1. Introdução a educação matemática UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA, ESTATÍSTICA E INFORMÁTICA CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA Augusto Cezar Gonçalves Bello Hamilton Gomes de Araújo Júnior Hanrryetth Christine Frota de Oliveira Harrisson Alexander Mendes Costa Luan Marcus dos Reis Gonçalves
2. UMA PROPOSTA DE ENSINO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA BASEADA EM ASPECTOS CULTURAIS DE UM MUNICÍPIO PARAENSE O presente estudo tem como objetivo elaborar uma proposta de ensino sobre a matemática financeira com uso da cultura regional do aluno, como exemplo usamos a do município de Igarapé Açu. Fundamentado nos dados colhidos acerca deste município, economia e cultura, onde privilegiamos a agricultura e utilizamos de dois questionários, um aplicado a 20 (vinte) alunos do 2º e 3º ano do ensino médio, e outro aplicado a 8 (oito) professores de matemática de ensino médio, construímos a proposta voltada ao ensino da matemática financeira baseado em aspectos culturais do estudante. Os resultados esperados com o uso desta forma de lecionar é que os discentes assimilem este conteúdo mais facilmente e possam mesclar o conhecimento adquirido em sala de aula com o seu dia-a-dia. Palavras Chaves: Etnomatemática, Matemática financeira, ensino, aprendizagem.
3. UMA PROPOSTA DE ENSINO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA BASEADA EM ASPECTOS CULTURAIS DE UM MUNICÍPIO PARAENSE O ENSINO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA Ao iniciarmos este estudo constatamos que a matemática financeira não é tão privilegiada nas escolas como deveria, como ressalta Possiede(2007): “[...] a Matemática Financeira não está sendo contemplada de forma satisfatória no cotidiano das escolas [...]” Pois é ministrada ao aluno de forma mecânica, abstrata, sem artifícios que estimulem a sua criatividade, por isso muitos perdem o interesse pelo conteúdo ministrado em sala de aula. Logo, o professor precisa procurar meios de se adequar as diferenças existentes, considerando aqueles estudantes que se identificam ao seu método tradicional de ensino, contudo, há os que necessitam de uma abordagem diferente para poder assimilar o conteúdo, pois não conseguem aprender com uso de exemplos abstratos e necessitam de uma “ponte” com a realidade.
4. UMA PROPOSTA DE ENSINO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA BASEADA EM ASPECTOS CULTURAIS DE UM MUNICÍPIO PARAENSE A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA Nesta perspectiva, a Matemática Financeira é fundamental, é o alicerce básico, é o ponto de partida. Com isso, o sistema de ensino tem o dever de elaborar discussões a respeito dos efeitos benéficos e nocivos do capitalismo conscientizando o aluno, que é o futuro profissional, das desigualdades sociais geradas pelo capitalismo. Nesta visão, a matemática financeira é a ferramenta ideal para podermos entender sobre o capitalismo, ela é fundamental para formar alunos críticos, que tenham questionamentos diante de uma propaganda, como: “Qual a razão de comprar isto? Será que comprar parcelado realmente é melhor que a vista? Qual será o melhor negócio, comprar com juros?” Entre outras questões. Logo, entendemos que este conteúdo não possui apenas uma perspectiva de construção do conhecimento, mas também um caráter de formação da cidadania do aluno, tornando-o crítico e reflexivo sobre suas atitudes.
5. UMA PROPOSTA DE ENSINO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA BASEADA EM ASPECTOS CULTURAIS DE UM MUNICÍPIO PARAENSE A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA Nesta perspectiva, a Matemática Financeira é fundamental, é o alicerce básico, é o ponto de partida. Com isso, o sistema de ensino tem o dever de elaborar discussões a respeito dos efeitos benéficos e nocivos do capitalismo conscientizando o aluno, que é o futuro profissional, das desigualdades sociais geradas pelo capitalismo. Nesta visão, a matemática financeira é a ferramenta ideal para podermos entender sobre o capitalismo, ela é fundamental para formar alunos críticos, que tenham questionamentos diante de uma propaganda, como: “Qual a razão de comprar isto? Será que comprar parcelado realmente é melhor que a vista? Qual será o melhor negócio, comprar com juros?” Entre outras questões. Logo, entendemos que este conteúdo não possui apenas uma perspectiva de construção do conhecimento, mas também um caráter de formação da cidadania do aluno, tornando-o crítico e reflexivo sobre suas atitudes.
6. UMA PROPOSTA DE ENSINO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA BASEADA EM ASPECTOS CULTURAIS DE UM MUNICÍPIO PARAENSE METODOLOGIA Os dados sobre a agricultura deste município foram obtidos junto a Associação dos Lavradores de Igarapé-Açu (ALIA). Os mesmos foram adaptados a um quadro que relaciona o Custo, a Venda, a Revenda e a Produtividade de cinco produtos: Mandioca, Arroz, Milho, Feijão e Pimenta do Reino (veja Quadro1).
7. UMA PROPOSTA DE ENSINO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA BASEADA EM ASPECTOS CULTURAIS DE UM MUNICÍPIO PARAENSE Nos questionários dirigidos aos estudantes na faixa etária de 16 a 17 anos de ambos os sexos, pertencentes ao ensino médio (2º e 3º ano), foi entrevistado um grupo composto de 20, dos quais obtivemos os seguintes dados:
8. UMA PROPOSTA DE ENSINO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA BASEADA EM ASPECTOS CULTURAIS DE UM MUNICÍPIO PARAENSE O fato de 4 estudantes do 2º ano não terem visto este conteúdo e de 5 do 3º ano não manterem mais ligação com o mesmo, comprova a falta de interesse por parte dos alunos ou a não valorização deste assunto por parte da escola.
9. UMA PROPOSTA DE ENSINO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA BASEADA EM ASPECTOS CULTURAIS DE UM MUNICÍPIO PARAENSE
10. UMA PROPOSTA DE ENSINO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA BASEADA EM ASPECTOS CULTURAIS DE UM MUNICÍPIO PARAENSE
11. UMA PROPOSTA DE ENSINO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA BASEADA EM ASPECTOS CULTURAIS DE UM MUNICÍPIO PARAENSE Nos questionários dirigidos aos professores, de ambos os sexos, do ensino médio (2º e 3º ano), foram entrevistados 8 profissionais da educação, dos quais obtivemos os seguintes dados:
12. UMA PROPOSTA DE ENSINO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA BASEADA EM ASPECTOS CULTURAIS DE UM MUNICÍPIO PARAENSE
13. UMA PROPOSTA DE ENSINO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA BASEADA EM ASPECTOS CULTURAIS DE UM MUNICÍPIO PARAENSE
14. UMA PROPOSTA DE ENSINO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA BASEADA EM ASPECTOS CULTURAIS DE UM MUNICÍPIO PARAENSE Exemplo de Atividade: 1º Contextualizando a realidade: Uma das maiores características dos habitantes da cidade grande é a falta de conhecimento quanto à cultura dos demais habitantes do nosso estado, por exemplo, quantos sabiam que a base econômica do município de Igarapé-Açu tem como um de seus alicerces a agricultura? Eles plantão feijão, mandioca, milho, arroz e a tão famosa pimenta do reino. 2º Mostrando os elementos: O quadro abaixo demonstra os preços de custo, venda e revenda para cada item citado acima: (VEJA QUADRO 1). 3º Organizando a atividade: A sala será divida em grupos de no Maximo 5 alunos cada, dos quais cada grupo formulará e resolverá questões, de matemática financeira, relacionadas aos dados a cima. Depois cada um irá ao quadro escreverá uma de suas questões e desafiará outro (não pode ser do mesmo grupo) a resolvê-la, se o desafiado responder corretamente e explicar como a fez ganhará o ponto e escreverá uma de suas questões no quadro e desafiará outro, e assim segue. Ganha quem resolver mais questões, contudo, o objetivo desta atividade não é determinar vencedores, mas sim relacionar o cotidiano do educando e avaliar o quanto foi absorvido do conteúdo ministrado.
15. UMA PROPOSTA DE ENSINO DA MATEMÁTICA FINANCEIRA BASEADA EM ASPECTOS CULTURAIS DE UM MUNICÍPIO PARAENSE CONSIDERAÇOES FINAIS Percebemos com esse estudo que o uso do cotidiano do educando para exemplificar certos conteúdos matemáticos é necessário já que aproxima a construção de seu conhecimento com a sua realidade sociocultural, logo, mostra que a matemática está presente em tudo que fazemos, como ao pagar uma conta, ao comprar algo, entre outras coisas. Então, cabe ao professor mesclar elementos culturais com sua metodologia para tornar mais interessante à aprendizagem e mais satisfatório o ensino, já que as atitudes do educador influenciam diretamente nas atitudes do estudante. Também, com isso aprendemos aplicar atividades que faça o aluno perceber a aplicabilidade dos assuntos aprendidos em sua rotina