Este documento discute questões sobre destino, fatalidade e livre arbítrio. Aborda temas como o que é destino e fatalidade, se o futuro já está escrito, como se justificam profecias, e como a justiça divina atua no contexto das fatalidades. Também explora a relação entre destino, fatalidade e livre arbítrio, e como lidar com revezes e provações da vida. Várias obras espíritas e não-espíritas são citadas.
2. Questões a serem exploradas
O que é “destino”?
O futuro já está “escrito”?
Como se justificam as profecias, boas ou ruins, que
muitas vezes avisam à humanidade de grandes eventos?
Como podemos definir o que seja “fatalidade”, inclusive à
luz da Doutrina Espírita?
Como se dá a Justiça Divina no contexto das fatalidades?
Destino e Fatalidade frente ao Livre Arbítrio
O que temos a dizer e fazer frente aos revezes e
sucessos da caminhada?
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3. O que é “destino”?
Destino
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Destino diz respeito a ordem natural estabelecida do
universo. Geralmente é concebido como uma
sucessão inevitável de acontecimentos provocados
ou desconhecidos. O destino é muito usado para
tentar explicar o absurdo dos acontecimentos
existenciais (na acepção, absurdo deve ser traduzido
como algo não-explicável no âmbito do conhecimento
homo sapiens utilizando-se do método científico),
assim também, como a responsabilidade dada às
divindades para tais acontecimentos.
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4. O futuro já está “escrito”?
Quem deseja conhecer o próprio como o futuro da
humanidade, examine o seu comportamento e
escreva com atos atuais as determinantes que
comporão as paisagens que irá defrontar mais tarde
Se aspirar conhecer o teu futuro, examina o teu
presente, programando os teus pensamentos,
palavras e atos que formarão o tecido do que está
por vir
A cada instante estás alterando o teu futuro mediante
as tuas ações
“No Rumo da Felicidade” de Joanna de Ângelis – Divaldo Franco
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5. Como se justificam as profecias?
Em uma análise dos fenômenos proféticos têm
primazia as ocorrências que são de caráter
trágico, ..., convidando a criatura humana,
individual e coletivamente, à mudança de
comportamento, de modo que com essa atitude
possa altera o rumo dos acontecimentos, mas o
que raramente ocorre
“No Rumo da Felicidade” de Joanna de Ângelis – Divaldo Franco
Nasprofecias positivas, como a do nascimento e
missão de Jesus, o homem também não foi
capaz de dar a receptividade devida quando da
Sua chegada
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6. Como se justificam as profecias?
Se o espaço-tempo não fosse curvo, profetizar seria, a rigor, inviável;
entretanto, raios mentais de grande potência podem tocar ... em projeções
ideais do futuro, resultantes de mentalizações concentradas, provocando
processos de reflexão tecnicamente semelhante à que é detectada pelo
radar
As mentalizações ideais que constroem o futuro são, porém,
incessantemente emitidas e sempre diferenciadas, podendo dar-se, em
razão disso, que algumas concentrações delas, eventualmente
percebidas por mentes encarnadas ou desencarnadas, não
correspondam aos fatos
O espírito humano, isolada e coletivamente, embora subordinado ao
império das circunstâncias que lhe condicionam o poder de ação, é
sempre essencialmente livre para estabelecer e retificar a trajetória do
seu destino
Isto é de fundamental importância para que entendamos as relações entre
os mecanismos do livre-arbítrio e os da lei de causa e efeito
“Universo e Vida” de Hernani T. Sant’Anna
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7. Como podemos definir o que seja “fatalidade”?
Significado de Fatalidade
Origem: dicionário online de português
s.f. Destino inevitável: a fatalidade opõe-se à
liberdade. Consequência inarredável, desastrosa
de algum acontecimento: a fatalidade da
morte. Coincidência deplorável, acaso infeliz,
funesto. Desgraça.
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8. Como se dá a Justiça Divina no contexto das fatalidades?
851 Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme o
sentido que se dá a essa palavra, ou seja, todos os
acontecimentos são predeterminados? Nesse caso, como fica o
livre-arbítrio?
– A fatalidade existe apenas na escolha que o Espírito fez ao
encarnar e suportar esta ou aquela prova. E da escolha resulta
uma espécie de destino, que é a própria consequência da
posição que ele próprio escolheu e em que se acha. Falo das
provas de natureza física, porque, quanto às de natureza moral e
às tentações, o Espírito, ao conservar seu livre-arbítrio quanto ao
bem e ao mal, é sempre senhor para ceder ou resistir. Um bom
Espírito, ao vê-lo fraquejar, pode vir em sua ajuda, mas não pode
influir de modo a dominar sua vontade. Um Espírito mau, ao lhe
mostrar de forma exagerada um perigo físico, pode abalá-lo e
assustá-lo. Porém, a vontade do Espírito encarnado está
constantemente livre para decidir.
“O Livro dos Espíritos” de Allan Kardec
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9. Como se dá a Justiça Divina no contexto das fatalidades?
Não é coerente que cada um de nós trabalhe para
alcançar a própria felicidade? Não é lógico que devemos
nos responsabilizar apenas por nossos atos? Não nos
afirma a sabedoria do Evangelho que seríamos
conhecidos, exclusivamente, pelas nossas obras?
Os acontecimentos exteriores de nossa vida são o
resultado direto de nossas atitudes internas. A princípio,
podemos relutar para assimilar e entender esse conceito,
porque é melhor continuarmos a acreditar que somos
vítimas indefesas de forças que não estão sob nosso
controle
Efetivamente, somos nós mesmos que fazemos os
nossos caminhos e depois os denominamos de fatalidade
“Dores da Alma” de Hammed – Francisco do Espírito Santo Neto
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10. Como se dá a Justiça Divina no contexto das fatalidades?
Eis aqui um fato incontestável da vida: o amadurecimento do
ser humano inicia-se quando cessam suas acusações ao
mundo
Há indivíduos que se julgam perseguidos por um destino cruel
e censuram tudo e todos, menos eles mesmos. ... essas
pessoas não definiram limites em seu mundo interior e vivem
num verdadeiro emaranhado de energias desconexas
Há um espaço delimitado onde nós terminamos e os outros
começam
Limites são o portal dos bons relacionamentos. Têm como
objetivo nos tornar firmes e conscientes de nós mesmos, a fim
de sermos capazes de nos aproximar dos outros sem sufocá-
los ou desrespeitá-los
“Dores da Alma” de Hammed – Francisco do Espírito Santo Neto
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11. Como se dá a Justiça Divina no contexto das fatalidades?
Princípio da responsabilidade pessoal
Ter determinação para responder pelas
consequências
Assumir as experiências pessoais
Decidir por si mesmo
Aceitar
o princípio da responsabilidade individual
e estabelecer limites descomplica nossa vida,
torando-nos cada vez mais conscientes de tudo o
que acontece ao nosso derredor
“Dores da Alma” de Hammed – Francisco do Espírito Santo Neto
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12. Como se dá a Justiça Divina no contexto das fatalidades?
Expiações Terrestres LETIL
Considerando quanto nos séculos passados eram frequentes,
mesmo nas classes mais elevadas e esclarecidas, os atos de
barbaria que hoje repugnam; ... então compreenderemos que
muitos dos nossos contemporâneos têm de expungir máculas
passadas, e tampouco nos admiraremos do número
considerável de pessoas que sucumbem vitimadas por
acidentes isolados ou por catástrofes coletivas.
O despotismo, o fanatismo, a ignorância e os prejuízos da Idade
Média e dos séculos que se seguiram, legaram às gerações
futuras uma dívida enorme, que ainda não está saldada.
Muitas desgraças nos parecem imerecidas, somente porque
apenas vemos o presente.
“O Céu e o Inferno” de Allan Kardec
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13. Destino e Fatalidade frente ao Livre Arbítrio
no encadeamento de nossas etapas terrestres, continua e
completa-se a obra grandiosa de nossa educação, a lenta
edificação de nossa individualidade, de nossa personalidade
moral. É por essa razão que a alma deve encarnar sucessiva-
mente nos meios mais diversos, em todas as condições
sociais, passar alternadamente pelas provas da pobreza e da
riqueza, aprender a obedecer e depois comandar
O espírito retempera-se, aperfeiçoa-se, purifica-se na luta e no
sofrimento
Portanto, não existe fatalidade. É o homem, por sua própria
vontade, quem forja suas próprias cadeias; é quem tece, fio
por fio, dia a dia, desde seu nascimento até a morte, a rede de
seu destino. A lei de justiça, no fundo, não é nada mais do que
a lei de harmonia. Ela determina as consequências dos atos
que praticamos livremente
“O Problema do Destino” de León Denis
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14. Destino e Fatalidade frente ao Livre Arbítrio
O destino não tem outra regra a não ser a do bem e a do
mal praticados
Associar nossos atos ao plano divino, agir de acordo com
a natureza, no sentido da harmonia e para o bem de
todos, é preparar nossa elevação, nossa felicidade
Agir no sentido contrário, ..., é semear para o futuro
fermentos da dor, é nos colocar sob o domínio de
influências que retardam nosso adiantamento
Que o homem tenha um único objetivo: conquistar as
forças morais, sem as quais sempre ficará incapaz de
melhorar sua condição e a da humanidade!
“O Problema do Destino” de León Denis
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15. O que temos a dizer e fazer frente aos revezes e
provações da caminhada?
Visão do Rabino Haroldo S. Kushner, no livro “Quando
coisas ruins acontecem a pessoas boas”
Deus é a resposta: Não acredito que Deus cause o retardamento
mental nas crianças ou designe quem deva sofrer de distrofia
muscular. O Deus em que creio não nos envia problema – Ele
nos dá força para arcar com o problema
Eu creio que Deus nos dá força, paciência e esperança,
renovando nossas fontes espirituais quando elas se esgotam
Não precisamos implorar ou subornar a Deus para nos dar
forças, esperança ou paciência. Basta que nos dirijamos a Ele,
admitindo que não temos força para suportar o fardo, e
compreender que enfrentar com bravura uma doença de longo
curso é uma das coisas mais humanas e uma das coisas mais
divinas que podemos realizar
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16. Obras de Referência
“No Rumo da Felicidade” de Joanna de Ângelis – Divaldo
Franco
“Universo e Vida” de Hernani T. Sant’Anna
“O Livro dos Espíritos” e “O Céu e o Inferno” de Allan Kardec
“Dores da Alma” de Hammed – Francisco do Espírito Santo
Neto
“O Problema do Destino” de León Denis
“Quando coisas ruins acontecem a pessoas boas” do Rabino
Haroldo S. Kushner
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