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O que é o grupo focal
 O que é o grupo focal
   Roteiro de exposição baseado em “Avaliação de
 Programas de Saúde do Adolescente - um modo de
fazer”. Tanaka, Oswaldo Y.; Melo, Cristina. São Paulo
                   : Edusp, 2001.
grupo focal
                    grupo focal
É uma técnica de pesquisa ou de avaliação qualitativa, não-diretiva,
que coleta dados por meio das interações grupais ao se discutir um
tópico sugerido pelo pesquisador.

Ocupa, como técnica, uma posição intermediária entre a
observação participante e a entrevista de profundidade.

Pode ser caracterizada também como um recurso para
compreender o processo de constituição das percepções, atitudes e
representações sociais de grupos humanos
Nesta técnica o mais importante é a interação que se estabelece
entre os participantes.

O facilitador da discussão deve estabelecer e facilitar a discussão e
não realizar uma entrevista em grupo – sua ênfase estar nos
processo psicossociais que emergem, ou seja, no jogo de
interinfluências da formação de opiniões sobre um determinado
tema.
Passos
             metodológicos
• Definir claramente o problema a ser avaliado.
• Escolher um bom facilitador e de preferência
  dois relatores para anotar a discussão.
• O grupo deve ter uma composição homogênea,
  preservando certas características.
  heterogêneas - um balanço entre uniformidade
  e diversidade do grupo.
• A escolha das variáveis vai depender do que se
  avalia e do para quê da avaliação.
Passos
            metodológicos

• Devem-se respeitar sempre os critérios
  estabelecidos previamente, de acordo
  com o objeto da avaliação.
• Uma pré-seleção pode ser feita para
  identificar os que melhor se enquadram
  nos critérios definidos.
• Quanto ao tamanho do grupo, este deve
  ter geralmente entre 6 a 10 membros.
Passos
                 metodológicos
• A quantidade de grupos deve considerar a
  homogeneidade da população em relação ao objeto da
  avaliação, variando de um mínimo de 3 a 4 grupos até
  10 a 12 grupos no máximo.

• O importante é selecionar pessoas com diferentes
  opiniões em relação ao tema a ser discutido e o objetivo
  é obter não uma representação quantitativa de
  diferentes opiniões e setores, mas sim o relato de cada
  segmento sobre o objeto da avaliação.

•    Os participantes devem ser vagamente informados
    sobre o tema da discussão, para que não compareçam
    com idéias preestabelecidas.
Passos
                metodológicos
• O local para as reuniões deve favorecer a interação
  entre os participantes.
• Deve-se utilizar equipamento para registrar as
  discussões.
• O facilitador deve explicar os objetivos do encontro,
  como foram selecionados os participantes e por que não
  foram dadas muitas informações sobre a reunião até
  aquele momento; sobre o uso de gravadores e o sigilo
  das informações obtidas.
• Deve deixar claro que todas as opiniões interessam e
  portanto não existem boas ou más opiniões.
• Deve-se fazer uma rodada inicial de falas, possibilitando
  a todos um comentário geral sobre o tema.
Papel do
                    facilitador
• Depende do ponto de vista que se adota, do que está
  sendo avaliado e da natureza das informações que se
  deseja obter.
• Tudo isso determina se a discussão será mais ou menos
  estruturada.

• O facilitador pode não intervir, devendo apenas
  proporcionar uma atmosfera favorável à discussão,
  controlar o tempo e estimular que todos falem. Em
  certas situações no entanto, poderá fazer várias
  perguntas abertas sobre o tema, para guiar a discussão.

• Ele deve sempre ter uma lista de questões que podem
  ou não ser usadas.
Papel do
                    facilitador

• Deve evitar a monopolização da discussão por um dos
  participantes e encorajar os mais reticentes.

• Deve estar atento às expressões gestuais dos
  participantes e saber interpretá-las.

• Há uma concordância em que o facilitador deve ter uma
  boa experiência na condução de grupos e ser sensível,
  capaz de ouvir, ter clareza de expressão, ser flexível,
  vivo e simpático, além de ter senso de humor.
Análise das
                     informações obtidas


•   Elaboração de um plano descritivo das falas, que consiste na
    apresentação das idéias expressadas, bem como dos apoios e
    destaques para diferenças entre as opiniões e discurso dos grupos
    focais.

•   Devem-se ouvir repetidas vezes as falas registradas e agrupar os
    fragmentos dos discursos de acordo com as categorias
    identificadas.

•   A análise deve extrair tudo que for relevante e associado com o
    tema ou com a categoria. As categorias podem ser geradas a partir
    das informações obtidas. O guia usado pelo facilitador pode servir
    como um esquema inicial das categorias. Durante a discussão
    também podem surgir novas variáveis.
Análise das
                 informações obtidas



• A análise deve tentar capturar as idéias principais que
  apóiem as conclusões.

• Os analistas podem buscar tendências e formular
  tentativas de conclusões sobre as conexões
  encontradas.

• A premissa é a de que os pequenos grupos tendem a
  reproduzir nos jogos de conversação, o discurso
  dominante das relações macrossociais.
Resultados


• Deve-se elaborar um relatório dos resultados do grupo
  focal, evitando generalizações e acentuando as relações
  entre os elementos identificados, pontuando ou
  avaliando interpretações dos participantes.


• Citações dos discursos devem ser usadas com
  parcimônia, não devendo se constituir em mais de 1/3
  do relatório.
grupo focal


• Vantagens: o clima relaxado das discussões; a
  confiança dos participantes em expressar suas opiniões;
  a participação ativa e a obtenção de informações que
  não ficam limitadas a uma prévia concepção dos
  avaliadores, bem como a alta qualidade das
  informações obtidas.

• Desvantagens: dificuldades em conseguir participantes
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Grupo focal

  • 1. O que é o grupo focal O que é o grupo focal Roteiro de exposição baseado em “Avaliação de Programas de Saúde do Adolescente - um modo de fazer”. Tanaka, Oswaldo Y.; Melo, Cristina. São Paulo : Edusp, 2001.
  • 2. grupo focal grupo focal É uma técnica de pesquisa ou de avaliação qualitativa, não-diretiva, que coleta dados por meio das interações grupais ao se discutir um tópico sugerido pelo pesquisador. Ocupa, como técnica, uma posição intermediária entre a observação participante e a entrevista de profundidade. Pode ser caracterizada também como um recurso para compreender o processo de constituição das percepções, atitudes e representações sociais de grupos humanos Nesta técnica o mais importante é a interação que se estabelece entre os participantes. O facilitador da discussão deve estabelecer e facilitar a discussão e não realizar uma entrevista em grupo – sua ênfase estar nos processo psicossociais que emergem, ou seja, no jogo de interinfluências da formação de opiniões sobre um determinado tema.
  • 3. Passos metodológicos • Definir claramente o problema a ser avaliado. • Escolher um bom facilitador e de preferência dois relatores para anotar a discussão. • O grupo deve ter uma composição homogênea, preservando certas características. heterogêneas - um balanço entre uniformidade e diversidade do grupo. • A escolha das variáveis vai depender do que se avalia e do para quê da avaliação.
  • 4. Passos metodológicos • Devem-se respeitar sempre os critérios estabelecidos previamente, de acordo com o objeto da avaliação. • Uma pré-seleção pode ser feita para identificar os que melhor se enquadram nos critérios definidos. • Quanto ao tamanho do grupo, este deve ter geralmente entre 6 a 10 membros.
  • 5. Passos metodológicos • A quantidade de grupos deve considerar a homogeneidade da população em relação ao objeto da avaliação, variando de um mínimo de 3 a 4 grupos até 10 a 12 grupos no máximo. • O importante é selecionar pessoas com diferentes opiniões em relação ao tema a ser discutido e o objetivo é obter não uma representação quantitativa de diferentes opiniões e setores, mas sim o relato de cada segmento sobre o objeto da avaliação. • Os participantes devem ser vagamente informados sobre o tema da discussão, para que não compareçam com idéias preestabelecidas.
  • 6. Passos metodológicos • O local para as reuniões deve favorecer a interação entre os participantes. • Deve-se utilizar equipamento para registrar as discussões. • O facilitador deve explicar os objetivos do encontro, como foram selecionados os participantes e por que não foram dadas muitas informações sobre a reunião até aquele momento; sobre o uso de gravadores e o sigilo das informações obtidas. • Deve deixar claro que todas as opiniões interessam e portanto não existem boas ou más opiniões. • Deve-se fazer uma rodada inicial de falas, possibilitando a todos um comentário geral sobre o tema.
  • 7. Papel do facilitador • Depende do ponto de vista que se adota, do que está sendo avaliado e da natureza das informações que se deseja obter. • Tudo isso determina se a discussão será mais ou menos estruturada. • O facilitador pode não intervir, devendo apenas proporcionar uma atmosfera favorável à discussão, controlar o tempo e estimular que todos falem. Em certas situações no entanto, poderá fazer várias perguntas abertas sobre o tema, para guiar a discussão. • Ele deve sempre ter uma lista de questões que podem ou não ser usadas.
  • 8. Papel do facilitador • Deve evitar a monopolização da discussão por um dos participantes e encorajar os mais reticentes. • Deve estar atento às expressões gestuais dos participantes e saber interpretá-las. • Há uma concordância em que o facilitador deve ter uma boa experiência na condução de grupos e ser sensível, capaz de ouvir, ter clareza de expressão, ser flexível, vivo e simpático, além de ter senso de humor.
  • 9. Análise das informações obtidas • Elaboração de um plano descritivo das falas, que consiste na apresentação das idéias expressadas, bem como dos apoios e destaques para diferenças entre as opiniões e discurso dos grupos focais. • Devem-se ouvir repetidas vezes as falas registradas e agrupar os fragmentos dos discursos de acordo com as categorias identificadas. • A análise deve extrair tudo que for relevante e associado com o tema ou com a categoria. As categorias podem ser geradas a partir das informações obtidas. O guia usado pelo facilitador pode servir como um esquema inicial das categorias. Durante a discussão também podem surgir novas variáveis.
  • 10. Análise das informações obtidas • A análise deve tentar capturar as idéias principais que apóiem as conclusões. • Os analistas podem buscar tendências e formular tentativas de conclusões sobre as conexões encontradas. • A premissa é a de que os pequenos grupos tendem a reproduzir nos jogos de conversação, o discurso dominante das relações macrossociais.
  • 11. Resultados • Deve-se elaborar um relatório dos resultados do grupo focal, evitando generalizações e acentuando as relações entre os elementos identificados, pontuando ou avaliando interpretações dos participantes. • Citações dos discursos devem ser usadas com parcimônia, não devendo se constituir em mais de 1/3 do relatório.
  • 12. grupo focal • Vantagens: o clima relaxado das discussões; a confiança dos participantes em expressar suas opiniões; a participação ativa e a obtenção de informações que não ficam limitadas a uma prévia concepção dos avaliadores, bem como a alta qualidade das informações obtidas. • Desvantagens: dificuldades em conseguir participantes quando estes devem obedecer a critérios muito específicos; a produção de polêmicas e oposição na discussão, além de invalidação dos achados devido à ingerência de alguns dos participantes.