O documento discute diferentes modelos pedagógicos como o construtivismo, a teoria crítica e a teoria da reprodução. Também aborda teorias não-críticas como a tradicional, renovada e tecnicista, além de teorias crítico-reprodutivistas como a de Bourdieu e Passeron sobre violência simbólica e a de Althusser sobre a escola como aparelho ideológico do Estado. Por fim, apresenta pedagogias como a libertadora de Paulo Freire e a crítico-social dos con
2. Em nosso processo de construção da
prática docente, seja nas situações de sala
de aula ou nos estágios que realizamos,
percebemos como são diferentes as formas
de trabalho dos professores. Muitas vezesp
nos identificamos com algum, refletindo que,
quando estivéssemos com nossos alunos
gostaríamos de trabalhar daquele jeito, e
elegemos um “ modelo “ que nos
acompanhará até que nos constituamos
bé ftambém como professores.
Mas o que atravessa ou dá substância às
práticas pedagógicas?
Como se constitui o
trabalho docente ?
3. Modelo Jesuítico
A eficiência da pedagogia dos jesuítas resulta
do cuidado com a preparação dos mestres e
uma ação uniforme de suas práticas.
O Ratio Studiorum era um documento, publicado
em 1599 com regras práticas sobre a açãoem 1599, com regras práticas sobre a ação
pedagógica, organização administrativa e outros
assuntos.
Gadotti (2002) complementa: a Ratio Studiorum
é o plano de estudos, de métodos e a base
filosófica dos jesuítas. Representa o primeiro
i i d d d ã óli El f isistema organizado da educação católica. Ela foi
promulgada em 1599, depois de um período de
elaboração e experimentação .
4. Saviani (2006) discutindo as teorias da
educação e o problema da marginalidade
coloca que, grosso modo as teorias
educacionais podem ser classificadas em
dois grupos:
Num primeiro grupo, as teorias que
entendem ser a educação um instrumento
de equalização social e, portanto, de
superação da marginalidade.
5. No segundo grupo, as teorias que
entendem ser a educação um
instrumento de discriminação social,
logo, um fator de marginalização.
Para esse autor, as teorias do primeiro
grupo são denominadas de não-críticas.
E as do segundo grupo como teorias
crítico-reprodutivistas.p
6. Teorias não-críticas
Tradicional
Nessa concepção de aprendizagem, o
ensino consiste em repassar os
conhecimentos a aprendizagem éconhecimentos, a aprendizagem é
repetitiva e mecânica e a transferência da
aprendizagem depende do treino, e espera-
se então que o aluno possa responder às
situações novas de forma semelhante às
respostas ensinadas em situaçõesp ç
anteriores.
7. Teorias não-críticas
Renovada
Em oposição à Escola Tradicional, a Escola
Nova destaca o princípio da aprendizagem
por descoberta e estabelece que a atitudepor descoberta e estabelece que a atitude
de aprendizagem parte do interesse dos
alunos, que, por sua vez, aprendem
fundamentalmente pela experiência, pelo
que descobrem por si mesmos.
8. Teorias não-críticas
Tecnicista
Nessa tendência a escola funciona como
modeladora do comportamento humano,
através de técnicas específicas Assim aatravés de técnicas específicas. Assim, a
escola atua para aperfeiçoar a ordem social
vigente, no nosso caso, o sistema
capitalista, e deve articular-se diretamente
com o sistema produtivo.
9. As teorias crítico-reprodutivistas
No final da década de 70, surge no cenário
educacional um corpo de teorias, aqui
denominadas crítico-repodutivistas, mas também
conhecidas como pessimismo pedagógico ou
pessimismo ingênuo na Educação. Têm como
baliza a percepção de que a Educação, ao contráriop pç q ç
do que pensam as teorias não-críticas, sempre
reproduz o sistema social onde se insere, sempre
reproduz as desigualdades sociais. Seu nome,
crítico-reprodutivo, advém do fato de apesar de
perceberem a determinação social da educação
(críticas), consideram que esta mantém com a
sociedade uma relação de dependência total
(reprodutivistas).
http://www.obore.com/acontece/textos_especiais_
em_torno_de_algumas.asp
Acesso em 03/05/2007
10. Teoria do sistema de ensino enquanto violência
simbólica (Bourdieu e Passeron).
Conforme coloca Saviani (2006), os autores
tomam como ponto de partida que toda e
qualquer sociedade estrutura-se como um
sistema de relações de força material entre
grupos ou classes.
Teoria da escola enquanto aparelho ideológico
do estado (Althusser).
Aparelhos Repressivos de Estado (o governo,
a administração, o exército, a polícia, os
tribunais, as prisões, etc.) e os Aparelhos
Ideológicos de Estado (religioso, escolar,
familiar, jurídico, político, sindical,
da informação, cultural).
11. Teoria da Escola Dualista (Baudelot e
Establet).
A escola, apesar de sua aparência unitária
e unificadora é uma escola dividida eme unificadora é uma escola dividida em
duas grandes redes, que correspondem à
divisão da sociedade capitalista em duas
classes fundamentais: a burguesia e o
proletariado.
12. Interatividade
Na tendência tecnicista, a escola deve
funcionar como modeladora do
comportamento humano, através de
técnicas específicas. Significa que, dentro
dessa abordagem a escoladessa abordagem, a escola.
(Assinale a alternativa que completa de
forma correta a colocação feita acima).
13. Interatividade
a) Representa a possibilidade de crescimento
pessoal do indivíduo, uma vez que trabalha com a
modelação do comportamento;
b) Atua para aperfeiçoar a ordem social vigente e
deve articular-se diretamente com o sistema
produtivo;produtivo;
c) Está preocupada com as mudanças sociais da
sociedade, preparando o indivíduo para uma
atuação crítica;
d) Olha o aprender como um processo pessoal do
indivíduo, mas que deve articular-se com
pressupostos políticos e comunitários;p p p ;
e) Considera o ensino como um processo
organizado e perfeito, dentro de um conjunto de
princípios que se fundamenta
na psicologia e na pedagogia
não-diretiva
14. Teoria Crítica da Educação
Para Saviani (2006), enquanto as teorias
não-críticas pretendem ingenuamente
resolver o problema da marginalidade
através da escola sem jamais conseguir
êxito, as teorias crítico-reprodutivistas, p
tentam explicar a razão do suposto
fracasso.
Dessa forma, para ele, o problema
permanece em aberto, originando então o
seguinte questionamento: é possível
encarar a escola como uma realidade
histórica, isto é suscetível de ser
transformada intencional-
mente pela ação humana?
15. Para Libâneo (1992), as tendências de cunho
progressista interessadas em propostas
pedagógicas voltadas para os interesses da
maioria da população foram adquirindo
maior solidez e sistematização por volta dos
anos 80, destacando-se entre elas a
Pedagogia Libertadora e a Pedagogia
Crítico-Social dos Conteúdos.
16. Pedagogia Libertadora
Mais conhecida como pedagogia de Paulo
Freire (1921-1997), parte do princípio que
vivemos em uma sociedade dividida em
classes, na qual os privilégios de uns
impedem a maioria de usufruir os bens
produzidos.
17. Nessa concepção, aprender é um ato de
conhecimento da realidade concreta, isto é,
da situação de vida do próprio educando, e
o que é aprendido decorre do nível crítico de
conhecimento ao qual se chega por um
processo de compreensão, reflexão e crítica.
18. Pedagogia Crítico-Social dos
Conteúdos
A atuação da escola consiste na preparação
do aluno para a sociedade na qual ele se
insere, com suas contradições e
enfrentamentos, fornecendo-lhe
instrumentos por meio da aquisição de
conteúdos e da socialização, que viabilizem
sua participação de forma ativa e
democrática.
19. A teoria Construtivista
Construtivismo significa isto: a idéia de que
nada, a rigor, está pronto, acabado, e de
que, especificamente, o conhecimento não é
dado, em nenhuma instância, como algo
terminado – é sempre um leque de
possibilidades que podem ou não ser
realizadas. É constituído pela interação do
indivíduo com o meio físico e social, com o
simbolismo humano.
(Becker 2001)
20. Coll e Solé (1998), referindo-se ao
construtivismo em sala de aula, esclarecem
que a aprendizagem contribui para o
desenvolvimento na medida em que
aprender não é copiar ou reproduzir a
realidade. Para a concepção construtivista,
aprendemos quando somos capazes de
elaborar uma representação pessoal sobre
um objeto da realidade ou um conteúdo que
pretendemos aprender.
21. Interatividade
Os princípios construtivistas fornecem um conjunto
de diretrizes a fim de auxiliar os professores na
criação de meios ambientes colaboracionistas
direcionados ao ensino, que estimulem e apóiem
experiências autênticas, desafiadores e reflexivas.
Mas qual o significado de construtivismo?
I. O construtivismo é uma abordagem que pressupõe
que o conhecimento é uma construção do aluno
mediada pelo professor.
II. O construtivismo admite que o conhecimento é um
objeto pronto, algo que pode ser transmitido do
professor para o aluno.
III. Para a abordagem construtivista, cada um de nós
percebe o mundo de modo diferente, ou seja, a
percepção que temos dele é pessoal.
IV. Para os construtivistas, o
conhecimento é construído em
todo nosso processo de vida.
22. Interatividade
Assinale a alternativa correta:
a) Somente as alternativas II e III estão
corretas.
b) Somente a alternativa I está corretab) Somente a alternativa I está correta.
c) Somente a alternativa II está incorreta.
d) Somente as alternativas III e IV estão
corretas.
e) Somente a alternativa I está incorreta.)
23. Sintetizando
De um modelo tradicional que se
preocupava apenas com o aprender até uma
concepção que procura compreender como
se aprende acontece agora a necessidade
de pensar e repensar novas formas de
trabalho, uma vez que nos encontramos
frente a uma nova situação que muitos
autores caracterizam como mudança de
paradigma. Novos debates, idéias,
articulações, buscas e reconstruções.
26. Dentro dessa perspectiva, como olhar o
processo de ensino-aprendizagem, suas
relações com o planejamento, prática
pedagógica e critérios de avaliação?