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Hoje é domingo, 20 de setembro de 2020
Agora mesmo são 17:06 h.
Esse estudo foi feito com base no conto intitulado “A Promoção”, do livro
“Coração e Vida”, de Maria Dolores (Espírito). É sobre alguém que muito
se dedicou ao próximo, fazendo caridade somente pela caridade, amando a
todos aqueles que o procuraram. A estória transcorre em pleno espaço
celeste, onde aqueles que haviam servido nas tarefas do amor sem
recompensa na Terra estavam reunidos, sob as vibrações serenas da fé no
bem. Todos eles modelos de bondade. Estava ali o melhor, em atitude calma
e reverente, esperando a sonhada promoção, que constaria do poder de
elevar-se à própria ascensão. Todos trocavam frases proveitosas. Somente
alguém, ali, em meio a tudo, que era festa de brilho e de beleza, parecia um
mendigo, triste e mudo, era o irmão Jonaquim, desconhecido entre os
demais.
Com expressão rude e feia, jazia ele a um canto, humilde, pensativo,
enquanto o grupo conversava alegremente. Chegando o instante da nobre
promoção, aquele dos presentes que tivesse o menor peso espiritual seria
alçado à frente no caminho brilhante. Vieram ao recinto dois encarregados,
ambos chamados anjos da balança, e os candidatos deixaram-se pesar. E o
peso em cada um era leve, tão leve, que quase não se notava diferença na
balança. O recatado Jonaquim foi o último a ser chamado, e um dos dois
mensageiros perguntou: -Jonaquim, dizei qual foi na Terra a vossa religião?
Precisamos aqui de vossos dados, para serem por nós devidamente
revisados. No entanto, Jonaquim, humilde, respondeu: - Anjo bom, crede!
Não tive sobre a Terra a fé pregada, acreditei, como acredito agora, na
presença de Deus que nos guarda e aprimora, entretanto, por mais que eu
desejasse procurar um templo ou algum outro lugar para aprender como se
adora a Deus, nunca pude sair da choça em que morei, ao pé de antiga
estrada. Despendi muito tempo a transportar crianças e doentes. Minha
pequena choupana era uma porta aberta à desventura humana. Ouvi a
confissão de míseros velhinhos, que clamavam em vão pelos parentes, e
aguardando inutilmente os próprios descendentes. Socorri crianças sem
apoio que me buscavam, sentindo sede e fome. Deus me perdoe se nunca
me liguei às crenças para estudar a fé e entender diferenças. Ouvi dizer, na
Terra, que houve um homem que nunca descansou, sempre fazendo o bem;
que amou os bons e aos maus, sem ferir ninguém.
Dizem que se chamava Jesus Cristo. A pequena assembleia escutava,
expectante e enternecida, aquele que soubera amenizar a vida. E os anjos da
balança puseram Jonaquim sob exame. Depois anunciara que o velho
Jonaquim tinha o peso da luz. É difícil imaginar como seria ter o peso da
luz! Mas o velho Jonaquim conseguiu. Toda criatura traz dentro de si um
impulso para o progresso espiritual. Mesmo que não pense nisso, a centelha
do amor de Deus, colocada em sua consciência, faz com que se mova
constantemente na direção de sua evolução. Até aqueles que hoje têm o
coração endurecido, e que ainda persistem nas paixões inferiores, na
maldade, têm, lá no fundo de sua consciência, a tendência para progredir e
caminhar em direção à pureza, em direção a Deus.
Existem, porém, aqueles que, por já trazerem dentro de si uma força de
vontade tão grande, e a noção nítida de sua própria imperfeição, conseguem
passar nesse planeta de provas e expiações, dedicando-se ao próximo,
negando-se a si mesmo. Essas pessoas, obviamente, são candidatas naturais
à elevação espiritual, candidatas a serem promovidas, a passarem pela porta
estreita que leva ao plano espiritual superior, onde só haverá felicidade no
serviço e onde terão a oportunidade de entender Deus, em Sua infinita
bondade e em Sua infinita pureza. É interessante notar que Jonaquim não
tinha fé religiosa formalmente estabelecida. Apenas acreditava no Criador,
naquele que o havia colocado no mundo, e sentia aquele impulso irresistível
de negar-se e voltar-se para seu irmão necessitado.
Passou toda sua vida sem ir à escola, sem aprender as letras, as teorias, as
filosofias, as teologias, mas sabia, no íntimo de seu ser, o que deveria fazer
para melhorar-se e para amenizar as dores de seus semelhantes. Era cristão?
Não declaradamente, mas pelo exemplo de vida. Sabia, por ouvir falar, que
Jesus Cristo existira e que trabalhava sem descanso fazendo o bem. Mesmo
sem ter ouvido diretamente os ensinos do Mestre Jesus, era um verdadeiro
cristão em atos, em dedicação, em caridade com seu semelhante. Jonaquim,
assim como Jesus, era justo. Justo é todo aquele que cumpre a Lei de Deus,
a lei do amor, justiça e caridade, sem perceber. Cumpre-a, naturalmente.
Não precisa ser pressionado para agir de forma desprendida.
Apenas age. Assim era Jonaquim, um justo! Uma choupana à beira da
estrada, de porta aberta para todos aqueles que necessitavam. Maria Dolores
apresenta, na estória de Jonaquim, algumas lições de caridade que devem
ser aprendidas por quem deseja ser um discípulo do Mestre. Abordou de
novo os míseros velhinhos desamparados, menosprezados ou desprezados
pelos parentes, muitas vezes considerados como estorvo. Alguém que já
viveu e que agora incomoda, que atrapalha, que requer cuidados. E nem
sempre podemos dedicar nosso “precioso tempo” cuidando de pessoas
idosas, velhas, doentes, improdutivas para a sociedade. Quantos irmãos se
encontram nessa situação? Quantos são os esquecidos nos asilos por
parentes que prometem:
-”Voltarei breve, não se preocupe, estarei sempre aqui com você!” e nunca
mais aparecem. Chamou, também, a atenção para os meninos de rua. Muitos
têm família, têm casa, mas fogem porque o ambiente doméstico não
representa um lar que possa lhes trazer educação, amparo, amor e
compreensão. São agredidos pelos pais, pelos padrastos, pelos irmãos e
fogem. Preferem viver na rua, junto ao mundo, do que em casa, onde se
veem longe de obter o consolo e o carinho necessários para a sua evolução.
Crianças necessitadas, famílias necessitadas, todos requerendo aprendizado,
compreensão, luz. Podemos nós, que vivemos em sociedade organizada, nos
considerar cristãos como Jonaquim? O que a nossa sociedade faz em direção
às dores, às injustiças e à ignorância do mundo?
O que fazemos quando olhamos para quadros como estes? Muito pouco ou
quase nada! Continuamos a seguir a vida como sempre fizemos, ignorando
os problemas alheios como se não fossem nossos. Jonaquim, não! Via nas
crianças necessitadas a oportunidade de ajudar, a oportunidade de
esclarecer, de amparar, de alimentar, de agasalhar, procurando fazer
diferença no mundo em que vivia. E o Jonaquim fez diferença! Não quis
passar sua encarnação como se nada devesse construir. Estava sempre
disposto a esquecer de si próprio e ajudar a quem pedia. Isto é ter o peso da
luz! Reportando aos ensinamentos colocados no Evangelho Segundo o
Espiritismo, vamos encontrar no capítulo XVII, item 3, as características de
um homem de bem.
Um homem de bem é aquele que procura fazer diferença no mundo em que
vive, exemplificando a lei do amor e está a caminho da luz. Um homem de
bem tem fé no futuro, colocando os bens espirituais acima dos bens
materiais; é humilde perante Deus em sua infinita bondade, justiça e
sabedoria, pois sabe que nada acontece sem a Sua vontade; procura ser
justo, buscando cumprir a Lei da Justiça, do Amor e da Caridade, na sua
maior pureza; sabe que as vicissitudes são provas e expiações, agindo de
forma resignada diante das dores, aceitando as coisas sem murmurar ou
reclamar; faz o bem pelo bem, defende os fracos, sacrifica seus interesses
pelo interesse da justiça; encontra satisfação nos benefícios que espalha e no
serviço que presta, sem alarde, sem vaidade, sem orgulho, apenas sente
satisfação como se observasse a presença divina dentro de si;
É benevolente com todos sem distinção de raça, cor, credo ou idade; não
importa no que acredita, importa apenas aquilo que ele faz. Aquele que
desejar ter o peso da luz, assim como o velho Jonaquim, deve respeitar as
convicções sinceras e não lançar discussões sobre teorias com aqueles que
não pensam como ele. Deve ter caridade como guia, moderando suas
palavras e suas ações, evitando ferir ou proporcionar suscetibilidades nos
outros. Deve sempre recuar diante da eminência de faltar com amor ao seu
semelhante. Que possamos, todos nós, conhecer, entender, aceitar, admitir e
observar em nossas ações as virtudes do homem de bem. Não vamos
permanecer preocupados com as nossas fraquezas e inferioridades, que
ainda são muitas, pois, aquele que caminha na direção do bem vence,
através da luta constante, suas próprias inferioridades, colocando em seu
espírito os valores eternos da espiritualidade.
Coloca em seu espírito a luz necessária para fazê-lo passar pela porta
estreita, aquela pela qual só conseguem passar os justos.
Muita Paz!
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levar as pessoas a uma reflexão sobre a vida.
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A lição de caridade de Jonaquim

  • 1. Hoje é domingo, 20 de setembro de 2020 Agora mesmo são 17:06 h.
  • 2. Esse estudo foi feito com base no conto intitulado “A Promoção”, do livro “Coração e Vida”, de Maria Dolores (Espírito). É sobre alguém que muito se dedicou ao próximo, fazendo caridade somente pela caridade, amando a todos aqueles que o procuraram. A estória transcorre em pleno espaço celeste, onde aqueles que haviam servido nas tarefas do amor sem recompensa na Terra estavam reunidos, sob as vibrações serenas da fé no bem. Todos eles modelos de bondade. Estava ali o melhor, em atitude calma e reverente, esperando a sonhada promoção, que constaria do poder de elevar-se à própria ascensão. Todos trocavam frases proveitosas. Somente alguém, ali, em meio a tudo, que era festa de brilho e de beleza, parecia um mendigo, triste e mudo, era o irmão Jonaquim, desconhecido entre os demais.
  • 3. Com expressão rude e feia, jazia ele a um canto, humilde, pensativo, enquanto o grupo conversava alegremente. Chegando o instante da nobre promoção, aquele dos presentes que tivesse o menor peso espiritual seria alçado à frente no caminho brilhante. Vieram ao recinto dois encarregados, ambos chamados anjos da balança, e os candidatos deixaram-se pesar. E o peso em cada um era leve, tão leve, que quase não se notava diferença na balança. O recatado Jonaquim foi o último a ser chamado, e um dos dois mensageiros perguntou: -Jonaquim, dizei qual foi na Terra a vossa religião? Precisamos aqui de vossos dados, para serem por nós devidamente revisados. No entanto, Jonaquim, humilde, respondeu: - Anjo bom, crede!
  • 4. Não tive sobre a Terra a fé pregada, acreditei, como acredito agora, na presença de Deus que nos guarda e aprimora, entretanto, por mais que eu desejasse procurar um templo ou algum outro lugar para aprender como se adora a Deus, nunca pude sair da choça em que morei, ao pé de antiga estrada. Despendi muito tempo a transportar crianças e doentes. Minha pequena choupana era uma porta aberta à desventura humana. Ouvi a confissão de míseros velhinhos, que clamavam em vão pelos parentes, e aguardando inutilmente os próprios descendentes. Socorri crianças sem apoio que me buscavam, sentindo sede e fome. Deus me perdoe se nunca me liguei às crenças para estudar a fé e entender diferenças. Ouvi dizer, na Terra, que houve um homem que nunca descansou, sempre fazendo o bem; que amou os bons e aos maus, sem ferir ninguém.
  • 5. Dizem que se chamava Jesus Cristo. A pequena assembleia escutava, expectante e enternecida, aquele que soubera amenizar a vida. E os anjos da balança puseram Jonaquim sob exame. Depois anunciara que o velho Jonaquim tinha o peso da luz. É difícil imaginar como seria ter o peso da luz! Mas o velho Jonaquim conseguiu. Toda criatura traz dentro de si um impulso para o progresso espiritual. Mesmo que não pense nisso, a centelha do amor de Deus, colocada em sua consciência, faz com que se mova constantemente na direção de sua evolução. Até aqueles que hoje têm o coração endurecido, e que ainda persistem nas paixões inferiores, na maldade, têm, lá no fundo de sua consciência, a tendência para progredir e caminhar em direção à pureza, em direção a Deus.
  • 6. Existem, porém, aqueles que, por já trazerem dentro de si uma força de vontade tão grande, e a noção nítida de sua própria imperfeição, conseguem passar nesse planeta de provas e expiações, dedicando-se ao próximo, negando-se a si mesmo. Essas pessoas, obviamente, são candidatas naturais à elevação espiritual, candidatas a serem promovidas, a passarem pela porta estreita que leva ao plano espiritual superior, onde só haverá felicidade no serviço e onde terão a oportunidade de entender Deus, em Sua infinita bondade e em Sua infinita pureza. É interessante notar que Jonaquim não tinha fé religiosa formalmente estabelecida. Apenas acreditava no Criador, naquele que o havia colocado no mundo, e sentia aquele impulso irresistível de negar-se e voltar-se para seu irmão necessitado.
  • 7. Passou toda sua vida sem ir à escola, sem aprender as letras, as teorias, as filosofias, as teologias, mas sabia, no íntimo de seu ser, o que deveria fazer para melhorar-se e para amenizar as dores de seus semelhantes. Era cristão? Não declaradamente, mas pelo exemplo de vida. Sabia, por ouvir falar, que Jesus Cristo existira e que trabalhava sem descanso fazendo o bem. Mesmo sem ter ouvido diretamente os ensinos do Mestre Jesus, era um verdadeiro cristão em atos, em dedicação, em caridade com seu semelhante. Jonaquim, assim como Jesus, era justo. Justo é todo aquele que cumpre a Lei de Deus, a lei do amor, justiça e caridade, sem perceber. Cumpre-a, naturalmente. Não precisa ser pressionado para agir de forma desprendida.
  • 8. Apenas age. Assim era Jonaquim, um justo! Uma choupana à beira da estrada, de porta aberta para todos aqueles que necessitavam. Maria Dolores apresenta, na estória de Jonaquim, algumas lições de caridade que devem ser aprendidas por quem deseja ser um discípulo do Mestre. Abordou de novo os míseros velhinhos desamparados, menosprezados ou desprezados pelos parentes, muitas vezes considerados como estorvo. Alguém que já viveu e que agora incomoda, que atrapalha, que requer cuidados. E nem sempre podemos dedicar nosso “precioso tempo” cuidando de pessoas idosas, velhas, doentes, improdutivas para a sociedade. Quantos irmãos se encontram nessa situação? Quantos são os esquecidos nos asilos por parentes que prometem:
  • 9. -”Voltarei breve, não se preocupe, estarei sempre aqui com você!” e nunca mais aparecem. Chamou, também, a atenção para os meninos de rua. Muitos têm família, têm casa, mas fogem porque o ambiente doméstico não representa um lar que possa lhes trazer educação, amparo, amor e compreensão. São agredidos pelos pais, pelos padrastos, pelos irmãos e fogem. Preferem viver na rua, junto ao mundo, do que em casa, onde se veem longe de obter o consolo e o carinho necessários para a sua evolução. Crianças necessitadas, famílias necessitadas, todos requerendo aprendizado, compreensão, luz. Podemos nós, que vivemos em sociedade organizada, nos considerar cristãos como Jonaquim? O que a nossa sociedade faz em direção às dores, às injustiças e à ignorância do mundo?
  • 10. O que fazemos quando olhamos para quadros como estes? Muito pouco ou quase nada! Continuamos a seguir a vida como sempre fizemos, ignorando os problemas alheios como se não fossem nossos. Jonaquim, não! Via nas crianças necessitadas a oportunidade de ajudar, a oportunidade de esclarecer, de amparar, de alimentar, de agasalhar, procurando fazer diferença no mundo em que vivia. E o Jonaquim fez diferença! Não quis passar sua encarnação como se nada devesse construir. Estava sempre disposto a esquecer de si próprio e ajudar a quem pedia. Isto é ter o peso da luz! Reportando aos ensinamentos colocados no Evangelho Segundo o Espiritismo, vamos encontrar no capítulo XVII, item 3, as características de um homem de bem.
  • 11. Um homem de bem é aquele que procura fazer diferença no mundo em que vive, exemplificando a lei do amor e está a caminho da luz. Um homem de bem tem fé no futuro, colocando os bens espirituais acima dos bens materiais; é humilde perante Deus em sua infinita bondade, justiça e sabedoria, pois sabe que nada acontece sem a Sua vontade; procura ser justo, buscando cumprir a Lei da Justiça, do Amor e da Caridade, na sua maior pureza; sabe que as vicissitudes são provas e expiações, agindo de forma resignada diante das dores, aceitando as coisas sem murmurar ou reclamar; faz o bem pelo bem, defende os fracos, sacrifica seus interesses pelo interesse da justiça; encontra satisfação nos benefícios que espalha e no serviço que presta, sem alarde, sem vaidade, sem orgulho, apenas sente satisfação como se observasse a presença divina dentro de si;
  • 12. É benevolente com todos sem distinção de raça, cor, credo ou idade; não importa no que acredita, importa apenas aquilo que ele faz. Aquele que desejar ter o peso da luz, assim como o velho Jonaquim, deve respeitar as convicções sinceras e não lançar discussões sobre teorias com aqueles que não pensam como ele. Deve ter caridade como guia, moderando suas palavras e suas ações, evitando ferir ou proporcionar suscetibilidades nos outros. Deve sempre recuar diante da eminência de faltar com amor ao seu semelhante. Que possamos, todos nós, conhecer, entender, aceitar, admitir e observar em nossas ações as virtudes do homem de bem. Não vamos permanecer preocupados com as nossas fraquezas e inferioridades, que ainda são muitas, pois, aquele que caminha na direção do bem vence, através da luta constante, suas próprias inferioridades, colocando em seu espírito os valores eternos da espiritualidade.
  • 13. Coloca em seu espírito a luz necessária para fazê-lo passar pela porta estreita, aquela pela qual só conseguem passar os justos.
  • 14. Muita Paz! Visite o meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados, cujo objetivo é levar as pessoas a uma reflexão sobre a vida. Leia Kardec! Estude Kardec! Pratique Kardec! Divulgue Kardec! O amanhã é sempre um dia a ser conquistado! Pense nisso! Visite também o meu Site: compartilhando-espiritualidade.webnode.com Agora, Compartilhando Espiritualidade formou um Grupo para troca de mensagens. Compartilhando-espiritualidade@googlegroups.com