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O sono na Escola. Sim, Não?
Porquê?
Henrique Santos
Educador de Infância
EB1/JI de S. Miguel, Enxara do Bispo
A escola portuguesa, tem observado, desde há cerca de
cinquenta anos, uma evolução constante em todos os
seus setores.
Da formação de docentes, à
melhoria qualitativa e quantitativa
de espaços escolares, passando
pelo constante desenvolvimento
curricular, técnico e pedagógico,
serão poucos os países europeus
onde as mudanças educativas são
tão evidentes e tão contínuas.
O Papel da Escola
Não obstante, porque não tem existido um “plano
global”, devidamente refletido e incorporado nas
práticas, têm sido muitas as alterações que não
encontram, de facto, consistência na investigação
científica nem na observação empírica.
Nesse particular, a escola tem “esquecido”: a cultura
familiar e local, os hábitos alimentares, os hábitos de
Sono, as tradições e ecologia dos lugares…
O Papel da Escola
ideia eminentemente
assistencialista da escola
VS.
construção mais técnica e
racionalista
O Papel da Escola
falta de reflexão, análise e experiência
continuada (e devidamente avaliada)
inconsistência na forma como abordam
questões relativas à função da escola,
(nomeadamente no âmbito das questões do bem-estar dos seus atores).
O Papel da Escola
Em 1995, uma Portaria da então Direção Geral da
Educação, vem recomendar aos profissionais de
educação que abandonem práticas como a
”picotagem”, a “escovagem de dentes”, os períodos de
sono no jardim-de-infância ou mesmo a utilização de
instrumentos de sopro.
Vivia-se, então sob o impacto das informações cada vez
mais intensas sobre a SIDA e outras doenças
transmissíveis.
O Papel do Docente
Este aviso emanado pelos serviços centrais do Ministério
provocou, de certa forma, uma ”reação” nas práticas, nas crenças
e nas dinâmicas, que perdura até aos dias de hoje.
O Papel do Docente
O que podemos fazer
Nos diversos níveis de ensino existe alguma liberdade
pedagógica e podemos observar algumas práticas
“inovadoras” com integração de dinâmicas especificas
Contudo, o peso das orientações ditas “académicas”, os
tempos (ou a falta deles) e exigência técnica da
lecionação de conteúdos retira, estamos em crer,
vontade, dinâmica (e até saber) às escolhas das escolas
e dos professores.
Competências do docente
aprender
conhecer
informar
disseminar
facilitar informação
valorizar a informação e a investigação.
O que podemos fazer
Por tal, deve-se exigir às escolas e aos
professores (e esta exigência deve ser social e
comunitária), que tenham a capacidade de,
com os instrumentos e recursos de que
dispõem, promover espaços e lógicas de
incentivo do bem-estar e da qualidade de vida.
O que podemos fazer
Reconhecendo:
- A necessidade das crianças pequenas terem tempos e
espaços de descanso e de pausa nas atividades letivas,
- Que as crianças enfrentam períodos de permanência
na escola que vão frequentemente até 11 horas,
- Que a formação académica incide (apenas) nos
conhecimentos técnicos,
- Que as famílias, imersas nas suas múltiplas
atividades, não dispõem de “tempo útil” e
- Que os modelos sociais se têm alterado…
O que podemos fazer
É fundamental encontrar:
- estratégias diversas, como a participação de docentes
e famílias, em momentos recorrentes de informação e
reflexão conjunta,
- espaços, equipamentos e materiais específicos que
contribuam para a promoção de hábitos saudáveis,
- e, sobretudo, a disseminação de informação
pertinente.
O que podemos fazer
Foram sendo integradas algumas estratégicas lúdico-
pedagógicas que têm valorizado e potenciado uma
outra abordagem acerca do “tempo de permanência”
das crianças na escola, e que tem envolvido toda a
comunidade educativa.
Ioga,
“histórias com sono dentro”,
jogos de relaxamento,
estratégias variadas de “retorno à calma”,
controlo do ambiente - iluminação, aquecimento, etc. –
O que fazemos
O que fazemos
O que concluímos
Apesar de não podermos afirmar com certeza
“científica” (deixaremos isso para quem o queira e
possa fazer), há um conjunto de informações que se
têm vindo a constituir como indicadores seguros do
investimento feito (a este nível) nos últimos anos.
A saber:
Numa zona com resultados académicos
tradicionalmente pouco significativos, têm havido uma
lenta evolução qualitativa que é significativa em
relação aos resultados históricos das escolas que
precederam a EB1/JI de S. Miguel;
No que concerne aos índices de acidentes e situações
de risco, a EB1/JI de S. Miguel apresenta os melhores
resultados concelhios e, em relação ao Agrupamento
onde se insere, apresenta valores diminutos de
acionamento do seguro escolar para situações de
emergência médica.
O que concluímos
Na perspetiva micro, constatamos uma redução do
absentismo escolar (por doença), uma maior
disponibilidade para a aprendizagem e também uma
crescente procura da escola por famílias de fora da
zona de incidência escolar;
Podemos afirmar que as crianças apresentam maior
disponibilidade para a aprendizagem e aumentam
consideravelmente os tempos de atenção;
O que concluímos
Diminuíram substancialmente as situações de
conflituosidade e, na informação que vamos obtendo
das famílias, tornou-se visível uma mudança
comportamental evidente;
As viagens da escola para casa, o tempo de “estar”
com as famílias e até as atividades extracurriculares
apresentam “novas” dinâmicas: mais calmas, mais
concentradas e com maior disponibilidade,
O que concluímos
A par destas observações inferidas, também a dinâmica
familiar se foi alterando, com muitas famílias a
compreenderem e a aceitarem a necessidade de
tempos regulados de sono e descanso.
Não obstante, e por razões atrás apontadas, mantém-
se alguma dificuldade em ”justificar”, interna e
superiormente, algumas das opções feitas, o que tem,
de alguma forma, enfraquecido o alcance e a
sustentabilidade de algumas das alterações que
tiveram lugar.
O que concluímos
Obrigado.
Henrique Santos
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O Sono no Jardim de Infância (diapositivos)

  • 1. O sono na Escola. Sim, Não? Porquê? Henrique Santos Educador de Infância EB1/JI de S. Miguel, Enxara do Bispo
  • 2. A escola portuguesa, tem observado, desde há cerca de cinquenta anos, uma evolução constante em todos os seus setores. Da formação de docentes, à melhoria qualitativa e quantitativa de espaços escolares, passando pelo constante desenvolvimento curricular, técnico e pedagógico, serão poucos os países europeus onde as mudanças educativas são tão evidentes e tão contínuas. O Papel da Escola
  • 3. Não obstante, porque não tem existido um “plano global”, devidamente refletido e incorporado nas práticas, têm sido muitas as alterações que não encontram, de facto, consistência na investigação científica nem na observação empírica. Nesse particular, a escola tem “esquecido”: a cultura familiar e local, os hábitos alimentares, os hábitos de Sono, as tradições e ecologia dos lugares… O Papel da Escola
  • 4. ideia eminentemente assistencialista da escola VS. construção mais técnica e racionalista O Papel da Escola
  • 5. falta de reflexão, análise e experiência continuada (e devidamente avaliada) inconsistência na forma como abordam questões relativas à função da escola, (nomeadamente no âmbito das questões do bem-estar dos seus atores). O Papel da Escola
  • 6. Em 1995, uma Portaria da então Direção Geral da Educação, vem recomendar aos profissionais de educação que abandonem práticas como a ”picotagem”, a “escovagem de dentes”, os períodos de sono no jardim-de-infância ou mesmo a utilização de instrumentos de sopro. Vivia-se, então sob o impacto das informações cada vez mais intensas sobre a SIDA e outras doenças transmissíveis. O Papel do Docente
  • 7. Este aviso emanado pelos serviços centrais do Ministério provocou, de certa forma, uma ”reação” nas práticas, nas crenças e nas dinâmicas, que perdura até aos dias de hoje. O Papel do Docente
  • 8. O que podemos fazer Nos diversos níveis de ensino existe alguma liberdade pedagógica e podemos observar algumas práticas “inovadoras” com integração de dinâmicas especificas Contudo, o peso das orientações ditas “académicas”, os tempos (ou a falta deles) e exigência técnica da lecionação de conteúdos retira, estamos em crer, vontade, dinâmica (e até saber) às escolhas das escolas e dos professores.
  • 9. Competências do docente aprender conhecer informar disseminar facilitar informação valorizar a informação e a investigação. O que podemos fazer
  • 10. Por tal, deve-se exigir às escolas e aos professores (e esta exigência deve ser social e comunitária), que tenham a capacidade de, com os instrumentos e recursos de que dispõem, promover espaços e lógicas de incentivo do bem-estar e da qualidade de vida. O que podemos fazer
  • 11. Reconhecendo: - A necessidade das crianças pequenas terem tempos e espaços de descanso e de pausa nas atividades letivas, - Que as crianças enfrentam períodos de permanência na escola que vão frequentemente até 11 horas, - Que a formação académica incide (apenas) nos conhecimentos técnicos, - Que as famílias, imersas nas suas múltiplas atividades, não dispõem de “tempo útil” e - Que os modelos sociais se têm alterado… O que podemos fazer
  • 12. É fundamental encontrar: - estratégias diversas, como a participação de docentes e famílias, em momentos recorrentes de informação e reflexão conjunta, - espaços, equipamentos e materiais específicos que contribuam para a promoção de hábitos saudáveis, - e, sobretudo, a disseminação de informação pertinente. O que podemos fazer
  • 13. Foram sendo integradas algumas estratégicas lúdico- pedagógicas que têm valorizado e potenciado uma outra abordagem acerca do “tempo de permanência” das crianças na escola, e que tem envolvido toda a comunidade educativa. Ioga, “histórias com sono dentro”, jogos de relaxamento, estratégias variadas de “retorno à calma”, controlo do ambiente - iluminação, aquecimento, etc. – O que fazemos
  • 15. O que concluímos Apesar de não podermos afirmar com certeza “científica” (deixaremos isso para quem o queira e possa fazer), há um conjunto de informações que se têm vindo a constituir como indicadores seguros do investimento feito (a este nível) nos últimos anos. A saber:
  • 16. Numa zona com resultados académicos tradicionalmente pouco significativos, têm havido uma lenta evolução qualitativa que é significativa em relação aos resultados históricos das escolas que precederam a EB1/JI de S. Miguel; No que concerne aos índices de acidentes e situações de risco, a EB1/JI de S. Miguel apresenta os melhores resultados concelhios e, em relação ao Agrupamento onde se insere, apresenta valores diminutos de acionamento do seguro escolar para situações de emergência médica. O que concluímos
  • 17. Na perspetiva micro, constatamos uma redução do absentismo escolar (por doença), uma maior disponibilidade para a aprendizagem e também uma crescente procura da escola por famílias de fora da zona de incidência escolar; Podemos afirmar que as crianças apresentam maior disponibilidade para a aprendizagem e aumentam consideravelmente os tempos de atenção; O que concluímos
  • 18. Diminuíram substancialmente as situações de conflituosidade e, na informação que vamos obtendo das famílias, tornou-se visível uma mudança comportamental evidente; As viagens da escola para casa, o tempo de “estar” com as famílias e até as atividades extracurriculares apresentam “novas” dinâmicas: mais calmas, mais concentradas e com maior disponibilidade, O que concluímos
  • 19. A par destas observações inferidas, também a dinâmica familiar se foi alterando, com muitas famílias a compreenderem e a aceitarem a necessidade de tempos regulados de sono e descanso. Não obstante, e por razões atrás apontadas, mantém- se alguma dificuldade em ”justificar”, interna e superiormente, algumas das opções feitas, o que tem, de alguma forma, enfraquecido o alcance e a sustentabilidade de algumas das alterações que tiveram lugar. O que concluímos