SlideShare a Scribd company logo
1 of 5
Download to read offline
A sempiterna questão de um esquecimento selectivo


          Pensar a Palestina também é uma questão de uma memória afectada pelo vírus do
esquecimento colectivo e selectivo dos factos, para alimentar uma fábula entranhada de
princípios humanísticos propositadamente deturpados e desviados da origem. Aqueles
princípios que não promovem a nossa pertença comum à Humanidade, mas realçam
subtilmente a supremacia de uns sobre outros, o ocidente sobre o resto, o norte sobre o sul,
uma cultura sobre outra, os ricos sobre os pobres 1 , sempre na lógica dicotómica propagando e
formulando dogmatismos, onde se configuram e inscrevem «maus extremismos» e «bons
extremismos» (também!). Curiosamente, a recuperação de uma memória histórica tem sido
uma questão central no nosso mundo. Recuperamos a memória das línguas aceitando o seu
irremediável desaparecimento, recuperamos (tardiamente é certo!) as memórias sujas dos
nossos tiranos ditatoriais, dos nossos «colaboracionistas», dos nossos colonialismos, dos
nossos pactos silenciosos com guerras viciadas, etc. Tratamos de recuperar ou salvar os
patrimónios materiais e imateriais e à revelia dos factos continuamos a limar mitos e fantasias
para assegurar a supremacia de uma cultura ocidental com olhos atentos virados para o
«exótico». O Outro não é mais que um prolongamento a recuperar e moldar à nossa imagem.
O grande problema é que isto tem-nos levado a excessos e deturpações ingénuas e
avassaladoras.
          No início de todos os anos, somos abundantemente regados por discursos imbuídos de
um significado desviante propagando o erro e o simulacro. Não nos iludamos com declarações
de intenções e mensagens falaciosas, mas eludamos os mensageiros dessas mensagens ou
então enfrentemo-los e confrontemo-los! 2 . Na contemporaneidade, o esquecimento, o desvio,


1
  Daí termos ouvido o Ministro israelita do Interior, Eli Yishai, dizer "The goal of the operation is to send Gaza
back to the Middle Ages. Only then will Israel be calm for forty years." («O objectivo da operação é de reenviar
Gaza para a idade média. Só então Israel ficará calma por quarenta anos») (Tradução nossa). Fonte:
http://www.aljazeera.com/indepth/opinion/2012/11/2012111912538816887.html . Ler também este artigo de
opinião de A. Gresh: http://blog.mondediplo.net/2012-11-18-Gaza-Nous-les-ramenerons-au-Moyen-Age
2
  Referência ao alegre e ignaro descaramento das palavras proferidas pelo Presidente da República portuguesa a 1
de Janeiro de 2012 quando nos disse: «(...) No ano que agora começa, as dificuldades não irão ser menores.
                                                         1
Ana da Palma


                 está licenciado sob uma licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works
2.5 Portugal.
a fragmentação e a multiplicação de dados é a arma dos governos e dos media a saldo daquilo
que nos têm dito ser os «maiores interesses», essa coisa impalpável, não identificável!. É
através do uso de uma língua numa linguagem formatada obedecendo a princípios falseados e
chavões desviantes que genuinamente somos levados a acreditar, em nome de uma
humanidade que se limita ao nosso indivíduo ocidental, e a defender uma forma de viver no
mundo, sendo que implica pactuarmos com este novo tipo de OVNI, Objecto Voraz Não
Identificável (Os tais interesses maiores que, por questões óbvias, nos deixam no limbo da
indefinição. Não se sabe bem a que se aplica a palavra «maiores», nem se sabe ao certo de
cujos interesses se trata!) e seus fiéis satélites.

           Neste contexto, voltando à Palestina, as razões deste histórico esquecimento, ou desta
limpeza histórica, são de várias ordens, todas elas ancoradas no sôfrego desejo de supremacia
do ocidente. Vejamos algumas, tendo em mente, contudo que as opções políticas dos
sucessivos governos de Israel têm obedecido a um verdadeiro programa enraizado no século
XIX 3 . Primeiro, no que nos concerne, estamos confrontados com aquela vergonha colectiva
que nos toca na nossa íntima construção identitária, devido à elaboração e reiteração de uma
responsabilidade e culpabilidade colectiva do ocidente no Holocausto. Por um lado, isto
reafirma um desejo evidente de supremacia ocidental, revestindo o rosto de uma certa
concepção da humanidade e da ideia da democracia, com base numa ideologia colonialista
ultrapassada que, com toda a crueza e frieza, se investiu num neocolonialismo fornecendo e
continuando de fornecer aos governos sionistas de políticas colonialistas, por necessária
oposição ao que podemos referir como sionismo cultural 4 , todos os motivos de chantagem

Esta é uma realidade que não pode ser iludida.(...)» http://www.presidencia.pt/?idc=22&idi=60565 Falta-nos
saber como fazer para eludir a realidade da sua mensagem para 2013.
3
  Referimo-nos ao fundador do sionismo Theodor Herzl (1860 —1904) sobre quem se pode ler mais aqui:
http://en.wikipedia.org/wiki/Theodor_Herzl e a um programa de colonização explicitado nos diários de Herzl:
"When we occupy the land, we shall bring immediate benefits to the state that receives us. We must expropriate
gently the private property on the estates assigned to us. We shall try to spirit the penniless population across the
border by procuring employment for it in the transit countries, while denying it any employment in our country."
The Complete Diaries of Theodor Herzl", vol. 1 (New York: Herzl Press and Thomas Yoseloff, 1960), pp. 88, 90
4
    http://en.wikipedia.org/wiki/Ahad_Ha%27am e http://en.wikipedia.org/wiki/Martin_Buber
                                                          2
Ana da Palma


                  está licenciado sob uma licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works
2.5 Portugal.
histórica e os instrumentos bélicos, capacidades financeiras e estratégicas de se realizar
concretamente no terreno, enquanto política de Estado. Este Estado auto proclamado como
sendo a «única democracia do Médio Oriente», mas que revela sérios indícios de ser um
estado com tendências totalitárias a todos os níveis, sendo de guardar memória que o Sionismo
foi considerado como «uma forma de racismo e de discriminação racial» pela resolução 3379
da Assembleia Geral da ONU, datada de 10 de Novembro de 1975 5 e que esta resolução foi
anulada, pela resolução 4686, a 16 de Dezembro de 1991 6 , em condições pouco claras, em
termos de justificação suficientemente válida, posto que envolveu a respectiva chantagem
exercida pelo governo de Israel e constituiu-se como condição prévia para iniciar as
negociações de Paz de Madrid. Por outro lado, o estado de Israel através dos seus
representantes, delegados e/ou embaixadores está continuadamente a relembrar-nos a nossa
culpa para alimentar uma adesão e apoio incondicional. Neste caso, basta relembrar as
palavras proferidas pelo embaixador de Israel 7 na Fundação Gulbenkian, em Outubro 2012,
tentando fomentar a culpa do povo português por meio da acusação, da coação e da ingerência
no contexto da educação.

          Segundo, partindo desta culpabilização colectiva, Israel beneficia do supremo direito
de se estar continuadamente a defender e de ter todo o apoio de um certo ocidente para tal 8 .
Apesar de cada suposto «acto de defensa», que se alimenta na manipulação mediática e
naquele dilema tão apreciado pela natureza humana, ou seja, saber aquele que tem as culpas de


5
  http://daccess-dds-ny.un.org/doc/RESOLUTION/GEN/NR0/000/92/IMG/NR000092.pdf?OpenElement
6
  http://www.un.org/documents/ga/res/46/a46r086.htm
7
  http://www.publico.pt/sociedade/noticia/embaixador-de-israel-diz-que-portugal-tem-uma-nodoa-que-os-judeus-
nao-esquecem-1569558 e respectiva reacção do governo: http://www.publico.pt/politica/noticia/governo-
manifestou-desagrado-ao-embaixador-de-israel-1570518
8
  Veja-se a recente declaração do Presidente norte-americano Obama (http://www.cbsnews.com/8301-250_162-
57551535/obama-israel-has-right-to-defend-itself/ ) relativamente à operação chumbo fundido (o relatório
Goldstone [ http://www2.ohchr.org/english/bodies/hrcouncil/docs/12session/A-HRC-12-48.pdf ]e os artigos de
Norman Finkelstein [http://normanfinkelstein.com/] são bastante esclarecedor sobre o assunto ). No que concerne
a mais recente «defesa» intitulada: Pilar de Defesa, sabemos que se tratou mais de uma operação de retaliação do
que de defesa. É importante notar que cada «defesa» Israelita tem um nome pomposo iludindo a nossa razão,
mas, pensando melhor, posto que se tem um nome, há um plano prévio, não é propriamente um acto espontâneo
de defesa!
                                                        3
Ana da Palma


                está licenciado sob uma licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works
2.5 Portugal.
ter sido o «primeiro» a atacar, isto constituindo-se frequentemente na base do esquecimento
fomentado pelos medias e convocado para dar lugar a autênticos massacres da população civil
palestiniana.
          Terceiro, porque verificamos que a legitimidade de Israel está sempre a ser evocada
pelos seus mais variados defensores e representantes, indicando, claramente, que esta
preocupação constante de legitimidade, apenas confirma o receio da evidência e da
consciência das suas bases ilegítimas. A criação do Estado de Israel fundamentou-se numa
série de ilegalidades, abusos e desejo de poder e cegueira do mundo ocidental, tal como os
acordos Sykes–Picot recentemente questionados pela Turquia 9 , tal como a evidente
«ilegalidade» da declaração Balfour 10 e ainda a intervenção da SDN/ONU nas resoluções que
definem territórios, sendo que não vai ao encontro da Carta das Nações Unidas 11 e finalmente
por Israel nunca ter cumprido com os requisitos da resolução 273 12 , datada de Maio 1949, que
o admitia no seio da ONU. Podemos intuir que estes factos justificam a permanente e quase
doentia insistência de Israel em querer ser reconhecido, quando já o foi historicamente por
vários países, inclusive pela OLP, em 1993, com Arafat 13 . Este reconhecimento foi um
compromisso com uma série de acontecimentos nitidamente injustos para com o povo
palestino. Contudo, desde 2011, temos vindo a saber da insistência de Israel em ser
reconhecido como estado judeu 14 . Esta última exigência que nos deve levar a uma longa e
necessária reflexão, tem vindo a ser legitimada pelo silêncio, pela condescendência, pela
reiterada culpa «comum» do mundo ocidental, apesar de não ir ao encontro dos grandes
argumentos que rotulam Israel como sendo a «única democracia» do médio oriente e apesar de
não ter sido uma questão discutida no seio da sociedade civil de Israel. O aparecimento de um

9
  Veja-se este artigo de opinião: http://weekly.ahram.org.eg/2011/1066/in2.htm
10
   http://en.wikipedia.org/wiki/Balfour_Declaration
11
   http://www.un.org/en/documents/charter/
12
   http://unispal.un.org/UNISPAL.NSF/0/83E8C29DB812A4E9852560E50067A5AC
13
   Ler a correspondência trocada entre Arafat e Rabin aqui: http://www.monde-diplomatique.fr/cahier/proche-
orient/lettre93-fr
14
   http://blog.mondediplo.net/2011-05-18-L-Etat-juif-contre-les-juifs mas também
http://blog.mondediplo.net/2011-08-01-Israel-Etat-juif-Doutes-francais e http://www.huffingtonpost.com/mj-
rosenberg/the-bogus-demand-to-recog_b_765218.html
                                                        4
Ana da Palma


                está licenciado sob uma licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works
2.5 Portugal.
estado religioso, uma teocracia, mesmo sendo um estado de raiz judeo-cristã deve suscitar
algum receio junto de todos os estados chamados, ou com desejos, «democráticos». Por outro
lado, a justificação religiosa destas exigências deve ser revisitada à luz da realidade expressa
por Shlomo Sand no livro intitulado «Como foi inventado o povo judeu» 15
           Quarto, porque recentemente verificámos num artigo acompanhado de um mapa
delineando e salientando as questões de autonomia energética de Israel 16 , uma postura que vai
nitidamente ao encontro das múltiplas intervenções levadas ilegalmente a cabo revelando o
desejo do ocidente de «reinstalar» o seu poder na região.
           Então, desviam-se todos princípios básicos que regem a nossa humanidade, alimenta-
se a mentira, fomenta-se o esquecimento para engordar o desejo de poder do ocidente? Vale
tudo? Mesmo pactuar com um lento e cruel genocídio?




15
     Ler o artigo de M. Rodrigues sobre o livro: http://www.odiario.info/?p=2727
16
     http://www.voltairenet.org/article174007.html
                                                           5
Ana da Palma


                   está licenciado sob uma licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works
2.5 Portugal.

More Related Content

What's hot

Calendário 2014 (14pg)
Calendário 2014 (14pg)Calendário 2014 (14pg)
Calendário 2014 (14pg)Giu Cidade
 
Rev utopia e barbárie
Rev utopia e barbárieRev utopia e barbárie
Rev utopia e barbárieFernandoPFO
 
O plano real e a globalização dos donos do mundo
O plano real e a globalização dos donos do mundoO plano real e a globalização dos donos do mundo
O plano real e a globalização dos donos do mundoCarlosJoseSach
 
Resumo do documentário "Utopia e Barbárie".
Resumo do documentário "Utopia e Barbárie".Resumo do documentário "Utopia e Barbárie".
Resumo do documentário "Utopia e Barbárie".Izaias Gomes
 
A CRESCENTE MARÉ VERMELHA QUE AMEAÇA COBRIR O BRASIL‏
A CRESCENTE MARÉ VERMELHA QUE AMEAÇA COBRIR O BRASIL‏A CRESCENTE MARÉ VERMELHA QUE AMEAÇA COBRIR O BRASIL‏
A CRESCENTE MARÉ VERMELHA QUE AMEAÇA COBRIR O BRASIL‏Lucio Borges
 
Utopia e barbarie trabalho definitivo de português
Utopia e barbarie   trabalho definitivo de portuguêsUtopia e barbarie   trabalho definitivo de português
Utopia e barbarie trabalho definitivo de portuguêsClara Canavarros
 
As mentiras de estado parte ii
As mentiras de estado  parte iiAs mentiras de estado  parte ii
As mentiras de estado parte iiBORGES- Borges
 

What's hot (15)

Utopia e barbárie
Utopia e barbárieUtopia e barbárie
Utopia e barbárie
 
Calendário 2014 (14pg)
Calendário 2014 (14pg)Calendário 2014 (14pg)
Calendário 2014 (14pg)
 
Apresentação Utopia e Barbárie
Apresentação Utopia e Barbárie Apresentação Utopia e Barbárie
Apresentação Utopia e Barbárie
 
Rev utopia e barbárie
Rev utopia e barbárieRev utopia e barbárie
Rev utopia e barbárie
 
O plano real e a globalização dos donos do mundo
O plano real e a globalização dos donos do mundoO plano real e a globalização dos donos do mundo
O plano real e a globalização dos donos do mundo
 
Resumo do documentário "Utopia e Barbárie".
Resumo do documentário "Utopia e Barbárie".Resumo do documentário "Utopia e Barbárie".
Resumo do documentário "Utopia e Barbárie".
 
O que é fascismo
O que é fascismoO que é fascismo
O que é fascismo
 
A CRESCENTE MARÉ VERMELHA QUE AMEAÇA COBRIR O BRASIL‏
A CRESCENTE MARÉ VERMELHA QUE AMEAÇA COBRIR O BRASIL‏A CRESCENTE MARÉ VERMELHA QUE AMEAÇA COBRIR O BRASIL‏
A CRESCENTE MARÉ VERMELHA QUE AMEAÇA COBRIR O BRASIL‏
 
Utopia e barbarie trabalho definitivo de português
Utopia e barbarie   trabalho definitivo de portuguêsUtopia e barbarie   trabalho definitivo de português
Utopia e barbarie trabalho definitivo de português
 
As mentiras de estado parte ii
As mentiras de estado  parte iiAs mentiras de estado  parte ii
As mentiras de estado parte ii
 
Exercícios
ExercíciosExercícios
Exercícios
 
Utopia e barbarie
Utopia e barbarieUtopia e barbarie
Utopia e barbarie
 
Apresentação Utopia e Barbarie
Apresentação Utopia e BarbarieApresentação Utopia e Barbarie
Apresentação Utopia e Barbarie
 
1ª fase UERJ - 97
1ª  fase UERJ - 971ª  fase UERJ - 97
1ª fase UERJ - 97
 
Apresentação Utopia e Barbárie .
Apresentação Utopia e Barbárie .Apresentação Utopia e Barbárie .
Apresentação Utopia e Barbárie .
 

Similar to A sempiterna questão de um esquecimento selectivo

Fratelli tutti 1+2 Portugues.pptx
Fratelli tutti 1+2 Portugues.pptxFratelli tutti 1+2 Portugues.pptx
Fratelli tutti 1+2 Portugues.pptxMartin M Flynn
 
Folhas Soltas do GAP nº 5
Folhas Soltas do GAP nº 5Folhas Soltas do GAP nº 5
Folhas Soltas do GAP nº 5GAP
 
Porque não há uma estratégia popular anticapitalista
Porque não há uma estratégia popular anticapitalistaPorque não há uma estratégia popular anticapitalista
Porque não há uma estratégia popular anticapitalistaGRAZIA TANTA
 
Áfriaca do sul: historia, estado e sociedade pdf
Áfriaca do sul: historia, estado e sociedade pdfÁfriaca do sul: historia, estado e sociedade pdf
Áfriaca do sul: historia, estado e sociedade pdfSaulo Nóbrega
 
Reflexoes sobre o futuro da palestina 1
Reflexoes sobre o futuro da palestina 1Reflexoes sobre o futuro da palestina 1
Reflexoes sobre o futuro da palestina 1GAP
 
Colocar algumas peças questão palestiniana
Colocar algumas peças questão palestinianaColocar algumas peças questão palestiniana
Colocar algumas peças questão palestinianaGAP
 
Desarmamento Civil - Brasil - Parte 5.
Desarmamento Civil - Brasil - Parte 5.Desarmamento Civil - Brasil - Parte 5.
Desarmamento Civil - Brasil - Parte 5.EntulhoLamaVianna
 
O novo fascismo que está em marcha
O novo fascismo que está em marchaO novo fascismo que está em marcha
O novo fascismo que está em marchaGRAZIA TANTA
 
As politicas da globalização apresentação-final1
As politicas da globalização apresentação-final1As politicas da globalização apresentação-final1
As politicas da globalização apresentação-final120014
 
COVID-19 e "pós-verdade": o escárnio da racionalidade técnico-instrumental
COVID-19 e "pós-verdade": o escárnio da racionalidade técnico-instrumentalCOVID-19 e "pós-verdade": o escárnio da racionalidade técnico-instrumental
COVID-19 e "pós-verdade": o escárnio da racionalidade técnico-instrumentalEmerson Campos
 
Para que servem as forças armadas? A doença senil do militarismo
Para que servem as forças armadas? A doença senil do militarismoPara que servem as forças armadas? A doença senil do militarismo
Para que servem as forças armadas? A doença senil do militarismoGRAZIA TANTA
 
Estratégias da Comissão Representativa do Estado de Israel na Míni-ONU
Estratégias da Comissão Representativa do Estado de Israel na Míni-ONUEstratégias da Comissão Representativa do Estado de Israel na Míni-ONU
Estratégias da Comissão Representativa do Estado de Israel na Míni-ONUHugo Fialho
 
o_dossiê_rosenthal_-_walter_white[1].pdf
o_dossiê_rosenthal_-_walter_white[1].pdfo_dossiê_rosenthal_-_walter_white[1].pdf
o_dossiê_rosenthal_-_walter_white[1].pdfLeandroSilva924474
 
FRATELLI TUTTI - Capítulos I e II.pptx
FRATELLI TUTTI - Capítulos I e II.pptxFRATELLI TUTTI - Capítulos I e II.pptx
FRATELLI TUTTI - Capítulos I e II.pptxLuizHonorio4
 
A década perdida
A década perdidaA década perdida
A década perdidaBeba Gatosa
 
NOTA INTRODUTORIA III CONFERENCIA UNITA
NOTA INTRODUTORIA III CONFERENCIA UNITANOTA INTRODUTORIA III CONFERENCIA UNITA
NOTA INTRODUTORIA III CONFERENCIA UNITAMAURILIO LUIELE
 

Similar to A sempiterna questão de um esquecimento selectivo (20)

Fratelli tutti 1+2 Portugues.pptx
Fratelli tutti 1+2 Portugues.pptxFratelli tutti 1+2 Portugues.pptx
Fratelli tutti 1+2 Portugues.pptx
 
Folhas Soltas do GAP nº 5
Folhas Soltas do GAP nº 5Folhas Soltas do GAP nº 5
Folhas Soltas do GAP nº 5
 
000119340
000119340000119340
000119340
 
Porque não há uma estratégia popular anticapitalista
Porque não há uma estratégia popular anticapitalistaPorque não há uma estratégia popular anticapitalista
Porque não há uma estratégia popular anticapitalista
 
Áfriaca do sul: historia, estado e sociedade pdf
Áfriaca do sul: historia, estado e sociedade pdfÁfriaca do sul: historia, estado e sociedade pdf
Áfriaca do sul: historia, estado e sociedade pdf
 
Reflexoes sobre o futuro da palestina 1
Reflexoes sobre o futuro da palestina 1Reflexoes sobre o futuro da palestina 1
Reflexoes sobre o futuro da palestina 1
 
Colocar algumas peças questão palestiniana
Colocar algumas peças questão palestinianaColocar algumas peças questão palestiniana
Colocar algumas peças questão palestiniana
 
Desarmamento Civil - Brasil - Parte 5.
Desarmamento Civil - Brasil - Parte 5.Desarmamento Civil - Brasil - Parte 5.
Desarmamento Civil - Brasil - Parte 5.
 
O novo fascismo que está em marcha
O novo fascismo que está em marchaO novo fascismo que está em marcha
O novo fascismo que está em marcha
 
galeano.pdf
galeano.pdfgaleano.pdf
galeano.pdf
 
As politicas da globalização apresentação-final1
As politicas da globalização apresentação-final1As politicas da globalização apresentação-final1
As politicas da globalização apresentação-final1
 
COVID-19 e "pós-verdade": o escárnio da racionalidade técnico-instrumental
COVID-19 e "pós-verdade": o escárnio da racionalidade técnico-instrumentalCOVID-19 e "pós-verdade": o escárnio da racionalidade técnico-instrumental
COVID-19 e "pós-verdade": o escárnio da racionalidade técnico-instrumental
 
Para que servem as forças armadas? A doença senil do militarismo
Para que servem as forças armadas? A doença senil do militarismoPara que servem as forças armadas? A doença senil do militarismo
Para que servem as forças armadas? A doença senil do militarismo
 
Estratégias da Comissão Representativa do Estado de Israel na Míni-ONU
Estratégias da Comissão Representativa do Estado de Israel na Míni-ONUEstratégias da Comissão Representativa do Estado de Israel na Míni-ONU
Estratégias da Comissão Representativa do Estado de Israel na Míni-ONU
 
Refugiados
RefugiadosRefugiados
Refugiados
 
o_dossiê_rosenthal_-_walter_white[1].pdf
o_dossiê_rosenthal_-_walter_white[1].pdfo_dossiê_rosenthal_-_walter_white[1].pdf
o_dossiê_rosenthal_-_walter_white[1].pdf
 
FRATELLI TUTTI - Capítulos I e II.pptx
FRATELLI TUTTI - Capítulos I e II.pptxFRATELLI TUTTI - Capítulos I e II.pptx
FRATELLI TUTTI - Capítulos I e II.pptx
 
Palestina
PalestinaPalestina
Palestina
 
A década perdida
A década perdidaA década perdida
A década perdida
 
NOTA INTRODUTORIA III CONFERENCIA UNITA
NOTA INTRODUTORIA III CONFERENCIA UNITANOTA INTRODUTORIA III CONFERENCIA UNITA
NOTA INTRODUTORIA III CONFERENCIA UNITA
 

More from GAP

Flyer milton a4
Flyer milton a4Flyer milton a4
Flyer milton a4GAP
 
Puma leaflet-bw-pt
Puma leaflet-bw-ptPuma leaflet-bw-pt
Puma leaflet-bw-ptGAP
 
Folhas Soltas do GAP nº7
Folhas Soltas do GAP nº7Folhas Soltas do GAP nº7
Folhas Soltas do GAP nº7GAP
 
Folhas Soltas do GAP nº10
Folhas Soltas do GAP nº10Folhas Soltas do GAP nº10
Folhas Soltas do GAP nº10GAP
 
Folhas Soltas do GAP nº9
Folhas Soltas do GAP nº9Folhas Soltas do GAP nº9
Folhas Soltas do GAP nº9GAP
 
Folhas Soltas do GAP nº 8
Folhas Soltas do GAP nº 8Folhas Soltas do GAP nº 8
Folhas Soltas do GAP nº 8GAP
 
Folhas Soltas do GAP nº 6
Folhas Soltas do GAP nº 6Folhas Soltas do GAP nº 6
Folhas Soltas do GAP nº 6GAP
 
Folhas Soltas do GAP nº4
Folhas Soltas do GAP nº4Folhas Soltas do GAP nº4
Folhas Soltas do GAP nº4GAP
 
Folhas Soltas do GAP nº3
Folhas Soltas do GAP nº3Folhas Soltas do GAP nº3
Folhas Soltas do GAP nº3GAP
 
Folhas Soltas do GAP nº2
Folhas Soltas do GAP nº2Folhas Soltas do GAP nº2
Folhas Soltas do GAP nº2GAP
 
Gaza 10 years_later_-_11_july_2017
Gaza 10 years_later_-_11_july_2017Gaza 10 years_later_-_11_july_2017
Gaza 10 years_later_-_11_july_2017GAP
 
Folhas soltas-7-haiku
Folhas soltas-7-haikuFolhas soltas-7-haiku
Folhas soltas-7-haikuGAP
 
Carta ao chef avillez
Carta ao chef avillezCarta ao chef avillez
Carta ao chef avillezGAP
 
Folhas soltas do gap nº1
Folhas soltas do gap  nº1Folhas soltas do gap  nº1
Folhas soltas do gap nº1GAP
 
Reflexoes sobre o futuro da palestina 3
Reflexoes sobre o futuro da palestina 3Reflexoes sobre o futuro da palestina 3
Reflexoes sobre o futuro da palestina 3GAP
 
Resolucao 273 11 maio 1949
Resolucao 273 11 maio 1949Resolucao 273 11 maio 1949
Resolucao 273 11 maio 1949GAP
 
Reflexoes sobre o futuro da palestina 2
Reflexoes sobre o futuro da palestina 2Reflexoes sobre o futuro da palestina 2
Reflexoes sobre o futuro da palestina 2GAP
 
Declaration d independance de l etat de palestine
Declaration d independance de l etat de palestineDeclaration d independance de l etat de palestine
Declaration d independance de l etat de palestineGAP
 
Bd sdossier
Bd sdossierBd sdossier
Bd sdossierGAP
 
Tribuna Pública
Tribuna PúblicaTribuna Pública
Tribuna PúblicaGAP
 

More from GAP (20)

Flyer milton a4
Flyer milton a4Flyer milton a4
Flyer milton a4
 
Puma leaflet-bw-pt
Puma leaflet-bw-ptPuma leaflet-bw-pt
Puma leaflet-bw-pt
 
Folhas Soltas do GAP nº7
Folhas Soltas do GAP nº7Folhas Soltas do GAP nº7
Folhas Soltas do GAP nº7
 
Folhas Soltas do GAP nº10
Folhas Soltas do GAP nº10Folhas Soltas do GAP nº10
Folhas Soltas do GAP nº10
 
Folhas Soltas do GAP nº9
Folhas Soltas do GAP nº9Folhas Soltas do GAP nº9
Folhas Soltas do GAP nº9
 
Folhas Soltas do GAP nº 8
Folhas Soltas do GAP nº 8Folhas Soltas do GAP nº 8
Folhas Soltas do GAP nº 8
 
Folhas Soltas do GAP nº 6
Folhas Soltas do GAP nº 6Folhas Soltas do GAP nº 6
Folhas Soltas do GAP nº 6
 
Folhas Soltas do GAP nº4
Folhas Soltas do GAP nº4Folhas Soltas do GAP nº4
Folhas Soltas do GAP nº4
 
Folhas Soltas do GAP nº3
Folhas Soltas do GAP nº3Folhas Soltas do GAP nº3
Folhas Soltas do GAP nº3
 
Folhas Soltas do GAP nº2
Folhas Soltas do GAP nº2Folhas Soltas do GAP nº2
Folhas Soltas do GAP nº2
 
Gaza 10 years_later_-_11_july_2017
Gaza 10 years_later_-_11_july_2017Gaza 10 years_later_-_11_july_2017
Gaza 10 years_later_-_11_july_2017
 
Folhas soltas-7-haiku
Folhas soltas-7-haikuFolhas soltas-7-haiku
Folhas soltas-7-haiku
 
Carta ao chef avillez
Carta ao chef avillezCarta ao chef avillez
Carta ao chef avillez
 
Folhas soltas do gap nº1
Folhas soltas do gap  nº1Folhas soltas do gap  nº1
Folhas soltas do gap nº1
 
Reflexoes sobre o futuro da palestina 3
Reflexoes sobre o futuro da palestina 3Reflexoes sobre o futuro da palestina 3
Reflexoes sobre o futuro da palestina 3
 
Resolucao 273 11 maio 1949
Resolucao 273 11 maio 1949Resolucao 273 11 maio 1949
Resolucao 273 11 maio 1949
 
Reflexoes sobre o futuro da palestina 2
Reflexoes sobre o futuro da palestina 2Reflexoes sobre o futuro da palestina 2
Reflexoes sobre o futuro da palestina 2
 
Declaration d independance de l etat de palestine
Declaration d independance de l etat de palestineDeclaration d independance de l etat de palestine
Declaration d independance de l etat de palestine
 
Bd sdossier
Bd sdossierBd sdossier
Bd sdossier
 
Tribuna Pública
Tribuna PúblicaTribuna Pública
Tribuna Pública
 

Recently uploaded

M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxJustinoTeixeira1
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptjricardo76
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*Viviane Moreiras
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.denisecompasso2
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfHELENO FAVACHO
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxFlviaGomes64
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdfmarlene54545
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do séculoBiblioteca UCS
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAssuser2ad38b
 

Recently uploaded (20)

M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 

A sempiterna questão de um esquecimento selectivo

  • 1. A sempiterna questão de um esquecimento selectivo Pensar a Palestina também é uma questão de uma memória afectada pelo vírus do esquecimento colectivo e selectivo dos factos, para alimentar uma fábula entranhada de princípios humanísticos propositadamente deturpados e desviados da origem. Aqueles princípios que não promovem a nossa pertença comum à Humanidade, mas realçam subtilmente a supremacia de uns sobre outros, o ocidente sobre o resto, o norte sobre o sul, uma cultura sobre outra, os ricos sobre os pobres 1 , sempre na lógica dicotómica propagando e formulando dogmatismos, onde se configuram e inscrevem «maus extremismos» e «bons extremismos» (também!). Curiosamente, a recuperação de uma memória histórica tem sido uma questão central no nosso mundo. Recuperamos a memória das línguas aceitando o seu irremediável desaparecimento, recuperamos (tardiamente é certo!) as memórias sujas dos nossos tiranos ditatoriais, dos nossos «colaboracionistas», dos nossos colonialismos, dos nossos pactos silenciosos com guerras viciadas, etc. Tratamos de recuperar ou salvar os patrimónios materiais e imateriais e à revelia dos factos continuamos a limar mitos e fantasias para assegurar a supremacia de uma cultura ocidental com olhos atentos virados para o «exótico». O Outro não é mais que um prolongamento a recuperar e moldar à nossa imagem. O grande problema é que isto tem-nos levado a excessos e deturpações ingénuas e avassaladoras. No início de todos os anos, somos abundantemente regados por discursos imbuídos de um significado desviante propagando o erro e o simulacro. Não nos iludamos com declarações de intenções e mensagens falaciosas, mas eludamos os mensageiros dessas mensagens ou então enfrentemo-los e confrontemo-los! 2 . Na contemporaneidade, o esquecimento, o desvio, 1 Daí termos ouvido o Ministro israelita do Interior, Eli Yishai, dizer "The goal of the operation is to send Gaza back to the Middle Ages. Only then will Israel be calm for forty years." («O objectivo da operação é de reenviar Gaza para a idade média. Só então Israel ficará calma por quarenta anos») (Tradução nossa). Fonte: http://www.aljazeera.com/indepth/opinion/2012/11/2012111912538816887.html . Ler também este artigo de opinião de A. Gresh: http://blog.mondediplo.net/2012-11-18-Gaza-Nous-les-ramenerons-au-Moyen-Age 2 Referência ao alegre e ignaro descaramento das palavras proferidas pelo Presidente da República portuguesa a 1 de Janeiro de 2012 quando nos disse: «(...) No ano que agora começa, as dificuldades não irão ser menores. 1 Ana da Palma está licenciado sob uma licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 2.5 Portugal.
  • 2. a fragmentação e a multiplicação de dados é a arma dos governos e dos media a saldo daquilo que nos têm dito ser os «maiores interesses», essa coisa impalpável, não identificável!. É através do uso de uma língua numa linguagem formatada obedecendo a princípios falseados e chavões desviantes que genuinamente somos levados a acreditar, em nome de uma humanidade que se limita ao nosso indivíduo ocidental, e a defender uma forma de viver no mundo, sendo que implica pactuarmos com este novo tipo de OVNI, Objecto Voraz Não Identificável (Os tais interesses maiores que, por questões óbvias, nos deixam no limbo da indefinição. Não se sabe bem a que se aplica a palavra «maiores», nem se sabe ao certo de cujos interesses se trata!) e seus fiéis satélites. Neste contexto, voltando à Palestina, as razões deste histórico esquecimento, ou desta limpeza histórica, são de várias ordens, todas elas ancoradas no sôfrego desejo de supremacia do ocidente. Vejamos algumas, tendo em mente, contudo que as opções políticas dos sucessivos governos de Israel têm obedecido a um verdadeiro programa enraizado no século XIX 3 . Primeiro, no que nos concerne, estamos confrontados com aquela vergonha colectiva que nos toca na nossa íntima construção identitária, devido à elaboração e reiteração de uma responsabilidade e culpabilidade colectiva do ocidente no Holocausto. Por um lado, isto reafirma um desejo evidente de supremacia ocidental, revestindo o rosto de uma certa concepção da humanidade e da ideia da democracia, com base numa ideologia colonialista ultrapassada que, com toda a crueza e frieza, se investiu num neocolonialismo fornecendo e continuando de fornecer aos governos sionistas de políticas colonialistas, por necessária oposição ao que podemos referir como sionismo cultural 4 , todos os motivos de chantagem Esta é uma realidade que não pode ser iludida.(...)» http://www.presidencia.pt/?idc=22&idi=60565 Falta-nos saber como fazer para eludir a realidade da sua mensagem para 2013. 3 Referimo-nos ao fundador do sionismo Theodor Herzl (1860 —1904) sobre quem se pode ler mais aqui: http://en.wikipedia.org/wiki/Theodor_Herzl e a um programa de colonização explicitado nos diários de Herzl: "When we occupy the land, we shall bring immediate benefits to the state that receives us. We must expropriate gently the private property on the estates assigned to us. We shall try to spirit the penniless population across the border by procuring employment for it in the transit countries, while denying it any employment in our country." The Complete Diaries of Theodor Herzl", vol. 1 (New York: Herzl Press and Thomas Yoseloff, 1960), pp. 88, 90 4 http://en.wikipedia.org/wiki/Ahad_Ha%27am e http://en.wikipedia.org/wiki/Martin_Buber 2 Ana da Palma está licenciado sob uma licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 2.5 Portugal.
  • 3. histórica e os instrumentos bélicos, capacidades financeiras e estratégicas de se realizar concretamente no terreno, enquanto política de Estado. Este Estado auto proclamado como sendo a «única democracia do Médio Oriente», mas que revela sérios indícios de ser um estado com tendências totalitárias a todos os níveis, sendo de guardar memória que o Sionismo foi considerado como «uma forma de racismo e de discriminação racial» pela resolução 3379 da Assembleia Geral da ONU, datada de 10 de Novembro de 1975 5 e que esta resolução foi anulada, pela resolução 4686, a 16 de Dezembro de 1991 6 , em condições pouco claras, em termos de justificação suficientemente válida, posto que envolveu a respectiva chantagem exercida pelo governo de Israel e constituiu-se como condição prévia para iniciar as negociações de Paz de Madrid. Por outro lado, o estado de Israel através dos seus representantes, delegados e/ou embaixadores está continuadamente a relembrar-nos a nossa culpa para alimentar uma adesão e apoio incondicional. Neste caso, basta relembrar as palavras proferidas pelo embaixador de Israel 7 na Fundação Gulbenkian, em Outubro 2012, tentando fomentar a culpa do povo português por meio da acusação, da coação e da ingerência no contexto da educação. Segundo, partindo desta culpabilização colectiva, Israel beneficia do supremo direito de se estar continuadamente a defender e de ter todo o apoio de um certo ocidente para tal 8 . Apesar de cada suposto «acto de defensa», que se alimenta na manipulação mediática e naquele dilema tão apreciado pela natureza humana, ou seja, saber aquele que tem as culpas de 5 http://daccess-dds-ny.un.org/doc/RESOLUTION/GEN/NR0/000/92/IMG/NR000092.pdf?OpenElement 6 http://www.un.org/documents/ga/res/46/a46r086.htm 7 http://www.publico.pt/sociedade/noticia/embaixador-de-israel-diz-que-portugal-tem-uma-nodoa-que-os-judeus- nao-esquecem-1569558 e respectiva reacção do governo: http://www.publico.pt/politica/noticia/governo- manifestou-desagrado-ao-embaixador-de-israel-1570518 8 Veja-se a recente declaração do Presidente norte-americano Obama (http://www.cbsnews.com/8301-250_162- 57551535/obama-israel-has-right-to-defend-itself/ ) relativamente à operação chumbo fundido (o relatório Goldstone [ http://www2.ohchr.org/english/bodies/hrcouncil/docs/12session/A-HRC-12-48.pdf ]e os artigos de Norman Finkelstein [http://normanfinkelstein.com/] são bastante esclarecedor sobre o assunto ). No que concerne a mais recente «defesa» intitulada: Pilar de Defesa, sabemos que se tratou mais de uma operação de retaliação do que de defesa. É importante notar que cada «defesa» Israelita tem um nome pomposo iludindo a nossa razão, mas, pensando melhor, posto que se tem um nome, há um plano prévio, não é propriamente um acto espontâneo de defesa! 3 Ana da Palma está licenciado sob uma licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 2.5 Portugal.
  • 4. ter sido o «primeiro» a atacar, isto constituindo-se frequentemente na base do esquecimento fomentado pelos medias e convocado para dar lugar a autênticos massacres da população civil palestiniana. Terceiro, porque verificamos que a legitimidade de Israel está sempre a ser evocada pelos seus mais variados defensores e representantes, indicando, claramente, que esta preocupação constante de legitimidade, apenas confirma o receio da evidência e da consciência das suas bases ilegítimas. A criação do Estado de Israel fundamentou-se numa série de ilegalidades, abusos e desejo de poder e cegueira do mundo ocidental, tal como os acordos Sykes–Picot recentemente questionados pela Turquia 9 , tal como a evidente «ilegalidade» da declaração Balfour 10 e ainda a intervenção da SDN/ONU nas resoluções que definem territórios, sendo que não vai ao encontro da Carta das Nações Unidas 11 e finalmente por Israel nunca ter cumprido com os requisitos da resolução 273 12 , datada de Maio 1949, que o admitia no seio da ONU. Podemos intuir que estes factos justificam a permanente e quase doentia insistência de Israel em querer ser reconhecido, quando já o foi historicamente por vários países, inclusive pela OLP, em 1993, com Arafat 13 . Este reconhecimento foi um compromisso com uma série de acontecimentos nitidamente injustos para com o povo palestino. Contudo, desde 2011, temos vindo a saber da insistência de Israel em ser reconhecido como estado judeu 14 . Esta última exigência que nos deve levar a uma longa e necessária reflexão, tem vindo a ser legitimada pelo silêncio, pela condescendência, pela reiterada culpa «comum» do mundo ocidental, apesar de não ir ao encontro dos grandes argumentos que rotulam Israel como sendo a «única democracia» do médio oriente e apesar de não ter sido uma questão discutida no seio da sociedade civil de Israel. O aparecimento de um 9 Veja-se este artigo de opinião: http://weekly.ahram.org.eg/2011/1066/in2.htm 10 http://en.wikipedia.org/wiki/Balfour_Declaration 11 http://www.un.org/en/documents/charter/ 12 http://unispal.un.org/UNISPAL.NSF/0/83E8C29DB812A4E9852560E50067A5AC 13 Ler a correspondência trocada entre Arafat e Rabin aqui: http://www.monde-diplomatique.fr/cahier/proche- orient/lettre93-fr 14 http://blog.mondediplo.net/2011-05-18-L-Etat-juif-contre-les-juifs mas também http://blog.mondediplo.net/2011-08-01-Israel-Etat-juif-Doutes-francais e http://www.huffingtonpost.com/mj- rosenberg/the-bogus-demand-to-recog_b_765218.html 4 Ana da Palma está licenciado sob uma licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 2.5 Portugal.
  • 5. estado religioso, uma teocracia, mesmo sendo um estado de raiz judeo-cristã deve suscitar algum receio junto de todos os estados chamados, ou com desejos, «democráticos». Por outro lado, a justificação religiosa destas exigências deve ser revisitada à luz da realidade expressa por Shlomo Sand no livro intitulado «Como foi inventado o povo judeu» 15 Quarto, porque recentemente verificámos num artigo acompanhado de um mapa delineando e salientando as questões de autonomia energética de Israel 16 , uma postura que vai nitidamente ao encontro das múltiplas intervenções levadas ilegalmente a cabo revelando o desejo do ocidente de «reinstalar» o seu poder na região. Então, desviam-se todos princípios básicos que regem a nossa humanidade, alimenta- se a mentira, fomenta-se o esquecimento para engordar o desejo de poder do ocidente? Vale tudo? Mesmo pactuar com um lento e cruel genocídio? 15 Ler o artigo de M. Rodrigues sobre o livro: http://www.odiario.info/?p=2727 16 http://www.voltairenet.org/article174007.html 5 Ana da Palma está licenciado sob uma licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-No Derivative Works 2.5 Portugal.