sendo eles, taninos, flavonas, flavonois, xantonas, flavononois, insulina nos cloroplastos, flavononas e alcaloides a partir do extrato EtOH das folhas da espécie B. cheilantha27. Alguns autores afirmaram ainda não terem encontrado a ação hipoglicemiante tão esperada, conforme citado na literatura, no extrato EtOH das folhas espécie B. forficata, embora tenham sido identificados esteroides glicosilados nas folhas desta espécie16. Os resultados contraditórios descritos por alguns autores em relação ao efeito hipoglicêmico e antidiabético das espécies do gênero Bauhinia podem estar relacionados aos seguintes fatores: diferentes doses utilizadas, método de preparação e tipos de extratos e/ou frações e a via de administração utilizada31. Além dos fatores acima citados, há aspectos intrínsecos, ambientais e técnicos que influenciam na produção de metabólitos secundários pela planta e na utilização destes na formulação de princípios ativos45. Existem ainda fatores tais como: condições sazonais, luminosidade, temperatura e clima que podem alterar a composição química das plantas. Isto explica o fato de inúmeras vezes, uma determinada substância ser isolada a partir de uma espécie em determinada época e local e depois não ser mais encontrada46,47. Apesar de muitos compostos serem conhecidos, pouco se conhece sobre a atividade farmacológica da maioria das substâncias isoladas do gênero Bauhinia48. A quercetina, um dos flavonoides encontrados amplamente nas espécies de Bauhinia, atua na regeneração das ilhotas pancreáticas, aumentando a liberação de insulina plasmática e induzindo a enzima glicocinase hepática49,50,51. Atua também como potencial antioxidante, inibindo da lipoperoxidação e sequestrantes de Espécies Reativas de Oxigênio (ERO), os radicais livres52. 4. Considerações finais A partir dos resultados obtidos no presente trabalho, pode-se notar que são poucos os estudos farmacológicos e químicos para a comprovação do uso das várias espécies do gênero Bauhinia no tratamento do Diabetes, e quando realizados, são contempladas poucas espécies do gênero, entretanto a população continua as utilizando. Este é um fato preocupante, uma vez que, a ausência de comprovações sobre o seu potencial farmacológico, juntamente com a dificuldade da população em distingui-las, podem conduzir a efeitos colaterais prejudiciais à saúde e ineficácia no tratamento. A utilização de recursos alternativos para o tratamento do Diabetes, como o uso de drogas vegetais é uma interessante se usada adequadamente. Esta medida sugere ao paciente diabético um tratamento complementar mais barato e em geral mais acessível. Além disto, contribui para diminuir ou evitar as injeções diárias de insulina, que são invasivas e desconfortáveis no tratamento desta doença que afeta a qualidade de vida de milhões de pessoas. Para prestar o suporte eficaz e seguro é necessário que se ampliem os estudos farmacológicos sobre a ação hipoglicemiante, antihiperglicemiante e antidiabética de um modo geral sobre estas espécies, principalmente focando mais as mesmas com poucos estudos. Com isto, o uso destas plantas não seria apenas de cunho empírico, mas com esclarecimento cientifico. Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 42
  • 44. 5. Agradecimentos À UNEMAT, PROBIC e FAPEMAT, pelo financiamento e apoio oferecidos ao Projeto PLAMEDIA II. 6. Referências bibliográficas [1] BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de atenção à saúde. Departamento de atenção básica. Diabetes Mellitus. Caderno de atenção básica nº 16, Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília – DF, 2006. Acesso às 20:14 horas, em 13 de maio de 2012. [2] SBD (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES). Consenso Brasileiro sobre Diabetes: síndrome metabólica. Rio de Janeiro: tratamento do Diabetes Melito do tipo 2, 73p. 2002. [3] BORGES KB, BAUTISTA HB, GUILERA S. Diabetes – utilizacao de plantas de plantas medicinais como forma opcional de tratamento. Revista Eletronica de Farmacia. 5(2):12-20, 2008. [4] BARBOSA-FILHO JM, VASCONCELOS THC, ALENCAR AA, BATISTA LM, OLIVEIRA RAG, GUEDES DN, FALCÃO HS, MOURA MD, DINIZ MFFM, MODESTO-FILHO J. Plants and their active constituents from South, Central, and North America with hypoglycemic activity. Rev Bras Farmacogn. 15: 392-413, 2005. [5] BIANCO, E.M; SANTOS, C.A.M. Substâncias isoladas das folhas de Bauhinia microstachya (Raddi) Macbr. (Caesalpiniaceae). Curitiba, PR: Universidade Federal do Paraná. Revista Brasileira de Farmacognosia, V. 13, n. 2, p. 93-99, 2003. ISSN 0102-695X. [6] RIEDER, A.; GUARIM NETO, G. Plantas medicinais utilizadas para o controle de diabetes em Mato Grosso, Brasil. Cáceres: UNEMAT Editora, 2012. 97 p. ISBN 978-85-7911-074-0. [7] CONTI, F. Qui-Quadrado. Muitas Dicas. Laboratório de Informática - ICB – UFPA. Disponível em: <http://www.cultura.ufpa.br/dicas/>. Acessado em 20 de agosto de 2012. [8] JULIANI, C.; Rev. Med. Pharm. Chem. Phys. 1929, 2, 1. [9] OLIVEIRA, C..; KATO, E.T.M.; RODRIGUES, R.F.; BASSO, S.L.. Mitos e verdades sobre pata-de- -vaca - Bauhinia forficata Link – uma revisao. Lecta – USF. v. 19 (1/2): 7-20, 2001. [10] SILVA, J.M. Flora medicinal: introdução a fitoterapia e farmacologia. Disponível em: <www.floramedicinal.com.br>. 2004. Acesso em: 23 set. 2012. [11] PEPATO, M.T.; KELLER, E.H.; BAVIERA, A.M.; SILVA, M.P.M.; VENDRAMINI, R.C.; BRUNETI, I.L. XIII Reunião Anual da FSBE, Caxambú, Brasil, 2002. Vol. 3, No. 2, Abril – Junho 2013, Página 43
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